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IBGE 
 
 
I - Código de Ética do IBGE. .............................................................................................. 1 
II- Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (art. 116, incisos I a IV, inciso V, alíneas “a” e “c”, 
incisos VI a XII e parágrafo único; art. 117, incisos I a VI e IX a XIX; art. 118 a art. 126; art. 127, 
incisos I a III; art. 132, incisos I a VII, e IX a XIII; art. 136 a art. 141; art. 142, incisos I, primeira 
parte, II e III, e §1º a §4º). ........................................................................................................ 7 
 
 
 
 
 
 
 
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1696229 E-book gerado especialmente para FRANCIEL HENRIQUE BRIXNER
 
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO IBGE1 
 
Apresentação 
 
Todo trabalho realizado no IBGE, seja ele de natureza finalística, seja ele de natureza administrativa, 
está pautado pela competência e pela excelência técnica adquiridas ao longo desses quase 80 anos em 
que vimos servindo aos cidadãos brasileiros, sem qualquer espécie de discriminação. 
Considero importante que os princípios éticos sejam mais conhecidos por todos os servidores para 
orientar suas condutas no trabalho diário. Foi com essa ideia em mente que reconstituímos, em 2013, a 
Comissão de Ética do IBGE, a qual vem agora apresentar-nos importante documento: o Código de Ética 
do IBGE. 
Tenho a convicção de que todo servidor do IBGE contribui sobre- maneira para que diariamente 
cumpramos nossa missão institucional, de todos bem conhecida. A expectativa da Direção do IBGE é a 
de que nossa missão, no que diz respeito ao ambiente de trabalho profissional, seja agora aperfeiçoada 
pela presença ainda mais intensa da ética em todos os setores da Casa. 
Agradeço, por fim, a todos os servidores a seriedade e a extremada dedicação com que realizam seu 
trabalho. São vocês que fazem do IBGE uma das instituições mais respeitadas do País. 
 
Introdução 
 
Na Administração Pública brasileira, a ética tem assumido relevante papel. O IBGE, como não poderia 
deixar de ser, vem fomentando e instigando a disseminação daquilo que se entende por ética no âmbito 
administrativo federal. Para tanto, a Presidência da Casa, entre outras medidas, delegou à Comissão de 
Ética do IBGE a elaboração de dois documentos essenciais: o Código de Ética Profissional do Servidor 
Público do IBGE, que ora apresentamos nesta singela publicação em papel, e o Regimento Interno da 
Comissão de Ética do IBGE (dispo- nível somente em formato digital, no seguinte endereço eletrônico: 
http://w3.presidencia.ibge.gov.br/etica). 
O Código de Ética Profissional do Servidor Público do IBGE visa a estabelecer, fundamentalmente, os 
princípios de natureza deontológica, os deveres e as vedações a que estão sujeitos os agentes públicos 
lotados no Instituto. Documento de imprescindível leitura para todos nós, o Código foi construído, 
naturalmente, a partir do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
(Decreto n° 1.171/1994), agregando a ele, contudo, algumas particularidades do trabalho realizado no 
IBGE. 
O Regimento Interno da Comissão de Ética do IBGE, por sua vez, delimita e define as competências 
e atribuições da Comissão de Ética do IBGE, cuja função primeira - ressalte-se - é a de orientar e educar 
cotidianamente o agente público para a ética. O Regimento também estabelece, não obstante, o rito 
processual pelo qual se orienta a Comissão quando provocada por denúncia ou, ainda, ex officio, nos 
Processos de Apuração Ética, e segue de maneira estrita a Resolução nº 10/2008 da Comissão de Ética 
Pública, vinculada à Presidência da República. 
A Comissão de Ética do IBGE está à disposição de todos no e-mail etica@ibge.gov.br. 
 
Vinicius Duarte Figueira 
Presidente da Comissão de Ética do IBGE 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO IBGE 
 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Das regras deontológicas 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia, a eficiência e a consciência dos princípios morais são 
primados maiores que devem nortear o servidor público do IBGE, seja no exercício do cargo ou função, 
 
1 Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98031.pdf - acesso em 14.12.2021. 
I - Código de Ética do IBGE. 
 
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ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos 
e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição do serviço público, como um 
todo, e, em especial, das pesquisas estatísticas e geocientíficas oficiais, cujas fontes de dados escolhidas 
devem contemplar a qualidade, a oportunidade, os custos e o ônus para os cidadãos. 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá 
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno 
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. Por se integrar à condição de servidor do IBGE, o elemento 
ético da conduta abrange, além dos primados maiores, a adoção dos melhores princípios, métodos e 
práticas, de acordo com considerações estritamente profissionais, incluídos os princípios técnicos, 
científicos e a ética profissional. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser 
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na 
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. Para melhor 
exercício de sua função pública no IBGE, o servidor deve ter consciência da relevância das informações 
estatísticas e geocientíficas, a fim de atender ao direito à informação pública de modo imparcial e com 
igualdade de acesso. É imprescindível que o servidor do IBGE zele pela qualidade dos processos de 
produção das informações oficiais, adotando critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas 
quanto nas atividades de apoio. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por 
todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se 
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como 
consequência, em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como 
acréscimo ao seupróprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, por- tanto, se integra na vida particular 
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e 
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos 
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Entretanto, os 
dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confidenciais e 
exclusivamente utilizados para fins estatísticos. Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a 
operação dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto devem ser de conhecimento público. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária 
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer 
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre 
aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao ser- viço público caracterizam o 
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa 
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, 
deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às insta- 
lações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, 
suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando 
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso 
e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do 
serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas 
e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande 
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O caráter colaborativo e participativo 
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deve estar presente nas atividades estatísticas e cartográficas, privilegiando-se, assim, um contato 
estreito e harmonioso entre ambas as atividades - contato essencial para melhorar a qualidade, 
comparabilidade e coerência dos dados produzidos. Esse espírito colaborativo e participativo deve 
estender-se à coordenação dos sistemas estatísticos e cartográficos nacionais de responsabilidade do 
IBGE. Portanto, compete ao Instituto propor, discutir e estabelecer, em conjunto com as demais 
instituições nacionais, diretrizes, planos e programas para a produção estatística e cartográfica - processo 
que deve irradiar-se à esfera internacional, especialmente na cooperação bilateral e multilateral, a fim de 
melhorar as informações estatísticas e geocientíficas oficiais em todos os países, por meio da utilização 
de conceitos, classificações e métodos que promovam a coerência e a eficiência entre os diversos 
sistemas estatísticos e cartográficos. 
 
Seção II 
Dos principais deveres do servidor público do IBGE 
 
XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e 
serviços da coletividade a seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e 
contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações 
individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de 
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, 
de causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que 
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, 
ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança 
coletiva; 
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho 
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse 
público, exigindo as providências cabíveis; 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas 
funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão 
onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou 
função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem; 
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação 
expressa à lei; 
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v) apresentar, nas análises estatísticas e geográficas, informações que estejam de acordo com as 
normas científicas sobre fontes, métodos e procedimentos,bem como comentar as interpretações 
errôneas e o uso indevido de informações estatísticas e geocientíficas; 
x) zelar pela qualidade dos processos de produção das informações estatísticas e geocientíficas 
oficiais, adotando critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de 
apoio; 
z) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, 
estimulando o seu integral cumpri- mento. A conduta ética do servidor do IBGE deve respeitar a legislação 
e as normatizações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, assim como as normas internas 
desta Fundação, expressas em suas Resoluções, Ordens de Serviço, Portarias, Normas de Serviço e 
Memorandos. 
 
Seção III 
Das vedações ao servidor público do IBGE 
 
XV - É vedado ao servidor público do IBGE: 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de 
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente 
superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, 
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendi- mento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da Instituição, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente 
ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitual- mente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
q) disponibilizar informações de caráter sigiloso e confidencial sobre pessoas físicas ou jurídicas, bem 
como antecipar resultados de pesquisas à sua divulgação oficial, exceto quando autorizado. 
 
CAPÍTULO II 
Da Comissão de Ética do IBGE 
 
XVI - A Comissão de Ética do IBGE está encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética 
profissional dos servidores da Casa, no trata- mento com as pessoas e com o patrimônio público, 
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
XVII - À Comissão de Ética do IBGE incumbe fornecer, quando necessário e a quem de direito, os 
registros sobre a conduta ética dos servidores da Casa, para o efeito de instruir e fundamentar promoções 
e para todos os demais procedimentos próprios da carreira de servidor público no âmbito do IBGE. 
XVIII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética do IBGE é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do 
faltoso. 
XIX - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
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temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente 
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
 
Questões 
 
01. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) No capítulo sobre a Comissão de Ética 
do IBGE, o Código de Ética do Instituto dispõe que, para fins de apuração do comprometimento ético, 
entende-se por servidor público todo aquele que, por força de: 
(A) contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou 
excepcional, desde que ligado diretamente a qualquer órgão estatal, excluídos aqueles que prestam 
serviços sem retribuição financeira; 
(B) lei, preste serviços de natureza permanente, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado 
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, excluídos aqueles contratados para serviços 
temporários; 
(C) lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou 
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer 
órgão do poder estatal; 
(D) qualquer ato jurídico legal, excluídos os de origem contratual, preste serviços de natureza 
permanente, temporária ou excepcional, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do 
poder estatal; 
(E) qualquer ato jurídico legal, excluídos os de origem contratual, preste serviços de natureza 
permanente, mediante retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão 
do poder estatal. 
 
02. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) De acordo com o Código de Ética do 
servidor público do IBGE, salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e 
moralidade. 
Nesse contexto, o mencionado diploma ético estabelece que: 
(A) os dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são públicos e devem 
estar disponíveis no sítio eletrônico do Instituto; 
(B) toda pessoa tem direito à verdade e o servidor do IBGE não pode falseá-la, salvo quando a 
informação for contrária aos interesses da Administração Pública; 
(C) toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço 
público e deve ser objeto de publicidade no sítio eletrônico do IBGE; 
(D) leis, regulamentos e medidas que regem a operação dos sistemas estatístico e cartográfico no 
Instituto devem ser de conhecimento público; 
(E) todo requerimento de informação feito ao IBGE por órgãos públicos ou empresas privadas deve 
ser atendido no prazo de 5 (cinco) dias, mediante publicação no sítio eletrônico do Instituto. 
 
03. (IBGE - Coordenador Censitário Subárea - FGV/2020) Veja as condutas abaixo praticadas por 
servidor do IBGE: 
I. exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário; 
II. ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho 
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema, vedado o direito de greve; 
III. apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função. 
 
Consoante dispõe o Código de Ética do servidor público do IBGE, das condutas antes descritas,a 
alternativa que contém exemplo(s) de dever(es) fundamental(is) do servidor do IBGE é(são): 
(A) somente II; 
(B) somente III; 
(C) somente I e II; 
(D) somente I e III; 
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(E) I, II e III. 
 
Gabarito 
 
01.C / 02.D / 03.D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C 
CAPÍTULO II - Da Comissão de Ética do IBGE 
(...) 
XIX - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente 
a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
 
02. Resposta: D 
CAPÍTULO I - Seção I - Das regras deontológicas 
(...) 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e 
da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos 
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Entretanto, os 
dados individuais de pessoas físicas ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confidenciais e 
exclusivamente utilizados para fins estatísticos. Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a 
operação dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto devem ser de conhecimento público. 
 
03. Resposta: D 
CAPÍTULO I - Seção II - Dos principais deveres do servidor público do IBGE 
XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE: 
(...) 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário; (I) 
(...) 
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho 
ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; (II) 
(...) 
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; (III) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 19902 
 
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais. 
 
(...) 
 
Título IV 
Do Regime Disciplinar 
Capítulo I 
Dos Deveres 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
(...) 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade 
superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade 
competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando 
ampla defesa. 
 
Questões 
 
01. (UFRJ - Analista de Tecnologia da Informação - Órgão – UFRJ/2018). Nos termos da Lei nº 
8.112/1990, são deveres do servidor público: 
(A) cumprir as ordens superiores, ainda que manifestamente ilegais. 
(B) recusar fé a documentos públicos. 
(C) promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
(D) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
(E) aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical. 
 
02. (UFRPE - Assistente Social - SUGEP/2018) Com base no regime jurídico dos servidores públicos 
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, são deveres do servidor, EXCETO: 
(A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. 
(B) reparar o dano causado por imprudência ou imperícia. 
(C) guardar sigilo sobre assunto da repartição. 
(D) observar as normas legais e regulamentares. 
 
2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm - Acesso em: 14.12.2021. 
II- Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (art. 116, incisos I a IV, inciso V, alíneas “a” 
e “c”, incisos VI a XII e parágrafo único; art. 117, incisos I a VI e IX a XIX; art. 118 
a art. 126; art. 127, incisos I a III; art. 132, incisos I a VII, e IX a XIII; art. 136 a art. 
141; art. 142, incisos I, primeira parte, II e III, e §1º a §4º). 
 
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(E) cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. 
 
03. (IF/SP - Matemática – IF/SP/2018) A Lei nº 8.112/1990 dispõe sobre o regime jurídico dos 
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Considerando o Art. 
116. da referida Lei, assinale a afirmativa que apresenta três dos deveres do servidor: 
(A) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; cumprir as ordens superiores irrestritamente; 
promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
(B) observar as normas legais e regulamentares; atender com presteza ao público em geral; manter 
conduta compatível com a moralidade administrativa. 
(C) ser assíduo e pontual ao serviço; atender às requisições da Receita; cometer a outro servidor 
atribuições estranhas ao cargo que ocupa, em situações de emergência. 
(D) ser leal à administração pública federal; promover a urbanidade; investigar as irregularidades de 
que tiver ciência em razão do cargo. 
 
Gabarito 
 
01.D / 02.B / 03.B 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
ART 116, XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
02. Resposta: B 
Entre as opções do rol do artigo 116, não se encontra a opção “reparar o dano causado por 
imprudência ou imperícia”. 
 
03. Resposta: B 
Art. 116. 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 
Capítulo II 
Das Proibições 
 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
(...) 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função 
pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, 
exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartiçõespúblicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
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9 
 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes 
casos: 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União 
detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída 
para prestar serviços a seus membros; 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a 
legislação sobre conflito de interesses. 
 
Questões 
 
01. (IF/CE - Assistente em Administração - IF/CE/2017) Sobre os deveres e as proibições aos 
servidores federais previstos na Lei n. 8.112/90, quanto às condutas que respeitam esses deveres e 
proibições, é certo declarar-se que 
(A) Francisco, gestor do IFCE, alertou seus servidores que é proibido promover manifestações de 
repúdio ao Presidente da República em exercício dentro das instalações do IFCE. 
(B) Bruno, servidor do IFCE, pode atuar como procurador de seu primo José em processo seletivo de 
que este último participa no Campus Acarati. 
(C) Breno, docente do Campus Crato, solicitou a um colega professor da UNIFOR que fosse substituí-
lo nas suas aulas do dia 16/11/2016, pois tinha compromisso agendado e não queria deixar seus alunos 
sem aula. 
(D) Carlos, servidor do IFCE, sempre que pode, imprime, com recursos da instituição, algumas poucas 
folhas para trabalhos acadêmicos de seu curso de graduação oferecido pelo seu órgão de lotação. 
(E) Vanessa, servidora efetiva do IFCE, é Diretora de Administração no Campus Juazeiro, onde seu 
pai Cláudio, também servidor efetivo, é o Diretor Geral. 
 
02. (EBSERH - Tecnólogo em Gestão Pública - CESPE/2018) No que concerne a direitos, deveres 
e responsabilidades dos servidores públicos, julgue o próximo item. 
Nos termos da Lei n.º 8.112/1990, os deveres do servidor público incluem representar contra 
ilegalidade, omissão ou abuso de poder e promover manifestação de apreço no recinto da repartição. 
( ) Certo ( )Errado 
Gabarito 
 
01.A / 02.Errado 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
Art. 117, V - Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. 
 
02. Resposta: Errado 
Trata-se, na verdade, de uma PROIBIÇÃO: 
Art. 117. Ao servidor é proibido: 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 
Capítulo III 
Da Acumulação 
 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos. 
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, 
dos Territórios e dos Municípios. 
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10 
 
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade 
de horários. 
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público 
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações 
forem acumuláveis na atividade. 
 
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no 
parágrafo único do art. 9º, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em 
conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação 
específica. 
 
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, 
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, 
salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, 
declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
 
Capítulo IV 
Das Responsabilidades 
 
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas 
atribuições. 
 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte 
em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma 
prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. 
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em 
ação regressiva. 
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o 
limite do valor da herança recebida. 
 
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa 
qualidade. 
 
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no 
desempenho do cargo ou função. 
 
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre 
si. 
 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria. 
 
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar 
ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade 
competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha 
conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. 
 
Responsabilidade dos Agentes Públicos 
 
No que diz respeito à responsabilidade dos servidores, podemos dizer que ao exercer funções 
públicas, os servidores públicos não estão desobrigados de se responsabilizar por seus atos, tanto atos 
públicos quanto atos administrativos, além dos atos políticos, dependendo de sua função, cargo ou 
emprego. 
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Esta responsabilidade é algo indispensável na atividade administrativa, ou seja, enquanto houver 
exercício irregular de direito ou de poder a responsabilidade deve estar presente. É uma forma de manter 
a soberania e a autenticidade dos órgãos públicos. 
Quanto o Estado repara o dano, fica com direito de regresso contra o responsável, isto é, com o direito 
de recuperar o valor da indenização junto ao agente que causou o dano. 
Efetivamente, o direito de regresso, em sede de responsabilidade estatal, configura-se na pretensão 
do Estado em buscar do seu agente, responsável pelo dano, a recomposição do erário, uma vez 
desfalcado do montante destinado ao pagamento da indenização à vítima. Nesse aspecto, o direito de 
regresso é o direito assegurado ao Estado no sentido de dirigir sua pretensão indenizatória contra o 
agente responsável pelo dano, quando tenha este agidocom culpa ou dolo. 
 
O agente público poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, penal e administrativo. 
 
a) Responsabilidade Civil: Neste caso, responsabilidade civil se refere à responsabilidade 
patrimonial, que faz referência aos Atos Ilícitos e que traz consigo a regra geral da responsabilidade civil, 
que é de reparar o dano causado a outrem. O órgão público, confirmada a responsabilidade de seus 
agentes, como preceitua a no art.37, §6, parte final do Texto Maior, é "assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa", descontará nos vencimentos do servidor público, 
respeitando os limites mensais, a quantia exata para o ressarcimento do dano. 
 
b) Responsabilidade Administrativa: A responsabilidade administrativa é apurada em processo 
administrativo, assegurando-se ao servidor o contraditório e a ampla defesa. Uma vez constatada a 
prática do ilícito administrativo, ficará o servidor sujeito à sanção administrativa adequada ao caso, que 
poderá ser advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição 
de cargo em comissão ou destituição de função comissionada. A penalidade deve sempre ser motivada 
pela autoridade competente para sua aplicação, sob pena de ser nula. Na motivação da penalidade, 
devem estar presentes os motivos de fato (os atos irregulares praticados pelo servidor) e os motivos de 
direito (os dispositivos legais ou regulamentares violados e a penalidade prevista). Se durante a apuração 
da responsabilidade administrativa a autoridade competente verificar que o ilícito administrativo também 
está capitulada como ilícito penal, deve encaminhar cópia do processo administrativo ao Ministério 
Público, que irá mover ação penal contra o servidor 
 
c) Responsabilidade Penal: A responsabilidade penal do servidor é a que resulta de uma conduta 
tipificada por lei como infração penal. A responsabilidade penal abrange crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. Muitos dos crimes funcionais estão definidos no Código Penal, 
artigos 312 a 326, como o peculato, a concussão, a corrupção passiva, a prevaricação etc. Outros estão 
previstos em leis especiais federais. A responsabilidade penal do servidor é apurada em Juízo Criminal. 
Se o servidor for responsabilizado penalmente, sofrerá uma sanção penal, que pode ser privativa de 
liberdade (reclusão ou detenção), restritiva de direitos (prestação pecuniária, perda de bens e valores, 
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação 
de fim de semana) ou multa (Código Penal, art. 32). 
Importante ressaltar que a decisão penal, apurada por causa da responsabilidade penal do servidor, 
só terá reflexo na responsabilidade civil do servidor se o ilícito penal tiver ocasionado prejuízo patrimonial 
(ilícito civil). 
 
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada se, no processo criminal, o servidor for 
absolvido por ter sido declarada a inexistência do fato ou, quando o fato realmente existiu, não tenha sido 
imputada sua autoria ao servidor. Notem que, se o servidor for absolvido por falta ou insuficiência de 
provas, a responsabilidade administrativa não será afastada. 
 
Vejamos alguns julgados sobre o tema: 
 
Desde que o servidor foi absolvido em processo criminal e nenhum resíduo restou sob o aspecto 
administrativo, não se justifica a sua demissão (TJSP, in RDP 1 6/249) . 
 
"A absolvição no crime produz efeito na demissão do funcionário desde que não haja resíduo a 
amparar o processo administrativo" (STF, in RDA 5 1 / 1 77) . 
 
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12 
 
"Se a decisão absolutória proferida no juízo criminal não deixa resíduo a ser apreciado na instância 
administrativa, não há como subsistir a pena disciplinar" (STF, in RDA 123/2 1 6) . 
 
"Se o inquérito administrativo se baseia tão s ó e m fato previsto como crime, a absolvição faz 
desaparecer o motivo do procedimento administrativo, se do fato não restou resíduo para a pena 
disciplinar" (STF, in RDP 34/ 1 3 1) . 
 
Entretanto, o funcionário poderá ser punido pela Administração se, mesmo com a absolvição na esfera 
criminal houver infração administrativa, que é a chamada falta residual, disposta na Súmula 18, do STF. 
 
Súmula 18, do STF: Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é 
admissível a punição administrativa do servidor público. 
 
Ilícito administrativo disciplinar3 
 
O ilícito administrativo-disciplinar é toda conduta do servidor que, no âmbito de suas atribuições ou a 
pretexto de exercê-las, contraria dispositivo estatutário. Os ilícitos administrativos englobam 
inobservância de deveres funcionais do artigo 116, afrontas às proibições do artigo 117 e cometimento 
de condutas do artigo 132, todos da Lei nº 8.112/90, apuráveis conforme o rito previsto naquele Estatuto. 
Dessa forma, tem como pólo passivo a pessoa legalmente investida em cargo público, seja de provimento 
efetivo, seja de provimento comissionado. 
 
Capítulo V 
Das Penalidades 
 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
II - suspensão; 
III - demissão; 
(...) 
 
(...) 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; 
(...) 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
(...) 
 
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do 
art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
 
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e 
XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) 
anos. 
 
3 http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/atividade-disciplinar/direito-administrativo-disciplinar 
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13 
 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou 
destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
 
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta 
dias consecutivos. 
 
 Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta 
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o 
procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: 
I - a indicação da materialidade dar-se-á: 
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do 
servidor ao serviço superior a trinta dias; 
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, 
por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; 
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo 
dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao 
serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais 
Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no 
inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou 
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; 
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em 
comissão. 
 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. 
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas 
também como crime. 
§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a 
decisão final proferida por autoridade competente. 
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a 
interrupção. 
 
(...) 
Questões 
 
01. (UFT - Administrador – COPESE-UFT/2017). Assinale a alternativa CORRETA. Nos termos da 
Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), entende-se por inassiduidade habitual: 
(A) a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período 
de doze meses. 
(B) a falta ao serviço, ainda que justificada, por sessenta dias, sucessivamente. 
(C) a falta ao serviço, por sessenta dias, intercaladamente, durante o período de vinte e quatro meses. 
(D) a falta ao serviço, justificada ou não, por trinta dias, sucessivos ou intercaladamente no período de 
doze meses. 
 
02. (UFT - Assistente em Administração - COPESE – UFT/2017). Assinale a alternativa CORRETA. 
Nos termos da Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), configura abandono de cargo: 
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(A) A ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. 
(B) A ausência, dolosa ou culposa do servidor, ao serviço por mais de vinte e cinco dias consecutivos. 
(C) A ausência, ainda que justificada do servidor, ao serviço por mais de sessenta dias consecutivos 
ou intercaladamente. 
(D) A ausência, intencional ou justificada do servidor, ao serviço por quarenta e cinco dias sucessivos 
ou intercaladamente. 
 
03. (UFT - Assistente em Administração - - COPESE – UFT/2017). Considerando o estabelecido 
pela Lei nº 8.112/1990 (Estatuto do Servidor Público Federal), assinale a alternativa INCORRETA. A ação 
disciplinar prescreverá: 
(A) Em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão. 
(B) Em 3 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de aposentadoria ou disponibilidade. 
(C) Em 2 (dois) anos, quanto às infrações puníveis com suspensão. 
(D) Em 180 (cento e oitenta) dias, quanto às infrações puníveis com advertência. 
 
Gabarito 
 
01.A / 02.A / 03.B 
 
Comentários 
 
01. Resposta: A 
Lei nº 8112/1990 
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta 
dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 
02. Resposta: A 
Lei nº 8112/1990 
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta 
dias consecutivos. 
 
03. Resposta: B 
Lei nº 8112/1990 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. 
 
 
 
 
 
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