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ADMINISTRAÇÃO DE LOGISTICA INTEGRADA

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Este exemplar esta registrado para uso exclusivo de RENATA MELO E SILVA DE OLIVEIR - 2774937
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ADMINISTRAÇÃO DE 
LOGÍSTICA INTEGRADA
MATERIAIS, PCP E MARKETING
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Rio de Janeiro, 2006
ADMINISTRAÇÃO DE 
LOGÍSTICA INTEGRADA
MATERIAIS, PCP E MARKETING
Edição revista e atualizada
João Severo Filho
Este exemplar esta registrado para uso exclusivo de RENATA MELO E SILVA DE OLIVEIR - 2774937
© João Severo Filho/E-papers Serviços Editoriais Ltda., 2006.
Todos os direitos reservados à João Severo Filho/E-papers 
Serviços Editoriais Ltda. É proibida a reprodução ou transmissão 
desta obra, ou parte dela, por qualquer meio, sem a prévia 
autorização dos editores.
Impresso no Brasil.
ISBN 85-7650-071-X
Projeto gráfi co, diagramação e capa
Lívia Krykhtine
Foto da capa
Dynamicgraphics
Esta publicação encontra-se à venda no site da
E-papers Serviços Editoriais
http://www.e-papers.com.br
E-papers Serviços Editoriais Ltda.
Rua Mariz e Barros, 72, sala 202
Praça da Bandeira, Rio de Janeiro
RJ – Brasil
CEP: 20.270-006
S525a
2.ed.
 Severo Filho, João
 Administração de logística integrada: materiais, PCP e marketing / 
João Severo Filho. - 2.ed. rev. e atual.. - Rio de Janeiro: E-papers, 2006
 310 p.; il.
 Inclui bibliografi a
 ISBN 85-7650-071-X
 1. Logística empresarial. 2. Administração de material. 3. Cadeia de 
logística integrada. I. Título. 
06-2351. CDD 658.78
 CDU 658.78
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte 
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Este exemplar esta registrado para uso exclusivo de RENATA MELO E SILVA DE OLIVEIR - 2774937
Este trabalho eu dedico 
à minha esposa Maria José, 
às minhas fi lhas Maíra e Maiara.
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AGRADECIMENTOS
Existem muitas pessoas as quais gostaria de agradecer. Foram 
muitos os que, direta ou indiretamente, ajudaram-me a tornar este 
sonho uma realidade. Porém, este livro é dedicado, em especial, à 
minha mulher Maria José e às minhas fi lhas Maíra e Maiara, que 
são as mulheres da minha vida.
À minha mulher, pelo seu amor, carinho, dedicação e apoio. 
Agradeço a sua compreensão nas noites que passei em claro a tra-
balhar, pesquisar e escrever, ao invés de estar ao seu lado; sem ela, 
jamais conseguiria atingir meu objetivo. 
Às minhas queridas e amadas fi lhas, pelo incentivo e compre-
ensão quando da minha ausência, em certos momentos, advinda 
do exaustivo trabalho.
Também gostaria de agradecer à UFPB, que através da Coor-
denação de Pós-Graduação, na pessoa da professora Auxiliadora, 
viabilizou meu curso de Mestrado. À professora Sônia Trigueiro, 
por me incentivar durante o curso e orientar-me na elaboração da 
dissertação; agradeço pelo zelo com o qual tratou meu trabalho e 
pelas suas sugestões. Aos professores Joel Souto Maior e Luiz Cle-
mentino, pela avaliação feita, comentários e sugestões que tanto 
contribuíram para a melhoria deste projeto.
Não menos importante, agradeço ao pessoal da Coppead da 
UFRJ, por ter disponibilizado vasto material de pesquisa, colabo-
rando bastante com meu trabalho.
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SUMÁRIO
11 1. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
11 1.1 Um Pouco de História
12 1.2 Conceitos Importantes
14 1.3 O Conceito de Administração de Recursos 
Materiais
18 1.4 Uma Nova Visão do Sistema de Administração 
de Material
19 1.5 Administração de Logística Integrada
23 2. O SUBSISTEMA SUPRIMENTOS
23 2.1 A Função Aquisição
30 2.2 A Função Patrimônio
46 2.3 A Função Classifi cação de Materiais
61 2.4 A Função Gestão de Estoques
64 2.5 A Qualidade na Gestão de Suprimentos
73 3. O SUBSISTEMA PRODUÇÃO
73 3.1 A Função Planejamento e Controle da 
Produção
77 3.2 MRP II e o ERP 
85 3.3 O Papel do PCP e a Estratégia de Produção
86 3.4 Os Sistemas Integrados de Produção 
87 3.5 O Planejamento Agregado da Produção 
88 3.6 O Planejamento Otimizado de Suprimentos 
91 3.7 JIT/kanban 
95 3.8 Acompanhamento e Controle da Produção 
97 3.9 Logística e a Produção
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101 4. O SUBSISTEMA DE MARKETING
101 4.1 O Marketing
103 4.2 A Função do Marketing 
129 4.3 O Serviço ao Cliente
153 5. O SUBSISTEMA DISTRIBUIÇÃO 
156 5.1 A Função Transporte de Materiais
169 5.2 A Função Embalagem
174 5.3 A Função Armazenamento
189 6. A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA GESTÃO DE 
SUPRIMENTOS
191 6.1 O Sistema de Informação na Logística
192 6.2 EDI – Electronic Data Interchange
196 6.3 O ECR – Effi cient Consumer Response 
213 6.4 O RFID – Radio Frequency Identifi cation 
216 6.5 O ERP – Enterprise Resource Planning
226 6.6 O Data Warehouse – Armazém De Dados
227 6.7 O CRM – Customer Relationship Management
231 7. A LOGÍSTICA E A CADEIA DE SUPRIMENTOS 
234 7.1 O Conceito de Logística
241 7.2 As Revoluções Logísticas 
244 7.3 A Organização Logística: Estágios de Evolução
256 7.4 A Globalização e a Logística
263 7.5 A Logística e a Terceirização
269 7.6 Perspectiva para a Logística Brasileira 
275 8. A CADEIA DE SUPRIMENTOS SUPPLY CHAIN 
MANAGEMENT
277 8.1 O Conceito de Supply Chain Management – SCM
287 8.2 Comparando: SCM e a Logística
291 GLOSSÁRIO
299 REFERÊNCIAS
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 11
1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS 
MATERIAIS
1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA
Apesar do homem primitivo já utilizar, sem nenhuma técnica, al-
gumas das funções de Administração de Materiais, esse ramo da 
administração veio sofrer um grande impulso somente após a Re-
volução Industrial. Até então, as pequenas e médias organizações 
não faziam uso de grandes quantidades de itens para a produção 
de bens e serviços.
O surgimento da máquina fez com que as organizações fossem 
obrigadas a mudar os pressupostos conceitos de gerenciamentos 
até então utilizados. A tecnologia e a automação agora se coloca-
vam a serviço das organizações, (forçando inclusive os adminis-
tradores a mudarem os seus conceitos) com relação às atividades 
de administração. Com a máquina, surgem também as grandes 
organizações, o aumento e a diversifi cação da produção de bens e 
serviços e a necessidade da utilização de técnicas específi cas para 
controle desses bens. 
O surgimento da Administração Científi ca com Taylor e 
Fayol, posteriormente otimizada pelos seus seguidores, deu uma 
nova concepção de administração. Surgiam assim novos métodos 
de gerenciamento e com esses métodos a primeira estrutura geren-
cial, mais tarde adaptada a todos os ramos da Administração.
As funções já bastante utilizadas – como Compra, através do 
processo de troca uma vez que até então não havia a moeda, Ar-
mazenamento e, em função deste posteriormente, Controle de Es-
toques –, eram objetos de profundos estudos. 
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12 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Assim, segundo o prof. Renaud Barbosa da Silva1, surgiam nos 
Estados Unidos e na França os primeiros estudos, com objetivo de 
criar e defi nir padrões técnicos com relação a melhor maneira de se 
utilizar a função Compra. Com base nesses estudos foram criadas as 
primeiras associações profi ssionais especializadas, como a National 
Association of Purchasing Management (NAPM) e a Compagnie 
des Chefs d’Approvisionement et Acheteurs de France. E assim, 
surgiam, também, os primeiros problemas com relação à forma de 
armazenar e controlarestoques.
Posteriormente, aparecem outras atividades ligadas ao ciclo de 
“material” como: Classifi cação de Material, Movimentação de Ma-
terial, Transporte de Material e Controle de Qualidade algumas, 
ainda hoje, consideradas objeto de pesquisas, as quais pretendemos 
mostrar.
1.2 CONCEITOS IMPORTANTES
Para iniciarmos o nosso estudo sobre Administração de Recursos 
Materiais, gostaria de colocar aqui alguns conceitos necessários. 
Esses conceitos têm como objetivo facilitar didaticamente o enten-
dimento pelo leitor interessado no assunto. Começamos então pelo 
conceito de Administração. 
O Que é Administração?
Existem várias defi nições de Administração e sabemos que em 
cada defi nição há sempre algo a ser colocado. Isso signifi ca que 
nenhuma dessas defi nições pode ser considerada completa, senão 
vejamos. 
Administração é manter o ambiente interno e externo a mpre-
sa, onde indivíduos, em grupos organizados, possam trabalhar 
efi cientemente com vistas à consecução de metas do grupo.
Administração é organizar, planejar, controlar, dirigir e desig-
nar pessoas.
1. Renaud Barbosa da Silva é professor da FGV e consultor, exerce atividades na 
área de Administração de Materiais desde 1969, foi Presidente da ABAM (Associa-
ção Brasileira de Administração de Materiais), tem alguns livros lançados como: 
Teoria da Administração de Material, Introdução a Técnica de Compras e Administração de 
Material – Teoria e Prática.
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 13
Administração é a ciência que tem como fi nalidade atingir os 
objetivos do grupo com o menor custo de tempo, dinheiro, 
material e desconforto.
Administração é fazer certo por meio de pessoas.
Administração é fazer através das pessoas.
Como vimos, sempre foi colocada alguma palavra a mais ou 
a menos, com objetivo de dar um sentido mais amplo à defi nição 
de Administração. Não tenho aqui pretensão de dar uma defi nição 
real e única de Administração, particularmente gosto da primeira, 
mas sim, mostrar que a defi nição de Administração depende muito 
do prisma em que tivermos analisando ou até mesmo da linha de 
teoria (Científi ca, Humanista ou Comportamental) que seguimos. 
Essa colocação vem exatamente porque quando da defi nição de 
Administração de Recursos Materiais pretendo analogicamente 
utilizá-las, com objetivo exclusivamente de tirar um conceito mais 
universalizado, que torne fácil a compreensão didática, como dis-
se anteriormente. Assim continuamos a colocar aqui, mais alguns 
conceitos e signifi cados.
O Que é Material?
Podemos defi nir Material de várias maneiras mas escolhemos aqui 
apenas quatro signifi cados dos dicionários de dois importantes estu-
diosos da língua portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda e Pedro 
Celso Luft. 
Segundo Aurélio, a palavra Material signifi ca:
Conjunto dos objetos que formam uma obra, construção.
Um conjunto de bens patrimoniais passíveis de utilização ou 
ainda que podem ser aplicados em benefício da organização.
Para Pedro Celso Luft, a palavra Material é:
Tudo relativo a matéria.
Equipamentos, utensílios, etc, necessários para um determina-
do fi m.
Para entendermos melhor ainda esses conceitos e signifi cados, 
vamos defi nir a palavra matéria, segundo Luft:
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14 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Matéria é aquilo de que são formados os corpos ou o que ocupa 
lugar no espaço; substância.
A defi nição do que seja “matéria” dá a entender, e ainda deixa 
muito claro, que tudo que ocupa lugar no espaço ou toda substân-
cia que forma um corpo pode ser considerado “Material”. Em tese, 
podemos dizer que o homem pode ser considerado “material”, já 
que é composto de “matéria” e como tal ocupa lugar no espaço. 
Ainda para reforçar essa colocação, sabemos que em alguns 
casos isso é posto explicitamente, como por exemplo as organi-
zações militares. O exército é uma das organizações mais antigas 
do mundo, e até hoje se refere aos seus reservistas e a todo o seu 
contingente como “material humano”. E aí existe uma relação mui-
to forte com Administração de Recursos Materiais, já que como 
“material humano” o reservista recebe um número (ou um código), 
é tratado por esse número, após cumprir seu papel como reservista 
é colocado à disposição por um certo período (em estoque) e após 
esse período é descartado (como material obsoleto).
Portanto, após os signifi cados e os conceitos aqui colocados 
do que seja Administração e Material, podemos agora entrar no 
assunto que já há algum tempo é motivo de pesquisa e de mui-
ta polêmica por parte das organizações, principalmente no Brasil, 
geralmente por falta de conhecimento do assunto ou mesmo falta 
de interesse em investir no que foi denominado de Administração 
de Recursos Materiais, envolvendo também em nível de controle, a 
parte patrimonial das organizações.
1.3 O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS 
MATERIAIS
Com base nos conceitos dados, vamos aqui conceituar de três ma-
neiras Administração de Recursos Materiais:
Administração de Recursos Materiais é um conjunto ambiental 
constituído por todos os órgãos da empresa, interagindo entre 
si, proporcionando condições necessárias a uma atuação inte-
grada e efi ciente, com objetivo de atender convenientemente às 
necessidades operacionais da empresa.
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 15
Administração de Recursos Materiais é manter um ambiente 
interno na empresa, onde os materiais organizados têm como 
fi nalidade atingir os objetivos do grupo com o menor custo de 
tempo, dinheiro e desconforto.
Administração de Recursos Materiais é organizar, planejar, 
controlar materiais efi cientemente com vistas à consecução das 
metas do grupo.
Por analogia, poderíamos considerar ambos os conceitos como 
defi nitivos; mas o objetivo aqui é provar didaticamente que qual-
quer um deles depende do prisma em que estivermos analisando a 
questão, como foi colocado anteriormente. Desta forma, gostaríamos 
de dar aqui um conceito genérico, ainda não defi nitivo, e assim te-
ríamos:
Administração de Recursos Materiais é utilizar os princípios 
básicos de Administração, com um padrão de qualidade sis-
temática, com a fi nalidade de bem aplicar os recursos fi nan-
ceiros e materiais, destinados às atividades operacionais de 
uma organização, seja de natureza industrial, comercial ou de 
serviços.
Quando colocamos esse conceito, destacamos duas palavras, 
que consideramos como chave, para a efi ciência de qualquer orga-
nização: qualidade sistemática.
O que é ter Qualidade Sistemática?
Vivemos hoje uma nova era, que alguns estudiosos denominam de 
Revolução do Conhecimento e outros de Revolução da Inteligên-
cia: as pessoas aprenderam a perder seu individualismo, o progres-
so técnico modifi ca radicalmente as profi ssões, os computadores 
substituem as pessoas, os robôs dão outro sentido à produção, a 
qualidade não é apenas um fenômeno passageiro, nem tão pouco 
uma técnica japonesa de gerenciamento, o cliente torna-se mais 
exigente, o concorrente tem que ser vencido e não combatido, é 
preciso mudar.
A Administração de Recursos Materiais, como ferramenta ge-
rencial, tem que acompanhar essas mudanças. Mudanças, por par-
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16 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
te de nossos empresários, dos pressupostos conceitos de gerencia-
mento dos estoques, com vistas ao atendimento das necessidades 
básicas da organização e dos seus colaboradores, seja no ambiente 
onde executam as tarefas ou na maneira com que as executam e até 
mesmo em relação aos equipamentos que utilizam na movimenta-
ção de materiais, tudo com objetivo de bem atender o cliente. 
E quem é o cliente da área de materiais?Voltando ao dicionário, encontramos algumas defi nições de cliente: 
“Cliente pode ser simplesmente um freguês”.
Ou ainda em relação ao advogado: “cliente pode ser o consti-
tuinte”.
Cliente em relação ao médico pode ser o doente.
O cliente é toda e qualquer pessoa que necessite de nossos 
serviços. Seja o freguês que precisa do produto que sai da linha de 
produção, ou ainda o empregado que requisita a matéria-prima 
para produzir esse produto. Seja o doente que através do médico ne-
cessita do medicamento ou equipamento cirúrgico no hospital ou 
ainda a atendente que requisita esse medicamento ou equipamento 
cirúrgico para amenizar de uma forma ou de outra a dor daquele 
doente, pode ser ainda o constituinte que através do advogado se 
utiliza de papéis, leis etc., para defender ou acusar, todos têm que 
ser atendidos dentro de um padrão de qualidade com muita efi cácia. 
Hoje é impossível pensar em padrão de qualidade em Adminis-
tração de Recursos Materiais sem a concepção de sistema já que, 
como atividade tipicamente fi m, ela deve estar interligada como 
sistema a todas as áreas da empresa.
E o que é um Sistema?
Sistema é a composição de uma série de itens (Hardware, Software 
e Elementos Humanos) relacionando-se e alinhados para operar, 
com objetivo de cumprir uma dada missão.
Ainda partindo do conceito de Sistema, é possível identifi car 
dentro das empresas uma série de sistemas ou subsistemas, que 
interagem entre si formando grandes sistemas integrados:
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 17
Sistema de Administração de Recursos Humanos;
Sistema de Administração Econômico e Financeiro;
Sistema de Administração da Produção;
Sistema de Engenharia de Produtos;
Sistema de Engenharia de Processo;
Sistema de Administração de Marketing; 
Sistema de Administração da Informação, e
Sistema de Administração de Material
De acordo com o conceito de Sistema, podemos agora dar a 
concepção de Sistema de Administração de Material.
O prof. Renaud Barbosa da Silva, defi ne Sistema de Adminis-
tração de Recursos Materiais como um conjunto de funções con-
tínuas, correlatas e interdependentes operacionalizáveis através de 
normas, procedimentos e técnicas específi cas e apoiadas em uma 
estrutura organizacional integrada, com objetivo de atender, nas 
melhores condições técnicas, econômicas e comerciais às necessi-
dades em material de uma empresa. O prof. Renaud afi rma, ainda, 
que temos como funções relacionadas entre si, no Sistema de Ad-
ministração de Materiais na maioria das empresas:
Classifi cação de Material;
Gerência de Estoques;
Aquisição;
Armazenamento;
Manuseio de Material;
Movimentação de Estoques;
Transporte de Material;
Controle dos Materiais Excedentes, Obsoletos e Inservíveis;
Controle de Qualidade.
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18 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
1.4 UMA NOVA VISÃO DO SISTEMA DE 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL
O que pretendemos aqui é dar uma nova visão do Sistema de Ad-
ministração de Material que, a partir de agora, denominamos de 
Sistema de Administração de Logística Integrada. Dentro desse sis-
tema visualizamos com quatro subsistemas: o subsistema suprimen-
tos, o subsistema produção, o subsistema marketing e o subsistema 
distribuição, monitorado através de um Sistema de Informação.
Subsistema Suprimentos formado pelas funções: Patrimônio, 
Aquisição de Material, Classifi cação de Material e Gestão de 
Estoques.
Subsistema Produção formado pela função: PCP – Planeja-
mento e Controle da Produção.
Subsistema de Marketing, formado pelas funções: Marketing 
e Serviço a Cliente.
Subsistema Distribuição, formado pelas funções: Transporte, 
Embalagem e Armazenamento.
O que é um Sistema de Administração de Logística Integrada?
Sistema Administração de Logística Integrada é a composição de 
uma série de subsistemas interdependentes, operacionalizável, que 
se relacionam entre si e com o meio ambiente, por meio de um 
Sistema de Informações, com objetivo de atender com qualidade as 
necessidades da organização. Como mostra a Figura 1 a seguir:
Suprimentos
Marketing
Produção
Distribuição
Sistema de
Informação
SQL
Figura 1 – Sistema de Administração de Logística Integrada.
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 19
Esses subsistemas interligados e bem gerenciados farão com 
que a organização ganhe mais em produtividade e conseqüente-
mente seja mais competitiva.
1.5 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
As empresas manufatureiras têm sido tradicionalmente estruturadas 
ou organizadas através de silos funcionais; Compras, Manufatura, 
Distribuição, Finanças, e Marketing\Vendas. Isto encoraja o desen-
volvimento de especialistas e, por sua vez, estratégias funcionais 
que criam uma grande restrição no ambiente atual, caracterizado 
por um número de desenvolvimento que severamente pressionam 
as operações, conforme abaixo:
Tempo de ciclo de vida curto do produto; 
Proliferação de produtos e opções; 
Expectativa incrementada de produtos e serviços ao cliente; 
Avanços em tecnologia e produtos incluindo informação; 
Globalização; 
Competição acirrada local e global. 
Estas mudanças têm direcionado para as seguintes estratégias:
Planejar e gerenciar o movimento e fl uxo dos materiais do for-
necedor até o cliente para se ajustar à demanda do mercado; 
Incrementar o nível do serviço ao cliente; 
Reduzir o tempo total de atendimento; 
Incrementar a qualidade total; 
Reduzir os custos totais; 
Planejar e investir em novos produtos e tecnologias de proces-
sos para tornar-se competitivo; 
Desenhar para a manufaturabilidade. 
Estas estratégias têm dirigido os fabricantes a olhar através das 
responsabilidades e métodos de gerenciar o fl uxo dos materiais ao 
longo da cadeia logística. Muitas empresas estão vendo agora o pla-
nejamento e movimento dos materiais do fornecedor até o cliente 
como uma função integrada de logística e não em funções tradicio-
nalmente separadas em silos.
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20 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
A logística é a organização do fl uxo dos materiais, desde o 
fornecedor até o cliente fi nal. O processo envolve todas as fun-
ções de Compras, Planejamento e Controle da Produção (PCP), 
distribuição e exige um fl uxo efetivo de informações e uma estrita 
conformação com as necessidades dos clientes.
Esta defi nição indica que os produtos (matérias-primas, pro-
dutos semi-acabados e acabados) devem ser transportados de dis-
tâncias variadas entre pontos de suprimentos, plantas, áreas de 
estocagens e mercados, e este arranjo deve ser feito para suportar 
com segurança e em quantidades sufi cientes, a fi m de se conseguir 
antecipar as necessidades da organização. Além disto, esta defi ni-
ção indica que o fl uxo da informação é uma responsabilidade da 
logística.
O objetivo da logística é incrementar a utilidade pela liberação 
do produto certo, nas condições, prazos, quantidades, locais, clien-
tes e custos solicitados. O sistema da logística é composto de uma 
rede formada de instalações e informações que executam várias 
funções, a fi m de conseguir um efi ciente fl uxo de produtos, onde 
se inclui transferência, estocagem, manuseio e comunicação. Pode-
mos também desenhar a logística como um conjunto de nós e suas 
ligações. Podemos colocar a evolução da logística em três estágios:
1) A gerência vê sua missão no controle do transporte de pro-
dutos acabados. Esta orientação é operacional, com ênfase 
principal no armazém. Acelerar a carga de trabalho do dia 
é essencial. Os esforços são para melhorar as operações com 
pouca atenção na análise total dosistema. 
2) O enfoque no gerenciamento dos materiais tem a missão de 
integrar a distribuição dos produtos acabados e o controle do 
transporte. Agora a orientação é gerencial, as atividades são 
planejadas e controladas como parte do processo de distribui-
ção física. Para conseguir incremento as funções se associam 
ao marketing e a manufatura. 
3) O enfoque no planejamento integrado tem a missão de inte-
grar o processo logístico total, combinando a distribuição física 
e a administração dos materiais como parte do esforço total da 
corporação. A orientação se volta para os pontos estratégicos 
Este exemplar esta registrado para uso exclusivo de RENATA MELO E SILVA DE OLIVEIR - 2774937
ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 21
e para perseguir oportunidades apresentadas pelas mudanças 
do ambiente externo. 
Os relacionamentos efi cazes dentro da logística seguem os ca-
minhos abaixo:
O cliente adquire um item. As informações da venda e da 
posição dos estoques são transmitidas por telecomunicação à 
manufatura. 
A manufatura determina a data do próximo embarque. 
A ordem de embarque para o item é enviada com um rótulo 
código de barras afi xado à embalagem. 
Uma notícia de embarque é enviada ao comprador por teleco-
municação avisando-o sobre quando e quanto será recebido. 
O pagamento pode ser baseado nesta notícia ou no recebi-
mento dos produtos. 
Uma coordenação do movimento do material e a defi nição do 
frete é defi nida. 
Um sistema de rastreabilidade e relatórios de progresso é rea-
lizado desde o embarque até o recebimento. 
Todos os movimentos relacionados com a transação são arqui-
vados via EDI. 
O pagamento do frete é efetuado em função do recebimento 
do item. 
Assim teremos como objeto de estudo na primeira parte do 
livro, até o Capítulo 5, a Administração de Logística Integrada, 
inicialmente o subsistema Suprimentos com as funções: Patrimô-
nio, Aquisição, Classifi cação e Gestão de Estoques, e em seguida, 
o subsistema Produção, com a função Planejamento e Controle da 
Produção, o subsistema de Marketing, com Marketing e Serviço 
a Cliente e fi nalmente o subsistema Distribuição, com as funções: 
Transporte, Embalagem e Armazenamento. Na segunda parte, a 
partir do Capítulo 6 até o Capitulo 8, apresenta-se como os concei-
tos de Logística, Tecnologia da Informação e o Supply Chain Mana-
gement fazem interfaces como o que denominamos de Sistema de 
Administração de Logística Integrada.
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 23
2 O SUBSISTEMA SUPRIMENTOS
2.1 A FUNÇÃO AQUISIÇÃO
O Que é Aquisição?
Antes de conceituarmos a Aquisição como uma função de um siste-
ma, gostaríamos de justifi car o porquê de não tratarmos essa função 
como Compra, conforme a maioria dos autores.
Se consultarmos o dicionário, vamos verifi car o sentido da pa-
lavra Aquisição como: “Ação ou efeito de adquirir”.
O sentido da palavra Aquisição signifi ca que temos várias ma-
neiras ou formas de adquirirmos alguma coisa. Podemos adquirir 
através da compra, da doação, do leilão, do empréstimo, do leasing 
e até mesmo utilizando meios ilegais, como o roubo ou furto. Am-
bas as formas, seguem um processo, que utiliza meios e estratégias. 
No nosso caso a compra é um meio de adquirir alguma coisa, e 
como tal, segue um processo, na maioria dos casos até sistemático. 
Assim, podemos conceituar Aquisição de Materiais como: 
Um processo sistemático de atividades, com objetivo de adquirir 
recursos materiais ou serviços nas melhores condições de preço, 
prazo, quantidade e qualidade, a fi m de atender as necessida-
des das organizações.
Sabemos que a função Aquisição depende especifi camente da 
Gerência de Estoques, porque é através desse gerenciamento que, 
o comprador, por meio de relatórios gerenciais, tem diariamente a 
posição dos estoques e, conseqüentemente, as quantidades a serem 
adquiridas, assim como quando essas aquisições têm que ser feitas 
e ainda o intervalo de tempo de demora dessas aquisições. Quando 
estudarmos a função Gerência de Estoques, nos aprofundaremos 
no assunto. 
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24 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Quando me refi ro a relatórios gerenciais, é porque hoje com 
os sistemas automatizados é possível obter e manter qualidade no 
controle de todas as atividades ligadas a materiais, nas organiza-
ções, com um Sistema de Administração de Logística Integrada a 
Administração de Materiais.
A informação contida nos relatórios gerenciais das empresas 
refl ete a necessidade de determinado material, dando início ao Ci-
clo de Aquisição, gerando de imediato a emissão de um Pedido de 
Compra (PC) também denominado, em algumas empresas, de Re-
quisição de Compra (RC), a segunda etapa do Ciclo de Aquisição. 
É necessário deixar claro que o Pedido de Compra na maioria 
das vezes é emitido diretamente pelo órgão competente. Isso não 
quer dizer que qualquer outro órgão de linha não possa emitir um 
pedido de material, principalmente se esse material nunca tenha 
estado, em hipótese alguma em estoque, por trata-se de um mate-
rial novo, e por isso mesmo, nunca tenha sido cadastrado. O que 
é preciso que fi que claro é que esse pedido deve ser encaminhado 
ao órgão de Compra, para as providências que se fi zerem necessá-
rias.
Como adquirir?
Emitido o pedido, a etapa seguinte é a seleção da fonte de forneci-
mento, para isso é necessário que a empresa mantenha através do 
sistema, todos os seus fornecedores cadastrados e com seus dados 
atualizados (nome da empresa, número de inscrição, nome do con-
tato, endereços da matriz, fi lial e armazéns, as condições de forne-
cimento, de pagamento, da entrega, de embalagem ou acondicio-
namento, além de todo o material existente) prontos para serem 
fornecidos e um histórico de todas as transações com ele realizadas. 
Entre os fornecedores cadastrados, dependendo da modalidade de 
licitação, dentro dos critérios estabelecidos pela empresa, é escolhi-
do o melhor fornecedor.
Como selecionar fornecedores?
O processo de seleção de fornecedores começa com o desenvol-
vimento de uma relação de critérios e requisitos mínimos para ser 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 25
um fornecedor. Estabelecido o critério primário de seleção, o pro-
cesso pré-exame pode ser feito através de relatórios fi nanceiros. Os 
fornecedores que atenderem esses requisitos podem ser avaliados.
O processo mais detalhado envolve uma pesquisa através de 
questionários, com uma série de tópicos os quais são atribuídos va-
lores de referência que representam a importância de cada tópico. 
Os valores de referência são somados e usados para calcular o va-
lor proporcional. O total de valores proporcionais deve ser igual a 
1. Cada atributo recebe um valor normalizado que é a soma dos va-
lores dados pelo critério, dividido pelo número de critérios usados. 
A combinação do valor proporcional (atribuído) e o valor norma-
lizado (calculado a partir do formulário de pesquisa) na utilidade 
esperada ou o rateio do fornecedor. O resultado dessa combinação 
permite a análise da capacidade técnica do fornecedor em relação 
às necessidades da empresa. A comparação entre a capacidade de 
diversos fornecedores ainda serve para avaliar a possibilidade de 
melhorar seu desempenho.
A princípio, independentemente do valor, o Pedido de Com-
pra de qualquer material deve estar sujeito ao processo de licita-
ção, o que dá início à terceira etapa do Ciclo. Tanto nas empresas 
públicas, como nas empresas privadas, esse processo segue a uma 
legislação federal. As modalidades de licitação são os seguintes:
1) Tomada de Preços é a modalidade de licitação entre interessadosdevidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condi-
ções exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior 
à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualifi cação.
2) Concorrência Pública é a modalidade de licitação entre quais-
quer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, 
comprovem possuir requisitos mínimos de qualifi cação exigi-
dos no edital para execução do seu objeto.
3) Carta Convite é a modalidade de licitação entre interessados 
do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhi-
dos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade 
administrativa, a qual afi xará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastra-
dos na correspondente especialidade que manifestarem seu 
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26 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas. 
4) Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para a venda de bens inservíveis para a administração ou de 
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a 
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer 
o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
No processo de Aquisição, geralmente a modalidade de lici-
tação escolhida fi ca entre a Tomada de Preços e a Concorrência 
Pública. No caso de grandes quantidades de materiais, que envol-
vem valor muito alto, a Concorrência Pública é a modalidade mais 
utilizada. E utiliza o seguinte procedimento que, em alguns casos, 
torna-se muito complexo:
É elaborado um edital, escolhido a melhor forma de divulga-
ção, que geralmente é através de um jornal de grande circulação 
por um prazo determinado o edital é veiculado com as informações 
básicas sobre a licitação como: tipo de material ou serviço a ser for-
necido, local onde adquirir o edital, condições para a participação 
da licitação e ainda algumas informações como: local, hora e data 
da entrega da proposta, documentos de habilitação, capacidade 
técnica e etc.
No local, na data e na hora determinada, as propostas são 
recebidas, em envelopes lacrados, em seguidas são abertas e cri-
teriosamente avaliadas por uma comissão, é declarada vencedora 
aquela que refl etir as melhores condições para empresa (melhor 
preço, prazo e qualidade e ainda em alguns casos quantidade), o 
fornecedor é convidado a assinar um contrato para fornecimen-
to dos materiais objeto da proposta. Como critérios de avaliação 
do processo de Tomada de Preços ou Concorrência Pública uma 
série de dados são analisados: preço total, embalagem ou acon-
dicionamento, formula de reajuste em alguns casos, condições de 
pagamento, prazo de entrega, garantia, assistência técnica no caso 
de equipamentos e etc.
É necessário, pois, na avaliação do preço total, verifi car os des-
contos, custos com impostos, e principalmente os custos de trans-
porte ou custos logísticos. Por termos uma dimensão continental, 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 27
este custo representa um dos seus principais componentes do preço 
fi nal, portanto é necessário, especifi car qual a modalidade comer-
cial que o material estar sendo entregue. As modalidades mais co-
muns são:
FOB (Free On Boad): signifi ca que o preço cobrado pelo mate-
rial é correspondente a colocação do material apenas no veí-
culo de transporte (caminhão, avião, navio, trem etc.) fi cando 
a cargo de quem compra, as despesas de frete e seguro, bem 
como os riscos da viagem até o destino. Assim na proposta, é 
necessário especifi car a modalidade e a forma de transporte. 
CIF (Cost, Insurance, Freight): signifi ca que o fornecedor já in-
cluiu no preço do material, as despesas com seguro e frete até 
o local do destino.
A Retirar: para quem compra, signifi ca transportar o material 
do armazém do fornecedor até a sua empresa, dentro do ho-
rário previamente estabelecido pelo fornecedor, pagando as 
despesas de seguro.
Posto na Empresa: signifi ca que o fornecedor se compromete 
a entregar o material até o seu destino fi nal.
No caso de pequenas quantidades de materiais, que envolve 
pequenos valores, a Tomada de Preços é considerada a melhor 
modalidade, porque, em alguns casos inclusive, não necessita de 
publicação de Edital e por isso mesmo o processo perde toda a sua 
complexidade, já que as propostas da Tomada de Preço pode ser 
feita através de um contato telefônico ou ainda através de e-mail ou 
fax e através do mesmo procedimento para a proposta considerada 
vencedora é emitido um Pedido de Compra. 
Em ambos os casos a assinatura do contrato de fornecimento 
ou a emissão do pedido vem caracterizar a Compra propriamen-
te dita e conseqüentemente a quarta etapa do Ciclo de Aquisição. 
A próxima etapa é denominada Diligenciamento ou Acompanha-
mento, geralmente é feita pelo responsável pela compra ou mes-
mo pela Gerência de Estoques. Esse diligenciamento pode ser feito 
através de visitas ao fornecedor, quando é possível, ou por meio de 
telefone, e-mail ou, ainda, via fax.
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28 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Entre outros, alguns são questionamentos que geralmente são 
colocados: “o fornecedor tem em estoque a quantidade do material 
pedido?” ou “o material pedido vai ser entregue no prazo?” ou 
“como está nosso pedido?” ou ainda “olha, faltam apenas dois dias 
para entrega do pedido número tal”.
Todos os questionamentos são colocados de forma que o for-
necedor não se sinta incomodado e não perceba que, de fato, o 
pedido está sendo controlado, assegurando as condições de entrega 
do material no tempo acordado. 
A etapa seguinte é o Recebimento do Material pelo Almoxari-
fado ou Armazém que segue os seguintes procedimentos:
1) Deve ser feita uma conferência criteriosa dos materiais cons-
tante da segunda via do(s) pedido(s) emitidos que se encontra 
à disposição na área de recebimento no almoxarifado, com os 
materiais que constam na(s) nota(s) fi scal(is); devem ser con-
feridos o nome e a descrição do material, as quantidades, a 
embalagem ou acondicionamento;
2) Inspeção dos materiais recebidos e devolução dos materiais que 
não correspondam aos pedidos; para algumas empresas, esse 
procedimento é efetuado na local de fabricação, como é o caso 
dos fornecedores de cabos telefônicos e elétricos, e alguns equi-
pamentos de grande porte na área de telecomunicações e eletri-
cidade que necessitam de uma aceitação prévia. Em alguns casos 
esse procedimento é caracterizado como controle de qualidade. 
3) Entrada dos pedidos no sistema e, conseqüentemente, atuali-
zação do(s) saldo(s);
4) Entrega dos materiais ao pessoal de armazenamento;
5) Envio da(s) nota(s) fi scal(is) para a Contabilidade, para efetuar 
o pagamento e, conseqüentemente, o encerramento do Ciclo 
de Aquisição.
Quando me refi ro à inspeção do material no Item 2, descarto 
a necessidade de Controle de Qualidade como uma função de um 
sistema, e justifi co por que no processo de qualidade não neces-
sitamos de controle, o fornecedor ou o parceiro já foi analisado 
e tem obrigação de nos fornecer o material dentro do padrão de 
qualidade que necessitamos, a inspeção só mensura, as quantida-
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 29
des ou unidades de fornecimento e a descrição ou especifi cação 
do material, para que possamos movimentar o estoque dentro do 
padrão determinado, dando entrada no item e nas quantidades cor-
retamente. 
O processo de Aquisição nas empresas públicas é regulamen-
tado pela Lei n. 8.666 de 21 de junho de 1993, art. 37 inciso XXI 
da Constituição Federal, e suas alterações.
2.1.2 Qualidade na Aquisiçãode Materiais
O departamento de compras de uma empresa é um segmento es-
sencial estratégico para o departamento de materiais ou suprimen-
tos, onde desempenha o papel, ou melhor, tem por fi nalidade su-
prir as necessidades de materiais, planejá-las de forma quantitativa 
e satisfazer as necessidades no momento certo com as quantidades 
corretas. 
Uma das formas de obter qualidade no processo de aquisição 
é a utilização da tecnologia de informação. É através da tecnologia 
de informação que o processo de compra se torna mais ágil, seguro 
e minimiza os erros. Devemos levar em conta que as partes envol-
vidas (fornecedor e cliente) cooperem no que tange as informações, 
ou seja, que o padrão utilizado através dos meios magnéticos pelo 
fornecedor seja o mesmo padrão reconhecido pelo cliente. Uma 
das ferramentas mais utilizada pelas as empresas é o EDI (Inter-
câmbio Eletrônico de Dados), no Capítulo Tecnologia da Informação
entraremos em mais detalhes.
Uma outra forma de manter a qualidade no processo é a qua-
lifi cação dos compradores. Podemos considerar o comprador como 
uma pessoa de extrema importância dentro de uma organização. 
O padrão atual exige que o comprador seja bem qualifi cado para 
conduzir com efi cácia o seu trabalho, seja um bom negociador e 
tenha conhecimentos amplos das características dos produtos, dos 
processos que envolvem a origem e a circulação dos mesmos até o 
consumidor fi nal. Deve possuir conhecimentos básicos na área de in-
formática e saber analisar e interpretar dados, emitir relatórios etc.
 Parceria com fornecedores é fundamental para a melhoria do 
processo qualidade na aquisição. Um dos fatores que muitas vezes 
não levamos em conta é o conjunto de fornecedores, ou seja, aque-
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30 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
les que nos fornecem produtos e serviços. A maioria das empresas 
gasta mais da metade do valor das suas vendas na compra de com-
ponentes para produção ou de produtos para comercialização. For-
mar fornecedores em potencial é torna-se parceiros nos negócios.
 A parceria é concretizada no momento que os fornecedores 
atendem às condições de transporte e de entrega dos produtos. 
Para tal é fundamental que os fornecedores tenham seus processos 
automatizados desde o ressuprimento automático até a movimen-
tação na entrega nas áreas de recebimento ou nas docas nos Cen-
tros de Distribuição das empresas. A tecnologia de informação na 
utilização do ressuprimento automático, a paletização através da 
unidade padrão de carga, o rastreamento das cargas via satélite e a 
utilização do código de barras. 
2.2 A FUNÇÃO PATRIMÔNIO
2.2.1 Conceituando Patrimônio
O que é Patrimônio?
Ainda segundo o dicionário Aurélio, Patrimônio signifi ca:
Bens materiais ou não de uma pessoa ou empresa.
Bens materiais são representados por utensílios, equipamentos, 
ferramentas, dinheiro, valores e propriedades;
Dependendo da atividade fi m da organização temos como 
bens materiais:
máquinas e ferramentas da linha(ou não) de produção;
equipamentos de movimentação de materiais;
estoque de matéria-prima;
estoques produtos acabados ou semi-acabados;
estoque de materiais administrativos;
edifi cações diversas (armazéns, área administrativas etc.) outros. 
Bens não materiais são representados por patentes, direitos 
autorais e outros;
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 31
Já o prof. Ivan Storino Braga2, economista e pesquisador nesta 
área, considera Patrimônio o conjunto dos bens corpóreos e incor-
póreos de uma pessoa jurídica ou não.
Os bens patrimoniais corpóreos (bens materiais) são aqueles 
passíveis de utilização manual e que podem ser aplicados em fun-
ção ou benefício do seu dono. Nesse caso, estão os utensílios em 
geral e a propriedade de coisas móveis e imóveis.
Os bens patrimoniais incorpóreos (bens não materiais) são in-
tangíveis (propriedade industrial), embora existentes. São aqueles 
que, apesar dessa circunstância, fazem parte dos bens individuais, 
permitindo que, pelo seu usufruto, se constituam em fonte de ma-
nutenção.
A propriedade industrial engloba:
privilégios de invenção, modelo de utilidade, modelo indus-
trial e desenho industrial;
registros de marca de indústria e de comércio e de serviço: 
expressão ou sinal de propaganda.
Aos autores de invenções, modelos de utilidade, modelos in-
dustriais e de desenho industrial é assegura do o direito de obter 
patente que lhe garantam a propriedade e o uso exclusivo. São ga-
rantidos, no território nacional, a propriedade de marca e o seu uso 
exclusivo àquele que obtiver o seu registro para distinguir seus pro-
dutos, mercadorias ou serviços de outros idênticos ou semelhantes, 
na classe marcas em papéis, impressos e documentos relativos às 
atividades do titular.
As marcas de indústria e comércio podem ser usadas direta-
mente em produtos, mercadorias, recipientes, rótulos ou etiquetas. 
Vemos pois que, marcas, patentes, sinais e expressões de propagan-
da são coisas diversas, representadas por fi guras jurídicas distintas 
(registro e carta patente) e que não podem receber, contabilmente, 
o mesmo tratamento. Assim, merece aqui colocarmos alguns con-
ceitos importantes:
2. Prof. Ivan Storino Braga, contabilista, economista e auditor independente, com 
pós-graduação em Engenharia Econômica, especializado em Administração Finan-
ceira, Custos e Patrimônio, possui larga experiências profi ssional como consultor de 
diversas empresas, sendo ainda o titular da Storino – Auditores e Consultores S/C e 
vencedor do 1º Prêmio do Conselho Federal de Contabilidade.
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32 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
A carta patente é o documento expedido pela autoridade ad-
ministrativa onde constam o número da patente, nome, nacionali-
dade, profi ssão e domicílio do inventor, do seu sucessor ou cessio-
nário, o título e a natureza do privilégio e o prazo de sua duração, 
bem como, quando for o caso, a prioridade estrangeira, se compro-
vada ressalvando-se os direitos de terceiros e a responsabilidade do 
Governo; quanto à novidade e à utilidade, devem conter, ainda, as 
reivindicações e os desenhos.
Patente, simplifi cadamente, é um monopólio de exploração de 
um determinado conhecimento por tempo determinado. É repre-
sentado por uma carta patente expedida por autoridade adminis-
trativa do governo federal no Brasil, o Instituto Nacional de Pro-
priedade Industrial (INPI).
Invenção é toda novidade não-compreendida pelo estado da téc-
nica e suscetível de aplicação industrial. Considera-se modelo de utili-
dade toda disposi ção ou forma nova obtida ou introduzida em objetos 
conhecidos desde que se prestem a um trabalho ou uso práticos. A 
proteção é concedida apenas à forma ou disposição que traga melhor 
utilização à função a que o objeto ou parte da máquina se destina.
Modelo Industrial é toda a forma plástica que possa servir de 
tipo de fabricação de um produto industrial e ainda se caracterize 
por nova confi guração ornamental.
Desenho Industrial é toda disposição ou conjunto novo de linhas 
ou cores com fi m industrial ou comercial, que possa ser aplicado 
à ornamentação de um produto por qualquer meio manual, me-
cânico ou químico, singelo ou combinado. São também incluídos 
no conceito de modelo ou desenho industrial aqueles que, mesmo 
compostos de elementos conhecidos, realizem combinações origi-
nais, dando aos respectivos objetos aspecto geral com caracterís-
ticas próprias. Aos privilégios concedidos, é dada ampla divulga-
ção através de publicação no órgão ofi cial do INPI – a Revista de 
Propriedade Industrial que também publica a legislação baixada 
pela autarquia. Marca é o reconhecimento, pela autoridade admi-
nistrativa governamental, da propriedade e do uso exclusivode um 
conjunto de sinais utilizados para distinguir produtos, mercadorias 
ou serviços. Há três tipos de marca reconhecida pelo INPI: as da 
indústria, as de comércio e as de serviço. 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 33
Marca de indústria: é a usada pelo fabricante, industrial ou artí-
fi ce para distinguir os seus produtos. 
Marca de comércio: é a usada pelo comerciante para assinalar os 
artigos ou mercadorias do seu negócio.
Marca de serviço: é aquela utilizada por profi ssional autônomo, 
entidade ou empresa para distinguir os seus serviços ou ativi-
dades. Entende-se por expressão ou sinal de propaganda toda 
legenda, anúncio, reclame, palavra, combinação de palavras, 
desenhos, gravuras originais e característicos que se destinem 
a emprego como meio de recomendar quaisquer atividades 
lícitas, realçar qualidade de produtos, mercadorias ou serviços, 
ou a atrair a atenção dos consumidores ou usuários.
O registro é válido para todo o território nacional. O certifi ca-
do de registro respectivo deve conter nome, nacionalidade domici-
lio completo e ramo de atividade do interessado do seu sucessor ou 
cessionário as características do registro e a data de sua extinção e 
a prioridade estrangeira, se comprovada. 
2.2.2 O Controle Patrimonial
Em épocas de altos índices infl acionários, as empresas se obrigam 
sobremaneira a controlar bem seu patrimônio e pensar antes de 
capitalizar os seus recur sos fi nanceiros. Ele traz, por outro lado, 
a oportunidade de se exercitar ao máximo a imaginação criadora 
de Técnicos e Administradores na busca de soluções que ajudem 
não só a resolver o problema certamente conjuntural, mas a lançar 
bases mais sólidas para o desenvolvimento da organização.
A correção monetária de Balanço aplicada sobre o Ativo Per-
manente (Ativo Imobilizado — Bens Patrimoniais), o Patrimônio 
Líquido e, na área imobiliária, sobre os Estoques de Imóveis, defi -
ne que dessas relações se originam valores de correção monetária 
dedutíveis ou tributável para efeitos fi scais na Legislação do Impos-
to de Renda.
A correção monetária tributável ocorre quando a relação exis-
tente entre o Ativo Permanente é maior do que a do Patrimônio 
Líquido e é dedutível, o inverso. 
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34 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
O aumento do Ativo Permanente, indiscriminado, sem o devi-
do controle, mediante aquisição de bens para o Ativo Imobilizado, 
poderá descapitalizar a empresa fi nanceira de duas formas:
pela aplicação de recursos na aquisição dos Bens Patrimoniais;
com o pagamento de imposto de renda sobre lucro irrisório ou 
fi cto, oriundo de efeitos infl acionários.
O controle patrimonial visa, também, apurar o tempo de vida 
útil de cada bem, controlar seu uso, perecimento e obsolescência 
perante o avanço tecnológico existente nos dias atuais, propician-
do ao Adminis trador proceder às reposições necessárias, a fi m de 
obter maior produtividade na empresa, calculada e estimada, e 
manter sob controle os cálculos exigidos legalmente, tais como a 
correção monetária da depreciação, a correção do valor original, a 
depreciação do valor original e outros cálculos de produção neces-
sários à empresa.
2.2.3 A Função Patrimonial da Empresa
A Direção da empresa deve se conscientizar da grande importância 
da área de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, 
que hoje controla todas as funções e atribuições atinentes ao con-
trole físico, contábil e cálculos matemáticos concernentes aos bens 
patrimoniais da empresa.
A gestão patrimonial se substancia, também, na manutenção, 
reparos, aproveitamentos de partes de bens, componentes fungí-
veis ou que tornem outros bens contíguos, que, uma vez bem con-
trolados, trazem uma boa economia para a empresa, defi nindo-se 
como viável o custo-benefício da existência da área de controle 
patrimonial na estrutura administrativa da empresa, hoje ligada ao 
Sistema de Administração de Materiais. 
2.2.4 Manutenção do Patrimônio
A tendência de uma empresa é de realizar a sua produção com 
maior efi ciência quando os “meios de produção” se encontram 
dentro dos seus limites de plena utilização. Edifícios, máquinas, ins-
talações, veículos, etc. com menor capacidade que o real tendem 
a propiciar também uma menor rentabilidade. Esta é a razão pela 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 35
qual um dos objetivos administrativos deve ser o de manter os seus 
bens patrimoniais na sua melhor condição produtiva.
O fenômeno da manutenção está estreitamente ligado ao da 
produção do resultado. Os aspectos do exame da questão são varia-
dos, mas, contabilmente, existem áreas bem delimitadas, todas cor-
relatas com os problemas de estrutura patrimonial (conservação da 
força patrimonial) e de formação do resultado (economicidade).Há 
um inequívoco vinculo entre todos esses aspectos, mas, basicamente, 
entre os da efi ciência dos bens patrimoniais e a produção do lucro.
A tendência natural é a de “manter” para “produzir”, mas tal 
norma pode sofrer deformações diante de bens que se superam tec-
nologicamente com velocidade; como o objetivo principal é obter 
o “maior resultado possível”, nem sempre isso se concretiza quan-
do a empresa não se atualiza. Até que ponto é interessante gastar 
para manter um equipamento já superado por outro mais produ-
tivo é uma questão que requer estudo, diante de cada caso prático.
Por outro lado, deixar de aplicar em manutenção quando ain-
da não se sabe qual o futuro de um equipamento é também te-
merário. Seja qual for, uma boa manutenção poupa a empresa de 
reparações onerosas.
As reparações grandes não só comportam altos custos como 
também impedem o imobilizado de produzir durante o período 
em que elas se realizam (há, pois, uma dupla perda). Embora a 
manutenção, por melhor que seja, não possa eliminar as periódi-
cas reparações, quase sempre, contribui para adiá-las ou torná-las 
menos onerosas.
Um equipamento que segue um programa técnico de manu-
tenção tende a prolongar sua vida física útil. Não se deve confundir 
vida física com vida física útil. Um bem pode durar 10 anos e esse 
é o seu prazo de vida. O importante é que, durante todo esse perío-
do, possa oferecer a maior rentabilidade, ou seja, vida física útil.
Na quase totalidade dos planos de contas, os custos de manu-
tenção possuem uma conta que os registra. A seguir, são os mesmos 
distribuídos ou rateados por diversos centros de produção ou pro-
dutos. Na realidade, todavia, os fatos não ocorrem com tal singe-
leza, pois existem classes de fatos muito bem defi nidas dentro do 
campo da “manutenção dos bens patrimoniais”.
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36 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Existem características marcantes que merecem registros, de-
monstrações e análises especiais. Conceitualmente, não se torna 
possível confundir os acontecimentos, pois produzem de forma 
bem distinta. No estudo da questão, é preciso considerar, pelo me-
nos as seguintes classes de manutenção:
1) Manutenção para Reparos;
2) Manutenção Preventiva;
3) Manutenção para Melhoramentos.
Cada classe tem as suas características e merece estudos espe-
cífi cos, assim como registros especiais.
1) Manutenção para Reparos
Por um longo período de tempo, “manutenção” e “reparação” pa-
receram ser a mesma coisa, na opinião dos diversos estudiosos. 
Embora sejam na prática, fenômenos bem distintos, muitos foram 
os estudiosos que mesclaram os conceitos. Consideravam que fazer 
“reparações” signifi cava promover a “manutenção” de um bem. A 
reparação era entendida como uma “reforma” para tornar outra 
vez útil o que estava fi cando imprestável. 
A perda da efi cácia precisa ser adiada de modoa impedir que 
avarias graves possam impedir uma retomada da efi ciência. Tal 
condição muito interessa aos estudos contábeis, pois têm relevantes 
infl uências sobre o equi líbrio patrimonial, a produção do rédito e a 
sobrevivência da empresa.
A manutenção de reforma ou de reparação, como socorro 
para recuperar o que perdeu a utilidade econômica, não deixa de 
ser uma “manutenção”, ainda que inadequada e em sentido oposto 
à real necessidade das empresas na atual conjuntura.
O período de “redução da utilidade” representa um fenômeno 
que a manutenção deve procurar evitar e não um acontecimento a 
“remediar” (se adotado o raciocínio precedente). Entre o “manter mal” 
e o “manter corretamente”, existem diferenças substanciais, embora, 
em ambos os casos, possam existir, inequivocamente “manutenção”.
Manter “fora do tempo” (intempestividade de manutenção) é 
uma inadequação, embora não seja negação do ato. Tal sutileza 
tecnológica pode ser revelada administrativamente se, aberta uma 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 37
conta própria para reparação, e a contabilidade for devidamente 
informada sobre o evento.
A utilidade de um dado desta natureza é relevante no estudo 
analítico do patrimônio e dos resultados: Não basta saber que se 
praticou a manutenção, pois é muito importante conhecer sob que 
condição a mesma foi realizada. Os gastos, para serem eliminados, 
reduzidos ou ajustados, devem ser conhecidos pelos seus detalhes de 
maior profundidade, não bastando que sejam, apenas, identifi cados.
A contabilidade moderna, aquela que não se deixa envolver 
pela medíocre mistifi cação de aparências (como a do modelo an-
glo-saxão), precisa conhecer e demonstrar não só o fato, mas, es-
pecialmente, qual a verdadeira função do mesmo diante do tríplice 
sistema que rege a vida das empresas: patrimonial, reditual e de 
sobrevivência. A função do valor diante de tais sistemas é de suma 
importância para as evidências. Não basta que se classifi que a ma-
nutenção pelo ato de ser um gasto. É preciso que se evidencie qual 
foi o tipo de manutenção que a empresa adotou, pois isso é relevan-
te para o estudo da efi cácia e da economicidade da mesma.
A manutenção deve ocorrer no ato imediato da necessidade e 
não, na hora de estancar a perda global ou de reverter grandes la-
cunas de improdutividade. A escrita contábil deve denunciar o tipo 
de fato para que se possa julgar sobre o destino da empresa.
2) Manutenção Preventiva
No entendimento moderno, deve a empresa pre venir-se, evitando 
que fatos negativos ocorram. Em razão de tal posicionamento, a 
denominada “manutenção preventiva” é a que melhor atende aos 
interesses patrimoniais e redituais. A manutenção de tal tipo ocorre 
com a combinação dos fatores:
Efi ciência pela Utilidade do Equipamento e
Tempestividade ou Oportunidade do Gasto. 
Isso signifi ca que o gasto deve ocorrer paralelamente à perda 
da atividade econômica do bem, de modo a suprir, no tempo certo, 
a perda da efi ciência. Em vez de aguardar que um equipamento 
pare para ser reparado, faz-se a manutenção diante de um progra-
ma técnico capaz de suprir toda a queda de defi ciência.
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38 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Os termos de avaliação, no caso, deixam de ser o monetário 
do gasto e o monetário da perda correspondente na reditividade, 
mas, apenas, uma relação lógica entre a aplicação e a cobertura da 
perda da utilidade econômica. O processo de decadência do bem 
é suprido com o processo do gasto da manutenção mediante um 
plano previamente elaborado.
A peculiaridade desse fenômeno justifi ca que seja dedicada ao 
mesmo uma conta especifi ca. O gasto, no caso, tem por fi nalidade 
funcional o ativo imobilizado técnico e, por essa razão, produz um 
fenômeno que se difere dos demais, pois, nesse evento, há um pa-
ralelismo entre a funcionalidade e o dispêndio.
Há uma prevenção contra riscos maiores, mantidas dentro 
de características próprias. Existem estudiosos que realizam, ain-
da, subdivisões do fenômeno para apresentarem, dentro das “pre-
ventivas”, as “manutenções de rotina” ou “sistemáticas”.
A manutenção de “rotina” independe da verifi cação da per-
da, ou seja, é feita de forma “automática”, como, por exemplo, 
nas peças de aviões que são substituídas após tantas horas de vôo, 
independente mente de apresentar defi ciências.
O gasto passa a ser uma decorrência natural de um progra-
ma obrigatório de manutenção. Notam-se, pois, fatos patrimoniais 
deveras distintos dentro de uma só natureza de acontecimentos. A 
manutenção preventiva, propriamente dita, segue-se a um trabalho 
de inspeção que vai realizando gastos antes que os danos ou a per-
da da efi ciência se verifi quem, enquanto a manutenção sistemática 
ocorre mesmo sem verifi cação, após um “período de vida” que se 
imagina de “plena produtividade” de uma peça, acessórios ou ele-
mento do imobilizado.
Ambas as manutenções socorrem, por antecipa ção, a perda 
da efi ciência, mas, de forma diferente. A “prevenção” não é um 
“socorro” ao equipamento como é o raso da manutenção de repa-
ração, mas um efeito corretivo do declínio da utilidade econômica, 
sendo, pois, fatos absolutamente identifi cáveis, cada um de per si.
Há, pois, um fator que aumenta a quantidade de fenômenos 
patrimoniais, em decorrência da ampliação da metodologia das 
técnicas de produção e de governo das empresas. À medida que 
os procedimentos tecnológicos e administrativos se aperfeiçoam e 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 39
evoluem, cresce o número de fenômenos patrimoniais e, conse-
quentemente, ampliam-se às necessidades de estudos e análise.
No caso da “manutenção do imobilizado”, é pre ciso ter-se 
sempre em mira o “risco” no uso, quer para efeitos produtivos, 
quer para a “segurança” de vidas, quer para a defesa da qualidade 
do produto (muito importante nos mercados de maior competitivi-
dade), ou seja, não é só uma “utilidade funcional” que deve orientar 
o aparecimento do gasto.
3) Manutenção para Melhoramentos
As manutenções podem, sob certos aspectos, ampliar o valor de 
utilização de um bem, promovendo uma melhoria, embora, neste 
caso, não sejam genuínas manutenções. O conceito básico da ma-
nutenção fi rma-se em uma atitude para garantir a funcionalidade, 
não para dilatá-la. Ocorre, entretanto, que tal aspecto teórico nem 
sempre está presente na prática, pois os fenômenos de manutenção 
podem acontecer combinados com os de melhoria.
Assim, por exemplo, a retifi cação de um motor, não só cum-
pre o objetivo de garantir a sua funcionalidade, como amplia a vida 
e melhora o rendimento do equipamento. O mesmo ocorre com as 
turbinas de avião quando submetidas a processos plasmáticos de 
endurecimento de seus materiais: é comum haver turbinas retifi ca-
das que são melhores que as novas, recém egressas das fábricas. 
Nesse caso, a manutenção encerrará um custo de exercício 
e custo plurianual que deverá ser amortizado durante o prazo da 
“maior duração” conseguida com o melhoramento. A “ampliação 
da efi ciência”, também, é outra questão que não pode deixar de ser 
analisada e é exatamente neste particular que existe uma “desca-
racterização” do sentido de “manutenção”, pois se deixou de “man-
ter” para “aumentar”.
Essa é a razão fundamental pela qual as leis fi scais deixam de 
aceitar como custo às manutenções de melhoramento e, nisso, agem 
de acordo com a doutrina contábil (embora nem sempre elas este-
jam de acordo), porque muitos fenômenos podem estar coligados no 
evento, descaracterizando o aspecto essencial da ma nutenção.
Na vida prática das empresas, todavia, é preciso reconhecer a 
difi culdade que existe em “isolar os fenômenos” no ato da realiza-
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40 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
ção dos mesmos, porque ocorrem de torna indissolúvel, embora con-
tendo funções distintas. Por analogia, no caso, lembramos que certos 
fenômenos na Química assim também ocorrem, ou seja, os corpos se 
combinam para tornar outras características diferentes, mas podem, 
a qualquer momento, ser dissociados para fi ns analíticos.
2.2.5 Classifi cação dos Bens Patrimoniais
Para efeito destes procedimentos, consideram-se Bens Patrimoniais 
aqueles que, em razão de sua utilização, não perdem sua identidade 
física e constituem meio para produção de outros bens e serviços.
Exclui-se do controle físico previsto nestes procedimentos os 
Terrenos, as Edifi cações, os Bens Intangíveis e as Benfeitorias em 
Imóveis de Terceiros, sujeitos à rotina própria de controle contábil. 
Os Bens Patrimoniais caracterizam-se por serem: Bens de Controle 
Unitário e Bens de Controle Múltiplo.
Bens de Controle Unitário são aqueles passíveis de identifi ca-
ção física, com unidade de propriedade defi nida, tendo ainda 
relativa expres sividade econômica, tais como: Mesas, Cadei-
ras, Armários, Escrivaninhas, Máquinas, Fichários, etc.
Bens de Controle Múltiplo são aqueles de pouca expressão 
econômica e qualidade similar tais como: Peças de Adorno, 
Grampeadores, Cestas, Cinzeiros, Pequenas Ferramentas, Ex-
tintores de Incêndio, Quadros, Maquetes e outros semelhan-
tes, os quais terão controle através de Sistema de Administra-
ção de Recursos Materiais.
Ainda existem Empresas Públicas que classifi cam esses bens 
como Material Permanente (MP). Não são considerados Bens Pa-
trimoniais aqueles que perdem, pelo uso, a identidade física ou têm 
a utilização limitada pelo tempo em função de determinados fato-
res como:
Fragilidade: Diz respeito à modifi cação da identidade do bem, 
por exemplo, por ser quebradiço.
Deteriorabilidade: Refere-se à modifi cação da identidade do 
bem, por ser de material perecível.
Transformabilidade: Corresponde à modifi cação da identidade 
física do bem.
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 41
Incorporalidade: Refere-se à propriedade do bem se incorporar 
a outro.
Durabilidade: Limitação da utilização do bem no tempo apro-
ximado de 2 (dois) anos. 
2.2.6 Classifi cação Segundo a Modalidade de Inclusão 
do Patrimônio
Os Bens Patrimoniais classifi cam-se nas seguin tes formas abaixo, 
conforme a modalidade de inclusão:
Bens Comprados: Quando o bem é comprado através do preen-
chimento do Pedido de Material e processada a compra pela 
área de aquisição da empresa.
Bens Existentes e Não-Incorporados: Quando for apurada a exis-
tência de bens pertencentes à empresa que não foram incluí-
dos no Sistema de Administração de Materiais quando de sua 
aquisição.
Bens Doados: Quando o bem é ofertado por terceiros à empresa.
Bens Emprestados por Terceiros: Quando os bens são emprestados 
por terceiros à empresa sob a forma de contrato de depósito 
ou comodato.
Bens Inservíveis: São aqueles de recuperação onerosa, de rendi-
mento precário, de capacidade ociosa, obsoleto ou acidentado 
cuja permanência ou remanejamento seja economicamente 
desaconselhável ou inexeqüível. 
2.2.7 Controle Físico de Bens Patrimoniais
A inclusão dos Bens Patrimoniais (comprados) do Ativo Permanen-
te da empresa se dá na data do seu fornecimento pelo órgão supri-
dor com base na documentação prevista pelo Sistema de Adminis-
tração de Material e seus respectivos modelos. A inclusão física do 
bem no sistema de patrimônio será feita pelo órgão de controle de 
movimentação e compreenderá os seguintes procedimentos:
Registro no livro de Tombamento;
Emissão da Ficha de Controle Físico;
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42 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Identifi cação por número de tombamento através de plaquetas;
Confecção do Termo de Transferência de Responsabilidade de 
Bens Patrimoniais ao usuário.
A inclusão contábil do bem no sistema de patrimônio será efe-
tuada pela área de contabilidade – através de procedimento previa-
mente determinado pela empresa.
Classifi cação contábil analítica do bem;
Registro do custo de aquisição;
Data de aquisição e outros dados pertinentes.
Para o caso de Bens Doados e de Bens Existentes e Não-In-
corporados, os dados que dizem respeito aos procedimentos para 
inclusão serão retirados do documento de doação, nota fi scal ou 
laudo de avaliação existentes ou emitidos por comissão de avalia-
ção especialmente designada.
Transferências
A transferência de Bens Patrimoniais na empresa ocorrerá por:
Remanejamento interno: É a modalidade de transferência de 
Bens Patrimoniais entre funcionários de um mesmo órgão.
Remanejamento inter órgãos: É a modalidade de transferência en-
tre diferentes órgãos da empresa.
Remanejamento interestadual: É a modali dade de transferência 
de Bens Patrimoniais entre órgãos situados em diferentes uni-
dades da federação.
Remanejamento contratual: É a transferência de Bens Patrimoniais 
a terceiros, por termo de depósito ou contrato de comodato.
Qualquer transferência de Bens Patrimoniais na empresa será 
processada através do preenchi mento do formulário “Transferên-
cia de Responsabilidade de Bens Patrimoniais”, exceto no caso de 
remanejamento interno quando não houver alteração de local.
Baixa de um Bem Patrimonial
Os Bens Patrimoniais incluídos no Ativo Imobili zado da empre-
sa somente poderão ser baixados mediante expressa autorização 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 43
da Administração – em documen tos próprios e nas seguintes 
hipóteses:
Por Doação: Quando o bem patrimonial é ofertado defi nitiva-
mente a um órgão não pertencente à empresa.
Por Alienação: Quando haja constatação de inservibilidade. 
Após decisão de venda, a alienação será processada de forma 
análoga às decisões de compra previstas na norma de contra-
tação de compras, serviços e obras referentes a material ou ob-
servando-se as disposições legais pertinentes e, também, com 
base na instrução de alienação. 
Por Perda ou Extravio: Quando algum órgão da empresa co-
munica a área de patrimônio a perda ou extravio de um bem. 
Imediatamente, a área de controle de bens patrimoniais proce-
derá à análise sem prejuízo da apuração da responsabilidade.
Com base nos documentos atinentes aos itens área de contabi-
lidade – procederá á baixa do bem patrimonial, baseando-se em 
dados, tais como: os motivos da baixa, o favorecido e outros dados 
que permitam os lançamentos contábeis devidos.
Alteração de Bens Patrimoniais
Todo bem patrimonial enviado aos órgãos de manutenção da em-
presa que, no processo de reparação e conservação, tenha alterado 
suas características originais deverá sofrer regularização em seus 
registros originais da área de patrimônio. Para tanto, área de patri-
mônio deverá receber da área de manutenção uma comunicação 
es crita relatando qualquer alteração do bem patri monial e esclare-
cendo as causas do reparo, a nova especifi cação e, se for caso, o va-
lor do reparo. De posse do documento acima, a área de patrimônio 
procederá à regularização dos registros físicos pertinentes.
Inventários de Bens Patrimoniais
Com a fi nalidade de manter atualizados os registros dos Bens Patri-
moniais, bem como a respon sabilidade dos respectivos setores de 
localização, serão realizados, periodicamente, inventá rios através 
de verifi cações físicas e por ocasião do encerramento do exercí-
cio. As diferenças apuradas através do inventário darão origem à 
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44 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
elaboração de relatório à Administração explicando os índices en-
contrados.
Inventário Anual na data do Balanço (fi nal do exercício) será 
feito um Inventário Geral compreendendo a contagem física, ava-
liação e contabilização dos Bens Patrimoniais.
Para fi ns de controle interno ocasionalmente, poderá ser reali-
zado Inventário Físico dos Bens patrimoniais em qualquer órgão da 
empresa que detenha responsabilidade pela guarda e conservação 
de bens Patrimoniais. Nessa ocasião, deverão ser arrolados os Bens 
Patrimoniais que se encontram obsoletos, em desuso ou avariados. 
Após serem informados, a área de Administração de Recursos Ma-
teriais e Patrimoniais procederá à alienação.
O Inventário Anual abrangerá todos os itens Patrimoniais per-
tencentes à empresa. Deverão também ser incluídos, no inventário, 
os Bens Patrimoniais que, embora se encontrem fi sicamente fora da 
empresa, permaneçam na mesma, tais como:
Bens Patrimoniais remetidos para terceiros em outro local não 
pertencente à empresa;
Bens Patrimoniais em trânsito entre as fi liais sendo arrolados 
pelo órgão de origem;
Bens Patrimoniais cedidos por empréstimo a outros órgãos 
públicos ou a terceiros. Os Bens Patrimoniais deverão ser ar-
rolados pela localização efetiva em 31/12/XX, inclusive aque-
les cujo detentor da responsabilidade não tenha documento 
de posse efetiva (Nota Fiscal, Termo de Responsabilidade ou 
equivalente). 
Deverão ser incluídos, como anexos do Inventário e relaciona-
dos à parte, os Bens Patrimoniais que, embora se encontrem fi sica-
mente na em presa, pertencem a terceiros, tais como:
Bens Patrimoniais a serem devolvidos aos fornecedores, por 
não terem sido aprovados na inspeção;
Bens Patrimoniais recebidos de órgãos públicos de fornecedo-
res como demonstração. 
Para comprovação do Balanço Geral do exercício, serão emi-
tidos Relatórios de Inventários demonstrando o arrolamento físico 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 45
dos bens (Inventário Físico) e o valor escritura dos bens (Inventário 
Contábil), por ocasião do encerramento do exercício.
Inventário para Transferência de Responsabilidade de Cargos 
de Bens Patrimoniais
Sempre que houver substituição de chefi as nos órgãos da empresa, 
o substituído obriga-se a passar a seu substituto a carga dos bens 
que estavam em seu poder. Esse procedimento será executado atra-
vés de um inventário de verifi cação de bens, o qual deverá ser au-
tenticado pela área de patrimônio e, posteriormente, comunicada 
a alteração ao novo responsável pelo órgão, através da atuali zação 
da carga de bens patrimoniais.
Ocasionalmente, com base em programa de trabalho preesta-
belecido, a área de patrimônio poderá aferir, fi sicamente, a existên-
cia dos bens conforme inscritos em seus registros físicos pertinen-
tes. Nesse sentido, a equipe destacada pelo responsável pela área 
de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, poderá 
realizar visita ao órgão da empresa e realizar aferição física de Bens 
Patrimoniais.
Caso haja discordância entre os registros físicos e a existência 
física real de bens, a gerencia de Administração de Recursos Mate-
riais e Patrimoniais elaborará relatórios de inspe ção para Adminis-
tração, explicando os óbi ces encontrados. Cabe a área de Adminis-
tração de Recursos Materiais e Patrimônio a responsabilidade pelo 
planejamento, coordenação e controle da execução do Inventário 
de Bens Patrimoniais.
Emplaquetamento de Bens Patrimoniais
Finalidade Atribuição de critérios para colocação de Plaquetas de 
Identifi cação de Bens, tendo em vista não ferir a estética dos mesmos.
– Critérios de Fixação de Plaquetas
A colocação das Plaquetas de Identifi cação de Bens Patrimoniais 
é da competência do Órgão de Patrimônio e dos setores afi ns. Na 
fi xação das Plaquetas, deverão ser adotados os seguintes critérios:
Fixação na parte superior não visível;�
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46 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
Fixação na parte superior visível;
Colocação em local de mais fácil adaptação.
– Grupos de Bens Patrimoniais e Critérios Utilizados
A fi m de determinar os modos de colocação de plaquetas, os Bens 
se subdividem nos seguintes grupos, adotando-se critérios para fi -
xação dos registros de identifi cação:
1) Equipamento de ar, água e ventilação: parte superior visível.
2) Equipamentos de duplicação: parte superior visível.
3) Equipamentos de escritório: parte superior não visível.
4) Equipamento foto cinematográfi co: parte inferior visível ou de 
melhor adaptação.
5) Equipamentos de limpeza: parte superior visível.
6) Equipamento de prevenção e proteção ao fogo: parte superior 
visível.
7) Equipamento de processamento de dados: parte superior visível.
8) Equipamento elétrico: parte superior ou de melhor adaptação. 
9) Mobiliário de escritório: parte superior visível. 
10) Mobiliário hospitalar: parte superior visível.
11) Mobiliário residencial: parte superior visível.
2.3 A FUNÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
2.3.1 Conceituando Classifi cação de Materiais
A terceira das funções do Subsistema Suprimentos é a Classifi ca-
ção de Materiais. Esta função surgiu em face da diversifi cação e a 
grande quantidade de materiais existentes nas empresas, o que vem 
tornar necessário adotarmos critérios de identifi cação e controle, 
efi ciente e economicamente viável. 
Os métodos hoje adotados são aqueles baseados nos sistemas 
eletrônicos de processamento de dados, por nos oferecer maior se-
gurança e uma linguagem acessível, utilizando-se de códigos nu-
mérico ou alfa numérico, ou ainda código de barra, é impossível 
convivermos com métodos manuais e mecânicos. 
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ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA 47
A confi guração do código numérico nos modernos sistemas, 
aplicada na Classifi cação de Materiais, segue alguns critérios de 
ordenação ou agrupamento, e obedece aos princípios da Classifi ca-
ção Decimal de Dewey, a mais conhecida e utilizada com sucesso 
nas bibliotecas.
Com objetivo de nos aprofundarmos no assunto Classifi cação 
dos Materiais, dividiremos este estudo em duas partes. Na primeira 
parte, trataremos da codifi cação com base em códigos numéricos 
e alfa numéricos e na segunda parte trataremos da codifi cação por 
meio do Código de Barras de todos os materiais sujeitos a movi-
mentação e armazenagem.
Para começarmos a tratar do assunto vale aqui conceituarmos 
a palavra classifi car. O Que é Classifi car? Classifi car é ordenar, é 
separar, é agrupar segundo determinados métodos ou critérios. 
O que é Classifi cação de Material?
Classifi cação de Material é a padronização das informações relati-
vas a um item identifi cando, segundo suas características técnicas, 
de forma clara e objetiva, utilizando um código numérico ou alfa 
numérico, e uma única terminologia. 
Assim podemos classifi car qualquer coisa, objeto ou até mes-
mo pessoas. Suponhamos, como exemplo: Os alunos do 6º período 
de administração, da UFPB, que sejam negros e morenos do sexo 
masculino. Com base no exemplo, poderíamos agrupar ou separar, 
assim: os alunos do 6º período, alunos de cor negra e morena e os 
alunos do sexo masculino. Assim poderíamos escrever:
Alunos: Alunos do 6º Período
 Cor: Alunos do 6º período negros
 Sexo: Alunos do 6º período, negros, masculino.
Esse exemplo pode ser aplicado, também aos materiais, mas 
para isso é necessário atribuir alguns critérios, o mais utilizado é a 
divisão em grupo, subgrupos e classe. No nosso exemplo, fi caria 
assim:
Grupo: Alunos
 Subgrupo: Cor
 Classe: Sexo
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48 ADMINISTRAÇÃO DE LOGÍSTICA INTEGRADA
2.3.2 Como Classifi car os Materiais
Para classifi car um material é necessário utilizar os seguintes passos:
Dar a descrição do material

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