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Osteocondrite Dissecante em Cães

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GRADUANDA BIANCA PORTO ZAUPA
Osteocondrite
Dissecante em Cães
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA CLINICA VETERINÁRIA B
Aspectos semiológicos e diagnóstico
O que é?
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
É uma das manifestações clínicas da Osteocondrose, representando condição patológica da
cartilagem articular resultante de distúrbio da ossifícação endocondral.
Quando tal distúrbio causa o desprendimento de flap cartilaginoso da articulação e inicia
uma reação inflamatória dissecante, passará a ser denominado Osteocondrite dissecante.
Acomete cães de rápido crescimento e especialmente de grande porte, apesar de também
ser observada em animais de porte médio. 
Sua maior incidência é observada em cães entre 4 e 8 meses de idade.
Crescimento rápido
Trauma
Hormônios
Genética
Supernutrição
Cálcio e proteína na dieta em excesso
Causas
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
Seus mecanismos não estão bem definidos, mas acredita-se em uma etiologia multifatorial
relacionada com predisposição genética, desequilíbrio ou excesso nutricional, fatores
endócrinos e forças biomecânicas atuando nas articulações. 
Acometimento
OSTEOCONDRITE DISSECANTE
A osteocondrite dissecante é uma importante causa de claudicação transitória ou
permanente, comum em muitas espécies animais.
As articulações mais comumente afetadas são os ombros, cotovelos e articulações
tibiotársicas.
Pacientes com esse tipo de condição geralmente tem entre 6 e 18 meses de idade e
apresentam um nível variável de claudicação, podendo-se notar com maior frequência após
atividades extenuantes e uma ligeira melhora após repouso.
Junto a isso, pode-se observar diminuição da amplitude dos movimentos do membro
afetado, podendo ocorrer atrofia por desuso.
 O tecido ósseo é criado por meio de dois processos durante o
desenvolvimento fetal - ossificação intramembranosa e
ossificação endocondral. 
 Este último é essencial para a formação de ossos longos, o
crescimento desses ossos e a cura natural de fraturas. 
 Quando a ossificação endocondral é perturbada, a cartilagem
na extremidade dos ossos longos é danificada e não amadurece
em osso. 
 O resultado é uma área focal de espessamento da cartilagem
que é suscetível a lesões. 
Como se forma a lesão?
A ossificação endocondral anormal
resulta em espessamento inadequado
da cartilagem articular.
 Após, uma fissura se desenvolve na cartilagem anormal,
permitindo que o líquido sinovial entre sob ela. 
 Assim, um pedaço dela pode se quebrar parcialmente e criar
um retalho.
 Após interrupção do processo de ossificação, há uma
desordem das colunas de condrócitos e necrose da camada
basal, gerando uma área de fragilidade, onde forças
biomecânicas podem resultar na separação de fragmentos
cartilaginosos ou osteocondrais. 
 Uma vez que um flap se desenvolve, não há cura conhecida e a
área anormal continuará a incitar a inflamação dentro da
articulação.
Como se forma a lesão?
O espessamento da cartilagem cria
fissuras na cartilagem, levando à
formação de um retalho. 
 Após a formação do retalho, ele sofre calcificação distrófica
adicional e pode permanecer no local com degeneração gradual
ou ser desalojado. 
 Quando livres, estes migram para bolsas dentro da articulação
ou nas bainhas dos tendões que se comunicam com a
articulação. 
 Podem ser envolvidos pela sinóvia ou podem permanecer
livres dentro da articulação. 
 Também podem aumentar de tamanho por serem nutridos
pelo líquido sinovial. Frequentemente, eles se tornam
arredondados.
Como se forma a lesão?
https://vcahospitals.com/-/media/vca/images/lifelearn-
images-foldered/1045/ocd_updated_2019-01.jpg?
la=en&hash=95A4C1942CD15C6AA03DCEC94865D6A0
Exame Clínico Geral
Primeiramente realizar a identificação do animal.
Na inspeção visual, avaliar a marcha, postura do animal, seu escore corporal e seus
aspectos gerais.
Histórico do animal: O que está acontecendo (queixa principal), quando começou, história
ambiental e de manejo (exercício físico intenso? ambiente pedregoso? possível queda?),
doenças passadas ou hereditárias, suplementação mineral, nutrição e dieta do animal.
Anormalidades posturais e comportamentais.
No exame físico geral, avaliar os parâmetros fisiológicos, como a temperatura, a frequência
cardíaca e respiratória, o tempo de perfusão capilar, coloração das mucosas. 
Exame do sistema locomotor:
Avaliação da marcha e constatação de claudicação:
Identificação do membro claudicante.
Identificações de sinais como levantar de cabeça ao tocar
membro no solo.
O que aconteceu antes da claudicação?
Qual a duração da claudicação (aguda, intermitente,
crônica).
Tipo de claudicação (de apoio, de elevação, remitente, etc).
Comparar membros opostos.
Tem troca de apoio? (acometimento bilateral).
Conformação dos membros do animal.
Exame Físico Específico
https://youtu.be/PVvZKcKBTtg
https://youtu.be/zrqOAwCPowg
Marcha normal:
Palpação.
Avaliação aumento de temperatura, sensibilidade, volume.
Na osteocondrite dissecante pode haver efusão articular e edema. 
Avaliar movimento de cada articulação.
Avaliar sinais de atrofia muscular (comparação com membro
contralateral).
Animal com osteoartrite dissecante pode apresentar dor a
palpação do membro afetado, principalmente na hiperextensão,
mas também na hiperflexão e se o destacamento do retalho
resultar em um fragmento, pode-se notar estalos e crepitação. 
Exame do Sistema Locomotor
Palpação dos músculos dos membros torácicos e pélvicos (simetria, atrofia).
Palpação e avaliação das articulações:
Avaliação dos membros sadios primeiro.
Articulações interfalangeanas.
Articulações metatarso/metacarpo falangeanas.
Articulação carpometacárpica, tarsometatársica.
Articulação carpo-rádio-ulnar/ tarsotibial.
Articulação úmero-rádio-ulnar/ femoro-tíbio-patelar.
Articulação escapuloumeral / coxofemoral.
 A seguir, uma semiologia completa das articulações de um cão.
Palpação dos Membros
https://www.youtube.com/watch?
v=CbbyGRgK9M4
Animal com claudicação, elevando a cabeça
para diminuir a pressão sobre o membro.
Palpação dos Membros
A. Palpação e avaliação de todas as unhas e falanges distais.
B. Avaliação da região palmar interdigital.
C. Realização de movimentos de flexão nas falanges distais.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
D. Realiza-se movimentos de extensão das falanges distais.
E. Realiza-se a flexão completa da articulação do carpo em até 45 graus. 
Normalmente quando há a presença de doença articular degenerativa, temos
uma diminuição deste arco de movimento.
F. Extensão do carpo e dedos em até 180-190 graus.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
A. Evidencia-se a flexão completa do cotovelo
esquerdo de um paciente canino. É possível avaliar
que os ossos do carpo estão próximos do ombro do
paciente, o que demonstra que o animal é capaz de
fazer flexão total desta articulação.
B. Paciente sendo submetido a extensão completa
do cotovelo esquerdo.
A. Paciente sendo submetido ao exame do cotovelo
esquerdo para doença da fragmentação do processo
coronóide medial da ulna. O examinador vai ter
como ponto de referência o epicôndilo medial do
úmero e vai seguir disto-cranial 1,5 cm. Este é o
ponto exato da possível lesão e dor.
B. O examinador esta fletindo o cotovelo esquerdo e
fazendo uma palpação caudal a articulação.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
A. O examinador está posicionando o membro em sentido cranial para realizar a extensão
completa do ombro. Pacientes com osteocondrite dissecante da cabeça umeral podem ter
resposta positiva à dor neste exame.
B. Movimento feito caudalmente para flexionar o ombro. 
C. Palpação da cabeça umeral pela hiperflexão do ombro. Neste posicionamento é comum
respostas dolorosas quando o animal tem osteocondrite dissecante.https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
B. Avaliação da integridade do tendão de
Aquiles (do músculo gastrocnêmio). Com
uma das mãos o examinador faz
palpação do tendão de aquiles e com a
outra mão flexiona a articulação tíbio-
tarsiana.
C. O examinador segura com os dedos a
patela e desloca no sentido medial e
lateral. 
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
A. Ilustração demonstrando o correto
posicionamento das mãos do
examinador durante o teste de gaveta.
B. Paciente canino sendo examinado
para avaliação do ligamento cruzado.
A. Ilustração demonstra o correto
posicionamento das mãos durante o exame
de teste de compressão tibial.
B. Paciente da espécie canina em decúbito
lateral, submetido ao teste de compressão
tibial.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Palpação dos Membros
A. Paciente canino submetido a palpação
de toda extensão do grupamento muscular
do quadríceps.
B. Durante o exame do quadril, o
examinador posiciona uma das mãos no
fêmur distal e a outra mão identifica o
trocânter maior do fêmur. Este
posicionamento garante um bom
movimento de rotação da articulação e
permite sentir algum tipo de alteração.
C. Imagem do posicionamento de
hiperextensão do membro pélvico
posterior esquerdo a fim de avaliar dor.
D. Imagem do mesmo membro retornando
para posição inicial e sendo direcionado
cranialmente para uma flexão.
https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13813/atendimento-ao-paciente-ortopedico
Após a avaliação e a verificação de uma claudicação, levar
o animal para exames complementares de imagem como o
exame radiográfico.
Podem ser observados como sinais radiológicos defeito no
osso subcondral com margem esclerótica, fragmento
pediculado solto e calcificado e fragmentos livres
mineralizados na cartilagem.
Outras alterações podem ser observadas, como: áreas de
reabsorção óssea, fissuras na superfície articular do osso
subcondral, presença de osteófitos, espessamento da
cápsula articular, irregularidades e achatamento do osso
subcondral.
Exames complementares
Tratamento não invasivo baseado na retirada dos fatores considerados predisponentes
como obesidade, superalimentação e trauma. Assim, o animal deve ser submetido à dieta
alimentar, fisioterapia, diminuição da prática de exercícios e à terapia medicamentosa.
Tratamentos
https://www.meucaovelhinho.com.br/wp-
content/uploads/2017/08/labrador-fisioterapia.jpg
Também pode ser realizada uma artroscopia da
articulação acometida. 
A artroscopia é uma ferramenta minimamente invasiva
que nos permite diagnosticar e tratar essa condição.
Deve-se realizar a artrotomia seguida de curetagem do
leito da lesão e remoção dos fragmentos articulares livres.
Coloca-se uma pequena luneta na articulação
(artroscopia), encontra-se o retalho e o remove. Depois que
o retalho é removido, se raspa suavemente a área afetada
permitindo que a cartilagem do tecido cicatricial
(fibrocartilagem) cubra a área.
Tratamentos
https://www.youtube.com/watch?
v=4ainM1k81h8
https://www.youtube.com/watch?
v=e16BDpy2p34
Referências Bibliográficas
https://drbenjamino.com/category/osteochondritis-dissecans-2/
https://www.animalmedicalandsurgical.com/shoulder-osteochondritis-dissecans-ocd/
https://criticalcaredvm.com/osteochondritis-dissecans-dogs/
STURION, D.J et. al. OSTEOCONDRITE DISSECANTE EM ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-UMERAL NO
MEMBRO TORÁCICO DIREITO DE GOLDEN RETRIEVER – RELATO DE CASO. 
CARRERA, A. C. Osteocondrite dissecante na articulação do ombro em cão da raça Border Collie: Relato de
caso. PUBVET. v.12, n.10, a184, p.1-7, Out., 2018
CONTI1 , J. B; GIOVANELLI2 , D. F; VENTRILHO3 , M. H; RICCI3 , V. M; PACHALY4 , J. R. Osteocondrite
dissecante do côndulo femoral lateral em cão shar-pei - relato de caso. Arq. Ciênc. Vet. Zool. Unipar,
Umuarama, v. 12, n. 1, p. 75-78, jan./jun. 2009
SILVA, E. G. OSTEOCONDRITE DISSECANTE EM PACIENTE CANINO. XXIX Congresso de Iniciação
científica, 6ª Semana integrada 2020, Universidade Federal de Pelotas.

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