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TUBERCULOSE Prof. Andréa Maria Góes Negrão SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE DOENÇAS BACTERIANAS E FÚNGICAS DOS ANIMAIS Enfermidade infectocontagiosa de evolução crônica, caracterizada por lesões de aspecto nodular, principalmente em linfonodos e pulmões, que acomete os animais, podendo afetar o homem. A tuberculose causada pelo Mycobacterium bovis é uma zoonose de evolução crônica que acomete principalmente bovinos e bubalinos. Caracteriza-se pelo desenvolvimento progressivo de lesões nodulares denominadas tubérculos, que podem localizar-se em qualquer órgão ou tecido. Definição O gênero Mycobacterium inclui: 1. O complexo M. tuberculosis 2. O complexo M. avium 3. Outras micobactérias e numerosas espécies saprófitas presentes no solo e na água Etiologia O complexo M. tuberculosis inclui: M. tuberculosis, M. africanum, M. bovis, M. canettii, M. caprae, M. microti e M. pinnipedii. O complexo M. avium inclui: M. avium subsp avium, M. avium subsp hominissuis, M. avium subsp paratuberculosis e M. intracellulare. Etiologia Agente etiológico: Gênero Mycobacterium sp Bastonetes curtos Aeróbicos Aspecto granular quando corados Mede de 0,5 a 0,7 μm de comprimento e 0,3 μm de largura Não formam esporo Não tem flagelo ou cápsula Etiologia Bacilos Álcool Ácidos Resistentes (BAAR) (Ziehl-Neelsen) Etiologia Intracelulares - Infectam e proliferam-se no interior de macrófagos Etiologia Instalações 2 anos Fezes 2 anos Água 1 ano Solo 2 anos Pastagens 2 anos Carcaça 10 meses Resistência DESINFETANTES Hipoclorito de sódio – NaClO - 5% Fenol 5% Formol 7,5% ( a 3% de formaldeído) Hipoclorito de cálcio 5% CALOR Autoclavação: 120oC por 20 minutos Pasteurização lenta: 65oC por 30 minutos Pasteurização rápida: 72 a 74oC por 15-20 segundos Fervura INCIDÊNCIA SOLAR DIRETA Radiação ultravioleta: até 12 horas Destruição Exposição por 3 horas Espécies Principais hospedeiros Ocasionalmente infectados Doença M. bovis Bovinos, bubalinos caprinos Humanos, gatos, cães, suínos, veados, gambás, texugos Tuberculose M. tuberculosis Humanos e primatas Cães, gatos, psitacídeos, canários Tuberculose Complexo da M. avium Maioria das aves exceto psitacídeos Suínos, bovinos, bubalinos Tuberculose M. avium subsp. Paratuberculosis Bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, veados Outros ruminantes Doença de Johne M. lepramurium Ratos, camundongos Gatos Lepra felina, lepra murina M. microti Ratos silvestres Outros de mamíferos Tuberculose M. marinum Peixes Humanos, mamíferos aquáticos e anfíbios Tuberculose M. leprae Humanos Tatus e chipanzés Lepra M. pinnipedii Leões marinhos Homem, mamíf. marinho Tuberculose Micobactérias patogênicas: Animais e Homem Espécies Significado M. bovis Importante em bovinos e bubalinos e ocasionalmente em outros animais e homem M. avium subsp. Paratuberculosis Importante em bovinos e outros ruminantes M. tuberculosis Importante em humanos e ocasionalmente em cães Complexo da M. avium Importante em frangos caipiras e infecções oportunistas em outros animais e homem Significado da Infecção Importância Econômica Queda no ganho de peso Diminuição na produção de leite Descarte precoce Eliminação de animais de alto valor zootécnico Condenação de carcaças Morte de animais Perda de credibilidade da unidade de criação Mamíferos Bovinos e bubalinos Suínos, caprinos, cães, gatos homem e raros em ovinos e equinos Mamíferos silvestres – reservatório Não há evidências no Brasil Espécies Suscetíveis Humanos : tuberculose zoonótica Bovinos e bubalinos Pulmão e linfonodos As lesões podem ocorrer em qualquer orgão ou tecido Evolução crônica: descaso Alta prevalencia no rebanho Independe do sexo, raça ou idade Epidemiologia Ocorrência em Bovinos (M. bovis): Mundial Maior prevalência em países em desenvolvimento Erradicada ou em erradicação em alguns países desenvolvidos Brasil Prevalência de rebanhos reagentes: 7,1% Prevalência de animais reagentes: 1,3% Epidemiologia Ocorrência em Bovinos (M. bovis): Minas Gerais e resto do Brasil Prevalência de rebanhos infectados: 5% Prevalência de animais reagentes: 0,85% Maior prevalência em rebanhos leiteiros com algum grau de tecnificação da produção (15%) Epidemiologia Ocorrência em Bovinos (M. bovis): Pará Carvalho (2010): 8,5% de prevalência de animais reagentes em Paragominas, Chaves e Tomé-Açú; Junior (2009): 0,9% de animais reagentes e 10% de rebanhos infectados no Marajó Epidemiologia Ocorrência em Bovinos (M. bovis): Pará Alvim & Pinheiro Junior (2015): 71 % dos animais acometidos com a tuberculose dos animais abatidos no sul do Pará (São Felix do Xingú). Epidemiologia Número de focos, casos e animais eliminados por tuberculose no Estado do Pará, no período entre 2014 a 2105 Fonte: BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diagnóstico Situacional do PNCEBT, 2020 Classificação das UF em relação ao grau de risco para brucelose e tuberculose Brucelose Tuberculose Fonte: BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diagnóstico Situacional do PNCEBT, 2020 Fonte: BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diagnóstico Situacional do PNCEBT, 2020 Pode ocorrer de vacas com tuberculose genital transmitirem a doença ao feto pela via transplacentária Pode ocorrer transmissão sexual nos casos de epididimite e metrite tuberculosa A infecção cutânea pode ocorrer por contato com objetos contaminados Transmissão da TB bovina entre Animais Mecanismos de transmissão pouco frequentes No Brasil, a tuberculose em gatos, em cães, papagaios e outros animais de estimação, é considerada de ocorrência rara e essa ocorrência costuma ter origem no humano infectado, sendo o animal uma vítima na cadeia de transmissão Epidemiologia Os cães podem se contaminar quando vivem em estreita relação com o homem ou bovinos doentes A infecção por M. bovis ocorre principalmente pela via digestiva e por M. tuberculosis pela via aérea Os principais sinais clínicos são caquexia, debilidade e emagrecimento e também inapetência, vômitos, diarréia e caquexia tem sido reportados O cão apresenta importância na cadeia de transmissão da tuberculose bovina, podendo introduzir a doença em rebanhos livres, assim como na transmissão da tuberculose humana Tuberculose em Cães Epidemiologia Sobre a primeira transmissão de tuberculose de gatos para humanos na Inglaterra No Brasil, o gato doméstico pode ser uma vítima da tuberculose humana. Recentemente, têm ocorrido diversas publicações na internet sobre a transmissão de tuberculose de gatos para humanos na Grã Bretanha Trabalhos publicados na revista Veterinary Record, em abril de 2014, apontam para um surto de tuberculose em nove gatos causado pelo bacilo bovino (Mycobacterium bovis), no período de dezembro de 2012 a março de 2013, no condado de Berkshire, na região sudeste da Inglaterra. Todos esses casos foram diagnosticados a partir de uma mesma clínica veterinária, sendo que sete deles foram confirmados bacteriologicamente. A doença apresentou curso rápido nos gatos, em média 14 dias, com quadros variados, apresentando em alguns casos falta de apetite, feridas cutâneas abertas, pneumonia e aumento dos linfonodos superficiais FONTE: INSTITUTO BIOLÓGICO. http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=200# Tuberculose em Aves Epidemiologia Ocorre no mundo todo Causada pelo complexo M. avium Afeta principalmente aves adultas, principalmente as de criação caipira e de zoológico, sendo os suínos a fonte de contaminação para as aves Os sintomas são apatia, dificuldade respiratória, palidez, emagrecimento e claudicação Como os bacilos são eliminados nas fezes e nos ovos, podem constituir um grave problema de saúde pública. As aves positivas devem ser eliminadas e incineradas Tuberculose aviária. Nódulos no fígado e na parede intestinal (setas) Tuberculose em AvesO aquecimento do clima na região ártica, cada vez mais doenças da Europa e de outros locais estão se espalhando por ela, e isto traz uma ameaça não só a populações animais, mas também à humana Focas com tuberculose Jiboia (Boa constrictor constrictor) apresentando tuberculose miliar generalizada Tuberculose em Animais Silvestres Epidemiologia Aquisição de animais infectados Participação em eventos Contato direto e indireto com animais infectados Características das unidades de criação Aglomerações Instalações e estabulações inadequadas Introdução e manutenção da Doença no Rebanho Cadeia Epidemiológica ou de Transmissão da Tuberculose por M. bovis Fonte de infecção Via de eliminação Via de Transmissão Porta de Entrada Suscetível Todos os mamíferos Animal infectado Gotículas e secreções respiratórias Mucosas nasal e oral Bovinos, bubalinos, caprinos Animais silvestres e homem Direta e Indireta Aerossóis, pastagens, água e alimentos contaminados Leite, colostro, sêmen, fezes e urina Pele com solução de continuidade Cadeia Epidemiológica ou de Transmissão da Tuberculose por M. avium Fonte de infecção Via de eliminação Via de Transmissão Porta de Entrada Suscetível Aves adultas de vida livre ou cativeiro Ave infectada Fezes, secreções, ovos Mucosas nasal e oral Suínos Direta e Indireta Aerossóis, água e alimentos contaminados Leite, colostro, sêmen, fezes e urina Ruminantes, suínos e Homem Fonte de Infecção Animais infectados (bovinos e bubalinos); Animais silvestres e homem Vias de Eliminação gotículas e secreções respiratórias (ar expirado), leite, colostro, sêmen, fezes e urina Eliminação com início antes do aparecimentos dos sinais clínicos Cadeia de Transmissão Vias de Transmissão aerossóis, pastagens, água e alimentos contaminados Porta de Entrada trato respiratório (90% via respiratória) trato digestivo (ingestão de leite, alimentos contaminados com secreções e excreções) mucosas pele com solução de continuidade Cadeia de Transmissão Suscetíveis animais domésticos e silvestres Homem Todos os mamíferos Cadeia de Transmissão Patogenia Inalação de aerossóis contaminados Alvéolos : captura dos bacilos por macrófagos ( virulência do bacilo, carga infectante, resistência do hospedeiro) Multiplicação nos macrófagos Após 2-3 semanas Fatores quimiotáticos: Atração de novos macrófagos Resposta imune medida por células: reação de hipersensibilidade retardada Necrose de caseificação Patogenia Migração dos bacilos do parênquima pulmonar para os linfonodos satélites Formação de novos granulomas Complexo primário Linfócito T: migração de novas células de defesa Granuloma Sem Fatores de Virulência Clássicos (toxinas, adesinas, cápsula polissacarídica ) Patogenia Infecções que podem durar a vida toda do indivíduo Componentes lipídios estão envolvidos na patogênese (Intracelulares facultativas e não destruídos no interior dos fagócitos) Evita fusão do fagossoma com o lisossoma (Resposta mediada por células) Patogenia A maioria das bactérias e micobactérias não patogênicas são rapidamente mortas quando fagossomo fundi-se com lisossomos. Por outro lado, o Mycobacterium permanece dentro dos fagossomos e a bactéria libera PknG (proteina kinase G) para bloquear a fusão fagossomo com lisossomo. As bactérias que não possuem gen pknG são rapidamente transferidas para os lisossomos e eliminadas. 1. Os bacilos da tuberculose que alcançarem os alvéolos do pulmão são ingeridos por macrófagos, mas frequentemente sobrevivem 2. Os bacilos da tuberculose que se multiplicam nos macrófagos causam uma resposta quimiotática que traz macrófagos adicionais para a área, formando um tubérculo inicial 3. Após algumas semanas, muitos macrófagos morrem, liberando bacilos e formando um centro caseoso no tubérculo. A doença pode se tornar dormente após este estágio 4. Em alguns indivíduos, um tubérculo maduro é formado à medida que uma camada externa firme circunda a massa de macrófagos e linfócitos. O centro caseoso no processo de liquefação, formando uma cavidade tuberculosa cheia de ar, em que os bacilos se multiplicam extracelularmente 5. A liquefação continua até que o tubérculo se rompa, permitindo que os bacilos vazem em um bronquíolo e sejam disseminados através do sistema respiratório para outros sistemas Bovinos – (M. bovis) Forma Pulmonar (também no homem), Forma Ganglionar, Intestinal (diarréia crônica), Cutânea (Úbere) (M. tuberculosis e M. avium são autolimitante) Suínos – (Via alimentar) M. bovis lesões clássicas Ovinos e Caprinos M. bovis (M. avium) Equinos – Raramente infectados (M. avium) (Trato alimentar) Cães e gatos Raro - M. bovis (M. tuberculosis) (comum localização intestinal e abdominal) Patogenia Disseminação para outros órgão Precocemente: durante o desenvolvimento da doença Tardia: queda da imunidade do animal Generalização Miliar: abrupta e maciça, entrada de grande quantidade de bacilos na circulação Protraída: se dá por via linfática ou sanguínea, acomente praticamente todos os tecidos Patogenia Invasão dos alvéolos pulmonares Multiplicação nos macrófagos Formação de granuloma Desenvolvimento da resposta imune e de hipersensibilidade tardia Destruição de tecidos pelo próprio hospedeiro Propagação dos bacilos (M. bovis) para o linfonodo satélite, formando o complexo primário Patogenia Evolução do processo Desaparecimento ou calcificação das lesões Estabilização do processo (quiescência) Progressão: miliar ou protraída Patogenia Localização mais freqüente de uma única lesão em bovinos com Tuberculose LOCALIZAÇÃO % Retrofaríngeo medial (direito e esquerdo)..........29,4 Mediastínico (anterior e posterior)......................28,2 Bronquial (direito e esquerdo).............................18,0 Pulmão.....................................................................9,8 Mesentérico............................................................ 2,9 Parotídico (direito e esquerdo)............................. 2,4 Cervical caudal (direito e esquerdo).....................2,4 Inguinal superficial (direito e esquerdo)...............1,2 Animais infectados assintomáticos Alta freqüência Animais doentes Emagrecimento Hipertrofia ganglionar Dispnéia Tosse seca Sinais Clínicos Sinais Clínicos Sinais Clínicos Caquexia progressiva Hiperplasia de linfonodos superficiais e profundos Dispneia Tosse seca, curta e repetitiva Cansaço Mastite Infertilidade (epididimite e metrite tuberculosa) Sinais Clínicos Granuloma pulmonar Granuloma pulmonar Granuloma pulmonar Granulomas na superfície da pleura Granulomas hepáticos Pulmão - aderência e granulomas Granuloma hepático Granuloma hepático Granulomas em linfonodo mediastínico Granulomas em linfonodo cervical Saúde Pública Incidência da Tuberculose Humana no Mundo Nove milhões de pessoas adoecem por ano Incidência de 140 casos por 100 mil habitantes Quase 2 milhões de óbitos por tuberculose Gênero Mycobacterium Via digestiva: - Consumo de leite e ou produtos lácteos não pasteurizados; - Lesões extra pulmonares. Via respiratória: Técnicos de laboratório; Trabalhadores da indústria de carne; Indivíduos que lidam com animais doentes. Transmissão da TB bovina para o homem Maior suscetibilidade de idosos, crianças e indivíduos imunodeprimidos Epidemiologia da Tuberculose Humana Em 1993 – OMS - Emergência global. A TB estava em declínio na grande maioria dos países até a década de 80 - Aumento da doença no mundo inteiro - Vírus da AIDS Estima-se que um terço da população mundial esteja infectada pelo bacilo de Koch. Saúde Pública Fatores que Contribuem para a Disseminação da Tuberculose Humana A Epidemia do HIV/AIDS A Aglomeração urbana A Desigualdade social, com o aumento de bolsões de pobreza ao redor das grandesmetrópole O Tratamento longo - Abandono do tratamento - tuberculose multirresistente. Incidência em bovídeos Saúde Pública Mapa dos Países onde 80% dos Casos de Tuberculose estão Concentrados Fonte: Organização Mundial da Saúde. Incidência da Tuberculose Humana no Brasil Cerca de 65 milhões de infectados Aproximadamente 80 mil pessoas adoecem / ano Incidência de 39 casos por 100 mil habitantes Cerca de cinco mil óbitos por ano 70% dos casos estão em 315 maiores municípios, considerados prioritários. Saúde Pública Incidência da Tuberculose Humana no Brasil A tuberculose hoje é a principal causa de óbito entre pessoas vivendo com HIV/AIDS. Há populações muito vulneráveis que têm mais chance de adoecer: População indígena: 4 vezes Portadores do HIV: 30 vezes População prisional: 40 vezes População de rua: 60 vezes Saúde Pública Panorama da tuberculose no Brasil: indicadores epidemiológicos e operacionais Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Panorama da tuberculose no Brasil. Indicadores epidemiológicos e operacionais, 2014 Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Panorama da tuberculose no Brasil. Indicadores epidemiológicos e operacionais, 2014 Panorama da tuberculose no Brasil: indicadores epidemiológicos e operacionais Saúde Pública Equipamento de Proteção Individual Saúde Pública DIRETOS: Presença do agente etiológico: Isolamento do agente em meio de Stonebrink e identificação bioquímica; Detecção de DNA por métodos moleculares (reação da polimerase em cadeia - PCR). INDIRETOS: Resposta do animal ao agente etiológico: Avaliação da resposta imunológica celular ao Mycobacterium: tuberculinização Métodos de Diagnóstico Clínico: valor relativo, animais aparentemente sadios ou com tuberculose avançada (anergia à tuberculina) Anatomopatológico: inspeção de carcaça ou a necropsia detalhada Bacteriológico: isolamento e identificação do agente. Incubação de 30-90 dias. Alérgico-cutâneo: padrão ouro: Hipersensibilidade do tipo IV – Reações Granulomatosas Diagnóstico Colônias de aspecto rugoso e coloração creme isoladas em meio de Stonebrinck Diagnóstico Animais podem não apresentar lesões visíveis a olho nu: estágio inicial da doença ou não terem sido encontradas na necropsia Diagnóstico O diagnóstico alérgico-cutâneo com tuberculina é o instrumento básico para programas de controle e erradicação da tuberculose bovina em todo o mundo Pode revelar infecções incipientes a partir de 3 a 8 semanas da exposição ao Mycobacterium, alcançando boa sensibilidade e especificidade e sendo considerado pela OIE como técnica de referência Diagnóstico Diagnóstico Alérgico-cutâneo - Tuberculinização Tuberculinização: Hipersensibilização tardia: leitura com 72 horas Pode revelar infecções incipientes: 3-8 semanas da exposição Boa sensibilidade Especificidade Diagnóstico Vantagens: Alta eficiência dos testes padronizados Capacidade de detectar infecções recentes Simplicidade de execução dos testes Desvantagens: Possibilidade de reações inespecíficas Ocorrência de animais anérgicos Exigência de intervalo mínimo entre testes Exigência de duas visitas à propriedade Tuberculinização COMPOSIÇÃO: tubérculo-proteína oriunda do cultivo de M. bovis AN5 ou M. avium D4 CONCENTRAÇÃO: PPD bovino: 1,0 mg/mL (32.500UI/mL) PPD aviário: 0,5 mg/mL (25.000UI/mL) APRESENTAÇÃO: PPD bovino: líquido incolor PPD aviário: líquido avermelhado CONSERVAÇÃO: manter sob temperatura de 2 a 8°C (não congelar) validade: 1 ano Tuberculina Aparelho para tricotomia Cutímetro com mola para uso veterinário, aferido e com escala para 0,1 mm Seringas multidose automáticas para aplicação I.D. de 0,1 mL Agulhas apropriadas para aplicação I.D Todo o material deve estar limpo, seco e sem resíduos de desinfetantes Equipamento Tricotomia tricotomia 15 a 20 cm Cutímetro Cutímetro aferido, com mola para uso veterinário (com escala para 0,1 mm) Medida da Espessura da Dobra da Pele (em mm) Seringas Inoculação intradérmica de PPD: formação de pápula Teste Cervical Comparativo – (TCC) Inoculação intradérmica de PPD bovino Teste Cervical Comparativo – (TCC) Teste Cervical Comparativo – (TCC) Reação Tuberculínica Positiva em Bovino Teste Cervical Comparativo – (TCC) Reação Tuberculínica Inespecífica em Búfalo Teste da Prega Caudal – TPC Teste Cervical Simples – TCS Teste Cervical Comparativo – TCC Tipos de Tuberculinização Teste da prega caudal - TPC Teste de triagem Permitido apenas para a pecuária de bovinos de corte - não permitido em bubalinos Qualquer aumento classifica o animal como reagente 0,1 ml de PPD bovina (Purified Protein Derivative) : via ID Diagnóstico Diagnóstico Reação tuberculínica positiva em bovino Teste da Prega Caudal – (TPC) Teste cervical simples - TCS Pecuária de leite e de corte Terço médio da tábua do pescoço e espinha da escápula 0,1 ml de PPD bovino : via ID Diagnóstico Teste Cervical Simples – (TCS) Interpretação TCS Variação em mm Resultado 0 – 1,9 Negativo 2,0 – 3,9 Positivo ou inconclusivo depende da sensibilidade local e histórico do rebanho 4,0 Positivo Diagnóstico Teste cervical comparativo Confirmatório Rebanhos com ocorrência de reação inespecífica 0,1 ml de PPD bovino (incolor) : caudal 0,1 ml de PPD aviário (vermelho): cranial Diagnóstico Diagnóstico Interpretação - TCC Variação em mm Resultado Menor que 2 : PPD bovino Negativo PPD aviário > PPD bovino Negativo PPD bovino maior que o aviário : até 1,9 Negativo PPD bovino maior que o aviário : 2,0 – 3,9 Inconclusivo PPD bovino maior que o aviário: > 4mm Positivo Diagnóstico Sempre vai de reservado a ruim, porque geralmente o diagnóstico é tardio Prognóstico Homem O tratamento convencional da tuberculose constitui-se pela administração simultânea dos fármacos Isoniazida (INH), Rifampicina (RMP) e Pirazinamida (PZA) durante dois meses, seguida por quatro meses da associação INH e RMP. Esta estratégia resulta em sucesso terapêutico na maioria dos casos quando existe obediência do paciente ao regime posológico. Tratamento Animais: Não há tratamento eficaz e não há cura Bovinos e bubalinos: proibido o tratamento Tuberculinização e sacrifício de animais reagentes: redução da frequência de animais infectados Exame clínico em animais com anergia Teste e quarentena de animais adquiridos Aquisição de animais de áreas livres Instalações adequadas: boa ventilação, exposição à luz solar direta, higienização, desinfecção periódica de bebedouros e cochos Inspeção sanitária de POA Pasteurização ou esterilização do leite e derivados Controle
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