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Biologia - Teórico_VOLUME5

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1
Caro aluno 
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos 
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto 
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de 
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A 
seguir, apresentamos cada seção:
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa 
seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório 
do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com 
indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en-
contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos 
temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos 
essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, 
em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais 
o conhecimento do nosso aluno.
multimídia
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu 
distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão 
de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas 
para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para 
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida 
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma 
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre 
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em 
seu dia a dia.
vivenciando
Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao 
fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o 
aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas 
na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm, 
a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de 
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são 
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva 
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia. 
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê-
-las com tranquilidade.
áreas de conhecimento do Enem
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los 
em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque-
les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio 
de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas.
Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo 
da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza-
ção dos estudos e até a resolução dos exercícios.
diagrama de ideias
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela-
borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata 
de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não 
exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos 
conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem 
conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio-
logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre 
outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade 
por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas 
de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan-
do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que 
cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma 
grande engrenagem no mundo em que ele vive.
conexão entre disciplinas
Herlan Fellini
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol-
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos 
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo 
o território nacional.
incidência do tema nas principais provas
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção 
tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas 
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados 
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno 
que vai se dedicar à rotina intensa de estudos.
teoria
Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem 
parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados, 
deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta-
dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com-
preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos 
do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer 
momento, as explicações dadas em sala de aula.
aplicação do conteúdo
2
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista 
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica 
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
ISBN: 978-65-88825-07-5
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo 
o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos 
direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2020
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
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contato@hexag.com.br
3
SUMÁRIO
BIOLOGIA
MORFOLOGIA VEGETAL
SISTEMAS FISIOLÓGICOS
IMUNOLOGIA E GENÉTICA
Aulas 35 e 36: Angiospermas II  6
Aulas 37 e 38: Morfofisiologia vegetal I 13
Aulas 39 e 40: Morfofisiologia vegetal II 26
Aulas 41 e 42: Morfofisiologia vegetal III 33
Aulas 43 e 44: Morfofisiologia vegetal IV  42
Aulas 35 e 36: Sistema respiratório  52
Aulas 37 e 38: Sistema digestório 59
Aulas 39 e 40: Sistema urinário 70
Aulas 41 e 42: Sistema nervoso 80
Aulas 43 e 44: Órgãos dos sentidos  93
Aulas 35 e 36: Fator Rh e imunologia básica   104
Aulas 37 e 38: Segunda Lei de Mendel 113
Aulas 39 e 40: Linkage e mapas cromossômicos 120
Aulas 41 e 42: Herança e sexo 126
Aulas 43 e 44: Interação gênica   134
4
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos 
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a soluçãode problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável 
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do 
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações 
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando 
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
H14
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, 
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
H17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto 
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica 
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
H22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas 
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
H23
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou 
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
H25
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou 
produção.
H26
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações 
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico 
tecnológicas.
H28
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em 
ambientes brasileiros.
H29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas 
ou produtos industriais.
H30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do 
ambiente.
5
MORFOLOGIA VEGETAL: 
Incidência do tema nas principais provas
UFMG
O assunto dominante na área de botânica é 
fisiologia vegetal, com grande destaque para o 
transporte de seiva, assunto que aparece com 
frequência, e fitormônios.
Botânica é um assunto que cai em todas 
as provas da Unifesp, com exercícios 
abordando abertura e fechamento de 
estômatos e dinâmica de seiva bruta e 
elaborada.
A botânica é um tema de grande presença, por isso, 
é importante dominar bem anatomia, fisiologia 
e sistemática vegetal. Em morfologia vegetal, as 
questões costumam envolver os principais tecidos 
que compõem o corpo dos vegetais.
Diferentemente dos demais, é um vestibular 
bastante recente, o que dificulta analisar a 
incidência temática a longo prazo. Na área da 
botânica, há destaque para o ciclo de vida das 
plantas e a ação dos hormônios vegetais.
Pela recente aquisição de um novo formato de 
prova, encontra-se em situação semelhante ao 
Albert Einstein. As últimas provas focaram em 
ciclos de vida e diversidade dos vegetais.
Nesta prova, há maior incidência de 
questões envolvendo os diversos ciclos de 
vida e a diversidade vegetal, em especial 
das angiospermas.
Os principais assuntos são fotossíntese, sua 
relação com a respiração vegetal e transporte 
nos vasos condutores (xilema e floema).
No Enem, o foco em botânica é o conjunto de 
adaptações dos órgãos vegetais em relação aos 
ambientes em que vivem.
As questões de botânica, do ponto de 
vista da morfofisiologia, envolvem, prin-
cipalmente, as adaptações dos diferentes 
tecidos e órgãos relacionadas ao ambien-
te em que as plantas vivem.
A morfofisiologia vegetal não é um assunto 
muito presente; as questões envolvem princi-
palmente estruturas como raízes e flores, bem 
como a ação dos estômatos.
Para o vestibular da Unigranrio, o candidato 
deve se preparar para encontrar questões 
com alto nível de especificidade em botânica, 
especialmente quanto à fisiologia vegetal e 
aos processos fotossintetizantes.
São recorrentes questões envolvendo os ciclos 
de vida e a diversidade vegetal, ou seja, é im-
portante atentar-se às diferentes características 
de cada grupo.
Trata-se de uma prova bastante abrangente, 
mas destaque-se a importância de saber ler 
e interpretar figuras relacionadas a plantas, 
bem como a compreensão da fisiologiae 
anatomia vegetal.
Possui questões mais direcionadas à 
diversidade e anatomia vegetal, sendo assim, 
é importante que o candidato se atente às 
aulas sobre os diversos tecidos. Há também 
cobrança de assuntos pouco comuns, como 
fotoperiodismo.
Trata-se de um vestibular bastante interdisci-
plinar; dessa forma, as questões de botânica 
podem estar relacionadas a outros temas da 
Biologia ou das demais disciplinas. Os temas 
mais comuns são o desenvolvimento das 
sementes e o transporte de seiva.
6
 AngiospermAs ii
CompetênCias: 1, 4 e 8 Habilidades: 3, 4, 13, 14, 16 e 29
AULAS 
35 e 36
1. Fruto
O fruto origina-se a partir do desenvolvimento e do cres-
cimento do ovário depois da dupla fecundação que ocorre 
no óvulo. Os frutos verdadeiros são formados por três par-
tes: o epicarpo, o mesocarpo e o endocarpo. O con-
junto das três partes é denominado pericarpo.
Epicardo
Mesocarpo
Endocarpo
Quando o pericarpo armazena substâncias de reserva, os 
frutos são chamados de carnosos. Quando o pericarpo 
não possui substâncias acumuladas, os frutos são chama-
dos de frutos secos.
1.1. Frutos carnosos
 § Baga – em geral, possui diversas sementes que são 
facilmente separáveis do fruto. Ex.: abóbora, goiaba, 
mamão, pepino, pimentão, tomate, uva, etc.
 § Drupa – possui mesocarpo carnoso e endocarpo duro 
compondo o caroço, no interior do qual se localiza uma 
semente. Ex.: ameixa, azeitona, manga, pêssego, etc. 
Epicarpo
Mesocarpo
Endocarpo
endurecido.
“Caroço” cortado. A “parede” do
caroço é o endocarpo endurecido.
A semente �ca dentro do caroço.
1.2. Frutos secos
Os frutos secos podem ser classificados em deiscentes (o 
pericarpo se rompe possibilitando a liberação das semen-
tes) e indeiscentes (o pericarpo não se rompe, mantendo 
as sementes armazenadas no seu interior). 
Cápsula
Folículo
Lomento
Legume Aquênio
Cariopse
Noz
Sâmara
Fruto simples secos - Deiscentes 
Cápsula
Folículo
Lomento
Legume Aquênio
Cariopse
Noz
Sâmara
 Frutos simples secos - inDeiscentes
A proteção e a disseminação das sementes são algumas 
das funções dos frutos. Assim, os frutos carnosos se mos-
tram atraentes aos olhos dos dispersores, uma vez que 
são recursos alimentares importantes para esses animais. 
Quando maduros, exibem cores chamativas, liberam odores 
7
sementes da maioria das orquidáceas são dispersas 
pelo vento. Outros frutos possuem abas, que atuam 
como “asas”, normalmente formadas por partes de 
perianto. O dente-de-leão forma um conjunto de plu-
mas que ajuda a manter os frutos leves. Outras plantas 
possuem a própria semente com abas ou pelos. Algu-
mas plantas lançam sementes para o alto, como é o 
caso do Impatiens (beijo-de-frade).
 § Frutos hidrocóricos: sementes e frutos de plantas 
que se desenvolvem dentro ou próximo da água e são 
adaptados para flutuação devido aos tecidos lacunosos 
que armazenam ar. Nesse caso, os agentes dispersores 
podem ser a chuva e as correntes marítimas, como é o 
caso do coco-da-baía.
 § Frutos zoocóricos: muitos vertebrados, como aves 
e mamíferos, alimentam-se dos frutos carnosos e 
sementes, as quais são disseminadas no meio, uma 
vez que passam intactas pelo trato digestório desses 
animais. 
É importante lembrar que as mudanças nos frutos car-
nosos ocorrem devido ao seu amadurecimento. Algu-
mas dessas mudanças são o amolecimento geral do fru-
to, a elevação do conteúdo de açúcar e a modificação 
da cor. Quando imaturos, os frutos podem ter um gosto 
desagradável, o que desencoraja os animais a comê-los. 
As transformações que acompanham o amadurecimen-
to do fruto são um sinal de que ele está pronto para o 
consumo, e, consequentemente, as sementes estão ma-
duras, prontas para dispersão. 
atrativos e se apresentam bastante suculentos e com a cas-
ca amolecida. Os animais, ao se alimentarem das reservas 
dos frutos, espalham as sementes e garantem a dispersão 
das espécies. Os frutos secos, por sua vez, equipados de es-
pinhos ou ganchos, aderem ao corpo dos animais, que dis-
persam as sementes. Outros providos de expansões aladas 
e pelos são dispersos pelo vento.
1.3. Pseudofrutos
1.3.1. Simples
São estruturas comestíveis que se desenvolvem de outras 
partes da flor:
 § Caju – a parte comestível é o pedúnculo floral, e o 
fruto verdadeiro (o ovário desenvolvido) é a castanha-
-de-caju (aquênio).
 § Maçã, pera e marmelo – a parte suculenta é o re-
ceptáculo floral que envolve o fruto verdadeiro.
1.3.2. Múltiplo 
 § Morango – conjunto de vários carpelos separados de 
uma única flor, cada um gerando um pequeno fruto, 
ou frutículo; estes frutículos ficam agrupados em um 
mesmo receptáculo.
receptáculo
crescimento
do receptáculo
Maçã
Figo
restos de 
ores
femininas
restos de 
ores
masculinas
receptáculo
(parte
comestivel)
semente
ovário (fruto
verdadeiro) fruto pseudofruto
sépalas
receptáculo
fruto com
uma semente
haste da 
or
receptáculo
sépala
Morango
exemplos De pseuDoFrutos
1.3.3. Composto (infrutescência)
Origina-se do desenvolvimento de uma inflorescência, isto 
é, diversas flores reunidas, como é o caso do abacaxi, da 
espiga de milho, do figo, etc.
2. A dispersão dos Frutos
As flores e os frutos podem ser classificados de acordo com 
os agentes polinizadores e os agentes de dispersão, res-
pectivamente. 
 § Frutos anemocóricos: frutos ou sementes muito 
leves que podem se dispersar por meio do vento. As 
8
Diversos frutos apresentam uma coloração avermelhada 
quando maduros. Embora essa coloração não seja visível 
para muitos insetos, essa faixa de cor é muito eviden-
te para vários pássaros e mamíferos. Em outras plantas, 
os frutos e sementes podem ser dispersos através da 
aderência nos pelos ou penas dos animais. Assim, essas 
sementes apresentam estruturas de aderência, como es-
pinhos, ganchos, barbas, etc. 
3. semente
A semente é o óvulo maduro fecundado das fanerógamas 
(gimnosperma e angiosperma). Ela é formada por tegu-
mento ou casca (formado por duas partes, a testa e o teg-
men), o embrião e o endosperma. 
envoltório
endosperma
(albúmen)
embrião
origem e estrutura Da semente
3.1. Endosperma secundário ou albúmen
O endosperma das angiospermas é denominado endos-
perma secundário. Trata-se de um tecido triploide (3n) de 
reserva usado no desenvolvimento inicial do embrião até 
que ele seja capaz de realizar fotossíntese. O endosperma 
pode variar a sua localização. Assim, sementes maduras 
podem apresentar ou não essa estrutura. Na maioria das 
monocotiledôneas, como as gramíneas (arroz, milho, trigo), 
apresentam o endosperma; contudo, em algumas dicotile-
dôneas, como a ervilha, o feijão e a soja, as reservas nu-
tritivas do endosperma estão completamente retidas nos 
cotilédones, folhas primordiais do embrião. 
3.2. Embrião
O embrião é formado basicamente pela: radícula e cau-
lículo, que é subdividido em hipocótilo e epicótilo, 
baseando-se na inserção dos cotilédones. No ápice do 
caulículo, há uma gema apical denominada gêmula ou 
plúmula. Nas gramíneas, há o coleóptilo, um capuz que 
protege e recobre o epicótilo, uma folha modificada para a 
proteção do caulículo.
 monodotiledônea
endosperma
cotilédone
coleóptilo
tegumento
epicótilo
hipocótilo
radícula
tegumento fusionado
com a parede do ovário
hipocótilo
epicótilo hipocótilo
radícula
cotilédone
tegumento
tegumento hipocótilo
radícula raiz
cotilédone
eudicotiledônea
raiz
primeiras folhas
epicótilo coleóptilo
primeiras
folhas
radícula
3.3. A germinação da semente
A semente madura apresenta um embrião em estado 
de dormência, isto é, metabolicamente inativo, capaz de 
aguentar condições adversas do ambiente. A semente 
possui uma quantidade considerável de reserva, e essa 
quantidade é variável. As reservas das sementes são 
formadas principalmente por lipídios e fornecem gran-
des quantidades de energia para o desenvolvimento do 
embrião. Além de lipídios, possuem carboidratos, pro-
teínas, ácidos nucleicos, coenzimas, vitaminas,enzimas 
e sais minerais. A quantidade dessas substâncias varia 
de semente para semente, apesar de o teor de água ser 
sempre mais baixo (5% a 20% do peso fresco), o que 
contribui para o baixo metabolismo da semente. 
A absorção de água é o primeiro fenômeno que ocorre 
durante a germinação (esse processo envolve o proces-
so de osmose). A entrada de água na célula promove a 
ativação da enzima que faz a hidrólise do amido, forman-
do a molécula de glicose. Esse carboidrato é utilizado na 
respiração celular da plântula para fornecer energia para 
o seu crescimento. Outras substâncias podem ser quebra-
das para serem usadas na respiração para produção de 
ATP (energia). Após os tecidos de reserva serem gastos, 
eles desaparecem, como ocorre com os cotilédones (se-
cam e morrem). A temperatura e o teor de oxigênio do 
meio ambiente são fatores determinantes para a germi-
nação das sementes. 
9
3.4. Classificação das angiospermas
A classificação das angiospermas se fundamenta no núme-
ro de cotilédones presentes no embrião. Cotilédones são 
folhas primordiais, que podem conter ou não reservas do 
endosperma da semente.
 § Monocotiledôneas: são plantas que possuem em-
briões com apenas um cotilédone. Ex: arroz, centeio, 
trigo, milho, cevada, cana-de-açúcar, etc. 
 § Eudicotiledôneas: são plantas que possuem embri-
ões com dois cotilédones. Ex: ervilha, soja, feijão, amen-
doim, lentilha, entre outras.
Esses dois grupos se diferenciam em relação às seguintes 
características:
 § Folhas – as monocotiledôneas apresentam folhas 
com nervuras paralelas (paralelinérveas), enquanto as 
eudicotiledôneas apresentam folhas com as nervuras 
ramificadas (reticuladas).
 § Flores – as monocotiledôneas apresentam flores trí-
meras, ou seja, seus elementos florais são sempre três 
ou um número múltiplo de três. Essa característica é 
valida para [...] pétalas, [...] sépalas, estames e carpe-
los. Nas eudicotiledôneas, por sua vez, as flores são 
tetrâmeras e pentâmeras com quatro, cinco ou múltiplos 
de quatro e cinco elementos florais.
 § Raiz – nas monocotiledôneas, a raiz é do tipo fascícu-
lada; nas eudicotiledôneas, a raiz é axial ou pivotante.
 § Caule – nas monocotiledôneas, o caule possui vasos 
condutores que se dispõem espalhados irregularmente; 
nas eudicotiledôneas, o caule possui os vasos conduto-
res dispostos de forma regular na periferia.
Experimentoteca - Dissecação de flor de hibisco
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
Frutos e sementes são fundamentais para a economia e a saúde. Eles estão presentes no cotidiano das pessoas de 
maneiras variadas. Aparecem em sua forma natural, como frutos (mamão, laranja, banana, etc.) e sementes (feijão, 
soja, ervilha, etc.), e também em aplicações industriais, como na fabricação de bebidas (uva, cevada, laranja, abacaxi, 
etc.), na indústria têxtil (algodão) e na fabricação de produtos farmacológicos, como os produtos estimulantes (gua-
raná, café, noz-de-cola, etc.).
VIVENCIANDO
Germinação e desenvolvimento das plantas
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
10
Monocotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Arroz, orquídea, 
palmeira, 
coqueiro, 
trigo, aba-
caxi, banana, 
cana-de-açúcar, 
milho, grama.
Fasciculada; 
os ramos 
radiculares são 
equivalentes 
em tamanho.
Apresenta estrutura, 
isto é, os elementos 
florais são três ou 
múltiplos de três.
Em geral, não forma 
tronco e não cresce em 
espessura. Apresenta 
caules herbáceos, col-
mos, bulbos e rizomas.
Os feixes vascu-
lares são dispostos 
irregularmente.
Com nervuras para-
lelas e bainha geral-
mente desenvolvida. 
Um cotilédone 
reduzido, sem reserva.
Eudicotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Beterraba, 
feijão, café, 
soja, alface, 
amendoim, 
eucalipto
Pivotante 
ou axial.
Têm raiz em 
eixo principal.
Têm estrutura 
tetrâmera ou 
pentâmera, isto é, os 
elementos florais são 
em número de quatro 
ou cinco, ou múltiplos 
desses números.
Normalmente com cresci-
mento em espessura. São 
comuns caules lenhosos.
Os feixes vasculares são 
dispostos em círculo.
Em muitas espécies 
formam-se troncos.
Geralmente é 
larga, com ner-
vuras reticuladas 
e bainha quase 
sempre reduzida.
Dois cotilédones 
com ou sem reserva
Pau-brasil 
Pau-brasil é a árvore da qual foi derivado o nome do país. Sua denominação vem do tronco vermelho, que era utiliza-
do para tingir roupas. No período da colonização, foi durante muitos anos a principal fonte de riquezas e a primeira 
atividade econômica significativa do Brasil. Atualmente, é muito difícil encontrá-lo em estado natural, a não ser em 
parques de preservação. Em compensação, está sendo muito utilizado em arborização urbana. Tem o tronco, os ga-
lhos e até o fruto com acúleos (espinhos), e, em geral, só produz fruto quando plantado em grupos.
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
11
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a 
produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais.29
Habilidade
Os alunos devem saber relacionar os conhecimentos adquiridos em sala às situações-problemas e à interpretação 
de experimentos, inclusive lembrando-se das características e das etapas relacionadas ao método científico. No reino 
vegetal, o grupo das angiospermas, por ser o que apresenta maior sucesso evolutivo, é muitas vezes utilizado como 
modelo, sendo o mais abordado na prova.
Modelo 
(Enem) Um pesquisador observou um pássaro alimentando-se dos frutos de uma espécie de arbusto e perguntou-se qual 
seria o efeito na germinação das sementes do fruto após passarem pelo trato digestório do pássaro. Para responder à 
pergunta, o pesquisador pensou em desenvolver um experimento de germinação com sementes de diferentes origens.
Para realizar esse experimento, as sementes devem ser coletadas: 
a) aleatoriamente do chão da mata;
b) de redes de coleta embaixo dos arbustos;
c) diretamente dos frutos de arbustos diferentes;
d) das fezes dos pássaros de lugares diferentes;
e) das fezes dos pássaros e dos frutos coletados dos arbustos.
Análise expositiva - Habilidade 29: No desenvolvimento de um experimento, é importante a formação de dois 
grupos: aquele no qual se deseja observar de fato os resultados e um grupo controle que servirá de parâmetro 
de comparação dos resultados obtidos. Desse modo, as sementes utilizadas no experimento devem ser coletadas 
das fezes dos pássaros, como também dos frutos coletados dos arbustos, sem que tenham passado pelo trato 
digestório de pássaros. 
Alternativa E
E
12
 DIAGRAMA DE IDEIAS
FRUTO
ANGIOSPERMAS
• EPICARPO
• MESOCARPO
• ENDOCARPO
• BAGA: VÁRIAS 
SEMENTES
• DRUPA: ÚNICA 
SEMENTE 
(CAROÇO)
ÓVULO FECUN-
DADO EMBRIÃO 
+ ENDOSPERMA • DECENTES: SE 
ABREM PARA 
LIBERAR A 
SEMENTE
• INDECENTES: 
NÃO SE ABREM
PERICARPO CARNOSO
SEMENTE
SECO
• ANEMOCÓRICOS
• HIDROCÓRICOS
• ZOOCÓRICOS
DISPERSÃO
OVÁRIO 
DESENVOLVIDO
A PARTE COMESTÍVEL 
SE DESENVOLVE DE 
OUTRAS PARTES DA 
FLOR, COMO O RE-
CEPTÁCULO FLORAL.
VERDADEIRO
PSEUDOFRUTO
FASCICULADA
TRIMERAS
RAIZ
FLORES
PARALELAS
NERVURAS
UM COTILÉDONE
SEMENTE
MONOCOTILEDÔNEAS
PIVOTANTE
TETRÂMERASOU PENTÂMERAS
RAIZ
FLORES
RETICULADAS
NERVURAS
DOIS COTILÉDONES
SEMENTE
DICOTILEDÔNEAS
13
 Morfofisiologia vegetal i
CompetênCias: 3, 4 e 8 Habilidades: 9, 14, 15, 28 e 29
AULAS 
37 e 38
1. Introdução
As células vegetais contêm organelas citoplasmáticas membranosas e apresentam o núcleo delimitado por uma membrana 
(carioteca). Devido a essas e outras características, são classificadas como células eucarióticas. Apresentam mitocôndrias, 
complexo golgiense, retículo endoplasmático, plastídeos, vacúolos e parede celular celulósica.
 
Cromatina
Nucléolo
Membrana nuclear{Núcleo
Centrossoma
Retículo
endoplasmático
rugoso
Retículo
endoplasmático
liso
Ribossomas
Vacúolo central
Tonoplasto
Filamentos
intermédios
Microtúbulos
Ci
to
es
qu
el
et
o
{
Cloroplasto
PlasmodesmosMitocôndria
Peroxissoma
Membrana plasmática
Parede celular
Parede da célula adjacente
Complexo de Golgi
Célula vegetal Com as prinCiais organelas
A parede celular recobre a membrana plasmática, sendo ambas estruturas dinâmicas da célula, ou seja, passam por 
modificações durante o crescimento e o desenvolvimento celular. A parede celular é responsável pela rigidez da célula, pela 
limitação da expansão do protoplasto, pela defesa contra bactérias e fungos e por impedir a ruptura da membrana plasmá-
tica durante a entrada de grande volume de H2O no interior da célula.
A parede celular se desenvolve durante a última fase da mitose (telófase), quando os cromossomos iniciam os processos de 
separação e migração para os polos da célula. Nesse estágio, forma-se o fragmoplasto, um fuso de consistência fibrosa 
entre os grupos de cromossomos. 
Citocinese Vegetal
I II III
Divisão Celular. Formação Da pareDe Celular na região equatorial Da Célula vegetal
14
O fragmoplasto é formado por vesículas “liberadas pelo 
complexo de Golgi.” O crescimento do fragmoplasto ocor-
re lateralmente até se fundir com a parede já contida na 
célula. Depois do término desse processo, a lamela média 
começa a ser formada por ação do protoplasma, que libera 
substâncias para a formação dessa estrutura. A função da 
lamela média é unir células adjacentes, isto é, células que 
estão lado a lado.
A parede celular pode ser classificada como primária 
ou secundária. As primeiras camadas formam a parede 
primária, e, à medida que a célula se desenvolve, novas 
camadas são depositadas na face interior da parede pri-
mária, formando a parede secundária. Dessa forma, a 
parede secundária fica mais próxima da membrana plas-
mática, e a parede celular primária é “empurrada” para 
o lado mais externo.
Em geral, as células que formam as paredes secundárias são 
mortas, graças ao depósito de lignina, o que causa o au-
mento da resistência da parede celular. A lignina ocorre com 
frequência em tecidos como o xilema e o esclerênquima. 
A lamela média se localiza entre as paredes primárias de 
duas células adjacentes. Como foi mencionado, ela tem a 
função de preencher espaços e fazer a adesão entre células 
vizinhas. 
As células não são independentes entre si, e a comuni-
cação entre células vizinhas é necessária, assim como a 
passagem de substâncias de uma célula para outra. Essa 
conexão entre células vizinhas é estabelecida por meio 
dos plasmodesmos, estruturas formadas por pequenos 
canalículos e por projeções de retículo endoplasmático 
liso. Observe que, para que a intercomunicação celular 
seja estabelecida, é necessário que os plasmodesmos 
atravessem a parede primária e a lamela média das célu-
las. Os plasmodesmos atravessam a parede primária e a 
lamela média de células adjacentes permitindo a interco-
municação celular. 
paredes
celulares
plasmodesmo
citoplasma
membrana
plasmática
lamela mediana
parede primária
parede secundária
Vacúolo
lamela mediana
composta
parede secundária
parede mediana
composta
1 µm
pareDe Celular primária e seCunDária e a presença Dos plasmoDesmos
O vacúolo é uma estrutura característica da célula vegetal. Muitas vezes, ele representa cerca de 90% do espaço intra-
celular. Delimitado por uma membrana simples denominada tonoplasto, o vacúolo contém água e diversas substâncias 
orgânicas e inorgânicas, muitas das quais estão dissolvidas, constituindo o chamado suco vacuolar. Devido à compo-
sição das substâncias existentes no interior do vacúolo (açúcares, ácidos orgânicos, proteínas, sais e pigmentos), seu pH 
geralmente é ácido.
Osmoticamente ativo, o principal papel que o vacúolo desempenha é a osmorregulação. Ele atua na manutenção do pH 
da célula, atua na digestão de outros componentes celulares e também pode ser compartimento de armazenagem dinâ-
mico, no qual íons, proteínas e outros metabólitos são acumulados e mobilizados posteriormente.
Estudos filogenéticos acerca dos eucariontes apontam que as mitocôndrias e os plastídeos ou plastos são remanescen-
tes de organismos simbiontes com os ancestrais dos eucariontes atuais. Esses estudos também apontam para a hipótese 
de que os plastos são organelas derivadas de cianobactérias, com DNA próprio e também possuem poder de autoduplica-
ção. Os plastos são classificados de acordo com o tipo, presença ou ausência de pigmento, ou ainda com o tipo de substância 
acumulada, sendo encontrados três grandes grupos de plastos: cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos.
15
Proplastídeo
Estioplasto
Cromoplasto
(Pigmento)
Cloroplasto
(Fotossíntese)
Leucoplasto
(Estocagem)
proplastíDio e Formação De plastíDios.
Os cromoplastos são plastos portadores de pigmentos 
carotenoides e geralmente não apresentam clorofila ou 
outros componentes da fotossíntese, sendo encontrados 
nas células das pétalas e em outras partes coloridas de 
flores. Os leucoplastos, por sua vez, são tipos de plastos 
que não possuem pigmentos e podem armazenar várias 
substâncias. Os que armazenam amido são denominados 
amiloplastos e são comuns em órgãos de reserva com as 
raízes, caules e sementes. Um bom exemplo são os tubér-
culos de batata inglesa. 
Os cloroplastos são organelas celulares que contêm 
como pigmento principal a clorofila, além de pigmentos 
carotenoides, ambos associados à fotossíntese. São encon-
trados em todas as partes verdes da planta, sendo mais 
numerosos e diferenciados nas folhas.
2 µm
CLOROPLASTO
estroma
granum
membrana
tilacóide
membrana
interna
espaço intermembrana
membrana
externa
espaço
tilacóide
epiderme inferior
epiderme superior
FOLHA
2. MerIsteMas
As células meristemáticas podem sofrer mitoses sucessivas, causando o crescimento do vegetal. Depois das multiplicações, 
elas se diferenciam de acordo com o local e a necessidade da estrutura ou do órgão vegetal. Assim, pode-se afirmar que são 
responsáveis pela formação dos diferentes tipos celulares do corpo do vegetal. 
As células meristemáticas têm a capacidade de sofrer divisões sucessivas e podem originar um ou vários tecidos diferentes. 
O tecido meristemático é formado por células indiferenciadas que, após se dividirem, podem formar diversos tecidos do 
vegetal. O meristema pode ser classificado como meristema primário ou apical e meristema secundário ou lateral.
Os meristemas primários proporcionam o crescimento longitudinal, isto é, em comprimento e são representados pela 
protoderme, pelo procâmbio e pelo meristema fundamental.
Os meristemas secundários proporcionam o crescimento em espessura e são representados pelo felogênio e pelo 
câmbio. 
16
protoderme
procâmbio
Caule
Raiz
meristema
fundamental
câmbio vascular
câmbio suberofelogénico coifa
procâmbio
meristema
fundamental
pelos
radiculares
câmbio
vascular
câmbio
suberofelogénico
meristemas apiCais Da raiz e Do Caule
O crescimento da planta pode ser primário ou secundário. 
O primário é determinado pelos meristemas localizados 
nas pontas do caule e da raiz, e o secundário, pelos meris-
temas laterais: felogênio e câmbio.
Caule
estrutura
primária
Caule
estrutura
secundária
Câmbio
vascular Felogênio
Feixe liberolenhoso
Lenho
Epiderme
Parênquima
Líber
Procâmbio
Meristema fundamental
Protoderma
Meristemas primários:
Meristema apical
Meristemas
secundários}
Germinação e desenvolvimento das plantas
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
3. epIderMe
A epiderme é o tecido que reveste o corpo primário 
dos vegetais, ou seja, trata-se do tecido mais externo 
dos órgãos vegetais em estrutura primária. Entretan-
to, com a análise de estruturas com crescimento se-
cundário, nota-se que, no lugar da epiderme, existe a 
periderme. 
As células do meristema apical são responsáveis pela for-
mação da epiderme, mais precisamente da protoderme. 
Em geral, ela é formada por uma única camada de células 
vivas e extremamente justapostas, ou seja, sem espaços 
intercelulares. Sua principal função é de revestimento, 
mas também tem função de proteção contra desidra-
tação e choques mecânicos,além de funcionar como 
barreira física contra a invasão de agentes patogênicos. 
Outras funções menos especializadas são: trocas gasosas 
através de seus estômatos, absorção de água e sais mine-
rais e proteção contra a radiação solar graças à presença 
de cutícula muito espessa e de tricomas.
A cutina é uma substância lipídica presente na parede 
celular das células epidérmicas das partes aéreas do cor-
po da planta. Pode estar depositada na face externa da 
parede (cutícula) ou atrelada entre as fibrilas de celulose. 
A cutícula minimiza a transpiração e protege o vegetal 
contra a invasão de fungos e bactérias.
Dado que a epiderme reveste o vegetal, ela está direta-
mente em contato com agentes químicos, físicos e mi-
crorganismos, além de proteger o vegetal contra agentes 
externos, como o calor. Ela contém também os estômatos 
e as células-guarda que os constituem, sendo as únicas 
células clorofiladas da epiderme. 
Os estômatos são formados por células epidérmicas es-
pecializadas denominadas células-guarda, que ficam ao 
redor de uma abertura denominada ostíolo. A abertura e o 
fechamento dos estômatos ocorrem devido à conformação 
das células-guarda: quando túrgidas, os estômatos estão 
abertos; quando plasmolisadas, os estômatos encontram-
-se fechados. 
17
 
Água
Oxigênio
Dióxido
de
carbono
Epiderme
Estômato
seCção Da Folha eviDenCianDo a epiDerme
 
Água
Oxigênio
Dióxido
de 
carbono
Núcleo
Cloroplasto
Ostíolo
Célula-guarda
Epiderme
visão geral Do estômato
As células-guarda são acompanhadas pelas células subsi-
diárias, que ajudam a controlar a abertura e o fechamen-
to estomático. As células-guarda, as células subsidiárias 
e o ostíolo formam o aparelho estomático ou complexo 
estomático. 
Os estômatos são fundamentais para os vegetais, pois são 
responsáveis por trocas gasosas de CO2 e O2, e também pela 
absorção e perda de água em relação ao ambiente. O tipo, o 
número e a posição dos estômatos (e demais estruturas) va-
riam de acordo com a localização e as condições ambientais 
em que o vegetal está posicionado. Quando o vegetal está 
localizado em ambientes quentes e de baixa umidade, apre-
senta características a fim de evitar a perda de água, como 
estômatos em formato de cripta e em menor número. Por 
outro lado, vegetais de ambientes sombreados apresentam 
folhas verdes e escuras graças ao maior número de estôma-
tos. Essas características também podem variar num mesmo 
vegetal.
Os tricomas são projeções das células epidérmicas e va-
riam muito quanto à função. Especialmente, evitam a per-
da de água, auxiliam na defesa contra insetos predadores 
(inclusive pela possível produção de substâncias urtican-
tes), diminuem a incidência luminosa, entre outras funções. 
 
triComas
Pelos radiculares ou absorventes também são projeções 
das células que compõem a epiderme. Eles se concentram 
principalmente na zona de absorção das raízes de plan-
tas jovens. Os pelos apresentam paredes mais delgadas do 
que os tricomas e são recobertos por cutícula. Os pelos ab-
sorventes têm a função de absorver a água do solo. 
Solo
Pelos
radiculares
Epiderme
Raiz
250 µm
18
Microscopia da epiderme da planta “Set-
creasia purpurea”
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
4. súber ou cortIça
Súber ou cortiça é um tecido de revestimento formado 
por células mortas, caracterizadas pelo depósito de diver-
sas camadas de suberina (gordura) em suas paredes ce-
lulares. As células são justapostas e o lúmen celular pode 
estar cheio de ar. 
O súber é um tecido secundário que substitui a epiderme 
no caule e na raiz por exercer a função de proteção contra 
ferimentos e desidratação, além de atuar como um bom 
isolante térmico em condições de queimadas, por exem-
plo. As lenticelas, rupturas do súber que se abrem para 
o meio externo, realizam trocas gasosas sem controle de 
abertura ou fechamento, pois o vegetal não pode regular 
qualquer movimento das lenticelas.
Setor do caule
lenticelas
lenticela
súber
felogênio casca
As lenticelas realizam
as trocas gasosas e a
transpiração.
5. parênquIMa, colênquIMa e esclerênquIMa
O parênquima, o colênquima e o esclerênquima presentes no corpo primário do vegetal são tecidos simples originados de 
células do meristema fundamental. 
O parênquima é formado por células vivas presentes em quase todos os órgãos vegetais que possuem capacidade de se 
dividir, por isso podem ser consideradas células potencialmente meristemáticas. Em geral, são encontradas nessas células 
apenas paredes primárias e delgadas que possuem grandes vacúolos. O parênquima é especializado em diversas funções 
de acordo com a necessidade e a localização dessas células no vegetal. Os parênquimas mais comuns são: clorofiliano, 
reserva, aquífero, aerênquima e fundamental. 
 § Clorofiliano: ocorre com maior frequência nos órgãos aéreos dos vegetais, com destaque para as folhas, órgão de maior 
ocorrência da fotossíntese. Ainda na classificação de parênquima clorofiliano, pode-se distinguir suas células em relação à 
forma: parênquima clorofiliano paliçádico de células cilíndricas e perpendiculares à epiderme e o parênquima clorofiliano lacu-
noso de células com formato irregular que não se encaixam perfeitamente, deixando espaços intercelulares. Observe a figura: 
 
Xilema
Floema
Feixe
vascular
Estômatos
CO2 O2
Células-guarda
Epiderme
inferior
Parênquima
lacunoso
Parênquima
paliçádico
Epiderme
superior
Cutícula
Desenho esquemátiCo De um Corte transversal De uma Folha
19
 § Reserva: o parênquima de reserva pode guardar diversas substâncias, entre elas: amido, óleos, proteínas e qualquer 
outro produto do metabolismo celular. 
 § Aerênquima: característico de plantas aquáticas, as células desse tipo de parênquima possuem grandes espaços inter-
celulares, de forma que, por meio do acúmulo de grande volume de ar, as plantas aquáticas conseguem flutuar. Ele pode 
ser encontrado no pecíolo, no mesófilo, no caule e nas raízes dos vegetais. 
aerénquima em
raíz
aerênquima Da região CortiCal Da raiz
 § Aquífero: plantas suculentas, cactáceas e bromélias devem acumular água para sobreviver ao ambiente em que habi-
tam, por isso possuem células parenquimáticas especializadas em acumular água em seus grandes vacúolos. 
O colênquima, bem como o parênquima, é formado por células vivas. Possui parede primária com espessamento desi-
gual e com pontuação. Tem a função de sustentação do corpo de estruturas vegetais em regiões com crescimento primário 
ou sujeitas a movimentos constantes. 
 
e
c
Colênquima angular Colênquima lamelar
 
Colênquima laCunar. espaço interCelular (setas) Colênquima anelar
O esclerênquima é um tecido de sustentação, geralmente formado por células mortas de parede celular secundária 
espessa, conferindo-lhe proteção e sustentação. Há dois tipos celulares predominantes no esclerênquima: as fibras (sus-
tentam partes do vegetal que param de crescer longitudinalmente) e as esclereides (células com paredes secundárias 
extremamente espessas, distribuídas por todo o vegetal). 
6. estruturas secretoras
A composição química das secreções vegetais varia de acordo com o metabolismo local (água, mucilagem, óleo, goma, prote-
ínas, látex, resinas e néctar). As células devem carregar a maquinaria necessária de acordo com a sua função. Assim, as células 
com funções secretoras possuem desenvolvida maquinaria para síntese proteica, vacúolos diminutos, grande número de mito-
20
côndrias e paredes primárias delgadas. Exemplos de estruturas secretoras: nectários, glândulas digestivas, glândulas de 
sal, hidropódios, tricomas urticantes, laticíferos, hidatódios.
Pelos secretores
Urtiga Rosa
Drosera (Insetívora)
Bolsa secretora
Hidatódios
Lactífero
mente a água perdida na transpiração e as substâncias 
orgânicas e inorgânicas perdidas e/ou gastas pelo meta-
bolismo vegetal é uma adaptação de grande importân-
cia. As pioneirasno sistema vascular foram as pteridófi-
tas, contrastando com as pequenas briófitas, que, devido 
à ausência de um eficiente sistema de transporte, não 
poderiam se desenvolver em grandes vegetais. O siste-
ma condutor é originado da ação das células do câmbio 
(xilema e floema secundários) e do procâmbio (xilema e 
floema primários). 
Xilema, lenho Floema, líber
Célula dos
tubos
crivados
Célula de
companhia
Placa crivada
Células dos
tubos crivados
ligadas entre si
topo a topo
Elementos de vasos
Traqueides 
7.1. Xilema
O tecido xilema é o principal responsável pelo transporte 
de água e solutos das raízes para a copa. Além disso, ele 
armazena nutrientes contidos na seiva bruta e exerce su-
porte mecânico. Embora seja formado por células mortas, 
é um tecido complexo, formado por fibras, elementos tra-
queais e células parenquimáticas. 
Os tricomas urticantes atuam na defesa das plantas 
contra a herbivoria, isto é, protegem o vegetal de herbívo-
ros. Quando a célula fina na porção apical é tocada, a pon-
ta rompe-se e o líquido contido em seu interior é injetado 
no corpo do predador. 
Os nectários dos órgãos vegetativos (raiz, caule e folha) 
e reprodutivos (flor, fruto e semente) dos vegetais apresen-
tam diversas características para atrair polinizadores, den-
tre elas a produção de sacarose, glicose e frutose, servindo 
de alimento e recompensa para os polinizadores. 
Tricoma
urticante
Tricoma
secretor
Secreção
neCtários Florais e extraFlorais
7. sIsteMa vascular
A aquisição de um sistema vascular eficiente no trans-
porte de água e seiva foi fundamental para a conquista 
do ambiente terrestre pelos vegetais. Repor eficiente-
21
Existem dois tipos básicos de células condutoras no xilema (também chamadas de elementos traqueais): traqueíde e elemen-
to de vaso. Ambas são dotadas de placas de perfuração e perdem seus protoplasmas para otimizar o transporte de água e 
sais minerais. Essas células serão funcionais em condução quando estiverem diferenciadas, lignificadas depois da perda de 
seu citoplasma e da formação das placas de perfuração (as traqueídes não possuem essas pontuações, presentes somente 
nos elementos de vaso). 
Traqueídes e elementos de vaso
 
areoladas
A B C D
 
 traqueíDes (gimnospermas) elementos De vaso (angiospermas)
VIVENCIANDO
As células foram descobertas entre 1663 e 1665 pelo cientista inglês Robert Hooke. Ao examinar uma fatia de cortiça 
em um microscópio rudimentar, ele verificou que ela era formada por cavidades poliédricas que foram chamadas de 
células (do latim cella, “pequena cavidade”). Na verdade, Hooke observou blocos hexagonais que eram as paredes 
de células vegetais mortas (súber). 
22
7.2 Floema
O tecido floema é o principal responsável pela condução de materiais orgânicos, em solução, nas plantas vasculares. Ele rea-
liza o movimento entre os órgãos produtores (folhas) e os consumidores e de reserva. É formado por elementos crivados, 
células parenquimáticas, células companheiras, fibras e esclereides.
Placa crivada
Célula
companheira
Célula ou
elemento
do tubo
crivado
Célula
companheira
Vaso do �oema ou vaso
liberiano 
�uxo da seiva nos vasos liberianos
Os elementos crivados são as células mais especializadas do floema. Essas células são vivas e caracterizam-se, principalmen-
te, pela presença das áreas crivadas, que são poros modificados, nas suas paredes e pela ausência de núcleo nas células 
maduras. Os elementos crivados do floema podem ser de dois tipos: células crivadas e elementos de tubo crivado.
 Placa crivada
contínua
Placas
crivadas
descontinuas
Áreas
crivadas
Células
anexas
Elementos de tubos crivados
Placas
crivadas
descontínuas
Células
anexas
Áreas
crivadas
Célula crivada
Células ConDutoras Do Floema
As células crivadas, consideradas mais primitivas ou mais simples, estão presentes no floema das pteridófitas e das gimnosper-
mas. São células alongadas e apresentam áreas crivadas, com poros pouco desenvolvidos, nas suas paredes laterais e terminais.
Os elementos de tubo crivado presentes no floema das angiospermas são células mais curtas e apresentam um maior grau 
de especialização do que o observado nas células crivadas.
As células companheiras estão associadas ao elemento de tubo crivado por várias conexões citoplasmáticas e mantêm-se 
vivas durante todo o período funcional do elemento de tubo crivado. Acredita-se que elas têm importante papel na dis-
tribuição dos assimilados do elemento de tubo crivado, além de comandar as atividades destes por meio da transferência 
de moléculas informais e outras substâncias. As células companheiras estão ligadas diretamente à formação de calose em 
células de elementos de tubo crivado. A calose pode funcionar como defesa, reparar danos causados por injúrias e evitar a 
perda de substâncias do floema.
23
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
A cortiça é um material de origem vegetal da casca (súber) dos sobreiros (Quercus suber), leve e com grande poder 
isolante. A razão pela qual a cortiça possui essas características é a sua composição rica em suberina, uma substância 
lipídica (gordurosa) que se acumula na parede celular. A presença dessa substância numa primeira fase impede a 
entrada de agentes patogênicos e de qualquer substância tóxica na célula; numa fase posterior, impede a passagem 
de nutrientes para a célula, causando a sua morte. 
A cortiça é utilizada comumente na confecção de rolhas, mas tem aplicações em ambientes decorativos e em murais. 
Além de dar conforto e acabamento para diversos tipos de ambientes, ela está presente no interior do protótipo 
F700, da Mercedes. A Nasa também encontrou na casca do sobreiro uma utilidade, incorporando-a em seus escudos 
térmicos e nas placas de revestimentos das naves espaciais. 
24
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, 
relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
14
Habilidade
O reino vegetal é abordado no Enem com enfoque principalmente nos quatro grandes grupos e na sua interação com o 
ambiente, assim como nas suas relações evolutivas. O grupo das angiospermas, por ser o que apresenta maior sucesso 
evolutivo, é o mais cobrado. Além disso, a citologia vegetal é de grande importância e pode ser abordada de diferentes 
maneiras.
Modelo
(Enem) Um molusco, que vive no litoral oeste dos EUA, pode redefinir tudo o que se sabe sobre a divisão entre ani-
mais e vegetais. Isso porque o molusco (Elysia chlorotica) é um híbrido de bicho com planta. Cientistas americanos 
descobriram que o molusco conseguiu incorporar um gene das algas e, por isso, desenvolveu a capacidade de fazer 
fotossíntese. É o primeiro animal a se “alimentar” apenas de luz e CO2, como as plantas.
garatoni, b. superinteressante. n. 276, mar. 2010 (aDaptaDo).
A capacidade de o molusco fazer fotossíntese deve estar associada ao fato de o gene incorporado permitir que ele 
passe a sintetizar:
a) clorofila, que utiliza a energia do carbono para produzir glicose;
b) citocromo, que utiliza a energia da água para formar oxigênio;
c) clorofila, que doa elétrons para converter gás carbônico em oxigênio;
d) citocromo, que doa elétrons da energia luminosa para produzir glicose;
e) clorofila, que transfere a energia da luz para compostos orgânicos.
Análise expositiva - Habilidade 14: Os organismos fotossintetizantes apresentam o pigmento clorofila, 
essencial no processo fotossintético, que consiste na transformação da energia luminosa em energia química na 
forma de compostos orgânicos.
Alternativa E
E
25
 DIAGRAMA DE IDEIAS
• PAREDE CELULAR DE CELULOSE 
• VACÚOLO
• PLASTÍDEO
CLOROPLASTOS (FOTOSSÍNTESE) 
CROMOPLASTOS (PIGMENTOS) 
LEUCOPLASTOS (ARMAZENAGEM)
• CÉLULAS INDIFERENCIADAS
• CRESCIMENTO VEGETAL
• EPIDERME
• SÚBER
• XILEMA
• FLOEMA
• ESCLERÊNQUIMA
• COLÊNQUIMA
• PARÊNQUIMA
MERISTEMASREVESTIMENTO
VASCULAR
FUNDAMENTAIS
CÉLULA VEGETAL
TECIDOS VEGETAIS
MORFOFISIOLOGIA VEGETAL
26
 Morfofisiologia vegetal ii
CompetênCias: 3 e 8 Habilidades: 9, 28 e 29
AULAS 
39 e 40
1. A rAiz
As traqueófitas formam o grupo de vegetais que contêm 
vasos condutores e órgãos vegetativos e reprodutivos. São 
classificados como vegetativos os órgãos que garantem a 
fixação, o crescimento, a adaptação e a sobrevivência da 
planta. Assim, pode-se afirmar que a raiz, o caule e a folha 
são órgãos vegetativos. O outro grupamento é formado 
por órgãos reprodutivos, que garantem a dispersão e a 
perpetuação da espécie do vegetal. 
A raiz é responsável por fixar a planta no substrato, além 
de ter a anatomia adaptada para absorver água e sais mi-
nerais do solo, da água ou do ar, e também por armazenar 
substâncias orgânicas, como o amido.
Em geral, a raiz se origina do desenvolvimento da radícu-
la do embrião. Em raízes adventícias, o desenvolvimento 
pode ocorrer a partir do caule e das folhas.
O sistema radicular pode se apresentar de dois modos: o 
pivotante, dotado de uma raiz principal, mais longa; e 
o fasciculado, com ramos radiculares que crescem em 
todas as direções, sendo mais homogêneos em tamanho.
 
 Raiz axial (pivotante) 
 Raiz fasciculada (cabeleiRa)
Raízes típicas possuem regiões bem definidas, como indi-
cadas na figura a seguir:
zona de ramos secundários
ou zona suberosa
zona
pilífera
zona de
alongamento celular
ou de distensão
região meristemática
ou zona de
multiplicação celular
coifa
27
 § Coifa – capa protetora formada por células que re-
vestem a zona meristemática ou de multiplicação ce-
lular, localizada na ponta da raiz. Nessa região, novas 
células são continuamente produzidas por mitose por 
um tecido embrionário denominado meristema. A coifa 
protege a região meristemática e auxilia a penetração 
da raiz no solo. 
 § Região de alongamento celular (de distensão, 
lisa ou de crescimento) – as células formadas pelo 
meristema se alongam e permitem o crescimento pri-
mário ou em comprimento da raiz. 
 § Zona pilífera – formada por células dotadas de pelos, 
atua na absorção de água e de nutrientes minerais. 
 § Região de ramos secundários (ou zona suberosa) 
– nessa parte da raiz, brotam raízes secundárias, que se 
originam do meristema interno denominado felogênio.
1.1. Adaptações da raiz
Como resposta evolutiva à ocupação em diferentes am-
bientes, as raízes podem apresentar modificações. Há as 
que não ficam em contato direto com o solo, como as raí-
zes aéreas, comuns nas trepadeiras, bromélias e orquídeas; 
e há também as raízes submersas, comuns em aguapés. A 
seguir, serão analisadas algumas modificações:
1.1.1. Raízes tuberosas 
Presentes na cenoura, mandioca, batata-doce e beterraba, 
armazenam substâncias orgânicas, como o amido.
1.1.2. Raízes-suporte ou raízes-escoras
Auxiliam na sustentação da planta, normalmente de gran-
de porte. Em geral, originam-se de determinados pontos 
no caule. Um exemplo comum é a raiz tabular, cujo aspecto 
lembra o de uma tábua.
1.1.3. Raízes respiratórias ou pneumatóforos
São adaptações que permitem a captação de O2 em solos 
pobres ou alagados, como manguezais, uma vez que, em 
ambientes alagados, a penetração de ar no solo é dificultada. 
pneumatófoRos em plantas de manguezal
1.1.4. Raízes sugadoras ou haustórios
São adaptações de plantas parasitas, as quais não conse-
guem obter nutrientes suficientes para sua sobrevivência. 
As plantas parasitas são classificadas de acordo com o 
tipo de recurso que obtêm da hospedeira. Um exemplo 
de planta holoparasita é o cipó-chumbo, planta sem clo-
rofila que não realiza fotossíntese. Os filamentos amare-
lados que formam o corpo do vegetal crescem aderidos 
a outra planta para sugar matéria orgânica no floema da 
hospedeira através dos haustórios da sugadora. Já um 
exemplode planta hemiparasita é a erva-de-passarinho, 
que, por ser clorofilada, não precisa de substâncias or-
gânicas como no exemplo anterior, mas seus haustórios 
atingem o xilema em busca de água e de sais minerais 
que compõem a seiva bruta.
cipó-chumbo (em amaRelo) paRasitando planta
1.1.5. Raízes estrangulantes
Crescem em direção ao solo e podem envolver o tronco 
da planta hospedeira de tal modo que chegam a “estran-
gulá-la”. Por esse motivo, são conhecidas como raízes es-
trangulantes.
1.1.6. Raízes aéreas
Encontram-se fora do solo. As orquídeas possuem raízes 
desse tipo, que estão em contato direto com o ar. Por esse 
motivo, são conhecidas como raízes aéreas. Bromélias e 
28
orquídeas são plantas epífitas, que se apoiam em galhos 
de árvores em busca de luz. Por não sugarem nutrientes de 
outra planta, não são parasitas.
Raízes estRangulantes sobRe 
o tRonco de áRvoRe
Raízes aéReas (velame) 
de oRquídeas
Raiz tabulaR Raiz-escoRa
2. AnAtomiA internA
Transporte ativo
de sacarose para
o �oema
Entrada de água
no �oema
Fluxo sob pressão
Corrente de
transpiração
Saída de água
do xilema
Saída de sacarose
para órgãos de consumo
ou de reserva
Entrada de água
no xilema Raiz
Folha
fluxo de água e nutRientes na planta
Observam-se nas raízes dois tipos de crescimento: primário, 
resultado da atividade dos meristemas apicais ou primários 
(protoderme, meristema fundamental e procâmbio), e se-
cundário, resultado da ação dos meristemas laterais ou se-
cundários (felogênio e câmbio). O crescimento secundário 
é conhecido de forma clara apenas nas eudicotiledôneas. 
Em estrutura primária, a raiz apresenta os três sistemas de 
tecido: o dérmico, o fundamental e o vascular.
Experimentoteca - Condução de água nas 
plantas
fonte: Youtube
multimídia: vídeo
Em um corte transversal, é possível observar em raízes jo-
vens a sua estrutura primária, uma vez que ainda não cres-
ceram em diâmetro, somente em comprimento.
A estrutura primária da raiz, esquematizada a seguir, é 
formada por epiderme, córtex, endoderme e um cilindro cen-
tral formado pelo periciclo e pelos vasos de xilema e floema.
estRutuRa pRimáRia da Raiz
O xilema ou lenho transporta seiva inorgânica ou bruta da 
raiz às folhas; o floema (líber) conduz seiva orgânica ou 
elaborada da folha para os órgãos consumidores ou arma-
zenadores de reserva. Na raiz, xilema e floema se alternam, 
e, na organização do caule, o floema fica em uma região 
mais externa do que o xilema, rente à casca. 
A epiderme é formada por uma camada de células, isto é, 
uniestratificada, sem cutícula, e algumas células formam 
grandes evaginações denominadas pelos absorventes ou 
radiculares.
29
O córtex é constituído por um parênquima de preenchimento que regularmente armazena reservas. A endoderme, formada por 
uma camada de células, tem a importante função de selecionar e direcionar as substâncias que chegarão até os vasos xilemáticos.
O periciclo é formado por uma única camada de células, que rodeiam os vasos condutores, e por eudicotiledôneas, que dão 
origem aos ramos secundários da raiz.
Os vasos floemáticos e xilemáticos alternam-se e, em muitas raízes de eudicotiledôneas, dispõem-se em formato de estrela ou 
cruz, em cujo centro há um grande vaso xilemático e raios formados por vasos progressivamente mais finos. Os vasos de floema 
alternam-se com os de xilema e ficam entre os raios. Em monocotiledôneas, os vasos de xilema espalham-se na periferia e os de 
floema alternam-se entre eles; o centro radicular é ocupado por uma medula parenquimática. 
disposição dos vasos condutoRes em uma Raiz de eudicotiledôneas (a) e de (b) monocotiledôneas
A camada mais interna do córtex é a endoderme, formada por uma camada única de células com funções de selecionar, “filtrar” 
e direcionar as substâncias que entrarão no xilema. As células que compõem a endoderme possuem faixas de suberina e lignina 
denominadas estrias de Caspary. As estrias auxiliam no controle de entrada de água e de qualquer outra substância externa, 
pois formam um cinturão, unindo as células da endoderme, de forma que nenhuma substância possa passar através dos espaçosintercelulares (via apoplasto), forçando a passagem via simplasto (por dentro das células). Em alguns casos, pode haver estrati-
ficação da camada mais externa do córtex, formando a exoderme. Enquanto na endoderme não há passagem de substâncias 
pelos espaços intercelulares, no córtex da raiz os espaços são proeminentes, assim a entrada de água e de nutrientes é facilitada. 
Endoderme
A
Periciclo
Floema primário
10 µ
Xilema primário Estria de Caspary
B
estRutuRa da endodeRme
Pode-se observar em A o corte transversal de parte de uma raiz, mostrando a posição da endoderme em relação ao xilema 
e ao floema. Note que a endoderme apresenta-se com paredes transversais, ou seja, estrias de Caspary. Em B, observa-se 
um esquema de três células da endoderme, orientadas do mesmo modo como estão em A. Note que as estrias de Caspary 
ocorrem apenas nas paredes transversais e radiais, mas estão ausentes nas paredes tangenciais.
A estrutura secundária é representada pelo crescimento em espessura do órgão, que se deve à ação dos meristemas 
secundários, o câmbio vascular e o felogênio.
O câmbio, por meio de mitoses, forma novas células que vão compor os vasos do xilema e floema. O felogênio, também 
por meio de sucessivas mitoses, origina as células da casca de certos órgãos vegetais, como a própria raiz e o caule. Essas 
características não são válidas para as monocotiledôneas em geral, pois elas não têm crescimento secundário. 
Nas figuras a seguir, observe a ação do câmbio vascular influenciando o crescimento secundário das raízes de eudicotiledôneas 
lenhosas, promovendo a formação progressiva de novas células do xilema, interno ao câmbio, e do floema, externo ao câmbio
30
 estRutuRa pRimeiRa da Raiz início da estRutuRa secundáRia de Raiz 
estRutuRa secundáRia de Raiz
O que difere as estruturas primária e secundária das eudicotiledôneas é a ação do câmbio. O câmbio tem origem nas células 
do procâmbio e do periciclo, que se dividem e se diferenciam formando um anel contínuo composto por meristema secun-
dário, o câmbio. Sua ação é formar xilema, internamente, e floema, externamente. Assim, raízes que apresentavam em sua 
composição os feixes de xilema e floema alternados entre si, passam para outra disposição: o xilema forma uma circunfe-
rência interna, e o floema também forma circunferência, mas externa a ele. Com a ação do câmbio, o periciclo é proliferado 
em direção à periferia, onde formará muitas camadas de parênquima. A partir da camada externa do periciclo, forma-se o 
felogênio, tecido que tomará o lugar da epiderme. O felogênio origina o súber para fora e a feloderme internamente. No 
interior de uma raiz, é possível encontrar a epiderme, o córtex e o cilindro vascular.
3. extensão do sistemA rAdiculAr
A extensão do sistema radicular é a profundidade que a raiz alcança no solo e a distância que ela cresce lateralmente. 
Essas medidas dependem de muitos fatores ambientais, como a umidade e a composição do solo. Em geral, a extensão 
lateral das raízes é maior do que a sua copa. É importante lembrar que o sistema de raiz axial tem maior capacidade de 
penetrar no solo do que o sistema de raiz fasciculado. Em regiões com problemas de erosão, plantas com raízes fascicu-
ladas se aderem firmemente às partículas do solo, ajudando, inclusive, a prevenir a erosão. Geralmente, as raízes absor-
ventes se limitam ao primeiro metro de solo em profundidade, pois essa área costuma ser mais rica em matéria orgânica. 
VIVENCIANDO
O esclerênquima pode ser observado ao se comer uma pera, na qual os pontos mais duros na polpa da fruta são 
braquiesclereídes, isto é, pontos de esclerênquima dando o aspecto de areia na polpa, sendo a polpa da fruta um 
parênquima de reserva de carboidratos. Esse fruto está ligado ao caule da planta por um pedúnculo, que é levemente 
maleável por causa do tecido colenquimático que dá sustentação ao cabinho da fruta.
31
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em 
diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
28
Habilidade
As características morfofisiológicas dos vegetais muitas vezes são abordadas de maneira aplicada, sendo associadas aos 
ecossistemas dos biomas brasileiros. Assim, a prova do Enem exige que o aluno saiba mobilizar os diferentes conteúdos 
aprendidos em sala para interpretar as questões de Biologia.
Modelo
(Enem) Os manguezais são considerados um ecossistema costeiro de transição, pois são terrestres e estão localizados 
no encontro das águas dos rios com o mar. Estão sujeitos ao regime das marés e são dominados por espécies vegetais 
típicas, que conseguem se desenvolver nesse ambiente de elevada salinidade. Nos manguezais, é comum observar 
raízes suporte, que ajudam na sustentação em função do solo lodoso, bem como raízes que crescem verticalmente do 
solo (geotropismo negativo).
disponível em: http://vivimaRc.sites.uol.com.bR. acesso em: 20 fev. 2012 (adaptado).
Essas últimas raízes citadas desenvolvem estruturas em sua porção aérea relacionadas à: 
a) flutuação; 
b) transpiração; 
c) troca gasosa; 
d) excreção de sal; 
e) absorção de nutrientes. 
Análise expositiva - Habilidade 28: As adaptações na raiz (pneumatóforos), observadas em diversas es-
pécies de plantas dos manguezais, estão relacionadas à troca gasosa, uma vez que o solo encharcado desse 
ambiente é pobre em oxigênio, exigindo que as plantas que se desenvolvem no local apresentem adaptações 
para sobreviver nas condições diferenciadas do mesmo.
Alternativa C
C
32
 DIAGRAMA DE IDEIAS
APRESENTA RAIZ PRINCIPAL 
E RAMIFICAÇÕES LATERAIS
ARMAZENAM SUBSTÂNCIAS
SEM EIXO PRINCIPAL
PIVOTANTE TUBEROSAS
AUXILIAM NA SUSTENTAÇÃO
ESCORA
ENCONTRAM-SE 
FORA DO SOLO
AÉREAS
FASCICULADO
POSSUEM PNEUMATÓFOROS 
QUE EMERGEM DO SOLO 
PARA CAPTAR O2
RESPIRATÓRIAS
PLANTAS PARASITAS; SUGAM 
SEIVA DE UM HOSPEDEIRO
SUGADORAS
ENROSCAM-SE NA 
HOSPEDEIRA
ESTRANGULANTES
SISTEMAS RADICULARES ADAPTAÇÕES
RAIZ
33
 Morfofisiologia vegetal iii
CompetênCias: 1 e 8 Habilidades: 4, 28 e 29
AULAS 
41 e 42
1. Caule
O caule é o órgão vegetal responsável por integrar as duas extremidades das plantas. Ele atua nos produtos do metabolismo 
e na passagem de substâncias absorvidas entre raízes, folhas e flores. Ele pode ser fotossintetizante quando jovem ou em 
vegetais sem folhas ou com folhas modificadas, como é o caso dos cactos. Os caules apresentam gemas apicais e laterais 
(axilares), dotadas de tecido meristemático, responsáveis pelo crescimento em altura (gema apical) e pelas ramificações (ge-
mas laterais). O caule também é formado por nós e entrenós. Os nós são regiões caulinares em que se localizam as gemas 
axilares, enquanto os entrenós são regiões entre dois nós. Os caules ramificados são denominados simpodiais, e os caules 
que não possuem ramificações são denominados caules monopodiais. 
Os caules apresentam morfologias, ou seja, tamanhos e formas muito variadas. Quanto à sua localização, podem ser aéreos 
ou subterrâneos. Os caules aéreos estão representados a seguir:
 § troncos (a) – cilíndricos, de grande porte e com ramificações denominadas galhos; 
 § estipes (b) – cilíndricos, de médio a grande porte, sem ramificações e característicos de palmeiras e coqueiros;
 § colmos (c) – cilíndricos, de médio porte, com nós e entrenós evidentes, sem ramificações; os entrenós mais longos os 
diferem das estipes, típicos do bambu e da cana-de-açúcar;
 § hastes (d) – de pequeno porte, ramificados e bastante delgados, como os das hortaliças.
 
 (a) (b) (c) (d)
34
Entre os caules subterrâneos, destacam-se as adaptações 
para acúmulo de nutrientes, justificando seu grande volu-
me e formato globoso. Podem ser classificadosem rizoma, 
estolho, bulbo e tubérculo.
 § Rizoma é um caule cilíndrico que tem crescimen-
to horizontal e se desenvolve paralelamente ao solo, 
emitindo, ao longo de sua extensão, folhas para cima, 
que emergem do solo, e raízes adventícias para baixo. 
Exemplos: caule da bananeira, espada-de-são-jorge e 
algumas Gramineae.
 § Estolho ou estolão é o caule que cresce de forma seme-
lhante ao rizoma, mas seus entrenós são longos e finos.
 § Bulbo é um caule subterrâneo globoso, que possui 
uma base achatada e compacta, denominada prato, 
envolvida por folhas modificadas, denominadas ca-
táfilos, que armazenam nutrientes. Exemplos: cebola 
e alho.
 § Tubérculo é um caule subterrâneo que armazena 
principalmente amido. Exemplos: caule do inhame e da 
batata-inglesa.
Nas imagens a seguir, estão representados caules subter-
râneos do tipo tubérculos (a) e bulbo (b) e (c). Observe 
que, na cebola, a parte branca (c) é formada por folhas 
modificadas (catáfilos).
 (a) (b) (c)
2. ModifiCações Caulinares
Algumas plantas possuem ramos adaptados para suas diferentes funções. As modificações mais comuns são gavinhas, 
espinhos, cladódios e filocládios.
 § Gavinhas são ramos finos que se enrolam em espiral com a função de fixação. São encontradas em plantas como a 
videira e o maracujazeiro.
 § Espinhos são ramos curtos e pontiagudos com função protetora. São encontrados em algumas plantas como o juazeiro 
e a laranjeira.
 § Cladódios são os caules suculentos, achatados e clorofilados dos cactos que, assumindo a função de folha, realizam a 
fotossíntese.
 § Filocládios são ramos curtos e laminares com aspecto de folhas.
Os caules podem ser de diversos tipos, variando conforme suas características externas e internas.
Os caules volúveis são finos e maleáveis. Eles podem ser trepadores ou rastejantes (como o caule estolão dos morangueiros). 
Os trepadores ocorrem em plantas que se apoiam em outro vegetal para atingir certa altura em busca de luz. Os caules es-
35
candentes lenhosos são chamados popularmente de cipós, sendo que as plantas que os produzem são as lianas. As plantas 
com caules volúveis são as trepadeiras volúveis. As plantas que possuem estruturas de fixação, como as gavinhas, são 
denominadas trepadeiras sarmentosas. As plantas que se desenvolvem em ambientes abertos dotados de muita luz e 
rastejam na superfície do solo são denominadas plantas rastejantes.
 
 VolúVel trepador VolúVel rastejante
gavinha
caulinar
Estolão
Rizoma
raízes
adventicias
nós com
escamas
foliares
folha típica
cada “olho”
representa
um nó
Tubérculo
catá�los
caule
Bulbo
Modificações caulinares
36
3. ClassifiCação dos Caules quanto ao habitat
Classificação dos caules
Aéreos
Eretos
Tronco - caule das árvores, lenhoso, robusto
Haste - caule das ervas, verde, flexível e fino
Estipe - caule das palmeiras, cilíndri-
co sem meristemas secundárias
Colmo - caule das gramíneas, dividido em “gomos”
Rastejantes
Estolão - rastejante, que se alastra pelo solo
Sarmentoso - rastejante com um pon-
to de fixação ao solo
Trepadores Que se enrola em um suporte
Subterrâneos
Rizoma - cresce horizontalmente ao solo. Ex: bananeiras e samambaias
Tubérculo - ramo de caule que intumesce para ar-
mazenar reservas. Ex: batata
Bulbo - “sistema caulinar” modificado. Ex: cebola e alho
Xilopódio - caule subterrâneo típico de plantas do cerrado
Aquáticos Com parênquimas aeríferos que servem para respiração e flutuação
4. a estrutura priMária do Caule
Configuram a estrutura primária de um órgão a disposição e as características de seus tecidos quando o vegetal é jovem 
ou quando a planta não crescerá em espessura. É possível encontrar os vasos liberolenhosos que estão sempre agrupados 
formando feixes na disposição do floema externo ao xilema. Nas eudicotiledôneas, os feixes localizam-se alternadamente ao 
redor caule, circundando o centro, denominado medula parenquimática. 
disposição dos Vasos condutores eM caule de (a) eudicotiledônea e de (b) Monocotiledônea. 
obserVe os detalhes dos feixes liberolenhosos.
Observe os detalhes da disposição dos vasos liberolenhosos da imagem anterior. Nas monocotiledôneas, os feixes são difu-
sos no interior do parênquima caulinar, não ocorrendo distinção entre córtex e medula. 
37
5. a estrutura 
seCundária do Caule
Na figura a seguir, é possível observar as fases de cresci-
mento de uma planta eudicotiledônea. Nas regiões apicais 
e jovens, o vegetal ainda possui estrutura primária; por 
outro lado, nas regiões basais e mais antigas, há maior 
espessura, isto é, a estrutura secundária já se desenvolveu.
O crescimento secundário ocorre por ação dos tecidos 
meristemáticos secundários (câmbio e felogênio) e é ob-
servado em gimnospermas e em grande parte das angios-
permas. Durante o crescimento secundário, o câmbio vas-
cular produz células externas e internas às suas células. A 
produção de células externas ao feixe do câmbio formará 
o floema secundário, enquanto aquelas células formadas 
internamente ao câmbio formarão o xilema secundário. 
A Vida das Plantas - Documentário dublado
fonte: Youtube
multimídia: vídeo
O felogênio também tem sua atividade por meio da produ-
ção de células externas e internas. Para fora, ocorre a pro-
dução de súber, e, para dentro, o feloderma, constituído por 
uma camada delgada de células parenquimáticas. Essas 
três camadas – feloderma, felogênio e súber – formam a 
casca, também denominada periderme. Ao crescer e ama-
durecer, os vegetais perdem a epiderme existente na fase 
jovem, que dá lugar ao súber, novo tecido de revestimento. 
 
(a) Ápice caulinar joVeM eM estrutura priMÁria. (b) início do cresciMento 
secundÁrio eM espessura. 
(c) estrutura secundÁria coM cresciMento eM espessura coMpleto.
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
A água é absorvida pelas plantas através das raízes e é levada até outras partes. Para compreender o transporte da 
água durante esse percurso, é necessário o estudo das forças químicas existentes entre as moléculas, como coesão, 
adesão e capilaridade. Também é preciso entender a diferença da pressão osmótica entre a raiz e o meio.
38
6. revestiMento priMário e seCundário do Caule
6.1. Súber
Formado por muitas camadas de células mortas, o súber é um tecido de revestimento espesso com ocorrência em troncos e 
raízes de plantas arborescentes adultas. A intensa deposição de suberina nesse tecido leva à morte celular. As células perdem 
seu citoplasma e, portanto, apresentam-se ocas e cheias de ar, melhorando a função de isolante térmico, além de atuarem 
como proteção mecânica para o restante do vegetal. A seguir, detalhes do súber.
Súber ou cortiça: tecido morto
Lenticelas: 
Poros no caule
que permitem 
as trocas gasosas
Ritidoma:
pedaços de
casca que se
destacam
O crescimento em espessura de uma planta arbórea é 
constante em seu tronco. Por esse motivo, as células do 
súber racham e se destacam, podendo levar consigo cé-
lulas de outros tecidos. Assim, novas células do súber são 
previamente produzidas.
A troca de gases entre a planta e o meio ocorre atra-
vés dos revestimentos representados pela epiderme 
e pelo súber. O súber é um tecido espesso, que difi-
culta a troca de gases respiratórios, e a epiderme tem 
estômatos para essa função. No súber, são pequenas 
aberturas, denominadas lenticelas, que facilitam o 
ingresso e a saída de gases nas raízes e nos caules 
suberificados.
6.2. Epiderme
Em geral, a epiderme das plantas vasculares possui apenas 
uma camada de células de formatos irregulares, aclorofi-
ladas e vivas. Caules jovens e mais velhos são revestidos 
por epiderme.
7. estruturas de raiz e Caule
Assim como ocorre na raiz, o caule possui os três grupos de te-
cidos: o dérmico, o fundamental e o vascular. No caule também 
ocorre crescimento primário e secundário. A diferença entre es-
ses dois órgãos

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