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Biologia - Teórico_VOLUME6

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1
Caro aluno 
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos 
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto 
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de 
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A 
seguir, apresentamos cada seção:
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa 
seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório 
do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com 
indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en-
contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos 
temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até 
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos 
essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, 
em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais 
o conhecimento do nosso aluno.
multimídia
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu 
distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão 
de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas 
para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para 
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida 
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma 
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre 
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em 
seu dia a dia.
vivenciando
Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao 
fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o 
aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas 
na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm, 
a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de 
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são 
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva 
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia. 
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a 
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê-
-las com tranquilidade.
áreas de conhecimento do Enem
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los 
em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque-
les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio 
de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas.
Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo 
da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos 
principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza-
ção dos estudos e até a resolução dos exercícios.
diagrama de ideias
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela-
borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata 
de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não 
exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos 
conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem 
conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio-
logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre 
outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade 
por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas 
de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan-
do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que 
cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma 
grande engrenagem no mundo em que ele vive.
conexão entre disciplinas
Herlan Fellini
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol-
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos 
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo 
o território nacional.
incidência do tema nas principais provas
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção 
tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas 
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados 
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno 
que vai se dedicar à rotina intensa de estudos.
teoria
Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem 
parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados, 
deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta-
dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com-
preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos 
do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer 
momento, as explicações dadas em sala de aula.
aplicação do conteúdo
2
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista 
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica 
Hexag Sistema de Ensino
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
ISBN: 978-65-88825-07-5
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo 
o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos 
direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2020
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
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contato@hexag.com.br
3
SUMÁRIO
BIOLOGIA
MORFOFISIOLOGIA VEGETAL
SISTEMAS FISIOLÓGICOS E DSTs
BIOTECNOLOGIA E GENÉTICA
Aulas 45 e 46: Morfofisiologia vegetal V 6
Aulas 47 e 48: Hormônios vegetais 15
Aulas 49 e 50: Movimentos vegetais  24
Aulas 51 e 52: Fotoperiodismo  29
Aulas 45 e 46: Drogas e sistema nervoso central 36
Aulas 47 e 48: Sistema endócrino I 43
Aulas 49 e 50: Sistema endócrino II e métodos contraceptivos 52
Aulas 51 e 52: Doenças sexualmente transmissíveis 61
Aulas 45 e 46: Herança quantitativa 68
Aulas 47 e 48: Mutações 72
Aulas 49 e 50: Genética de populações 78
Aulas 51 e 52: Biotecnologia e engenharia genética 81
4
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos 
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondentedesenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável 
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do 
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando 
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações 
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi-
cos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando 
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
H14
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, 
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
H17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto 
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica 
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
H22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas 
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
H23
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou 
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi-
co-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
H25
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou 
produção.
H26
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações 
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico 
tecnológicas.
H28
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em 
ambientes brasileiros.
H29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas 
ou produtos industriais.
H30
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do 
ambiente.
5
MORFOFISIOLOGIA VEGETAL: Incidência do tema nas 
principais provas
UFMG
O assunto dominante na área de botânica é 
fisiologia vegetal, com grande destaque para o 
transporte de seiva, assunto que aparece com 
frequência.
Botânica é um assunto que cai frequente-
mente, com exercícios abordando abertura 
e fechamento de estômatos e dinâmica de 
seiva bruta e elaborada.
Em morfologia vegetal, as questões costumam 
envolver os principais tecidos que compõem o corpo 
das plantas, bem como a dinâmica de transporte 
de seiva.
Vestibular bastante recente, o que dificulta 
analisar a incidência temática a longo prazo. 
Na área da botânica, há destaque para o ciclo 
de vida das plantas e a ação de hormônios 
vegetais.
Pela recente aquisição de um novo formato de 
prova, encontra-se em situação semelhante ao 
Albert Einstein. As últimas provas focaram em 
ciclos de vida e diversidade dos vegetais.
Nessa prova, há maior incidência de 
questões envolvendo os diversos ciclos de 
vida e a diversidade vegetal, em especial 
das angiospermas.
Os principais assuntos são fotossíntese, sua 
relação com a respiração vegetal e transporte 
nos vasos condutores (xilema e floema).
No Enem, o foco em botânica é o conjunto de 
adaptações dos órgãos vegetais em relação aos 
ambientes em que vivem.
As questões de botânica, do ponto de vista 
da morfofisiologia, envolvem principalmen-
te as adaptações dos diferentes tecidos e 
órgãos relacionadas ao ambiente em que 
as plantas vivem.
A morfofisiologia vegetal não é um assunto 
muito presente; as questões envolvem, 
principalmente, a anatomia das estruturas 
vegetativas, bem como a ação dos estômatos.
O candidato deve se preparar para encontrar 
questões com alto nível de especificidade em 
botânica, especialmente quanto à fisiologia 
vegetal e aos processos fotossintetizantes.
São recorrentes questões envolvendo os ciclos 
de vida e a diversidade vegetal, ou seja, é 
importante atentar-se às diferentes caracterís-
ticas de cada grupo.
Trata-se de uma prova bastante abrangente, 
mas destaque-se a importância de saber ler e 
interpretar figuras relacionadas a plantas, bem 
como a compreensão da fisiologia e anatomia 
vegetais.
Possui questões mais direcionadas à diver-
sidade e anatomia vegetal, sendo assim, é 
importante que atentar-se às aulas sobre 
os diversos tecidos. Há também cobrança 
de assuntos pouco comuns, como fotope-
riodismo.Os temas mais comuns são o desenvolvimento 
das sementes e o transporte de seiva.
6
 Morfofisiologia vegetal v
CompetênCias: 4 e 8 Habilidades: 15, 16 e 29
AULAS 
45 e 46
Considerando que a água é absorvida na raiz e deve che-
gar ao órgão sede da fotossíntese, a folha, o transporte 
desse solvente tem que ser eficiente e ocorre através de 
um conjunto de canais existentes desde a raiz até as folhas. 
Esses canais são formados por células alongadas e sobre-
postas de maneira a formar vasos – os vasos condutores, 
denominados xilema e floema. O movimento da água (so-
lo-planta-atmosfera) no sistema de vasos está esquemati-
zado na figura a seguir:
Sentido do movimento da Seiva bruta e elaborada.
É possível observar os vasos existentes nos vegetais até mes-
mo nas folhas. Existem nervuras neste órgão, que correspon-
dem aos vasos condutores. As substâncias orgânicas produ-
zidas na maquinaria fotossintética existente nas folhas serão 
distribuídas para todo o vegetal, percorrendo caule e raízes. A 
seiva produzida nas folhas denomina-se seiva orgâ-
nica ou seiva elaborada transportada pelo floema. 
O movimento de água nos vegetais tem início na transpi-
ração, quando a planta perde umidade para o ambiente. 
A consequência é a movimentação da água existente no 
vegetal em direção ao ápice, tornando a região das raízes 
mais seca (hipertônica) em relação ao solo, estimulando 
a absorção de água pelo fato de o solo ao redor estar 
mais úmido. Ou seja, há grande potencial hídrico no solo 
adjacente devido à diferença de concentração de solutos 
existente entre a raiz e o solo ao seu redor. Esse movi-
mento de água do solo para a raiz continua até que o 
equilíbrio de potencial hídrico seja atingido. Denomina-
-se seiva bruta a água com sais que é absorvi-
da pelas raízes e através do xilema é distribuída 
pelo vegetal.
Para que seja possível a retirada de água do solo, o poten-
cial hídrico do vegetal deve ser menor que o do solo. Al-
guns mecanismos relacionados ao potencial hídrico estão 
presentes em determinadas plantas: algumas são capazes, 
por exemplo, de diminuir o seu potencial hídrico a níveis 
menores que o do solo, por transporte ativo, fazendo com 
que a água adentre na planta.
1. Absorção de águA
O sistema radicular é composto por muitos tecidos espe-
cializados em absorver água, processo que ocorre princi-
palmente na zona dos pelos absorventes. A pressão neces-
sária para que a água entre na raiz é chamada pressão 
osmótica (P.O.), e havendo pressão suficiente, a água 
entra no corpo da planta por osmose. A entrada de água 
continua até que as células se tornem túrgidas (vacúolo 
saturado de água); quando este ponto é atingido, a parede 
celular começa a exercer pressão no sentido contrário, for-
ça denominada pressão de turgor (P.T.). 
Dessa forma, a entrada de água é proporcional à diferença 
existente entre os valores de P.O. e P.T. A essa diferença, 
dá-se o nome de deficit de pressão de difusão (D.P.D.), e a 
entrada de água na célula vegetal depende da D.P.D. Essa 
relação pode ser expressa pela seguinte equação:
D.P.D. = P.O. – P.T.
Observe que a absorção de água é um processo passivo, 
pois ocorre por osmose. Porém, a obtenção de nutrientes 
pode envolver gasto de energia.
2. Absorção dos minerAis
A absorção dos elementos essenciais depende de uma série 
de fatores. No geral, ocorre com a solução presente no solo 
e se encontram na forma iônica. A passagem dos íons para o 
interior do vegetal depende do fluxo de água em seu corpo, 
densidade da raiz, bem como outros mecanismos fisiológicos 
7
e características morfológicas determinadas pela genética 
da espécie. A absorção de minerais pode ocorrer com gasto 
de energia, contra o gradiente de concentração, pois alguns 
desses elementos podem estar em maior quantidade no in-
terior das raízes do que no meio externo.
2.1. Elementos essenciais e nutrientes
Profissionais da área devem ter conhecimento sobre as 
condições necessárias para o crescimento e desenvolvi-
mento saudável das plantas, seja para interesse econômico 
e/ou bem estar do vegetal. Com as pesquisas atuais, sa-
be-se dos elementos minerais que são essenciais para as 
plantas. Dessa forma, existem algumas regras:
1. Na ausência de determinado elemento, a planta não 
completa o seu desenvolvimento;
2. O elemento em questão deve compor alguma molécula es-
sencial, como o magnésio existente na molécula de clorofila.
Os chamados elementos essenciais são divididos em ma-
cronutrientes e micronutrientes, de acordo com a quantida-
de necessária para a planta.
 § Macronutrientes – elementos necessários em gran-
des quantidades para a planta: N, P, K, Ca, Mg e S;
 § Micronutrientes – elementos necessários em menor 
quantidade nas plantas: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn. 
Além disso, os elementos C, O, H são considerados ma-
cronutrientes, porém, a planta deve retirar do ar (CO2) e 
da água. Estes elementos são necessários em quantidades 
superiores do que os demais, porque compõem a maior 
parte da biomassa vegetal.
A seguir, tem-se a tabela com a dinâmica de cada nutriente fundamental para a planta.
Elemento Funcionalidade Sintomas deficiência
Boro
Integridade da parede celular e membrana 
plasmática, produção de ácidos nucleicos e 
utilização do Ca2+.
Deformação nas paredes celulares das células que 
compõem o ápice das raízes, retardo do cresci-
mento e necrose nas folhas mais jovens.
Cálcio
Compõe a lamela média (divisão celular), funcio-
nalidade da membrana plasmática, mensageiro 
secundário que sinaliza mudanças externas. Pa-
pel em diversos processos metabólicos.
Necrose no meristema, sistema radicular prejudi-
cado: acastanhado, ramificado e curto.
Cloro Essencial em trocas iônicas e osmose. Fotólise (quebra) da água do PSII.
Murchamento das folhas e prejudicial cresci-
mento das raízes.
Cobre
Compõe a estrutura de algumas enzimas 
de oxirredução.
Folhas verdes escuras contendo manchas necróticas. 
Enxofre
Componente de coenzimas (vitaminas) 
e aminoácidos.
Em geral clorose em folhas jovens e maduras.
Ferro Biossíntese de citocromos e clorofila. Clorose em folhas jovens.
Fósforo
Elemento estrutural dos ácidos nucleicos (DNA e 
RNA) e das membranas celulares (fotolipídeos). 
Participa de reações na respiração e fotossíntese.
Crescimento reduzido nas plantas jovens, col-
oração escuras nas folhas. Folhas com manchas 
de tecido morto (necrose).
Magnésio Síntese de DNA e RNA, estrutura da clorofila. Clorose nas nervuras e necrose nas folhas.
Mangânes
Reação de fotossíntese. Ativação de enzimas 
descarboxilares e desidro- genases.
Clorose internervuras. Em leguminosas causa nas 
sementes manchas e rupturas.
Molibdênio
Componente da nitrato redutase e nitrogenase, 
enzimas envolvidas na absorção do Nitrogênio.
Clorose generalizada entre as nervuras e necrose 
nas folhas mais velhas.
Níquel Componente da uréase.
Acúmulo de ureia nas folhas, apresentando ne-
crose na ápice foliar.
Nitrogênio
Constituinte de aminoácidos, ácidos nucleicos, 
clorofilas.
Clorose generalizada nas folhas mais velhas, se-
nescência das folhas jovens.
Zinco Componente de enzima.
Redução da área foliar e alteração do metabolis-
mo dos carboidratos.
8
A deficiência de determinado mineral compromete o 
crescimento, metabolismo e desenvolvimento do vege-
tal. Assim como as deficiências nutricionais humanas são 
diagnosticadas por um conjunto de sintomas, os vegetais 
também podem ter suas carências nutricionais detectadas 
pelos sintomas.
2.1.1. Fatores que afetam a absorção
A absorção salina é dependente de fatores internos, rela-
cionados à planta ou ao tecido em questão, e outros exter-
nos. Os mais relevantes são:
1. aeração: o oxigênio atmosférico é essencial para a res-
piração das raízes, por isso é necessário que essa estrutura 
esteja em solo com condições que facilitem a penetração, 
o deslocamento e o armazenamento do ar.
2. temperatura: a faixa de temperatura entre 0 e 
30ºC aumenta a disponibilidade de íons e também a 
atividademetabólica.
3. relAções ecológicAs 
e Absorção vegetAl
Nos tecidos das raízes das plantas há grande disponibili-
dade de nutrientes e um ambiente propício para a instala-
ção e sobrevivência de alguns seres vivos. Um exemplo de 
relação ecológica muito famosa é a micorriza. Os fungos 
se associam às raízes de plantas protegendo-as contra ou-
tros fungos patogênicos e aumentando a área de alcance 
no solo dessas raízes, propiciando maior absorção pelo 
vegetal. Por outro lado, os vegetais oferecem substâncias 
orgânicas essenciais para a sobrevivência do fungo. Essa 
associação é de grande ocorrência. Porém, em ambien-
tes com alta disponibilidade de minerais, essa associação 
não ocorre. Outra associação mutualística muito comum 
acontece com as espécies de leguminosas e bactérias dos 
gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium. As bactérias de tais 
gêneros formam nódulos nas raízes de plantas legumino-
sas e são capazes de fixar nitrogênio atmosférico no solo, 
convertendo-o a amônia. molécula que pode ser aproveita-
da pelas plantas. Dessa forma, as leguminosas conseguem 
viver em solos pobres em nitrogênio, em que outras plantas 
não conseguiriam.
3.1. Plantas carnívoras
Muito famosas, as plantas carnívoras despertam interesse 
dos curiosos. Esse grupo de plantas utiliza proteínas prove-
nientes de animais capturados para complementar sua nutri-
ção em relação à necessidade do nitrogênio, pois geralmen-
te, vivem em solo carente desse elemento. São conhecidas 
popularmente como “plantas carnívoras”, já que capturam 
insetos através de suas estruturas especializadas nesse tipo 
de captura. O mecanismo é diferente entre as espécies, mas 
todas são adaptadas a capturar pequenos insetos e à ab-
sorção dos compostos nitrogenados. Na imagem a seguir, 
tem-se a Drosera sp, que possui secreção pegajosa com a 
finalidade de aprisionar e grudar pequenos insetos para se-
rem digeridos vagarosamente por enzimas lisossômicas.
4. condução vegetAl
O surgimento de tecidos especializados em transportar sei-
va é a novidade evolutiva e principal característica das tra-
queófitas. Possuem vasos condutores que possibilitam um 
transporte rápido e eficiente para toda a planta, nutrindo-a 
planta por completo, diferenciando-se do transporte célula 
a célula que é lento. As células dos vasos condutores de 
seiva possuem formato alongado e cilíndrico, importante 
para a função que exerce. Além disso, estão dispostas de 
modo a formar túbulos contínuos, responsáveis por ligar 
regiões da planta.
eSquema repreSentando a eStrutura interna de um tipo de caule
9
4.1. Xilema
É o tecido formado por células mortas de grande importân-
cia: condução de água e sais minerais absorvidos do solo. 
Suas células são mortas devido ao depósito de lignina, o 
que as torna rígidas; além disso, suas células são ocas. De-
vido à essas características, as células do xilema também 
auxiliam na sustentação da planta. Os componentes celu-
lares condutores desse tecido são de dois tipos:
 § traqueídes – células delgadas, curtas e com pequeno 
diâmetro. Sua principal característica é a presença de 
pontoações - pequenos orifícios que permitem a comuni-
cação intercelular, isto é, a passagem de seiva bruta (inor-
gânica). Dessa forma, a seiva pode fluir tanto no sentido 
longitudinal quanto lateral, já que essas células estão 
dispostas em feixes, com as extremidades ligadas entre si.
 § elementos de vaso – menores e mais largos que as 
células anteriores, também dotados de pontoações. Essas 
células se unem formando um tubo similar a uma traqueia.
4.1.1. A condução da seiva inorgânica 
epiderme 
có
rte
x xilema
floema
endoderme
estria de Caspary
pericicloA
B
o movimento de água atravéS da raiz é reSultante de um mecaniSmo oSmótico. 
a água pode Seguir via SimplaSto (trajeto a) ou via apoplaSto (trajeto b). 
A penetração da água se inicia através dos pelos radi-
culares, que são evaginações da epiderme das células 
da raiz. Essas estruturas aumentam a área de superfície 
de contato com o solo, permitindo maior absorção de 
água e sais minerais. Após absorvida, a água atravessa 
a raiz, radialmente, até o xilema. Existem dois caminhos 
possíveis para esse “percurso”: o primeiro é o apoplas-
to, que é o transporte no qual a água se move entre as 
células e suas membranas e o segundo é o transporte via 
simplasto, o qual acontece através dos plasmodesmos 
das células adjacentes, assim, a água penetra na célula 
e passa pelo citoplasma.
A passagem pela endoderme sempre ocorre via simplasto, 
pois essas células possuem estrias de suberina, denomi-
nadas estrias de Caspary, que formam uma espécie de 
“cinturão” impedindo a passagem via apoplasto. 
A penetração da água na raiz só ocorre graças ao gradien-
te formado pelo fluxo de água, o qual é decrescente do 
solo ao xilema. Tal gradiente cresce com a pressão negativa 
formada devido à transpiração dos estômatos na folha. A 
água é transportada para as folhas por pressão formada na 
raiz, pressão essa impulsionada pela folha (transpiração), 
formando uma coluna d’água na planta.
De maneira geral, os mecanismos que auxiliam no trans-
porte de seiva inorgânica estão descritos a seguir:
 § Pressão de raiz – a osmose tem início graças ao 
transporte ativo para a captação de sais pela raiz, 
tornando a concentração interna superior (hiper-
tônica em relação ao meio). Assim, é possível que 
o fluxo de água ocorra através de osmose para o 
interior das células epidérmicas radiculares. Tal fluxo 
ocorre até o interior do xilema, atravessando as cé-
lulas do córtex e a endoderme.
Transporte pelo Xilema
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
10
 § Transpiração – coesão – tensão – são eventos que 
explicam uma teoria do movimento de água através da 
planta. É necessária a transpiração através das folhas 
que promove tensão nos vasos do xilema com conse-
quente formação de uma coluna líquida. Existe coesão 
entre as moléculas de água, o que permite mantê-las 
unidas, bem como a atração das moléculas de água e 
a parede do vaso xilemático. As propriedades celulares 
do xilema, ou seja, dos elementos de vaso, traqueídes 
e lignificação, impedem o colapso dos vasos. Quanto 
maior o nível de transpiração, em decorrência dos es-
tômatos abertos, maior será a tensão provocada no 
xilema e o estímulo à absorção radicular de água. Essa 
sequência de eventos permite a formação e permanên-
cia da coluna ascendente de água. Essas formulações 
compõem a teoria de Dixon, também conhecida como 
teoria da coesão-tensão.
 § Capilaridade – é outra propriedade existente de-
vido à coesão existente entre as moléculas de água 
e a adesão da água aos vasos lenhosos. Porém, 
essa característica seria, por si só, insuficiente para 
promover o movimento de água numa planta de 
grande porte.
4.1.2. Gutação 
Há situações em que a planta, embora saturada de água, 
continue a absorvê-la. A eliminação do excesso é feita 
sob a forma de gotas e ocorre através dos hidatódios, 
estruturas localizadas nos bordos das folhas, onde ter-
minam as nervuras. Isso ocorre, por exemplo, quando a 
umidade do ar está alta impedindo que ocorra a evapo-
transpiração (eliminação da água na forma de vapor). 
Juntamente com sais minerais e compostos orgânicos, a 
expulsão da água é decorrente da pressão de raiz. À me-
dida que a água evapora, ao longo da manhã, a folha fica 
coberta com cristais das diversas substâncias que com ela 
foram liberados. Gutação é diferente de orvalho – água 
atmosférica na superfície das folhas.
 
 
gutação em FolhaS
4.1.3. Anéis anuais de crescimento
Em plantas de regiões temperadas e/ou estações bem de-
finidas, é possível calcular a idade de uma árvore através 
da contagem dos anéis anuais de crescimento. São 
os círculos claros e escuros ilustrados. 
Os anéis mais escuros são formados nas estações mais 
frias, sua coloração é justificada pelo metabolismo mais 
lento do vegetal nesse período, dessa forma, as células 
se expandem menos e as paredes celulares ficam menos 
espassadas e mais evidenciadasneste ângulo. Os anéis 
mais claros são desenvolvidos nas estações mais quen-
tes e ocorre o contrário das estações frias; as células se 
desenvolvem mais graças às condições propícias para 
a planta. 
Os vasos lenhosos ativos constituem o alburno, ao passo 
que os inativos constituem o cerne.
[ Experimento ] Transporte de substâncias 
nos vegetais
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo
11
4.2. Floema
O floema é o outro vaso existente nas traqueófitas, porém, este é responsável pela condução de seiva orgânica (elaborada), 
constituída por elementos produzidos na fotossíntese. Diferente do xilema, as células que compõem o floema são vivas e 
anucleadas. As células mantêm contato através de placas crivadas, existentes nas paredes celulares terminais. Plasmodesmos 
(expansões citoplasmáticoas) atravessam os crivos. Graças a essas estruturas e organização, a seiva orgânica flui através 
das células. Os tubos crivados são acompanhados por células companheiras nucleadas e indispensáveis ao funcionamento 
metabólico das células do tubo crivado.
Placa crivada
Calose Poros
Célula anexa
TUBO CRIVADO
Elementos do
tubo crivado Áreas 
crivadas
Áreas 
crivadas
corte longitudinal e tranSverSal do Floema moStrando tuboS crivadoS (FormadoS por célulaS chamadaS de 
elementoS de tuboS crivadoS) e célulaS companheiraS.
4.2.1. Condução de seiva orgânica
A partir dos vasos liberianos, a seiva orgânica e seus componentes sintetizados nos órgãos produtores (normalmente, as folhas) ou 
armazenadores (para reserva) são transportadas até órgãos consumidores, como o caule em crescimento, frutos, sementes e a raiz.
A hipótese do fluxo por pressão
Hipótese proposta pelo botânico Münch, também é conhecida por hipótese do fluxo em massa, que diz que o transporte da 
seiva elaborada é consequência de um “arrastamento” por fluxo de água.
As células que formam o parênquima foliar são fotossintetizantes e produzem substâncias orgânicas que são bombeadas 
ativamente para os vasos liberianos. O interior de tais estruturas (células do floema) torna-se hipertônico em comparação 
às células vizinhas, e como consequência, passam a absorver água proveniente do xilema. Dessa forma, é estabelecido um 
fluxo de água, que por arraste transporta moléculas orgânicas para os demais tecidos da planta. Devido à absorção de tais 
substâncias pelos tecidos consumidores, a pressão osmótica existente no floema diminui. Por isso, esses vasos perdem água, 
produzindo fluxo entre as regiões envolvidas. Veja, no esquema a seguir, as etapas presentes no mecanismo.
Nesse modelo, a solução concentrada representa a folha, sede de produção de
moléculas orgânicas e a solução difusa representa a raiz, um local com células
consumidoras, sede de armazenamento de moléculas orgânicas. O reservatório
de água representa o xilena e o duto de ligação representa o floema.
água
água
tra
ns
pi
ra
çã
o
pr
es
sã
o
água
Soluçaõ
Concentração
Soluçaõ
Diluida
águav
as
o d
e x
ile
m
a
va
so
 de
 fl
oe
m
a
água
glicose
glicose
12
1. O açúcar entra nas células do vaso liberiano e provoca aumento de concentração do soluto – hipertonia. 
A água é absorvida especialmente pelo vaso xilemático através de osmose; 
2. A entrada de água gera pressão que impulsiona a seiva elaborada pelo vaso de floema; 
3. Quando a solução chega à raiz, o açúcar penetra nas células radiculares e a água retorna ao xilema; 
4. Por fim, o xilema, novamente, transporta a água em direção aos centros produtores de seiva orgânica.
Anel de Malpighi
Um teste que visa demonstrar a posição do cilindro que forma o floema lo-
calizado na região mais externa do tronco da árvore consiste em retirar uma 
camada em forma de anel ao longo da casca no tronco. Após certo período, as 
raízes morrem pela falta de chegada de substâncias orgânicas na região. Esse 
experimento foi idealizado pelo italiano Marcello Malpighi.
Observe o espessamento do tronco na região acima do anel. Este fato está rela-
cionado ao aumento da atividade meristemática na região, devido ao acúmulo 
de composto orgânico.
Xilema
intacto
Floema
Anel de Malpighi
Para compreender como ocorre o transporte de seiva bruta nos vegetais, são necessários conhecimentos sobre con-
ceitos químicos, como força de coesão e adesão, o que resulta na capilaridade observada no vaso condutor xilema. 
A força de coesão é a formação de atração entre os átomos de moléculas de mesma espécie (por exemplo, atração 
entre uma molécula de água e outra molécula de água). Já a força de adesão é a força de atração entre átomos de 
moléculas de naturezas distintas. A capilaridade, que é a propriedade que explica o transporte de água nos vegetais, 
dá-se através da somatória das forças de adesão e coesão.
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
13
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a 
produção de alimentos, matérias-primas ou produtos industriais.29
Habilidade
Os alunos devem analisar situações-problema e aplicar os conhecimentos adquiridos em sala para prever os 
impactos que serão gerados, como também desenvolver hipóteses de soluções que podem ser aplicadas. Desse 
modo, o estudo da fisiologia vegetal tem sua importância devido à aplicação desses conhecimentos no desen-
volvimento da agricultura.
Modelo 
(Enem) A lavoura arrozeira na planície costeira da região Sul do Brasil comumente sofre perdas elevadas devido à sali-
nização da água de irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de produção da lavoura. Solos com pro-
cesso de salinização avançado não são indicados, por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do 
solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores às forças com que a água é retida no solo.
WinKel, h.l.; tSchiedel, m. cultura do arroz: Salinização de SoloS em cultivoS de arroz. 
diSponível em: <http//agropage.tripod.com/Saliniza.hml>. aceSSo em: 25 jun. 2010 (adaptado).
A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a absorção de água pelas plantas, o que provoca 
o fenômeno conhecido por seca fisiológica, caracterizado pelo(a): 
a) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma concentração de sais maior que a das células das raízes das 
plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida.
b) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito baixo de água, e as plantas não têm força de sucção para 
absorver a água.
c) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas não têm força de sucção, fazendo com que a água 
não seja absorvida.
d) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas têm muita sudação, não tendo força de sucção para 
superá-la.
e) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas ficam túrgidas e não têm força de sudação para 
superá-la.
Análise expositiva - Habilidade 29: A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a 
absorção de água pelas plantas (devido ao processo de osmose), o que provoca a seca fisiológica. Este 
fenômeno é caracterizado pelo aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma concentração de 
sais maior que a das células das raízes das plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida.
Alternativa A
A
14
 DIAGRAMA DE IDEIAS
TRANSPORTE
DE SEIVAS
SEIVA BRUTA
CONDUÇÃO
CONDUÇÃO
ABSORÇÃO
PRODUÇÃO
SEIVA ELABORADA
 XILEMA:
- CÉLULAS MORTAS
- TRAQUEÍDES E ELEMENTOS DO VASO
 ÁGUA:
- OSMOSE
- VIAS: SIMPLASTO E APLOPLASTO
 FLOEMA:
- CÉLULAS VIVAS
- TUBOS CRIVADOS E CÉLULAS COMPANHEIRAS
 MECANISMOS:
- PRESSÃO DE RAIZ
- TRANSPIRAÇÃO – COESÃO – TENSÃO
- CAPILARIDADE
 SAIS MINERAIS:
- MACRONUTRIENTES (N, P, K, Ca, Mg, S)
- MICRONUTRIENTES (B, C, Cu, Fe)
 MECANISMOS:
- FLUXO DE MASSA
- DO ÓRGÃO PRODUTOR (FOLHAS) PARA 
OS CONSUMIDORES (CAULE, FRUTOS, RAIZ)
 FOTOSSÍNTESE:
- PARÊNQUIMA CLOROFILIANO (FOLHA)
- BOMBEAMENTO ATIVO PARA O FLOEMA
15
 Hormônios vegetais
CompetênCias: 4e 8 Habilidades: 13, 14, 15 e 29
AULAS 
47 e 48
1. Introdução
As plantas, possuem seu desenvolvimento mediado por 
fitormônios, ou seja, por hormônios vegetais de natureza 
química variável. Em quantidades adequadas e somadas à 
influência do ambiente, essas substâncias modulam o me-
tabolismo da planta. As classes de hormônios que merecem 
destaque são as auxinas, as citocininas, as giberelinas, o 
abscísico e o etileno.
Esquema de ápice de gema caulinar e raiz, com 
zona meristemática
Meristema
apical
Meristema
fundamental
Meristema
apical
Meristema
fundamental
Meristema
apical
Meristema
fundamental
Meristema
apical
Meristema
fundamental
O mesmo hormônio pode desencadear respostas diferen-
tes de acordo com o tecido de ação e com as diferentes 
fases do desenvolvimento da planta. Alguns hormônios 
atuam juntos para um mesmo fim, como os hormônios do 
crescimento e do alongamento celular.
2. CresCImento e 
desenvolvImento vegetal
É preciso ressaltar que existe diferença entre os termos 
crescimento e desenvolvimento, embora com frequência 
eles sejam tratados como sinônimos. Crescimento é o re-
sultado do alongamento e da divisão celular, levando a 
um aumento no tamanho da planta ou da estrutura em 
questão. Desenvolvimento, por sua vez, é a formação e a 
diferenciação de tecidos e órgãos especializados. 
Assim como nos animais, os hormônios possuem diferen-
tes respostas de acordo com sua concentração e são pro-
duzidos em um ou mais locais determinados. No entanto, 
sua ação em órgãos-alvo pode ser a longas distâncias, pois 
essas sustâncias viajam pela corrente sanguínea. As ações 
são diversas e podem inibir ou estimular, além de alterar a 
velocidade de reações químicas do metabolismo. 
As auxinas formaram o primeiro grupo de hormônios vegetais 
que foi isolado e identificado. Desde os estudos que Charles 
Darwin, já haviam hipóteses acerca da existência de alguma 
substância influente em plântulas de grama que se curvavam 
em função da luz. Contudo, somente em meados do século 
XX a natureza química das auxinas foi descoberta. Esse fitor-
mônio compõe uma ampla família de compostos químicos, 
cuja molécula mais comum é o ácido 3-indol-acético (AIA). 
3. auxInas
As auxinas são os fitormônios mais conhecidos e os mais 
cobrados nos vestibulares.
Coleóptilo de gramíneas
16
3.1. Experimentos 
As auxinas foram descobertas pelo biólogo holandês Frits 
Went (1863-1935). Durante o seu experimento científico, 
Went utilizou plantas jovens de aveia. Os coleóptilos (fo-
lhas embrionárias) foram seccionados e os ápices (local de 
produção de AIA) dos vegetais foram removidos e coloca-
dos sobre blocos de ágar (gelatina proveniente de algas). 
Depois de algum tempo, esses blocos de ágar foram colo-
cados nas laterais do ápice de um coleóptilo seccionado. O 
resultado revelou que o AIA é responsável pelo crescimento 
da planta, pois o lado do coleóptilo que entrou em contato 
com o bloco de ágar contendo auxina cresceu, curvando-se. 
Went pôde concluir que o resultado obtido ocorreu devido 
a uma substância estimuladora de crescimento, que depois 
foi denominada auxina.
Observe a seguir o esquema do experimento de Went, que 
contém um grupo de controle, cuja função é servir de parâ-
metro para comparação com os demais resultados obtidos. 
As plantas “controle” não entraram em contato com blo-
cos de ágar proveniente dos ápices de coleóptilos, o que 
resultou na não curvatura desse grupo de plantas .
(a) bloCo de ágar que esteve em Contato Com ponta de Coleóptilo é 
ColoCado sobre um dos lados do 
Coleóptilo seCCionado. (b) grupo de Controle
Em 1881, um experimento de Charles Darwin e seu filho 
Francis Darwin demonstrou que a região privada de luz de 
uma plântula crescia mais rapidamente do regiões que 
receberam luz. Dessa forma, foi estabelecido que o papel 
dessa substância é associado à regulação do crescimento. 
controle sem a
ponta
ponta
com capa
opaca
ponta
com capa
transparente
base
com capa
opaca
 O ácido indolacético (AIA) é o representante mais estudado 
das auxinas. Sua síntese ocorre em tecidos jovens e de in-
tenso crescimento, como em embriões, no tubo polínico, no 
interior de sementes, nas células da parede do ovário e de 
gemas do caule e da raiz. O transporte dele é polar, ou seja, 
parte das regiões de síntese (ápice) em direção aos locais 
onde exercerá seus efeitos.
O AIA tem capacidade de estimular ou inibir o crescimento de 
acordo com sua concentração e local de ação. Observe o gráfico: 
gráfiCo da sensibilidade de diferentes estruturas de 
uma planta a diferentes ConCentrações de aia
A partir do gráfico, é possível concluir que: 
 § diferentes tecidos ou órgãos respondem de maneira 
diferente à mesma concentração do mesmo hormônio; 
 § o valor ótimo de concentração para o crescimento da raiz 
é menor do que a dose ótima para o crescimento do caule; 
 § o valor ótimo de concentração para estimular o cresci-
mento do caule pode inibir o crescimento das gemas 
laterais e da raiz (mais sensível ao AIA).
3.2. Efeitos das auxinas
3.2.1. Dominância apical
A dominância apical ocorre quando a produção na gema 
apical do caule inibe a produção de auxina pelas gemas 
laterais, impedindo o crescimento lateral do vegetal. Esse 
fenômeno acontece porque os brotos localizados na ponta 
superior do caule e dos ramos sintetizam auxinas que, ao 
se transportarem para as regiões mais inferiores, inibem o 
desenvolvimento de gemas laterais. A poda das regiões mais 
apicais é uma técnica que visa aumentar o desenvolvimento 
lateral das plantas, para, por exemplo, explorar o potencial de 
sombreamento das árvores (quebra da dominância apical).
Gema apical
Gema
lateral
Lanolina pura
Ramo
lateral
Lanolina +
auxina
I II III
gema apiCal produz auxina para inibir as gemas 
laterais; eliminando a gema apiCal, o CresCimento será 
promovidos pelas gemas laterais. “poda”.
17
3.2.2. Curvatura em relação à luz
O auxina é um hormônio que se desloca para os locais com 
ausência de luz. Assim, coleóptilos expostos à iluminação 
unilateral curvam-se em direção à luz – lembre-se de que 
esse hormônio é responsável pelo crescimento da planta, 
portanto a curva do coleóptilo será formada do lado ilumi-
nado devido à ausência ou baixa concentração do hormô-
nio na região. O crescimento da curvatura dos coleóptilos 
será proporcional ao período de iluminação, pois maior 
quantidade de auxina alcança o lado oposto. No caso de 
o coleóptilo receber iluminação uniforme, seu crescimento 
será em linha reta. A mesma situação será encontrada caso 
a estrutura cresça no escuro. 
Auxinas também atuam no processo de divisão e 
elongação celular de raízes, caules e folhas.
Um procedimento simples para auxiliar no amadurecimento consiste em colocar frutas maduras junto com frutas 
não maduras. Isso ocorre porque plantas maduras liberam hormônios, como o gás etileno, que têm a função de 
estimular o desenvolvimento dos frutos. 
VIVENCIANDO
3.3. Enraizamento de estacas 
Para a comercialização de plantas, é interessante que 
as características desejadas passem de geração em 
geração. Para isso, no cultivo, é realizada a reprodu-
ção assexuada, pois nesse tipo de reprodução devem 
se formar clones geneticamente idênticos em relação 
ao organismo progenitor. Uma maneira simples de se 
fazer reprodução assexuada é por meio de estaque-
amento, processo que consiste em fazer um corte no 
sentido transversal em pequenos caules (estacas) na 
região dos entre-nós. Então, esses segmentos devem 
ser colocados no solo e, a partir do desenvolvimento do 
tecido meristemático, ocorre enraizamento e produção 
de novos ramos, originando uma nova muda da planta. 
Ao se aplicar pequenas doses de AIA nessas estacas, o 
enraizamento ocorre rápida e vigorosamente, amplian-
do a chance de sobrevivência da estaca em relação aos 
segmentos que não foram tratados com o hormônio. 
Observe a imagem a seguir.
500 mg L-1 1000 mg L-1 2000 mg L-1 4000 mg L-1
3.4. Efeito herbicida
O ácido 2,4 diclorofenoxiacético(2,4 D) é uma auxina 
sintética muito utilizada na agricultura. As plantas dicoti-
ledôneas são mais sensíveis a esse composto sintético do 
que as monocotiledôneas, pois a superfície da folha das 
primeiras é geralmente maior. Nas situações em que esse 
composto é colocado em grande quantidade num campo 
de cultivo de plantas monocotiledôneas (como o arroz e o 
milho), ele não causa danos ao desenvolvimento dessas 
culturas. Entretanto, ele inibe o pleno desenvolvimento de 
dicotiledôneas, como as ervas daninhas, que causam pre-
juízos nas lavouras dessas plantações de grande interesse 
econômico para a indústria alimentícia e comercial. 2,4 - D
Aplicação de ácido 2,4 diclorofenoxiacético
2,4 - D
Aplicação de ácido 2,4 diclorofenoxiacético
18
3.5. Auxinas e partenocarpia
Quando um gameta feminino se desenvolve sem que 
ocorra a fecundação, ocorre a partenocarpia. A parte-
nocarpia é observada em plantas, em condições naturais, 
durante desenvolvimento dos ovários sem formação de 
sementes. Esse fato ocorre em bananeiras e laranja-da-
-baia. Na agricultura, o conhecimento da partenocarpia 
foi muito interessante do ponto de vista econômico, pois 
permitiu a produção de frutos sem sementes. Nesse caso, 
a auxina existente na parede do ovário estimula a formação 
do fruto. 
É possível estimular esse processo artificialmente por 
meio da aplicação de auxinas na face externa dos ová-
rios quando ainda não fecundados. Durante esse pro-
cesso, é interessante realizar a retirada dos estames, 
pois essas estruturas são responsáveis por produzir grão 
de pólen, e, dessa forma, evita-se a polinização. Essa es-
tratégia é comum no cultivo de uvas, melancias e outros 
componentes do gênero Citrus. Observe na imagem a 
seguir um exemplo de fruto partenocárpico: um tomate 
sem sementes.
3.6. Abscisão de folhas e frutos
A concentração de auxinas nas diferentes regiões da plan-
ta é de extrema importância. Enquanto as folhas e frutos 
são jovens, apresentam uma quantidade de auxinas pare-
cida àquela encontrada nos seus ramos. Contudo, durante 
a maturidade (envelhecimento) de tais estruturas, a produ-
ção vai diminuindo gradualmente. Por meio dessa mudan-
ça na concentração do hormônio, é produzido um tecido 
denominado meristema de abscisão. Ele ocorre entre os 
ramos e os pecíolos que seguram e sustentam as folhas e 
frutos. Esse novo tecido formado, com características pe-
culiares, é responsável por romper a estrutura que une o 
pecíolo e as folhas/frutos. Esse fato explica a queda dos 
frutos maduros ou folhas maduras. 
Camada de 
abscisão
Pecíolo
4. gIberelInas
As giberelinas são outro grupo de fitormônios. Esse hor-
mônio é produzido nas sementes e frutos, em desenvolvi-
mento, mas principalmente nos meristemas. As giberelinas 
são encontradas em grandes concentrações em sementes 
imaturas. Seu transporte ocorre do ápice para a base e vi-
ce-versa. Elas estimulam o crescimento de folhas e caules, 
pois agem na divisão e também no elongamento celular. 
Além disso, as giberelinas:
 § estimulam a quebra da dormência e aceleram a germi-
nação de sementes;
 § fazem certas plantas florescerem independentemente 
das condições ambientais;
 § assim como as auxinas, podem estimular a formação 
de frutos partenocárpicos;
 § se aplicadas em plantas anãs, como representantes da fa-
mília das gramíneas, estimulam o elongamento do caule.
Abscisão foliar
fonte: Youtube
multimídia: vídeo
19
5. CItoCInInas
As citocininas formam outro grupo de fitormônios. Elas 
regulam processos de divisão e diferenciação celular. No 
caso de ser indiferenciada, uma célula vegetal pode sofrer 
sucessivos eventos de crescimento e divisão celular, caso 
característico de células que ficam indiferenciadas (meris-
temáticas); as células também podem sofrer elongamento 
sem que ocorra divisão celular – situação característica das 
células que se diferenciarão.
Existem sementes de certas variedades de plantas que 
necessitam de luz para germinar. No entanto, se tratadas 
com citocininas, germinarão mesmo no escuro. As citocini-
nas ocorrem em tecidos com divisão celular ativa, como as 
sementes em germinação, os frutos e o meristema apical 
da raiz. As citocininas sintetizadas no ápice das raízes são 
levadas para todas as regiões da planta. Esse hormônio é 
sintetizado quando a semente inicia o crescimento, assim, 
pode-se dizer que ele resulta da germinação. 
Uma suposição é que as citocininas (também as auxinas) 
são liberadas durante a desintegração do endosperma 
através de enzimas sintetizadas por influência da gibe-
relina. Observe que, em diversas situações, os hormônios 
agem em conjunto, levando a um diferente comportamen-
to e/ou reação da planta , região ou órgão em questão. As 
citocininas também inibem a senescência (envelhecimento) 
foliar, tanto em plantas prestes a morrer quanto no período 
de queda cíclica das folhas. Esse hormônio, assim como 
a auxina, também influencia a dominância apical, mas de 
modo oposto – as auxinas inibem o desenvolvimento das 
gemas laterais (dominância apical), as citocininas agem 
estimulando-as, o que explica por que, depois de removida, 
as gemas apicais e laterais desenvolvem-se.
ácido abscísico +
+ citocinina
indução da senesCênCia foliar
A seguir, observe a interação entre auxina e citocinina.
Em situações na qual há razão citocinina/auxina maior, 
ocorre o estímulo das gemas laterais e, consequentemente, 
das ramificações. Por outro lado, quando tal razão é menor, 
observa-se o estímulo para a formação de raízes. Observe 
o esquema correspondente à explicação.
CITOCININA
AUXINA
1 1
2
2
3 3
Quando há maior concentração de auxina do que de ci-
tocinina, as células crescem em comprimento (elongação 
celular). Por outro lado, quando há maior quantidade de 
citocinina do que de auxina, as células sofrem mitose.
 
6. etIleno
O etileno é o único fitormônio que se encontra na forma ga-
sosa em condições normais. Trata-se de um hidrocarboneto 
insaturado. Todas as regiões da planta produzem etileno; 
no entanto, sua produção é mais intensa em flores polini-
zadas e frutos em processo de amadurecimento, além de 
células danificadas. Por ser gasoso, quando liberado, exerce 
efeitos em outras plantas que se encontram próximos. Por 
esse motivo, é indicado que fruticultores armazenem frutos 
em câmaras que não acumulem o etileno no ambiente, a 
fim de retardar o amadurecimento dos frutos. 
Maturação dos frutos
etileno é o gás responsável pela maturação e está 
presente em toda a estrutura do fruto.
20
As características da maturação dos frutos são: o amoleci-
mento da consistência e a mudança na cor da casca (epicar-
po), o aumento da concentração de água, açúcares, proteí-
nas e lipídios, além de um notável aumento da suculência do 
mesocarpo e do surgimento de novos odores, mais atrativos 
aos animais responsáveis por dispersar sementes. 
maturação e desenvolvimento de tomates
O etileno também tem efeito na abscisão das folhas e 
frutos. Esse processo, como visto anteriormente, inicia-se 
com a redução da concentração de AIA na folha em rela-
ção ao pecíolo, mas sua continuidade depende do etileno, 
que estimula a síntese de celulase, substância responsável 
por digerir as paredes celulósicas da região de abscisão do 
pecíolo; assim, ocorrerá organização celular e produção de 
uma “cicatriz” para fechar a lacuna proveniente da ausên-
cia do fruto ou folha. Observe o esquema a seguir:
Interação da auxina e do etileno no processo de 
abscisão foliar
auxina auxina separação na camada 
digerida
amarelecido
etileno
À esquerda: fase de manutenção da folha. no meio: fase 
de indução da queda. À direita: fase da queda.
7. ÁCIdo absCísICo
O ácido abscísico (ABA) tem ação inibidora no crescimento 
dos vegetais. Outro efeito do ABA é o impedimento da ger-
minação prematura de sementes, principalmente em con-
dições adversas, mantendo-as dormentes. Além disso, pos-
sui importante função nas alterações sofridas pelo vegetal 
em resposta a situações desfavoráveis.Um exemplo seria o 
fechamento dos estômatos em ocasiões de falta de água.
sementes dormentes no inverno devido 
À ação do aba.
O ácido abscísico mantém as sementes dormentes; as 
giberelinas, por sua vez, quebram a dormência.
Tabela – Principais hormônios vegetais
Hormônio Principais funções Local de produção
Auxina
Estimula o elongamento das células recém-formadas pe-
los meristemas, promovendo o crescimento de raízes e 
caules.
Meristemas do caule, primórdios foliares, 
folhas jovens, frutos e sementes
Citocinina
Estimula as divisões celulares e o desenvolvimento das 
gemas.
Acredita-se que seja a extremidade das 
raízes
Etileno
Estimula o amadurecimento de frutos; juntamente com 
as auxinas, atua na abscisão das folhas.
Diversas partes da planta
Giberelina
Promove a germinação das sementes e o desenvolvi-
mento dos frutos; estimula a floração.
Meristemas, frutos e sementes
Ácido abscísico
Inibe o crescimento; induz o fechamento dos estômatos; 
promove a dormência de gemas e de sementes; induz o 
envelhecimento vegetal (folhas, frutos e flores).
Folhas, coifa e caule
21
Papel dos hormônios vegetais no ciclo de vida das plantas
Floração
Giberelinas
Formação de
frutos e sementes
Giberelinas
auxinas
F
f
Amadurecimento de
frutos e senescëncia foliar
etileno
Queda de 
frutos e folhas
etileno (ativa)
auxinas (inibem)
Dormência
das sementes
ácido abscísico
Crescimento
citocininas
giberelinas
auxinas
Germinação
giberelinas
Dormência
das gemas
ácido 
abscísico
Quebra da 
Dormência
das gemas
giberelinas
o
ê
No estudo dos hormônios vegetais é fundamental o conhecimento de certos conceitos de química, como fórmulas e 
estruturas químicas. A compreensão desses conteúdos auxilia nos estudos dos hormônios, de como eles agem e de 
quais são suas características. 
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
22
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, 
relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.14
Habilidade
O reino vegetal é abordado no Enem principalmente com enfoque nos quatro grandes grupos e suas interações com 
o ambiente, assim como suas relações evolutivas. A fisiologia vegetal, que abrange também a atuação dos fito-hor-
mônios, é fundamental por ter aplicação direta no aprimoramento da agricultura.
Modelo 
(Enem) O Brasil tem investido em inovações tecnológicas para a produção e comercialização de maçãs. Um exemplo 
é a aplicação do composto volátil 1-metilciclopropeno, que compete pelos sítios de ligação do hormônio vegetal 
etileno nas células desse fruto. 
disponível em: <http://revistaseletroniCas.puCrs.br>. aCesso em: 16 ago 2012 (adaptado). 
Com base nos conhecimentos sobre o efeito desse hormônio, o 1-metilciclopropeno age retardando o(a):
a) formação do fruto;
b) crescimento do fruto;
c) amadurecimento do fruto;
d) germinação das sementes;
e) formação de sementes no fruto.
Análise expositiva - Habilidade 14: O etileno é o único hormônio vegetal gasoso e atua principalmente no pro-
cesso de amadurecimento dos frutos. O composto volátil 1-metilciclopropeno, ao competir pelos sítios de ligação 
do hormônio vegetal etileno nas células das maçãs, age retardando o amadurecimento dos frutos.
Alternativa C
C
23
 DIAGRAMA DE IDEIAS
HOMÔNIOS 
VEGETAIS
AUXINA
ÁCIDO
ABSCÍSICO
CITOCININA
GIBERELINA
ETILENO
- PROMOVE ALONGAMENTO CELULAR
- SINTETIZADA EM TECIDOS JOVENS E EM CRESCIMENTO. EX.: GEMAS
- RELACIONA-SE TAMBÉM COM A PARTENOCARPIA E ABSCISÃO DE FOLHAS E FRUTOS
- SINTETIZADA EM SEMENTES E FRUTOS
- QUEBRA DE DORMÊNCIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES
- ESTIMULA PARTENOCARPIA
- PROMOVE DIVISÃO E DIFERENCIAÇÃO CELULARES
- OCORRE EM TECIDOS COM INTENSA DIVISÃO CELULAR: 
SEMENTES EM GERMINAÇÃO, FRUTOS E MERISTEMAS
- INIBE SENESCÊNCIA FOLIAR 
- INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO VEGETAL
- ATUA EM CONDIÇÕES DE ESTRESSE AMBIENTAL: MANTÉM 
DORMÊNCIA DAS SEMENTES E INDUZ FECHAMENTO ESTOMÁTICO
- PROMOVE AMADURECIMENTO DE FRUTOS
- ABSCISÃO DE FOLHAS E FRUTOS
- ÚNICO FITORMÔNIO GASOSO 
24
 MoviMentos vegetais
CompetênCias: 4 e 8 Habilidades: 13, 14 e 28
AULAS 
49 e 50
1. Introdução
Os vegetais, mesmo que em sua maioria sésseis, respondem 
a estímulos ambientais por meio de movimentos sutis de-
sencadeados por respostas fisiológicas fundamentais para 
sua sobrevivência. As plantas respondem a diversos fatores, 
como gravidade, pressão, toque mecânico (contato) e luz. As 
plantas podem responder a estímulos externos de maneiras 
variadas, como crescimentos diferenciados (com o objetivo 
de se afastar ou se aproximar do estímulo), murchamento ou 
entumescimento do órgão em questão. Esses movimentos 
são denominados tactismo, tropismo e nastismo. 
2. tactIsmos
Os tactismos são movimentos com deslocamento, como 
ocorre nos gametas dos vegetais (anterozoides de briófi-
tas e pteridófitas). É denominado quimiotactismo, pois 
a origem do estímulo para a movimentação é química. Em 
relação ao exemplo dos anterozoides, as células nadam e 
são guiadas por estímulos químicos em direção à oosfera. 
Como o anterozoide nada em direção à origem do estímu-
lo, ocorre quimiotactismo positivo. 
Movimentação em direção à origem do estímulo = positiva.
Movimentação oposta à origem do estímulo = negativa.
Deslocamento Do anterozoiDe em Direção à oosfera
As euglenas (algas unicelulares) também apresentam tac-
tismo. Nesse caso, ele é denominado fototactismo posi-
tivo, uma vez que ocorre em direção ao estímulo luminoso.
O movimento de organismos em relação ao gás oxigênio 
é denominado aerotactismo, que pode ser observado 
em bactérias. Quando ocorre em direção à fonte de O2, é 
classificado como positivo; quando ocorre no sentido de 
afastamento da fonte, é classificado como negativo. São 
exemplos o comportamento de bactérias aeróbias e bacté-
rias anaeróbias, respectivamente.
3. tropIsmos
Tropismos são movimentos de crescimento da planta com 
direção orientada por um determinado estímulo ambiental. 
Quando determinada região da planta – como um ramo 
– aproxima-se do estímulo, o tropismo é positivo. Por 
outro lado, quando ocorre o afastamento, o tropismo é 
negativo. Os tipos de tropismo são: geotropismo (gravitro-
pismo), quimiotropismo, fototropismo e tigmotropismo.
3.1. Fototropismo
No fototropismo, como o nome sugere, o estímulo ocorre 
por meio da luz. É comum que os caules apresentem fo-
totropismo positivo, e as raízes apresentem fototropismo 
negativo. O fototropismo ocorre devido à diminuição da 
concentração de auxina na região iluminada da planta, 
pois o AIA migra para o lado sombreado; além disso, ocorre 
uma possível fotodestruição e/ou inativação do AIA quan-
do exposto à luz intensa. 
(a) resposta Do caule à luz (fototropismo positivo); (b) resposta Da raiz 
(fototropismo negativo)
25
É importante ressaltar que a raiz e o caule respondem de 
maneira diferente à concentração de AIA. A orientação de 
flores é outro caso de fototropismo, como os girassóis em 
direção à luz do sol.
3.2. Geotropismo
No geotropismo, o crescimento é estimulado pela gravida-
de. Em geral, os caules apresentam geotropismo negativo, 
e as raízes apresentam geotropismo positivo. Esse meca-
nismo é explicado pelo fato de a gravidade agir sobre as 
auxinas, isto é, esse hormônio desce e se concentra nas 
regiões inferiores do vegetal. Assim, os caules retêm um 
menor teor de auxina do aquele considerado ótimo para o 
seu crescimento. Por outro lado, nas raízes, a concentração 
de AIA é maior do que o valor considerado ótimo. Dessa 
forma, quando uma planta é colocada na posição horizon-
tal, a auxina que se encontrava na região superior do caule 
se desloca para a inferior. Por isso, a região inferior do caule 
cresce com maior velocidade do que as demais regiões.
Entretanto, se as raízes forem colocadas na posição hori-
zontal, ocorrerá diminuição do excesso de AIA, pois, graças 
à gravidade, ocorrerá migração para a região inferior. A alta 
concentração de auxina naparte inferior da raiz inibe seu 
crescimento, enquanto o crescimento na região superior é 
estimulado, fazendo com que a raiz cresça recurvada em 
resposta à gravidade. 
o caule (a) De uma planta envasaDa colocaDa horizontalmente sobre uma 
mesa vai crescer curvaDo para cima; e sua raiz (b) vai crescer curvaDa para 
baixo. observe a participação Da auxina no processo.
É possível comprovar o mecanismo do geotropismo por 
meio de um experimento simples. Sob um eixo rotatório, 
que gira uniformemente, coloca-se uma planta no plano 
horizontal. Depois de um certo tempo, verifica-se que não 
ocorreu qualquer curvatura em direção ao estímulo da gra-
vidade, pois a rotação faz com que a auxina seja distribuída 
uniformemente.
Desde a germinação das sementes, é possível observar o 
geotropismo positivo da raiz e o negativo do caule:
semente De ervilha em germinação
3.3. Quimiotropismo
No quimiotropismo, o crescimento do vegetal é guiado por 
substâncias químicas. As raízes vegetais são bons exem-
plos de estruturas que apresentam quiomotropismo posi-
tivo (ocorre tropismo em direção à água e aos sais mine-
rais). Oo tubo polínico que se desenvolve no grão de pólen 
é um outro exemplo. Trata-se de uma estrutura tem seu 
crescimento orientado pelo óvulo das flores que liberam 
substâncias químicas. 
extremiDaDe terminal De um tubo De pólen em flor De tomate aumentaDa 
100 vezes
Movimentos Vegetais - M3A
fonte: Youtube
multimídia: vídeo
26
3.4. Tigmotropismo
No tigmotropismo, o crescimento vegetal é orientado 
por estímulos mecânicos, como o contato ou a pressão 
exercida sobre uma região da planta. O tigmotropismo é 
recorrente em plantas trepadeiras com caules volúveis e 
gavinhas. Quando esses caules entram em contato com 
uma estrutura sólida e permanecem assim durante o seu 
desenvolvimento, eles crescem na direção dessa estrutura.
4. nastIsmos
Os nastismos são movimentos realizados em resposta a 
estímulos externos que provocam abertura ou fechamen-
to de uma estrutura da planta. É importante ressaltar que 
os movimentos são reversíveis e independem da direção 
do estímulo. Os nastismos são consequência do ganho ou 
da perda de água de tecidos adaptados. Como resposta, 
promovem a rápida abertura ou o fechamento de alguns 
órgãos ou regiões da planta.
O ciclo alternante dos dias e das noites está entre os princi-
pais estímulos que envolvem nastismos. Nesse ciclo, ocorrem 
os mecanismos de abertura e fechamento estomático, com 
abertura de flores exclusivamente no período noturno (flor da 
rainha-da-noite). Outro exemplo que merece destaque são 
as folhas da azedinha e de algumas outras leguminosas que 
murcham durante o dia e se tornam túrgidas e viçosas à noite.
4.1. Tigmonastismo
No tigmonastismo, é o contato mecânico (toque) entre a 
planta e outro objeto ou animal que estimula o nastismo. 
Um exemplo famoso desse movimento ocorre nas plantas 
carnívoras que, ao serem tocadas, fecham -se para “captu-
rar” o objeto ou animal. Além dessa primeira resposta, a 
planta também acelera o movimento de fechamento de-
pois da captura das presas em resposta a estímulos quími-
cos liberados pelas vítimas.
Drosera sp - planta carnívora
4.2. Seismonastismo
O seismonastismo é um movimento realizado pela planta 
dormideira, também conhecida como sensitiva (Mimosa 
pudica). Quando a planta é tocada, ocorre o recolhimento 
de seus folíolos, como mostrado na sequência de fotos a 
seguir. Essa resposta só é possível devido à variação de tur-
gor em suas células. As estruturas responsáveis estão loca-
lizadas na base dos folíolos e são denominadas pulvinos.
planta sensitiva - mimosa puDica
4.3. Fotonastismo
O fotonastismo é observado na abertura e no fechamento 
das flores. O agente ambiental que o influencia é a luz. 
Para que essa abertura aconteça, ocorre um crescimento 
diferenciado entre as faces inferior e superior das pétalas: a 
face superior apresenta maior crescimento em relação à re-
gião inferior. Esse movimento pode ocorrer irreversivelmen-
te ou se repetir em ciclos, como em flores de vitória-régia. 
vitória-régia, planta cuja flor abre apenas Durante a noite.
4.4. Termonastismo
No termonastismo, o fator ambiental influenciador é a 
temperatura. Um bom exemplo disso são as tulipas. Suas 
flores se abrem à medida que a temperatura ambiental se 
eleva e se fecham quando a temperatura fica mais baixa. 
É importante salientar que essa faixa de temperatura alta 
e baixa varia de uma espécie para outra e deve ocorrer 
dentro das temperaturas limites para a planta em questão. 
A influência do meio na germinação das sementes 
Para que ocorra a germinação de uma semente, é neces-
sário um conjunto de fatores ambientais, como luz, tem-
peratura, umidade e arejamento, criando um ambiente 
favorável. Enquanto essas condições não são a realidade 
do embrião, a semente permanece dormente ou quiescên-
te. Entretanto, não só essas condições ambientais adversas 
mantêm a dormência de sementes; fatores fisiológicos tam-
bém contribuem para isso através do bloqueio da ativida-
de metabólica embrionária. Outros fatores internos, como 
a impermeabilidade da casca, a quantidade suficiente ABA 
(inibe a germinação); provocam a quebra dessa dormência.
27
O movimento dos vegetais depende de fatores endógenos, como hormônios vegetais, e exógenos, como a luz 
solar. Alterações ambientais que modificam os fatores exógenos podem interferir no movimento das plantas, 
mudando sua fisiologia. 
VIVENCIANDO
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
 Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em 
diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros.28
Habilidade
O reino vegetal é abordado no Enem principalmente com enfoque nos quatro grandes grupos, suas interações com 
o ambiente e suas relações evolutivas. A fisiologia vegetal, que abrange também a atuação dos fito-hormônios e 
suas influências no movimento vegetal, é de grande importância por ter aplicação direta no aprimoramento da 
agricultura, além de ser estudada a fim de prever e prevenir os impactos ambientais.
Modelo 
(Enem) A produção de hormônios vegetais (como a auxina, ligada ao crescimento vegetal) e sua distribuição pelo 
organismo são fortemente influenciadas por fatores ambientais. Diversos são os estudos que buscam compreender 
melhor essas influências. O experimento seguinte integra um desses estudos.
 
28
O fato de a planta do experimento crescer na direção horizontal, e não na vertical, pode ser explicado pelo argumento 
de que o giro faz com que a auxina se:
a) distribua uniformemente nas faces do caule, estimulando o crescimento de todas elas de forma igual;
b) acumule na face inferior do caule e, por isso, determine um crescimento maior dessa parte;
c) concentre na extremidade do caule e, por isso, iniba o crescimento nessa parte;
d) distribua uniformemente nas faces do caule e, por isso, iniba o crescimento de todas elas;
e) concentre na face inferior do caule e, por isso, iniba a atividade das gemas laterais.
Análise expositiva - Habilidade 28: O efeito de crescimento e curvatura do vegetal, em resposta a um 
estímulo ambiental, é denominado tropismo e depende da distribuição desigual de auxinas. Esses hormô-
nios podem acelerar ou inibir o crescimento de um órgão vegetal, dependendo da concentração em que se 
encontram no local onde atuam.
Alternativa A
A
 DIAGRAMA DE IDEIAS
MOVIMENTOS
VEGETAIS
TACTISMO
NASTISMO
TROPISMO
- MOVIMENTO COM DESLOCAMENTO
- MOVIMENTO DE CRESCIMENTO COM DIREÇÃO ORIENTADA 
POR UM DETERMINADO ESTÍMULO AMBIENTAL
- MOVIMENTOS NÃO SÃO ORIENTADOS NA DIREÇÃO DO ESTÍMULO 
E PROVOCAM ABERTURA E O FECHAMENTO DE ESTRUTURAS 
- FOTOTROPISMO (LUZ)
- GEOTROPISMO (GRAVIDADE)
- QUIMIOTROPISMO (QUÍMICO)
- TIGMOTROPISMO (MECÂNICO/CONTATO)
- TIGMONASTISMO
- SEISMONASTISMO
- FOTONASTISMO
- TERMONASTISMO
- QUIMIOTACTISMO
- AEROTACTISMO
29
 Fotoperiodismo
CompetênCia: 4 Habilidades: 13 e 14
AULAS 
51 e 52
1. IntroduçãoComo foi visto nas últimas aulas, o funcionamento das plantas depende de fatores internos e externos. A luminosidade e a 
temperatura são os fatores externos mais importantes e significativos para o seu metabolismo. 
O tempo de incidência dos raios solares varia de acordo com a posição da Terra em relação ao Sol, bem como de acordo 
com as estações do ano. 
Assim como os demais seres vivos, as plantas desenvolveram durante a evolução mecanismos que as permitem suportar mu-
danças ambientais, como a variação na duração do dia. As plantas são expostas a diferentes períodos de claro e escuro, e esse 
fenômeno recebe o nome de fotoperiodismo. As plantas incrivelmente se antecipam às estações do ano, de forma que se 
preparam para enfrentar uma modificação ambiental antes que ela ocorra.
2. Plantas IndIferentes
As plantas indiferentes são aquelas em que o fotoperíodo não exerce influência na floração, o que a torna independente da 
periodicidade da iluminação. 
3. Plantas de dIa curto e Plantas de dIa longo
Com relação à floração, as plantas são classificadas em plantas de dia curto (PDC) e plantas de dia longo (PDL). As PDC 
florescem depois de expostas à iluminação por períodos menores do que um determinado período de horas, denominado 
fotoperíodo crítico. As PDL florescem depois de expostas à iluminação por períodos maiores do que o crítico.
Fotoperíodo
crítico
A Plantas de dia curto B Plantas de dia longo
24
horas
Na hipótese de uma PDC apresentar fotoperíodo crítico de 11 horas, ela florescerá caso o comprimento dos dias seja inferior 
a esse fotoperíodo. Uma hipotética PDL, que possua fotoperíodo crítico de 15 horas, florescerá caso o comprimento dos dias 
seja superior a 15 horas. 
30
Plantas de dia-curto
Fotoperíodo crítico da espécie = 11 hs
Verão Inverno
Dia Noite Dia Noite
16 hs 8 hs 8 hs 16 hs
Dia longo Dia curto
Não �orece Floresce
Plantas de dia-longo
Fotoperíodo crítico da espécie = 15 hs
Verão Inverno
Dia Noite
16 hs 8 hs
Dia longo
Dia Noite
8 hs 16 hs
Dia curto
Não �oreceFloresce
Floresce quando submetida a um 
período de luminosidade inFerior ao 
 seu Fotoperíodo crítico.
Floresce quando submetida a um 
período de luminosidade superior ao 
 seu Fotoperíodo crítico.
Nessas plantas, o período contínuo de escuridão é mais importante para a floração do que o período com iluminação. Por 
esse motivo, caso o período de tempo com escuridão seja interrompido, haverá chance de ocorrer alteração na floração – isso 
dependerá do momento que ocorreu a interrupção e do tipo de planta envolvida. Observe o comportamento das plantas na 
figura a seguir:
planta de dia curto (pdc) (planta de noite longa) planta de dia longo (pdl) (planta de noite curta)
Graças à influência do período de escuridão no fotoperiodismo, as PDC também podem ser chamadas de plantas de noite 
longa (b); e as PDL, de plantas de noite curta (a).
31
A presença de luz é fundamental ao processo fotos-
sintético, pois possibilita a produção de carboidratos 
pelos vegetais, componente necessário para a produ-
ção de energia na respiração celular. Assim, as plantas 
usam apenas uma parte dos produtos da fotossíntese. 
Portanto, para que consigam produzir energia para 
sobreviver, mas também para crescer, as plantas de-
vem produzir quantidade de glicose superior àquela 
consumida, ou seja, a taxa fotossintética deve ser 
maior do que o ponto de compensação fótico (PCF) 
– valor no qual a fotossíntese e a respiração se igua-
lam. De acordo com valor de seu PCF, as plantas são 
classificadas em heliófitas (plantas de sol), que pos-
suem PCF relativamente elevado; ou em umbrófitas 
(plantas de sombra), as quais apresentam PCF relati-
vamente baixo..
4. fItocromos
A hipótese mais defendida para explicar o fotoperiodismo 
é a de que os vegetais possuem um pigmento denomina-
do fitocromo, que possui duas formas diferentes: P660 
(ou fitocromo R - Red) e P730 (ou fitocromo F). Como 
o próprio nome indica, o P660 é capaz de absorver luz 
vermelha, que é convertida na forma P730, forma ativa 
do pigmento. A conversão pode ocorrer à luz do dia ou 
até mesmo à luz de uma lâmpada incandescente; nessas 
luzes, o espectro vermelho curto é predominante sobre 
o vermelho longo. Se a forma P730 absorver a luz com 
espectro vermelho longo, será novamente convertida 
em P660. A conversão contrária (P730 a P660) também 
pode acontecer no escuro, embora numa velocidade mui-
to baixa; esse seria o modo natural de conversão. 
Forma inativa: Fitocromo R (660 nm)
Forma ativa: Fitocromo F (730 nm)
vermelho “curto”
vermelho “longo” ou
escuro
Fitocromo R Fitocromo F
Nas PDC, a forma P730 inibe a floração que geralmente 
aconteceria. Nas PDL, por sua vez, a forma P730 estimula a 
floração quando em condições adequadas. Quando expos-
tas ao correto fotoperíodo, as folhas sintetizam o floríge-
no e, em seguida, o enviam aos botões florais. O florígeno 
é uma substância química pouca conhecida (provavelmen-
te um hormônio) que promove a floração. Acompanhe no 
esquema a seguir a função dos fitocromos numa PDL. 
vermelho “curto”
FLORAÇÃO
NÃO HÁ SÍNTESE
DE FLORÍGENO
NÃO HÁ
FLORAÇÃO
SÍNTESE DE 
FLORÍGENO
vermelho “longo” ou
escuro
Fitocromo R Fitocromo F
A onda de espectro vermelho longo, cujo comprimento de 
onda é próximo a 730nm, está presente na luz branca, mas em 
quantidade muito pequena. Quando os vegetais são expostos 
a essa luz, ambas as formas do fitocromo se transformam uma 
na outra, embora o predomínio seja da forma P730.
O fitocromo existe em pequenas quantidades por todo o 
vegetal. No entanto, existe em maior quantidade, no me-
ristema apical das raízes e dos caules.
A percepção luminosa também influencia na germinação 
de sementes. Nesse processo, a luz pode favorecer a quebra 
de dormência, como ocorre com as sementes de alface, que 
germinam somente se receberem luz. Esses casos são deno-
minados fotoblastismo positivo. Por outro lado, também 
existem sementes que germinam na ausência de luz, por isso 
são denominadas fotoblásticas negativas. Vale ressaltar 
que a maior parte das espécies vegetais não é afetada pela 
luminosidade, isto, germina na luz ou no escuro.
A existência de sementes fotoblásticas positivas ocorre 
pela atuação dos fitocromos. Nesses casos, a luz vermelha 
(660nm) estimula a germinação, enquanto a luz de espec-
tro vermelho longo (730nm) inibe o processo de germi-
nação. Esse fato decorre da interconversão em ambas as 
formas de fitocromos; assim, é a forma P730 que estimula 
a germinação de sementes fotoblásticas positivas. 
Em geral, as sementes fotoblásticas positivas são relati-
vamente pequenas e com ausência de reservas. As se-
mentes fotoblásticas negativas, por sua vez, são grandes 
e dotadas de reservas. Do ponto de vista ecológico, a 
importância da fotoblastia está em evitar que sementes 
de plantas pequenas germinem em locais com pouca luz, 
pois, nesse caso, sua sobrevivência não seria possível. 
Plantas umbrófilas geralmente possuem sementes neu-
tras e ricas em reservas.
As sementes que germinam enterradas no solo originam 
plântulas estioladas. Essas plantas apresentam as seguin-
tes características: caule muito alongado com folhas pe-
quenas, cor amarelada e manutenção do gancho de ger-
minação (proteção). O que contribui para tais aspectos é a 
ausência do fitocromo P730. Na imagem a seguir, observe 
a diferença entre plantas que germinaram na presença de 
luz e na ausência de luz (estioladas).
32
À esquerda, planta que germinou na ausência de luz; À direita, 
planta germinada em condições naturais de luminosidade.
5. termoPerIodIsmo
A temperatura é fundamental para a bioquímica do me-
tabolismo de todos os seres vivos. Temperaturas ideais 
no ambiente são importantes para o bom funcionamen-
to das enzimas, pois altas temperaturas podem des-
naturá-las, além de provocar perda excessiva de água, 
comprometendo a sobrevivência do indivíduo. Por outro 
lado, temperaturas baixas demais congelam a seiva das 
plantas e a água presente no ambiente, causando

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