Buscar

MALÁRIA - resumo

Prévia do material em texto

I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
FELIPE RIBEIRO – MEDICINA 
 
 
DEFINIÇÃO 
Infecção por protozoários do gênero 
Plasmodium transmitido pela picada de 
mosquitos. Em suma a malária é uma 
parasitemia que infecta um grande número 
de er itróc itos gerando quadros de febre e 
calafrios. 
 
TAMBÉM CONHECIDA COMO 
• Paludismo 
• Febre palustre 
• Impaludismo 
 
AGENTE ETIOLÓGICO 
• Gênero Plasmodium 
 
QUATRO PARASITAM O HOMEM 
• Plasmodium Falciparum 
• Plasmodium Vivax 
• Plasmodium Malariae 
 
 
 
 
• Plasmodium ovale *apenas em 
regiões restritas do continente 
afr icano 
 
F ISIOPATOLOGIA 
C ICLO DE VIDA DO PARASITA 
1 . Inseto (vetor) pica e l ibera 
esporozoíto que inoculam a pessoa. 
Ou seja, transmitida pela picada do 
mosquito contaminado e de sexo 
feminino durante anoite. 
2 . Esporozoítos chegam na corrente 
sanguínea e vão para o fígado onde 
infectam os hepatócitos , ao invadir 
os hepatóc itos esses esporozoítos se 
transformam em trofozoítos pré-
eritrocí ticos 
3. Ao invadir os hepatóc itos esses 
esporozoítos sofrem reprodução 
assexuada do t ipo esquizogonia e dá 
origem aos esquizontes teciduais 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
4. Agora se transformam em 
merozoítos que irão penetrar os 
eritrócitos (hemácias) 
 
- INICIANDO OS SINTOMAS. 
 
5 . Ao invadir os eritrócitos os 
merozoítos irão se transformar em 
trofozoítos jovens e posteriormente 
em maduros 
6. Esses merozoítos nos eritrócitos se 
reproduzem de forma assexuada e se 
transformam em trofozoítos e 
esquizontes assexuado anelados. 
 
- NESSE MOMENTO COMEÇA A SE TER CICLOS 
REPETITIVOS DE MULTIPLICAÇÃO 
ERITROCITÁRIA . 
Ou seja, os merozoítos vão sendo liberados 
constantemente na corrente sanguínea 
onde irão infectar os eritrócitos tornando a 
infecção cícl ica e recorrente. 
• Ciclo do P, Knowlese – 24 horas 
• Ciclo do P. Falciparum – 48 horas 
• Ciclo do P. v ivax – 48 horas 
• Ciclo do P. ovale– 48 horas 
• Ciclo do P. malar iae – 72 horas 
 
 
TRANSMISSÃO 
MOSQUITO PARA O HOMEM 
Picada de fêmeas de mosquitos anofel inos, 
são esses os parasitas que possuem os 
esporozoítos nas glândulas sal ivares 
 
HOMEM PARA O MOSQUITO 
Mosquito pica pessoas contaminadas e 
começa a desenvolver seus esporozoítos 
 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
OBS. : Apesar de infrequente, a infecção 
malár ica pode ser transmitida 
acidentalmente, como resultado de 
transfusão sanguínea, compartilhamento 
de ser ingas contaminadas e acidentes em 
laboratór io. 
 
PATÓGENO 
P. Falciparum é responsável pela maioria 
dos episódios de malária grave, seguido 
pelo P. v ivax gerando um quadro menor de 
malár ia grave. 
O P. ovale e P. malariae são menos comuns 
de causarem a doença e não causam a 
parte grave da patologia. 
Transmitida por várias espéc ies do gênero 
Anopheles (sexo feminino) qu e picam à 
noite. 
 
MALÁRIA E HIV 
Estudos mostraram que o HIV perturba a 
resposta imune causada pelos anticorpos 
adquirida na malária piorando seus 
sintomas e sinais. Além disso a malár ia 
perturba a infecção por HIV aumentando 
seu nível de transmissão devido a elevação 
da carga viral 
CARACTERISTICAS PATOGÊNICAS DO PARASITA 
Característ ica mais comum é a febre. 
Essa febre se dá devido a ruptura de 
eritrócitos que estão contaminados com 
esquizonte e também por elevados níveis de 
fator alfa de necrose tumoral que são 
citocina inflamatór ias 
OBS. : Parasitas NÃO falciparum possuem a 
capacidade de gerar respostas de sinais 
com cic los regulares 
 
Os er itróc itos que são contaminados de 
forma recente não c irculam pela corrente 
sanguínea, ou seja, os parasitas que estão 
dentro do eritrócito de forma recente se 
aderem com o er itróc ito dentro de alguma 
região de vasos para que o er itróc ito 
contaminado não passe pelo baço (se ele 
passar o eritrócito contaminado será 
destruído), esse processo de 
reconhecimento dos parasitas se chama 
citoaderência. 
A malária falciparum pode evoluir para a 
malár ia cerebral, incluindo coma, edema 
pulmonar não cardiogênico, 
comprometimento respiratór io e até 
insufic iênc ia renal 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
GRAVIDAS 
Amostras coletadas mostram P. falciparum 
aderidos na placenta , logo, mulheres que 
vivem em áreas endêmicas e que não 
possuem anticorpos para malár ia 
apresentam um alto risco de morbidade 
devido a altas cargas de parasitas na 
placenta gerando quadros de retardo do 
crescimento intrauterino, abortos 
espontâneos. 
 
TRATAMENTO NAS GRAVIDAS 
Sabendo de toda patologia envolvendo 
gestantes e o alto risco para a mão e para 
o feto o tratamento para malária deve ser 
precoce afim de impedir complicações mais 
graves. 
Para pacientes acometidas pelo P. Vivax 
deve ser util izado a cloroquina – 
medicamento seguro na gravidez 
 
CRIANÇAS 
A causa mais comum de mortes por malária 
em áreas endêmicas é a questão da anemia 
grave, pois a parasitemia dos eritrócitos 
irá gerar uma destruição dos er itrócitos 
infectados e não infectados 
IMUNIDADE 
Quando se nasce as crianças estão “ imunes” 
pelos anticorpos maternos 
antiplasmodicos, entretanto, após esse 
período as crianças começam a se infectar 
constantemente. Assim em áreas com alta 
endemicidade, raramente se tem casos 
sintomáticos da doença, devido a 
adaptação do corpo a constante infecção. 
Entretanto, vale sal ientar que essa 
imunidade não é completa. 
 
Em relação a imunidade adquir ida os 
mecanismos envolv idos neste estado de 
equil íbrio imune ainda não estão 
totalmente eluc idados, entretanto, o 
processo tem característ icas muito 
def inidas, que podem ser assim resumidas: 
 
• Estado imune adquir ido lentamente, 
após anos de exposição em áreas de 
intensa transmissão; 
• Imunidade não-esteri l izante que 
mantém níveis de parasitemia 
abaixo de um limiar de 
patogenic idade , determinando 
infecções assintomáticas; 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
• Imunidade dependente de exposição 
contínua ao parasito, sendo perdida 
por indivíduos imunes após cerca de 
um ano, na ausência de exposição; 
• Equilíbr io suprimido durante a 
gravidez, pr incipalmente na 
primigesta. 
 
ANEMIA FALCIFORME 
Vale sal ientar que indivíduos que possuem 
a anemia falc i forme (alteração dos 
glóbulos vermelhos em formato de foice) 
possuem proteção contra a malária. Não se 
sabe ao certo o porquê que isso acontece, 
porém se sabe que indivíduos com células 
AS sofrem vantagens em relação a 
indivíduos AA, desse modo, a vantagem 
selet iva do heterozigoto teve como 
consequência o aumento da frequência do 
gene HBS 
 
RESUMINDO ISSO 
Indivíduos que possuem o traço falc iforme 
HbAS são protegidos pois apresentam 
vantagens selet ivas sobre os indivíduos 
sem o traço e homozigotos HbAA que podem 
se infectar e v ir a morrer de malár ia. Nos 
eritrócitos falci formes, o nível de potássio 
intracelular está diminuído em virtude da 
baixa afinidade da hemoglobina S pelo 
oxigênio, o que causa a morte do parasito. 
 
MANIFESTAÇOES CLÍNICAS 
Período de incubação após a picada é de 10 
a 14 dias para o P. Falciparum e cerca de 
duas semanas para os outros parasitas. 
A pr incipal manifestação é a febre 
recorrente 
Podendo desencadear gripe, dor de cabeça 
e fadiga 
 
MALÁRIA NÃO COMPLICADA 
O Acesso malár ico ou crise aguda se 
caracteriza por períodos de febre, sudorese 
e calafr io, onde possuem a duração de 6 a12 horas. Em alguns casos se classif icam a 
recorrência dos sinais e sintomas em um 
clássico padrão de febre a cada dois dias 
– FEBRE TERÇA - 
 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Só podemos ter certeza do diagnostico pela 
demonstração do parasito, ou de antígenos 
relac ionados no sangue per iférico do 
paciente 
 
 
 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
ESFREGAÇO SANGUÍNEO 
PADRÃO-OURO 
Nesse exame se pega uma gota de sangue e 
faz uma pigmentação com Giemsa, os 
parasitas irão f icar coloridos. Ou seja, esse 
método se baseia na v isualização do 
parasita através da microscopia ót ica. 
A classif icação do diagnostico laborator ial 
é fe ita em cruzes, onde aval ia-se 100 
campos microscópicos 
• + = 1 - 10 parasitos por 100 campos de 
gota espessa 
• ++ = 1 1 - 1 00 parasitos por 100 
campos de gota espessa 
• +++ = 1 -10 parasitos por campo de 
gota espessa 
• ++++ = mais de 10 parasitos por 
campo de gota espessa 
 
1 Eritróc ito não infectado 
 2 , 3 e 4 Trofozoítos jovens 
 5 e 6 Trofozoítos maduros 
 7 , 8, 9 e 10 Esquizontes 
 11 Microgameta 
 12 Macrogameta 
 
I ns ta : @ fe l ip e s r ibe i i r o_ - s i t e : l i nk t r . e e / f e l ip e s r i be i r o_ 
 
OBS. : As formas 5, 6, 7 , 8 e 10 NÃO são 
visual izadas em esfregaço 
 
TRATAMENTO 
O tratamento tem sido difíc il pela 
resistênc ia às drogas. Principalmente pela 
resistênc ia da malár ia à cloroquina 
(remédio do t io bozo) 
A cloroquina antigamente era uti l izada 
para tratar os quatro tipos de plasmodium. 
Porém, hoje além da cloroquina, o 
falc iparum apresenta resistência a 
diversos outros antimalár icos tornando o 
tratamento um dilema. 
A malár ia falciparum ainda é tratada com 
medicações combinadas a base de 
artemisina 
A malária não falc iparum ainda é tratada 
com cloroquina 
 
PREVENÇÃO 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
• Evitar contato do mosquito com a 
pele do homem 
• Uso de repelentes nas áreas expostas 
do corpo 
• Telar portas e janelas 
• Dormir com mosquiteiros 
• Uti l ização de medicamentos ou 
al imentos que promovem odor forte 
como tiamina e alho – efe ito de 
repelir 
 
MEDIDAS COLETIVAS 
• Borr ifação de paredes de domicí l ios 
com insetic idas 
• Uti l ização de larvic idas 
• Educação e comunicação 
• Mudança nos hábitos e atitudes da 
população

Continue navegando