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INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA – DIREITO ADMINISTRATIVO – DIREITO REAL – OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA – LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA – PODER DE POLÍCIA – POLÍCIA ADMINISTRATIVA – TOMBAMENTO – OAB – CONCURSO Yohanan Ferreira Breves (Acadêmico de Direito) INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA - (continuação) No documento anterior, descrevi as características gerais sobre a intervenção do Estado na propriedade privada. Expus que ela é sempre pautada na supremacia do interesse público. Foi estudada a servidão administrativa e a requisição administrativa, agora vou falar um pouco sobre Limitação Administrativa. Limitação administrativa A Limitação Administrativa é pautada no poder de polícia administrativa e exterioriza-se por meio de diferentes modalidades, quais sejam: - Limitação Administrativa Positiva (o FAZER – fica obrigado a realizar o que a Administração impõe); - Limitação Administrativa Negativa (o NÃO FAZER – não fazer o que não lhe for permitido); - Limitação Administrativa Permissiva (o PERMITIR FAZER – é quando você permite que algo seja feito ou permaneça em sua propriedade). Foi visto que a servidão administrativa está relacionada com a prestação de serviço público, já na limitação administrativa nota-se que está mais ligada ao Poder de Polícia Administrativa. Em regra, será um poder negativo, pois sempre trará proibições. A servidão administrativa vai atingir o caráter exclusivo da propriedade, vou explicar: se um poste de luz for colocado em sua propriedade, você não perderá o seu bem, apenas perderá a exclusividade, ou seja, não é apenas você quem vai usufruir, mas toda a sociedade, por meio do serviço público. A limitação administrativa atinge o caráter absoluto da propriedade, ou seja, na limitação você é impedido de exercer tal coisa, por exemplo, se você mora em uma região na qual é proibida a construção de prédios com mais de 5 andares, você não poderá ter um bem imóvel, um prédio, com mais de 5 andares, se tiver você terá que demolir, ou seja, você vai perder essa parte da propriedade. Em resumo, as limitações: a. São ações legislativas ou administrativas de caráter geral, ou seja, se na sua região é proibida a construção de prédios com mais de 5 andares, então essa limitação não se aplica apenas a você, mas a todas as pessoas que residem na região; b. Têm caráter permanente (igual ao caso da servidão administrativa); c. Não exigem pagamento de indenização, trata-se apenas de uma proibição; Ocupação temporária/provisória Segundo Hely Lopes Meireles: “É a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público”. Por exemplo: quando a Administração Pública precisa ocupar um determinado terreno particular a fim de depositar equipamentos e materiais de construção objetivando realizar obras de interesse público nas redondezas. Resume-se: a. Cuida-se de direito de caráter não real (igual à requisição e diferente da servidão); b. Só produz efeitos sobre propriedades imóveis, como na servidão; c. Tem o caráter transitório, assim como na requisição e diferentemente da servidão, que é permanente; d. O que vai caracterizar a ocupação, necessariamente, é a necessidade de realizar obras e/ou serviços públicos normais, assim como na servidão; e. A indenização vai variar conforme a maneira como é feita a ocupação temporária: se ela for acompanhada de desapropriação, existirá o dever de indenizar, mas se não for por desapropriação, inexistirá, em regra, esse dever, a menos que haja prejuízos para o dono do imóvel. Tombamento O tombamento estará sempre ligado à preservação de um patrimônio público, histórico e/ou cultural, e pode ser um tombamento material, tombamento de de pratos típicos, ou um tombamento de ritmos musicais, por exemplo. E para isso o Estado intervirá de ofício, ou mediante solicitação, na propriedade privada. Art. 216, § 1º da CRFB/1988: “§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.” OBS: Leitura obrigatória para quem estuda para concurso ou OAB: DECRETO-LEI N. 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937 18 de Jan de 2022 FICOU COM DÚVIDA? MANDA SUA PERGUNTA AÍ!
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