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Aula 13 Direito Administrativo p/ ICMS/SP - 2017 (Com videoaulas) Professores: Alfredo Alcure Neto, Herbert Almeida Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 36 AULA 13: Estatuto dos Servidores de São Paulo (parte 1) Sumário REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................... 2 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................................................................................................................... 2 CONCURSO PÚBLICO ................................................................................................................................................. 6 SUBSTITUIÇÃO ......................................................................................................................................................... 6 PROVIMENTO .......................................................................................................................................................... 7 READAPTAÇÃO ...................................................................................................................................................... 19 REMOÇÃO ............................................................................................................................................................ 19 POSSE ................................................................................................................................................................. 20 EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................ 23 TEMPO DE SERVIÇO ................................................................................................................................................ 25 QUESTÕES LEI 10.261/1968 ............................................................................................................................ 27 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................................ 33 GABARITO ....................................................................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 36 Olá pessoal, tudo certo? Prosseguindo com o tema agentes públicos, na aula de hoje veremos o seguinte tópico do edital: “Estatuto do Servidor Público Estadual (Lei nº 10.261/68) (parte 1).”. Nesta primeira aula, vamos abordar somente os aspectos iniciais do Regime dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, deixando para finalizar essa norma na nossa segunda aula. Vamos lá?! Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 36 REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO Disposições preliminares O Regime Jurídico Único para os servidores públicos do Estado de São Paulo consta na Lei 10.261, de 28 de outubro de 19681. Tal norma, por expressa previsão do art. 1º, parágrafo único, aplica-se aos servidores públicos: a) dos três Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário); b) dos Tribunais de Conta do Estado. Por outro lado, dispõe o art. 2º que as disposições da Lei 10.261/1968 não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. Neste momento, devemos destacar que, tendo em vista que a norma foi editada em 1968, vários de seus dispositivos não se encontram em consonância com a Constituição Federal de 1988. De forma geral, a Lei 10.261/1968 foi recepcionada pela CF/88, ainda assim o mencionado Estatuto apresenta alguns dispositivos claramente inconstitucionais. Nesse contexto, destacamos que, apesar de o art. 2º mencionar “empregados das autarquias”, certo é que hoje a CF não admite a existência de “empregado”, mas somente de “servidor público” nas autarquias, em obediência ao art. 39, caput, do texto constitucional atualmente em vigor: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Por conseguinte, podemos dizer que, por força constitucional, as normas da Lei 10.261/1968 também se aplicam aos servidores públicos das autarquias. De qualquer forma, caso o enunciado da questão limite o âmbito de sua aplicação “aos termos da Lei 10.261/1968” e venha a utilizar a expressão “empregados das autarquias”, podemos considerar que, neste caso, o avaliador está cobrando o texto expressa do Estatuto. Assim, será 1 Pラヴ aラヴN; Sラ ;ヴデく ヲンが ヮ;ヴ=ェヴ;aラ ┎ミキIラが キデWマ さヱヰざが S; Cラミゲデキデ┌キN?ラ Eゲデ;S┌;ノ SW ヱΓΒΓが ラ Eゲデ;デ┌デラ Sラゲ “Wヴ┗キSラヴWゲ P┎HノキIラゲ SW “?ラ P;┌ノラ ヮ;ゲゲラ┌ ; ゲWヴ マ;デYヴキ; SW さノWキ IラマヮノWマWミデ;ヴざく Pラヴデ;ミデラが ; LWキ ヱヰくヲヶヱっヱΓヶΒ aラキ ヴWIWヮIキラミ;S; sob status de lei complementar. Por conseguinte, desde a promulgação da CE de São Paulo, somente leis complementares podem alterar o conteúdo da Lei 10.261/1968. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 36 necessário analisar com calma o enunciado da questão e também suas opções. Outro ponto de destaque é que o art. 2º fala em “entidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial”. Naquela época, a expressão “entidades paraestatais” era utilizada para designar as empresas públicas e sociedades de economia mista, ou seja, as empresas estatais. Atualmente, no entanto, “entidade paraestatal” possui significado distinto, utilizado para designar as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por particulares – portanto, não integrantes da Administração Pública –, que atuam em colaboração ou apoio ao Estado na prestação de atividades de utilidade pública. De qualquer forma, as regras da Lei 10.261/1968 realmente não se aplicam aos empregos públicos, que são ocupantes de emprego público, nas empresas estatais. A esses empregados, aplicam-se as normas do contrato de trabalho e da Consolidação das Lei do Trabalho – CLT. Assim, enquanto o vínculo dos empregados públicos é contratual, a relação entre os servidores públicos e o poder público é legal. Por conseguinte, para os empregados públicos o pacto contratual só poderá ser alterado por concordância das duas partes (empregado e poder público). Por outro lado, o regime jurídico dos servidores públicos poderá ser alterado sempre que o estatuto sofrer alterações. Vale dizer, o servidor público não está livre de modificações legais, que poderão alterar os termos de sua relação com a Administração Pública. Com efeito, devemos observar que, em vários julgados, o STF e o STJ já reconheceram que o servidor público não possui direito adquirido à imutabilidade do regime jurídico. Dessa forma, como toda lei é passível de modificação, é possível a modificação legal do regime jurídico inicial de um servidor público. Por exemplo, no MS 28.433 Agr/PB, o Supremo Tribunal Federal entendeu que “o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico, o que, consequentemente,significa que não há violação a direito quando se altera a jornada de trabalho anteriormente fixada”2. Entretanto, as modificações em lei não poderão retirar aquilo que o servidor já alcançou a título de direito adquirido, ou seja, os direitos dos 2No STF, ver MS 28.433 AgR/DF; no mesmo sentido, podemos observar o EDcl no AgR no RESp 1.349.802/RJ, nos ゲWェ┌キミデWゲ デWヴマラゲぎ さOcorre que a natureza do vínculo que liga o servidor ao Estado é de caráter legal e pode, por conseguinte, sofrer modificações no âmbito da legislação ordinária pertinente, as quais o servidor deve obedecer, de modo que não há direito adquirido do servidor a determinado regime jurídico, nos termos de tranquila jurisprudência da Suprema Corteざ. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 36 quais ele já tenha preenchido os requisitos para gozá-los devem ser respeitados. A Lei conceitua funcionário como a pessoa legalmente investida em cargo público (art. 3º). O termo “funcionário” ou “funcionário público” encontra-se em desuso atualmente3, uma vez que a atual Constituição Federal preferiu o termo “servidores públicos”. Porém, para a prova, vale o que consta na lei. De qualquer forma, ao longo desta aula, utilizaremos tanto a expressão “servidor público”, quanto “funcionário público”, termos que deverão ser considerados como sinônimos. Por outro lado, cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor (art. 4º). Ademais, a eles serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus, sendo o conjunto de referência e grau os constituintes do padrão do cargo. O cargo público é, portanto, uma unidade de competência atribuída a um servidor público, criada por lei e prevista em número certo, possuindo denominação própria. Por exemplo, são cargos públicos: Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ-SP, Analista Judiciário, etc. Os cargos são considerados de carreira ou isolados. Organizam-se em carreira os cargos com sucessivas classes, escalonadas segundo o nível de complexidade das atribuições e grau de responsabilidade. Por exemplo, o cargo de Juiz organiza-se em classes, como Juiz Substituto, Juiz de Primeira Entrância, Segunda Entrância, etc. Por outro lado, os cargos isolados são aqueles que não se organizam em classes. Por exemplo, um cargo de enfermeiro pode não possuir nenhum nível superior para que o servidor possa ser promovido. Além disso, a Lei dispõe que o quadro é o conjunto de carreiras e cargos isolados. Por exemplo, o serviço de saúde pode ter diversos cargos, em carreira ou isolados. O conjunto desses cargos formará o quadro da saúde. 3 “ラマWミデW ;ゲ ミラヴマ;ゲ マ;キゲ ;ミデキェ;ゲ ヮヴWゲWヴ┗;マ ; W┝ヮヴWゲゲ?ラ さa┌ミIキラミ=ヴキラ ヮ┎HノキIラざく Pラヴ W┝Wマヮノラが ラ CルSキェラ PWミ;ノが que é uma norma de 1940, ainda utiliza essa terminologia. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 36 O Estatuto veda que sejam atribuídos aos funcionários encargos ou serviços diversos dos de sua carreira ou cargo. Isso não se aplica, contudo, as funções de chefia e direção e as comissões legais. Vale destacar que os cargos públicos podem ser de provimento efetivo, quando dependerão de prévia aprovação em concurso público, e de provimento em comissão, situação em que serão de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente. Dessa forma, tanto os servidores aprovados em concurso público quanto os chamados servidores comissionados submetem-se às disposições do Regime Estatutário. Servidor público é o ocupante de cargo público, podendo ser de provimento efetivo ou em comissão. 1. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012 - adaptada) Para os efeitos da Lei 10.261/1968, funcionário público é o ocupante de cargo público, conceituação que abrange os ocupantes de cargo em comissão e função de confiança. Comentário: essa questão é uma pegadinha. Isso porque, de acordo com a Lei 10.261/1968, funcionário é o ocupante de cargo público, que poderá ser de provimento efetivo ou em comissão. Assim, analisando rapidamente a questão, o candidato poderia considerá-la errada. No entanto, a o art. 37, V, da Constituição Federal estabelece que “as funções de confiança , exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo , e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento ”. Assim, toda função de confiança é exercida por ocupante de cargo efetivo. Logo, o cargo público abrange os ocupantes dos cargos em comissão e, também, daqueles que exercem função de confiança. Dessa forma, a questão está correta. Gabarito: correto. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 36 Concurso público As regras sobre concurso público guardam muita relação com o que dispõe a Constituição Federal. O concurso possui, basicamente, dupla finalidade. A primeira é a de selecionar os melhores candidatos para o preenchimento da vaga, conforme nível de conhecimento demonstrado na avaliação. A outra finalidade é garantir a todas as pessoas que atendem aos requisitos do cargo o direito de concorrer à vaga. Assim, o concurso poderá ser de provas ou de provas e títulos. Além disso, as provas serão avaliadas na escala de zero a 100 pontos e aos títulos serão atribuídos, no máximo, 50 pontos. As normas gerais para a realização dos concursos e para a convocação e indicação dos candidatos para o provimento dos cargos devem ser fixadas em regulamento (art. 16). Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo órgão competente. Essas instruções especiais irão determinar: a) se o concurso será: a. de provas ou de provas e títulos; e b. por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber; b) as condições para provimento do cargo referentes a: a. diplomas ou experiência de trabalho; b. capacidade física; e c. conduta; c) o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos; d) a forma de julgamento das provas e dos títulos; e) os critérios de habilitação e de classificação; e f) o prazo de validade do concurso. Da mesma forma, as instruções especiais poderão determinar que a execução do concurso, bem como a classificação dos habilitados, seja feita por regiões. Por fim, estabelece o art. 20, que a nomeação obedecerá à ordem de classificação no concurso. Substituição A substituição é um instrumento fundado no princípio da continuidade, possuindo previsão no art. 23 da Lei 10.261/1968, que determina que os Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 36 servidores investidos em cargo de direção ou chefia terão substitutos nos casos de impedimento legal e temporário. Essa substituição poderá ser automática ou designada mediante ato da autoridade competente. Com efeito, o substituto exercerá o cargo enquanto durar o impedimento do respectivo ocupante, e terá direito a perceber o valor do padrão e as vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído, além das vantagens pessoais a que fizer jus. Por outro lado, duranteo tempo da substituição, o substituto perderá o vencimento ou a remuneração e demais vantagens pecuniárias inerentes ao seu cargo, se pelo mesmo não optar. Provimento Formas de provimento Segundo Hely Lopes Meirelles4, provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular. Assim, a Lei 10.261/1968 estabelece sete hipóteses de provimento, vejamos: a) nomeação; b) transferência; c) reintegração; d) acesso; e) reversão; f) aproveitamento; e g) readmissão. Provimento originário e provimento derivado As formas de provimento apresentadas acima dividem-se em provimento originário e provimento derivado. O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a administração. Quando se tratar de provimento em cargos efetivos, o provimento originário dependerá sempre de prévia aprovação em concurso público. 4 Meirelles, 2013, p. 482. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 36 A nomeação é a única forma de provimento originário. Todos os demais tipos constituem hipóteses de provimento derivado, uma vez que pressupõem a existência de prévio vínculo com a Administração. Vale dizer, no provimento derivado, há uma modificação na situação de serviço da pessoa provida, que já possuía um vínculo anterior com o poder público. Por exemplo, a reintegração é forma de provimento derivado, prevista no art. 41, §2º, da CF, em que o servidor estável é reintegrado ao serviço público em decorrência de invalidação de sua demissão. Nesse caso, o servidor estável foi reintegrado ao serviço público, ou seja, já existia uma prévia relação com o poder público, procedendo-se apenas a invalidação de sua demissão, com consequente reintegração. Dessa forma, podemos mencionar que são formas de provimento derivado previstas na Lei 10.261/1968 reintegração, reversão, aproveitamento e readmissão. Alerta-se que na redação da Lei 10.261/1968, ainda constavam o acesso e a transferência. Todavia, tais formas de provimento são consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Nessa linha, podemos mencionar o conteúdo da Súmula 685 do STF, que estabelece que “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”5. Assim, o acesso e a transferência são formas de provimento consideradas inconstitucionais pelo STF, uma vez que permitem o ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso6. Outras formas de provimento derivado, muito semelhantes com as mencionadas acima, também são consideradas inconstitucionais, por permitirem o ingresso em cargo que não integra a carreira para a qual o 5 AヮWゲ;ヴ SW ; “┎マ┌ノ; マWミIキラミ;ヴ さem cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido͟, a interpretação que costuma ser dada à redação é que são inconstitucionais formas de provimento em cargo distinto ao qual o servidor prestou o concurso público, existindo, porém, algumas ressalvas, conforme discutiremos ao longo da aula. 6 ADI 231/RJ. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 36 servidor prestou o concurso, tais como a transposição, a transformação ou a ascensão funcional7. Das formas de provimento derivado, a reintegração e o aproveitamento possuem previsão expressa no texto constitucional (CF, art. 41, §§2º e 3º). Portanto, possuem respaldo diretamente na Constituição da República, motivo pelo qual não podem ser consideradas ilegítimas. É importante frisar isso, pois, ao “pé-da-letra”, o aproveitamento permite o reingresso do servidor em carreira distinta daquela em que ele foi originariamente provido. O aproveitamento ocorre quando um servidor é reintegrado e, por consequência, eventual servidor que passou a ocupar o seu cargo precisa ser reconduzido ao cargo de origem ou, se não houver vaga, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade (CF, art. 41, §2º). Exige-se, nesse caso, que o cargo de aproveitamento seja de natureza e padrão de vencimentos correspondentes ao que ocupava (Lei 10.261/1698, art. 38, §1º). Assim, a redação da Súmula 685 do STF deve ser analisada com uma certa ressalva, uma vez que existe, no próprio texto constitucional, forma de provimento em cargo distinto ao qual o servidor prestou concurso público. Além disso, a Lei 10.261/1968 apresenta outra forma de provimento derivado, mas que não consta expressamente na Constituição da República. Trata-se da reversão. O fato é que, atualmente, podemos observar uma forma de provimento originário (nomeação) e quatro formas de provimento derivado (reintegração, reversão, aproveitamento, e readmissão), conforme iremos discutir abaixo. Antes disso, porém, cabe debatermos a regra constante no art. 12, claramente inconstitucional, segundo a qual não havendo candidato habilitado em concurso, os cargos vagos, isolados ou de carreira, só poderão ser ocupados no regime da legislação trabalhista, até o prazo máximo de dois anos, considerando-se findo o contrato após esse período, vedada a recondução. Tal regra não pode mais ser admitida atualmente, em primeiro lugar porque os cargos públicos só podem ser ocupados por servidores públicos, ou seja, não podem ser ocupados por pessoas submetidas à legislação trabalhista; além disso, o art. 37, II, da CF 7 RE 602.264/DF. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 36 exige a prévia aprovação em concurso público para a investidura em cargo ou emprego público, ressalvando apenas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Nomeação (provimento originário) A nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo efetivo, vitalício ou em comissão. Na primeira situação (cargo efetivo), a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Por outro lado, a nomeação para cargos vitalícios somente ocorrerá nos casos previstos na Constituição. Já quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração. Vale destacar que como forma de provimento originário, a nomeação independe de prévio vínculo com a Administração. Na verdade, em regra, o nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público antes de sua nomeação. Entretanto, existirão situações em que a pessoa já ocupará algum cargo, de provimento efetivo ou em comissão, mas isso não muda a natureza de provimento originário da nomeação. Isso porque a nova nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior. Vejamos dois exemplos para deixar as coisas mais claras. Pedro é servidor comissionado, ocupante do cargo de assistente no gabinete de um Ministro X no Tribunal de Contas. Posteriormente, Pedro veio a ser nomeado para ocupar o cargo de chefe de gabinete do Ministro Y, no Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, a nomeação continua sendo provimento originário, pois o provimento no novo cargo não possuirelação com o anterior (qualquer pessoa poderia ter sido nomeada para o segundo cargo). Dessa forma, mesmo já sendo agente público, Pedro terá um novo provimento originário quando for nomeado para o outro cargo. Vamos ao segundo exemplo. Lúcio é servidor efetivo no Tribunal Regional do Trabalho, ocupando cargo de técnico administrativo para o qual foi aprovado por meio de concurso público. Alguns anos depois, Lúcio concluiu seu curso superior e prestou concurso para cargo de analista no mesmo órgão. Obtendo a aprovação, foi nomeado para ocupar o cargo. Nessa situação, mesmo já sendo servidor efetivo, Lúcio terá novo provimento originário, pois novamente a nomeação no segundo cargo não possui nenhuma relação com o cargo anterior. Mesmo que Lúcio não fosse Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 36 servidor, poderia ter prestado o concurso e, depois, ser nomeado para o cargo. Dessa forma, independentemente se a pessoa possui vínculo anterior ou não, a nomeação é forma de provimento originário, justamente por independer de qualquer vínculo prévio com o Poder Público. Com efeito, a nomeação é o ato administrativo unilateral, pois é a manifestação de vontade unicamente da autoridade administrativa competente. Dessa forma, a nomeação não gera nenhuma obrigação para o candidato nomeado, representando somente o direito subjetivo à posse, por meio da qual será formalizado o vínculo funcional com a administração pública. Portanto, o candidato nomeado não possui obrigação de ocupar o cargo, mas apenas o direito a formalizar seu vínculo funcional por meio da posse. Não desejando ocupar o cargo, não ocorrerá nenhuma penalidade ao candidato, pois não lhe há obrigação de tomar posse. Além disso, um ponto muito interessante a se discutir é sobre o direito do candidato aprovado em concurso público de ser nomeado. Há poucos anos, a nomeação era tratada como ato administrativo discricionário, na qual a autoridade competente, por meio de seu juízo de conveniência e oportunidade, poderia decidir se nomeava ou não o candidato aprovado em concurso público. Todavia, nos últimos anos, esse entendimento sofreu importantes modificações. Atualmente, é firme o entendimento de que o candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no edital, possui direito subjetivo à nomeação. Nessa linha, o Supremo Tribunal Federal entende que a regra é a nomeação do candidato aprovado dentro das vagas previstas em edital, afastando-se tal dever apenas em situações excepcionalíssimas, que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Assim, para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes características8: a) superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; 8 RE 598099/MS. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 36 b) imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. Em relação ao direito dos candidatos aprovados fora do número de vagas, o STF entende que, em regra, não há direito subjetivo à nomeação. Entretanto, há dois casos em que o candidato aprovado fora das vagas ganha o direito de ser nomeado. A primeira é se houver preterição da ordem de classificação. É o que dispõe a Súmula 15 do STF: “dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação”. Seria o caso de um servidor aprovado em terceiro lugar, e que não foi nomeado, enquanto a administração nomeia o décimo colocado. O segundo caso ocorre quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração. Vamos explicar esse caso um pouco melhor! Segundo o STF, a preterição arbitrária e imotivada de candidatos ocorre quando o Poder Público passa a adotar um comportamento tácito e expresso que demonstre a necessidade de nomeação de novos servidores, durante o prazo de validade de concurso anterior.9 Por exemplo: João presta um concurso público em 2015, com validade de dois anos, e fica no cadastro de reserva. Porém, surgem novas vagas para o órgão para o qual João prestou concurso e o presidente da unidade solicita orçamento e determina a abertura dos procedimentos para realizar um novo concurso público ainda em 2016, alegando para isso a situação caótica do órgão pela falta de servidor. Porém, o presidente do órgão fica 9 RE 837.311. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 36 “esperando” passar a validade do concurso anterior, com o único objetivo de nomear os aprovados do novo concurso. Isso é a tal “preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada”. Direito à nomeação Aprovado dentro das vagas Sim (regra) Salvo se: surgir uma situação superveniente, imprevisível e grave em que a não nomeação seja de fato necessária. Aprovado fora das vagas Não (regra) Salvo se: 1 – não for observada a ordem de classificação do concurso (Súmula 15 do STF); 2 – surgirem novas vagas ou for aberto novo concurso durante a validade do concurso anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração (RE 837.311). Reintegração A reintegração também é forma de provimento derivado, constando expressamente no art. 41, §2º, da Constituição Federal, e no art. 30 da Lei 10.261/1968. Nesse contexto, a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial passada em julgado, do servidor público. Em tal situação, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo decorrente de sua transformação, devendo ser ressarcido de todas as vantagens a que teria direito. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor reingressará em cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional ou, na impossibilidade dessa ação, ficará em disponibilidade, até o seu aproveitamento (Lei 10.261/1968, art. 31, §2º). Além disso, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será exonerado ou reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização (art. 31, §1º). Devemos observar ainda que o texto constitucional dispõe que a reintegração se aplica ao servidor estável. Todavia, é inadmissível cogitar que o servidor não estável possa ser demitido e, posteriormente, sendo Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentadosProf. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 36 reconhecida a invalidade de sua demissão, ele não possa retornar ao servido público. Com efeito, a anulação dos atos administrativos provoca efeitos retroativos (ex tunc), ou seja, desde a origem. Dessa forma, reconhecendo- se a ilegalidade da demissão do servidor público, obviamente que ele retornará ao serviço ativo, seja ele estável ou não. Nesse contexto, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo10 reconhecem que, em tal situação, o servidor não estável retornará sim ao serviço público. Os autores apenas ressaltam que esse retorno não é denominado reintegração, uma vez que não guarda relação com o conceito legal dessa forma de provimento. Assim, mesmo que não tenha um “nome” específico, o certo é que invalidada a demissão de servidor não estável, terá ele o direito de regressar ao serviço público. Finalmente, o prazo para a expedição do decreto determinando a reintegração é de no máximo 30 dias, a contar da data em que a decisão transitar em julgado. Reversão A reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 35 da Lei 10.261/1968, consistindo no retorno à atividade de servidor aposentado, quando inspeção médica oficial declarar que deixaram de existir os motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente. O entendimento é muito simples. Inicialmente, o servidor foi aposentado por invalidez permanente, mas após inspeção por junta médica oficial constatou-se que os motivos que levaram à aposentadoria não subsistem mais. Dessa forma, trata-se de situação vinculada para o servidor e para a Administração, pois inexistindo as causas da aposentadoria por invalidez deverá ele retornar à ativa. Com efeito, independe, para fins de reversão de ofício, se o servidor era estável ou o se cargo está ocupado ou não. Ademais, o servidor retornará ao mesmo cargo que ocupava antes da aposentadoria (art. 36). Todavia, em casos especiais, a juízo do Governo, poderá o aposentado reverter em outro cargo, de igual padrão de vencimentos, respeitada a habilitação profissional (art. 36, §1º). Como essa forma de provimento depende de inspeção médica, é preciso a comprovação de capacidade para o exercício do cargo para que 10 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 353. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 36 ela se efetive. Assim, se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim, decorridos pelo menos 90 dias. Aproveitamento O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão expressa na Constituição Federal (art. 41, §3º) e na Lei 10.261/1968 (arts. 37 e 38). Dispõe o art. 41, §3º, da Constituição Federal que, uma vez extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável que o ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Assim, o aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade, devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Se o aproveitamento ocorrer em cargo de padrão inferior ao provento da disponibilidade, terá o funcionário direito à diferença. Devemos observar que quando for extinto o cargo público, o servidor estável não poderá ser demitido. Por isso que a Constituição lhe assegura o direito à disponibilidade, isto é, o direito a ficar sem exercer suas funções temporariamente, mantendo-se o vínculo com a Administração e assegurando-lhe o direito a receber remuneração proporcional ao tempo de serviço, até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo. Dessa forma, podemos perceber que o aproveitamento aplica-se exclusivamente ao servidor estável. Ademais, o aproveitamento é vinculado para o agente público e para a Administração. Nessa linha, se houver vaga – e o funcionário for liberado pela inspeção médica –, o poder público se obriga a realizar o aproveitamento, da mesma forma como o servidor posto em disponibilidade é obrigado a entrar em exercício. Assim, dispõe o art. 38, §5º, da Lei 10.261/1968 que será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal11. Com efeito, a cassação de disponibilidade é uma penalidade administrativa, na forma do art. 251, VI, confirmando o caráter obrigatório para o servidor público. 11 A Lei 10.261/1968 não fixa o prazo para que o servidor em disponibilidade entre em exercício quando ocorrer o seu aproveitamento. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 36 Além disso, se o aproveitamento se der em cargo comissionado, terá o aproveitado assegurado, no novo cargo, a condição de efetividade que tinha no cargo anteriormente ocupado. Por fim, se após a inspeção medica obrigatória, o funcionário for considerado incapaz, será ele aposentado no cargo que ocupava anteriormente. Recondução A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Embora ela não seja mencionada no Estatuto, trata-se de provimento derivado previsto expressamente no texto constitucional (art. 41, §2º). Assim, a recondução ocorre, apenas ao servidor estável, no caso de reintegração do anterior ocupante do cargo (Constituição Federal – art. 41, §2º). Para melhor elucidação, vejamos o que dispõe o art. 41, §2º, da CF: § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (grifos nossos) Vamos a um exemplo. Lucas é servidor estável no cargo X. Entretanto, sem observar os requisitos legais, sofreu a pena de demissão a bem do serviço público. Em seguida, Otávio, que era servidor estável no cargo Y, foi nomeado para ocupar o cargo de Lucas, uma vez que obteve aprovação em concurso público para aquele cargo. Meses depois, Lucas consegue anular judicialmente a sua demissão, sendo devidamente reintegrado ao cargo X. Nessa situação, Otávio será reconduzido ao cargo Y, sem direito à indenização. Readmissão A readmissão é o instituto previsto no art. 39 do Estatuto, representando o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade. Tal hipótese, em nosso entendimento, conflita também com a regra prevista no art. 37, II, da CF, por representar forma de ingresso em cargo público sem aprovação em concurso. Nessa mesma linha, por meio do Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 36 Despacho Normativo do Governador, de 12 de março de 1990, firmou-se o entendimento de que “em face da nova disciplina constitucional da matéria, não mais subsistem as formas de provimento derivado de cargo público denominadas readmissão, reversão a pedido e transposição”. Obviamente, o mencionado Despacho Normativo não tem força de lei nem capacidade de revogar ou “declarar” uma norma inconstitucional, sendo aplicávelapenas ao âmbito do Poder Executivo. De qualquer forma, ele demonstra a interpretação que devemos dar à possibilidade de readmissão. Com efeito, o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou, ao menos uma vez, sobre a inconstitucionalidade da readmissão (ADI 2983/CE). A despeito de o caso específico tratar-se da possibilidade de readmissão de magistrado exonerado, podemos perceber a tendência de considerar tal forma de provimento como inconstitucional12. De qualquer forma, para fins de questões expressas, vamos transcrever o conteúdo dos arts. 39 e 40 do Estatuto dos Servidores de São Paulo: Artigo 39 Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade. § 1º A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigatoriamente precedida de reexame do respectivo processo administrativo, em que fique demonstrado não haver inconveniente, para o serviço público, na decretação da medida. § 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, se a demissão tiver sido a bem do serviço público, a readmissão não poderá ser decretada antes de decorridos 5 (cinco) anos do ato demissório. Artigo 40 A readmissão será feita no cargo anteriormente exercido pelo ex- funcionário ou, se transformado, no cargo resultante da transformação. ***** A figura abaixo representa as formas de provimento previstas na Lei 10.261/1968. 12 ADI 2983/CE; veja também o Informativo 377/2005 do STF. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 36 Para fixar, vamos dar uma olhada em questões. 2. (Cespe – TA/ANTT/2013) O servidor público reintegrado ao cargo em razão da declaração judicial de nulidade de ato de demissão não tem direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos durante o período de afastamento. Comentário: a reintegração somente irá ocorrer quando a demissão do servidor for invalidada, seja por decisão judicial. Caso a reintegração aconteça, o servidor terá direito ao ressarcimento de todas as vantagens pertinentes ao cargo. Gabarito: errado. 3. (Cespe – Assistente 1/CNPq/2011) A transferência e a reversão são formas de provimento de cargo público vedadas pela legislação. Comentário: atualmente, são aceitos como formas de provimento: (a) nomeação; (b) reintegração ; (c) reversão ; (d) aproveitamento; e (e ) recondução. A trans ferência e o acesso estão entre as formas de provimento constantes na Lei 10.261/1968, porém foram consideradas inconstitucionais por propiciar em ao servidor a investidura em cargo que não integra a sua carreira, sem a devida aprovação em concurso público. Gabarito: errado. Formas de provimento Originário Nomeação Derivado Reintegração Reversão Aproveitamento Recondução Readmissão Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 36 Readaptação A readaptação está disposta no art. 41 da Lei 10.261/1968, representando a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas posteriormente veio a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou mental, devidamente verificada em inspeção médica. Nesse caso, o servidor será investido em outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação. Ademais, a readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições afins e equivalência de vencimentos. Acrescentamos que na Lei 8.112/1990, que é o Estatuto dos Servidores Públicos Federais, a readaptação é considerada uma forma de provimento. Contudo, a Lei Estadual 10.261/1968, apesar de dispor sobre a possibilidade de readaptação, não a considerou como forma de provimento. Remoção A remoção é o deslocamento do servidor público (a) de uma para outra repartição, da mesma Secretaria, ou (b) de um para outro órgão da mesma repartição, podendo ocorrer a pedido ou de ofício. Cabe frisar, no entanto, que a remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição. Além disso, poderá ser processada a remoção por permuta, a requerimento de ambos os interessados e com anuência dos respectivos chefes. Outra regra a ser observada para a remoção, é que ela não poderá ocorrer para cargo exercido fora da localidade de residência do funcionário, no período de seis meses antes e até três meses após a data das eleições, sejam elas federais, estaduais ou municipais, isolada ou simultaneamente realizadas. Por fim, devemos saber que a remoção também não é forma de provimento. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 36 Posse Determina o art. 46 da Lei 10.261/1968 que a investidura no cargo público ocorre com a posse. Nesse âmbito, são requisitos necessários para a posse em cargo público: a) ser brasileiro; b) ter completado 18 anos de idade; c) estar em dia com as obrigações militares; d) estar no gozo dos direitos políticos; e) ter boa conduta; f) gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada por órgão médico oficial do Estado, para provimento de cargo efetivo, ou mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacional, expedido por médico registrado no Conselho Regional correspondente, para provimento de cargo em comissão; g) possuir aptidão para o exercício do cargo; e h) ter atendido as condições especiais prescritas para o cargo. Além disso, as atribuições do cargo poderão justificar a exigência de outros requisitos, desde que sejam estabelecidos em lei. Esse ponto merece ser destacado. Os concursos públicos devem permitir a maior competição possível, exigindo-se como requisitos apenas aqueles essenciais para o desempenho das atribuições do cargo. Contudo, qualquer exigência diferenciada deverá ser feita em lei, não se podendo utilizar atos infralegais para criar condições para acesso aos cargos públicos. Por conseguinte, não se admite que atos administrativos venham a estabelecer restrições. Nesse sentido, a Súmula 14 do STF estabelece que “Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula 686, também do STF, dispõe que “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. Por exemplo, se determinado cargo exigir que o candidato possua curso superior para a investidura, sem definir área de formação, não poderá o edital restringir o acesso somente aos formados em direito. Isso porque tal requisito deverá constar em lei. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 36 Também não pode, por exemplo, limitar a idade ou a altura simplesmente por regra no edital do concurso, uma vez que tal exigência deverá estar amparada em lei. Assim, atendidos os requisitos, a posse poderá ser dada pelas seguintes autoridades: Secretários de Estado: aos diretores gerais, aos diretores ou chefes das repartições e aos funcionários que lhes são diretamente subordinados; diretoresgerais e os diretores ou chefes de repartição ou serviço: nos demais casos. Dessa forma, é a partir da posse que se firma o vínculo funcional com a Administração, momento em que o nomeado passará a servidor público. Vale dizer, antes da posse, o candidato nomeado não é servidor público nem possui vínculo jurídico funcional, condição que só ocorrerá no ato da posse. Nessa linha, a posse é o ato bilateral por meio do qual o servidor é investido no cargo público, assumindo os seus deveres e responsabilidades. Não se trata, todavia, de contrato administrativo em sentido próprio, uma vez que o servidor público estatutário não firma contrato de trabalho com o poder público. Isso porque a relação entre o servidor público e a Administração é de natureza legal ou estatutária. Assim, a posse é o ato necessário para que se firme o vínculo funcional, representando a condição para o seu aperfeiçoamento. Cabe ao nomeado apenas concordar com os termos constantes na posse, adentrando ao regime jurídico aplicável ao cargo. A posse dar-se-á por meio da assinatura do termo de posse, conforme dispõe o art. 49 da Lei 10.261/1968, vejamos: Artigo 49 A posse verificar-se-á mediante a assinatura de termo em que o funcionário prometa cumprir fielmente os deveres do cargo. Parágrafo único O termo será lavrado em livro próprio e assinado pela autoridade que der posse. Além disso, o prazo para tomar posse é de trinta dias, prorrogáveis por igual período, a pedido do funcionário, contados da publicação do ato de provimento (nomeação) – art. 52. Porém, se o nomeado for servidor ocupante de outro cargo e estiver no gozo de férias ou de licenças, o prazo será contado do término do impedimento (art. 52, §2º). Se a posse não ocorrer dentro do prazo legal, o ato de provimento será tornado sem efeito (art. 52, §3º). Logo, não se trata de exoneração, pois o vínculo funcional sequer foi consolidado. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 36 Todavia, o prazo para a tomada da posse poderá ser suspenso em determinados casos. São eles: a) por até 120 dias, a critério do órgão médico oficial, a partir da data de apresentação do candidato junto ao referido órgão para perícia de sanidade e capacidade física, para fins de ingresso, sempre que a inspeção médica exigir essa providência; ou b) por 30 dias, mediante a interposição de recurso pelo candidato contra a decisão do órgão médico oficial. Na primeira situação, o prazo voltará a correr sempre que o candidato, sem motivo justificado, deixe de se submeter aos exames médicos julgados necessários. Portanto, se o órgão médico decidir suspender o prazo para a posse, mas o candidato deixar de se submeter, sem motivo justificado, a exames considerados necessários, o prazo para a posse recomeçará a correr. Além disso, o recurso mencionado na letra “b” acima, deverá ser apresentado no prazo máximo de cinco dias, a contar da data de decisão do órgão médico oficial. Por fim, se antes de tomar posse o candidato for incorporado às Forças Armadas, o prazo para a posse será contado a partir da data da desincorporação (art. 54). Interessante notar, ademais, que a posse é a formação do vínculo jurídico, com aceitação das responsabilidades e atribuições. Por isso, ela poderá ocorrer por meio de procuração específica, quando se tratar de funcionário ausente do Estado, em comissão do Governo ou, em casos especiais, a critério da autoridade competente. Ou seja, o nomeado poderá outorgar, por meio de procuração, a competência para que outra pessoa assine o termo em seu lugar. Obviamente que tal regra é apenas para a posse, uma vez que o exercício só poderá ser realizado pelo próprio candidato aprovado em concurso e nomeado. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condições estabelecidas, em lei ou regulamento, para a investidura no cargo. Por fim, dispõe o art. 55 que o funcionário efetivo, nomeado para cargo em comissão, fica dispensado, no ato da posse, da apresentação do atestado citado entre os requisitos de posse acima mencionados. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 36 Exercício De acordo com o art. 57, o exercício é o ato pelo qual o funcionário assume as atribuições e responsabilidades do cargo. Entendemos que a redação do mencionado dispositivo não foi a melhor. Na verdade, o exercício é quando efetivamente o servidor passa a desempenhar as atribuições e responsabilidades do cargo. No sentido empregado, o verbo “assumir” pode dar a ideia de “firmar o compromisso”, o que poderia causar confusão com o conceito de posse. Portanto, é importante saber o conceito legal expresso de exercício, mas sem deixar de saber que se trata do efetivo desempenho das atribuições e responsabilidades do cargo. O prazo para o início do exercício do servidor empossado é de trinta dias, prorrogáveis por mais 30 dias, a requerimento do interessado e a juízo da autoridade competente, contados da data da posse ou da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção. Nesse caso, uma vez que já foi formalizado o vínculo jurídico com a Administração, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, será ele exonerado. Outrossim, o art. 57, §1º, determina que o início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Dessa forma, ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. O funcionário deverá ter exercício na repartição em cuja lotação houver claro, e caberá ao chefe da repartição ou de serviço em que for lotado a competência para dar-lhe exercício. Desse modo, nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquela em que estiver lotado, salvo nos casos previstos no Estatuto, ou mediante autorização do Governador. Quando decorrer de autorização do Governador, o afastamento só será permitido, seja com ou sem prejuízo de vencimentos, para fim determinado e prazo certo. Ainda nesse caso, quando o afastamento se der sem prejuízo de vencimentos, poderá ser condicionado ao reembolso das despesas efetuadas pelo órgão de origem, na forma a ser estabelecida em regulamento (art. 66). Vamos aproveitar a oportunidade e falar um pouco sobre os afastamentos. Os artigos 68 e 69 dispõem que o funcionário poderá afastar-se: a) do Estado ou deslocar-se da respectiva sede de exercício, para missão ou estudo de interesse do serviço público, mediante autorização expressa do Governador; Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 36 b) para participar em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científicos, desde que autorizados pelo Governador, na forma estabelecida em regulamento; c) para participar de provas de competições desportivas, dentro ou fora do Estado, desde que autorizado pelo Governador. Nessa última situação, o servidor será afastado por prazo certo: sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quando representar o Brasil, ou o Estado, em competições desportivas oficiais; e com prejuízo do vencimento ou remuneração, em quaisquer outros casos. Por outro lado, o servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será considerado afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou absolvição transitada em julgado. Caso o servidor estejalicenciado, sem prejuízo de sua remuneração, será considerada cessada a licença na data em que for recolhido à prisão. Todavia, se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o afastamento sem remuneração perdurará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semiaberto, salvo na hipótese em que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público. Em relação ao desempenho de mandato eletivo, poderá o funcionário afastar-se de seu cargo, mas este o fará sem a percepção de vencimento ou remuneração efetivo13. Assim sendo, o exercício do mandato de Prefeito, ou o de Vereador, quando remunerado, determinará o afastamento do funcionário, com a faculdade de opção entre os subsídios do mandato e os vencimentos ou a remuneração do cargo, inclusive vantagens pecuniárias, ainda que não incorporadas. Além disso, quando o mandato de vereador não for remunerado, o afastamento somente ocorrerá nos dias de sessão e desde que o horário das sessões da Câmara coincida com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário. Portanto, o afastamento se dará sem prejuízo de vencimentos e vantagens, ainda que não incorporadas, do respectivo cargo. 13 “┎マ┌ノ; ンヴ Sラ “TFぎ さNo Estado de São Paulo, funcionário eleito vereador fica licenciado por toda a duração do mandatoざく Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 36 Com efeito, os casos de mudança de sede, será concedido um período de trânsito, até oito dias, a contar do desligamento do funcionário. Finalmente, excetuados os casos previstos nesta lei, o funcionário que interromper o exercício por mais de 30 dias consecutivos, ficará sujeito à pena de demissão por abandono de cargo. Tempo de serviço As disposições sobre a contagem de tempo de serviço constam nos artigos 76 a 85. Inicialmente, o art. 76 estabelece que o tempo de serviço exclusivamente prestado ao Estado e suas autarquias, inclusive o prestado às Forças Armadas, será contado singelamente para todos os fins. Por sua vez, o tempo de serviço público prestado à União, outros estados e municípios, e suas autarquias, anteriormente ao ingresso do funcionário no serviço público estadual, será contado integralmente para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade. Consoante o art. 77, a apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. Já o art. 84, veda a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concorrente ou simultaneamente, em dois ou mais cargos ou funções, à União, Estados, Municípios ou Autarquias em geral. Na mesma linha, em regime de acumulação é vedado contar tempo de um dos cargos para reconhecimento de direito ou vantagens no outro. Além disso, o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade será contado para aposentadoria (art. 83). Na sequência, o art. 78 apresenta os afastamentos considerados de efetivo exercício do cargo: a) férias; b) casamento, até oito dias; c) falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até oito dias; d) falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou madrasta, até dois dias; e) serviços obrigatórios por lei; Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 36 f) licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado de doença profissional; g) licença à funcionária gestante; h) licenciamento compulsório; i) licença-prêmio; j) faltas abonadas (até o máximo de seis por ano, não excedendo a uma por mês, em razão de moléstia ou outro motivo relevante); k) missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do território nacional ou no estrangeiro; l) para contribuição para banco de sangue mantido por órgão estatal ou paraestatal, ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio; m) afastamento por processo administrativo, se o funcionário for declarado inocente ou se a pena imposta for de repreensão ou multa; e, ainda, os dias que excederem o total da pena de suspensão efetivamente aplicada; n) trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, desde que não exceda o prazo de oito dias; o) provas de competições desportivas, sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quando representar o Brasil, ou o Estado; e p) licença-paternidade, por cinco dias; Além dos casos mencionados, os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal serão considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais (art. 79). No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento não serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário. Por outro lado, será contado para todos os efeitos, salvo para a percepção de vencimento ou remuneração: a) o afastamento para provas de competições desportivas, com prejuízo do vencimento ou remuneração, para os casos em que não for representar o Brasil, ou o Estado; e b) a licença para o serviço militar e outros encargos da segurança nacional e para curso de oficial da reserva das Forças Armadas. Além disso, serão contados: Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 36 a) para efeito de concessão de adicional por tempo de serviço, sexta parte, aposentadoria e disponibilidade: o tempo de afastamento para exercício em serviço ou repartição diferente daquele que estiver lotado, junto a outros poderes do Estado, a fundações instituídas pelo Estado ou empresas em que o Estado tenha participação majoritária pela sua Administração Centralizada ou Descentralizada, bem como junto a órgãos da Administração Direta da União, de outros Estados e Municípios, e de suas autarquias; o tempo de afastamento para ter exercício em entidades com as quais o Estado mantenha convênios; b) para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o tempo de licença para tratamento de saúde. Para finalizar o assunto, o tempo de mandato federal e estadual, bem como o municipal, quando remunerado, será contado para fins de aposentadoria e de promoção por antiguidade. QUESTÕES LEI 10.261/1968 4. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2013) Nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual no 10.261/68), os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal, em razão de o horário das sessões das respectivas Câmaras coincidir com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário, serão considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais. No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento a) serão sempre computados para fins de vencimento ou remuneração. b) não serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário. c) não serão, em qualquer hipótese, computados para fins de vencimento ou remuneração. d) não serão computados para fins de remuneração, mas sim, para fins de vencimento. e) não serão computados para fins de vencimento, mas sim, para fins de remuneração. Comentário : os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal serão considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais (art. 79). Porém, no caso de vereança remunerada, os dias de afastamento não serão computados para fins de Direito Administrativop/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 36 vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário (art. 79, parágrafo único). Logo, o nosso gabarito é a letra B. Gabarito: alternativa B. 5. (FCC - Procurador do Estado/PGE-SP/2012) A hipótese em que servidor público efetivo, demitido do serviço público estadual, nele reingressa em cumprimento de decisão judicial, é denominada a) readmissão. b) reversão. c) restituição. d) reaproveitamento. e) reintegração. Comentário: vamos relembrar o conceito do que é apresentado em cada alternativa: readmissão : é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade; reversão : consiste no retorno à atividade de servidor aposentado, quando inspeção médica oficial declarar que deixaram de existir os motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente; restituição : restituição não é forma de provimento, representando a devolução de recursos recebidos indevidamente; reaproveitamento : o que consta na Lei é o aproveitamento e não reaproveitamento. O aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade, devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado; reintegração : ocorre quando é invalidada a demissão, por decisão judicial passada em julgado, do servidor público. Assim, correta a alternativa E – reintegração. Gabarito: alternativa E. 6. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2010) De acordo com a Lei Estadual no 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado), a reintegração é a) a investidura de servidor público em cargo diverso, decorrente de readaptação recomendada em inspeção médica. b) o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 36 c) o ato pelo qual o servidor em disponibilidade reingressa no serviço público. d) a forma de provimento de cargo público decorrente de readmissão de servidor público exonerado e) a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial transitada em julgado Comentário: agora ficou fácil, acabamos de ver esse assunto. A reintegração é a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial transitada em julgado (alternativa E). As demais alternativas correspondem a readaptação, reversão, aproveitamento e readmissão, respectivamente. Gabarito: alternativa E. 7. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2008) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei nº 10.261/68), reintegração é o reingresso no serviço público decorrente a) do término do período de disponibilidade. b) do término do período de afastamento. c) de decisão judicial transitada em julgado. d) do término do período de gozo de licença-saúde. e) de extinção do cargo originalmente ocupado. Comentário: como é possível perceber, a banca gosta de trabalhar esse assunto! Mas, vamos lá, fixar é importante! A reintegração é o retorno do servidor decorrente de decisão judicial transitada em julgado. Gabarito: alternativa C. 8. (FCC - Agente de Defensoria/DPE-SP/2010) A Lei estadual paulista no 10.261, de 28 de outubro de 1968, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando-se, segundo regra nela contida, exceto no que colidir com a legislação especial, dos funcionários dos três Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. b) passou, no regime constitucional de 1988, a ter aplicação subsidiária, quanto aos servidores do Estado de São Paulo, em relação à Lei federal que dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos civis da União. c) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, posto que esta substituiu o conceito de funcionário público pelo de servidor público. d) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando- se somente aos funcionários do Poder Executivo do Estado. e) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, face ao princípio da separação de Poderes. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 36 Comentário: questão que trabalha o 1º artigo da Lei: Artigo 1º Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Estado. Parágrafo único As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial, aplicam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. Desse modo, nosso gabarito é a alternativa A. Gabarito: alternativa A. 9. (VUNESP - Escrivão de Polícia/PC-SP/2014) Disciplina o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.261/68) que aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus. O conjunto de referência e grau constitui, relativamente ao cargo, a) a classificação b) a ordem c) o padrão. d) o sistema e) a importância. Comentário : cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor (art. 4º). A eles serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus, sendo o conjunto de referência e grau os constituintes do padrão do cargo. Gabarito: alternativa C. 10. (FCC – AJ/TRT-16/2014 - adaptada) Poliana, após tomar posse em determinado cargo público, não entrou em exercício no prazo estabelecido. Nos termos da Lei nº 10.261/1968, a conduta de Poliana acarretará sua a) demissão. b) exoneração de ofício. c) cassação de disponibilidade. d) suspensão por noventa dias, até que regularize a falta cometida. e) advertência, compelindo-a a regularizar a falta cometida. Comentário: após ser empossado, o servidor tem trinta dias para entrar em exercício. Após a posse, o vínculo entre o Estado e o candidato que ocupará o cargo já se formou, motivo pelo qual ele passa à condição de servidor público. Assim, não entrando em exercício no prazo legal, o servidor será exonerado de ofício pela Administração (letra B). Gabarito: alternativa B. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 36 11. (FCC - Aud/TCE-SP/2013) De acordo com a Constituição Federal, a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público. Tal comando constitucional traz como consequência a antijuridicidade do provimento de cargo público mediante a) transposição. b) readaptação. c) reversão. d) aproveitamento. e) recondução. Comentário: nos termos da Súmula 685 do STF: “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido ”. Assim, são exemplos de forma de provimento inconstitucionais a transposição (letra A), transformação, ascensão funcional, acesso e transferência, pois todas essas permitem que o servidor passe a ocupar carreira distintadaquela para o qual ele prestou o concurso. Por outro lado, readaptação, reversão, aproveitamento e recondução são formas de provimento derivado plenamente em vigor. Gabarito: alternativa A. 12. (FCC – TJ/TRT-15/2013 - adaptada) João Carlos era funcionário público titular de cargo efetivo. Em determinada ocasião imputaram-lhe a prática de infração de natureza grave, que após regular processo administrativo, acabou ensejando sua demissão. Posteriormente João Carlos conseguiu reunir provas para demonstrar que as acusações eram falsas. Pretende assim, ingressar em juízo, munido dessas provas para pleitear, com fundamento na Lei 10.261/1968, sua a) recondução ao cargo anteriormente ocupado, com direitos e vantagens atrasados. b) reintegração ao cargo, cumulado com pedido de recebimento dos vencimentos e vantagens do período. c) recondução ao cargo, vedado qualquer efeito retroativo à decisão. d) reintegração ao cargo, vedado o recebimento de acréscimos e vantagens. e) reversão ao cargo, com efeitos retroativos quanto ao recebimento de vantagens e provimentos. Comentário: a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do servidor público. Caso o servidor consiga ser reintegrado, ele terá direito ao ressarcimento de todas as vantagens que deixou de receber quando estava afastado do cargo. Dessa forma, o nosso gabarito é a letra B. Por esse motivo, a opção D está errada, pois deverá ocorrer o ressarcimento dos acréscimos e vantagen s. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 36 As letras A e C estão erradas, uma vez que a recondução pode ocorrer no caso de reintegração do anterior ocupante do cargo. Por fim, o erro na letra E é que a reversão consiste no retorno de servidor aposentado ao exercício do cargo. Gabarito: alternativa B . 13. (FCC – AJ/TRT-18/2013) Determinado servidor público foi demitido após regular processo administrativo, no qual foi devidamente assegurada sua ampla defesa. Pretendendo invalidar essa decisão, que entende ter incorrido em equivocada interpretação dos fatos, poderá a) ajuizar ação judicial pleiteando sua reversão ao cargo, cumulando o pedido com indenização pelas perdas e danos incorridos. b) ajuizar ação judicial pleiteando sua reintegração ao cargo, cumulando pedido de ressarcimento de todas as vantagens. c) requerer a instauração de processo administrativo revisor, pleiteando sua recondução ao cargo, cumulada com indenização equivalente aos vencimentos não recebidos no período. d) requerer a instauração de processo administrativo revisor, pleiteando sua reversão ao cargo, somente sendo possível ressarcimento de todas as vantagens no caso de ter havido dolo ou má-fé. e) ajuizar ação judicial pleiteando sua readaptação ao cargo, cumulando o pedido com indenização pelas perdas e danos comprovados. Comentário: essa já é uma questão batida. No caso de invalidação de demissão, o servidor será reintegrado ao cargo, tendo o direito a todas as vantagens que deixou de receber durante o período que esteva demitido (art. 30 ). Logo, o servidor demitido deve mover a ação judicial para obter a reintegração e o ressarcimento de todas as vantagens. Por isso, o nosso gabarito é a letra B. Gabarito: alternativa B. Concluímos por hoje. Em nossa próxima aula, vamos continuar o estudo do Estatuto dos Servidores de São Paulo. Espero por vocês! Bons estudos. HERBERT ALMEIDA. http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/ Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 36 @profherbertalmeida www.facebook.com/profherbertalmeida/ をprofherbertalmeida QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012 - adaptada) Para os efeitos da Lei 10.261/1968, funcionário público é o ocupante de cargo público, conceituação que abrange os ocupantes de cargo em comissão e função de confiança. 2. (Cespe – TA/ANTT/2013) O servidor público reintegrado ao cargo em razão da declaração judicial de nulidade de ato de demissão não tem direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos durante o período de afastamento. 3. (Cespe – Assistente 1/CNPq/2011) A transferência e a reversão são formas de provimento de cargo público vedadas pela legislação. 4. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2013) Nos termos do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual no 10.261/68), os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal, em razão de o horário das sessões das respectivas Câmaras coincidir com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário, serão considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais. No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento a) serão sempre computados para fins de vencimento ou remuneração. b) não serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário. c) não serão, em qualquer hipótese, computados para fins de vencimento ou remuneração. d) não serão computados para fins de remuneração, mas sim, para fins de vencimento. e) não serão computados para fins de vencimento, mas sim, para fins de remuneração. 5. (FCC - Procurador do Estado/PGE-SP/2012) A hipótese em que servidor público efetivo, demitido do serviço público estadual, nele reingressa em cumprimento de decisão judicial, é denominada a) readmissão. b) reversão. c) restituição. d) reaproveitamento. e) reintegração. Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) Agente Fiscal de Rendas Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 13 Prof. Herbert Almeida www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 36 6. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2010) De acordo com a Lei Estadual no 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado), a reintegração é a) a investidura de servidor público em cargo diverso, decorrente de readaptação recomendada em inspeção médica. b) o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público. c) o ato pelo qual o servidor em disponibilidade reingressa no serviço público. d) a forma de provimento de cargo público decorrente de readmissão de servidor público exonerado e) a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial transitada em julgado 7. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2008) De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei nº 10.261/68), reintegração é o reingresso no serviço público decorrente a) do término do período de disponibilidade. b) do término do período de afastamento. c) de decisão judicial transitada em julgado. d) do término do período de gozo de licença-saúde. e) de extinção do cargo originalmente ocupado. 8. (FCC - Agente de Defensoria/DPE-SP/2010) A Lei estadual paulista no 10.261, de 28 de outubro de 1968, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, a) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando-se, segundo regra nela contida, exceto no que colidir com a legislação especial, dos funcionários dos três Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. b) passou, no regime constitucional de 1988, a ter aplicação subsidiária, quanto aos servidores do Estado de São Paulo, em relação à Lei federal que dispõe sobre o estatuto dos servidores públicos civis da União. c) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, posto que esta substituiu o conceito
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