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Aula 13
Direito Administrativo p/ ICMS/SP - 2017 (Com videoaulas)
Professores: Alfredo Alcure Neto, Herbert Almeida
Direito Administrativo p/ SEFAZ-SP (ICMS-SP) 
Agente Fiscal de Rendas 
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AULA 13: Estatuto dos Servidores de São Paulo 
(parte 1) 
Sumário 
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO ................................................................... 2 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ....................................................................................................................................... 2 
CONCURSO PÚBLICO ................................................................................................................................................. 6 
SUBSTITUIÇÃO ......................................................................................................................................................... 6 
PROVIMENTO .......................................................................................................................................................... 7 
READAPTAÇÃO ...................................................................................................................................................... 19 
REMOÇÃO ............................................................................................................................................................ 19 
POSSE ................................................................................................................................................................. 20 
EXERCÍCIO ............................................................................................................................................................ 23 
TEMPO DE SERVIÇO ................................................................................................................................................ 25 
QUESTÕES LEI 10.261/1968 ............................................................................................................................ 27 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................................ 33 
GABARITO ....................................................................................................................................................... 36 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 36 
 
Olá pessoal, tudo certo? 
Prosseguindo com o tema agentes públicos, na aula de hoje veremos 
o seguinte tópico do edital: “Estatuto do Servidor Público Estadual (Lei 
nº 10.261/68) (parte 1).”. 
Nesta primeira aula, vamos abordar somente os aspectos iniciais do 
Regime dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, deixando para 
finalizar essa norma na nossa segunda aula. 
Vamos lá?! 
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REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Disposições preliminares 
O Regime Jurídico Único para os servidores públicos do Estado de São 
Paulo consta na Lei 10.261, de 28 de outubro de 19681. Tal norma, por 
expressa previsão do art. 1º, parágrafo único, aplica-se aos servidores 
públicos: 
a) dos três Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário); 
b) dos Tribunais de Conta do Estado. 
Por outro lado, dispõe o art. 2º que as disposições da Lei 10.261/1968 
não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e 
serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles 
que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público. 
Neste momento, devemos destacar que, tendo em vista que a norma 
foi editada em 1968, vários de seus dispositivos não se encontram em 
consonância com a Constituição Federal de 1988. De forma geral, a Lei 
10.261/1968 foi recepcionada pela CF/88, ainda assim o mencionado 
Estatuto apresenta alguns dispositivos claramente inconstitucionais. 
Nesse contexto, destacamos que, apesar de o art. 2º mencionar 
“empregados das autarquias”, certo é que hoje a CF não admite a existência 
de “empregado”, mas somente de “servidor público” nas autarquias, em 
obediência ao art. 39, caput, do texto constitucional atualmente em vigor: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, 
no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira 
para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das 
fundações públicas. 
Por conseguinte, podemos dizer que, por força constitucional, as 
normas da Lei 10.261/1968 também se aplicam aos servidores públicos das 
autarquias. 
De qualquer forma, caso o enunciado da questão limite o âmbito de 
sua aplicação “aos termos da Lei 10.261/1968” e venha a utilizar a 
expressão “empregados das autarquias”, podemos considerar que, neste 
caso, o avaliador está cobrando o texto expressa do Estatuto. Assim, será 
 
1 Pラヴ aラヴN; Sラ ;ヴデく ヲンが ヮ;ヴ=ェヴ;aラ ┎ミキIラが キデWマ さヱヰざが S; Cラミゲデキデ┌キN?ラ Eゲデ;S┌;ノ SW ヱΓΒΓが ラ Eゲデ;デ┌デラ Sラゲ “Wヴ┗キSラヴWゲ 
P┎HノキIラゲ SW “?ラ P;┌ノラ ヮ;ゲゲラ┌ ; ゲWヴ マ;デYヴキ; SW さノWキ IラマヮノWマWミデ;ヴざく Pラヴデ;ミデラが ; LWキ ヱヰくヲヶヱっヱΓヶΒ aラキ ヴWIWヮIキラミ;S; 
sob status de lei complementar. Por conseguinte, desde a promulgação da CE de São Paulo, somente leis 
complementares podem alterar o conteúdo da Lei 10.261/1968. 
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necessário analisar com calma o enunciado da questão e também suas 
opções. 
Outro ponto de destaque é que o art. 2º fala em “entidades 
paraestatais e serviços públicos de natureza industrial”. Naquela época, a 
expressão “entidades paraestatais” era utilizada para designar as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, ou seja, as empresas estatais. 
Atualmente, no entanto, “entidade paraestatal” possui significado distinto, 
utilizado para designar as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins 
lucrativos, instituídas por particulares – portanto, não integrantes da 
Administração Pública –, que atuam em colaboração ou apoio ao Estado 
na prestação de atividades de utilidade pública. 
De qualquer forma, as regras da Lei 10.261/1968 realmente não se 
aplicam aos empregos públicos, que são ocupantes de emprego público, 
nas empresas estatais. A esses empregados, aplicam-se as normas do 
contrato de trabalho e da Consolidação das Lei do Trabalho – CLT. 
Assim, enquanto o vínculo dos empregados públicos é contratual, a 
relação entre os servidores públicos e o poder público é legal. Por 
conseguinte, para os empregados públicos o pacto contratual só poderá ser 
alterado por concordância das duas partes (empregado e poder público). 
Por outro lado, o regime jurídico dos servidores públicos poderá ser alterado 
sempre que o estatuto sofrer alterações. Vale dizer, o servidor público não 
está livre de modificações legais, que poderão alterar os termos de sua 
relação com a Administração Pública. 
Com efeito, devemos observar que, em vários julgados, o STF e o STJ 
já reconheceram que o servidor público não possui direito adquirido à 
imutabilidade do regime jurídico. Dessa forma, como toda lei é passível 
de modificação, é possível a modificação legal do regime jurídico inicial de 
um servidor público. Por exemplo, no MS 28.433 Agr/PB, o Supremo 
Tribunal Federal entendeu que “o servidor público não tem direito 
adquirido a regime jurídico, o que, consequentemente,significa que 
não há violação a direito quando se altera a jornada de trabalho 
anteriormente fixada”2. 
Entretanto, as modificações em lei não poderão retirar aquilo que o 
servidor já alcançou a título de direito adquirido, ou seja, os direitos dos 
 
2No STF, ver MS 28.433 AgR/DF; no mesmo sentido, podemos observar o EDcl no AgR no RESp 1.349.802/RJ, nos 
ゲWェ┌キミデWゲ デWヴマラゲぎ さOcorre que a natureza do vínculo que liga o servidor ao Estado é de caráter legal e pode, por 
conseguinte, sofrer modificações no âmbito da legislação ordinária pertinente, as quais o servidor deve obedecer, 
de modo que não há direito adquirido do servidor a determinado regime jurídico, nos termos de tranquila 
jurisprudência da Suprema Corteざ. 
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quais ele já tenha preenchido os requisitos para gozá-los devem ser 
respeitados. 
A Lei conceitua funcionário como a pessoa legalmente investida 
em cargo público (art. 3º). O termo “funcionário” ou “funcionário público” 
encontra-se em desuso atualmente3, uma vez que a atual Constituição 
Federal preferiu o termo “servidores públicos”. Porém, para a prova, vale o 
que consta na lei. De qualquer forma, ao longo desta aula, utilizaremos 
tanto a expressão “servidor público”, quanto “funcionário público”, termos 
que deverão ser considerados como sinônimos. 
Por outro lado, cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades cometidas a um servidor (art. 4º). Ademais, a eles 
serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, seguidas 
de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus, sendo o conjunto de 
referência e grau os constituintes do padrão do cargo. 
O cargo público é, portanto, uma unidade de competência atribuída 
a um servidor público, criada por lei e prevista em número certo, possuindo 
denominação própria. Por exemplo, são cargos públicos: Agente Fiscal de 
Rendas da SEFAZ-SP, Analista Judiciário, etc. 
Os cargos são considerados de carreira ou isolados. 
Organizam-se em carreira os cargos com sucessivas 
classes, escalonadas segundo o nível de 
complexidade das atribuições e grau de responsabilidade. Por exemplo, o 
cargo de Juiz organiza-se em classes, como Juiz Substituto, Juiz de 
Primeira Entrância, Segunda Entrância, etc. 
Por outro lado, os cargos isolados são aqueles que não se organizam em 
classes. Por exemplo, um cargo de enfermeiro pode não possuir nenhum 
nível superior para que o servidor possa ser promovido. 
Além disso, a Lei dispõe que o quadro é o conjunto de carreiras e cargos 
isolados. Por exemplo, o serviço de saúde pode ter diversos cargos, em 
carreira ou isolados. O conjunto desses cargos formará o quadro da 
saúde. 
 
3 “ラマWミデW ;ゲ ミラヴマ;ゲ マ;キゲ ;ミデキェ;ゲ ヮヴWゲWヴ┗;マ ; W┝ヮヴWゲゲ?ラ さa┌ミIキラミ=ヴキラ ヮ┎HノキIラざく Pラヴ W┝Wマヮノラが ラ CルSキェラ PWミ;ノが 
que é uma norma de 1940, ainda utiliza essa terminologia. 
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O Estatuto veda que sejam atribuídos aos funcionários encargos ou 
serviços diversos dos de sua carreira ou cargo. Isso não se aplica, 
contudo, as funções de chefia e direção e as comissões legais. 
Vale destacar que os cargos públicos podem ser de provimento 
efetivo, quando dependerão de prévia aprovação em concurso público, 
e de provimento em comissão, situação em que serão de livre nomeação 
e exoneração pela autoridade competente. 
Dessa forma, tanto os servidores aprovados em concurso público 
quanto os chamados servidores comissionados submetem-se às disposições 
do Regime Estatutário. 
 
Servidor público é o ocupante de cargo 
público, podendo ser de provimento efetivo ou 
em comissão. 
 
1. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012 - adaptada) Para os efeitos da Lei 
10.261/1968, funcionário público é o ocupante de cargo público, conceituação que 
abrange os ocupantes de cargo em comissão e função de confiança. 
Comentário: essa questão é uma pegadinha. Isso porque, de acordo com a Lei 
10.261/1968, funcionário é o ocupante de cargo público, que poderá ser de 
provimento efetivo ou em comissão. Assim, analisando rapidamente a 
questão, o candidato poderia considerá-la errada. 
No entanto, a o art. 37, V, da Constituição Federal estabelece que “as funções 
de confiança , exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo , e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de 
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento ”. 
Assim, toda função de confiança é exercida por ocupante de cargo efetivo. 
Logo, o cargo público abrange os ocupantes dos cargos em comissão e, 
também, daqueles que exercem função de confiança. Dessa forma, a questão 
está correta. 
Gabarito: correto. 
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Concurso público 
As regras sobre concurso público guardam muita relação com o que 
dispõe a Constituição Federal. O concurso possui, basicamente, dupla 
finalidade. A primeira é a de selecionar os melhores candidatos para o 
preenchimento da vaga, conforme nível de conhecimento demonstrado na 
avaliação. A outra finalidade é garantir a todas as pessoas que atendem aos 
requisitos do cargo o direito de concorrer à vaga. 
Assim, o concurso poderá ser de provas ou de provas e títulos. Além 
disso, as provas serão avaliadas na escala de zero a 100 pontos e aos títulos 
serão atribuídos, no máximo, 50 pontos. 
As normas gerais para a realização dos concursos e para a 
convocação e indicação dos candidatos para o provimento dos 
cargos devem ser fixadas em regulamento (art. 16). 
Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo 
órgão competente. Essas instruções especiais irão determinar: 
a) se o concurso será: 
a. de provas ou de provas e títulos; e 
b. por especializações ou por modalidades profissionais, quando 
couber; 
b) as condições para provimento do cargo referentes a: 
a. diplomas ou experiência de trabalho; 
b. capacidade física; e 
c. conduta; 
c) o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos; 
d) a forma de julgamento das provas e dos títulos; 
e) os critérios de habilitação e de classificação; e 
f) o prazo de validade do concurso. 
Da mesma forma, as instruções especiais poderão determinar que a 
execução do concurso, bem como a classificação dos habilitados, seja feita 
por regiões. 
Por fim, estabelece o art. 20, que a nomeação obedecerá à ordem de 
classificação no concurso. 
Substituição 
A substituição é um instrumento fundado no princípio da continuidade, 
possuindo previsão no art. 23 da Lei 10.261/1968, que determina que os 
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servidores investidos em cargo de direção ou chefia terão substitutos 
nos casos de impedimento legal e temporário. Essa substituição poderá ser 
automática ou designada mediante ato da autoridade competente. 
Com efeito, o substituto exercerá o cargo enquanto durar o 
impedimento do respectivo ocupante, e terá direito a perceber o valor do 
padrão e as vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído, além 
das vantagens pessoais a que fizer jus. 
Por outro lado, duranteo tempo da substituição, o substituto perderá 
o vencimento ou a remuneração e demais vantagens pecuniárias inerentes 
ao seu cargo, se pelo mesmo não optar. 
Provimento 
Formas de provimento 
Segundo Hely Lopes Meirelles4, provimento é o ato pelo qual se efetua 
o preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular. 
Assim, a Lei 10.261/1968 estabelece sete hipóteses de provimento, 
vejamos: 
a) nomeação; 
b) transferência; 
c) reintegração; 
d) acesso; 
e) reversão; 
f) aproveitamento; e 
g) readmissão. 
Provimento originário e provimento derivado 
As formas de provimento apresentadas acima dividem-se em 
provimento originário e provimento derivado. 
O provimento originário é o que se faz através da nomeação, 
constituindo o preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo 
anterior com a administração. Quando se tratar de provimento em cargos 
efetivos, o provimento originário dependerá sempre de prévia aprovação 
em concurso público. 
 
4 Meirelles, 2013, p. 482. 
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A nomeação é a única forma de provimento 
originário. 
Todos os demais tipos constituem hipóteses de provimento derivado, 
uma vez que pressupõem a existência de prévio vínculo com a 
Administração. Vale dizer, no provimento derivado, há uma modificação na 
situação de serviço da pessoa provida, que já possuía um vínculo anterior 
com o poder público. 
Por exemplo, a reintegração é forma de provimento derivado, prevista 
no art. 41, §2º, da CF, em que o servidor estável é reintegrado ao serviço 
público em decorrência de invalidação de sua demissão. Nesse caso, o 
servidor estável foi reintegrado ao serviço público, ou seja, já existia uma 
prévia relação com o poder público, procedendo-se apenas a invalidação de 
sua demissão, com consequente reintegração. 
Dessa forma, podemos mencionar que são formas de provimento 
derivado previstas na Lei 10.261/1968 reintegração, reversão, 
aproveitamento e readmissão. 
Alerta-se que na redação da Lei 10.261/1968, ainda constavam o 
acesso e a transferência. Todavia, tais formas de provimento são 
consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. 
Nessa linha, podemos mencionar o conteúdo da Súmula 685 do STF, 
que estabelece que “É inconstitucional toda modalidade de 
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em 
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”5. 
Assim, o acesso e a transferência são formas de provimento 
consideradas inconstitucionais pelo STF, uma vez que permitem o ingresso 
em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por 
concurso6. Outras formas de provimento derivado, muito semelhantes com 
as mencionadas acima, também são consideradas inconstitucionais, por 
permitirem o ingresso em cargo que não integra a carreira para a qual o 
 
5 AヮWゲ;ヴ SW ; “┎マ┌ノ; マWミIキラミ;ヴ さem cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido͟, a 
interpretação que costuma ser dada à redação é que são inconstitucionais formas de provimento em cargo 
distinto ao qual o servidor prestou o concurso público, existindo, porém, algumas ressalvas, conforme 
discutiremos ao longo da aula. 
6 ADI 231/RJ. 
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servidor prestou o concurso, tais como a transposição, a transformação 
ou a ascensão funcional7. 
Das formas de provimento derivado, a reintegração e o 
aproveitamento possuem previsão expressa no texto constitucional (CF, 
art. 41, §§2º e 3º). Portanto, possuem respaldo diretamente na 
Constituição da República, motivo pelo qual não podem ser consideradas 
ilegítimas. 
É importante frisar isso, pois, ao “pé-da-letra”, o aproveitamento 
permite o reingresso do servidor em carreira distinta daquela em que ele 
foi originariamente provido. O aproveitamento ocorre quando um servidor 
é reintegrado e, por consequência, eventual servidor que passou a ocupar 
o seu cargo precisa ser reconduzido ao cargo de origem ou, se não houver 
vaga, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade (CF, art. 
41, §2º). 
Exige-se, nesse caso, que o cargo de aproveitamento seja de natureza 
e padrão de vencimentos correspondentes ao que ocupava (Lei 
10.261/1698, art. 38, §1º). 
Assim, a redação da Súmula 685 do STF deve ser analisada com uma 
certa ressalva, uma vez que existe, no próprio texto constitucional, forma 
de provimento em cargo distinto ao qual o servidor prestou concurso 
público. 
Além disso, a Lei 10.261/1968 apresenta outra forma de provimento 
derivado, mas que não consta expressamente na Constituição da República. 
Trata-se da reversão. 
O fato é que, atualmente, podemos observar uma forma de provimento 
originário (nomeação) e quatro formas de provimento derivado 
(reintegração, reversão, aproveitamento, e readmissão), conforme 
iremos discutir abaixo. 
Antes disso, porém, cabe debatermos a regra constante no art. 12, 
claramente inconstitucional, segundo a qual não havendo candidato 
habilitado em concurso, os cargos vagos, isolados ou de carreira, só 
poderão ser ocupados no regime da legislação trabalhista, até o prazo 
máximo de dois anos, considerando-se findo o contrato após esse 
período, vedada a recondução. Tal regra não pode mais ser admitida 
atualmente, em primeiro lugar porque os cargos públicos só podem ser 
ocupados por servidores públicos, ou seja, não podem ser ocupados por 
pessoas submetidas à legislação trabalhista; além disso, o art. 37, II, da CF 
 
7 RE 602.264/DF. 
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exige a prévia aprovação em concurso público para a investidura em cargo 
ou emprego público, ressalvando apenas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Nomeação (provimento originário) 
A nomeação é a única forma de provimento originário admitida em 
nosso ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo 
efetivo, vitalício ou em comissão. Na primeira situação (cargo efetivo), a 
nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso público de provas 
ou de provas e títulos. Por outro lado, a nomeação para cargos vitalícios 
somente ocorrerá nos casos previstos na Constituição. Já quando for para 
provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em 
concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração. 
Vale destacar que como forma de provimento originário, a nomeação 
independe de prévio vínculo com a Administração. Na verdade, em regra, o 
nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público antes de sua 
nomeação. 
Entretanto, existirão situações em que a pessoa já ocupará algum 
cargo, de provimento efetivo ou em comissão, mas isso não muda a 
natureza de provimento originário da nomeação. Isso porque a nova 
nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior. Vejamos 
dois exemplos para deixar as coisas mais claras. 
Pedro é servidor comissionado, ocupante do cargo de assistente no 
gabinete de um Ministro X no Tribunal de Contas. Posteriormente, Pedro 
veio a ser nomeado para ocupar o cargo de chefe de gabinete do Ministro 
Y, no Supremo Tribunal Federal. Nesse caso, a nomeação continua sendo 
provimento originário, pois o provimento no novo cargo não possuirelação 
com o anterior (qualquer pessoa poderia ter sido nomeada para o segundo 
cargo). Dessa forma, mesmo já sendo agente público, Pedro terá um novo 
provimento originário quando for nomeado para o outro cargo. 
Vamos ao segundo exemplo. Lúcio é servidor efetivo no Tribunal 
Regional do Trabalho, ocupando cargo de técnico administrativo para o qual 
foi aprovado por meio de concurso público. Alguns anos depois, Lúcio 
concluiu seu curso superior e prestou concurso para cargo de analista no 
mesmo órgão. Obtendo a aprovação, foi nomeado para ocupar o cargo. 
Nessa situação, mesmo já sendo servidor efetivo, Lúcio terá novo 
provimento originário, pois novamente a nomeação no segundo cargo não 
possui nenhuma relação com o cargo anterior. Mesmo que Lúcio não fosse 
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servidor, poderia ter prestado o concurso e, depois, ser nomeado para o 
cargo. 
Dessa forma, independentemente se a pessoa possui vínculo anterior 
ou não, a nomeação é forma de provimento originário, justamente por 
independer de qualquer vínculo prévio com o Poder Público. 
Com efeito, a nomeação é o ato administrativo unilateral, pois é a 
manifestação de vontade unicamente da autoridade administrativa 
competente. Dessa forma, a nomeação não gera nenhuma obrigação para 
o candidato nomeado, representando somente o direito subjetivo à posse, 
por meio da qual será formalizado o vínculo funcional com a administração 
pública. 
Portanto, o candidato nomeado não possui obrigação de ocupar o 
cargo, mas apenas o direito a formalizar seu vínculo funcional por meio da 
posse. Não desejando ocupar o cargo, não ocorrerá nenhuma penalidade 
ao candidato, pois não lhe há obrigação de tomar posse. 
Além disso, um ponto muito interessante a se discutir é sobre o direito 
do candidato aprovado em concurso público de ser nomeado. 
Há poucos anos, a nomeação era tratada como ato administrativo 
discricionário, na qual a autoridade competente, por meio de seu juízo de 
conveniência e oportunidade, poderia decidir se nomeava ou não o 
candidato aprovado em concurso público. 
Todavia, nos últimos anos, esse entendimento sofreu importantes 
modificações. Atualmente, é firme o entendimento de que o candidato 
aprovado em concurso público, dentro do número de vagas 
previstas no edital, possui direito subjetivo à nomeação. 
Nessa linha, o Supremo Tribunal Federal entende que a regra é a 
nomeação do candidato aprovado dentro das vagas previstas em edital, 
afastando-se tal dever apenas em situações excepcionalíssimas, que 
justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com 
o interesse público. Assim, para justificar o excepcionalíssimo não 
cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é 
necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes 
características8: 
a) superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação 
excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital 
do certame público; 
 
8 RE 598099/MS. 
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b) imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias 
extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; 
c) gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser 
extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou 
mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; 
d) necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do 
dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a 
Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não 
existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação 
excepcional e imprevisível. 
Em relação ao direito dos candidatos aprovados fora do número de 
vagas, o STF entende que, em regra, não há direito subjetivo à 
nomeação. 
Entretanto, há dois casos em que o candidato aprovado fora das vagas 
ganha o direito de ser nomeado. 
A primeira é se houver preterição da ordem de classificação. É o 
que dispõe a Súmula 15 do STF: “dentro do prazo de validade do concurso, 
o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for 
preenchido sem observância da classificação”. Seria o caso de um servidor 
aprovado em terceiro lugar, e que não foi nomeado, enquanto a 
administração nomeia o décimo colocado. 
O segundo caso ocorre quando surgirem novas vagas, ou for aberto 
novo concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a 
preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte 
da administração. 
Vamos explicar esse caso um pouco melhor! Segundo o STF, a 
preterição arbitrária e imotivada de candidatos ocorre quando o Poder 
Público passa a adotar um comportamento tácito e expresso que demonstre 
a necessidade de nomeação de novos servidores, durante o prazo de 
validade de concurso anterior.9 
Por exemplo: João presta um concurso público em 2015, com validade 
de dois anos, e fica no cadastro de reserva. Porém, surgem novas vagas 
para o órgão para o qual João prestou concurso e o presidente da unidade 
solicita orçamento e determina a abertura dos procedimentos para realizar 
um novo concurso público ainda em 2016, alegando para isso a situação 
caótica do órgão pela falta de servidor. Porém, o presidente do órgão fica 
 
9 RE 837.311. 
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“esperando” passar a validade do concurso anterior, com o único objetivo 
de nomear os aprovados do novo concurso. Isso é a tal “preterição de 
candidatos de forma arbitrária e imotivada”. 
 
Direito à nomeação 
Aprovado 
dentro das 
vagas 
 Sim (regra) 
 Salvo se: surgir uma situação superveniente, 
imprevisível e grave em que a não nomeação seja de fato 
necessária. 
Aprovado 
fora das 
vagas 
 Não (regra) 
 Salvo se: 
1 – não for observada a ordem de classificação do concurso 
(Súmula 15 do STF); 
2 – surgirem novas vagas ou for aberto novo concurso 
durante a validade do concurso anterior, e ocorrer a 
preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por 
parte da administração (RE 837.311). 
Reintegração 
A reintegração também é forma de provimento derivado, constando 
expressamente no art. 41, §2º, da Constituição Federal, e no art. 30 da Lei 
10.261/1968. 
Nesse contexto, a reintegração ocorrerá quando for invalidada a 
demissão, por decisão judicial passada em julgado, do servidor público. 
Em tal situação, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo 
decorrente de sua transformação, devendo ser ressarcido de todas as 
vantagens a que teria direito. 
Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor reingressará em 
cargo equivalente, respeitada a habilitação profissional ou, na 
impossibilidade dessa ação, ficará em disponibilidade, até o seu 
aproveitamento (Lei 10.261/1968, art. 31, §2º). 
Além disso, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante 
será exonerado ou reconduzido ao cargo de origem, sem direito à 
indenização (art. 31, §1º). 
Devemos observar ainda que o texto constitucional dispõe que a 
reintegração se aplica ao servidor estável. Todavia, é inadmissível cogitar 
que o servidor não estável possa ser demitido e, posteriormente, sendo 
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reconhecida a invalidade de sua demissão, ele não possa retornar ao 
servido público. 
Com efeito, a anulação dos atos administrativos provoca efeitos 
retroativos (ex tunc), ou seja, desde a origem. Dessa forma, reconhecendo-
se a ilegalidade da demissão do servidor público, obviamente que ele 
retornará ao serviço ativo, seja ele estável ou não. 
Nesse contexto, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo10 reconhecem 
que, em tal situação, o servidor não estável retornará sim ao serviço 
público. Os autores apenas ressaltam que esse retorno não é denominado 
reintegração, uma vez que não guarda relação com o conceito legal dessa 
forma de provimento. Assim, mesmo que não tenha um “nome” específico, 
o certo é que invalidada a demissão de servidor não estável, terá ele o 
direito de regressar ao serviço público. 
Finalmente, o prazo para a expedição do decreto determinando a 
reintegração é de no máximo 30 dias, a contar da data em que a decisão 
transitar em julgado. 
Reversão 
A reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 35 da 
Lei 10.261/1968, consistindo no retorno à atividade de servidor 
aposentado, quando inspeção médica oficial declarar que deixaram de 
existir os motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente. 
O entendimento é muito simples. Inicialmente, o servidor foi 
aposentado por invalidez permanente, mas após inspeção por junta médica 
oficial constatou-se que os motivos que levaram à aposentadoria não 
subsistem mais. Dessa forma, trata-se de situação vinculada para o 
servidor e para a Administração, pois inexistindo as causas da 
aposentadoria por invalidez deverá ele retornar à ativa. Com efeito, 
independe, para fins de reversão de ofício, se o servidor era estável ou o 
se cargo está ocupado ou não. 
Ademais, o servidor retornará ao mesmo cargo que ocupava antes da 
aposentadoria (art. 36). Todavia, em casos especiais, a juízo do Governo, 
poderá o aposentado reverter em outro cargo, de igual padrão de 
vencimentos, respeitada a habilitação profissional (art. 36, §1º). 
Como essa forma de provimento depende de inspeção médica, é 
preciso a comprovação de capacidade para o exercício do cargo para que 
 
10 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 353. 
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ela se efetive. Assim, se o laudo médico não for favorável, poderá ser 
procedida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim, decorridos pelo 
menos 90 dias. 
Aproveitamento 
O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão 
expressa na Constituição Federal (art. 41, §3º) e na Lei 10.261/1968 (arts. 
37 e 38). 
Dispõe o art. 41, §3º, da Constituição Federal que, uma vez extinto o 
cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável que o 
ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Assim, o aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava 
em disponibilidade, devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos 
compatíveis com o anteriormente ocupado. Se o aproveitamento ocorrer 
em cargo de padrão inferior ao provento da disponibilidade, terá o 
funcionário direito à diferença. 
Devemos observar que quando for extinto o cargo público, o servidor 
estável não poderá ser demitido. Por isso que a Constituição lhe assegura 
o direito à disponibilidade, isto é, o direito a ficar sem exercer suas funções 
temporariamente, mantendo-se o vínculo com a Administração e 
assegurando-lhe o direito a receber remuneração proporcional ao tempo de 
serviço, até que seja adequadamente aproveitado em outro cargo. Dessa 
forma, podemos perceber que o aproveitamento aplica-se exclusivamente 
ao servidor estável. 
Ademais, o aproveitamento é vinculado para o agente público e para 
a Administração. Nessa linha, se houver vaga – e o funcionário for liberado 
pela inspeção médica –, o poder público se obriga a realizar o 
aproveitamento, da mesma forma como o servidor posto em disponibilidade 
é obrigado a entrar em exercício. Assim, dispõe o art. 38, §5º, da Lei 
10.261/1968 que será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada 
a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal11. 
Com efeito, a cassação de disponibilidade é uma penalidade 
administrativa, na forma do art. 251, VI, confirmando o caráter 
obrigatório para o servidor público. 
 
11 A Lei 10.261/1968 não fixa o prazo para que o servidor em disponibilidade entre em exercício quando ocorrer 
o seu aproveitamento. 
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Além disso, se o aproveitamento se der em cargo comissionado, terá 
o aproveitado assegurado, no novo cargo, a condição de efetividade que 
tinha no cargo anteriormente ocupado. 
Por fim, se após a inspeção medica obrigatória, o funcionário for 
considerado incapaz, será ele aposentado no cargo que ocupava 
anteriormente. 
Recondução 
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente 
ocupado. Embora ela não seja mencionada no Estatuto, trata-se de 
provimento derivado previsto expressamente no texto constitucional (art. 
41, §2º). 
Assim, a recondução ocorre, apenas ao servidor estável, no caso de 
reintegração do anterior ocupante do cargo (Constituição Federal – 
art. 41, §2º). 
Para melhor elucidação, vejamos o que dispõe o art. 41, §2º, da CF: 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será 
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional 
ao tempo de serviço. (grifos nossos) 
Vamos a um exemplo. Lucas é servidor estável no cargo X. Entretanto, 
sem observar os requisitos legais, sofreu a pena de demissão a bem do 
serviço público. Em seguida, Otávio, que era servidor estável no cargo Y, 
foi nomeado para ocupar o cargo de Lucas, uma vez que obteve aprovação 
em concurso público para aquele cargo. Meses depois, Lucas consegue 
anular judicialmente a sua demissão, sendo devidamente reintegrado ao 
cargo X. Nessa situação, Otávio será reconduzido ao cargo Y, sem direito à 
indenização. 
Readmissão 
A readmissão é o instituto previsto no art. 39 do Estatuto, 
representando o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, 
reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, 
assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
Tal hipótese, em nosso entendimento, conflita também com a regra 
prevista no art. 37, II, da CF, por representar forma de ingresso em cargo 
público sem aprovação em concurso. Nessa mesma linha, por meio do 
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Despacho Normativo do Governador, de 12 de março de 1990, firmou-se o 
entendimento de que “em face da nova disciplina constitucional da matéria, 
não mais subsistem as formas de provimento derivado de cargo público 
denominadas readmissão, reversão a pedido e transposição”. 
Obviamente, o mencionado Despacho Normativo não tem força de lei 
nem capacidade de revogar ou “declarar” uma norma inconstitucional, 
sendo aplicávelapenas ao âmbito do Poder Executivo. De qualquer forma, 
ele demonstra a interpretação que devemos dar à possibilidade de 
readmissão. 
Com efeito, o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou, ao menos 
uma vez, sobre a inconstitucionalidade da readmissão (ADI 2983/CE). A 
despeito de o caso específico tratar-se da possibilidade de readmissão de 
magistrado exonerado, podemos perceber a tendência de considerar tal 
forma de provimento como inconstitucional12. 
De qualquer forma, para fins de questões expressas, vamos 
transcrever o conteúdo dos arts. 39 e 40 do Estatuto dos Servidores de São 
Paulo: 
Artigo 39 Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou 
exonerado, reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de 
prejuízos, assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos 
anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
§ 1º A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigatoriamente 
precedida de reexame do respectivo processo administrativo, em que fique 
demonstrado não haver inconveniente, para o serviço público, na 
decretação da medida. 
§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, se a demissão tiver sido 
a bem do serviço público, a readmissão não poderá ser decretada antes de 
decorridos 5 (cinco) anos do ato demissório. 
Artigo 40 A readmissão será feita no cargo anteriormente exercido pelo ex-
funcionário ou, se transformado, no cargo resultante da transformação. 
 
***** 
A figura abaixo representa as formas de provimento previstas na Lei 
10.261/1968. 
 
12 ADI 2983/CE; veja também o Informativo 377/2005 do STF. 
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Para fixar, vamos dar uma olhada em questões. 
 
2. (Cespe – TA/ANTT/2013) O servidor público reintegrado ao cargo em razão da 
declaração judicial de nulidade de ato de demissão não tem direito ao tempo de 
serviço, aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos durante o período 
de afastamento. 
Comentário: a reintegração somente irá ocorrer quando a demissão do 
servidor for invalidada, seja por decisão judicial. Caso a reintegração 
aconteça, o servidor terá direito ao ressarcimento de todas as vantagens 
pertinentes ao cargo. 
Gabarito: errado. 
3. (Cespe – Assistente 1/CNPq/2011) A transferência e a reversão são formas 
de provimento de cargo público vedadas pela legislação. 
Comentário: atualmente, são aceitos como formas de provimento: (a) 
nomeação; (b) reintegração ; (c) reversão ; (d) aproveitamento; e (e ) 
recondução. 
A trans ferência e o acesso estão entre as formas de provimento constantes 
na Lei 10.261/1968, porém foram consideradas inconstitucionais por 
propiciar em ao servidor a investidura em cargo que não integra a sua carreira, 
sem a devida aprovação em concurso público. 
Gabarito: errado. 
Formas de provimento
Originário Nomeação
Derivado
Reintegração
Reversão
Aproveitamento
Recondução
Readmissão
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Readaptação 
A readaptação está disposta no art. 41 da Lei 10.261/1968, 
representando a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em 
determinado cargo, mas posteriormente veio a sofrer alguma limitação em 
sua capacidade física ou mental, devidamente verificada em inspeção 
médica. Nesse caso, o servidor será investido em outro cargo, que possua 
compatibilidade com a sua limitação. 
Ademais, a readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições 
afins e equivalência de vencimentos. 
Acrescentamos que na Lei 8.112/1990, que é o Estatuto dos Servidores 
Públicos Federais, a readaptação é considerada uma forma de provimento. 
Contudo, a Lei Estadual 10.261/1968, apesar de dispor sobre a 
possibilidade de readaptação, não a considerou como forma de 
provimento. 
Remoção 
A remoção é o deslocamento do servidor público (a) de uma para 
outra repartição, da mesma Secretaria, ou (b) de um para outro órgão da 
mesma repartição, podendo ocorrer a pedido ou de ofício. 
Cabe frisar, no entanto, que a remoção só poderá ser feita respeitada 
a lotação de cada repartição. 
Além disso, poderá ser processada a remoção por permuta, a 
requerimento de ambos os interessados e com anuência dos respectivos 
chefes. 
Outra regra a ser observada para a remoção, é que ela não poderá 
ocorrer para cargo exercido fora da localidade de residência do funcionário, 
no período de seis meses antes e até três meses após a data das eleições, 
sejam elas federais, estaduais ou municipais, isolada ou simultaneamente 
realizadas. 
Por fim, devemos saber que a remoção também não é forma de 
provimento. 
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Posse 
Determina o art. 46 da Lei 10.261/1968 que a investidura no cargo 
público ocorre com a posse. 
Nesse âmbito, são requisitos necessários para a posse em cargo 
público: 
a) ser brasileiro; 
b) ter completado 18 anos de idade; 
c) estar em dia com as obrigações militares; 
d) estar no gozo dos direitos políticos; 
e) ter boa conduta; 
f) gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada por órgão 
médico oficial do Estado, para provimento de cargo efetivo, ou 
mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacional, expedido 
por médico registrado no Conselho Regional correspondente, para 
provimento de cargo em comissão; 
g) possuir aptidão para o exercício do cargo; e 
h) ter atendido as condições especiais prescritas para o cargo. 
Além disso, as atribuições do cargo poderão justificar a exigência de 
outros requisitos, desde que sejam estabelecidos em lei. Esse ponto 
merece ser destacado. Os concursos públicos devem permitir a maior 
competição possível, exigindo-se como requisitos apenas aqueles essenciais 
para o desempenho das atribuições do cargo. Contudo, qualquer exigência 
diferenciada deverá ser feita em lei, não se podendo utilizar atos infralegais 
para criar condições para acesso aos cargos públicos. 
Por conseguinte, não se admite que atos administrativos venham a 
estabelecer restrições. Nesse sentido, a Súmula 14 do STF estabelece que 
“Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula 686, 
também do STF, dispõe que “Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. 
Por exemplo, se determinado cargo exigir que o candidato possua 
curso superior para a investidura, sem definir área de formação, não poderá 
o edital restringir o acesso somente aos formados em direito. Isso porque 
tal requisito deverá constar em lei. 
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Também não pode, por exemplo, limitar a idade ou a altura 
simplesmente por regra no edital do concurso, uma vez que tal exigência 
deverá estar amparada em lei. 
Assim, atendidos os requisitos, a posse poderá ser dada pelas 
seguintes autoridades: 
 Secretários de Estado: aos diretores gerais, aos diretores ou chefes 
das repartições e aos funcionários que lhes são diretamente 
subordinados; 
 diretoresgerais e os diretores ou chefes de repartição ou 
serviço: nos demais casos. 
Dessa forma, é a partir da posse que se firma o vínculo funcional com 
a Administração, momento em que o nomeado passará a servidor público. 
Vale dizer, antes da posse, o candidato nomeado não é servidor público 
nem possui vínculo jurídico funcional, condição que só ocorrerá no ato da 
posse. 
Nessa linha, a posse é o ato bilateral por meio do qual o servidor é 
investido no cargo público, assumindo os seus deveres e responsabilidades. 
Não se trata, todavia, de contrato administrativo em sentido próprio, uma 
vez que o servidor público estatutário não firma contrato de trabalho com 
o poder público. Isso porque a relação entre o servidor público e a 
Administração é de natureza legal ou estatutária. Assim, a posse é o ato 
necessário para que se firme o vínculo funcional, representando a condição 
para o seu aperfeiçoamento. Cabe ao nomeado apenas concordar com os 
termos constantes na posse, adentrando ao regime jurídico aplicável ao 
cargo. 
A posse dar-se-á por meio da assinatura do termo de posse, 
conforme dispõe o art. 49 da Lei 10.261/1968, vejamos: 
Artigo 49 A posse verificar-se-á mediante a assinatura de termo em que 
o funcionário prometa cumprir fielmente os deveres do cargo. 
Parágrafo único O termo será lavrado em livro próprio e assinado pela 
autoridade que der posse. 
Além disso, o prazo para tomar posse é de trinta dias, prorrogáveis 
por igual período, a pedido do funcionário, contados da publicação do ato 
de provimento (nomeação) – art. 52. Porém, se o nomeado for servidor 
ocupante de outro cargo e estiver no gozo de férias ou de licenças, o prazo 
será contado do término do impedimento (art. 52, §2º). Se a posse não 
ocorrer dentro do prazo legal, o ato de provimento será tornado sem efeito 
(art. 52, §3º). Logo, não se trata de exoneração, pois o vínculo funcional 
sequer foi consolidado. 
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Todavia, o prazo para a tomada da posse poderá ser suspenso em 
determinados casos. São eles: 
a) por até 120 dias, a critério do órgão médico oficial, a partir da data de 
apresentação do candidato junto ao referido órgão para perícia de 
sanidade e capacidade física, para fins de ingresso, sempre que a 
inspeção médica exigir essa providência; ou 
b) por 30 dias, mediante a interposição de recurso pelo candidato contra 
a decisão do órgão médico oficial. 
Na primeira situação, o prazo voltará a correr sempre que o candidato, 
sem motivo justificado, deixe de se submeter aos exames médicos julgados 
necessários. Portanto, se o órgão médico decidir suspender o prazo para a 
posse, mas o candidato deixar de se submeter, sem motivo justificado, a 
exames considerados necessários, o prazo para a posse recomeçará a 
correr. 
Além disso, o recurso mencionado na letra “b” acima, deverá ser 
apresentado no prazo máximo de cinco dias, a contar da data de decisão 
do órgão médico oficial. 
Por fim, se antes de tomar posse o candidato for incorporado às Forças 
Armadas, o prazo para a posse será contado a partir da data da 
desincorporação (art. 54). 
Interessante notar, ademais, que a posse é a formação do vínculo 
jurídico, com aceitação das responsabilidades e atribuições. Por isso, ela 
poderá ocorrer por meio de procuração específica, quando se tratar de 
funcionário ausente do Estado, em comissão do Governo ou, em casos 
especiais, a critério da autoridade competente. Ou seja, o nomeado poderá 
outorgar, por meio de procuração, a competência para que outra pessoa 
assine o termo em seu lugar. Obviamente que tal regra é apenas para a 
posse, uma vez que o exercício só poderá ser realizado pelo próprio 
candidato aprovado em concurso e nomeado. 
A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de 
responsabilidade, se foram satisfeitas as condições estabelecidas, em lei ou 
regulamento, para a investidura no cargo. 
Por fim, dispõe o art. 55 que o funcionário efetivo, nomeado para cargo 
em comissão, fica dispensado, no ato da posse, da apresentação do 
atestado citado entre os requisitos de posse acima mencionados. 
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Exercício 
De acordo com o art. 57, o exercício é o ato pelo qual o funcionário 
assume as atribuições e responsabilidades do cargo. Entendemos que a 
redação do mencionado dispositivo não foi a melhor. Na verdade, o 
exercício é quando efetivamente o servidor passa a desempenhar as 
atribuições e responsabilidades do cargo. No sentido empregado, o verbo 
“assumir” pode dar a ideia de “firmar o compromisso”, o que poderia causar 
confusão com o conceito de posse. Portanto, é importante saber o conceito 
legal expresso de exercício, mas sem deixar de saber que se trata do efetivo 
desempenho das atribuições e responsabilidades do cargo. 
O prazo para o início do exercício do servidor empossado é de trinta 
dias, prorrogáveis por mais 30 dias, a requerimento do interessado e a 
juízo da autoridade competente, contados da data da posse ou da data da 
publicação oficial do ato, no caso de remoção. Nesse caso, uma vez que já 
foi formalizado o vínculo jurídico com a Administração, se o servidor não 
entrar em exercício no prazo legal, será ele exonerado. 
Outrossim, o art. 57, §1º, determina que o início, a interrupção e o 
reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do 
servidor. Dessa forma, ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao 
órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento 
individual. 
O funcionário deverá ter exercício na repartição em cuja lotação houver 
claro, e caberá ao chefe da repartição ou de serviço em que for lotado a 
competência para dar-lhe exercício. Desse modo, nenhum funcionário 
poderá ter exercício em serviço ou repartição diferente daquela em que 
estiver lotado, salvo nos casos previstos no Estatuto, ou mediante 
autorização do Governador. Quando decorrer de autorização do 
Governador, o afastamento só será permitido, seja com ou sem prejuízo de 
vencimentos, para fim determinado e prazo certo. Ainda nesse caso, 
quando o afastamento se der sem prejuízo de vencimentos, poderá ser 
condicionado ao reembolso das despesas efetuadas pelo órgão de origem, 
na forma a ser estabelecida em regulamento (art. 66). 
Vamos aproveitar a oportunidade e falar um pouco sobre os 
afastamentos. 
Os artigos 68 e 69 dispõem que o funcionário poderá afastar-se: 
a) do Estado ou deslocar-se da respectiva sede de exercício, para missão 
ou estudo de interesse do serviço público, mediante autorização 
expressa do Governador; 
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b) para participar em congressos e outros certames culturais, técnicos ou 
científicos, desde que autorizados pelo Governador, na forma 
estabelecida em regulamento; 
c) para participar de provas de competições desportivas, dentro ou fora 
do Estado, desde que autorizado pelo Governador. 
Nessa última situação, o servidor será afastado por prazo certo: 
 sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quando representar o 
Brasil, ou o Estado, em competições desportivas oficiais; e 
 com prejuízo do vencimento ou remuneração, em quaisquer outros 
casos. 
Por outro lado, o servidor preso em flagrante, preventiva ou 
temporariamente ou pronunciado será considerado afastado do exercício do 
cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou absolvição 
transitada em julgado. Caso o servidor estejalicenciado, sem prejuízo de 
sua remuneração, será considerada cessada a licença na data em que for 
recolhido à prisão. 
Todavia, se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o 
afastamento sem remuneração perdurará até o cumprimento total da pena, 
em regime fechado ou semiaberto, salvo na hipótese em que a decisão 
condenatória determinar a perda do cargo público. 
Em relação ao desempenho de mandato eletivo, poderá o funcionário 
afastar-se de seu cargo, mas este o fará sem a percepção de vencimento 
ou remuneração efetivo13. 
Assim sendo, o exercício do mandato de Prefeito, ou o de Vereador, 
quando remunerado, determinará o afastamento do funcionário, com a 
faculdade de opção entre os subsídios do mandato e os vencimentos ou a 
remuneração do cargo, inclusive vantagens pecuniárias, ainda que não 
incorporadas. 
Além disso, quando o mandato de vereador não for remunerado, o 
afastamento somente ocorrerá nos dias de sessão e desde que o horário 
das sessões da Câmara coincida com o horário normal de trabalho a que 
estiver sujeito o funcionário. Portanto, o afastamento se dará sem prejuízo 
de vencimentos e vantagens, ainda que não incorporadas, do respectivo 
cargo. 
 
13 “┎マ┌ノ; ンヴ Sラ “TFぎ さNo Estado de São Paulo, funcionário eleito vereador fica licenciado por toda a duração 
do mandatoざく 
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Com efeito, os casos de mudança de sede, será concedido um período 
de trânsito, até oito dias, a contar do desligamento do funcionário. 
Finalmente, excetuados os casos previstos nesta lei, o funcionário que 
interromper o exercício por mais de 30 dias consecutivos, ficará sujeito à 
pena de demissão por abandono de cargo. 
Tempo de serviço 
As disposições sobre a contagem de tempo de serviço constam nos 
artigos 76 a 85. 
Inicialmente, o art. 76 estabelece que o tempo de serviço 
exclusivamente prestado ao Estado e suas autarquias, inclusive o 
prestado às Forças Armadas, será contado singelamente para todos os fins. 
Por sua vez, o tempo de serviço público prestado à União, outros estados e 
municípios, e suas autarquias, anteriormente ao ingresso do funcionário no 
serviço público estadual, será contado integralmente para os efeitos de 
aposentadoria e disponibilidade. 
Consoante o art. 77, a apuração do tempo de serviço será feita em 
dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 
trezentos e sessenta e cinco dias. 
Já o art. 84, veda a contagem cumulativa de tempo de serviço 
prestado concorrente ou simultaneamente, em dois ou mais cargos ou 
funções, à União, Estados, Municípios ou Autarquias em geral. Na mesma 
linha, em regime de acumulação é vedado contar tempo de um dos cargos 
para reconhecimento de direito ou vantagens no outro. 
Além disso, o tempo em que o servidor esteve em disponibilidade será 
contado para aposentadoria (art. 83). 
Na sequência, o art. 78 apresenta os afastamentos considerados de 
efetivo exercício do cargo: 
a) férias; 
b) casamento, até oito dias; 
c) falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até oito dias; 
d) falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto ou madrasta, até dois 
dias; 
e) serviços obrigatórios por lei; 
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f) licença quando acidentado no exercício de suas atribuições ou atacado 
de doença profissional; 
g) licença à funcionária gestante; 
h) licenciamento compulsório; 
i) licença-prêmio; 
j) faltas abonadas (até o máximo de seis por ano, não excedendo a uma 
por mês, em razão de moléstia ou outro motivo relevante); 
k) missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos do território 
nacional ou no estrangeiro; 
l) para contribuição para banco de sangue mantido por órgão estatal ou 
paraestatal, ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio; 
m) afastamento por processo administrativo, se o funcionário for 
declarado inocente ou se a pena imposta for de repreensão ou multa; 
e, ainda, os dias que excederem o total da pena de suspensão 
efetivamente aplicada; 
n) trânsito, em decorrência de mudança de sede de exercício, desde que 
não exceda o prazo de oito dias; 
o) provas de competições desportivas, sem prejuízo do vencimento ou 
remuneração, quando representar o Brasil, ou o Estado; e 
p) licença-paternidade, por cinco dias; 
Além dos casos mencionados, os dias em que o funcionário deixar de 
comparecer ao serviço em virtude de mandato legislativo municipal 
serão considerados de efetivo exercício para todos os eleitos legais 
(art. 79). No caso de vereança remunerada, os dias de afastamento não 
serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por 
eles tiver optado o funcionário. 
Por outro lado, será contado para todos os efeitos, salvo para a 
percepção de vencimento ou remuneração: 
a) o afastamento para provas de competições desportivas, com prejuízo 
do vencimento ou remuneração, para os casos em que não for 
representar o Brasil, ou o Estado; e 
b) a licença para o serviço militar e outros encargos da segurança nacional 
e para curso de oficial da reserva das Forças Armadas. 
Além disso, serão contados: 
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a) para efeito de concessão de adicional por tempo de serviço, sexta 
parte, aposentadoria e disponibilidade: 
 o tempo de afastamento para exercício em serviço ou repartição 
diferente daquele que estiver lotado, junto a outros poderes do 
Estado, a fundações instituídas pelo Estado ou empresas em que o 
Estado tenha participação majoritária pela sua Administração 
Centralizada ou Descentralizada, bem como junto a órgãos da 
Administração Direta da União, de outros Estados e Municípios, e 
de suas autarquias; 
 o tempo de afastamento para ter exercício em entidades com as 
quais o Estado mantenha convênios; 
b) para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o tempo de licença para 
tratamento de saúde. 
Para finalizar o assunto, o tempo de mandato federal e estadual, bem 
como o municipal, quando remunerado, será contado para fins de 
aposentadoria e de promoção por antiguidade. 
QUESTÕES LEI 10.261/1968 
4. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2013) Nos termos do Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual no 10.261/68), os 
dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato 
legislativo municipal, em razão de o horário das sessões das respectivas Câmaras 
coincidir com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário, serão 
considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais. No caso de vereança 
remunerada, os dias de afastamento 
a) serão sempre computados para fins de vencimento ou remuneração. 
b) não serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles 
tiver optado o funcionário. 
c) não serão, em qualquer hipótese, computados para fins de vencimento ou 
remuneração. 
d) não serão computados para fins de remuneração, mas sim, para fins de 
vencimento. 
e) não serão computados para fins de vencimento, mas sim, para fins de 
remuneração. 
Comentário : os dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em 
virtude de mandato legislativo municipal serão considerados de efetivo 
exercício para todos os eleitos legais (art. 79). Porém, no caso de vereança 
remunerada, os dias de afastamento não serão computados para fins de 
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vencimento ou remuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário (art. 
79, parágrafo único). Logo, o nosso gabarito é a letra B. 
Gabarito: alternativa B. 
5. (FCC - Procurador do Estado/PGE-SP/2012) A hipótese em que servidor 
público efetivo, demitido do serviço público estadual, nele reingressa em cumprimento 
de decisão judicial, é denominada 
a) readmissão. 
b) reversão. 
c) restituição. 
d) reaproveitamento. 
e) reintegração. 
Comentário: vamos relembrar o conceito do que é apresentado em cada 
alternativa: 
 readmissão : é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, 
reingressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, 
assegurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos 
anteriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade; 
 reversão : consiste no retorno à atividade de servidor aposentado, quando 
inspeção médica oficial declarar que deixaram de existir os motivos que 
levaram à aposentadoria por invalidez permanente; 
 restituição : restituição não é forma de provimento, representando a 
devolução de recursos recebidos indevidamente; 
 reaproveitamento : o que consta na Lei é o aproveitamento e não 
reaproveitamento. O aproveitamento é o retorno à atividade do servidor 
que estava em disponibilidade, devendo ocorrer em cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado; 
 reintegração : ocorre quando é invalidada a demissão, por decisão judicial 
passada em julgado, do servidor público. 
Assim, correta a alternativa E – reintegração. 
Gabarito: alternativa E. 
6. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2010) De acordo com a Lei 
Estadual no 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado), a 
reintegração é 
a) a investidura de servidor público em cargo diverso, decorrente de readaptação 
recomendada em inspeção médica. 
b) o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público. 
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c) o ato pelo qual o servidor em disponibilidade reingressa no serviço público. 
d) a forma de provimento de cargo público decorrente de readmissão de servidor 
público exonerado 
e) a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial transitada 
em julgado 
Comentário: agora ficou fácil, acabamos de ver esse assunto. A reintegração é 
a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial 
transitada em julgado (alternativa E). 
As demais alternativas correspondem a readaptação, reversão, aproveitamento 
e readmissão, respectivamente. 
Gabarito: alternativa E. 
7. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2008) De acordo com o Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei nº 10.261/68), reintegração é o 
reingresso no serviço público decorrente 
a) do término do período de disponibilidade. 
b) do término do período de afastamento. 
c) de decisão judicial transitada em julgado. 
d) do término do período de gozo de licença-saúde. 
e) de extinção do cargo originalmente ocupado. 
Comentário: como é possível perceber, a banca gosta de trabalhar esse 
assunto! Mas, vamos lá, fixar é importante! 
A reintegração é o retorno do servidor decorrente de decisão judicial transitada 
em julgado. 
Gabarito: alternativa C. 
8. (FCC - Agente de Defensoria/DPE-SP/2010) A Lei estadual paulista no 10.261, 
de 28 de outubro de 1968, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado de São Paulo, 
a) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando-se, segundo regra nela 
contida, exceto no que colidir com a legislação especial, dos funcionários dos três 
Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. 
b) passou, no regime constitucional de 1988, a ter aplicação subsidiária, quanto aos 
servidores do Estado de São Paulo, em relação à Lei federal que dispõe sobre o 
estatuto dos servidores públicos civis da União. 
c) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, posto que esta 
substituiu o conceito de funcionário público pelo de servidor público. 
d) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando- se somente aos funcionários 
do Poder Executivo do Estado. 
e) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, face ao princípio da 
separação de Poderes. 
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Comentário: questão que trabalha o 1º artigo da Lei: 
Artigo 1º Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do 
Estado. 
Parágrafo único As suas disposições, exceto no que colidirem com a 
legislação especial, aplicam-se aos funcionários dos 3 Poderes do 
Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. 
Desse modo, nosso gabarito é a alternativa A. 
Gabarito: alternativa A. 
9. (VUNESP - Escrivão de Polícia/PC-SP/2014) Disciplina o Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.261/68) que aos 
cargos públicos serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, 
seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus. O conjunto de 
referência e grau constitui, relativamente ao cargo, 
a) a classificação 
b) a ordem 
c) o padrão. 
d) o sistema 
e) a importância. 
Comentário : cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
cometidas a um servidor (art. 4º). A eles serão atribuídos valores determinados 
por referências numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras 
de graus, sendo o conjunto de referência e grau os constituintes do padrão do 
cargo. 
Gabarito: alternativa C. 
10. (FCC – AJ/TRT-16/2014 - adaptada) Poliana, após tomar posse em determinado 
cargo público, não entrou em exercício no prazo estabelecido. Nos termos da Lei nº 
10.261/1968, a conduta de Poliana acarretará sua 
a) demissão. 
b) exoneração de ofício. 
c) cassação de disponibilidade. 
d) suspensão por noventa dias, até que regularize a falta cometida. 
e) advertência, compelindo-a a regularizar a falta cometida. 
Comentário: após ser empossado, o servidor tem trinta dias para entrar em 
exercício. Após a posse, o vínculo entre o Estado e o candidato que ocupará o 
cargo já se formou, motivo pelo qual ele passa à condição de servidor público. 
Assim, não entrando em exercício no prazo legal, o servidor será exonerado de 
ofício pela Administração (letra B). 
Gabarito: alternativa B. 
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11. (FCC - Aud/TCE-SP/2013) De acordo com a Constituição Federal, a investidura 
em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público. Tal 
comando constitucional traz como consequência a antijuridicidade do provimento de 
cargo público mediante 
a) transposição. 
b) readaptação. 
c) reversão. 
d) aproveitamento. 
e) recondução. 
Comentário: nos termos da Súmula 685 do STF: “É inconstitucional toda 
modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que 
não integra a carreira na qual anteriormente investido ”. 
Assim, são exemplos de forma de provimento inconstitucionais a transposição 
(letra A), transformação, ascensão funcional, acesso e transferência, pois todas 
essas permitem que o servidor passe a ocupar carreira distintadaquela para o 
qual ele prestou o concurso. 
Por outro lado, readaptação, reversão, aproveitamento e recondução são formas 
de provimento derivado plenamente em vigor. 
Gabarito: alternativa A. 
12. (FCC – TJ/TRT-15/2013 - adaptada) João Carlos era funcionário público titular de 
cargo efetivo. Em determinada ocasião imputaram-lhe a prática de infração de 
natureza grave, que após regular processo administrativo, acabou ensejando sua 
demissão. Posteriormente João Carlos conseguiu reunir provas para demonstrar que 
as acusações eram falsas. Pretende assim, ingressar em juízo, munido dessas provas 
para pleitear, com fundamento na Lei 10.261/1968, sua 
a) recondução ao cargo anteriormente ocupado, com direitos e vantagens atrasados. 
b) reintegração ao cargo, cumulado com pedido de recebimento dos vencimentos e 
vantagens do período. 
c) recondução ao cargo, vedado qualquer efeito retroativo à decisão. 
d) reintegração ao cargo, vedado o recebimento de acréscimos e vantagens. 
e) reversão ao cargo, com efeitos retroativos quanto ao recebimento de vantagens e 
provimentos. 
Comentário: a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por 
decisão judicial ou administrativa, do servidor público. Caso o servidor consiga 
ser reintegrado, ele terá direito ao ressarcimento de todas as vantagens que 
deixou de receber quando estava afastado do cargo. Dessa forma, o nosso 
gabarito é a letra B. Por esse motivo, a opção D está errada, pois deverá ocorrer 
o ressarcimento dos acréscimos e vantagen s. 
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As letras A e C estão erradas, uma vez que a recondução pode ocorrer no caso 
de reintegração do anterior ocupante do cargo. 
Por fim, o erro na letra E é que a reversão consiste no retorno de servidor 
aposentado ao exercício do cargo. 
Gabarito: alternativa B . 
13. (FCC – AJ/TRT-18/2013) Determinado servidor público foi demitido após regular 
processo administrativo, no qual foi devidamente assegurada sua ampla defesa. 
Pretendendo invalidar essa decisão, que entende ter incorrido em equivocada 
interpretação dos fatos, poderá 
a) ajuizar ação judicial pleiteando sua reversão ao cargo, cumulando o pedido com 
indenização pelas perdas e danos incorridos. 
b) ajuizar ação judicial pleiteando sua reintegração ao cargo, cumulando pedido de 
ressarcimento de todas as vantagens. 
c) requerer a instauração de processo administrativo revisor, pleiteando sua 
recondução ao cargo, cumulada com indenização equivalente aos vencimentos não 
recebidos no período. 
d) requerer a instauração de processo administrativo revisor, pleiteando sua reversão 
ao cargo, somente sendo possível ressarcimento de todas as vantagens no caso de 
ter havido dolo ou má-fé. 
e) ajuizar ação judicial pleiteando sua readaptação ao cargo, cumulando o pedido com 
indenização pelas perdas e danos comprovados. 
Comentário: essa já é uma questão batida. No caso de invalidação de demissão, 
o servidor será reintegrado ao cargo, tendo o direito a todas as vantagens que 
deixou de receber durante o período que esteva demitido (art. 30 ). 
Logo, o servidor demitido deve mover a ação judicial para obter a reintegração 
e o ressarcimento de todas as vantagens. Por isso, o nosso gabarito é a letra B. 
Gabarito: alternativa B. 
 
 
Concluímos por hoje. 
Em nossa próxima aula, vamos continuar o estudo do Estatuto dos 
Servidores de São Paulo. 
Espero por vocês! 
Bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (Cespe – Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012 - adaptada) Para os efeitos da Lei 
10.261/1968, funcionário público é o ocupante de cargo público, conceituação que 
abrange os ocupantes de cargo em comissão e função de confiança. 
2. (Cespe – TA/ANTT/2013) O servidor público reintegrado ao cargo em razão da 
declaração judicial de nulidade de ato de demissão não tem direito ao tempo de 
serviço, aos vencimentos e às vantagens que lhe seriam pagos durante o período de 
afastamento. 
3. (Cespe – Assistente 1/CNPq/2011) A transferência e a reversão são formas de 
provimento de cargo público vedadas pela legislação. 
4. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2013) Nos termos do Estatuto dos 
Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo (Lei Estadual no 10.261/68), os 
dias em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço em virtude de mandato 
legislativo municipal, em razão de o horário das sessões das respectivas Câmaras 
coincidir com o horário normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário, serão 
considerados de efetivo exercício para todos os efeitos legais. No caso de vereança 
remunerada, os dias de afastamento 
a) serão sempre computados para fins de vencimento ou remuneração. 
b) não serão computados para fins de vencimento ou remuneração, salvo se por eles 
tiver optado o funcionário. 
c) não serão, em qualquer hipótese, computados para fins de vencimento ou 
remuneração. 
d) não serão computados para fins de remuneração, mas sim, para fins de 
vencimento. 
e) não serão computados para fins de vencimento, mas sim, para fins de 
remuneração. 
5. (FCC - Procurador do Estado/PGE-SP/2012) A hipótese em que servidor público 
efetivo, demitido do serviço público estadual, nele reingressa em cumprimento de 
decisão judicial, é denominada 
a) readmissão. 
b) reversão. 
c) restituição. 
d) reaproveitamento. 
e) reintegração. 
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6. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2010) De acordo com a Lei 
Estadual no 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado), a 
reintegração é 
a) a investidura de servidor público em cargo diverso, decorrente de readaptação 
recomendada em inspeção médica. 
b) o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público. 
c) o ato pelo qual o servidor em disponibilidade reingressa no serviço público. 
d) a forma de provimento de cargo público decorrente de readmissão de servidor 
público exonerado 
e) a forma de reingresso no serviço público decorrente de decisão judicial transitada 
em julgado 
7. (FCC - Oficial de Defensoria Pública/DPE-SP/2008) De acordo com o Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis do Estado (Lei nº 10.261/68), reintegração é o 
reingresso no serviço público decorrente 
a) do término do período de disponibilidade. 
b) do término do período de afastamento. 
c) de decisão judicial transitada em julgado. 
d) do término do período de gozo de licença-saúde. 
e) de extinção do cargo originalmente ocupado. 
8. (FCC - Agente de Defensoria/DPE-SP/2010) A Lei estadual paulista no 10.261, 
de 28 de outubro de 1968, que dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado de São Paulo, 
a) foi recepcionada pela Constituição de 1988, aplicando-se, segundo regra nela 
contida, exceto no que colidir com a legislação especial, dos funcionários dos três 
Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado. 
b) passou, no regime constitucional de 1988, a ter aplicação subsidiária, quanto aos 
servidores do Estado de São Paulo, em relação à Lei federal que dispõe sobre o 
estatuto dos servidores públicos civis da União. 
c) tornou-se inconstitucional face à Constituição Federal de 1988, posto que esta 
substituiu o conceito

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