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NAVEGAR É PRECISO
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa
ANÁLISE INTERPRETATIVA (por Jéssica Sampaio):
O autor busca engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade como visto na ultima estrofe do poema. Além disso, não vê necessidade em viver sua vida como se fosse somente sua, mas dedica-la ou “perde-la” em prol de uma nação e da humanidade. Outro fato do poema analisado por muitos leitores é o fato de que “viver não é preciso”, frase que possui ambiguidade, pois pode ser interpretada tanto quanto a questão de necessidade como precisão, deixando a entender que a vida não teria um caminho definido desde o inicio, ao contrário de navegar, onde geralmente se possui mapas e roteiros de viagem para guia-la durante o trajeto. 
Jéssica Sampaio 2°C

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