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Neuroanatomia - Sistema Ventricular e Barreira Hematoencefálica

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MED 20 - FPS Addonai Teixeira
SISTEMA VENTRICULAR E BARREIRA
HEMATOENCEFÁLICA
O IV ventrículo é uma cavidade de formato de losango que se
situa entre o bulbo e a ponte ventralmente e o cerebelo
posteriormente. Sua continuação caudalmente é o canal central
do bulbo, e superiormente é o aqueduto cerebral (comunica esse
ventrículo com o III).
Estruturas importantes formadas pelo IV ventrículo:
● Recessos laterais - prolongamentos laterais da cavidade;
● Aberturas laterais do IV ventrículo / forames de Luschka -
forames que comunicam o ventrículo com o espaço
subaracnóideo lateralmente;
● Abertura mediana do IV ventrículo / forame de Magendie -
forame que comunica o ventrículo com o espaço
subaracnóideo medialmente;
Assoalho do IV ventrículo
É formado pela parte dorsal da ponte juntamente com a porção
aberta do bulbo.
Limites:
- Ínfero-lateral: pedúnculos cerebelares inferiores e
tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme;
- Súpero-lateral: pedúnculos cerebelares superiores.
Estruturas do assoalho do IV ventrículo:
● Sulco mediano - sulco que percorre toda a extensão do
assoalho;
● Eminência medial - eminência presente em cada lado do
sulco mediano;
● Sulco limitante - sulco que limita lateralmente cada
eminência mediana;
● Fóveas superior e inferior - depressões nas metades
cranial e caudal do IV ventrículo formadas pelo
alargamento do sulco limitante;
● Colículo facial - dilatação de cada eminência medial no
meio do assoalho;
● Trígono do nervo hipoglosso - pequena área triangular de
vértice inferior de cada lado na parte caudal da eminência
medial;
● Trígono do nervo vago - área triangular situada
lateralmente ao trígono do nervo hipoglosso e
caudalmente à fóvea inferior. Esse trígono corresponde ao
núcleo dorsal do vago;
● Funiculus separans - estreita crista oblíqua situada
lateralmente ao trígono do vago. Ela está relacionada ao
mecanismo do vômito químico;
● Área vestibular - grande área triangular que se situa
lateralmente ao sulco limitante e se estende de cada lado
em direção aos recessos laterais. Corresponde aos núcleos
vestibulares do vestíbulo-coclear;
● Estrias medulares do IV ventrículo - �nas cordas de �bras
nervosas que cruzam transversalmente a área vestibular
e se perdem no sulco mediano;
● Locus-ceruleus - área de coloração ligeiramente escura
que se estende da fóvea superior em direção ao aqueduto
cerebral, lateralmente à eminência medial. Essa área
contém os neur^nios mais ricos em noradrenalina do
encéfalo.
Teto do IV Ventrículo
Sua metade cranial é formada pelo véu medular superior, uma
�na lâmina de substância branca que se estende entre os dois
pedúnculos cerebelares superiores. Sua metade caudal é
formada pela tela corióide, a qual emite projeções irregulares e
muito vascularizadas, que formam o plexo corioide do IV
ventrículo. Esse plexo forma o LCR que se acumulará na
cavidade ventricular e que depois irá passar para o espaço
subaracnóideo pelas aberturas laterais e pela abertura mediana
do IV ventrículo, onde será reabsorvido.
É a cavidade do diencéfalo e tem a morfologia de uma estreira
fenda ímpar e mediana. O III ventrículo se comunica com os
ventrículos laterais pelos forames interventriculares (ou
forames de Monro) e com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral.
A parede anterior desse ventrículo é formada pela lâmina
terminal e a parede posterior é formada pelo epitálamo.
Estruturas importantes presentes no III ventrículo:
● Sulco hipotalâmico - depressão que se estende do
aqueduto cerebral até o forame interventricular;
● Aderência intertalâmica - trave de substância cinzenta
que une os dois tálamos e passa, como uma ponte, pela
cavidade ventricular;
● Estruturas do assoalho que pertencem ao hipotálamo -
quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos
mamilares;
● Estrias medulares do tálamo - feixe de �bras nervosas
que saem de cada lado do epitálamo e percorrem a
parte mais alta das paredes laterais do ventrículo. São
nessas estrias que se insere a tela corioide, que forma
o teto do III ventrículo;
Os ventrículos laterais se comunicam com o III ventrículo pelos
forames interventriculares. Cada ventrículo lateral é uma
cavidade fechada, exceto pelo forame interventricular, e possui 4
partes:
● Corno anterior;
● Parte central;
● Corno posterior;
● Corno inferior.
Corno Anterior
Está situado adiante do forame interventricular e sua parede
medial é vertical e constituída pelo septo pelúcido, o qual separa
o corno anterior dos ventrículos laterais. O assoalho, que
também forma a parede lateral, é constituído pela cabeça do
núcleo caudado. O teto e o limite anterior do corno anterior são
formados pelo corpo caloso.
Parte Central
Se estende dentro do lobo parietal, do nível do forame
interventricular para trás, até o esplênio do corpo caloso, no
trígono colateral (bifurcação que dá origem aos cornos inferior e
posterior). O teto da parte central é formado pelo corpo caloso e
a parte medial pelo septo pelúcido. O assoalho se une ao teto no
ângulo lateral e possui algumas formações:
● Fórnix;
● Plexo corioide;
● Parte lateral da face dorsal do tálamo;
● Estria terminal;
● Núcleo caudado.
Corno Posterior
Se estende para o lobo occipital e termina posteriormente em
ponta, depois de fazer uma curva de concavidade medial. Suas
paredes praticamente são formadas por �bras do corpo caloso;
Corno Inferior
Este corno se curva inferiormente e depois segue anteriormente
em direção ao polo temporal, a partir do trígono colateral. O teto
do corno inferior é formado pela substância branca do hemisfério
e apresenta, na sua margem medial, a cauda do núcleo caudado e a
estria terminal.
O assoalho do corno inferior tem duas eminências alongadas, a
eminência colateral (formada pelo sulco colateral) e o
hipocampo, medialmente a ela.
Plexos Corioides
O plexo corioide da parte central dos ventrículos laterais se
continua com o do III ventrículo através do forame
interventricular e, acompanhando o trajeto curvo do fórnix,
atinge o corno inferior do ventrículo lateral.
Cisternas Subaracnóideas
São dilatações no espaço subaracnóideo que contém grande
quantidade de líquor. Cisternas mais importantes:
● Cisterna cerebelo-medular ou cisterna magna - ocupa o
espaço entre a face inferior do cerebelo, o teto do IV
ventrículo e a face dorsal do bulbo. Continua
caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e
liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura
mediana. A cisterna cerebelo-medular é, de todas, a
maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para
obtenção de Líquor através das punções suboccipitais, em
que a agulha é introduzida entre o occipital e a primeira
vértebra cervical;
● Cisterna pontina - situada ventralmente à ponte;
● Cisterna interpeduncular - localizada na fossa
interpeduncular;
● Cisterna quiasmática - situada adiante do quiasma
óptico;
● Cisterna superior - (cisterna da veia cerebral magna) -
situada dorsalmente ao teto do mesencéfalo, entre o
cerebelo e o esplênio do corpo caloso, a cisterna
superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna
ambiens. termo usado sobretudo pelos clínicos;
● Cisterna da fossa lateral do cérebro - corresponde à
depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério.
Granulações Aracnóideas
São tufos formados pela aracnoide que penetram no interior
dos seios da dura-máter. Essas granulações constituem regiões
bem adaptadas para a absorção do LCR e estão mais presentes
no seio sagital superior. No adulto e nos mais velhos, algumas
granulações tornam-se muito grandes, constituindo os
chamados corpos de Pacchioni, que frequentemente se
calci�cam e podem deixar impressões na abóbada craniana.
É um dispositivo que impede ou di�culta a passagem de
substâncias entre o sangue e o tecido nervoso. Além dela,
também temos a barreira hematoliquórica que impede a
passagem de substâncias entre o sangue e o liquor.
Embora existam 3 componentes que formamos vasos do SNC:
endotélio, membrana basal e astrócito, a barreira
hematoencefálica está localizada no endotélio dos vasos
encefálicos, os quais possuem 3 características diferenciais para
a ocorrência desse fenômeno de barreira:
1. O tecido endotelial é unido por junções oclusivas;
2. Não tem fenestrações;
3. Raramente possui vesículas pinocitóticas.
A barreira hematoliquórica está localizada nos plexos corioides
e seu fenômeno de barreira ocorre por causa das junções
oclusivas presentes no epitélio ependimário.
Essas barreiras, de forma geral, possuem algumas funções:
● Impedir a passagem de agentes tóxicos para o SNC,
como venenos, toxinas,bilirrubina, etc.
● Impedir a passagem de neurotransmissores
encontrados no sangue;
● Permitir a entrada de substâncias importantes para o
funcionamento celular do tecido nervoso, como glicose
e aminoácidos.
Embora toda a totalidade das barreiras encefálicas sirvam de
portão, existem áreas que tendem a ter maior ou menor
permeabilidade a alguns tipos de substâncias, e essa
permeabilidade não é constante ao longo da vida. O feto e o RN,
por exemplo, ainda têm fenestrações nos capilares encefálicos
que só serão perdidas com o avanço da idade. Outro fator que
pode aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefálica é
o acometimento de processos patológicos, como infecções ou
traumatismos, que possam levar à “ruptura” dela.
Órgãos Circunventriculares
Os órgãos circunventriculares são os que se distribuem ao
redor do III e IV ventrículo e não possuem barreira
hematoencefálica. Suas atividades podem ser de recepção de
sinais químicos do sangue ou de secreção hormonal (direta ou
indiretamente).
Dos órgãos relacionados a secreção hormonal temos:
● Glândula pineal - secreta melatonina;
● Eminência média - pertence ao hipotálamo e está
envolvida no transporte de hormônios do hipotálamo
para a adeno-hipó�se;
● Neuro-hipó�se - é o local de liberação dos hormônios
hipotalâmicos;
Dos órgãos relacionados a recepção de sinais químicos do
sangue, temos:
● Órgão subfornicial - pequena estrutura neuronal
localizada no forame de Monro, abaixo do fórnix. Seus
neurônios são sensíveis a baixas concentrações de
angiotensina II. A informação percebida é passada,
então para as áreas do hipotálamo que controlam a
volemia;
● Órgão vascular da lâmina terminal - está situado na
lâmina terminal do hipotálamo, próximo da parede
anterior e ventral do III ventrículo. Seus neurônios são
sensíveis ao aumento da pressão osmótica do sangue,
desencadeando a sede e estimulando a secreção de
hormônios antidiuréticos pelo hipotálamo;
● Área postrema - �ca localizada na parte mais caudal do
assoalho do IV ventrículo. Essa área é sensível a sinais
químicos veiculados no sangue, como por exemplo a
CCK. As informações percebidas também são
transmitidas ao hipotálamo para a regulação da
atividade gastrointestinal ou ao centro do vômito, que
pode desencadear a êmese.

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