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RESUMO, ÉTICA PRÁTICA DE PETER SINGER

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IFPB- INSTITURO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA 
PARAIBA 
CAMPUS CAMPINA GRANDE 
FILOSOFIA III 
LÍVIA KATLY SILVA FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO, ÉTICA PRÁTICA DE PETER SINGER: CAPITULOS 1,2 E 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPINA GRANDE-PB 
2019
 
A concepção de “o que a ética não é” discutida pelo autor no capitulo 1, visa 
introduzir o leitor a uma reflexão sobre como o conceito de ética é apresentado de forma 
turva para os indivíduos, a priori já é pontuado que a ética não é um conjunto de normas 
oficializadas que impedem a diversão. Entretanto há alguns fatores que contribuem para 
a manutenção desse desentendimento populacional do que realmente é a ética, que serão 
apresentados a seguir. 
 A religião por sua vez tem o papel de eleger entidades divinas que detém poder 
para selecionar o que é correto e o que é incorreto, uma vez que esse poder é 
monopolizado nas religiões cristãs de um Deus que determina que o sexo fora do 
casamento é errado, construímos de forma involuntária a ideia que a ética ou a falta dela 
está entrelaçada a questões de promiscuidade. Outro fator contribuinte apontado no 
capitulo, é a ideia de consequencialismo, que consiste na ação acompanhada de uma 
consequência, consequência esta que vai depender do meio em que esta ação aconteceu. 
Esta ideia ganhou bastante força com a popularização do utilitarismo. 
 Ainda em relação ao que a ética não é, discutiu-se sobre o relativismo, dado que 
determinadas ações podem ser morais ou amorais conforme o grupo em que ela ocorre, o 
exemplo apontado pelo o livro é que no séc. XIX, surgem ideias diferentes relacionados 
ao puritanismo, dado que em outros lugares fora da Europa a livres relações sexuais eram 
vistos como algo irrelevante para a determinação ética de indivíduos. Mais tarde por sua 
vez os Marxistas modificam essa concepção relativista ética, para se enquadrar nas 
questões de classe sociais, e a adotou afirmando que a ideia central estar detida com a 
classe dominante, pondo assim a moral em aparceiramento com a classe econômica –
poder aquisitivo- de determinado grupo, que aproveitava-se da sua influência na 
sociedades para impor as suas noções de moral e amoral. 
O sociólogo alemão Engels, surge com uma nova ideia do que seria a ética, e 
abandona o relativismo, porém ainda contempla essa ideia marxistas, Engels portanto diz 
que que a moral de uma sociedade sempre estará associada a divisão de classes e nunca 
se desassociará da classe dominante, embora a moral de uma sociedade sem a rivalidade 
pudesse de fato ser “humana”. O grande start para que Engels abandone o relativismo, é 
a sua crença que apesar no meio externo, as nossas crenças e tradições nos influenciarem 
não determinam as nossas ação, a responsabilidade de decisão de determinada ação cabe 
somente ao individuo, e pensar de forma contraria que a sociedade como toda tem papel 
decisivo nas ações humanas, é um pensamento que leva a caminhos diversos e instáveis. 
O relativismo e o subjetivismo ético ainda é insuficiente para resolver questões como a 
escravidão é boa ou ruim, ou até mesmo se a crueldade com animais é aceitável ou 
inaceitável, se levarmos em consideração o relativismos, sujeitos de sociedade diferentes 
podem ter opiniões relativas sobre o bem e o mal ou o aceitável e o inaceitável, e se por 
fim conclui que o relativismo é a ética, não há o que discuti. 
Por outro lado Peter Singer se preocupa em explicar o que é a ética em sua 
concepção, afirmando que a sua perspectiva “Não se trata da única perspectiva possível 
da ética, mas é uma perspectiva plausível” (SINGER, 1993). A questão levantada neste 
ponto, nos leva a reflexão sobre se conhecer a vida de alguém é o suficiente para 
 
determinação de seus padrões éticos, deve se levar em consideração que aquele que fará 
esse julgamento baseada naquilo que ele acredita ser padrões éticos bons e maus. O 
questionamento leva o autor a seguinte conclusão: ainda quem vive fora do seus padrões 
éticos, obedece a padrões éticos distinto do seus, e basta que essa pessoa procure um meio 
para justificar e defender o que fez, assim levando aquele quem iniciou o julgamento a 
definir se foi ético ou não com base no quão a justificativa foi convincente. 
Entretanto para que essa justificativa seja adotada como plausível é necessário que 
ela estabeleça compatibilidade com princípios éticos mais amplos, não pode ela ser uma 
ação motivada pelo interesse individual, que trará benefícios apenas para o eu, deve 
agregar um grupo maior. Essa relação da ética com o universalismo é discutida desde a 
bíblia, com a “regra te ouro” aplicada a Moises, e se perpetua durante os séculos entre os 
filósofos, passando por Kant com a teoria das leis universais que mais tarde foi 
reinterpretada por Hare, que compreende a universalidade como a característica lógica 
dos juízes morais, por Hume e Adam Smitch que apelaram para a ideia do espectador 
imparcial, Jeremy Betham que considera incontestável a individualidade e por Sartre e 
Habermas que concordam em partes que a ética é universal. 
Para Singer a ética adota um caráter universal que não necessariamente significa 
a aplicação de todos os princípios éticos tenha que ser universal. A pratica da ética tem 
como critério importante para a execução a exclusão do “eu” e adoção do “nós ou eles”, 
para os que se assemelham com essa ideia os interesses próprios devem ter peso menor 
que os interesses alheios. Esta forma de pensar é utilitarista – diferente do utilitarismo 
clássico- nesse sistema analisasse as alternativas. Apesar dos argumentos utilitaristas 
temporários como descreve o autor, não é a interesse em declarar o utilitarismo como a 
única verdade merecedora de respeito, é apenas um posicionamento adotado por ele, para 
que o leitor possa tirar suas próprias conclusões acerca da ética. 
No capitulo dois se discute como questões como o aborto, homossexualidade, 
eutanásia, pornografia e suicídios, com o passar dos anos, foram vistos com outros olhos 
do ponto de vista ético –apesar de ainda serem controversos-. O mesmo aconteceu com 
as desigualdades, principalmente com a desigualdade racial, que se tornou inaceitável, da 
perspectiva ética e moral, impulsionando a ideia que todo ser humano é igual. Mesmo 
com essa transformações, racistas, sexistas e etc. Ainda procuram meios como diferenças 
biológicas para justificar diferença entre etnias, sexos e etc. Entretanto o princípio de 
igualdade não se detém ao juízo de igualdade físicas, uma vez que para Singer pode-se 
afirmar que os indivíduos se diferem de forma física um dos outros, mas não há diferenças 
de moralidade. Se retornamos ao princípio de universalidade do capítulo anterior, não se 
pode considerar que interesses de determinada étnica, sexo ou gênero é superior as 
demais. 
As contestação que defendem diferenças de inteligências com bases em diferente 
tipos de raça, sugeridas pelo o cientista Arthur Jense, foi motivos de grandes críticas e 
boicotes, diversas pessoas interpretaram os seus estudos como nazista. Entretanto Singer 
se detém a discutir sobre o como o discutir dessas questões de diferenças biológicas, 
 
interferem no princípio de igualdade, considerando que não é papel dele definir se essas 
teorias estão certas ou erradas. 
O mesmo inicialmente supões que há diferenças de inteligência entre grupos 
étnicos na raça humana, entretanto quando falamos nessa medição de inteligência falamos 
também em qi, que são basicamente teste que medem o seu quociente de inteligência, 
mas seria possível que apenas teste conseguissem definir ao certo o nível de inteligência 
dos indivíduos? Certamente não, afirma Singer, mas não se pode segregar o QI na nossa 
sociedade, se há diferenças genéticas que interfiram diretamente no mesmo, logo isso 
implica que estas diferenças estão correlacionadas com todos os outros pontopelo os 
quais o QI está, dentre eles, o estatuto profissional, classe social, poder aquisitivo e etc. 
Se determinada pessoa acredita com base cientificas de que as diferenças genéticas 
implicam dos resultados do QI, a três razões para conforta-se de que esta ideia não é tão 
preocupante como parece. 
Primeiramente a hipótese genética não defini que devemos reduzir ou erradicar os 
nossos esforços para passar da desigualdade entre as pessoas, em segundo lugar é 
impossível que toda uma raça possua um QI superior a outra raça, mesmo que os teste 
sejam aplicadas a determinada seres de mesma etnia, ainda assim há indivíduos daquela 
etnia que não obtém resultados espetaculoso, em contrapartida há indivíduos da "raça 
inferior" que ao se submeterem ao teste podem obter bons resultados e a terceira razão e 
a mais importante é que o nosso conceito de inteligência é muito vago, não é possível 
definir a inteligência em teste, a inteligência vai além da ementa acadêmica sendo também 
aquilo que é desenvolvido individualmente, nossas habilidades, técnicas e outras coisas. 
Os debates que cercam o princípio da igualdade não se detém apenas ao diferenças 
étnicas, mas também as diferenças de genro e apesar de não terem como ponto principal 
o teste de QI, o mesmo aponta diferenças claras entre homens e mulheres, o resultados 
apontam que mulheres verbalizam melhor e são mais criativas, já os homens tem mais 
aptidão para a matemática e capacidade visual espacial. Outro ponto preocupante é que a 
agressividade é cientificamente comprovada com maior recorrência entre o sexo 
masculino que responde de forma menos racional a competitividade e a noção de 
domínio. 
Os fatores que lutam para explicar estas diferenças se concentram basicamente no 
ambienteXbiologia e na culturaXnatureza. Em sua discussão o autor, aflora a questão da 
construção social do papel do homem e da mulher ainda na infância, e questiona-se se 
não é esta construção a responsável por essas diferenças. Em seguida é apresentado dados 
científicos que comprovam que mesma que essa construção seja fundamental para o 
condicionamento social os fatores biológicos também são imprescindíveis, por exemplo 
se ainda levarmos em consideração a comportamento agressivo, se pode ter certeza 
estaticamente e cientificamente que os homens são mais agressivos que as mulheres em 
diferentes sociedade, e isso não se detém apenas a raça humana. 
Apesar da relevância desse pontos nas diferenças entre meninas e meninos não se 
pode considerar que este -e nenhum outro fator- é suficiente para elevar um gênero sobre 
o outro. Essas condições genéticas apesar de influenciarem diretamente no cotidiano, no 
 
mercado, nas escolhas das profissões podem se resumir a fala do autor, "Podemos ainda 
argumentar que as mulheres não têm as mesmas oportunidades que os homens de 
aproveitar a fundo as suas capacidades." (SINGER, 1993) 
Na diretriz de igualdade de oportunidade, no qual a questão principal é se está ou 
não correta a diferença exorbitante de recursos monetários para sobrevivência dos 
indivíduos, desde que ambos tenham tido a mesma oportunidade de obter resultados 
iguais. Porém considerar que indivíduos diferentes -principalmente de classes sócias 
diferente- tem a mesma oportunidade para o êxito é um tanto quanto equivocado, 
principalmente se levando em consideração que herdamos diferentes habilidade e níveis 
de agressividade que influenciariam diretamente no resultado QI. Logo fica insípido que 
o princípio de igualdade e a meritocracia são incompatíveis. 
Vejamos: a escolha da profissão que está ligada ao QI, consequente acarreta aos 
de QI mais alto poder aquisitivo maior, logo alguns desses indivíduos mesmo que 
passassem no teste de QI poderiam pôr tudo a perder pela a característica de agressividade 
herdada pelo o seu gênero, é claro portanto que não se pode desconsiderar o fator social 
da qual os homens se encaixam, assim como o seu gênero e o seu nível de QI -se de fato 
esses pontos forem relevantes para definir se somos ou não iguais-. 
O capitulo 2 encaminha-se para o fim com a sintetização que apesar do forte 
desejo de que o princípio da igualdade seja uma verdade é um caminho difícil de ser 
aplicado, e ainda é de cunho polêmico, entretanto deve-se procurar meios para que, as 
mulheres e negros pobres não se aglomerem no pior lado da sociedade, de modo que essa 
diferenças só contribuem negativamente para a sociedade como toda, formando povo 
segregadores, individualistas e acomodados com a situação atual. 
Como solução para esses obstáculos Singer sugere a ação afirmativa que 
basicamente resume-se em dar um tratamento preferencial a membros de grupos menos 
favorecidos, é preciso que este grupo tenham um suporte, sem esse suporte é basicamente 
impossível que esses grupos tenham visibilidade, e também como forma de compensação 
pelas desigualdades criadas no passados e enraizadas por séculos na mente humana. 
Adequadamente aplicada a ação afirmativa está em harmonia com a igual consideração 
de interesses coletivos favoráveis para os “excluídos”. 
A ação afirmativa acontece com maior frequência no ambiente de ensino e 
trabalho, um divide opiniões há muito tempo, aqueles que defendem o aplicação da ação 
afirmativa se firma nos pilares de compensação pelas desigualdades criadas no passado – 
já citado anteriormente- e a prevenção de desigualdades futuras, já aqueles que acreditam 
não ser eficaz, tendem a apelar pelo ressentimento (factual), a violação dos direitos 
(moral) e a compensação transferida, pra exemplificar o livro traz o caso de Bakke. 
Allan Bakke, um homem branco com cerca de 35 anos que tentou por duas vezes, 
o ingresso na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em Davis, em ambas as 
tentativas Bakke reprovou, esta escola que reservava 16 vagas em cada classe que tinha 
em torno de 100 alunos de minorias qualificadas em cada uma das salas, porém a as notas 
Bakke superavam as notas doas alunos que era beneficiados pela ação afirmativa (no caso 
cotas). A reprovação causou indignação em Bakke devido as vagas reservadas para 
minorias, alegando que a universidade violava a Lei dos Direitos Civis de 1964 e a 
 
Emenda XIV da Constituição Norte Americana que estabelece direito de igualdades a 
todos perante a lei. 
A suprema Corte norte-americana, ao analisar a questão, firmou que o sistema de 
cota racial, não violava de nenhuma forma a Lei dos Direitos Civis de 1964, muito menos 
a Emenda XIV da Constituição Norte Americana, uma vez que afirmava que o sistema 
não impedia que demais candidatos que não se incluíam nas minorias, não eram 
impedidos de ingressar na universidade. A ideia dos adversários da ação afirmativa, não 
coloca em discussão o objetivos da igualdade social e da maior representação das 
minorias no ambiente profissional e educacional, a igualdade deve levar em consideração 
o pertencimento das pessoas a grupos de vulnerabilidade. 
Por fim Singer, discute rapidamente sobre a igualdade para os deficientes, que não 
se aplica a características de etnia, e gênero, e sim a não semelhança com o próximo. E já 
que eles são diferente tornou-se comum que trata-los de maneiro indiferente não seria um 
habito discriminatório, e por isto faz-se necessária que a legislação que volta os olhos 
para os negro e as mulheres, também os direcione aos deficientes e proíba o preconceito 
para com o deficiente 
Os capítulos anteriores tratam do princípio ético, moral e de igualdades para com 
os humanos, da inclusão das minorias de forma a se atingir uma sociedade minimamente 
ática, todavia Singer não se retém apenas a estas vertentes, ele vai além, com o título de 
“Igualdade para os animais?”, este capítulo trata de fatores como a especiação, a 
qualidade da alimentação a vida e a morte do animal, a ciência e etc. 
Todo processo de igualdade com determinado povo, trata-se de uma reflexão de 
anos da sociedadecom essa questão, por exemplo os Franceses tiveram de refletir sobre 
o negro, concluindo que a pele não é razão para um ser humano ser abandonado sem 
remédio aos caprichos do outros, e os caprichos humanos como as touradas ou vaquejadas 
não seriam motivos suficientes para refletir e extinguir a exploração animal?! 
Para Singer não há explicação cabíveis para basear alimentação e diversão da raça 
humana sobre os animais, a dor e sofrimento de um animal deve ser encarado com a dor 
humana (como até mesmo a de um bebê). È de crença do mesmo que tornou-se comum 
não dá o devido valor ao interesse do animal, e afirma que acha errado utilizar o termo 
“especismo” para tal atitude, o esperado era que esse termo segue a mesma linha repulsiva 
que o machismo, o racismo, o nazismo, em vista que todos enquadram-se na noção de 
superioridade. É preciso refletir sobre a vida animal como uma vida, e não apenas com 
um processo que resulta em um produto final, é preciso ter com os animais uma conexão 
revolucionária. 
Com o avanço da tecnologia e o surgimento da discussão sobre o direitos dos 
animais, surgiu também as discussões sobre o debate a falta de humanidade, em acabar 
com a vida para a satisfação por meio do produto –Singer considera também o abate 
humanitário, mas ressalta a dificuldade de vê-lo como solução, tendo em vista que é algo 
bom, mas não é geral e ainda é mínimo) mas em tese o abate em si não é o grande 
problema, o problema é a vida da animal. O vida de um animal que nasceu para o abate é 
curta e deprimente, há portanto uma necessidade da aceleração da vida dos mesmo e da 
 
privatização natural da existência, para a indústria não há custo benefício em suprir as 
necessidade básicas da vida de qualidade do animal, sequer uma assistência veterinária. 
A questão ética a se refletir sobre a alimentação correlacionada ao o especismo é, 
NÓS como seres racionais temo o poder de escolher o que vamos comer, a escolha 
portanto é uma questão ética, da qual nós devemos fazer diariamente. “O especismo” é 
estudado com maior clareza no âmbito das experiências com animais, as experiências são 
portanto justificadas com as aplicações do que é descoberto nestes experimentos é 
aplicada para o benefício humano, porém isto não é uma verdade absoluta, a indústria 
farmacêutica testa em animais, a maioria dos shampoos e dos cosméticos apenas para 
satisfação individuais lançando para o mercado tendências. Além do ramo farmacêutico, 
as forças armadas por meio da radiobiologia, também submetem animais a experimentos. 
A dificuldade dos humanos de entender a dor do animal, são explicadas de forma 
rápida pelo o autor, que afirma que consegue identificar a dor do animal, assim como 
consegue identificar a dor de sua filha, já que os animais reagem a dor de forma 
semelhante aos humanos. Outro fator que é questionado é a cadeia alimentar dos animais, 
já que uma grande parcela deles se alimentam de outros animais, mas não é plausível 
justificar as atitudes humanas – de seres racionais- com a atitude dos animais que 
basicamente não tem outra opção senão seguir a cadeia alimentar para própria 
sobrevivência. A discussão sobre as semelhanças entre homem e o ser humanos 
perpassam desde a bíblia até Darwin, e enes aspectos que as pessoas se usam como 
argumento para mostrar que não é semelhança entre as raças, como a utilização da razão 
e utilização de utensílios –inclusive essa teoria de utensílios, já foi rebatida com 
descoberta de que os chimpanzés da Tanzânia mascavam folhas para fazer uma esponja 
para ensopar de água e retiravam as folhas dos ramos de árvores para preparar utensílios 
para apanhar insetos – e principalmente o uso da linguagem. 
Ainda que essas diferenças fossem aceitas, seria improprio considerar que o 
sofrimento de seres inconsistente, seria menos doloroso, que a de seres racionais, o 
princípio da igual portanto só seria aplicado a uma raça como se as demais não 
cumprissem um papel importante no ecossistema e é com essa discussão que Singer 
retoma a falar sobre o utilitarismo, quando trata das dores e sofrimentos no processo de 
abate e dos interesses humanos no processo. Para provocar uma certa inquietação no 
leitor, o autor diz que há seres humanos com deficiências mentais, que possuem menos 
racionalidade que determinados animais, e se o a racionalidade é chave para o tratamento 
desumano com os animais, estas pessoas deviam tem o mesmo tratamentos dos seres 
irracionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
BEZERRA, Felipe. Igualdade para os animais: especismo e sofrimento animal sob a 
perspectiva utilitarista singeriana. 2012. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/21412/igualdade-para-os-animais-especismo-e-sofrimento-
animal-sob-a-perspectiva-utilitarista-singeriana>. Acesso em: 19 nov. 2019. 
ÉTICA na alimentação | Peter Singer. Realização de Café Filosófico. São Paulo: Youtube, 
2016. (50 min.), son., color. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=lrzEKcBdHoU&t=1933s>. Acesso em: 19 nov. 
2019 
FONTENELE, Bruno. Precedentes sobre a prática de políticas públicas de ação 
afirmativa no direito norte-americano. 2010. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/16975/precedentes-sobre-a-pratica-de-politicas-publicas-de-
acao-afirmativa-no-direito-norte-americano>. Acesso em: 13 nov. 2019. 
Meio Ambiente por Peter Singer. 2013. Disponível em: 
<://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Meio-Ambiente-Por-Peter-
Singer/44711557.html>. Acesso em: 19 nov. 2019. 
SINGER, Peter. Ética Prática. Trad. Manuel Joaquim Vieira. Lisboa: Tipografia Lugo, 
1993 
SOLER, Leonor; TEREZA, Maria. A igualdade e suas implicações em Peter Singer, 
na obra Ética Prática. 2014. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/62120/a-
igualdade-e-suas-implicacoes-em-peter-singer-na-obra-etica-pratica>. Acesso em: 19 
nov. 2019. 
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	RESUMO, ÉTICA PRÁTICA DE PETER SINGER: CAPITULOS 1,2 E 3

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