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USO E USUÁRIOS DA 
INFORMAÇÃO AULA 5
Modelos 
Teóricos e 
aplicação dos 
estudos de 
usuários 
Abertura 
Olá,
Estudos de usuários estão fortemente presentes nas pesquisas da área de ciência da informação 
e representam um subcampo de estudos. Os primeiros estudos foram desenvolvidos a partir da 
percepção da necessidade da informação do público comum da biblioteca pública ou do uso das 
fontes de informação de cientistas. Em ambos os casos, os estudos evoluíram e as novas 
correntes refletiram em uma tentativa de transferir o foco do sistema para o usuário, usuário 
considerado primeiramente um ser passivo diante da informação, mas que então passa a ser 
visto como um ser ativo, que constrói perguntas, respostas e caminhos para suas demandas de 
informação.
Acompanhe a aula a seguir e aprenda mais sobre os modelos teóricos e aplicação dos estudos 
de usuários.
BONS ESTUDOS!
Referencial Teórico 
Faça a leitura do capítulo selecionado para esta aula e, ao final, você terá aprendido a:
• Conhecer os modelos teóricos para desenvolvimento dos estudos de usuários.
• Conhecer as metodologias usadas nos estudos de usuários.
• Conhecer os tipos de pesquisa, variáveis, amostras e as técnicas de coleta de
dados usadas nos estudos de usuários.
BOA LEITURA!
83
Conteúdos
• Modelos teóricos dos estudos de usuários.
• Planejamento e aplicação de estudos de usuários.
• Tipos de pesquisa, variáveis e amostras dos estudos de
usuários.
• Técnicas de coleta de dados para estudos de usuários.
• Limitações dos estudos de usuários.
MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS 
ESTUDOS DE USUÁRIOS
85© ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
1. INTRODUÇÃO
Chegamos à penúltima unidade. Até aqui já adquirimos 
vasto conhecimento sobre nosso contexto acadêmico e seu 
futuro contexto profissional, bem como sobre os processos 
86 © ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
da informação, os usuários e suas características, os estudos 
de usuários, tendo conhecido sua parte histórica e teórica. 
Conheceremos, nesta unidade, os modelos teóricos para 
o desenvolvimento dos estudos de usuários, as etapas de
planejamento e as aplicações práticas. Também veremos os
estudos classificados de acordo com os métodos científicos,
seguidos dos conceitos de população ou universo, censo,
amostragem e amostra, e os instrumentos de coleta de dados
mais utilizados nos estudos de usuários.
Espero que esteja gostando dos conteúdos apresentados! 
Essa temática é muito interessante, principalmente na prática, 
e os estudos de usuários realmente fazem a diferença quando 
aplicados nas unidades de informação, como você verá a partir 
de agora.
2.1. MODELOS TEÓRICOS PARA O DESENVOLVIMENTO 
DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS 
Iniciaremos nosso estudo com um tópico 
teórico-conceitual, que nos dará base para os próximos 
tópicos da unidade. No que tange aos estudos de usuários da 
informação, existem diversos modelos teóricos propostos 
por diferentes autores ao longo do tempo. Cunha, Amaral e 
Dantas (2015, p. 
87© ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
88) definem modelos como "abstrações que possibilitam melhor
compreensão da realidade. Eles podem ser representados por
diagramas com conceitos que mostram as relações entre eles".
González-Teruel (2005 apud CUNHA; AMARAL; DANTAS, 
2015, p. 88) coloca que os modelos têm contribuído para 
consolidar a linha de pesquisa de necessidades e usos da 
informação. Ele apresenta as principais contribuições do uso dos 
modelos: 
• delimitar, definir e relacionar os distintos aspectos do
processo de busca da informação;
• estabelecer as diferenças entre os distintos estudos
centrados nos usuários do ponto de vista de seus objetivos e
da aplicação dos seus resultados;
• sistematizar o nível de abstração e o propósito da pesquisa;
• usar uma base teórica como marco de referência para
interpretar a conduta que surge em consequência de uma
necessidade de informação;
• estabelecer uma relação mútua entre teoria e pesquisa
empírica, de tal maneira que a teoria guie a pesquisa e que
esta alimente a teoria.
Com base nesses aspectos, podemos entender que é 
importante ter embasamento teórico para desenvolver estudos 
de usuários. Esse embasamento vai possibilitar o sucesso do 
planejamento e da aplicação do estudo, que posteriormente 
poderá ser publicado, realimentando a teoria. Um estudo mal 
planejado, feito sem base no conhecimento existente na literatura 
e nos modelos, tem grandes chances de ser malsucedido. Todos 
os elementos, aprendidos ao longo das unidades anteriores, 
devem ser cuidadosamente analisados ao conceber estudos de 
usuários. 
88 © ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
Para entender melhor, vamos conhecer alguns desses 
modelos, de forma sintetizada. Eles dão origens às chamadas 
abordagens dos estudos de usuários. 
Os modelos presentados foram apanhados nas obras de 
Choo (2003), Rolim e Cendón (2013) e Cunha, Amaral e Dantas 
(2015). 
Modelo do Estado Anômalo do Conhecimento (1980)
Proposto por Belkin (1980 apud CUNHA; AMARAL; 
DANTAS, 2015), esse modelo busca demonstrar que a procura 
por informação é baseada nas tarefas desempenhadas ou nos 
problemas enfrentados por um indivíduo, e que as necessidades 
e processos de busca dependem dessas tarefas. É conhecido 
também como Abordagem do estado anômalo do conhecimento. 
Fonte: Belkin (1980 apud CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015, p. 89).
Figura 1 Modelo do Estado Anômalo do Conhecimento.
Modelo de Construção de Sentido (1983)
Brenda Dervin discute a construção do sentido (sense-
making) do ponto de vista cognitivo. Ela afirma que, dentre as 
diversas experiências do indivíduo, ele é obrigado a parar por 
89© ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
ausência de informação ou “vazio cognitivo”. A abordagem de 
Dervin consiste em premissas como: a realidade não é completa, 
mas permeada de lacunas; a informação é um produto da 
observação humana; toda informação tem um componente 
subjetivo; a busca e o uso da informação são atividades 
construtivas; a informação fornece somente uma descrição 
parcial de realidade. 
Esse modelo busca interpretar os problemas, criar 
estratégias para solução de problemas e construir conhecimento 
por meio da necessidade de dar sentido a determinadas ações 
e práticas, a partir de práticas cognitivas de interpretação. É 
conhecido também como Abordagem sense-making.
Fonte: Dervin (1992 apud CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015, p. 102).
Figura 2 Metáfora da Abordagem sense-making.
90 © ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
Modelo de valor agregado (1986)
Proposto por Robert Taylor (1986), o modelo de valor 
agregado tem como princípio que devemos nos focar no 
problema individual do usuário, considerando três variáveis: 
•	 qual informação o indivíduo quer encontrar; 
•	 que uso fará dela; 
•	 como o sistema pode melhorar e preencher as 
necessidades de informação do usuário. 
Taylor acredita que os processos de análise, seleção e 
julgamento podem transformar dados – sem significado – em 
informação útil, ou seja, agregar valor. Assim, essa informação 
pode ser útil para esclarecer, informar e contribuir para o 
desenvolvimento pessoal e cultural do usuário, afetando suas 
ações e decisões.
O modelo de Taylor pode ser aplicado em diversos tipos 
de unidades de informação porque descreve as funções dos 
processos de organização, análise, síntese e julgamento, e 
mostra como essas funções agregam valor à informação. Por 
isso, também é conhecido como Abordagem do valor agregado.
Processo de busca de informação (1991)
Este modelo foi proposto por Carol Kuhlthau (1991 apud 
CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015). Ele é muito citado nas teorias 
de necessidade e busca da informação, conforme vimos na 
Unidade 1. Kuhlthaudefende o processo construtivista para a 
realização de estudos de usuários, relacionando as necessidades 
cognitivas com as reações emocionais. Durante a observação do 
processo de busca de informação, que prevê etapas como início, 
seleção, exploração e formulação, existe o princípio de incerteza, 
91© ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
que é flutuante e pode ser notado nos seis estágios de busca 
identificados por Kuhlthau, como podemos ver no Quadro 1. O 
modelo de Kuhlthau também é conhecido como Abordagem do 
processo construtivista.
Quadro 1 Processo de busca de informação proposto por 
Kuhlthau (1991 apud CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015).
Estágios no ISP Sentimentos a cada estágio
Pensamentos a 
cada estágio
Ações a cada 
estágio
Tarefas 
apropriadas
1. Iniciação Incerteza Geral/Vago
Busca de 
informações 
preexistentes
Reconhecimento
2. Seleção Otimismo Identificação
3. Exploração
Confusão
Frustação
Dúvida
Busca de 
informação 
relevante
Investigação
4. Formulação Clareza Direcionado/Claro Formulação
5. Coleta
Senso de 
direção
Confiança
Aumento de 
interesse
Busca de 
informação 
focada ou 
relevante
Conexão
6. Apresentação
Alívio
Satisfação ou 
Desaponta-
mento
Claro ou focado Complementação
Fonte: Kuhlthau (1991 apud CUNHA; AMARAL; DANTAS, 2015, p. 106).
Modelo de uso da informação proposto por Choo (2003)
O modelo de uso proposto por Choo (2003) mostra os 
ciclos de busca e uso da informação inseridos no ambiente de 
processamento da informação. É composto pelas estruturas 
cognitivas e emocionais do usuário e de um ambiente 
92 © ESTUDOS DE USUÁRIOS 
UNIDADE 3 – MODELOS TEÓRICOS E APLICAÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS
determinado pelas condições do meio profissional ou social, 
onde a informação é usada. Esse modelo baseia-se no conteúdo 
que estudamos na Unidade 1 (necessidade, busca e uso da 
informação), na qual Choo (2003) foi uma de nossas principais 
referências. 
Fonte: Choo (2003, p. 114).
Figura 3 Modelo de uso da informação.
É importante conhecer os principais modelos teóricos 
para que os estudos de usuários sejam desenvolvidos com 
embasamento teórico e, assim, sejam bem planejados e 
bem-sucedidos. 
No próximo tópico entraremos na parte prática, em que 
vamos conhecer os métodos utilizados nos estudos, as etapas 
e algumas possíveis limitações que podem ocorrer ao longo da 
aplicação. 
Portfólio 
ATIVIDADE
A criação dos estudos de usuários pode ser compreendida a partir de dois momentos: a) os 
estudos de 1930 da Escola de Chicago desenvolvidos para a integração de grupos imigrantes na 
comunidade americana através da biblioteca pública e b) os estudos de 1948 na conferência da 
Royal Society na qual dois trabalhos foram apresentados e despertaram a atenção para o 
desenvolvimento de estudos que identificassem as necessidades dos usuários de informação 
científica. Com o aumento das publicações de estudos de usuários em 1958, na Conferência 
Internacional de Informação Científica, trabalhos abordando o espaço das bibliotecas como lugar 
de origem das pesquisas e de aplicação dos resultados foram apresentados dando impulso à 
disciplina de estudos de usuários.
Sua tarefa é desenhar uma linha do tempo e pontuar o surgimento dos modelos teóricos 
estudados nesta aula.
OBS: OBS: Para Para redigir redigir sua sua resposta, resposta, use use uma uma linguagem linguagem acadêmica. acadêmica. Faça Faça um um textotexto 
comcom no no mínimo mínimo 20 20 linhas linhas e e máximo máximo 25 25 linhas. linhas. Lembre-se Lembre-se de de não não escrever escrever emem 
primeiraprimeira pessoa pessoa do do singular, singular, não não usar usar gírias, gírias, usar usar as as normas normas da da ABNT: ABNT: texto texto comcom fonte fonte 
tamanhotamanho 12, 12, fonte fonte arial arial ou ou times, times, espaçamento espaçamento 1,5 1,5 entre entre linhas, linhas, textotexto justificado.justificado.
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