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112 A unidade da Igreja e o Avivamento - Humberto Schimitt Vieira

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3ª Edição
Porto Alegre
Estudos para a Escola
 Bíblica Dominical 
Autoria: 
Pr. Humberto Schimitt Vieira
2017
Copyright c 2017
Vieira, Humberto Schimitt
 A Unidade da Igreja e o Avivamento – Humberto Schimitt Vieira – 3. Ed, Porto 
Alegre : Ramo da Videira, 2017.
 
ISSN 2237-0196
1. Experiência, prática e vida cristã I. Título
 CDD
 248 - Experiência, prática e vida cristã
Índice para catálogo sistemático
1. Experiência, prática e vida cristã 248
Os textos das referências bíblicas utilizados nesta publicação foram 
extraídos da Bíblia versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), salvo in-
dicação específica.
E
Apresentação
m uma época de tanta confusão espiritual, como identificar a ver-
dadeira igreja de Jesus Cristo? Por que muitos são chamados, 
mas poucos, escolhidos? Quem são os escolhidos? Se a igreja é o 
corpo de Cristo, por que há tantas divisões entre igrejas e, até mes-
mo, dentro destas? Afinal, o que é, realmente, uma igreja? É possível, 
diante de tanta diversidade, existir uma igreja que realmente viva em 
unidade espiritual? Quais são os inimigos dessa unidade? A pregação 
da doutrina bíblica une ou divide a igreja? Como manter uma igreja 
verdadeiramente unida? Qual é a importância dos avivamentos para 
a unidade da igreja? O que é um autêntico avivamento? Como estes 
nascem e como podem morrer? Como deve ser a relação do crente 
com sua denominação para que tenha autoridade espiritual?
Essas e outras perguntas são respondidas nesta obra que tem, 
como tema principal, a questão da unidade da igreja e o avivamento.
Um estudo totalmente fundamentado na Bíblia que aborda ques-
tões inéditas ou, pelo menos, raramente tratadas na literatura cristã.
É importante que, nas escolas bíblicas, todas as lições sejam 
ministradas em sua totalidade, ainda que sejam necessárias mais de 
uma aula para sua conclusão.
5
Índice
Lição 1: A Igreja Verdadeira ............................................................07
Lição 2: Os Escolhidos ...................................................................11
Lição 3: A Instituição Igreja .............................................................17
Lição 4: A Igreja é um Clube Social ou uma 
Família Espiritual?............................................................................23
Lição 5: A Formação da Unidade da Igreja ....................................30
Lição 6: O Avivamento .....................................................................36
Lição 7: As Fases do Avivamento e o Perigo da Rebelião ...........44
Lição 8: A Divisão ............................................................................54
Lição 9: Consequências da Divisão ...............................................61
Lição 10: A Apostasia ......................................................................67
Lição 11: Idolatria da Igreja ou “Eclesiolatria” .............................73
Lição 12: A Atitude do Crente Frente à 
Apostasia e à Idolatria da Igreja ....................................................81
Lição 13: Preservando a Unidade pelo Vínculo da Paz ..............91
Lição 14: Batalhas a Serem Vencidas na Guerra pela Paz .........96
Lição 15: Onde Está o teu Fundamento? .......................................103
6
AUTORES
Pr. Humberto Schimitt Vieira
Pr. Otávio Rodrigues Vieira e 
Pr. James Schimitt Vieira (Lição 4)
EDITOR
Pr. James Schimitt Vieira
REVISÃO DOUTRINÁRIA
Conselho de Doutrina da Convenção de Ministros
da IPAD Ministério Restauração
REVISÃO GRAMATICAL E ORTOGRÁFICA
Superintendência de Ensino da 
IPAD Ministério Restauração
DIAGRAMAÇÃO
Ramo da Videira
CAPA
Expediente
7
 L
içã
o
1
A
1A Igreja Verdadeira
“para que, pela igreja, a multiforme 
sabedoria de Deus se torne conhecida, 
agora, dos principados e potestades 
nos lugares celestiais” (Ef 3.10)
palavra “igreja” é citada pela pri-
meira vez, na Bíblia Sagrada, em 
Mateus 16.18: “Também eu te 
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra 
edificarei a minha igreja, e as portas do 
inferno não prevalecerão contra ela.”
A palavra igreja vem do grego 
“ekklesia”, que é uma palavra composta 
formada pela preposição “ek” - que tem 
o sentido de “de dentro para fora” - e a 
palavra “klesis”, derivada do verbo “kaleo” 
– que significa “chamar”.
Assim, o sentido original significa 
“reunião de cidadãos chamados para fora 
de seus lares para algum lugar público, 
assembleia”.
Detalharemos, nesta lição, o sig-
nificado e a utilização desses termos na 
Bíblia.
 
Leia e medite diariamente:
Segunda: Mt 16.1 e Ef 3.10
Terça: Mt 22.1-14
Quarta: Dn 9.25-27
Quinta: Mt 13.47-50
Sexta: Mt 25.1-13
Sábado: Mt 10.22, Mc 13.13
Domingo: 2 Tm 3.5, Ap 17.14
I. A Palavra “Igreja”
 
Originalmente, a palavra “igreja” é 
uma palavra neutra no tocante à salvação. 
Como já se viu, ela representa uma assem-
bleia de pessoas, não significando que tais 
pessoas sejam necessariamente salvas.
Jesus utilizou-se de diversas pará-
bolas para explicar essa realidade.
 
8
II. A Composição da Igreja: 
Chamados e Escolhidos
 
1. Muitos chamados, mas poucos 
escolhidos
Em Mateus 22.1-14, Jesus fala 
sobre a interrupção da dispensação para 
Israel, com o fim da 69ª semana mencio-
nada em profecia por Daniel (Dn 9.25-27), 
e o começo da dispensação da igreja. 
No versículo sete, inclusive, ele profetiza 
sobre como Jerusalém seria destruída: 
incendiada por um exército.
A partir do verso nove, Jesus 
começa a falar sobre a igreja. Ele 
conta a história de um homem 
que, embora chamado, 
veio ao banquete do rei 
sem as vestes apropria-
das. Achado em falta, foi 
lançado para fora.
Jesus, então, ex-
plicou que a igreja seria 
muito numerosa, com muitos 
chamados, porém, poucos des-
ses chamados seriam escolhidos para 
permanecerem na festa.
 
2. O destino dos chamados mas 
não escolhidos
a) Trevas, onde há choro e ranger 
de dentes
O destino dos chamados, mas não 
escolhidos, seria as trevas, onde há choro 
e ranger de dentes (v.13). A frase que con-
clui essa parábola, apesar de verdadeira, 
é muito triste: “Porque muitos são cha-
mados, mas poucos, escolhidos” (v.14). 
As palavras aqui utilizadas são “kletos” 
(assim como “klesis”, derivada do verbo 
“kaleo”) para chamados, e “eklektos” para 
escolhidos.
 
b) Fornalha acesa
Já em Mateus 13.47-50, Jesus 
comparou a igreja a uma rede de pes-
ca lançada ao mar. Muitos peixes são 
“chamados para fora do mar”, porém, o 
pescador aproveita somente os bons. Os 
demais são rejeitados. Jesus concluiu a 
parábola dizendo que aqueles que são 
somente chamados, mas que não forem 
escolhidos, serão lançados “na fornalha 
acesa; ali haverá choro e ranger 
de dentes” (v.50).
Naturalmente, Jesus 
Cristo está falando, nes-
sas duas parábolas, de 
aspectos diferentes do 
mesmo lugar para onde 
irão os não escolhidos.
 
III. Igreja Visível e 
Igreja Invisível
1. Uma terminologia moderna
A teologia moderna não usa a 
mesma terminologia de Jesus, preferin-
do utilizar a expressão “igreja visível”, 
para se referir ao conjunto de todas 
as pessoas que professam ser segui-
doras de Cristo, e a expressão “igreja 
invisível”, para designar o conjunto dos 
“escolhidos”, efetivamente salvos, que 
somente Deus conhece.
 
2. Uma igreja “visível” mas des-
conhecida
Ainda em Mateus, mas no capítulo 
Jesus expli-
cou que a igreja seria 
muito numerosa, com 
muitos chamados, porém, 
poucos desses chamados 
seriam escolhidos para 
permanecerem na 
festa.
9
25.1-13, essa verdade bíblica é mais uma 
vez confirmada, quando Jesus conta a 
parábola das dez virgens. Embora todas 
fossem “chamadas” para a festa, somente 
as que estavam com a lâmpada acesa fo-
ram “escolhidas” para entrar na cerimônia 
de casamento. Quanto às demais, a frase 
que ouviram é “Em verdade vos digo que 
não vos conheço” (v.12).
 
IV. Características da Igre-
ja Verdadeira
 
1. Chamados e esco-
lhidos
Quando fala sobre os 
salvos que virão com Jesus 
na segunda fase da Sua se-
gunda vinda, o anjo assim sere-
fere: “Pelejarão eles contra o Cordeiro, 
e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor 
dos senhores e o Rei dos reis; vencerão 
também os chamados, eleitos e fiéis que 
se acham com ele” (Ap 17.14). Aqui, o 
anjo utilizou os mesmos termos que Jesus: 
“kletos” (“chamados”) e “eklektos” (“esco-
lhidos”, aqui traduzida como “eleitos”).
Pedro também se utiliza da mesma 
terminologia de Jesus: “Por isso, irmãos, 
procurai, com diligência cada vez maior, 
confirmar a vossa vocação e eleição; por-
quanto, procedendo assim, não tropeça-
reis em tempo algum. Pois desta maneira 
é que vos será amplamente suprida a 
entrada no reino eterno de nosso Senhor 
e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1.10-11). 
Vocação é traduzida da palavra “klesis”, 
mesma utilizada em “ekklesia”, e eleição 
é traduzida do verbo “kloges”, que signifi-
ca o ato de escolher.
 
2. Fiéis
É interessante que, além de ser 
“chamado” e “escolhido”, o salvo tem que 
ser “fiel” (Ap 17.14), do grego “pistos”, sig-
nificando “alguém que manteve a fé com 
a qual se comprometeu, digno de con-
fiança”. Essa exigência para a salvação 
também foi referida por Jesus. Confira as 
passagens bíblicas a seguir:
“Sereis odiados de todos por causa 
do meu nome; aquele, porém, que perse-
verar até ao fim, esse será salvo.” 
(Mt 10.22)
“Sereis odiados de to-
dos por causa do meu nome; 
aquele, porém, que perse-
verar até ao fim, esse será 
salvo.” (Mc 13.13)
A igreja é uma instituição espi-
ritual, e deve se manter em comunhão 
com Deus. Portanto, não pode ser 
regrada pelos parâmetros de sucesso 
do mundo, mas pelos padrões espiri-
tuais estabelecidos por Deus. Burkett 
enfatiza essa verdade a seguir:
“O sucesso é um pálido subs-
tituto da vitória. Nas ocasiões em 
que a igreja realmente precisar rela-
cionar-se com o mundo é claro que 
haverá transações comerciais, pois 
estas lhe promovem o bem-estar. 
Até Jesus possuía uma bolsa com 
dinheiro para suprir necessidades 
básicas, suas e de seus discípulos. 
Os negócios que envolvem uma igre-
ja devem basear-se simplesmente na 
honestidade, em vez de nos métodos 
de psicologia de vendas do mundo 
Não basta 
sermos apenas 
chamados, mas 
precisamos também 
ser escolhidos.
10
Revise a lição e responda
1) Qual é a palavra, no original, utilizada pela Bíblia para designar a igreja, e 
qual é o seu significado?
2) Em Mateus 22.1-14, sobre quais dispensações, relativas ao plano de salva-
ção, Jesus Cristo fala aos seus discípulos?
3) Como é composta a igreja visível, segundo Mt 22.1-14 e Mt 13.47-50?
4) Qual é a diferença entre os chamados e os escolhidos? E qual será o seu 
destino?
5) Quais são as características daqueles que constituem a verdadeira igreja e 
que serão realmente salvos?
6) Qual é e qual o significado da palavra grega traduzida por fiel referida em 
Ap 17.14?
7) Qual é a diferença entre “igreja visível” e “igreja invisível”, e qual é a sua 
relação com o conceito bíblico de “chamados e escolhidos”?
8) Qual é a consequência de ser fiel em um mundo que se opõe a Deus, 
conforme Mateus 10.22 e Marcos 13.13?
9) A que tipo de pessoas “congregadas” na igreja visível Paulo está se referindo 
em 2 Timóteo 3.5?
10) Qual é a atitude, que os escolhidos devem ter, em relação à sua vocação e 
eleição, conforme Pedro explica em sua segunda epístola (2 Pe 1.10-11)?
dos negócios. É preciso cuidar para 
que a igreja, em suas atividades 
periféricas, não acabe envolvida por 
princípios mundanos. Se tal espírito 
adentrar-lhe até chegar à liderança, 
ela de fato poderá ser chamada 
bem-sucedida. Mas então o organis-
mo vivo transformou-se em simples 
organização.”
(Burkett, Bill. Pentecostais ou Ca-
rismáticos?. 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora 
CPAD, 1999, p. 47,48)
Conclusão
Não basta sermos apenas cha-
mados, mas precisamos também ser 
escolhidos. Infelizmente, observamos 
muitas pessoas serem chamadas, mas 
permanecendo somente nesse estágio 
do projeto de Deus. São membros da 
“igreja visível”, mas distantes da “igreja 
invisível”; tendo aparência, mas sem 
possuir uma essência cristã verdadeira 
(2 Tm 3.5). Na próxima lição, veremos 
quem são os escolhidos.
11
Li
çã
o
22Os Escolhidos
“Porque muitos são 
chamados, mas poucos, 
escolhidos.” (Mt 22.14)
a lição anterior, vimos que os in-
tegrantes da igreja verdadeira de 
Jesus Cristo, também chamada de 
“igreja invisível”, são aqueles chamados e 
escolhidos. Mas quem são os escolhidos? 
Quais são as suas características? Como 
obter essa condição? É o que veremos 
nesta lição.
 
Leia e medite diariamente:
Segunda: Jo 14.15-24; Jo 16.7-11
Terça: Jo 17.14; 1 Jo 5.17-20
Quarta: Ef 2.1-22; 1 Co 5.10
Quinta: Ef 6.12-20; 1 Jo 2.15-17
Sexta: Cl 1.9-23; Tg 4.4; Lc 9.23
Sábado: Jo 3.3-5; 1 Co 2.16
Domingo: Rm 7.14-31; Gl 5.17
I. Possuidores da Experiência 
do Novo Nascimento
1. Ingressantes no reino de Deus
Os “escolhidos” (ou membros da 
“igreja invisível”) são todos aqueles que 
entram para o “reino de Deus” mediante o 
milagre do novo nascimento.
 
2. Libertados do mundo
“Reino de Deus” significa o domínio 
e o comando de Deus. O reino de Deus 
se opõe ao principado de Satanás, cha-
mado por Jesus de “mundo” (“... porque o 
príncipe deste mundo já está julgado” - Jo 
16.11).
O mundo é comandado pelo Ma-
ligno (“Sabemos que somos de Deus e 
que o mundo inteiro jaz no Maligno” - 1 Jo 
5.19), que exerce seu domínio mediante 
suas hostes de espíritos malignos, con-
forme podemos conferir nos versículos 
abaixo:
“nos quais andastes outrora, segundo 
o curso deste mundo, segundo o príncipe da 
N
12
potestade do ar, do espírito que agora atua 
nos filhos da desobediência” .(Ef 2.2)
“porque a nossa luta não é contra o 
sangue e a carne, e sim contra os principa-
dos e potestades, contra os dominadores 
deste mundo tenebroso, contra as forças 
espirituais do mal, nas regiões celestes.” 
(Ef 6.12)
Aquele que é nascido de novo 
possui a experiência da ação de Jesus 
Cristo mencionada pelo apóstolo Paulo 
em Colossenses 1.13: “Ele nos libertou do 
império das trevas e nos transportou para 
o reino do Filho do seu amor”. Portanto, 
não está mais sob o jugo deste mundo.
As demais características dos “es-
colhidos” são decorrentes da experiência 
do novo nascimento.
 
II. O Novo Nascimento
Mas, afinal, o que é o novo nasci-
mento? Qual é a relação desse aconteci-
mento com a salvação individual? Embora 
tenhamos abordado esse assunto mais 
detalhadamente na revista “Princípio da 
Vida Cristã I”, trataremos dele também 
nesta lição pela sua importância e relação 
fundamental com a constituição da verda-
deira igreja de Jesus Cristo. Jesus disse 
expressamente que sem o novo nasci-
mento ninguém poderá ver ou entrar no 
reino de Deus (Jo 3.3-5).
 
1. O que é o novo nascimento?
É o ato divino e milagroso pelo qual 
Deus devolve a sua imagem ao ser huma-
no e lhe concede o privilégio da filiação. 
Neste ato, o ser humano tem a sua nature-
za alterada, deixando de ser apenas “filho 
do homem” e passando a ser também 
“filho de Deus”.
Por meio do novo nascimento, Deus 
resolve a questão da natureza decaída do 
homem e, a partir de então, o ser humano 
passa a ter desenvolvida em si a mente de 
Cristo (1 Co 2.16).
Enquanto a pessoa não nasce de 
novo, não consegue aceitar as coisas de 
Deus (1 Co 2.14), mas após o novo nasci-
mento ela concorda com os mandamentos 
de Deus (Rm 7.16), mesmo que ainda não 
consiga cumpri-los.
Dito isso, surge uma questão que 
nos interessa profundamente: - Alguém 
que nasce de novo pode deixar de ser 
filho, ou, em outras palavras, pode perder 
a salvação?
 
2. É possível perder a salvação?
Só existe uma maneira de alguém 
que é filho deixar de ser filho: morrendo.
No mundo físico, a morte biológica 
tira o filho do convívio do pai; assim tam-
bém no mundo metafísico a morte espi-
ritual igualmente é causa do rompimento 
no relacionamento entre Deus (pai) e o 
homem (filho).
 
a) Uma guerra de vida ou morte
Quando a nova natureza é implan-
tada, a antiga continua alojada em nós. 
Começa aí umaluta ferrenha entre a velha 
natureza - que a Bíblia denomina carne - e 
a nova natureza (Gl 5.17).
Diz a Bíblia que, se nessa luta nos 
inclinarmos para a carne, vamos matar a 
nova natureza e, assim, morreremos es-
piritualmente, retornando então ao antigo 
estado (Rm 8.6). Mas, se nos inclinarmos 
13
para o Espírito Santo, que opera o novo 
nascimento (Jo 3.5), viveremos (Rm 8.13).
 
b) O legalismo e a salvação
Portanto, após o novo nascimento 
o crente não pode mais se ater à questão 
legalista; não lhe cabe mais somente ficar 
perguntando se isso ou aquilo é pecado ou 
se é tecnicamente errado; ou se há uma 
passagem na Bíblia condenando esse ou 
aquele ato; enfim, enquanto o cristão ficar 
nessa posição ele ainda será um legalista, 
e o legalismo não o leva a lugar algum, 
não o salva.
 
3. O princípio da conveniência
O apóstolo Paulo explica 
que o legalismo serve ape-
nas como um aio para 
nos levar a Cristo, para 
recebermos o perdão de 
Cristo através da cruz. 
A partir daí, o legalismo 
já não nos interessa, 
pois, se somos nascidos 
de novo, o nosso objetivo 
agora é manter viva e fortalecer 
a nova natureza. Aliás, o apóstolo Paulo 
foi tão radical nesse ponto que chegou 
a dizer: “tudo me é lícito, mas nem tudo 
me convém” (1 Co 6.12), ou seja, em lin-
guagem coloquial ele diria: “estou pouco 
ligando para o legalismo: o que eu quero 
saber é se as coisas convêm ou não à mi-
nha nova natureza”. Vemos emergir, aqui, 
um princípio que vai além da legalidade: o 
princípio da conveniência.
A mim entristece muito ouvir uma 
pessoa dizer:
- Pastor, se o senhor me comprovar 
que está expressamente proibido na Bíblia 
essa ou aquela ação, eu deixarei de pra-
ticá-la.
Essa pessoa possivelmente não 
nasceu de novo. É um pobre legalista ten-
tando achar a salvação de uma forma que 
nunca poderá encontrá-la. Está apenas 
preocupada em obedecer a regras, e não 
em desenvolver uma nova vida, a nova 
natureza recebida de Deus.
 
4. Uma nova forma de avaliar a 
maneira de viver
O crente que nasceu de novo sai 
da questão legal e passa para a questão 
da conveniência, ou seja, a questão não é 
mais se pode ou não pode, mas 
se convém ou não convém. 
Assim, se uma criança per-
guntar à mãe: - a lei me 
proíbe, ou não, andar 
sem calçado? A mãe 
dirá que a lei não proíbe 
tal ato. A criança retoma: 
- então nunca mais vou 
querer usar calçados!
Sob o aspecto legal, essa 
criança está certa, mas não é conveniente 
que ande descalça. Logo, sob o prisma 
da conveniência está errada. Destruirá a 
sua natureza por meio de enfermidades e 
ferimentos que surgirão devido ao contato 
direto dos pés com o solo.
Essa é a condição do legalista. 
Pensando ser muito sábio, equivocada-
mente caminha para a morte. Escolhe um 
inconveniente modo de viver, agredindo 
a natureza divina, amparado no errôneo 
argumento de que a sua postura não está 
expressamente proibida na Bíblia.
 
O crente que 
nasceu de novo sai 
da questão legal e passa 
para a questão da conve-
niência, ou seja, a questão 
não é mais se pode ou não 
pode, mas se convém 
ou não convém.
14
5. O amor filial
Mas isso não é tudo. Há um outro 
aspecto da salvação, envolvendo a mu-
dança de natureza, mediante o novo nas-
cimento: é a questão de amor filial.
O legalismo é frio. O pecador é o 
réu e Deus, o juiz. O réu procura provar 
que sua condição é legal e o juiz exami-
na, pela letra fria da lei, se o réu é ou não 
culpado. Essa é a triste figura que o lega-
lismo traz para a relação entre o crente e 
Deus. As pessoas assim vivem buscando 
um jeitinho para interpretar a lei de modo 
a não incriminar a sua conduta ou a dos 
membros de sua igreja. É a respeito 
desses “doutores” que a Bíblia fala em 2 
Tm 4.3,4, dizendo que ensinariam 
a Bíblia a seus “clientes” com 
interpretações que busca-
riam justificar a prática 
das suas respectivas 
cobiças.
Já a doutrina do 
novo nascimento reve-
la o amor filial, ou seja, 
nós obedecemos não para 
nos livrarmos do julgamento 
de um juiz qualquer, mas obedece-
mos porque amamos a um Pai amoroso 
que, para nos resgatar, enviou o Seu 
filho unigênito. Por isso, Jesus Cristo 
estabeleceu como principal mandamen-
to o de amar a Deus acima de todas as 
coisas (Mt 22.37) e, também por isso, 
referiu como sinal de nosso amor a Ele a 
obediência aos Seus mandamentos (Jo 
14.15,21,24).
Por tudo isso, a Bíblia diz que não 
devemos amar o mundo nem as coisas que 
no mundo há, pois se alguém ama o mundo 
o amor do Pai não está nele (1 Jo 2.15). 
Ora, assim como o padrão da carne se 
opõe ao padrão do Espírito Santo, também 
o padrão do mundo se opõe ao padrão do 
Pai. Portanto, além do diabo, existem dois 
inimigos da nossa nova natureza: - o pa-
drão da carne e o padrão do mundo.
 
III. Uma Vida com Novos Pa-
râmetros
 
1. Abandonando os parâmetros 
do mundo
Assim, viver no “reino de Deus” sig-
nifica viver não mais pelos parâmetros do 
mundo, mas pelos parâmetros de Deus. 
Enquanto uma pessoa anda se-
gundo o curso deste mundo, 
pauta a sua vida por aquilo 
que “todo mundo está 
fazendo”. Comandado 
pela moda e modismos, 
não poderá dizer que 
está no reino de Deus.
Como já vimos, 
Jesus explicou que o “reino 
de Deus” é tão diferente do 
principado deste mundo que, sem 
que alguém nasça de novo, é impossível 
entender o reino de Deus (Jo 3.3) e muito 
menos nele entrar (Jo 3.5).
 
2. Sendo nascidos de novo e co-
nhecidos de Deus
O Senhor Jesus fala que “Muitos, 
naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, 
Senhor! Porventura, não temos nós profe-
tizado em teu nome, e em teu nome não 
expelimos demônios, e em teu nome não 
fizemos muitos milagres? Então, lhes direi 
Não pode-
mos viver isolados 
nesta terra, pois, nesse 
caso, teríamos que sair do 
mundo (1 Co 5.10). Mas pre-
cisamos estar com nosso 
coração desvinculado 
do mundo.
15
explicitamente: nunca vos conheci. Apar-
tai-vos de mim, os que praticais a iniqüida-
de” (Mt 7.22-23).
Dizer “nunca vos conheci” é dife-
rente de dizer “não vos conheço”. O que 
Jesus expressa, aqui, é que há “muitos” 
que fazem milagres, expulsam demônios 
e profetizam em nome de Jesus, porém 
não entraram no reino porque nunca nas-
ceram de novo. São chamados, mas não 
são escolhidos. Têm fé para os milagres, 
mas não para obedecerem a Deus.
 
3. Reino de Deus e Mundo: uma 
relação impossível
É impossível alguém fazer parte da 
igreja invisível de Jesus e, ao mesmo tem-
po, ser participante do sistema do mundo, 
pois o mundo jaz no Maligno (1 Jo 
5.19). Na sua oração sacerdo-
tal, Jesus exclamou “eu lhes 
tenho dado a tua palavra, e 
o mundo os odiou, porque 
eles não são do mundo, 
como também eu não sou.” 
(Jo 17.14).
Não podemos viver iso-
lados nesta terra, pois, nesse caso, 
teríamos que sair do mundo (1 Co 5.10). 
Mas precisamos estar com nosso coração 
desvinculado do mundo. Nesse sentido, 
Paulo assim se referiu quando escreveu 
aos Coríntios, esclarecendo, na prática, 
como deve ser a relação dos salvos com 
o mundo: “os que se utilizam do mundo, 
como se dele não usassem; porque a apa-
rência deste mundo passa” (1 Co 7.31).
João, por sua vez, advertiu que 
não devemos amar o mundo, pois se 
amarmos o mundo, o amor do pai não 
estará em nós (1 Jo 2.15).
Por fim, Tiago ensina que aquele 
que se fizer amigo do mundo constitui-se 
inimigo de Deus (Tg 4.4).
 
IV. Como se Dá a Escolha
A “escolha” ou “eleição” é um ato 
da soberania e da misericórdia de Deus. 
Ninguém tem o direito de ser escolhido, 
pois aí não seria escolha, mas conquista.
Assim como o nascimento de uma 
criança é um ato de vontade dos pais, assim 
o novo nascimento, por meio do qual Deus 
compartilha a Sua natureza conosco é um 
ato da Sua vontade.Vamos ler o que Jesus 
falou sobre o tema: “Mas, a todos quantos 
o receberam, deu-lhes o poder de serem 
feitos filhos de Deus, a saber, 
aos que crêem no seu nome; 
os quais não nasceram do 
sangue, nem da vontade da 
carne, nem da vontade do 
homem, mas de Deus” (Jo 
1.12-13). A palavra “recebe-
ram” vemdo grego “lambano”, 
que significa “pegar uma coisa 
como sua, agarrar para si e sobre si”. 
Ora, o mesmo Jesus apresentou condição 
para segui-lo: “Dizia a todos: Se alguém quer 
vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia 
tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
 
Conclusão
Portanto, nascer de novo para en-
trar no reino de Deus é mais do que se 
arrepender de pecados, mas é negar a 
sua própria natureza, sua própria maneira 
de ser, e aceitar a submissão total a Deus 
Ser religioso 
é “fazer” algumas 
coisas. Ser nascido de 
novo é “ser” outra pes-
soa, vivendo debaixo 
da vontade de 
Deus.
16
 Anotações
e à maneira de ser determinada por ele. 
Ser religioso é “fazer” algumas coisas. Ser 
nascido de novo é “ser” outra pessoa, vi-
vendo debaixo da vontade de Deus.
Revise a lição e responda
1) Qual é a principal característica dos “escolhidos”?
2) Conforme Colossenses 1.13, o que ocorre com uma pessoa que aceita a 
Jesus Cristo verdadeiramente?
3) Quais são os dois reinos que se opõem no mundo espiritual? Quem são 
seus integrantes?
4) O que é o novo nascimento? Qual é a relação desse acontecimento com a 
salvação individual?
5) Qual é o sintoma que evidencia que uma pessoa não nasceu de novo, 
conforme 1 Coríntos 2.14?
6) Qual é a consequência do novo nascimento na vida de uma pessoa?
7) É possível, a uma pessoa que nasceu de novo, perder a salvação? Como?
8) O que é o princípio da conveniência? O que significa, na prática, que “o 
crente que nasceu de novo sai da questão legal e passa para a questão da 
conveniência”?
9) Qual e a grande diferença entre uma pessoa “religiosa” e uma pessoa “nas-
cida de novo”?
10) Como devem ser os parâmetros de uma pessoa que nasceu de novo?
Vemos, então, que a escolha de 
Deus se dá a partir da nossa aceitação à 
sua vontade, negando a nossa vontade 
própria e a vontade do mundo.
17
 L
içã
o
33
“Grande é este mistério, 
mas eu me refiro a Cristo e à 
igreja.” (Ef 5.32)
A
A Instituição Igreja
Bíblia menciona o termo “igreja” 
com alguns significados. Em deter-
minadas passagens, designa uma 
igreja local. Em outras, designa uma insti-
tuição universal, o corpo de Cristo, em to-
das as localidades da terra. Abordaremos, 
nesta lição, esses diferentes enfoques e a 
forma como essa estrutura pode subsistir 
na forma de uma unidade apesar de toda 
a influência do mundo, que busca aniqui-
lá-la.
Leia e medite diariamente:
Segunda: 1 Co 12.26, 27
Terça: 1 Co 16.19; Tt 1.5
Quarta: At 15.1,2; Hb 3.13
Quinta: 1 Co 5.11; 1 Co 10.16-17
Sexta: 2 Tm 2.16-17; 2 Jo 1.10
Sábado: Tt 3.10-11; Mt 18.15-17
Domingo: 1 Co 5.13; Ef 4.3; Jo 17.6-14
I. A Igreja como Corpo de 
Cristo
1. Um corpo a nível mundial (uni-
versal)
Os “escolhidos” formam o corpo de 
Cristo na terra, mesmo que um nem saiba 
da existência do outro (leia 1 Co 12.27), “de 
maneira que, se um membro sofre, todos 
sofrem com ele; e, se um deles é honrado, 
com ele todos se regozijam” (1 Co 12.26).
2. Um corpo a nível local
Os crentes, ao se reunirem em de-
terminada localidade (país, cidade, bairro, 
comunidade), ali formam o que chamamos 
de igreja local.
II. A Igreja Local
1. Unidade administrativa
“Igreja local” é o termo utilizado 
para designar a igreja organizada em uma 
unidade administrativa. Possui um líder 
18
local, um controle financeiro local, cumpre 
determinações legais como pessoa jurídi-
ca, entre outras características. 
2. Abrangência geográfica e juris-
dicional
A “igreja local” pode exercer dife-
rentes amplitudes de abrangência.
Um exemplo disso encontramos na 
saudação de Paulo à igreja em Corinto: 
“As igrejas da Ásia vos saúdam. No Se-
nhor, muito vos saúdam Áquila e Priscila 
e, bem assim, a igreja que está na casa 
deles” (1 Co 16.19). Vemos, aqui, “igrejas 
da Ásia”, a “igreja que estava na casa do 
casal Áquila e Priscila” e a igreja de Corin-
to, destinatária da carta.
Assim como vemos o exemplo de 
uma igreja organizada em âmbito muni-
cipal (Corinto), vemos uma igreja organi-
zada em uma só congregação (casa de 
Áquila e Priscila). 
Verificamos, igualmente, na carta 
de Paulo a Tito, uma igreja organizada em 
âmbito regional, compreendendo diversas 
cidades, como a igreja em Creta, onde a 
autoridade episcopal de Tito se estendia 
a diversas cidades: “Por esta causa, te 
deixei em Creta, para que pusesses em 
ordem as coisas restantes, bem como, em 
cada cidade, constituísses presbíteros, 
conforme te prescrevi” (Tt 1.5).
Hoje, a igreja visível de Cristo está 
organizada em denominações. Essas, por 
sua vez, estão subdivididas administrati-
vamente em regiões, distritos, paróquias, 
congregações, etc.
3. Unidade apostólica
Um fator que precisamos destacar 
na unidade das igrejas nos primeiros 
tempos do cristianismo é a autoridade 
apostólica. Embora aquelas igrejas esti-
vessem distantes umas das outras, cons-
tituindo-se em igrejas locais, havia uma 
centralização doutrinária em Jerusalém, 
nas pessoas dos apóstolos, que promo-
via sua unidade. 
Vemos claramente isso no registro 
feito no livro de Atos: “Alguns indivíduos 
que desceram da Judéia ensinavam aos 
irmãos: Se não vos circuncidardes se-
gundo o costume de Moisés, não podeis 
ser salvos. Tendo havido, da parte de 
Paulo e Barnabé, contenda e não peque-
na discussão com eles, resolveram que 
esses dois e alguns outros dentre eles 
subissem a Jerusalém, aos apóstolos e 
presbíteros, com respeito a esta questão” 
(At 15.1,2). 
O próprio apóstolo Paulo, mais tar-
de, através de suas cartas, labutou pela 
unidade doutrinária da igreja. A tal ponto 
as epístolas paulinas eram consideradas 
indispensáveis por serem inspiradas pelo 
Espírito Santo, que eram amplamente 
aceitas pela igreja primitiva; e algumas de-
las foram os primeiros livros do Novo Tes-
tamento a serem considerados canônicos.
4. Os perigos em congregar-se 
numa igreja local corrompida
A igreja local também forma um 
corpo, interagindo uns membros com os 
outros. A partir do momento em que um 
membro da igreja local se corromper, 
outros membros também podem ser con-
taminados. A seguir, veremos os perigos 
de congregar-se em uma igreja local cor-
rompida:
19
a) O perigo da “comunhão” com 
falsos irmãos
Não devemos nos associar e se-
quer comer “com alguém que, dizendo-
se irmão, for impuro, ou avarento, ou 
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou 
roubador;” (1 Co 5.11). Por isso, não po-
demos participar da santa ceia com uma 
pessoa assim, pois o tomar a ceia juntos 
produz um elo de comunhão espiritual, 
e, quando sabemos do erro dela, nos 
tornamos cúmplices. Leia: “Por-
ventura, o cálice da bênção 
que abençoamos não é a 
comunhão do sangue de 
Cristo? O pão que parti-
mos não é a comunhão 
do corpo de Cristo? Por-
que nós, embora muitos, 
somos unicamente um pão, 
um só corpo; porque todos 
participamos do único pão” (1 Co 
10.16-17).
b) O perigo de conviver com por-
tadores de linguagem corrompida
A linguagem do crente que se 
corrompeu perverte os demais: “Evita, 
igualmente, os falatórios inúteis e profa-
nos, pois os que deles usam passarão a 
impiedade ainda maior. Além disso, a lin-
guagem deles corrói como câncer” (2 Tm 
2.16-17).
c) O perigo de receber um defen-
sor de falsas doutrinas 
“Se alguém vem ter convosco e 
não traz esta doutrina, não o recebais 
em casa, nem lhe deis as boas-vindas” 
(2 Jo 1.10).
d) O perigo de aceitar aquele que 
rejeita a sã doutrina
O que não aceita a doutrina deve 
ser evitado, pois provoca a facção.
“Evita o homem faccioso, depois de 
admoestá-lo primeira e segunda vez, pois 
sabes que tal pessoa está pervertida, e 
vive pecando, e por si mesma está conde-
nada” (Tt 3.10-11).
e) O perigo de conviver, na igreja, 
com o pecador sem arrependi-
mento
O malfeitor, se quiser 
continuar com suas atitu-
des de rebelião, deve ser 
expulso da igreja local.
“Se teu irmão pecar 
contra ti, vai argui-lo entre 
ti e ele só. Se ele te ouvir, 
ganhaste a teu irmão. Se, po-
rém, não te ouvir, toma ainda con-
tigo uma ou duas pessoas, para que, pelodepoimento de duas ou três testemunhas, 
toda palavra se estabeleça. E, se ele não 
os atender, dize-o à igreja; e, se recusar 
ouvir também a igreja, considera-o como 
gentio e publicano” (Mt 18.15-17).
“Os de fora, porém, Deus os julga-
rá. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor” 
(1 Co 5.13).
III. A Unidade da Igreja
1. A unidade da “igreja invisível”
Os “escolhidos”, ou membros da 
“igreja invisível”, compõem uma unida-
de. Falar em promover a unidade da 
igreja de Jesus não tem sentido, pois 
ela já é uma unidade. O que devemos, 
Quanto mais 
membros de uma 
igreja local pertencerem 
à igreja invisível, aos 
escolhidos, tanto mais 
unidade haverá nessa 
igreja.
20
na verdade, é lutar para preservar essa 
unidade, pois no momento em que dei-
xamos de pertencer a essa unidade, 
deixamos, igualmente, de pertencer aos 
escolhidos. Por isso, o apóstolo Paulo 
escreve: “esforçando-vos diligentemen-
te por preservar a unidade do Espírito 
no vínculo da paz” (Ef 4.3).
2. A unidade da “igreja visível”
Por outro lado, falar da unidade 
da igreja visível é uma utopia (so-
nho impossível de ser reali-
zado), pois desde a torre 
de babel, é impossível 
os homens se uni-
rem em torno de um 
mesmo propósito, 
pois cada um tem a 
sua linguagem.
3. A unidade da 
“igreja invisível” dentro 
da “igreja visível” (local)
No entanto, o mesmo não se 
fala em relação à igreja local. Os membros 
da igreja local devem se ajudar uns aos 
outros e exortarem-se uns aos outros, 
para não serem endurecidos pelo espírito 
do engano que age na terra contra a sã 
doutrina (Hb 3.13). Assim, quanto mais 
membros de uma igreja local pertencerem 
à igreja invisível, aos escolhidos, tanto 
mais unidade haverá nessa igreja.
IV. A Oração Sacerdotal de 
Jesus
1. Uma oração pelos escolhidos
As pessoas que pregam sobre a 
unidade da igreja normalmente se uti-
lizam da oração sacerdotal de Jesus, 
em que Ele pede ao Pai a unidade da 
igreja.
Quando Jesus orou pela unidade, 
orou pelos chamados ou pelos escolhi-
dos?
Deixemos que a própria oração 
responda:
a) Por aqueles que guardam a 
Palavra
“Manifestei o teu nome 
aos homens que me deste 
do mundo. Eram teus, tu 
mos confiaste, e eles 
têm guardado a tua 
palavra” (Jo 17.6).
Jesus orava 
pela unidade daque-
les que eram de Deus 
e que estavam guardan-
do a Sua palavra.
Logo adiante, Ele 
acrescenta: “porque eu lhes tenho 
transmitido as palavras que me deste, e 
eles as receberam, e verdadeiramente 
conheceram que saí de ti, e creram que 
tu me enviaste” (Jo 17.8).
Sim, Jesus orava por aqueles que 
receberam a palavra. 
b) Por aqueles nascidos de novo
Lembre-se de que somente po-
dem ser feitos filhos de Deus os que 
recebem Cristo e, quando João escreve 
isso, no capítulo primeiro do seu evan-
gelho, está se referindo a Jesus como a 
palavra que se fez carne. É por esses 
que Jesus orava, pedindo a unidade. 
Se tomar uma 
posição ao lado da 
Palavra, o crente viverá em 
unidade com aqueles que toma-
rem o mesmo propósito, mas, em 
consequência, receberá o ódio e 
desprezo daqueles que estão de 
acordo com o mundo, mesmo 
que façam parte dos 
“chamados”.
21
Pelos que nasceram de novo ao recebe-
rem a água (Palavra) e o Espírito.
2. Palavra: um fator de união ou 
de divisão
No versículo quatorze, Jesus ex-
pressa: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, 
e o mundo os odiou, porque eles não são 
do mundo, como também eu não sou” (Jo 
17.14).
a) Unidade entre aqueles que fa-
zem parte do reino de Deus
Jesus estava orando pelos que “pe-
garam” a Palavra e que tinham rompido 
com o principado do mundo. Era 
justamente o fato de viverem 
por esta Palavra que lhes 
possibilitaria viver em uni-
dade no reino de Deus.
b) Divisão entre 
os que fazem e os que 
não fazem a vontade de 
Deus
Porém, é interessante no-
tar que o próprio Jesus reconhece que o 
fato de alguém “agarrar a Palavra para 
si”, ao mesmo tempo em que une, de-
sune.
Se alguém não agarrar a Palavra 
de Deus e não guardá-la totalmente, 
possivelmente não terá problemas com o 
mundo. Porém, se tomar uma posição ao 
lado da Palavra, viverá em unidade com 
aqueles que tomarem o mesmo propósito, 
mas, em consequência, receberá o ódio e 
desprezo daqueles que estão de acordo 
com o mundo, mesmo que façam parte 
dos “chamados”.
3. Um fator permanente de unida-
de através dos séculos
Por fim, Jesus ora pela unidade 
daqueles que haveriam de crer nEle. Po-
rém, mais uma vez Ele ressalta o valor 
da Palavra para esse efeito, conforme 
grifamos:
“Não rogo somente por estes, mas 
também por aqueles que vierem a crer 
em mim, por intermédio da sua palavra; a 
fim de que todos sejam um; e como és tu, 
ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam 
eles em nós; para que o mundo creia que 
tu me enviaste. Eu lhes tenho transmiti-
do a glória que me tens dado, para que 
sejam um, como nós o somos; eu 
neles, e tu em mim, a fim de 
que sejam aperfeiçoados 
na unidade, para que o 
mundo conheça que tu 
me enviaste e os amaste, 
como também amaste a 
mim” (Jo 17.20-23).
Nesse momento de 
sua oração, Jesus enfatiza o 
que possibilita a unidade: 
a) A glória de Deus
b) “eu neles, e tu em mim”, ou seja, 
Jesus na vida de cada “escolhido”, consi-
derando-se sempre que Jesus é o Verbo 
que se fez carne.
Conclusão
Embora tenhamos presente a dife-
rença entre a “igreja invisível” e a “igreja 
visível”, é importante estarmos cientes 
de que a primeira precisa estar dentro da 
segunda. Uma “igreja visível” sem “esco-
lhidos”, ou seja, não se constituindo em 
Precisamos 
zelar para que as 
nossas igrejas locais 
sejam realmente unida-
des da “igreja invisível”, 
autênticas integrantes 
do corpo de Cristo.
22
parte da “igreja invisível”, passa a ser uma 
mera instituição humana, religiosa, mas 
destituída de vida espiritual e sem um pro-
pósito real para sua existência.
Precisamos zelar para que as 
nossas igrejas locais sejam realmente 
unidades da “igreja invisível”, autênticas 
integrantes do corpo de Cristo.
Revise a lição e responda:
1) O que é e quem constitui a igreja verdadeira universal?
2) O que é a igreja local? Quem faz parte dela?
3) Como era a unidade da Igreja Primitiva? Qual é o fator que precisamos desta-
car na unidade das igrejas nos primeiros tempos do cristianismo?
4) Cite cinco perigos de congregar-se em uma igreja local corrompida:
5) Por que não podemos participar da santa ceia com uma pessoa corrompida, 
um falso irmão?
6) Por que o crente sincero não pode conviver com portadores de linguagem 
corrompida e com defensores de falsas doutrinas?
7) O que deve ocorrer com um malfeitor, caso não se arrependa e continue com 
suas atitudes de rebelião?
8) Qual é a diferença entre unidade da igreja visível e da igreja invisível? Como 
deve ser a constituição da igreja visível para que, nela, haja a maior unidade 
possível?
9) Por quem Jesus Cristo orou em sua oração sacerdotal?
10) Para quem a Palavra de Deus é um fator de união? E para quem é um fator 
de divisão?
 Anotações
23
O
Li
çã
o
44
A Igreja é um Clube Social 
ou uma Família Espiritual?
“Porque o reino de Deus não é 
comida nem bebida, mas justiça, 
e paz, e alegria no Espírito 
Santo.” (Rm 14.17)
 que fazer para que a igreja viva 
em unidade? Já vimos que pre-
cisamos buscar que as nossas 
igrejas locais sejam realmente parte da 
“igreja invisível”, do corpo de Jesus Cristo. 
Porém, assim como precisamos buscar 
essa unidade, temos um inimigo que, sutil-
mente, procura destruí-la. Por isso, preci-
samos entender o que realmente promove 
a unidade espiritual desse corpo, estando 
atentos para não cairmos nas armadilhas 
de Satanás. Este é o propósito desta li-
ção, grande parte da qual é de autoria do 
saudoso pastor Otávio Rodrigues Vieira, e 
também está contida na revista para esco-
la bíblica dominical sobre “Heresiologia”, 
publicada pela editora Ramo da Videira.
Leia e medite diariamente:
Segunda: Mt 15.29-39
Terça: Jo 6.1-68
Quarta: Mt 7.1-29
Quinta: 1 Rs 12.26-33
Sexta: 1 Co 14.26; Cl 3.16
Sábado:At 6.1-7
Domingo: Mt 12.29; Mc 3.27; Lc 11.22
I. Cuidado com as Estratégi-
cas Sutis do Diabo
Nestes dias, mais do que nunca, 
precisamos estar atentos para os ataques 
do diabo, que buscam desviar a igreja 
de seu verdadeiro objetivo. Ao longo do 
tempo, essa tem sido sempre uma estra-
tégia utilizada pelo nosso inimigo, pois, à 
medida que vamos deixando de visualizar 
aquilo para o qual Deus formou a igreja, 
ela vai deixando de cumprir os propósitos 
divinos. Quando isso acontece, esta deixa 
24
de ser uma estrutura espiritual, o corpo de 
Cristo, a noiva do Cordeiro, para tornar-se 
uma entidade social como qualquer outra, 
deixando de ser uma igreja verdadeira e 
ingressando, muitas vezes, no ciclo mun-
dano estabelecido por Satanás com o 
objetivo de afastar o homem de Deus.
Este é o propósito do diabo: des-
viar a igreja do seu verdadeiro objetivo, 
da rota traçada por Deus. Quando 
isso ocorre, inicia-se a derro-
cada da igreja local. Assim 
ocorria nos tempos bíbli-
cos, quando Israel, a igre-
ja do Antigo Testamento, 
iniciava a confusão com 
o mundo. Muitas vezes, o 
motivo parecia “justificável” 
no início. Mas o final era tra-
gédia. E, quando as consequências 
chegavam, muitas vezes era tarde demais 
para que houvesse um despertamento 
geral com uma retomada do objetivo pro-
posto por Deus.
II. Sociabilidade: uma Armadi-
lha Astuta
Uma das grandes armas que Sa-
tanás tem utilizado para desviar a igreja 
de seu objetivo é a promoção da socia-
bilidade. Isso não é teoria. É bíblico. No 
decorrer das décadas em que Deus tem 
nos proporcionado o pastoreio de igrejas, 
temos acompanhado, na prática, muitas 
vezes essa estratégia sendo desenvolvida 
por Satanás. E, infelizmente, temos visto 
muitos trabalhos que iniciaram sob a po-
derosa unção de Deus acabarem tornan-
do-se apenas grupos sociais, desprovidos 
de força espiritual, afastados do propósito 
traçado por Deus, embora mantendo o 
nome e o status de igreja. Não podemos 
permitir que isso venha ocorrer num Minis-
tério levantado por Deus para que os Seus 
objetivos sejam mantidos e proclamados.
1. A forma de ação do maligno
A forma como o diabo começa a 
agir, como já mencionamos, muitas 
vezes é sutil e imperceptível. 
Nos maiores ataques contra 
a igreja, ele não aparecerá 
proclamando ser o diabo 
e dizendo querer destruir 
a Igreja. Não. Seus pio-
res ataques são como o 
câncer, que instala algumas 
células multiplicadoras daquela 
característica maligna e, partindo de 
dentro do corpo, utilizando a estrutura do 
próprio corpo, sem que a pessoa consiga 
perceber, começa a destruir aquele orga-
nismo. Esse é o motivo por que há tantas 
mortes através do câncer. É porque, quan-
do as pessoas percebem que há células 
malignas em seu organismo, a destruição 
daquelas partes do corpo afetadas já foi 
efetuada. Não podemos deixar as células 
malignas nem começarem a desenvolver-
se na igreja local, denominação ou Minis-
tério, sob o risco de deixá-las multiplica-
rem-se até um ponto onde o dano já tenha 
produzido graves consequências, quem 
sabe até mesmo irreversíveis.
Exemplo de manifestação desses 
ataques é a promoção de eventos tendo 
como foco a alimentação na igreja, tais 
como almoços beneficentes (estes, além 
de promoverem um ambiente carnal na 
À medida 
que vamos deixan-
do de visualizar aquilo 
para o qual Deus formou 
a igreja, ela vai deixando 
de cumprir os propósi-
tos divinos.
25
igreja, destroem a fé do povo, para que 
não confiem que é Deus quem nos for-
nece os recursos necessários), refeições 
de “confraternização”, refeições antes ou 
após os cultos, antes ou após escolas do-
minicais ou outras reuniões da igreja, sem 
que haja realmente necessidade delas. 
Quando essas atividades passam a ser o 
objetivo (ou mesmo um dos objetivos) dos 
encontros na igreja, o propósito único dos 
crentes ao ir à igreja deixa de ser 
adorar a Deus e receber Suas 
bênçãos espirituais, e pas-
sa a ser também essas ati-
vidades humanas. E, com 
isso, a liberdade de ação 
do Espírito Santo começa 
a ficar progressivamente 
impedida pela ação humana 
(Ef 4.30).
Uma determinada igreja que dirigi-
mos estava usufruindo um grande aviva-
mento. Em cada culto, a glória de Deus se 
manifestava de maneira muito especial. 
No entanto, passamos a perceber que os 
cultos começaram a deixar de ter aquela 
poderosa manifestação do Espírito a que 
já estávamos acostumados. O que acon-
tecera? Veio ao nosso conhecimento que 
um grupo de irmãs haviam se combinado 
de, após o culto, sempre escolherem a 
casa de uma delas para tomarem chá com 
doces e salgados. Quando vinham ao 
culto, seu pensamento estava na organi-
zação e na expectativa do chá, e não con-
seguiam dedicar todo o seu coração em 
buscar a Deus. E o ambiente espiritual na-
queles encontros sociais não era propício 
ao domínio do Espírito Santo; muito pelo 
contrário, era a carne que se manifestava 
e produzia suas obras. E a unidade do Es-
pírito foi grandemente afetada, o corpo foi 
prejudicado, e a glória de Deus deixou de 
se manifestar como anteriormente.
Por que a carne sempre busca reu-
niões de comunhão em torno de alimento 
e de conversas que não edificam, e nun-
ca em reuniões de oração e jejum, que 
realmente unem as pessoas no espírito? 
A Palavra de Deus nos indica a resposta: 
“Porque a inclinação da carne é 
morte; mas a inclinação do Es-
pírito é vida e paz. Porquanto 
a inclinação da carne é ini-
mizade contra Deus, pois 
não é sujeita à lei de Deus, 
nem, em verdade, o pode 
ser. Portanto, os que estão 
na carne não podem agradar a 
Deus” (Rm 8.6,8).
As estratégias de nosso inimigo 
iniciam-se sutilmente, aparentemente, 
muitas vezes, com boas razões segundo 
a ótica humana. No entanto, isso faz com 
que a sociabilidade, camuflada atrás de 
aparentes boas motivações, vá ingressan-
do e tomando conta da igreja. Aos poucos, 
o domínio da carne vai instalando-se na 
igreja e o Espírito Santo, entristecido, 
começa a afastar-se. O caminho para a 
destruição está instalado. 
2. A sociabilidade une a igreja?
Alguns podem afirmar: “mas é tão 
bom termos uma festinha de confraterni-
zação na igreja, pois isso une os crentes”. 
Isso NÃO é verdade. 
A sociabilidade aproxima somente 
os afins, ou seja, as pessoas que possuem 
uma identidade natural. Isso é facilmente 
Uma das 
grandes armas 
que Satanás tem 
utilizado para desviar a 
igreja de seu objetivo 
é a promoção da 
sociabilidade.
26
constatável. As pessoas, normalmente, 
não convidam para um chá em sua casa 
aqueles que são diferentes, com quem 
não se identificam. Na igreja, igualmente: 
quando há atividades sociais, formam-se 
os “grupinhos” de pessoas com afinidades. 
Cada um fica no seu “grupinho”, composto 
pelos que gostam das mesmas coisas. A 
sociabilidade não une. Ao contrário, con-
solidada as diferenças e induz à formação 
de grupos na igreja, prejudicando a unida-
de de todo o corpo.
Já o efeito de uma reunião espiritual 
é totalmente diferente. É muito comum 
e normal vermos, em reuniões de 
oração e jejum, pessoas com-
pletamente diferentes lado 
a lado. Isso porque, en-
quanto na sociabilidade a 
relação é pessoal, ou seja, 
uma relação direta entre as 
naturezas humanas, em uma 
reunião espiritual quem une é a 
ação do Espírito Santo. Ainda que 
as pessoas tenham formações e gostos 
completamente diferentes, a unidade no 
espírito, produzida pela presença do Es-
pírito Santo em cada vida, faz com que a 
influência das diferenças humanas sejam 
minimizadas, e a unidade e comunhão do 
Espírito se estabelece.
3. O Pão Vivo do céu: a motiva-
ção das reuniões de Jesus Cristo
Alguns mencionam que é bíblico 
promover “comes e bebes” em reuniões 
da igreja com base na preocupação de 
Jesus Cristo com a multidão em algumas 
ocasiões, quando houve a multiplicação 
dos pães. Mas, se analisarmos essas pas-
sagens bíblicas, veremos que:
a) Em primeiro lugar, aquele fato 
não era uma rotina. Isso fica demonstrado 
pela surpresa dos discípulos quando ouvi-
ram a sugestãode Jesus (Mt 15.33).
b) Em segundo lugar, aquela foi 
uma oportunidade singular de real neces-
sidade, em que aquelas pessoas estavam 
há vários dias com Jesus e, se não fossem 
alimentadas, poderiam desfalecer pelo ca-
minho (Mt 15.32). 
c) Em terceiro lugar, Jesus tinha 
como objetivo experimentar os discípulos 
e exercitar sua fé (Jo 6.6), além de 
glorificar o Pai. 
d) Em quarto lugar, 
vemos que a motivação 
daquela reunião não era 
a alimentação, mas a 
presença de Jesus Cristo. 
Precisamos ressaltar que 
Jesus alimentou a multidão 
após ter falado a Palavra. O 
povo não havia vindo até ele por 
causa da comida. Aliás, nem sabia que 
aquela multiplicação iria ocorrer. Eles 
tinham vindo para conhecê-Lo e ouvi-Lo. 
E por que eles ficaram um período tão 
grande com Jesus, mesmo em uma região 
onde não havia alimento material? É por-
que Suas palavras eram espírito e vida (Jo 
6.63). Ele ensinava com autoridade (Mt 
7.29). O povo ficava maravilhado quando 
o ouvia (Mt 7.28). 
4. Jeroboão e sua estratégia carnal
Hoje, as pessoas também precisam 
vir para a igreja motivadas pela unção do 
Espírito Santo e pelo poder de Deus pre-
sentes nela. É justamente quando falta 
As pes-
soas precisam 
vir para a igreja 
motivadas pela unção 
do Espírito Santo e 
pelo poder de Deus 
presentes nela.
27
esse poder, que é a autêntica fonte de atra-
ção transformadora, que os líderes buscam 
subterfúgios que levam a uma sociabilidade 
nociva à espiritualidade da igreja. 
É quando falta o poder de Deus que 
os líderes começam a utilizar o raciocínio 
do mundo e do homem natural para bus-
car o “sucesso” em suas igrejas. Então, 
passam à prática de Jeroboão que, na au-
sência de um templo onde Deus habitas-
se, construiu dois bezerros de ouro para 
serem adorados (1 Rs 12.26-33).
Racionalmente, parecia 
ser uma estratégia perfeita: 
um bezerro foi colocado 
em Dã, no extremo norte 
de Israel; o outro, em Betel, 
no extremo sul. O povo não 
precisaria se cansar muito 
para praticar a “nova forma 
de adoração”. Todos tinham um 
bezerro bem mais próximo e prático do 
que o templo em Jerusalém (que ficava 
em Judá, onde reinava Roboão). Tudo do 
jeitinho que a carne gostava. Isso ele fez 
para colocar na mente do seu povo uma 
saciedade carnal, para que se sentissem 
satisfeitos com aquelas práticas e não 
tivessem mais necessidade de buscar 
a Deus no templo como deveria ocorrer. 
Para Jeroboão, tudo era válido, desde 
que o povo não deixasse a “sua igreja”. 
Quantos bezerros têm sido construídos 
nas igrejas atuais por líderes carnais!
Para líderes como Jeroboão, a “es-
tratégia” para manter o povo na igreja é 
proporcionar coisas que agradem a carne 
e não exijam uma renúncia do homem 
natural. Para que jejum e oração - dizem 
estes - se o povo gosta mesmo é de chás, 
confraternizações, amigos-secretos e tan-
tas outras modalidades de festividades? 
E, assim, transformam a igreja de corpo 
espiritual em um clube social.
A reunião do povo de Deus deve 
ser diferente. Quando se agrupam “um 
tem salmo, outro, doutrina, este traz reve-
lação, aquele, outra língua, e ainda outro, 
interpretação. Seja tudo feito para edifica-
ção.” (1 Co 14.26)
5. Jesus Cristo não 
aprovou a sociabilidade na 
Sua igreja
Essa realidade fica 
muito clara quando vemos 
o acontecimento seguinte 
à multiplicação de pães. 
Entusiasmados por aquela 
maravilha, e querendo nova-
mente participar dela, a multidão 
foi novamente atrás de Jesus Cristo (Jo 
6.22-25). Quando finalmente o encontra-
ram, todos ficaram surpreendidos pela 
reação de Jesus ao seu interesse carnal: 
“Na verdade, na verdade vos digo que me 
buscais, não pelos sinais que vistes, mas 
porque comestes pães e vos saciastes” 
(Jo 6.26). Jesus Cristo percebeu que havia 
uma motivação carnal naquela reunião. E 
foi enfático em sua reação. Disse que a 
multidão deveria buscar a Ele, o Pão da 
vida, e não o pão terreno. Além de não 
multiplicar novamente os pães, exortou tão 
severamente aquela multidão, que, após, 
muitos o abandonaram (Jo 6.60,61,66). 
É isso que ocorre a uma multidão 
com motivações carnais. Quando se acos-
tumam com algo que agrada a sua carne 
e aquilo é retirado, afastam-se, pois a sua 
Os cristãos 
primitivos não 
transformaram o 
poder de Deus em um 
trabalho social, mas o 
trabalho social em 
poder de Deus.
28
motivação não é espiritual. Jesus reprovou 
fortemente aquela intenção carnal do povo.
III. Atividades Sociais na Igreja
1. Trabalho social não é o mesmo 
que sociabilidade
Precisamos fazer como Jesus e pro-
clamar que a igreja tem a oferecer o Pão 
da vida, Jesus Cristo, e não um pão carnal 
que desvia o povo do verdadeiro objetivo 
da igreja. Não podemos misturar o social 
com o espiritual no corpo de Cristo. 
Existe diferença entre a sociabili-
dade na igreja e o atendimento social aos 
carentes. A sociabilidade é o convívio 
social independente de Deus, motivado 
unicamente pela natureza humana, e 
leva a grandes prejuízos na estrutura 
espiritual da igreja; por isso, precisamos 
evitá-la. E mesmo o atendimento 
social aos carentes, quando 
necessário, precisa ser re-
alizado por uma estrutura 
própria desvinculada do 
propósito-fim da igreja, 
para que os objetivos 
não sejam confundidos 
e distorcidos. Vemos 
que, na igreja primitiva, foi 
criada uma estrutura diaconal 
para que realizasse especifica-
mente esse trabalho (At 6.1-7).
2. O trabalho social na igreja pri-
mitiva
Embora a organização dos diáconos 
tivesse como objetivo principal servir as 
mesas dos necessitados (o trabalho social), 
eles não podiam ser pessoas carnais. A 
Bíblia mostra-nos que deveriam (e devem) 
ser “homens de boa reputação, cheios do 
Espírito e de sabedoria” (At 6.3). Quando 
iam prestar atendimento aos carentes, 
aqueles diáconos não levavam carnalida-
de, mas alegria e glória de Deus para aque-
las casas. Em At 6.8, vemos que Estêvão, 
um deles, era “cheio de fé e de poder, fazia 
prodígios e grandes sinais entre o povo”, e 
não podiam resistir à sabedoria e ao Espíri-
to com que falava (At 6.8,10).
Que maravilha! Os cristãos primiti-
vos não transformaram o poder de Deus 
em um trabalho social, mas o trabalho 
social em poder de Deus.
IV. O Segredo para o Cresci-
mento da Igreja
A igreja que quiser crescer (e não 
somente “inchar”) deverá entrar 
em uma vida de oração e 
jejum, amarrando os demô-
nios que impedem que as 
pessoas compreendam o 
evangelho, e proclaman-
do a vitória (Mt 12.29; 
Mc 3.27; Lc 11.22). Os 
frutos serão vistos. Deus 
é quem irá trabalhar pelo 
crescimento da congregação, 
e a liderança irá agir dentro de Sua 
direção. Não é preciso promover atrações 
para agradar a carne para que o povo se 
aproxime. O Espírito Santo, no momento 
em que possuir o controle de tudo na con-
gregação, agirá de forma surpreendente, 
abrirá portas maravilhosas e glorificará o 
nome de Jesus Cristo. Não impeçamos a 
liberdade e o domínio do Espírito Santo. 
A sociabili-
dade destrói a força 
espiritual da igreja, des-
viando seus integrantes de 
um caminho de verdadeira 
busca das revelações que 
Deus tem para o Seu 
povo.
29
Retiremos toda a semente de sociabilidade 
carnal da congregação. Busque uma reve-
lação de jejum e oração para você e sua 
igreja. Deus vai responder, e a visão espiri-
tual perfeita dada por Ele vai transformar a 
realidade de sua congregação. Amém.
Conclusão
A Igreja é um corpo espiritual. 
Precisamos zelar para que ela não seja 
corrompida em seu propósito original 
Revise a lição e responda:
1) O que acontece a uma igreja cujos crentes deixam de visualizar o seu ver-
dadeiro propósito estabelecido por Deus?
2) Qual é uma das grandes armas que Satanás tem utilizado para desviar a 
igreja de seu objetivo principal?
3) Quais foram os fatores motivadores da multiplicação dos pães por Jesus 
Cristo?
4) Qual foi a estratégia de Jeroboão para evitar que o povo saísse de sua 
“igreja” e qual foi o respectivo resultado?
5) Cite algumas formas de manifestação da sociabilidadecarnal dentro da 
igreja.
6) Por que a carne sempre busca reuniões de comunhão em torno de alimento 
e de conversas que não edificam, e nunca em reuniões de oração e jejum, 
que realmente unem as pessoas no espírito?
7) O que leva os líderes carnais a buscarem subterfúgios que conduzem a uma 
sociabilidade nociva à espiritualidade da igreja?
8) Como devem ser as reuniões de comunhão da igreja conforme 1 Coríntios 
14.26?
9) Por que a sociabilidade não une verdadeiramente os crentes?
10) Qual é a diferença entre sociabilidade e trabalho social para atendimento 
dos carentes? Como e em que condições era realizado o trabalho social 
pelos diáconos da igreja primitiva?
estabelecido por Deus. A sociabilidade 
destrói a força espiritual da igreja, des-
viando seus integrantes de um caminho 
de verdadeira busca das revelações que 
Deus tem para o Seu povo. Devemos 
evitar esse mal e seguirmos a orientação 
bíblica: “Habite, ricamente, em vós a pa-
lavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-
vos mutuamente em toda a sabedoria, 
louvando a Deus, com salmos, e hinos, 
e cânticos espirituais, com gratidão, em 
vosso coração” (Cl 3.16).
30
Lição
55
A Formação da 
Unidade da Igreja
“Não rogo somente por estes, mas 
também por aqueles que vierem a crer em 
mim, por intermédio da sua palavra; a fim 
de que todos sejam um; e como és tu, ó 
Pai, em mim e eu em ti, também sejam 
eles em nós; para que o mundo creia que 
tu me enviaste.” (Jo 17.20,21)
30
O que significa a unidade da igreja? Há igrejas que pregam como sen-do a unidade da igreja a derrubada 
de todos os embasamentos doutrinários 
que porventura venham a trazer diferen-
ciações entre elas. Mas será o abandono 
da fundamentação bíblica um pensamento 
correto quanto a essa unidade? Então, o 
que dizer da frase de Jesus Cristo: “Não 
penseis que vim trazer paz à terra; não vim 
trazer paz, mas espada. Pois vim causar 
divisão entre o homem e seu pai; entre a 
filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra” 
(Mt 10.34,35)?
É esse tema que procuramos abor-
dar nesta lição.
Leia e medite diariamente:
Segunda: Jo 17.1-26
Terça: Ef 4.4-14; Jo 17.23
Quarta: Ef 5.22-24 
Quinta: At 15.1-31
Sexta: Jz 21.25; At 2.1-47
Sábado: At 5.1-10
Domingo: Cl 1.13-24
I. Elementos da Unidade
1. A Palavra de Deus
Como se viu da oração de Jesus, 
a base da unidade da igreja é a crença 
única na Palavra de Deus, associada com 
a glória de Deus (Jo 17.22,23).
2. Um Espírito
Dissertando sobre a unidade da 
igreja de Jesus, Paulo enfatiza essa reali-
dade quando escreve aos efésios: “há so-
31
Devemos 
entender que unida-
de não é todos pensarem 
da mesma forma e terem os 
mesmos gostos. A unidade da 
igreja é uma unidade espi-
ritual, e não baseada em 
afinidades.
mente um corpo e um Espírito, como tam-
bém fostes chamados numa só esperança 
da vossa vocação; há um só Senhor, uma 
só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de 
todos, o qual é sobre todos, age por meio 
de todos e está em todos” (Ef 4.4-6).
O apóstolo apresenta a igreja de Je-
sus como corpo, e assim como cada corpo 
humano tem um espírito, o espírito que ha-
bita na igreja é o Espírito Santo. 
O Espírito Santo, portanto, 
é o transmissor da glória 
de Deus, que possibilita 
unidade dos escolhidos.
3. Fundamentos 
da unidade pelo Espí-
rito Santo 
Esse corpo, formado 
por uma multidão de crentes, é 
levado à unidade pelo Espírito com 
base em quatro fundamentos:
a) Um só Senhor
Não pode haver unidade da igreja 
se nem todos obedecerem ao mesmo Se-
nhor. Os escolhidos de Deus que formam 
a igreja invisível de Jesus abriram mão 
das suas vontades e entraram para o reino 
de Deus, onde o Senhor reina como sobe-
rano absoluto (Leia Ef 5.22-24 e Cl 1.18).
b) Uma só fé
Aqui, temos um ponto fundamental. 
Como já foi visto, Jesus enfatizou essa ver-
dade como nenhuma outra na sua oração 
sacerdotal. A crença única na Palavra de 
Deus é requisito essencial para a unidade 
da igreja. Uma igreja local – denominação 
ou congregação – que quiser ter a unida-
de gozada pelos escolhidos deve buscar, 
acima de todas as coisas, a unidade na fé. 
Na verdadeira igreja de Jesus, que além 
de chamada foi eleita, todos creem na 
mesma Palavra, sem qualquer reserva. 
b.1) A unidade espiritual se so-
brepõe à divergência de pensamentos
Enquanto membros do corpo de 
Cristo, podemos divergir em mui-
tas coisas. Paulo e Barnabé, 
por exemplo, divergiram 
a respeito de Marcos, 
ao ponto de não tra-
balharem mais juntos. 
Porém, isso não afetou 
a sua unidade na igreja 
(At 15.36-41). Devemos 
entender que unidade não 
é todos pensarem da mesma 
forma e terem os mesmos gostos. A 
unidade da igreja é uma unidade espiritu-
al, e não baseada em afinidades.
Porém, quando houve uma diver-
gência doutrinária entre alguns irmãos 
que tinham ido da Judéia e os irmãos que 
estavam em Antioquia, Paulo formou uma 
comissão e levou o caso para Jerusalém 
(At 15.1-6). Os apóstolos e os presbíteros, 
então, reuniram-se para debater a questão, 
e não deixaram Jerusalém até que pudes-
sem dizer “pareceu bem ao Espírito Santo e 
a nós...” (At 15.28). A Bíblia diz que, quando 
foi lida a carta em Antioquia, toda a igreja se 
alegrou (v.31). A unidade estava preserva-
da, porquanto fora mantida uma só fé.
b.2) A necessidade de zelarmos 
com afinco pela unidade doutrinária
Eis a razão pela qual o diabo atenta 
32
tanto contra a doutrina. Por outro lado, 
pela mesma razão, a igreja deve zelar pela 
doutrina como quem cuida de um copo de 
cristal finíssimo.
Satanás, com a sua astúcia, tem 
usado a artimanha de dizer que a doutrina 
causa a divisão do corpo de Cris-
to. Os seguidores do maligno 
sustentam, quanto menos 
doutrina existir, mais fácil 
será para se obter a uni-
dade da igreja, pois ha-
veria um menor número 
de coisas para se divergir.
b.3) O efeito da falta de 
doutrina
A falta de doutrina até poderá possibi-
litar a reunião de todas as igrejas, mas isso 
não significará unidade. Cada um continuará 
pensando do seu modo. O fato de não de-
fenderem as suas idéias não significa que 
serão um, como Jesus e o Pai são um.
Assim, uma igreja local que aban-
dona a defesa da ortodoxia da doutrina 
bíblica está fadada à falta de unidade e de 
comunhão. Cada um fará o que lhe pare-
cer melhor, como no tempo dos juízes em 
Israel (Jz 21.25).
Não esqueçamos que a doutrina 
bíblica, na mesma proporção que causa a 
unidade dos escolhidos, causa a divisão 
entre a igreja invisível e aqueles que ainda 
estão debaixo do principado do mundo, 
mesmo que façam parte dos chamados.
Defensores dessa falsa 
alegação dando conta de que a 
doutrina divide (e por isso sua abor-
dagem deveria ser evitada), estão 
os movimentos denominados, na 
atualidade, de neopentecostais ou 
carismáticos. E, a cada dia, crentes 
de igrejas historicamente pentecos-
tais, que tiveram a fundação 
baseada na santidade e 
no poder do Espírito, 
estão se entregando 
a esse princípio enga-
nador. Segundo eles, 
tudo deve ser relativo, 
e a firmeza doutrinária 
deve ser colocada em 
segundo (ou até em último) 
plano, se quisermos uma igreja 
populosa. Vejamos o que Burkett, 
em seu livro “Pentecostais ou Caris-
máticos?”, analisa a respeito:
“Os carismáticos dizem que a 
Igreja deve ser “relativa”, se quiser 
ganhar o mundo para Cristo. Essa 
obsessão pelo relativismo tem feito 
os carismáticos se ressentirem do 
ultimatum das Escrituras à Igreja: 
que ela se separe do mundo (2 Co 
6.14-7.1). E a igreja carismática 
descambou para uma nova morali-
dade – tolerância ao divórcio e novo 
casamento, busca do bem estar, 
materialismo, entretenimentos, tele-
visão, esportes profissionais e praias 
públicas.” 
“Os carismáticos dizem que a 
ortodoxia Pentecostal é antiquada e 
imprópria aos cristãos do século XX, 
que ela simplesmente não funciona 
mais. Os visionários do Movimento 
Carismático são como os políticos: 
A falta de 
doutrina até poderá 
possibilitar a reunião de 
todas as igrejas, mas isso 
não significará unidade. 
Cada um continuarápensando do seu 
modo.
33
antes de colocar suas próprias 
ideias, fazem as dos adversários 
parecerem impróprias, o que lhes 
facilita convencer as pessoas de que 
estão certos. Esse é o instrumento 
dos enganadores que almejam o 
sucesso no mundo dos negócios. 
Jamais, porém, será adequada ao 
ambiente Pentecostal.”
(Burkett, Bill. Pentecostais ou Ca-
rismáticos?. 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora 
CPAD, 1999, p. 41, 45)
c) Um só batismo
Todos os membros do corpo de 
Cristo foram batizados no mesmo batismo, 
tanto no ritual como no seu significado. 
Ora, se o batismo significa sepultamen-
to (Rm 6.4), então todos os escolhidos 
morreram para o mundo e para os seus 
conceitos próprios, passando a viver em 
novidade de vida, segundo os parâmetros 
da Palavra de Deus. 
Por outro lado, a experiência co-
mum do mesmo batismo para todos – em 
águas, por imersão e em nome do Pai, do 
Filho e do Espírito Santo – traz a marca da 
unidade.
d) Um só Deus e Pai de todos, 
o qual é sobre todos, age por meio de 
todos e está em todos.
O apóstolo Paulo, aqui, repete o 
pensamento de Jesus expressado na sua 
oração sacerdotal: “eu neles, e tu em mim” 
(Jo 17.23). Se, como o Pai está em Jesus, 
Jesus estiver em nós, então seremos um, 
como Jesus e o Pai são um.
II. A Unidade da Fé
1. Uma construção necessária
A unidade da igreja, conforme o 
ensino de Paulo, deve ser preservada 
mediante a construção da unidade da fé.
Ou seja, é compreensível que, 
embora tenham o mesmo Espírito Santo, 
os escolhidos possuam pequenas diver-
gências quanto à fé. Se olharmos para 
os lados, veremos irmãos que vieram 
das mais diversas origens religiosas. Uns 
vieram de igrejas carismáticas (ou neo-
pentecostais), outros vieram de igrejas 
tradicionais; há os que eram católicos, 
espíritas, etc. 
Então, existe a possibilidade de que 
a formação religiosa e intelectual desses 
membros do corpo de Cristo exerça algu-
ma influência sobre as suas maneiras de 
pensar.
2. Ministérios para a preservação 
da unidade
Assim, o texto bíblico declara que 
Jesus “mesmo concedeu uns para apósto-
los, outros para profetas, outros para evan-
gelistas e outros para pastores e mestres, 
com vistas ao aperfeiçoamento dos santos 
para o desempenho do seu serviço, para 
a edificação do corpo de Cristo, até que 
todos cheguemos à unidade da fé e do 
pleno conhecimento do Filho de Deus, à 
perfeita varonilidade, à medida da estatura 
da plenitude de Cristo, para que não mais 
sejamos como meninos, agitados de um 
lado para outro e levados ao redor por 
todo vento de doutrina, pela artimanha dos 
homens, pela astúcia com que induzem ao 
erro.” (Ef 4.11-14 – grifamos).
34
3. Ensino: pilar indispensável 
para a unidade da fé
Daí a importância do estudo sério e 
sistemático da Bíblia por um corpo minis-
terial comprometido com o reino de Deus, 
e que tenha realmente rompido com o 
sistema mundano. 
A construção da unidade da fé é 
tão importante no propósito divino, que o 
Espírito expressamente recomenda que 
“devem ser considerados merecedores 
de dobrados honorários os presbíteros 
que presidem bem, com especialidade os 
que se afadigam na palavra e no ensino” 
(1 Tm 5.17).
Pela ótica humana, o obreiro “ami-
gão”, caprichoso com o templo e carismá-
tico, é o que deveria ter a melhor prebenda 
(ganho do obreiro).
Porém, na ótica divina, o pastor ou 
obreiro que preside bem e que se afadiga 
na palavra e no ensino deve ser recom-
pensado pela igreja com “salários” dobra-
dos. É o que manda a palavra de Deus.
III. Preservando a Unidade
1. O exemplo de unidade da igreja 
primitiva
Jesus fundou a sua igreja invisível 
por meio de uma igreja local: a igreja de 
Jerusalém. Assim, naquele momento, um 
considerável número de “chamados” tam-
bém era “escolhido”.
É certo que, mesmo naquela aben-
çoada igreja, havia os que eram apenas 
“chamados”, como é o caso do casal Ana-
nias e Safira (At 5.1-10).
Porém, em sua maior parte, os 
crentes eram nascidos de novo e haviam 
se desprendido do mundo a tal ponto que 
“vendiam as suas propriedades e bens, 
distribuindo o produto entre todos, à medi-
da que alguém tinha necessidade. Diaria-
mente perseveravam unânimes no templo, 
partiam pão de casa em casa e tomavam 
as suas refeições com alegria e singeleza 
de coração, louvando a Deus e contando 
com a simpatia de todo o povo. Enquanto 
isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a 
dia, os que iam sendo salvos” (At 2.45-47).
O fato de haver grande coincidên-
cia entre a igreja invisível e a igreja local 
levou os crentes de Jerusalém a gozarem 
de uma unidade exemplar. Lucas relata 
que “da multidão dos que creram era um 
o coração e a alma. Ninguém considerava 
exclusivamente sua nem uma das coisas 
que possuía; tudo, porém, lhes era co-
mum” (At 4.32).
2. Razões da unidade da igreja 
primitiva
Duas eram as razões para essa 
unidade extraordinária:
a) Eram cheios do Espírito Santo 
(At 2.1-4)
b) “perseveravam na doutrina 
dos apóstolos e na comunhão, no partir 
do pão e nas orações” (Atos 2.42)
A essa ação poderosa do Espírito 
Santo que leva multidões a se voltarem 
para a palavra de Deus, com arrependi-
mento de pecado e desejo de mudar de 
vida, dá-se o nome de AVIVAMENTO.
Assim, o avivamento foi a maneira 
pela qual nasceu a igreja. Também é por 
meio dos reavivamentos, no decorrer dos 
35
séculos, que Deus tem mantido a Sua 
igreja invisível viva. 
Conclusão
Sempre que há um avivamento em 
uma igreja local, verifica-se uma maior 
coincidência entre os membros da igreja 
visível e os membros da igreja invisível, 
numa verdadeira unidade espiritual. Em 
outras palavras, um maior número de cha-
mados será também escolhido.
Dois, portanto, são os desafios da 
igreja local – buscar o avivamento e, rece-
bendo-o, mantê-lo.
O ensino da história da igreja nos 
demonstra que, mais do que receber o 
avivamento, o grande desafio é mantê-lo, 
preservando-se a unidade do Espírito no 
vínculo da paz e da unidade da fé.
Por isso, nas próximas lições, va-
mos estudar os ciclos que a igreja visível 
de Jesus tem sofrido, que vão de um avi-
vamento até outro avivamento.
Revise a lição e responda
1) Quais são os elementos que promovem a unidade da igreja?
2) Quais são os fundamentos que levam a igreja à unidade pelo Espírito?
3) Por que é errado afirmar que a ausência de um parâmetro doutrinário traz 
unidade à igreja?
4) Por que podemos afirmar que a doutrina bíblica, na mesma proporção que 
causa a unidade dos escolhidos, causa a divisão entre a igreja invisível 
e aqueles que ainda estão debaixo do principado do mundo, mesmo que 
façam parte dos chamados?
5) Qual foi a estratégia de Deus, ao estruturar a Sua igreja, estabelecida para 
que todos cheguemos à unidade da fé?
6) Qual era uma marca da igreja primitiva que evidenciava seu despreendi-
mento do mundo?
7) Por que a atividade do ensino é tão essencial em uma igreja?
8) Quais eram os fundamentos da unidade da igreja primitiva?
9) Unidade espiritual significa que, necessariamente, todos na igreja devem ter 
os mesmos gostos e pensamentos? Por quê?
10) Qual é o grande desafio para a igreja que recebe o avivamento?
36
O
O Avivamento
“Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas 
declarações, e me sinto alarmado; aviva 
a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos 
anos, e, no decurso dos anos, faze-a 
conhecida; na tua ira, lembra-te da 
misericórdia.” (Hc 3.2)
Lição
66
ensino da história da igreja nos 
demonstra que, mais do que 
receber o avivamento, o grande 
desafio é mantê-lo, preservando-se a uni-
dade do Espírito no vínculo da paz e da 
unidade da fé.
Por isso, passaremos a estudar so-
bre os diversos avivamentos já ocorridos, 
procurando compreender como ocorreram 
e por que foram interrompidos.
Leia e medite diariamente:
Segunda: Hc 3.1-3,17-19
Terça: Jz 7.19-25; Jz 8.22-35; 
2 Rs 10.18-31
Quarta: Ed 9.1-15
Quinta: Ed 10.1-17
Sexta: Ne 8.1-18 
Sábado: Ne 9.1-38
Domingo: 2 Rs 23.1-27
I. O que é Avivamento?
Avivamento é uma ação poderosa 
de Deus entre seu povo que é marcadapor duas características: arrependimen-
to dos maus caminhos com retorno aos 
princípios estabelecidos por Deus em Sua 
palavra e manifestação do poder de Deus.
Todos os avivamentos foram assim.
1. Os avivamentos nos tempos 
bíblicos
Assim ocorreu com o avivamento 
no tempo de Moisés, em que Deus mani-
festou sua palavra ao povo, fato acompa-
nhado de tremendos sinais que ocorreram 
durante toda a jornada no deserto.
Assim aconteceu com o avivamento 
no tempo de Gideão, em que os ídolos 
foram quebrados e Deus manifestou seu 
poder dando vitória ao seu povo sobre os 
povos inimigos.
De igual forma ocorreu no aviva-
mento do rei Ezequias, de Esdras e Ne-
emias, etc.
36
37
O mesmo processo se estabeleceu 
no tempo da igreja.
2. Um mover de Deus em ciclos
A história da igreja mostra-nos o 
mover de Deus em ciclos. Aliás, esse mo-
vimento de Deus em ciclos já se mostrava 
também no Antigo Testamento.
a) O ciclo de um avivamento
Que mover em ciclos é esse?
Deus mandava um avivamento. O 
povo se convertia. Os milagres aconteciam. 
Passava a primeira geração, vinha a segun-
da geração e, quando chegava a terceira ge-
ração, os princípios estabelecidos por Deus 
haviam sido deixados de lado, os milagres 
se tornavam rarefeitos e, de novo, havia a 
necessidade de um novo avivamento.
b) O final do ciclo do avivamento 
de Êxodo
Sobre esse processo, 
fala-nos a Bíblia expressa-
mente em Juízes 2.8-13: 
“Faleceu Josué, filho de 
Num, servo do SENHOR, 
com a idade de cento e 
dez anos; sepultaram-no 
no limite da sua herança, em 
Timnate-Heres, na região mon-
tanhosa de Efraim, ao norte do monte 
Gaás. Foi também congregada a seus pais 
toda aquela geração; e outra geração após 
eles se levantou, que não conhecia o SE-
NHOR, nem tampouco as obras que fizera 
a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o 
que era mau perante o SENHOR; pois ser-
viram aos baalins. Deixaram o SENHOR, 
Deus de seus pais, que os tirara da terra 
do Egito, e foram-se após outros deuses, 
dentre os deuses das gentes que havia ao 
redor deles, e os adoraram, e provocaram 
o SENHOR à ira. Porquanto deixaram o 
SENHOR e serviram a Baal e a Astarote.”
3. O alvo e instrumento do aviva-
mento no Antigo e Novo Testamento
a) Antigo Testamento: Israel 
No Antigo Testamento, Deus se 
moveu sempre no meio de uma instituição 
humana, ou seja, o povo de Israel. Apesar 
de ser escolhida por Deus, uma nação é 
uma instituição humana.
b) Novo Testamento: a Igreja
Já no Novo Testamento, Deus não se 
limitou a uma instituição humana.
Ao invés de agir por uma família, 
ou uma nação, ou uma instituição secular, 
Deus criou uma coisa nova. Deus 
criou a “igreja”, uma entidade 
puramente espiritual, fora 
do controle de qualquer 
ação humana, corpo mís-
tico de Jesus na terra.
É certo que, para-
lelamente à igreja real de 
Cristo, também chamada pe-
los teólogos de igreja invisível de 
Cristo, criaram-se estruturas humanas 
que também levam o nome de “igreja”. Al-
guns denominam esse fenômeno de igrejas 
locais ou, ainda, igrejas denominacionais, 
quando essas estruturas humanas congre-
gam diversas igrejas locais.
Porém, isso em nada mudou o plano 
de Deus em relação aos seres humanos. 
Ele continua soberano, livre para agir por 
Mais do que 
receber o avivamen-
to, o grande desafio é 
mantê-lo, preservando-se 
a unidade do Espírito no 
vínculo da paz e da 
unidade da fé.
38
meio da Sua igreja, acima de qualquer es-
trutura humana, local ou denominacional.
O que isso tem a ver com aviva-
mento? A relação é com a estrutura sobre 
a qual ele passa a vir no Novo Testamen-
to, conforme veremos a seguir.
II. O Avivamento na Igreja
1. Uma estrutura divina como alvo
a) O avivamento vem sobre a 
Igreja de Cristo
Ao passo que, no Antigo Testamen-
to, o avivamento vinha sempre sobre a 
mesma estrutura humana – o Estado de 
Israel -, no Novo Testamento o avivamen-
to vem sempre sobre a estrutura 
divina – a Igreja de Cristo. 
Ou seja, no Novo 
Testamento, as es-
truturas humanas 
são desprezadas 
por Deus. 
b) Deus não 
aceita monopólios 
humanos
Enquanto que, no 
Antigo Testamento, Deus dera o 
monopólio para o povo de Israel, no Novo 
Testamento Deus veda a concessão de 
qualquer monopólio a qualquer homem.
c) O exemplo de Jesus Cristo
Jesus estabeleceu esse princí-
pio em relação a ele próprio, que foi o 
fundador da Igreja. Leia com atenção o 
Evangelho de Marcos 9.38-40: “Disse-lhe 
João: Mestre, vimos um homem que, em 
teu nome, expelia demônios, o qual não 
nos segue; e nós lho proibimos, porque 
não seguia conosco. Mas Jesus respon-
deu: Não lho proibais; porque ninguém há 
que faça milagre em meu nome e, logo a 
seguir, possa falar mal de mim. Pois quem 
não é contra nós é por nós.” 
Vemos que, desde então, Jesus 
estabeleceu o princípio das igrejas li-
vres. Ou seja, ninguém, nenhum homem 
pode se arvorar no direito de ser “dono 
da igreja”. 
2. A Igreja é exclusivamente de 
Jesus Cristo 
a) Ninguém pode ter o monopólio 
da pregação do evangelho
Nenhuma instituição, 
quer se chame de igreja, 
denominação, concí-
lio, convenção, liga, 
ministério, federação 
ou confederação 
pode achar que tem o 
monopólio da igreja de 
Jesus.
A igreja é de Jesus 
Cristo.
Se nem Jesus, enquanto 
homem, quis ter o monopólio da pregação 
do evangelho, quem são os homens para 
acharem que uma organização pode ter 
tal monopólio a ponto de se levantarem 
contra alguém que Deus levanta para pre-
gar o evangelho?
b) A soberba nas organizações 
eclesiásticas
Tais pessoas querem estar acima 
Avivamento 
é uma ação poderosa 
de Deus entre seu povo que 
é marcada por duas caracterís-
ticas: arrependimento dos maus 
caminhos com retorno aos princí-
pios estabelecidos por Deus em 
Sua palavra e manifestação 
do poder de Deus.
39
de Cristo. Nem Lúcifer ousou tal coisa. A 
Bíblia ensina que Lúcifer quis ser igual a 
Deus. Tais pessoas querem ser superio-
res a Cristo. 
c) O avivamento não depende de 
estruturas humanas
Assim, Deus, no Novo Testamen-
to, envia o avivamento sobre a igreja. 
Quando uma estrutura humana envelhece 
espiritualmente, Deus não tem qualquer 
compromisso com ela. 
Em toda a história da igreja, nor-
malmente Deus levantou o avivamento 
fora da estrutura humana, muito embora 
esses avivamentos, depois, voltassem a 
se organizar utilizando-se de estruturas 
humanas.
Assim foi o avivamento pentecostal, 
gerado por Deus no final do século XIX e 
começo do século XX.
III. O Avivamento Pentecostal
1. Avivamento pentecostal nos 
Estados Unidos
1.1. Um movimento pela santida-
de como início
Um poderoso sentimento de busca 
por santidade varreu os Estados Unidos 
no século XIX, a partir do lançamento, em 
1848, da revista “Guia da Perfeição Cristã”, 
lançada por irmãos metodistas no intuito 
de reavivar o ideal de santidade pregado 
por John Wesley, fundador do metodismo. 
A partir desse movimento, denominado de 
“Movimento de Santidade”, o Espírito San-
to sacudiu a estrutura religiosa da América 
do Norte.
1.2. O desenvolvimento do aviva-
mento
Os dois principais nomes do início 
do movimento foram Charles Parham, que 
ministrava com grande ênfase a doutrina 
de que o falar em línguas era a evidência 
inicial do batismo com o Espírito Santo, e 
William J. Seymour, líder do avivamento 
da Rua Azuza, em Los Angeles, onde a 
maioria dos líderes do movimento pente-
costal norte-americano recebeu a experi-
ência pentecostal.
A primeira grande igreja pentecos-
tal a se organizar nos Estados Unidos foi 
a Igreja de Deus em Cristo, liderada por 
Charles H. Mason, um pastor negro da ci-
dade de Memphis, Tenessee. Essa igreja 
tornou-se uma igreja preponderantemente 
de negros, embora muitos brancos tam-
bém congregassem lá.
A seguir, temos parte de uma 
impressionante descrição do início 
do avivamento nas palavras de 
Bartleman, um evangelista Holiness 
que, depois de ser despertado pelas 
notícias do avivamento de Gales em 
1904, passou a dedicar sua vida à 
oração em favor de um avivamento 
em Los

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