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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO IDOSO GT 3 Pulmão senil O sistema respiratório sofre alterações inerentes ao envelhecimento O conhecimento dessas modificações contribui para detecção e prevenção de disfunções respiratórios em idosos. Os 1ºs sinais de piora da respiração pulmonar já podem ser vistos por volta dos 25 anos. Alterações pulmonares Diminuição da complacência da parede torácica: Ocorre devido a: ↓ altura das vértebras (osteoporose senil/ hipercifose) ↑ diâmetro anteroposterior do tórax (barril) Hipercifose Calcificação das articulações condroesternais e costovertebrais (artroses) Essas alterações leva a ↓ da expansibilidade torácica durante a inspiração. Aumento da complacência do parênquima pulmonar: Complacência pulmonar: determinada pelas forças elásticas do tecido pulmonar e pela força elástica causada pela tensão superficial do líquido alveolar Obs: Líquido alveolar → dificulta a abertura dos alvéolos durante a inspiração A produção de surfactante (pneumócitos II) se mantém constante com o envelhecimento, e sendo este o responsável pela ↓ da tensão superficial do líquido alveolar, não há alteração nessa força elástica. A alteração da complacência pulmonar, portanto, se deve às modificações das forças elásticas do tecido pulmonar, que são determinadas pelas fibras de elastina e colágeno. Essas fibras, em um indivíduo saudável, tendem a provocar o colapso dos alvéolos e, portanto, são essenciais ao processo de expiração. Obs: A expiração é um processo quase inteiramente passivo causado pelo recuo elástico dos pulmões e da caixa torácica. Alterações no tecido pulmonar senil: No idoso, são observadas as seguintes alterações no tecido pulmonar: Mudanças de configuração do colágeno → causam queda da pressão de retração elástica no pulmão Existência de pseudoelastina → causam queda da pressão de retração elástica no pulmão Degeneração das fibras elásticas Envelhecimento Pulmonar Complacência: qualidade de resistir a pressões sem rupturas. Expressa a distensibilidade de um órgão preenchido por gás ou líquido. A complacência do Sistema Respiratório inclui: Complacência pulmonar → determina velocidade e capacidade expiratória Complacência da parede torácica → determina o potencial inspiratório REVISÃO: O que é complacência: é a variação de volume pulmonar para cada unidade de variação na pressão trans pulmonar É a forma com que o parênquima pulmonar consegue acomodar volume de ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo respiratório. PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO IDOSO GT 3 Isso deixa o pulmão mais rígido e mais distendido, o que aumenta sua complacência e dificulta o processo de expiração. Rigidez pulmonar: A rigidez pulmonar causada pelo colágeno + pseudoelastina deixa o pulmão mais distendido, aumentando sua complacência e dificultando a expiração. Isso leva a: ↑ Volume residual ↓ superfície respiratória total e↑ espaço morto Crepitações nas bases pulmonares ↓ Força muscular dos músculos que participam da respiração ↑ Frequência respiratória (16-24 ipm) ↓ Resposta do organismo à hipóxia e à hipercapnia ↑ Volume residual Volume residual: (volume de ar que permanece nos pulmões ao final de uma expiração máxima) Obs: A complacência total, no idoso, está diminuída, pois, o aumento da complacência pulmonar não compensa a redução da complacência da parede torácica. ↓ Superfície respiratória total e ↑ Espaço morto Espaço morto: compreende as áreas do sistema respiratório onde não ocorrem trocas gasosas. Em um indivíduo adulto, o espaço morto abrange o nariz, a faringe, a traqueia e os alvéolos não-funcionantes. No idoso, ocorre ruptura dos septos interalveolares e consequente, fusão alveolar, o que diminui o número de alvéolos e aumenta o diâmetro destes. Com isso, há uma diminuição da superfície respiratória total e aumento do espaço morto. Isso se traduz em uma capacidade de difusão reduzida. Além disso, a fusão dos alvéolos, tornando-os maiores, faz com que haja um maior volume de ar em seu interior. Isso causa um quadro chamado de Enfisema Senil. Crepitações nas bases pulmonares São secundárias às mudanças das propriedades elásticas do parênquima pulmonar decorrentes do envelhecimento normal. Devem ser bilaterais, simétricas e situadas nas bases pulmonares para que sejam consideradas fisiológicas. (exame físico + anamnese) ↓ Força muscular dos músculos que participam da respiração Devido à: ↓ massa muscular (sarcopenia) ↓ fibras de contração rápida (tipo II) ↓ capacidade da junção neuromuscular em transmitir impulsos nervosos Perda de neurônios motores periféricos Isso gera maior trabalho muscular e gasto energético relacionado com a respiração. Estima-se que um homem com 60 anos de idade consuma 20% de energia a mais que um adulto jovem para mesma atividade respiratória. Obs: As modificações osteoarticulares também alteram a curvatura diafragmática, o que interfere na contração muscular efetiva desse musculo. ↑ Frequência respiratória (16-24 incursões por min) O aumento da FR é um mecanismo compensatório para a manutenção de um volume respiratório adequado diante das alterações na mecânica ventilatória e no parênquima pulmonar. Com esse aumento da FR, não se observa diferenças entre o volume corrente de idosos e de adultos jovens. Na conta de insp. + exp. Eu tenho compensação. Obs: Volume Corrente = volume de ar inspirado ou expirado em uma respiração normal ↓ Resposta do organismo à hipóxia e à hipercapnia Com o aumento da idade, há redução da atividade nervosa central e dos impulsos neuronais para os músculos respiratórios, o que acarreta menor resposta do organismo à hipóxia e à hipercapnia. Além disso, observa-se uma ↓ da responsividade dos quimiorreceptores. Idosos estão mais vulneráveis aos casos de hipóxia e hipercapnia Capacidades pulmonares: Capacidade residual funcional (CRF=VRE+VR) volume de ar que permanece nos pulmões após expiração tranquila. Capacidade inspiratória (CI=VC+VRI) é o máximo volume de ar inalado a partir da CRF. Capacidade vital (CV=VRI+VRE+VC) é o volume de ar que pode ser expirado após uma inspiração máxima. Capacidade pulmonar total (CPT=CV+VR) é o volume de ar contido nos pulmões após uma inspiração máxima. Expirometria: É um teste de função pulmonar, pode ser realizada com ou sem esforço expiratório. Enfisema Pulmonar: significa excesso de ar nos pulmões. É causado por um ↑ anormal e permanente dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal. Geralmente, o enfisema é resultado de um processo obstrutivo e destrutivo dos pulmões gerado por anos de tabagismo. Entretanto, ele pode se manifestar em indivíduos saudáveis durante o envelhecimento, pois, na terceira idade, ocorre um aumento fisiológico do diâmetro dos ductos alveolares e dos alvéolos. O Enfisema Pulmonar está presente em 35% dos idosos não fumantes. Nos idosos, a doença recebe o nome de Enfisema Senil e é descrita como hiperinsuflação pulmonar da velhice. Obs: É considerada uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO IDOSO GT 3 No primeiro caso: mensuração de volume e capacidades. No segundo, os volumes são relacionados ao tempo expiratório determinando-se os fluxos aéreos. Os resultados permitem diagnosticar se o indivíduo tem uma espirometria normal ou algum grau de insuficiência pulmonar ventilatório. Nos idosos, esse teste não funciona adequadamente visto que não há um padrão para os volumes pulmonares. Volume residual vai estar aumentado, e a FC também. O resto diminui. Conceitos da fisiologia respiratória FEV1 Volume de ar expirado no 1º segundo em uma expiração forçada a partir da capacidade vital CVF Capacidade vital forçada: volume total de ar expirado ↑ FEV1/CVF Índice de Tiffeneau: a obstrução das vias aéreas é representada por baixa relação. O valor normal é de 80% ↓ Pico de fluxo expiratório (PFE) É uma estimativa grosseira da função pulmonar onde se mede o fluxo máximo expiratório útil ao acompanhamento do paciente com asma FEF (25- 75%) Fluxo respiratório forçado de 25 a 75% ↓
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