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pesquisa
IB
G
C
 Pesquisa
G
overnança C
orporativa em
 Em
presas Estatais B
rasileiras
“O fortalecimento da administração das estatais com a adoção de 
práticas norteadas pelos princípios da boa governança corporativa 
é algo que deve sempre ser perseguido por todos aqueles que 
participam direta ou indiretamente do ambiente que envolve as 
estatais brasileiras. As informações apresentadas neste relatório 
podem oferecer, a cada um desses participantes, reflexões valiosas 
sobre os caminhos possíveis para o aprimoramento das empresas 
estatais brasileiras.“
Av. das Nações Unidas, 12.551
21º andar - São Paulo - SP
CEP 04578-903
São Paulo e região 11 3185 4200
Outras localidades 4020 1733
e-mail: ibgc@ibgc.org.br
www.ibgc.org.br
Governança Corporativa em 
Empresas Estatais Brasileiras
Governança Corporativa 
em Empresas Estatais 
Brasileiras
São Paulo | 2021
pesquisa
Fundado em 27 de novembro de 1995, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 
(IBGC), organização da sociedade civil, é referência nacional e uma das principais no 
mundo em governança corporativa. Seu objetivo é gerar e disseminar conhecimento 
a respeito das melhores práticas em governança corporativa e influenciar os mais 
diversos agentes em sua adoção, contribuindo para o desempenho sustentável das 
organizações e, consequentemente, para uma sociedade melhor.
Conselho de Administração
Presidente
Leila Abraham Loria
Vice-presidentes
Iêda Aparecida Patricio Novais
Israel Aron Zylberman
Conselheiros
Armando de Azevedo Henriques
Carlos Eduardo Lessa Brandão
Claudia Elisa Soares
Gabriela Baumgart
Henrique Luz
Leonardo Wengrover
Diretoria
Pedro Melo
Adriane de Almeida
Márcia Aguiar
Reginaldo Ricioli
Valeria Café
Créditos
Esta pesquisa foi desenvolvida pelos professores Tobias Coutinho Parente, Thiago Henrique Moreira 
Goes e Vinícius Klein e contou com o apoio dos estudantes Susana Sales da Silva Campos, Paulo 
Henrique Santos Diniz Costa e Leonardo da Silva Machado. Contribuíram para a definição do escopo 
e da metodologia e para as discussões dos resultados: Camila Cristina da Silva, Danilo Gregório dos 
Santos, Laís Piasentini Oliva, Luiz Fernando da Costa Dalla Martha e Valéria Café.
Produção
Redação: Tobias Coutinho Parente, Thiago Henrique Moreira Goes, Vinícius Klein e Susana Sales 
da Silva Campos; Preparação de texto: Juliana Caldas; Revisão de provas: Camila Cristina da Silva; 
Supervisão de identidade visual: Diogo Siqueira; Projeto gráfico, diagramação e capa: Kato Editorial; 
Imagem da capa: Shutterstock.
Agradecimentos
Ao Center for International Private Enterprise – CIPE pelo apoio financeiro para o desenvolvimento 
desta pesquisa.
Ao Bernardo Souza Barbosa, Charles Laganá Putz, Claudionor Moura Nunes Júnior, Luis Felipe Vidal 
Arellano, Ricardo Moura de Araujo Faria, Susana Hanna Stiphan Jabra e Thiago Longo Menezes pelas 
valiosas contribuições para o desenvolvimento deste estudo.
Apoio
I59g Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 
 Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras / Instituto Brasileiro de 
Governança Corporativa. – São Paulo, SP : IBGC, 2021.
 46 p. ; 18cm x 25,5cm.
 Inclui índice e bibliografia.
 ISBN: 978-65-86366-45-7 
 1. Governança Corporativa. 2. Empresas Estatais. 3. Brasil. I. Título.
CDD 658.4
2021-3536 CDU 658.114
Elaborado por Odilio Hilario Moreira Junior – CRB-8/9949
Índice para catálogo sistemático:
1. Governança Corporativa 658.4
2. Governança Corporativa 658.114
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Destaques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Características da amostra . . . . . . . . 10
Seção I – Documentos e políticas . . 13
 Carta anual de políticas 
públicas e governança 
corporativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
 Relatório integrado ou de 
sustentabilidade . . . . . . . . . . . . . . 16
 Código de conduta . . . . . . . . . . . 18
 Políticas de governança 
corporativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Seção II – Administração . . . . . . . . . .20
 Conselho de administração . . . 21
 Conselho fiscal . . . . . . . . . . . . . . .25
 Diretoria executiva . . . . . . . . . . .26
 Formação profissional . . . . . . . . . 27
 Diversidade de gênero . . . . . . . .28
 Indicação e avaliação . . . . . . . . .28
Seção III – Riscos e controles . . . . .32
 Demonstrações financeiras . . .33
 Auditoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34
 Gestão de riscos . . . . . . . . . . . . . .35
Seção IV – Comparativo com 
pesquisas anteriores . . . . . . . . . . . . . .36
Seção V – Entrevistas com 
agentes de governança 
das estatais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38
Considerações finais . . . . . . . . . . . . .40
Apêndice I – Método da pesquisa . 41
 Amostra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
 Coleta dos dados . . . . . . . . . . . . .42
 Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43
 Análises . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44
 Limitações . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45
6 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Introdução
No Brasil, de acordo com o caput do artigo 173 da Constituição Federal de 
1988, ressalvados os casos previstos na carta magna, o Estado só deve explorar 
diretamente atividade econômica quando necessário aos imperativos da segurança 
nacional ou for de relevante interesse coletivo. A criação de empresas estatais se 
justifica não somente pela finalidade econômica, mas principalmente pela execução 
de políticas públicas, estratégias de desenvolvimento econômico e oferta de 
produtos e serviços essenciais para a sociedade. Esses elementos somados ao peso 
de algumas estatais em setores-chave da economia fazem com que a administração 
das estatais seja um tema que desperta interesse em vários segmentos da sociedade 
brasileira. Há uma constante preocupação em garantir que essas empresas sejam 
governadas de maneira isonômica e transparente para o alcance de seus objetivos, 
combatendo as situações que possam gerar riscos de captura e de práticas ilícitas.
É nesse contexto que foi sancionada a Lei n° 13.303/2016, também conhecida 
como Lei das Estatais. Ela determina, dentre outros aspectos, a obrigatoriedade 
da adoção de boas práticas de governança corporativa nas empresas estatais no 
âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A Lei das Estatais 
proporcionou avanços ao delimitar mecanismos importantes para elevar o nível de 
transparência, governança e controle nas estatais. 
O IBGC, em busca de contribuir para o aprimoramento da governança corporativa 
das empresas estatais no Brasil, realizou este levantamento inédito reunindo dados 
sobre como 252 empresas divulgam evidências de que estão em consonância com 
as práticas de governança corporativa dispostas na Lei das Estatais1. Pela primeira 
1 . O desenvolvimento desta pesquisa está ancorado no princípio da transparência, pois é esperado que as 
empresas, conforme previsto na Lei das Estatais, divulguem as informações relevantes sobre políticas e 
práticas de governança corporativa de maneira atualizada e tempestiva. A pesquisa, portanto, não se propôs 
a auditar as informações divulgadas pelas empresas, mas apenas a coletar os dados disponibilizados pelas 
empresas estatais em seus websites.
7Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
vez, o instituto fez uma pesquisa que vai além das empresas estatais de capital 
aberto, aprofundando o debate também para aquelas de capital fechado, tanto 
federais quanto estaduais.A partir da análise de informações e documentos disponibilizados nos websites das 
empresas estatais, é apresentado um panorama da situação das estatais em relação 
às suas políticas, documentos, estruturas e práticas de governança corporativa. Além 
disso, para entender melhor os desafios para a aplicação da Lei das Estatais, foram 
entrevistados sete agentes de governança, entre conselheiros de administração e 
membros de organizações de coordenação e controle externo das empresas estatais. 
Os entrevistados apresentaram possíveis percalços e soluções para que o espírito da 
Lei n° 13.303/2016 seja incorporado pelas empresas estatais.
Assim, esta pesquisa contribui para o debate sobre como as empresas estatais 
brasileiras devem seguir o processo de amadurecimento de seus sistemas de 
governança corporativa. 
Esperamos que os resultados aqui apresentados sejam uma rica fonte 
de informações para a formulação de políticas públicas direcionadas ao 
acompanhamento da administração das estatais. 
8 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Destaques
Gerais
• As empresas federais apresentam maior nível de adesão às práticas de 
governança corporativa previstas na Lei das Estatais do que as empresas 
estaduais.
• As empresas estatais de capital aberto evoluíram na adoção de práticas de 
governança corporativa previstas na Lei das Estatais entre 2018 e 2020.
Políticas e documentos
• Não foi identificada nenhuma carta anual de políticas públicas e governança 
corporativa em 32,1% das empresas analisadas. 
• Entre as empresas que divulgam carta, 41,9% apresentaram claramente 
indicadores correlacionados com os objetivos de políticas públicas.
• Não foi possível encontrar nenhum relatório integrado e/ou de sustentabilidade 
em 38,9% das estatais analisadas.
• 55,6% das empresas disponibilizaram uma política de divulgação de informações 
e 55,2%, uma política de transações com partes relacionadas.
Conselho de administração
• 94,1% das empresas analisadas adotam a separação dos cargos de 
diretor-presidente e presidente do conselho de administração.
• 35,3% das estatais divulgam o regimento interno do conselho de administração.
• 9,7% é a proporção de conselheiros de administração divulgados como 
independentes entre as estatais analisadas. Considerando apenas as estatais de 
capital aberto, essa proporção é de 30%.
9Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Diversidade de gênero
• As mulheres ocupam 15,7% dos cargos de Diretoria, 17,3% dos assentos nos 
Conselhos de administração e representam 27,1% dos membros titulares dos 
Conselhos fiscais. 
• A diversidade de gênero varia conforme o tipo de estatal, tendo as mulheres um 
pouco mais de representatividade nas empresas: estaduais; de capital fechado; 
com faturamento anual bruto inferior a R$ 90 milhões.
Indicação e avaliação
• O comitê estatutário de indicação e elegibilidade está presente em 50,8% das 
empresas analisadas. Esse percentual sobe para 80,9% entre as empresas com 
faturamento anual bruto superior a R$ 90 milhões – para as quais o comitê é 
obrigatório.
• 58,7% das empresas preveem em seus estatutos ou regimentos internos a 
realização de avaliação de desempenho do Conselho de administração. Entre 
as empresas federais, a previsão existe em 100% delas.
Riscos e controles
• Não foi possível encontrar as demonstrações financeiras nos websites de 21,8% 
das estatais analisadas.
• 52,8% das empresas da amostra possuem comitê de auditoria e 64,3% têm 
previsto em estatuto uma estrutura de auditoria interna.
• Entre as empresas com receita operacional bruta superior a R$ 90 milhões, para 
as quais o comitê de auditoria e a auditoria interna são obrigatórios, a presença 
desses órgãos é identificada, respectivamente, em 89,1% e 90,0% dessas 
empresas.
• 65,9% das estatais analisadas têm uma área dedicada à gestão de riscos. Entre 
as empresas com receita operacional bruta superior a R$ 90 milhões, em que é 
obrigatória essa estrutura, o percentual é de 90,0%.
10 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Características da amostra
A amostra desta pesquisa é composta por 252 empresas estatais, sendo 48 federais 
e 204 estaduais. Além disso, 30 delas são de capital aberto e 222 de capital fechado.
Tabela 1 Dados gerais da amostra
Ente controlador Número de empresas Percentual
Federais 48 19,0%
Estaduais 204 81,0%
Tipo de capital Número de empresas Percentual
Capital aberto 30 11,9%
Capital fechado 222 88,1%
Em relação ao porte, medido nesta pesquisa por faturamento anual bruto, as estatais 
possuem características heterogêneas. Para segmentá-las, foi adotado o critério 
de R$ 90 milhões de receita operacional bruta, conforme delimitado pela Lei das 
Estatais2. Mais detalhes estão disponíveis no Apêndice I – Método da pesquisa. 
Com esse critério, a amostra foi segmentada em três grupos: 1) empresas com 
faturamento anual bruto acima de R$ 90 milhões; 2) empresas com faturamento 
anual bruto abaixo de R$ 90 milhões; 3) empresas sem informações sobre 
faturamento (quando não foi possível encontrar as demonstrações financeiras nos 
seus websites ou quando, apesar de haver demonstração financeira disponível, não 
foi possível identificar informações sobre faturamento).
2 . Conforme §1º do artigo 1º da Lei das Estatais, o disposto em alguns artigos da própria lei não se aplica às 
estatais que tiverem, em conjunto com suas subsidiárias, receita operacional bruta inferior a R$ 90 milhões.
11Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Tabela 2 Estatais por faturamento anual bruto
Número de empresas Percentual
Acima de R$ 90 milhões 110 43,7%
Abaixo de R$ 90 milhões 90 35,7%
Não divulgou a receita operacional bruta 52 20,6%
O terceiro aspecto considerado foi a classificação por setor de atuação. Os setores 
de transporte, financeiro e desenvolvimento (composto por agências de fomento e 
companhias de desenvolvimento) foram os com maior representação na amostra. 
Gráfico 1 Estatais por setor
O último aspecto considerado na amostra foi a distribuição das estatais estaduais 
por região geográfica. A região com maior número de estatais foi o Nordeste com 
66 empresas. Já a com menor número foi a região Norte com 29 empresas. Entre os 
estados, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco foram os que tiveram maior número 
de empresas analisadas.
Transporte
Financeiro
Desenvolvimento
Água e saneamento
Abastecimento
Energia elétrica
Tecnologia da informação
Petróleo, gás e biocombustíveis
Pesquisa
Habitação
Telecomunicações
Outros
15,5%
12,7%
11,5%
8,7%
6,3%
6,0%
6,0%
5,6%
4,0%
3,6%
2,4%
17,9%
12 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Gráfico 2 Estatais estaduais por região
Figura 1 Estatais estaduais por Estado
7 (3,4%)
Amazonas 10 (4,9%)
Ceará
12 (5,9%)
Distrito Federal
4 (2,0%)
Espírito Santo
11 (5,4%)
Goiás
4 (2,0%)
Mato Grosso
2 (1,0%)
Mato Grosso 
do Sul
15 (7,4%)
Minas Gerais
10 (4,9%)
Paraná
13 (6,4%)
Pernambuco
12 (5,9%)
Rio de Janeiro
2 (1,0%)
Rio Grande 
do Norte
18 (8,8%)
São Paulo
11 (5,4%)
Rio Grande 
do Sul
10 (4,9%)
Santa Catarina
12 (5,9%)
Bahia
4 (2,0%)
Paraíba
6 (2,9%)
Alagoas
10 (4,9%)
Sergipe
5 (2,5%)
Piauí
4 (2,0%)
Maranhão
2 (1,0%)
Tocantins
9 (4,4%)
Pará
4 (2,0%)
Rondônia4 (2,0%)
Acre
0 (0%)
Amapá
3 (1,5%)
Roraima
14,2%
Norte
32,4%
Nordeste
15,2%
Sul
24,0%
Sudeste
14,2%
Centro Oeste
13Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Seção I – Documentos e políticas
Esta seção apresenta informações sobre os seguintes documentos e políticas: 
• Carta anual de políticas públicas e governança corporativa.
• Relatório integrado ou de sustentabilidade.
• Código de conduta. 
• Política de divulgação de informações e política de transações com 
partes relacionadas.
Ao longo do relatório, as práticas que são obrigatórias apenas para as empresas 
com faturamento anual bruto acima de R$ 90 milhões serão apresentadas com este 
símbolo . Dessa forma, o leitor poderá identificara aderência das empresas que são 
obrigadas a cumprir tais práticas, como também aquelas empresas com faturamento 
anual bruto inferior a R$ 90 milhões que aderem voluntariamente a essas práticas. 
14 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Carta anual de políticas públicas e governança corporativa
O número de empresas que divulgam a carta anual de políticas públicas e 
governança corporativa3 vem crescendo desde a promulgação da Lei das Estatais, 
especialmente após o encerramento do prazo de adaptação para as estatais 
adotarem os requisitos da lei, em 30 de junho de 2018. 
Gráfico 3 Divulgação das cartas em cada ano4 
Em relação ao período analisado, não foi identificada nenhuma carta anual em 
32,1% das empresas da amostra e algumas delas não divulgaram carta em todos 
os anos. Assim, para efeito de análise do seu conteúdo, foi considerada a última 
carta divulgada pela empresa, mesmo que não tenha sido em 2020. Nessa análise, 
destacaram-se as empresas federais (95,8%) e empresas com faturamento anual 
bruto acima de R$90 milhões (88,2%). Por outro lado, menos da metade das 
empresas que divulgaram carta anual apresenta indicadores correlacionados com os 
objetivos de políticas públicas. 
3 . O inciso I do art. 8º da Lei das Estatais estabeleceu que as empresas devem elaborar uma carta anual, 
subscrita pelo Conselho de administração, com os compromissos de consecução dos objetivos de políticas 
públicas pela empresa, em consonância com o interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional que 
justificou a criação da empresa. Além disso, na carta devem estar definidos claramente os recursos a serem 
empregados para o alcance dos objetivos, bem como os impactos econômico-financeiros da consecução 
desses objetivos, que devem ser mensuráveis por meio de indicadores. Além disso, o inciso VIII do mesmo 
artigo estabelece que as estatais devem divulgar amplamente uma carta anual de governança corporativa 
com informações relevantes tratadas no inciso III do art. 8º, que são: “atividades desenvolvidas, estrutura 
de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comentários dos administradores sobre o 
desempenho, políticas e práticas de governança corporativa e descrição da composição e da remuneração 
da administração. As empresas analisadas tendem a divulgar uma única carta que atenda às exigências de 
informações quanto aos objetivos de políticas públicas e governança corporativa.
4 . Durante a coleta dos dados, foi percebido que não há um período específico para as empresas divulgarem suas 
cartas. Também não foi possível identificar um padrão sobre a qual ano as cartas se referem, por exemplo: há 
empresas que divulgam a carta em 2020, referente a 2019, como também empresas que divulgam em 2020, 
referente a 2020. Por conta dessa falta de padronização, foram adotados os seguintes critérios para definir a 
qual ano a carta se referia: 1) ano identificado no título da carta; 2) caso não disponível, o ano do exercício social 
apresentado no texto da carta; 3) se também não disponível, a data de divulgação/publicação da carta.
5 . O dado de 2020 não necessariamente indica uma redução, pois algumas empresas divulgam a carta durante 
o segundo semestre do ano seguinte. Como os dados para esta pesquisa foram coletados até maio de 2021, o 
dado referente a 2020 não capta essas empresas que divulgam suas cartas no segundo semestre.
2016 2017 2018 2019 20205 
2,8%
17,9%
41,7%
51,6%
41,7%
15Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Tabela 3 Divulgação da carta conforme o tipo de empresa
Carta 
divulgada6 
Carta subscrita 
pelo Conselho7 
Carta apresenta 
os objetivos 
de políticas 
públicas7
Carta apresenta 
indicadores 
correlacionados 
com os objetivos 
de políticas 
públicas7
Amostra completa 67,9% 98,2% 70,2% 40,9%
Estaduais 61,3% 97,6% 63,2% 30,4%
Federais 95,8% 100,0% 89,1% 69,6%
Capital fechado 66,2% 98,0% 69,4% 40,8%
Capital aberto 80,0% 100,0% 75,0% 41,7%
Tabela 4 Divulgação da carta conforme faturamento anual bruto
Carta 
divulgada6 
Carta subscrita 
pelo Conselho7 
Carta apresenta 
os objetivos 
de políticas 
públicas7
Carta apresenta 
indicadores 
correlacionados 
com os objetivos 
de políticas 
públicas7
Acima de 90 milhões 89,1% 99,0% 73,5% 46,9%
Abaixo de 90 milhões 70,0% 96,8% 65,1% 33,3%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 19,2% 100,0% 70,0% 30,0%
Tabela 5 Divulgação da carta conforme região geográfica
Carta 
divulgada6 
Carta subscrita 
pelo Conselho7 
Carta apresenta 
os objetivos 
de políticas 
públicas7
Carta apresenta 
indicadores 
correlacionados 
com os objetivos 
de políticas 
públicas7
Norte 37,9% 81,8% 36,4% 0,0%
Nordeste 60,6% 97,5% 70,0% 45,0%
Centro Oeste 69,0% 100,0% 60,0% 20,0%
Sudeste 63,3% 100,0% 77,4% 32,3%
Sul 74,2% 100,0% 47,8% 26,1%
6 . Foi considerada a última carta divulgada pela empresa, mesmo que não tenha sido em 2020.
7 . Percentuais com base nas 171 estatais com carta divulgada.
16 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Relatório integrado ou de sustentabilidade
Desde 2016, é possível perceber o crescimento do número de empresas que 
divulgam relatório integrado ou de sustentabilidade. 
Gráfico 4 – Divulgação do relatório integrado ou de sustentabilidade em cada ano
Em relação ao período analisado, não foi possível encontrar nenhum relatório 
integrado e/ou de sustentabilidade para 38,9% das estatais da amostra e algumas 
delas não divulgaram relatório em todos os anos. Vale ressaltar que, assim como 
acontece com a carta anual, não há uma padronização sobre quando os relatórios 
são divulgados. Por isso, para efeito de análise, foi considerada a última edição 
divulgada pela empresa, mesmo que não tenha sido em 2020.
8 . O dado de 2020 não necessariamente indica uma redução, pois algumas empresas divulgam o relatório 
durante o segundo semestre do ano seguinte. Como os dados para esta pesquisa foram coletados até maio 
de 2021, o dado referente a 2020 não capta as empresas que divulgam seus relatórios no segundo semestre.
2016 2017 2018 2019 20208
31,7%
40,9%
50,4%
54,8%
44,0%
17Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Tabela 6 Divulgação do relatório integrado ou de sustentabilidade conforme o 
tipo de empresa
Relatório divulgado9
Amostra completa 61,1%
Estaduais 54,4%
Federais 89,6%
Capital fechado 56,8%
Capital aberto 93,3%
Tabela 7 Divulgação do relatório integrado ou de sustentabilidade conforme 
faturamento anual bruto
Relatório divulgado9
Acima de 90 milhões 86,4%
Abaixo de 90 milhões 58,9%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 11,5%
Tabela 8 Divulgação do relatório integrado ou de sustentabilidade conforme 
região geográfica
Relatório divulgado9
Norte 34,5%
Nordeste 50,0%
Centro Oeste 51,7%
Sudeste 65,3%
Sul 67,7%
9 . Foi considerada a última edição do relatório divulgada pela empresa, mesmo que não tenha sido em 2020.
18 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Código de conduta
A maioria das estatais divulga o código de conduta (73,4%), com destaque para 
as estatais de capital aberto (100%). Entre as empresas que divulgam o código de 
conduta, mais de 90% preveem a existência de um canal de denúncias. Todavia, a 
previsão de pelo menos um treinamento anual com os colaboradores fica em menor 
patamar, com 63,8%. 
Tabela 9 Divulgação do código de conduta conforme o tipo de empresa 
Código 
divulgado
Princípios 
da estatal 
previstos10 
Canal de 
denúncias 
previsto10
Treinamento no 
mínimo anual 
previsto10
Amostra completa 73,4% 94,1% 91,9% 63,8%
Estaduais 67,6% 95,7% 93,5% 62,3%
Federais 97,9% 89,4% 87,2% 68,1%
Capital fechado 69,8% 94,8% 91,6% 61,3%
Capital aberto 100,0% 90,0% 93,3% 76,7%
Tabela 10 Divulgação do código de conduta conforme faturamento anual bruto 
Código 
divulgado
Princípios 
da estatal 
previstos10 
Canal de 
denúncias 
previsto10
Treinamento nomínimo anual 
previsto10
Acima de 90 milhões 93,6% 91,3% 93,2% 71,8%
Abaixo de 90 milhões 76,7% 98,6% 91,3% 53,6%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 25,0% 92,3% 84,6% 53,8%
Tabela 11 Divulgação do código de conduta conforme região geográfica 
Código 
divulgado
Princípios 
da estatal 
previstos10 
Canal de 
denúncias 
previsto10
Treinamento no 
mínimo anual 
previsto10
Norte 31,0% 88,9% 77,8% 44,4%
Nordeste 65,2% 95,3% 93,0% 48,8%
Centro Oeste 69,0% 90,0% 85,0% 75,0%
Sudeste 81,6% 100,0% 100,0% 72,5%
Sul 83,9% 96,2% 96,2% 65,4%
10 . Percentuais com base nas 183 estatais que divulgam código de conduta.
19Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Políticas de governança corporativa
A Lei das Estatais estabeleceu a obrigatoriedade de algumas políticas de 
governança corporativa. Dentre elas, apresentamos resultados para a política de 
divulgação de informações e a política de transações com partes relacionadas. 
Outras políticas, como de risco e de indicação e elegibilidade serão abordadas em 
seções específicas neste relatório. A adoção das políticas pelas estatais é similar, 
pouco mais da metade das empresas analisadas disponibilizam as duas políticas, 
com destaque para as estatais federais e as empresas de capital aberto. 
Tabela 12 Divulgação das políticas conforme o tipo de empresas
Política de divulgação 
de informações
Política de transações 
com partes relacionadas
Amostra completa 55,6% 55,2%
Estaduais 49,0% 47,5%
Federais 83,3% 87,5%
Capital fechado 52,3% 50,5%
Capital aberto 80,0% 90,0%
Tabela 13 Divulgação das políticas conforme faturamento anual bruto
Política de divulgação 
de informações
Política de transações 
com partes relacionadas
Acima de 90 milhões 80,0% 83,6%
Abaixo de 90 milhões 54,4% 50,0%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 5,8% 3,8%
Tabela 14 Divulgação das políticas conforme região geográfica
Política de divulgação 
de informações
Política de transações 
com partes relacionadas
Norte 10,3% 17,2%
Nordeste 48,5% 42,4%
Centro Oeste 56,7% 55,2%
Sudeste 57,1% 59,2%
Sul 67,7% 61,3%
20 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Seção II – Administração
Esta seção apresenta informações sobre os seguintes tópicos: 
• Conselho de administração.
• Conselho fiscal.
• Diretoria executiva.
• Formação profissional.
• Diversidade de gênero.
• Indicação e avaliação.
21Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Conselho de administração
Sobre o Conselho de administração, foram analisados aspectos de composição do 
órgão, boas práticas e proporção de conselheiros independentes. 
Quanto à composição, ao analisar a evolução do tamanho dos conselhos entre 2016 
e 2020, é possível perceber um pequeno aumento no tamanho médio, porém sem 
grande variação. Além disso, as empresas de capital aberto possuem conselhos 
maiores que as demais estatais. Por fim, o Conselho com menor número de membros 
tem três conselheiros e o de maior tamanho conta com 16. Importante ressaltar 
que a Lei das Estatais estipula para o Conselho de administração de empresas com 
faturamento anual bruto superior a R$ 90 milhões um tamanho mínimo de sete 
membros e máximo de 11. Nesta pesquisa, foram identificadas 20 empresas com 
Conselho de administração fora desses limites de composição.
Tabela 15 Tamanho médio do Conselho de administração conforme o tipo de 
empresa
202011 2019 2018 2017 2016
Amostra completa 7,50 7,44 7,42 7,33 7,40 
Estaduais 7,51 7,51 7,48 7,37 7,49
Federais 7,46 7,21 7,21 7,19 7,08 
Capital fechado 7,18 7,13 7,13 7,05 7,13 
Capital aberto 9,50 9,40 9,23 9,07 9,10 
11 . Média por ano, conforme a composição do Conselho de administração prevista no estatuto social. Não foi 
possível identificar a quantidade de conselheiros no estatuto social de 32 empresas. Assim, para este dado, 
N=220.
22 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
As companhias abertas também evidenciam ter um nível de adesão às boas 
práticas para Conselho de administração maior do que as demais, assim como as 
empresas federais em comparação com as estaduais. Um ponto positivo é que 94,1% 
das empresas analisadas adotam a separação dos cargos de diretor-presidente 
e presidente do Conselho de administração. Por outro lado, 35,3% das estatais 
divulgam o regimento interno do Conselho de administração.
Tabela 16 Boas práticas para Conselho de administração conforme o tipo de 
empresa
Regimento interno divulgado
Separação diretor-presidente e 
presidente do Conselho12 
Amostra completa 35,3% 94,1%
Estaduais 23,5% 92,0%
Federais 83,3% 100,0%
Capital fechado 29,7% 93,0%
Capital aberto 76,7% 100,0%
12 . Não foi possível identificar o diretor-presidente e/ou presidente do Conselho em 50 empresas, assim, para 
este dado N=202.
23Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Quanto ao prazo de gestão para os conselheiros de administração, 82,1% das 
empresas têm o prazo de mandato previsto em seus estatutos ou regimentos internos, 
enquanto 75% preveem o número de reconduções do conselheiro. Por outro lado, 
menos da metade colocam que o Conselho deve ser composto por no mínimo 25% de 
conselheiros independentes. Entre as empresas com faturamento anual bruto acima 
de R$ 90 milhões – para as quais as previsões são obrigatórias –, os índices são mais 
elevados, ficando acima de 90% para o prazo de mandato e o número de reconduções 
e com 64,5% para a previsão de conselheiros independentes. 
Tabela 17 Prazo de gestão para os conselheiros de administração e previsão de 
conselheiros conforme o tipo de empresa 
Prazo de mandato 
previsto13 
Nº de reconduções 
previstas13
Mínimo de 25% 
de independentes 
previstos13
Amostra completa 82,1% 75,0% 34,5%
Estaduais 79,0% 70,0% 27,0%
Federais 93,8% 93,8% 60,4%
Capital fechado 80,2% 72,1% 26,1%
Capital aberto 96,7% 96,7% 96,7%
Tabela 18 Prazo de gestão para os conselheiros de administração e previsão de 
conselheiros conforme faturamento anual bruto 
Prazo de mandato 
previsto13 
Nº de reconduções 
previstas13
Mínimo de 25% 
de independentes 
previstos13
Acima de 90 milhões 93,6% 90,9% 64,5%
Abaixo de 90 milhões 91,1% 84,4% 16,7%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 42,3% 25,0% 1,9%
Tabela 19 Prazo de gestão para os conselheiros de administração e previsão de 
conselheiros conforme região geográfica 
Prazo de mandato 
previsto13 
Nº de reconduções 
previstas13
Mínimo de 25% 
de independentes 
previstos13
Norte 51,7% 41,4% 6,9%
Nordeste 78,8% 68,2% 22,7%
Centro Oeste 82,8% 62,1% 31,0%
Sudeste 85,7% 83,7% 36,7%
Sul 93,5% 90,3% 45,2%
13 . Previsão no estatuto social ou regimento interno.
24 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Em relação ao perfil dos conselheiros, 9,7% dos conselheiros de todas as estatais 
analisadas são apresentados como independentes. Esse número é maior entre as 
empresas de capital aberto e menor entre as empresas de capital fechado14. 
Tabela 20 Participação de conselheiros de administração independentes 
conforme o tipo de empresa
Conselheiros de administração independentes15 
Amostra completa 9,7%
Estaduais 7,0%
Federais 18,3%
Capital fechado 5,2%
Capital aberto 30,0%
Tabela 21 Participação de conselheiros de administração independentes 
conforme faturamento anual bruto
Conselheiros de administração independentes15 
Acima de 90 milhões 15,7%
Abaixo de 90 milhões 1,9%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 0,0%
Tabela 22 Participação de conselheiros de administração independentes 
conforme região geográfica
Conselheiros de administração independentes15
Norte 3,8%
Nordeste 2,7%
Centro Oeste 2,1%
Sudeste 12,1%
Sul 12,5%
14 . É importante ressaltar que durante a coleta de dados ficou nítido que parte considerável das empresas 
de capital fechado, especialmente as estaduais, ao divulgarem a composição do Conselho não informam 
se algumdos conselheiros é independente. Dessa forma, esse percentual aquém do desejado pode ser 
explicado em parte por um problema de divulgação. Assim, existe a possibilidade de que o percentual de 
conselheiros independentes na prática seja maior.
15 . Percentuais com base nas 198 estatais que divulgam sua composição do Conselho.
25Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Conselho fiscal
O conselho fiscal não foi identificado em 10,3% das empresas analisadas. Porém, 
assim como no percentual de conselheiros independentes, é razoável supor que há 
estatais que não divulgam a composição de seu conselho fiscal ou não divulgam em 
seu website documentos em que se possa verificar a existência do órgão. 
Tabela 23 Presença de Conselho fiscal conforme o tipo de empresa
Existência do Conselho fiscal
Amostra completa 89,7%
Estaduais 87,3%
Federais 100%
Capital fechado 88,3%
Capital aberto 100%
26 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Diretoria executiva
Quanto à composição da Diretoria executiva, o número médio de diretores foi de 
4,64 em 2020, tendo um número mínimo de dois diretores e um máximo de 26. Assim 
como ocorrido com o Conselho de administração, as empresas abertas possuem um 
número médio de diretores superior às demais estatais. 
Tabela 24 Número médio de diretores conforme o tipo de empresa
202016 2019 2018 2017 2016
Amostra completa 4,64 4,64 4,62 4,68 4,68 
Estaduais 4,45 4,44 4,46 4,48 4,49 
Federais 5,35 5,35 5,23 5,42 5,40 
Capital fechado 4,33 4,31 4,31 4,35 4,33 
Capital aberto 6,67 6,77 6,67 6,80 6,97 
16 . Média por ano, conforme a composição da Diretoria prevista no estatuto social. Não foi possível identificar a 
quantidade de diretores no estatuto social de 26 empresas. Assim, para este dado, N=226.
27Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Formação profissional
A formação profissional mais presente nos Conselhos de administração e Diretorias 
das estatais é a de engenharia, enquanto nos Conselhos ficais predominam a de 
direito e economia. Também há presença significativa nos três órgãos, porém em 
menor número, de administradores e contadores. Outro ponto de destaque é a 
presença de profissionais com formação militar. Um olhar aprofundado indica 
que os militares da amostra estão predominantemente em estatais federais de 
capital fechado. Em empresas estatais, não foi identificado nenhum conselheiro de 
administração, diretor ou conselheiro fiscal titular com formação militar.
Tabela 25 Formação profissional conforme órgão da estrutura de governança 
corporativa
Diretoria17 
Conselho de 
administração17
Conselho fiscal 
titular17
Engenharia 31,2% 27,0% 14,5%
Administração 17,2% 14,4% 11,1%
Direito 17,5% 19,6% 28,5%
Economia 9,8% 14,8% 25,5%
Contabilidade 6,3% 6,4% 7,7%
Militar 6,8% 4,8% 5,1%
Outros 17,0% 19,6% 11,9%
17 . Os dados apresentados consideram apenas os currículos divulgados pelas empresas dos membros titulares 
(Conselho de administração = 627; Conselho fiscal = 294; Diretoria = 599). As empresas não divulgaram os 
currículos de 721 membros do Conselho de administração; 578 do Conselho fiscal; 472 da Diretoria.
28 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Diversidade de gênero
As mulheres ocupam 15,7% dos cargos de Diretoria, 17,3% dos assentos nos 
Conselhos de administração e 27,1% nos Conselhos fiscais. Essa distribuição varia 
conforme o tipo de estatal, tendo as mulheres um pouco mais de representatividade 
nas empresas: estaduais; de capital fechado; com faturamento anual bruto inferior 
a R$ 90 milhões e na região Norte. Outro ponto de destaque é que a participação 
feminina nas Diretorias das empresas federais é a menor entre todos os recortes 
analisados, com 9,6% desses cargos sendo ocupados por mulheres.
Tabela 26 Participação de mulheres nas estruturas de governança corporativa 
conforme o tipo de empresa
Diretoria18 Conselho18 Conselho fiscal titular18
Amostra completa 15,7% 17,3% 27,1%
Estaduais 17,9% 17,8% 28,5%
Federais 9,6% 15,5% 22,6%
Capital fechado 16,1% 18,2% 28,6%
Capital aberto 13,9% 13,2% 20,9%
Tabela 27 Participação de mulheres nas estruturas de governança corporativa 
conforme faturamento anual bruto
Diretoria18 Conselho18 Conselho fiscal titular18
Acima de 90 milhões 13,5% 12,9% 24,8%
Abaixo de 90 milhões 18,8% 22,5% 28,7%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 17,3% 26,1% 38,0%
Tabela 28 Participação de mulheres nas estruturas de governança corporativa 
conforme região geográfica
Diretoria18 Conselho18 Conselho fiscal titular18
Norte 22,5% 19,0% 50,0%
Nordeste 17,0% 18,9% 33,1%
Centro Oeste 22,1% 19,3% 24,5%
Sudeste 16,3% 17,3% 31,0%
Sul 14,6% 15,1% 12,1%
18 . Os dados apresentados consideram apenas as empresas que divulgam os nomes dos membros titulares dos 
Conselhos e da Diretoria (Conselho de administração N = 198; Conselho fiscal N = 183; Diretoria N = 240).
29Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Indicação e avaliação
A Lei das Estatais trouxe importantes avanços para o processo de indicação e 
avaliação de administradores. Para esta pesquisa, foram avaliados os seguintes itens: 
comitê estatutário para verificar a conformidade do processo de indicação e de 
avaliação de membros para o Conselho de administração e o Conselho fiscal (comitê 
de indicação e elegibilidade); divulgação das atas desse comitê; política de indicação 
de conselheiros; e previsão estatutária de uma avaliação de desempenho, individual e 
coletiva, de periodicidade anual, dos administradores e dos membros de comitês. 
Em relação ao comitê estatutário de indicação e elegibilidade, foi possível identificar a 
presença do órgão em 50,8% das empresas analisadas. Dessas empresas, 68% divulgam 
as atas das reuniões do comitê. Importante ressaltar que esse comitê é obrigatório 
apenas para as empresas com faturamento anual bruto superior a R$ 90 milhões. Entre 
essas empresas, 80,9% têm o comitê previsto em estatuto e 73% divulgam as atas.
Tabela 29 Aspectos de indicação e elegibilidade conforme o tipo de empresa 
Comitê de elegibilidade e indicação Atas das reuniões são divulgadas19 
Amostra completa 50,8% 68,0%
Estaduais 40,2% 53,7%
Federais 95,8% 93,5%
Capital fechado 47,7% 67,0%
Capital aberto 73,3% 72,7%
Tabela 30 Aspectos de indicação e elegibilidade conforme faturamento anual bruto 
Comitê estatutário Atas das reuniões são divulgadas19
Acima de 90 milhões 80,9% 73,0%
Abaixo de 90 milhões 36,7% 63,6%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 11,5% 16,7%
Tabela 31 Aspectos de indicação e elegibilidade conforme região geográfica 
Comitê estatutário Atas das reuniões são divulgadas19
Norte 13,8% 25,0%
Nordeste 30,3% 50,0%
Centro Oeste 34,5% 50,0%
Sudeste 59,2% 62,1%
Sul 61,3% 52,6%
19 . Percentuais com base nas 128 estatais que divulgam possuir o comitê estatutário de indicação e elegibilidade.
30 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Para orientar o trabalho do comitê de indicação e elegibilidade, a Lei das Estatais 
estabelece a necessidade de existir uma política de indicação. Ao analisar os dados, 
percebe-se que somente 15,9% das empresas divulgam uma política de indicação. 
Entre as empresas com mais de R$ 90 milhões de faturamento anual bruto – para as 
quais a política é obrigatória – a divulgação ocorre em 30% das estatais. Apesar dos 
baixos percentuais, a maioria das estatais tem requisitos mínimos de seleção para 
administradores, seja na política de indicação ou em seu estatuto social. 
 Tabela 32 Política de indicação e requisitos para seleção de administradores 
conforme o tipo de empresa 
Política de indicação
Requisitos mínimos para seleção 
de administradores20 
Amostra completa 15,9% 63,9%
Estaduais 13,2% 58,3%
Federais 27,1% 87,5%
Capital fechado 10,8% 59,9%
Capital aberto 53,3% 93,3%
Tabela 33 Política de indicação e requisitos para seleção de administradoresconforme faturamento anual bruto 
Política de indicação
Requisitos mínimos para seleção 
de administradores20
Acima de 90 milhões 30,0% 83,6%
Abaixo de 90 milhões 7,8% 64,4%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 0,0% 21,2%
Tabela 34 Política de indicação e requisitos para seleção de administradores 
conforme região geográfica 
Política de indicação
Requisitos mínimos para seleção 
de administradores20
Norte 3,4% 17,2%
Nordeste 13,6% 50,0%
Centro Oeste 10,3% 58,6%
Sudeste 18,4% 77,6%
Sul 16,1% 83,9%
20 . Informações baseadas no estatuto social e política de indicação.
31Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Adentrando nos aspectos de avaliação de desempenho, os dados apontam que a 
maioria das empresas prevê em seus estatutos ou regimentos internos do Conselho 
a realização de uma avaliação para o Conselho de administração (58,7%), com 
destaque para o fato de 100% das federais terem essa previsão. 
Tabela 35 Avaliação do Conselho de administração conforme o tipo de empresa21 
Avaliação 
desempenho
Avaliação 
individual22 
Avaliação 
coletiva22
Periodicidade 
anual22
Amostra completa 58,7% 69,6% 72,3% 84,5%
Estaduais 49,0% 72,0% 73,0% 78,0%
Federais 100,0% 64,6% 70,8% 97,9%
Capital fechado 55,4% 67,5% 71,5% 83,7%
Capital aberto 83,3% 80,0% 76,0% 88,0%
Tabela 36 Avaliação do Conselho de administração conforme faturamento anual bruto 
Avaliação 
desempenho
Avaliação 
individual22 
Avaliação 
coletiva22
Periodicidade 
anual22
Acima de 90 milhões 81,8% 75,6% 71,1% 83,3%
Abaixo de 90 milhões 55,6% 58,0% 78,0% 92,0%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 15,4% 75,0% 50,0% 50,0%
Tabela 37 Avaliação do Conselho de administração conforme região geográfica
Avaliação 
desempenho
Avaliação 
individual22 
Avaliação 
coletiva22
Periodicidade 
anual22
Norte 6,9% 100,0% 50,0% 50,0%
Nordeste 34,8% 82,6% 69,6% 87,0%
Centro Oeste 37,9% 54,5% 72,7% 81,8%
Sudeste 81,6% 75,0% 72,5% 65,0%
Sul 77,4% 62,5% 79,2% 91,7%
21 . É importante ressaltar que para a construção da base de dados só foi computado o tipo de avaliação 
quando a empresa o deixava explícito em seus estatutos ou regimentos internos. Durante a coleta de dados 
percebeu-se que algumas empresas não especificavam se a avaliação deveria ser coletiva e/ou individual. 
Como é provável que uma avaliação do Conselho de administração seja no mínimo coletiva, existe a 
possibilidade de que o percentual para a avaliação coletiva na prática seja maior.
22 . Percentuais com base nas 148 estatais que preveem a realização de avaliação de desempenho do Conselho 
de administração.
32 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Seção III – Riscos e controles
Esta seção apresenta informações sobre os seguintes tópicos: 
• Demonstrações financeiras.
• Auditoria.
• Gestão de riscos.
33Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Demonstrações financeiras
A maioria das empresas divulga demonstrações financeiras, com destaque para as 
empresas de capital aberto que atingiram 100% de adesão para todos os aspectos 
avaliados neste item. Além disso, parcela significativa das estatais apresenta parecer 
de auditoria independente e notas explicativas. Todavia, ainda não foi possível 
encontrar as demonstrações financeiras nos websites de 21,8% das empresas. 
Tabela 38 Demonstrações financeiras conforme o tipo de empresa
Divulgam 
demonstrações 
financeiras
Parecer da auditoria 
independente23 Notas explicativas23
Amostra completa 78,2% 87,8% 97,0%
Estaduais 73,5% 84,7% 96,0%
Federais 97,9% 97,9% 100,0%
Capital fechado 75,2% 85,6% 96,4%
Capital aberto 100,0% 100,0% 100,0%
Tabela 39 Demonstrações financeiras conforme faturamento anual bruto
Divulgam 
demonstrações 
financeiras
Parecer da auditoria 
independente23 Notas explicativas23
Acima de 90 milhões 99,1% 97,2% 99,1%
Abaixo de 90 milhões 94,4% 76,5% 94,1%
Não divulgou a receita 
operacional bruta24 
 5,8% 66,7% 100,0%
Tabela 40 Demonstrações financeiras conforme região geográfica
Divulgam 
demonstrações 
financeiras
Parecer da auditoria 
independente23 Notas explicativas23
Norte 41,4% 83,3% 100,0%
Nordeste 75,8% 86,0% 96,0%
Centro Oeste 69,0% 85,0% 95,0%
Sudeste 79,6% 89,7% 100,0%
Sul 93,5% 75,9% 89,7%
23 . Percentuais com base nas 197 estatais que divulgam demonstrações financeiras.
24 . Algumas empresas divulgam informações financeiras, porém não divulgam a receita operacional bruta, ou 
apenas divulgam balancetes.
34 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Auditoria
Os resultados indicam que aproximadamente 53% das empresas da amostra 
possuem comitê de auditoria e 64% possuem auditoria interna. Na segmentação 
comparativa entre federais e estaduais, é possível perceber que as empresas 
federais possuem índices de 90% ou mais para as duas variáveis. Isso também ocorre 
nas empresas de capital aberto.
Os resultados encontrados também mostram que as empresas com faturamento acima 
de R$ 90 milhões tiveram índices superiores a 89% para as duas variáveis e esses 
valores apresentaram uma diferença considerável para os demais grupos de estatais. 
Essa diferença se deve ao fato de comitê de auditoria e auditoria interna serem 
exigidos para as empresas com faturamento anual bruto superior a R$ 90 milhões.
Tabela 41 Aspectos de auditoria conforme o tipo de empresa 
Comitê de auditoria25 Auditoria interna25
Amostra completa 52,8% 64,3%
Estaduais 42,6% 57,4%
Federais 95,8% 93,8%
Capital fechado 47,7% 60,8%
Capital aberto 90,0% 90,0%
Tabela 42 Aspectos de auditoria conforme faturamento anual bruto 
Comitê de auditoria25 Auditoria interna25
Acima de 90 milhões 89,1% 90,0%
Abaixo de 90 milhões 31,1% 55,6%
Não divulgou a receita 
operacional bruta
 13,5% 25,0%
Tabela 43 Aspectos de auditoria conforme região geográfica 
Comitê de auditoria25 Auditoria interna25
Norte 27,6% 31,0%
Nordeste 28,8% 40,9%
Centro Oeste 31,0% 58,6%
Sudeste 63,3% 85,7%
Sul 64,5% 71,0%
25 . Informações baseadas no estatuto social.
35Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Gestão de riscos
Pode-se perceber que as empresas federais apresentam melhores indicadores em 
relação à gestão de risco, pois mais de 90% possuem a área de gestão de riscos 
prevista em estatuto e 79,2% apresentam uma Política de Gestão de Riscos. Já nas 
empresas estaduais, o índice é menor do que 60% para a previsão de área dedicada 
à gestão de riscos e menos de 30% divulgam uma política específica. Os resultados 
mostram que os números para as estatais com faturamento anual bruto acima de R$ 
90 milhões são maiores do que as demais estatais. 
Tabela 44 Gestão de riscos conforme o tipo de empresa 
Área prevista no estatuto Política de gestão de riscos
Amostra completa 65,9% 35,7%
Estaduais 59,3% 25,5%
Federais 93,8% 79,2%
Capital fechado 62,2% 31,1%
Capital aberto 93,3% 70,0%
Tabela 45 Gestão de riscos conforme faturamento anual bruto 
Área prevista no estatuto Política de gestão de riscos
Acima de 90 milhões 90,0% 61,8%
Abaixo de 90 milhões 61,1% 22,2%
Não divulgou a receita 
operacional bruta**
 23,1% 3,8%
Tabela 46 Gestão de riscos conforme região geográfica 
Área prevista no estatuto Política de gestão de riscos
Norte 37,9% 3,4%
Nordeste 47,0% 19,7%
Centro Oeste 65,5% 37,9%
Sudeste 77,6% 32,7%
Sul 71,0% 35,5%
36 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Seção IV – Comparativo com 
pesquisas anteriores
Esta seção se destina a comparar os resultados deste estudo com os da segunda 
edição da pesquisa Governança Corporativa em Empresas Estatais Listadas no 
Brasil26, publicada pelo IBGC em 2018. Assim, é possível verificar se houve evolução 
no grupo das empresas estatais de capital aberto. 
Em suma, a análise da maioria dos indicadores aponta para uma evolução na adoção 
de boas práticas de governança corporativapor parte das estatais de capital aberto. 
Entre os documentos e políticas, vale pontuar uma maior divulgação da carta 
anual de política pública e governança corporativa e que agora 100% das empresas 
divulgam seus códigos de conduta. 
Tabela 47 Políticas e documentos nas empresas estatais de capital aberto
2018 2020
Carta anual 48,0% 70,0%27 
Código de conduta 90,3% 100,0%
Política de transações com partes relacionadas 93,5% 90,0%
26 . A pesquisa encontra-se disponível no Portal do Conhecimento do IBGC por meio do link: https://
conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=24002 
27 . O dado se refere a 2019, pois muitas empresas não haviam ainda divulgado suas cartas anuais referentes a 
2020.
https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=24002
https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=24002
37Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Analisando os aspectos da administração, percebe-se que houve um aumento na 
proporção de conselheiros independentes e na adoção de processos formais de 
avaliação de desempenho dos conselheiros de administração. Essa evolução também 
vem acompanhada de um maior número de empresas que possuem uma estrutura 
formal de comitê para tratar da indicação, elegibilidade e avaliação dos conselheiros. 
Tabela 48 Aspectos da administração nas empresas estatais de capital aberto
2018 2020
Conselheiros independentes 21% 30,0%
Comitê de indicação e elegibilidade 64,0% 73,3%
Política de indicação 52,0% 53,3%
Avaliação do Conselho de administração 51,0% 83,3%
Outro ponto analisado foi a diversidade de gênero. Enquanto houve tímidos 
aumentos da participação feminina nos Conselhos de administração e Diretoria, 
ocorreu uma redução da participação feminina nos Conselhos fiscais.
Tabela 49 Diversidade de gênero nas empresas estatais de capital aberto
2018 2020
Mulheres no Conselho de administração 10% 13,2%
Mulheres no Conselho fiscal 25,0% 20,9%
Mulheres na Diretoria 9,8% 13,9%
Em relação aos mecanismos de controle, houve evolução da adoção de comitês de 
auditoria, com praticamente a totalidade das empresas tendo o órgão de caráter 
estatutário. Já para a gestão de riscos, houve uma involução, com menos empresas 
divulgando suas políticas de gestão de riscos. Vale ressaltar que isso não significa 
que as empresas não possuam mais essa política, mas que não foi possível identificá-
la no website da empresa durante o período da coleta de dados. 
Tabela 50 Comitê de auditoria e política de gestão de riscos nas empresas estatais de 
capital aberto
2018 2020
Comitê de auditoria 61,0% 90,0%
Política de gestão de riscos 87,1% 70,0%
38 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Seção V – Entrevistas com 
agentes de governança 
das estatais
Para ir além do nível de adesão às 
práticas de governança corporativa 
delimitadas pela Lei das Estatais, 
entrevistamos sete agentes relevantes 
para o processo de aplicação da 
Lei das Estatais, entre conselheiros 
de administração e membros de 
organizações de coordenação e 
controle externo das estatais. O 
objetivo foi observar a percepção 
desses agentes quanto aos impactos 
da legislação na governança dessas 
empresas e os desafios para o 
cumprimento da Lei das Estatais. 
Em linhas gerais, os entrevistados 
fizeram uma avaliação positiva da Lei 
das Estatais, mesmo que apontando 
alguns pontos para aperfeiçoamento 
ou mesmo questões que demandam 
mais do que uma simples 
mudança legislativa. 
Dentre os pontos positivos, foram 
destacados a maior profissionalização 
e o tratamento do Conselho de 
administração como um órgão efetivo 
da governança corporativa das 
estatais. Ainda, a obrigatoriedade 
do canal de denúncias, das áreas 
de gestão de riscos e compliance e 
do comitê de auditoria estatutário é 
uma mudança vista como positiva 
pelos entrevistados, contribuindo 
para o processo de conformidade e 
fiscalização das empresas estatais.
Quanto aos pontos da Lei das Estatais 
que ainda não são observados 
plenamente na prática, destaca-
se, na visão dos entrevistados, a 
avaliação dos administradores com 
base em metas previamente definidas. 
Os entrevistados apontam que as 
avaliações ou deixam de ser feitas ou 
são feitas apenas de modo formal, mas 
sem uma preocupação efetiva com 
a contribuição dos administradores 
para a geração de valor da companhia. 
Essa dificuldade está ligada a um 
ponto enfatizado pelos entrevistados 
como sendo o maior obstáculo para o 
avanço da governança corporativa nas 
39Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
empresas estatais: a mudança cultural 
quanto às finalidades dessas empresas.
Assim, acerca das dificuldades e dos 
pontos de aperfeiçoamento da Lei 
das Estatais, o maior destaque foi 
dado à necessidade de uma política 
de propriedade com a indicação 
mais objetiva da função da empresa 
estatal e de objetivos específicos a 
serem atingidos por ela. Tal indicação 
é considerada pelos entrevistados 
como condição necessária tanto para a 
avaliação dos administradores quanto 
para que o Conselho de administração 
possa em uma decisão empresarial 
definir efetivamente as estratégias de 
longo prazo da companhia.
Acerca da implementação da Lei 
das Estatais, os controles públicos 
por meio das Controladorias Gerais 
e dos Tribunais de Contas da União 
e dos Estados são percebidos como 
os maiores responsáveis quando 
os próprios mecanismos internos 
de controle das estatais não são 
suficientes. Mesmo nas empresas 
de capital aberto, o ativismo dos 
acionistas minoritários ou mesmo 
as reclamações perante a Comissão 
de Valores Mobiliários (CVM) são 
percebidos como secundários e menos 
efetivos que os controles públicos.
Outra questão levantada pelos 
entrevistados é a dificuldade de o 
critério de faturamento anual bruto 
de R$ 90 milhões para delimitar a 
obrigatoriedade de algumas práticas 
de governança corporativa abarcar a 
complexidade e a heterogeneidade das 
empresas estatais brasileiras. Por fim, 
outro obstáculo mencionado foi que 
a contratação de auditorias externas 
por processos licitatórios de menor 
preço é um desafio para a garantia da 
qualidade do processo de auditoria.
Pontos positivos da 
Lei das Estatais
Pontos de melhorias para 
a Lei das Estatais
Pontos de melhorias para 
além da Lei das Estatais
Tratar o Conselho de administração 
como um órgão central da 
governança corporativa.
As avaliações de desempenho 
tendem a ser feitas apenas 
formalmente, mas sem a capacidade 
de aferir a contribuição dos 
administradores.
É necessária uma mudança cultural 
quanto às finalidades das empresas 
estatais.
A previsão de estruturas como canal 
de denúncias, áreas de gestão de 
riscos e compliance e comitê de 
auditoria.
O critério de faturamento anual 
bruto de R$ 90 milhões para 
delimitar a obrigatoriedade 
de algumas práticas pode não 
ser suficiente para abranger a 
complexidade e a heterogeneidade 
das empresas estatais.
É importante o Estado ter uma 
política de propriedade com 
indicação objetiva da função das 
empresas estatais e dos objetivos 
específicos a serem atingidos.
A contratação de auditorias 
externas por processos licitatórios 
de menor preço é um desafio para a 
garantia da qualidade do processo 
de auditoria.
40 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Os resultados desta pesquisa indicam que houve uma contribuição da Lei das 
Estatais para o aprimoramento da governança das estatais brasileiras, porém ainda 
há um caminho a ser percorrido para que a totalidade das empresas esteja em 
conformidade com a legislação, especialmente no que diz respeito à tempestividade 
da divulgação das informações. 
O fortalecimento da administração das estatais com a adoção de práticas norteadas 
pelos princípios da boa governança corporativa é algo que deve sempre ser 
perseguido por todos aqueles que participam direta ou indiretamente do ambiente 
que envolve as estatais brasileiras. As informações apresentadasneste relatório 
podem oferecer, a cada um desses participantes, reflexões valiosas sobre os 
caminhos possíveis para o aprimoramento das empresas estatais brasileiras. 
Dado que ainda há muito a ser realizado e que as estatais são fundamentais para 
a economia brasileira, é importante que estudos futuros sigam analisando o seu 
comportamento. Dessa forma, será possível identificar as lacunas para melhorias da 
governança corporativa das estatais brasileiras e atuar para reduzi-las. 
Considerações finais 
41Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
Nesta seção, são detalhados os 
processos que nortearam a definição 
da amostra, do processo de coleta 
dos dados, da escolha das variáveis 
e das análises realizadas. Por fim, 
algumas limitações do estudo 
são pontuadas.
Amostra
A amostra da pesquisa foi extraída do 
universo total de empresas estatais 
federais e estaduais no Brasil, que era 
de 469 empresas, ao final de 2019. 
Destas, 206 eram empresas federais 
controladas diretamente pela União 
ou subsidiárias das principais estatais 
federais28. A outra parcela do universo 
amostral consistiu em 263 empresas 
estaduais e suas subsidiárias29. 
28 . Ministério da Economia. Boletim das 
Participações Societárias da União. 2020.
29 . Ministério da Economia. Boletim de Finanças 
dos Entes Subnacionais. 2020.
Apêndice I – Método da pesquisa
A partir desse universo, foi realizado 
um processo de amostragem com 
o objetivo de excluir empresas que 
comprometeriam as análises contidas 
neste relatório. O primeiro passo 
foi a exclusão de 164 subsidiárias 
de capital fechado, pois a maioria 
compartilhava órgãos de governança 
com suas matrizes e possivelmente 
não teria suas próprias estruturas. 
Assim, a pesquisa foi focada em 
verificar a adesão das holdings às 
práticas de governança. A segunda 
etapa foi a exclusão de três estatais 
federais em liquidação, incorporadas 
ou adquiridas por outras empresas na 
data da pesquisa. A terceira consistiu 
na eliminação de uma estatal federal 
supranacional. O quarto passo foi a 
exclusão da amostra de 49 empresas 
estatais estaduais que foram liquidadas, 
incorporadas ou não possuíam 
quaisquer informações para a realização 
da análise. Por fim, a amostra foi 
consolidada com 252 empresas estatais 
federais e estaduais. 
42 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Coleta dos dados
O processo de coleta dos dados 
foi ancorado no princípio da 
transparência30, pois é esperado que 
as estatais divulguem as informações 
relevantes sobre governança 
corporativa de forma tempestiva. 
Assim, o banco de dados desta 
pesquisa foi construído manualmente 
a partir da coleta de estatutos sociais 
e demais documentos e informações 
disponíveis nos sítios eletrônicos das 
empresas estatais. 
É importante ressaltar que a escolha 
por coletar informações diretamente 
nos websites das estatais também 
se justifica pelo que está disposto na 
própria Lei das Estatais, que prevê 
no inciso IV do art. 8º que as estatais 
devem observar, no mínimo, os 
seguintes requisitos de transparência: 
divulgação tempestiva e atualizada de 
informações relevantes, em especial as 
relativas a atividades desenvolvidas, 
estrutura de controle, fatores de 
risco, dados econômico-financeiros, 
comentários dos administradores sobre 
o desempenho, políticas e práticas de 
30 . De acordo com o Código das Melhores 
Práticas de Governança Corporativa do IBGC, 
p. 20, o princípio da transparência “consiste 
no desejo de disponibilizar para as partes 
interessadas as informações que sejam de 
seu interesse e não apenas aquelas impostas 
por disposições de leis ou regulamentos. Não 
deve restringir-se ao desempenho econômico-
financeiro, contemplando também os demais 
fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a 
ação gerencial e que conduzem à preservação 
e à otimização do valor da organização”.
governança corporativa e descrição 
da composição e da remuneração 
da administração. Além disso, § 4º 
do art. 8º dispõe que os documentos 
resultantes do cumprimento dos 
requisitos de transparência constantes 
dos incisos I a IX do caput deverão ser 
publicamente divulgados na internet 
de forma permanente e cumulativa.
Dessa forma, após o período de 
adequação para as empresas estatais 
cumprirem os requisitos da Lei das 
Estatais, encerrado em 30 de junho 
de 2018, era esperado que as estatais 
divulgassem tempestivamente suas 
informações em seus websites, dado 
que o art. 8º se aplica a todas estatais, 
independentemente do valor da 
receita operacional bruta. 
A construção do banco de dados 
da pesquisa foi dividida em dois 
momentos. Primeiro, entre janeiro 
e maio de 2021, três estudantes 
da equipe de pesquisa acessaram 
um a um os websites das estatais e 
recolheram documentos e informações, 
a partir de uma lista previamente 
estabelecida pelos professores 
responsáveis pelo estudo. Ao finalizar 
a coleta dos dados de uma empresa, 
o estudante preenchia a planilha 
de banco de dados. Terminada esta 
etapa, os três professores responsáveis 
pelo estudo fizeram um processo de 
conferência dos dados, para validar 
e corrigir informações coletadas 
erroneamente. Esse processo ocorreu 
43Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
entre junho e agosto de 2021. O 
objetivo dessas duas etapas foi reduzir 
possíveis erros na coleta dos dados, 
em busca de conferir maior validade às 
informações do banco de dados. 
Variáveis 
O banco de dados foi construído a 
partir de informações específicas sobre 
o disposto em alguns artigos da Lei 
das Estatais. A seguir apresentamos 
um detalhamento dessas informações. 
Com exceção dos artigos 7 e 8, que se 
aplicam a todas as empresas estatais, 
os demais artigos são aplicáveis 
apenas às empresas que apresentem 
receita operacional bruta acima de R$ 
90 milhões.
• Artigo 7 - Elaboração de 
demonstrações financeiras: 
nesse aspecto, foi analisado se 
as empresas divulgaram suas 
demonstrações financeiras e 
se havia parecer de auditoria 
independente.
• Artigo 8 - Requisitos de 
transparência: nesse contexto, 
a análise preliminar foi verificar 
a divulgação da carta anual de 
políticas públicas e governança 
corporativa. Uma vez que esse 
documento foi disponibilizado pela 
empresa, buscou-se identificar se 
estava subscrito pelo Conselho 
de administração, se a empresa 
descrevia suas políticas públicas 
e, por fim, se demonstrava a 
utilização de indicadores de 
acompanhamento relacionados 
aos objetivos de políticas 
públicas. Além disso, verificou-
se a divulgação de documentos 
financeiros e de gestão, como: 
política de divulgação de 
informações; política de transações 
com partes relacionadas; notas 
explicativas nas demonstrações 
financeiras; relatórios integrados e/
ou de sustentabilidade. 
• Artigo 9 - Regras de estruturas 
e práticas de gestão de riscos 
e controle interno: nesse tópico 
foram levantadas informações 
a respeito da elaboração e 
divulgação de políticas, como: 
gestão de riscos e controles 
internos e código de conduta. Em 
relação ao código de conduta, 
eles foram examinados de modo a 
identificar se a empresa explicita 
seus princípios, valores e missão; 
a existência de um canal de 
denúncias; se a empresa prevê 
treinamentos periódicos a respeito 
do código e a frequência desses 
treinamentos. Além disso, foram 
coletados dados a respeito da 
área responsável pela gestão de 
riscos e controles internos. Quanto 
à auditoria interna, foi analisada 
a sua existência, para quem ela 
se reporta e se há um comitê de 
auditoria. 
• Artigo 10 - Conformidade do 
processo de indicação e de 
44 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
avaliação de membros para o 
Conselho de administração e para 
o Conselho fiscal: foi levantada, 
para cada empresa, a existência do 
comitê de indicação e elegibilidade. 
Além disso, o presente estudo fez 
o levantamento da existência da 
política formal de indicação, bem 
como a previsão de requisitos 
mínimos para seleção dos 
administradores.Quando essas 
informações não eram encontradas 
na política de indicação, ou 
quando a empresa não divulgava 
a política, era consultado o 
estatuto social da companhia. 
Por fim, as atas do comitê de 
elegibilidade, quando disponíveis, 
foram coletadas. 
• Artigo 13 - Composição e 
funcionamento do Conselho 
de administração, Conselho 
fiscal e Comitê de auditoria 
estatutário: para verificação de 
alguns itens dispostos no artigo, 
foram acessadas informações que 
dizem respeito à composição da 
Diretoria, conselhos e comitês 
de assessoramento. Para cada 
empresa, buscou-se determinar o 
número de membros que compõem 
cada estrutura. Também foram 
levantadas informações acerca das 
avaliações de desempenho 
do Conselho, previsão do 
prazo máximo de mandatos dos 
conselheiros e número 
de reconduções. 
• Artigos 17; 22 e 26 – Indicação 
e perfil dos administradores: 
trata das características dos 
dirigentes e da posição que 
ocupam na companhia. Com o 
intuito de traçar os perfis, foram 
coletados o gênero e a formação 
dos membros da Diretoria, do 
Conselho de administração e do 
Conselho fiscal. Adicionalmente, 
foram registrados seus currículos 
e sua formação profissional. 
Especificamente para os 
Conselhos de administração, 
aspectos importantes para a 
governança corporativa foram 
levantados: dualidade do cargo 
de diretor-presidente, existência 
de um regimento interno e 
a porcentagem prevista de 
conselheiros independentes.
Análises
A apresentação e a análise dos 
resultados foram, em suma, divididas 
em cinco blocos. 
Primeiro, são apresentados os 
resultados para a amostra total, a fim 
de compreender o quadro geral da 
adoção de práticas de governança 
corporativa por parte das empresas 
estatais brasileiras. 
Segundo, a análise considerou o 
tipo de capital, podendo ser capital 
aberto ou fechado. Nessa análise, 
o propósito é considerar o quanto 
o mercado de capitais é capaz de 
45Governança Corporativa em Empresas Estatais Brasileiras
induzir e monitorar a adesão às 
melhores práticas de governança 
corporativa, bem como identificar a 
disposição de empresas de capital 
fechado à adoção dessas práticas. 
Um terceiro recorte da análise 
considera o ente controlador, 
podendo este ser federal ou 
estadual. Essa abordagem permite 
entender como as diferentes esferas 
do Estado estão empenhadas na 
evolução e no aprimoramento 
da gestão de empresas sob 
sua responsabilidade. 
Em seguida, a amostra foi segregada 
de acordo com o critério definido na 
Lei das Estatais de receita operacional 
bruta de R$ 90 milhões. Assim, 
as empresas foram separadas em 
três categorias: a) empresas com 
faturamento anual bruto acima de 
R$ 90 milhões; b) empresas com 
faturamento anual bruto abaixo de 
R$ 90 milhões; c) empresas que 
não apresentaram demonstrações 
financeiras estruturadas em seus 
repositórios eletrônicos. Com essa 
segmentação, é possível observar o 
quanto as empresas com faturamento 
anual bruto superior a R$ 90 milhões 
estão cumprindo os requisitos da 
legislação e, complementarmente, 
o nível de aderência voluntária por 
parte de empresas situadas fora 
desse escopo. 
Finalmente, os dados das empresas 
estaduais foram analisados por regiões 
geográficas: Norte, Nordeste, Sul, 
Sudeste e Centro-oeste. O objetivo 
desta segmentação é captar o estágio 
de conformidade das diferentes 
regiões brasileiras ao disposto na 
Lei. Essa visão holística pode ser 
usada como base para realização de 
treinamentos e implementação de 
políticas públicas e incentivos para 
que todas as regiões atinjam um nível 
satisfatório de governança corporativa 
nas empresas estatais. 
Limitações
Esta pesquisa, assim como qualquer 
outro estudo, não é livre de 
limitações derivadas do processo de 
recorte, coleta e análise dos dados. 
Destacamos três principais limitações 
identificadas, sendo duas referentes ao 
processo de coleta dos dados e uma 
decorrente da análise. 
Na coleta dos dados, a principal 
limitação da pesquisa foi a captação 
dos dados diretamente dos websites 
das estatais. Essa escolha faz com 
que o estudo esteja mensurando a 
divulgação das práticas de governança 
corporativa e não necessariamente 
a real aplicação das práticas. Em 
outras palavras não é possível atestar 
dois aspectos: 1) que a empresa que 
não divulga uma prática realmente 
não a adote, pois ela pode adotar 
a prática, porém não divulgá-la; 2) 
que a empresa que divulga uma 
prática, realmente a aplica, pois 
46 Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
não checamos diretamente com as 
empresas como ocorre a adoção das 
práticas. Outra limitação relevante da 
coleta dos dados foi a busca manual 
das informações. Mesmo com um 
processo duplo de checagem, há o 
risco de alguma informação ter sido 
classificada indevidamente, por falha 
humana. Essa busca manual também 
pode interferir na análise dos dados, 
uma vez que para a classificação de 
algumas informações é necessária 
uma interpretação por parte dos 
pesquisadores. Assim, alguns dados 
não estão totalmente livres dos vieses 
dos pesquisadores.
Para contornar essas limitações, 
o processo de dupla checagem 
anteriormente mencionado foi 
a principal estratégia adotada 
pelos pesquisadores para reduzir 
potenciais erros e vieses. Além 
disso, é importante ressaltar que os 
resultados apresentados não devem 
ser interpretados como definitivos, 
uma vez que as estatais passam 
por mudanças. 
Por fim, é preciso frisar que o 
objetivo da pesquisa não foi o de 
auditar a aplicação de práticas e o 
funcionamento das estruturas de 
governança corporativa. Por isso, 
os resultados devem ser sempre 
analisados a partir do princípio da 
transparência. Estamos atestando 
a capacidade de as empresas 
divulgarem as informações requeridas 
pela Lei das Estatais. 
pesquisa
IB
G
C
 Pesquisa
G
overnança C
orporativa em
 Em
presas Estatais B
rasileiras
“O fortalecimento da administração das estatais com a adoção de 
práticas norteadas pelos princípios da boa governança corporativa 
é algo que deve sempre ser perseguido por todos aqueles que 
participam direta ou indiretamente do ambiente que envolve as 
estatais brasileiras. As informações apresentadas neste relatório 
podem oferecer, a cada um desses participantes, reflexões valiosas 
sobre os caminhos possíveis para o aprimoramento das empresas 
estatais brasileiras.“
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Governança Corporativa em 
Empresas Estatais Brasileiras
	Introdução
	Destaques
	Características da amostra
	Seção I – Documentos e políticas
	Carta anual de políticas públicas e governança corporativa
	Relatório integrado ou de sustentabilidade
	Código de conduta
	Políticas de governança corporativa
	Seção II – Administração
	Conselho de administração
	Conselho fiscal
	Diretoria executiva
	Formação profissional
	Diversidade de gênero
	Indicação e avaliação
	Seção III – Riscos e controles
	Demonstrações financeiras
	Auditoria
	Gestão de riscos
	Seção IV – Comparativo com pesquisas anteriores
	Seção V – Entrevistas com agentes de governança 
das estatais
	Considerações finais 
	Apêndice I – Método da pesquisa
	Amostra
	Coleta dos dados
	Variáveis 
	Análises
	Limitações

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