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Histologia do Ovario e Fases do Ciclo Ovariano

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Os folículos ovarianos possuem alguns 
estágios até que se forme em um folículo 
maduro pronto para a ovulação e, 
posteriormente, para a fecundação. 
1. Folículos Primordiais: são formados 
por um ovócito primário envolvido por 
uma única camada de células foliculares 
achatadas. 
2. Folículos Primários Unilaminares: 
as células aumentam de tamanho e 
volume, apresenta oócito primário, zona 
pelúcida e camadas de células foliculares 
cúbicas. 
3. Folículos Primários Multilaminares 
(Pré-Antrais): células foliculares sofrem 
estratificação, dividindo-se em células 
da granulosa (avascular) e em células da 
teca (estroma que circunda o folículo). 
Além disso, as células da teca 
diferenciam-se em teca interna 
(altamente vascularizada; possui células 
produtoras de esteroides; presença de 
receptores de hormônios luteinizantes; 
sintetizam e secretam androgênios que 
são precursores de estrogênios) e em teca 
externa (células musculares lisas com 
feixes de fibras de colágeno). 
4. Folículos Secundários (Antrais): 
apresenta oócito primário, zona 
pelúcida, estrato granuloso, antro, teca 
folicular e depe ndência hormonal de 
FSH. 
 
5. Folículos Maduros (de Graaf): 
apresentam oócito secundário, zona 
pelúcida, corona radiata, cúmulo oóforo, 
estrato granuloso, antro, teca folicular e 
tem dependência hormonal de FSH e 
LH. 
O ciclo uterino é composto por 3 fases: 
1. Fase Folicular: marcada pelo pico de 
FSH; 
2. Fase Ovulatória: marcada pelo pico 
de LH, que induz à ovulação; 
3. Fase Lútea: marcada pelo pico de 
progesterona, que prepara o endométrio 
para a gestação. Caso não haja 
fecundação, o endométrio sofre 
descamação (menstruação). 
Os principais hormônios femininos são 
os esteroides sexuais: estrogênio e 
progesterona. 
1. Estrogênio: produzido pelas células 
da granulosa, estimula o crescimento e 
maturação dos órgãos sexuais internos e 
externos; além de ser responsável pelas 
características sexuais femininas que se 
desenvolvem na puberdade. Ele atua 
sobre as glândulas mamárias, através do 
estrona. 
2. Progesterona: produzida pelas células 
da teca, prepara o útero para a gravidez 
promovendo alterações secretoras no 
endométrio e, também, prepara as 
adaptações das glândulas mamárias por 
meio da promoção da proliferação 
lobular. 
Produção de estrogênio e progesterona: 
interação entre as células da teca interna 
e células da granulosa sob controle dos 
hormônios FSH e LH (produzidos pela 
adeno-hipófise e atuantes nos folículos 
para a sua maturação e ovulação, 
respectivamente). Importante papel no 
ciclo menstrual. Preparam o útero para a 
implantação de um ovócito fertilizado. 
Dois hormônios hipofisários são 
regulados pelo fator liberador de 
gonadotropina (GnRH), produzidos 
pelos neurônios do núcleo arqueado no 
hipotálamo. 
Processo de produção dos hormônios: o 
hormônio FSH incita a foliculogênese e 
a ovulação, bem como a produção de 
estrógeno. O LH estimula a secreção de 
progesterona pelo corpo lúteo. Os efeitos 
do FSH e LH são medidos por um 
mecanismo dependente de AMPc. Um 
pico de LH precede a ovulação. A 
secreção de LH continua induz a 
luteinização das células granulosas 
murais após a ovulação. A produção de 
ambas as gonadotrofinas, LH e FSH, 
diminui quando os níveis de 
progesterona e estrógeno estão elevados 
e, então o corpo lúteo entra em involução 
(luteólise). A ativina e a inibina 
originadas nos folículos ovarianos 
regulam as respostas gonadotróficas do 
hipotálamo por feedback (mecanismo de 
retroalimentação). 
No início da menstruação, os níveis de 
estrógeno e progesterona são baixos e 
vão aumentando gradualmente no 
período pré- ovulatório. O estrógeno 
atinge seu nível máximo pouco antes do 
pico de LH que precede a ovulação. 
Outrossim, no padrão secretor de FSH e 
LH, a síntese de estrógeno FSH 
dependente pelas células granulosas 
estimula a proliferação das glândulas 
endometriais. A síntese de progesterona 
LH- dependente pelo corpo lúteo tem 
início e mantem a atividade secretora das 
glândulas endometriais. 
A foliculogênese é definida como o 
processo de formação, crescimento e 
maturação folicular, iniciando-se com a 
formação do folículo primordial e 
culminando com o estádio de folículo 
maturado, também chamado de folículo 
Graaf ou folículo dominante. 
A função do folículo consiste em 
proporcionar um ambiente ideal para a 
manutenção da viabilidade, bem como o 
crescimento e a maturação do oócito. 
Sendo assim, a foliculogênese se dá 
simultaneamente à oogênese, quando o 
oócito se encontra entre as fases de 
prófase I e metáfase II, na maior parte 
das espécies. Ou seja, o início da 
oogênese precede o início da 
foliculogênese e só se conclui após a 
ovulação do oócito e a posterior 
fecundação. 
Durante essas modificações que ocorrem 
no folículo, o estroma situado 
imediatamente em sua volta se modifica 
para formar astecas foliculares, com duas 
camadas - a teca interna e a teca externa. 
As células da teca interna, quando 
completamente diferenciadas, são 
poliédricas, têm núcleos arredondados e 
citoplasma acidófilo, e suas 
características ultra estruturais são de 
células produtoras de esteroides. 
A teca externa forma uma cápsula de 
tecido conjuntivo contínua com o 
estroma do ovário. 
O limite entre a teca interna e a camada 
granulosa, por outro lado, é bem 
evidente, pois suas células são distintas 
morfologicamente; além disso, entre a 
teca interna e a granulosa existe uma 
lâmina basal. Pequenos vasos 
sanguíneos percorrem a teca interna, 
provenientes do estroma circundante, e 
formam um rico plexo capilar ao redor 
das células secretoras dessa camada que, 
como todos os órgãos de função 
endócrina, é muito vascularizada. Não há 
vasos sanguíneos na camada de células 
granulosas durante a fase de crescimento 
folicular. 
O corpo lúteo é formado por dois tipos 
de células: 
1. Células granuloso-luteínicas: 
grandes, de citoplasma claro e núcleos 
esféricos constituem a maioria do corpo 
lúteo. 
2. Células teca-luteínicas: são 
pequenas, com núcleos esféricos e 
citoplasma pouco corado e formam 
pequenos grupos. 
O corpo lúteo é envolvido por estroma 
ovariano presente no canto inferior 
esquerdo da figura. 
O corpo albicans – é o resultado da 
cicatrização de um corpo lúteo. Situa-se 
no interior estroma ovariano e é 
constituído por fibroblastos e por fibras 
colágenas. A quantidade de células 
depende da idade do corpo lúteo, 
havendo mais células em um corpo lúteo 
jovem e cada vez menos à medida que a 
cicatrização (deposição de colágeno) 
avança
Composta de várias glicoproteínas, é 
secretada e envolve todo o ovócito, serve 
para proteção e reconhecimento de 
gametas masculinos. 
Á medida que os folículos crescem, 
principalmente em virtude do aumento 
(em tamanho e número) das células da 
granulosa, eles ocupam as áreas mais 
profundas da região cortical. O líquido 
chamado líquido folicular começa a se 
acumular entre as células foliculares. Os 
pequenos espaços que contêm esse 
fluido se unem e as células da granulosa 
gradativamente se reorganizam, 
formando uma grande cavidade, o antro 
folicular. O líquido folicular contém 
componentes do plasma e produtos 
secretados por células foliculares. Nele 
são encontrados glicosaminoglicanos, 
várias proteínas (inclusive proteínas 
ligantes de esteroides) e altas 
concentrações de esteroides 
(progesterona, andrógenos e estrógenos). 
A maioria dos folículos degenera e 
desaparece. Portanto, a atresia é mediada 
pela apoptose das células da granulosa. 
Atualmente, acredita-se que a atresia seja 
um mecanismo pelo qual alguns 
folículos são estimulados a manter o seu 
desenvolvimento por meio da morte 
programada de outros folículos. Em 
qualquer estágio de maturação, um 
folículo pode sofrer atresia. 
Um folículo secundárioem avançado 
estágio de atresia é caracterizado por: 
desorganização das células foliculares 
(células granulosas); células “soltas” no 
antro folicular; e ovócito com citoplasma 
anormal, aspecto “coagulado” com 
grandes vesículas no seu interior. 
O ovário é composto por: 
1. Epitélio cúbico simples; 
2. Túnica albugínea: tecido conjuntivo 
denso; 
3. Córtex: estroma (tecido conjuntivo 
ricamente vascularizado e presença de 
fibras musculares lisas); e folículos 
ovarianos (oócitos); 
4. Medula: tecido conjuntivo frouxo; 
vasos sanguíneos; vasos linfáticos; 
nervos. 
Ele pode ser classificado em: 
1. Ovário Púbere: na região cortical há 
um epitélio germinativo e a presença de 
vários folículos em diferentes fases de 
desenvolvimento (folículos primordiais, 
folículos primários – unilaminar e 
multilaminar -, folículos secundários, 
folículos maduros e folículos atrésicos). 
Enquanto na região medular há o 
estroma ovariano com vasos e nervos. 
2. Ovário Impúbere: há a presença de 
folículos primordiais na região cortical. 
3. Ovário Gravídico: há a presença de 
um corpo lúteo grande que reflete o 
estado gravídico da mulher. 
• Junqueira L. C., et al. Histologia Básica: 
Texto e Atlas. 12th ed. [place unknown]: 
EDITORA GUANABARA KOOGAN 
LTDA; 2013. 
• Kierszenbaum Abraham L., et al. 
Histologia e Biologia Celular: Uma 
Introdução à Patologia. 4th rev. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier Editora Ltda.; 2016. 
• Ross Michael H., et al. Ross Histologia 
Texto e Atlas: Correlações com Biologia 
Celular e Molecular. 7th rev. ed. Rio de 
Janeiro: EDITORA GUANABARA 
KOOGAN LTDA; 2016.

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