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Raiva animal (1)

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1.Ana Beatriz Alves Martins, 
2.Elena Eduarda Nicolaci 
Martins, 3.Ingryd Petinel, 
4.Júlia Fernandes Bacha dos 
Santos, 5.Mariana Araujo 
Rincon Galves, 6.Marina 
Rossi, 7.Mirela Martins Cintra
 
Alunos do curso de Medicina 
Veterinária 
 
 
RAIVA ANIMAL: 
LYSSAVIRUS 
 
 
A raiva é uma doença infecciosa aguda 
causada por um vírus, que acomete 
mamíferos, inclusive o homem. O 
microrganismo envolvido é o vírus do 
gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. 
O vírus rábico possui aspecto de um projétil 
e seu genoma é constituído por RNA. 
Apresenta dois antígenos principais: um de 
superfície, constituído por uma 
glicoproteína, responsável pela formação de 
anticorpos neutralizantes e adsorção de 
vírus-célula, e outro interno, constituído por 
uma nucleoproteína, que é um grupo 
específico (SAÚDE, 2019). 
 
NOME CIENTÍFICO 
Lyssavirus: Rabies vírus. 
 DADOS SOBRE ISOLAMENTO 
No Brasil, o primeiro isolamento e 
identificação do vírus rábico em morcegos 
insetívoros Molossus ater foi realizado no 
Estado de São Paulo, nos municípios de 
Araçatuba, Penápolis e São José do Rio 
Preto, em um macho adulto, encontrado 
ainda vivo, na manhã do dia 27 de abril de 
1998. O diagnóstico foi realizado pelas 
provas de imunofluorescência direta e 
inoculação intracerebral em camundongos 
(SILVA et al; 1999). 
CICLO BIOLÓGICO 
Três ciclos de transmissão: 
O urbano, sendo representado 
principalmente por cães e gatos; O rural, 
sendo representado por animais de 
produção, como: bovinos, equinos, suínos, 
caprinos e o silvestre representado por 
raposas, guaxinins, primatas e, 
principalmente, morcegos 
(VETERINÁRIA, 2009). 
 ESPÉCIE/GRUPO SUSCEPTÍVEL 
Os mamíferos pertencentes às ordens 
Carnivora (coiotes, cães, chacais, raposas, 
guaxinim) e Chiroptera (morcegos) são os 
principais animais que albergam a raiva, 
apesar de todos os mamíferos serem 
suscetíveis (SAÚDE., 2021). 
FICHA TÉCNICA 
DESCRIÇÃO DO AGENTE 
AGRESSOR 
 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
É extremamente variável e vai desde o momento em que o agente penetra no 
organismo até o aparecimento da sintomatologia clínica. Este, está diretamente 
relacionado com a extensão, a gravidade e o tamanho da ferida causada pelo animal 
agressor. A duração do período pode depender da dose de vírus injetada pela 
mordedura, do lugar desta e da gravidade da lesão, sendo mais longo o período quanto 
mais distante do sistema nervoso central localiza-se da lesão (SAÚDE, 2021). 
Segundo SAÚDE, 2021: 
Humanos: Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 12 semanas, 
podendo variar de 10 dias até 4 a 6 anos, onde o paciente apresenta-se assintomático. 
Cães: O período de incubação é, em geral, de 10 dias a 2 meses. 
Bovinos: Na raiva transmitida por morcegos hematófagos (Desmodus rotundus), o 
período de incubação é geralmente mais longo, com variação de 30 a 90 dias ou até 
mais. 
Animais silvestres: período bastante variável, não havendo definição clara para a 
maioria deles. 
 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
Em cães e gatos, antes mesmo dos sinais clínicos se apresentarem, a eliminação do 
vírus através da saliva ocorre de 2 a 5 dias e persiste durante toda a evolução da 
doença. Em média, entre 5 e 7 dias após a aparição dos sintomas, o animal pode vir a 
óbito (SAÚDE, 2017). 
No caso dos animais silvestres, apesar de ainda não se ter conhecimento do período 
de transmissibilidade do vírus, sabe-se que os morcegos podem hospedar o vírus por 
um longo período, sem sintomatologia aparente (SAÚDE, 2017). 
 
EPIDEMIOLOGIA (% DA POPULAÇÃO ATINGIDA) 
Dentre os casos de raiva humana registrados desde o ano de 1980 a 2008, a região 
Nordeste e Norte do país representam 54% e 19% dos casos, respectivamente. Vale 
ressaltar que a grande maioria dos casos de raiva humana ocorreram entre os anos de 
2000 e 2008, com 46,6% envolvendo cachorros e 45,9% envolvendo morcegos. 
Durante os anos de 2004 e 2005 o morcego ultrapassou os índices de transmissão 
canina, passando a ser o principal responsável, com 86,48%; resultado de um surto 
da doença no Pará e no Maranhão (SAÚDE, [s.d]). 
Entre os anos de 2010 e 2020 houveram 38 registros de casos de raiva humana, 
sendo esses vinte tendo como animal agressor o morcego, nove por cães, quatro por 
felinos, quatro por primatas não humanos e um sem identificação. Em consequência 
da intensa proliferação dos morcegos hematófagos e a dificuldade de controle da sua 
população, o país vem enfrentando um acréscimo nos casos de raiva em herbívoros 
.A espécie representou 33,8% dos casos de raiva animal entre os anos de 2007 e 
2018. O ciclo aéreo da raiva é um fator de grande importância para a manutenção em 
 
A raiva se distribui cosmopolitamente, a forma mais comum de transmissão da raiva 
é pela inoculação do vírus presente na saliva do animal infectado que penetra no 
organismo por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura, através da pele ou de 
mucosas. Outra possível forma relatada na literatura é a transmissão por via aerógena 
(inalação de aerossóis) em cavernas com populações de morcegos, tanto para animais 
quanto para humanos (SAÚDE, 2021). 
 
 
MODO DE TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
PREVENÇÃO DA RAIVA DE CÃES E GATOS 
O principal meio de transmissão da raiva é a saliva de animais infectados que pode 
ser passada normalmente através da mordida. 
A seguir, relacionamos as principais formas de prevenção segundo SAÚDE, 2020: 
1. Vacinação. O controle da raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos, a partir 
de três meses de idade, anualmente. A principal medida de prevenção é a vacina, que 
tinha obrigatoriedade a obrigatoriedade pautada na lei de 2016. Em todo território 
nacional, campanhas de vacinação contra raiva são organizadas anualmente para que 
os cachorros sejam imunizados. 
2. De preferência, mantenha seus animais de estimação dentro de casa ou em um em 
ambiente externo sob supervisão direta. 
3. Mantenha a comida dos seus animais de estimação em um local onde apenas eles 
tenham acesso. 
4. Não deixe o lixo exposto. Esses itens podem atrair outros animais indesejáveis 
para o seu quintal. 
5. Os animais de estimação devem ser levados para passear com guias/coleiras e 
aqueles mais agressivos devem portar focinheiras indicadas por um Médico 
Veterinário. 
6. Entenda o risco dos morcegos. Enquanto a maioria dos animais selvagens é 
encontrada principalmente ao ar livre, os morcegos podem voar em edifícios, 
incluindo sua própria casa. 
7. Evitar o contato direto com animais desconhecidos. 
8. Evitar o contato com animais selvagens. Não alimente ou manuseie, mesmo que 
pareça amigável. 
9. Se observar um animal agindo de forma estranha, relate isso ao controle de 
animais ou ao departamento de saúde local. 
10. Castrem seus animais de estimação com um Médico Veterinário para ajudar a 
reduzir contato com animais indesejados que podem não ser adequadamente tratados 
ou vacinados regularmente. 
11. Quando o animal se ferir, lavar bem a ferida com água e sabão, depois observar 
durante 10 dias que ele não apresenta nenhum comportamento estranho. 
2018. O ciclo aéreo da raiva é um fator de grande importância para a manutenção em 
uma área geográfica (SAÚDE, [s.d]). 
É importante ressaltar que desde 2016 os casos de raiva em pequenos animais 
domésticos têm sido identificados como variante 3 de morcegos hematófogos e da 
variante compatível com canídeos silvestres (SAÚDE, 2020). 
 
No Ceará, entre os anos de 2007 - 2019, houveram 597 casos de raiva animal. O 
morcego não hematófago representou 33,8% da positividade, seguido do bovino e da 
raposa, ambos com 21,3% (CEARÁ, 2019 ). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAISCLÍNICOS E RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS 
Sinais clínicos 
 
 Variáveis na grande maioria das espécies atingidas (EPIDEMIOLÓGICA. D, V. 
[s.d]). 
Sinais generalistas (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013), (JERICO. M, M; et al. 
2015). 
- Morte súbita (sem manifestação de sinal clínico) 
- Paralisia 
- Paralisia dos músculos respiratórios 
- Comprometimento neurológico 
- Excitação agressiva 
- Convulsão 
- Paralisia 
- Regurgitação 
- Gravidade dos ferimentos 
Bovinos (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013). 
- Paralisia (mais comum – inicialmente nos membros posteriores) 
- Lesão na medula/ tronco encefálico/ cerebelo 
- Comprometimento dos nervos lombares e sacrais 
- Constipação 
- Tenesmo 
- Parafimose em machos 
- Gotejamento de urina 
Equinos (ovinos e caprinos com sintomas semelhantes) (FORD. R.; 
MAZZAFERO. E. 2013). 
- Irritação no ponto de entrada do vírus 
- Excitação 
- Paralisia (primeiro na faringe, esôfago e posteriormente nos membros posteriores) 
Furões (QUINTON, J. 2015). 
- Podem não apresentar sinais clínicos 
Cães e gatos (JERICO. M, M; et al. 2015); (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 
2013). 
- Diarreia 
- Vômito 
- Apreensão 
- Nervosismo 
- Ansiedade 
- Isolamento 
- Febre variável 
- Irritabilidade 
- Dilatação pupilar com ou sem flacidez palpebral ou reflexos córnea 
- Lambedura constante no local da inoculação do vírus 
- Coma 
Cães (JERICO. M, M; et al. 2005); (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013) 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 
 
- Hiperestesia 
- Olhar cintilante, selvagem, espectral ou vago 
- Movimentos compulsivos e de ataque 
- Tremores musculares 
- Fraqueza 
- Incoordenação 
- Paralisia ascendente ou generalizada 
- Frequência maior de vocalização 
- Alteração na tonalidade da voz 
- Vocalização 
- Paralisia a forma paralítica 
Suínos (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013) ---
- Excitabilidade excessiva 
-Apresentação de prurido/ ulceração no local da inoculação do vírus 
- Corpos estranhos (especialmente madeira) 
- Isolamento em locais escuros ou silenciosos 
- Incoordenação - ------------------------------------------------------- 
- Desorientação 
-Convulsão generalizada 
- Estágio paralitico curto 
- Salivação excessiva 
- Alteração na tonalidade do latido (resultante de paralisia laríngea) 
- Acometimento do SNC 
- Paralisia do nervo craniano pode ser a primeira a ser acometida se a mordida for na 
face 
- Espumação excessiva 
- Incapacidade de deglutição 
- Paralisia dos músculos mastigatórios 
- Som rouco 
Gatos (JERICO. M, M; et al. 2015); (FORD. R.; MAZZAFERO. E, 
2013) 
-Picos febris 
- Resposta exacerbada a estímulos auditivos e visuais 
- Excitação 
- Fotofobia 
RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS 
Imunopatologia 
Ocorre a replicação do vírus por brotamento a partir das membranas das células 
hospedeiras desenvolvendo-se no citoplasma partículas virais completas podem ser 
formadas na superfície celular (mais comum brotar nas membranas 
intracitoplasmáticas), as células apresentadores de antígeno fagocitam ao entrar em 
contato com respectivo vírus e ocorre a ativação dos linfócitos T que vão produzir 
diferentes toxinas com a tentativa de ativar diferentes células para a eliminação 
direta do vírus/células infectadas auxiliando a produção de anticorpos peloslinfócitos B(aparecimento de linfócitos B após o aparecimento dos sintomas 
clínicos), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JEPSON, 2010), (Saúde, 2010), 
(EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JERICO et al. 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
*Cães que desenvolvem sinais neurológicos e morrem subitamente podem ter 
concentrações do vírus no cérebro e nas gls. salivares mais baixas do que aqueles que 
sobrevivem por mais tempo (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JEPSON, 2010), (Saúde, 
2010), (CONSALES et al. 2006), (SINGH. R, et al. 2017). 
 
Imunização ativa 
 Vacinação antirrábica essencial para cães e gatos (vacina inativada) e revacinação 
em intervalos anuais de acordo com a legislação local (EPIDEMIOLÓGICA, 
[s.d])(SAÚDE, 2010), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]. 
] 
Imunização passiva 
Recebem anticorpos das cadelas/gatas vacinadas via colostro dependendo do título 
de anticorpos da gestante e quantidade de colostro ingerido durante o primeiro dia de 
vida; de forma geral, os anticorpos maternos permanecem por volta de 12 semanas 
no organismo (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (SAÚDE, 2010), (EPIDEMIOLÓGICA, 
[s.d]), (JERICO, et al. 2015). 
 
Pontos importantes, segundo JEPSON, 2010: 
*Partículas livres do vírus infectam células novas ou adjacentes fundindo seus 
envoltórios com a membrana da célula hospedeira possibilitando a entrada direta do 
material genético 
viral 
*O vírus pode replicar-se nas células musculares próximas ao local de inoculação e 
capaz de entrar em nervos periféricos diretamente ou no local de tecidos não 
nervosos podendo entrar em junções neuromusculares podendo invadir o 
SNC 
 *Capacidade infecciosa viral após a invasão do SNC = IRREVERSÍVEL 
*Título de anticorpos neutralizantes baixo até a fase terminal e pico próximo à 
óbito 
*Quanto maior o grau de inervação no local da mordida mais curto o período de 
incubação 
*As respostas imunes do hospedeiro ao vírus podem acentuar a inflamação e a 
degeneração do tecido nervoso 
*A existência do vírus na saliva demonstra que o cérebro está infectado 
*Furão: Frequentemente desenvolve reação vacinal do tipo alérgico até 24 horas 
(JEAN, 2003). 
 
“Os casos de raiva humana e canina foram reduzidos em aproximadamente 90% ao 
longo dos últimos 20 anos nos países da América Latina após os programas de 
vacinação em massaem gatos foi relatada em 15 países da América Latina 
(Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, República Dominicana, El 
Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru e Venezuela) de 2005 a 
2015” (Velasco-Villa et al. 2017 apud DAY, 2020). 
 
 
 
Quando o quadro clínico vem seguido de sintomas e sinais característico da raiva 
(comportamento agressivo, apatia, salivação excessiva e paralisia) principalmente 
quando unido por mordeduras, lambedura ou arranhadura não há dificuldades em 
estabelecer o diagnóstico clínico (SAÚDE, 2020). 
 
MODOS DE COLHEITA 
Para o diagnóstico laboratorial, é necessária a coleta do sistema nervoso central e 
que o material seja coletado do seguinte modo para cada espécie: 
-Animais silvestres: os animais devem ser encaminhados por inteiro; 
-Cães e gatos: deve ser encaminhado o sistema nervoso central ou a cabeça inteira;---
-Bovinos, equinos e outros: coletado apenas o sistema nervoso central (SAÚDE, 
[s.d]). 
COLHEITA DA AMOSTRA 
Figura 1: Fixação da cabeça do animal para colheita do Sistema nervoso central. 
 
 
Figura 2: - Corte da linha mediana da caixa craniana: ao longo da linha média do 
crânio. Corte dos olhos até a base do crânio, que atravesse a pele e as fáscias.
 
 
 
 
Para realizar de forma adequada a colheita da amostra do animal com intuito de efetuar 
o diagnóstico da raiva é necessário realizar os passos das ilustrações que seguem 
abaixo (LIMA, et al. 2014): 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 
2014 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
Figura 3: Dissecção dos músculos da cabeça: Rebatem-se os músculos e tecios até 
que se exponha a calota craniana. 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: - Cortes da caixa craniana: Dois cortes, do forâmen occipital ao osso 
frontal. 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
 Figura 5: Cortes longitudinais, rebatendo o osso com o cinzel e deixando o encéfalo 
exposto. 
 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
 Figura 6: - Dissecação do encéfalo inteiro. 
 
 
Figura 7: Extração completa do encéfalo. 
 
 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 
 DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS 
 
 
 
 
 
 
Técnica histológica (coloração de Sellers): essa técnica consiste na coloração de 
diferentes partes do sistema nervoso central através do corante de Sellers (coloração 
arroxeada) além de identificar a presença de patógenos da infecção rábica designado 
corpúsculos de Negri (proteínas virais localizadas no citoplasma da célula infectada). 
Além disso, esta técnica permite a diferenciação entre raiva e cinomose (LIMA, et al. 
2014). 
 
Figura 8: Inclusões de Negri no citoplasma de neurônios infectados pelo vírus da raiva 
e no meio extracelular. 
 
 
Técnica de imunofluorescência direta: Essa técnica é caracterizada como 
específica para o diagnóstico da raiva (por apresentar uma vastaprecisão em seus 
resultados), sensível e muito rápido. O método consiste na utilização de anticorpos 
fluorescentes que são imunoglobulinas anti-rábicas marcadas com isotiocianato de 
fluoresceína. Baseia-se no exame microscópio de impressões de fragmentos com 
tecido nervoso tratados com conjugado específico (para cães e gatos aconselha-se 
fazer impressões do corno de Amon/hipocampo). Para herbívoros e animais 
silvestres, são utilizados fragmentos da medula, cérebro e do corno de Amon, para as 
impressões e exposição à luz ultravioleta. O antígeno rábico com o conjugado junto 
a iluminação ultravioleta emitirá uma luz esverdeada com brilho muito forte nas 
lâminas com a evidência do antígeno: (LIMA, et al. 2014). 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA, F, G; et al. 2014 
 
 Figura 9: - Lâmina com impressão de cerebelo de animal infectado com o vírus da 
raiva corado com conjugado anti-rábico fluorescente. 
 
 
 
 Tipificação antigênica pela técnica de imunofluorescência indireta com 
anticorpos monoclonais: “O Centro Pan-Americano de Zoonoses (Cepanzo)/Opas e 
o Centers of Disease Control and Prevention (CDC), em Atlanta (EUA) 
[...] selecionaram um painel [...], composto de oito anticorpos monoclonais, que 
permite detectar as cepas mais comuns de raiva da América Latina” (LIMA, et al. 
2014); “para os laboratórios de diagnóstico é encaminhado 1mL da diluição 1:10 de 
cada um dos oito anticorpos monoclonais” (LIMA, et al. 2014), consiste na técnica 
específica através da genética, antígenos contidos em tecidos/células são fixados em 
uma lâmina então é adicionado o soro do paciente para que ocorra o sítio de ligação 
(ligação antígeno-anticorpo) posteriormente a fluoresceína faz que com fique visível 
para ser visualizado no microscópio de fluorescência (LIMA, et 2014). 
Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA, F, G; et al. 2014 
 
 
 
 
AGÊNCIA SAÚDE. Raiva: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e 
prevenção. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva>. Acesso 
em: 05 maio. 2021 
 
Não existe tratamento e nem cura para a raiva canina, e é por isso que em fortes 
suspeitas da doença em um animal ou em um estado avançado com sintomas bem 
claros (debilitação e impossibilidade de comer e beber), ocorre a eutanásia. A 
eutanásia se justifica em casos em que a dor ou sofrimento, a partir de um 
determinado nível, não possam ser reduzidos de imediato ou quando ocorra a 
impossibilidade de socorro ou tratamento, devem ser usados métodos com o objetivo 
de minimizar ao máximo o medo e o sofrimento dos animais. Facilitado pela sedação 
e anestesia, o procedimento deve ocorrer de forma rápida e de preferência em um 
local habituado ao animal. As técnicas de eutanásia utilizadas nesses casos são 
realizadas de forma química, por meio de agentes inalatórios ou injetáveis 
(CONCEA, 2015). 
Em casos de raiva em cães e gatos, é imprescindível a notificação imediata a um 
órgão de vigilância epidemiológica. Na captura de um animal vivo, este deve ficar 
em um ambiente isolado e em observação para se acompanhar as evoluções do 
quadro. A manifestação de sintomas específicos pode ocorrer, como a forma 
paralítica da raiva, quando causada por variantes de morcegos. 
Com a compatibilidade de sintomas de raiva e a falta de possibilidade da 
manutenção desse animal em um local seguro, a eutanásia é recomendada. Com a 
ocorrência de morte do animal sob observação, o encéfalo deve ser enviado a um 
laboratório de referência em diagnósticos de raiva (VAZ, et al. [s.d]). 
 
Cães e gatos : Acima dos 3 meses de idade, via subcutânea na região dorsal, dose fixa 
(2ml) independente do tamanho/ peso do animal (BRITO et al. 2001). 
 
Diretrizes WSAVA (global veterinary Community) recomendações vacinais – 
(DAY, et al. 2020). 
- Vacinação de cães e gatos filhotes: "Iniciar às 6-8 semanas de idade e então a cada 
2 a 4 semanas até 16 semanas de idade ou mais [...] o VGG recomenda que em áreas 
de alto risco [...] uma segunda dose pode ser administrada 2 a 4 semanas após [...] 
uma segunda vacina em áreas não de alto risco deve ser administrada 12 meses 
depois ou aos 12 meses de idade.” 
 
- Revacinação dos animais adultos: “Todas as vacinas antirrábicas caninas de 
qualidade garantida têm uma DI licenciada de três anos em vários países fora da 
América Latina” 
TRATAMENTO 
VACINAÇÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASÍLIA/DF A. I M. C. T. I. C. N. C. E. A. Diretrizes da prática de eutanásia do 
concea. 2015.Disponível em:<https://www.ufmg.br/bioetica/ceua/wp-
content/uploads/2016/06/eutanasia_concea.pdf>. Acesso em: 06 maio 2021 
BRITOO et al. Manual do vacinador, 2001. Acesso em: 06 maio 2021 
CEARÁ. G. E Boletim epidemiológico Raiva. maio 2019. Disponível em: 
<https://www.saude.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/9/2018/06/boletim_raiva_15052019.pdf>. Acesso em: 06 maio 
2021 
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