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1.Ana Beatriz Alves Martins, 2.Elena Eduarda Nicolaci Martins, 3.Ingryd Petinel, 4.Júlia Fernandes Bacha dos Santos, 5.Mariana Araujo Rincon Galves, 6.Marina Rossi, 7.Mirela Martins Cintra Alunos do curso de Medicina Veterinária RAIVA ANIMAL: LYSSAVIRUS A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, que acomete mamíferos, inclusive o homem. O microrganismo envolvido é o vírus do gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. O vírus rábico possui aspecto de um projétil e seu genoma é constituído por RNA. Apresenta dois antígenos principais: um de superfície, constituído por uma glicoproteína, responsável pela formação de anticorpos neutralizantes e adsorção de vírus-célula, e outro interno, constituído por uma nucleoproteína, que é um grupo específico (SAÚDE, 2019). NOME CIENTÍFICO Lyssavirus: Rabies vírus. DADOS SOBRE ISOLAMENTO No Brasil, o primeiro isolamento e identificação do vírus rábico em morcegos insetívoros Molossus ater foi realizado no Estado de São Paulo, nos municípios de Araçatuba, Penápolis e São José do Rio Preto, em um macho adulto, encontrado ainda vivo, na manhã do dia 27 de abril de 1998. O diagnóstico foi realizado pelas provas de imunofluorescência direta e inoculação intracerebral em camundongos (SILVA et al; 1999). CICLO BIOLÓGICO Três ciclos de transmissão: O urbano, sendo representado principalmente por cães e gatos; O rural, sendo representado por animais de produção, como: bovinos, equinos, suínos, caprinos e o silvestre representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos (VETERINÁRIA, 2009). ESPÉCIE/GRUPO SUSCEPTÍVEL Os mamíferos pertencentes às ordens Carnivora (coiotes, cães, chacais, raposas, guaxinim) e Chiroptera (morcegos) são os principais animais que albergam a raiva, apesar de todos os mamíferos serem suscetíveis (SAÚDE., 2021). FICHA TÉCNICA DESCRIÇÃO DO AGENTE AGRESSOR PERÍODO DE INCUBAÇÃO É extremamente variável e vai desde o momento em que o agente penetra no organismo até o aparecimento da sintomatologia clínica. Este, está diretamente relacionado com a extensão, a gravidade e o tamanho da ferida causada pelo animal agressor. A duração do período pode depender da dose de vírus injetada pela mordedura, do lugar desta e da gravidade da lesão, sendo mais longo o período quanto mais distante do sistema nervoso central localiza-se da lesão (SAÚDE, 2021). Segundo SAÚDE, 2021: Humanos: Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 12 semanas, podendo variar de 10 dias até 4 a 6 anos, onde o paciente apresenta-se assintomático. Cães: O período de incubação é, em geral, de 10 dias a 2 meses. Bovinos: Na raiva transmitida por morcegos hematófagos (Desmodus rotundus), o período de incubação é geralmente mais longo, com variação de 30 a 90 dias ou até mais. Animais silvestres: período bastante variável, não havendo definição clara para a maioria deles. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE Em cães e gatos, antes mesmo dos sinais clínicos se apresentarem, a eliminação do vírus através da saliva ocorre de 2 a 5 dias e persiste durante toda a evolução da doença. Em média, entre 5 e 7 dias após a aparição dos sintomas, o animal pode vir a óbito (SAÚDE, 2017). No caso dos animais silvestres, apesar de ainda não se ter conhecimento do período de transmissibilidade do vírus, sabe-se que os morcegos podem hospedar o vírus por um longo período, sem sintomatologia aparente (SAÚDE, 2017). EPIDEMIOLOGIA (% DA POPULAÇÃO ATINGIDA) Dentre os casos de raiva humana registrados desde o ano de 1980 a 2008, a região Nordeste e Norte do país representam 54% e 19% dos casos, respectivamente. Vale ressaltar que a grande maioria dos casos de raiva humana ocorreram entre os anos de 2000 e 2008, com 46,6% envolvendo cachorros e 45,9% envolvendo morcegos. Durante os anos de 2004 e 2005 o morcego ultrapassou os índices de transmissão canina, passando a ser o principal responsável, com 86,48%; resultado de um surto da doença no Pará e no Maranhão (SAÚDE, [s.d]). Entre os anos de 2010 e 2020 houveram 38 registros de casos de raiva humana, sendo esses vinte tendo como animal agressor o morcego, nove por cães, quatro por felinos, quatro por primatas não humanos e um sem identificação. Em consequência da intensa proliferação dos morcegos hematófagos e a dificuldade de controle da sua população, o país vem enfrentando um acréscimo nos casos de raiva em herbívoros .A espécie representou 33,8% dos casos de raiva animal entre os anos de 2007 e 2018. O ciclo aéreo da raiva é um fator de grande importância para a manutenção em A raiva se distribui cosmopolitamente, a forma mais comum de transmissão da raiva é pela inoculação do vírus presente na saliva do animal infectado que penetra no organismo por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura, através da pele ou de mucosas. Outra possível forma relatada na literatura é a transmissão por via aerógena (inalação de aerossóis) em cavernas com populações de morcegos, tanto para animais quanto para humanos (SAÚDE, 2021). MODO DE TRANSMISSÃO PREVENÇÃO DA RAIVA DE CÃES E GATOS O principal meio de transmissão da raiva é a saliva de animais infectados que pode ser passada normalmente através da mordida. A seguir, relacionamos as principais formas de prevenção segundo SAÚDE, 2020: 1. Vacinação. O controle da raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos, a partir de três meses de idade, anualmente. A principal medida de prevenção é a vacina, que tinha obrigatoriedade a obrigatoriedade pautada na lei de 2016. Em todo território nacional, campanhas de vacinação contra raiva são organizadas anualmente para que os cachorros sejam imunizados. 2. De preferência, mantenha seus animais de estimação dentro de casa ou em um em ambiente externo sob supervisão direta. 3. Mantenha a comida dos seus animais de estimação em um local onde apenas eles tenham acesso. 4. Não deixe o lixo exposto. Esses itens podem atrair outros animais indesejáveis para o seu quintal. 5. Os animais de estimação devem ser levados para passear com guias/coleiras e aqueles mais agressivos devem portar focinheiras indicadas por um Médico Veterinário. 6. Entenda o risco dos morcegos. Enquanto a maioria dos animais selvagens é encontrada principalmente ao ar livre, os morcegos podem voar em edifícios, incluindo sua própria casa. 7. Evitar o contato direto com animais desconhecidos. 8. Evitar o contato com animais selvagens. Não alimente ou manuseie, mesmo que pareça amigável. 9. Se observar um animal agindo de forma estranha, relate isso ao controle de animais ou ao departamento de saúde local. 10. Castrem seus animais de estimação com um Médico Veterinário para ajudar a reduzir contato com animais indesejados que podem não ser adequadamente tratados ou vacinados regularmente. 11. Quando o animal se ferir, lavar bem a ferida com água e sabão, depois observar durante 10 dias que ele não apresenta nenhum comportamento estranho. 2018. O ciclo aéreo da raiva é um fator de grande importância para a manutenção em uma área geográfica (SAÚDE, [s.d]). É importante ressaltar que desde 2016 os casos de raiva em pequenos animais domésticos têm sido identificados como variante 3 de morcegos hematófogos e da variante compatível com canídeos silvestres (SAÚDE, 2020). No Ceará, entre os anos de 2007 - 2019, houveram 597 casos de raiva animal. O morcego não hematófago representou 33,8% da positividade, seguido do bovino e da raposa, ambos com 21,3% (CEARÁ, 2019 ). SINAISCLÍNICOS E RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS Sinais clínicos Variáveis na grande maioria das espécies atingidas (EPIDEMIOLÓGICA. D, V. [s.d]). Sinais generalistas (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013), (JERICO. M, M; et al. 2015). - Morte súbita (sem manifestação de sinal clínico) - Paralisia - Paralisia dos músculos respiratórios - Comprometimento neurológico - Excitação agressiva - Convulsão - Paralisia - Regurgitação - Gravidade dos ferimentos Bovinos (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013). - Paralisia (mais comum – inicialmente nos membros posteriores) - Lesão na medula/ tronco encefálico/ cerebelo - Comprometimento dos nervos lombares e sacrais - Constipação - Tenesmo - Parafimose em machos - Gotejamento de urina Equinos (ovinos e caprinos com sintomas semelhantes) (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013). - Irritação no ponto de entrada do vírus - Excitação - Paralisia (primeiro na faringe, esôfago e posteriormente nos membros posteriores) Furões (QUINTON, J. 2015). - Podem não apresentar sinais clínicos Cães e gatos (JERICO. M, M; et al. 2015); (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013). - Diarreia - Vômito - Apreensão - Nervosismo - Ansiedade - Isolamento - Febre variável - Irritabilidade - Dilatação pupilar com ou sem flacidez palpebral ou reflexos córnea - Lambedura constante no local da inoculação do vírus - Coma Cães (JERICO. M, M; et al. 2005); (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013) SINAIS CLÍNICOS - Hiperestesia - Olhar cintilante, selvagem, espectral ou vago - Movimentos compulsivos e de ataque - Tremores musculares - Fraqueza - Incoordenação - Paralisia ascendente ou generalizada - Frequência maior de vocalização - Alteração na tonalidade da voz - Vocalização - Paralisia a forma paralítica Suínos (FORD. R.; MAZZAFERO. E. 2013) --- - Excitabilidade excessiva -Apresentação de prurido/ ulceração no local da inoculação do vírus - Corpos estranhos (especialmente madeira) - Isolamento em locais escuros ou silenciosos - Incoordenação - ------------------------------------------------------- - Desorientação -Convulsão generalizada - Estágio paralitico curto - Salivação excessiva - Alteração na tonalidade do latido (resultante de paralisia laríngea) - Acometimento do SNC - Paralisia do nervo craniano pode ser a primeira a ser acometida se a mordida for na face - Espumação excessiva - Incapacidade de deglutição - Paralisia dos músculos mastigatórios - Som rouco Gatos (JERICO. M, M; et al. 2015); (FORD. R.; MAZZAFERO. E, 2013) -Picos febris - Resposta exacerbada a estímulos auditivos e visuais - Excitação - Fotofobia RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS Imunopatologia Ocorre a replicação do vírus por brotamento a partir das membranas das células hospedeiras desenvolvendo-se no citoplasma partículas virais completas podem ser formadas na superfície celular (mais comum brotar nas membranas intracitoplasmáticas), as células apresentadores de antígeno fagocitam ao entrar em contato com respectivo vírus e ocorre a ativação dos linfócitos T que vão produzir diferentes toxinas com a tentativa de ativar diferentes células para a eliminação direta do vírus/células infectadas auxiliando a produção de anticorpos peloslinfócitos B(aparecimento de linfócitos B após o aparecimento dos sintomas clínicos), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JEPSON, 2010), (Saúde, 2010), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JERICO et al. 2015). DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO CLÍNICO *Cães que desenvolvem sinais neurológicos e morrem subitamente podem ter concentrações do vírus no cérebro e nas gls. salivares mais baixas do que aqueles que sobrevivem por mais tempo (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JEPSON, 2010), (Saúde, 2010), (CONSALES et al. 2006), (SINGH. R, et al. 2017). Imunização ativa Vacinação antirrábica essencial para cães e gatos (vacina inativada) e revacinação em intervalos anuais de acordo com a legislação local (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d])(SAÚDE, 2010), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]. ] Imunização passiva Recebem anticorpos das cadelas/gatas vacinadas via colostro dependendo do título de anticorpos da gestante e quantidade de colostro ingerido durante o primeiro dia de vida; de forma geral, os anticorpos maternos permanecem por volta de 12 semanas no organismo (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (SAÚDE, 2010), (EPIDEMIOLÓGICA, [s.d]), (JERICO, et al. 2015). Pontos importantes, segundo JEPSON, 2010: *Partículas livres do vírus infectam células novas ou adjacentes fundindo seus envoltórios com a membrana da célula hospedeira possibilitando a entrada direta do material genético viral *O vírus pode replicar-se nas células musculares próximas ao local de inoculação e capaz de entrar em nervos periféricos diretamente ou no local de tecidos não nervosos podendo entrar em junções neuromusculares podendo invadir o SNC *Capacidade infecciosa viral após a invasão do SNC = IRREVERSÍVEL *Título de anticorpos neutralizantes baixo até a fase terminal e pico próximo à óbito *Quanto maior o grau de inervação no local da mordida mais curto o período de incubação *As respostas imunes do hospedeiro ao vírus podem acentuar a inflamação e a degeneração do tecido nervoso *A existência do vírus na saliva demonstra que o cérebro está infectado *Furão: Frequentemente desenvolve reação vacinal do tipo alérgico até 24 horas (JEAN, 2003). “Os casos de raiva humana e canina foram reduzidos em aproximadamente 90% ao longo dos últimos 20 anos nos países da América Latina após os programas de vacinação em massaem gatos foi relatada em 15 países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Peru e Venezuela) de 2005 a 2015” (Velasco-Villa et al. 2017 apud DAY, 2020). Quando o quadro clínico vem seguido de sintomas e sinais característico da raiva (comportamento agressivo, apatia, salivação excessiva e paralisia) principalmente quando unido por mordeduras, lambedura ou arranhadura não há dificuldades em estabelecer o diagnóstico clínico (SAÚDE, 2020). MODOS DE COLHEITA Para o diagnóstico laboratorial, é necessária a coleta do sistema nervoso central e que o material seja coletado do seguinte modo para cada espécie: -Animais silvestres: os animais devem ser encaminhados por inteiro; -Cães e gatos: deve ser encaminhado o sistema nervoso central ou a cabeça inteira;--- -Bovinos, equinos e outros: coletado apenas o sistema nervoso central (SAÚDE, [s.d]). COLHEITA DA AMOSTRA Figura 1: Fixação da cabeça do animal para colheita do Sistema nervoso central. Figura 2: - Corte da linha mediana da caixa craniana: ao longo da linha média do crânio. Corte dos olhos até a base do crânio, que atravesse a pele e as fáscias. Para realizar de forma adequada a colheita da amostra do animal com intuito de efetuar o diagnóstico da raiva é necessário realizar os passos das ilustrações que seguem abaixo (LIMA, et al. 2014): Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Figura 3: Dissecção dos músculos da cabeça: Rebatem-se os músculos e tecios até que se exponha a calota craniana. Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Figura 4: - Cortes da caixa craniana: Dois cortes, do forâmen occipital ao osso frontal. Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Figura 5: Cortes longitudinais, rebatendo o osso com o cinzel e deixando o encéfalo exposto. Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Figura 6: - Dissecação do encéfalo inteiro. Figura 7: Extração completa do encéfalo. Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA.F, G; et al. 2014 DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS Técnica histológica (coloração de Sellers): essa técnica consiste na coloração de diferentes partes do sistema nervoso central através do corante de Sellers (coloração arroxeada) além de identificar a presença de patógenos da infecção rábica designado corpúsculos de Negri (proteínas virais localizadas no citoplasma da célula infectada). Além disso, esta técnica permite a diferenciação entre raiva e cinomose (LIMA, et al. 2014). Figura 8: Inclusões de Negri no citoplasma de neurônios infectados pelo vírus da raiva e no meio extracelular. Técnica de imunofluorescência direta: Essa técnica é caracterizada como específica para o diagnóstico da raiva (por apresentar uma vastaprecisão em seus resultados), sensível e muito rápido. O método consiste na utilização de anticorpos fluorescentes que são imunoglobulinas anti-rábicas marcadas com isotiocianato de fluoresceína. Baseia-se no exame microscópio de impressões de fragmentos com tecido nervoso tratados com conjugado específico (para cães e gatos aconselha-se fazer impressões do corno de Amon/hipocampo). Para herbívoros e animais silvestres, são utilizados fragmentos da medula, cérebro e do corno de Amon, para as impressões e exposição à luz ultravioleta. O antígeno rábico com o conjugado junto a iluminação ultravioleta emitirá uma luz esverdeada com brilho muito forte nas lâminas com a evidência do antígeno: (LIMA, et al. 2014). Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA, F, G; et al. 2014 Figura 9: - Lâmina com impressão de cerebelo de animal infectado com o vírus da raiva corado com conjugado anti-rábico fluorescente. Tipificação antigênica pela técnica de imunofluorescência indireta com anticorpos monoclonais: “O Centro Pan-Americano de Zoonoses (Cepanzo)/Opas e o Centers of Disease Control and Prevention (CDC), em Atlanta (EUA) [...] selecionaram um painel [...], composto de oito anticorpos monoclonais, que permite detectar as cepas mais comuns de raiva da América Latina” (LIMA, et al. 2014); “para os laboratórios de diagnóstico é encaminhado 1mL da diluição 1:10 de cada um dos oito anticorpos monoclonais” (LIMA, et al. 2014), consiste na técnica específica através da genética, antígenos contidos em tecidos/células são fixados em uma lâmina então é adicionado o soro do paciente para que ocorra o sítio de ligação (ligação antígeno-anticorpo) posteriormente a fluoresceína faz que com fique visível para ser visualizado no microscópio de fluorescência (LIMA, et 2014). Fonte: Instituto Pasteur, 2010 apud LIMA, F, G; et al. 2014 AGÊNCIA SAÚDE. Raiva: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/raiva>. Acesso em: 05 maio. 2021 Não existe tratamento e nem cura para a raiva canina, e é por isso que em fortes suspeitas da doença em um animal ou em um estado avançado com sintomas bem claros (debilitação e impossibilidade de comer e beber), ocorre a eutanásia. A eutanásia se justifica em casos em que a dor ou sofrimento, a partir de um determinado nível, não possam ser reduzidos de imediato ou quando ocorra a impossibilidade de socorro ou tratamento, devem ser usados métodos com o objetivo de minimizar ao máximo o medo e o sofrimento dos animais. Facilitado pela sedação e anestesia, o procedimento deve ocorrer de forma rápida e de preferência em um local habituado ao animal. As técnicas de eutanásia utilizadas nesses casos são realizadas de forma química, por meio de agentes inalatórios ou injetáveis (CONCEA, 2015). Em casos de raiva em cães e gatos, é imprescindível a notificação imediata a um órgão de vigilância epidemiológica. Na captura de um animal vivo, este deve ficar em um ambiente isolado e em observação para se acompanhar as evoluções do quadro. A manifestação de sintomas específicos pode ocorrer, como a forma paralítica da raiva, quando causada por variantes de morcegos. Com a compatibilidade de sintomas de raiva e a falta de possibilidade da manutenção desse animal em um local seguro, a eutanásia é recomendada. Com a ocorrência de morte do animal sob observação, o encéfalo deve ser enviado a um laboratório de referência em diagnósticos de raiva (VAZ, et al. [s.d]). Cães e gatos : Acima dos 3 meses de idade, via subcutânea na região dorsal, dose fixa (2ml) independente do tamanho/ peso do animal (BRITO et al. 2001). Diretrizes WSAVA (global veterinary Community) recomendações vacinais – (DAY, et al. 2020). - Vacinação de cães e gatos filhotes: "Iniciar às 6-8 semanas de idade e então a cada 2 a 4 semanas até 16 semanas de idade ou mais [...] o VGG recomenda que em áreas de alto risco [...] uma segunda dose pode ser administrada 2 a 4 semanas após [...] uma segunda vacina em áreas não de alto risco deve ser administrada 12 meses depois ou aos 12 meses de idade.” - Revacinação dos animais adultos: “Todas as vacinas antirrábicas caninas de qualidade garantida têm uma DI licenciada de três anos em vários países fora da América Latina” TRATAMENTO VACINAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASÍLIA/DF A. I M. C. T. I. C. N. C. E. A. Diretrizes da prática de eutanásia do concea. 2015.Disponível em:<https://www.ufmg.br/bioetica/ceua/wp- content/uploads/2016/06/eutanasia_concea.pdf>. Acesso em: 06 maio 2021 BRITOO et al. Manual do vacinador, 2001. Acesso em: 06 maio 2021 CEARÁ. G. E Boletim epidemiológico Raiva. maio 2019. Disponível em: <https://www.saude.ce.gov.br/wp- content/uploads/sites/9/2018/06/boletim_raiva_15052019.pdf>. Acesso em: 06 maio 2021 CUNHA, E. M. S. et al. Isolamento do vírus da raiva em Artibeus fimbriatus no Estado de São Paulo. Revista de Saúde Pública, v. 39, n. 4, p. 683–684, ago. 2005. Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/rsp/2005.v39n4/683-684/pt/>. Acesso em: 06 maio 2021. CONSALES. C,A; BOLZAN V,L. Rabies review: Immnunopathology, clinical aspects and treatment consales. v.13, n.1, 2006. Acesso em: 25 abr. 2021 DAY. M. J; et al. Diretrizes para a vacinação de cães e gatos. Journal of small animal practice, 2020. Acesso em: 24 maio 2021 EPIDEMIOLÓGICA. D, V. Raiva animal, [s.d]. Disponível em: <https://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Manual_de_Coleta_para_Raiva Novo.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2021 FORD. R.; MAZZAFERO. E. M. Manual de procedimentos veterinários e tratamento emergencial. 9ª edição. 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