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TIREOIDITE

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PATOLOGIA CLÍNICA:
Tireoidite
INTRODUÇÃO
A Tireoidite engloba um grupo variado de doenças caracterizadas por algum tipo de inflamação da tireoide. Em alguns casos, o paciente sente dores, mas em outros são os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo. A inflamação da tireoide pode ocorrer por vários motivos onde inicialmente, provoca uma perda de hormônios que resulta em sintomas de hipertireoidismo, onde ao longo do tempo, a inflamação prejudica a produção de hormônios da tireoide. No entanto, pode não haver nenhum sintoma, mas quando ocorrem, os mesmos podem variar de acordo com a fase da inflamação. O tratamento é focado na causa e patogenicidade, bem como no controle da função da tireoide. 
A inflamação da tireoide é subdividida em vários tipos de disfunções como a tireoidite autoimune, onde ocorre a doença de Hashimoto, doenças pós-parto e enfermidades silenciosas, onde a positividade dos anticorpos antitiroideus constitui o marcador de doença autoimune da tiroide. A tireoidite idiopática envolve síndromes de Quervain e Riedel. Já a inflamação da tireoide infecciosa, é caracterizada por presença de bactérias. Também ocorre a tireoidite induzida por fármacos e subseguinte apresenta-se tireoidites aguda onde existe presença de bactérias patogênicas, subaguda onde se relaciona com a tireoidite de Quervain, tireoidite crônica que engloba a doença de Hashimoto e de Reidel e por fim, a manifestação da tireoidite esporádica indolor que é a causa incomum de hipertireoidismo e apresenta manifestações clinicas como o aumento da glândula e hipertireoidismo discreto, além de incidência maior no período pós-parto. É considerada uma variante da tireoidite de Hashimoto. A patologia é a mais frequente e constitui a causa mais comum de bócio e hipotireoidismo nos países em que a alimentação fornece um aporte insuficiente de iodo. Na maioria dos casos ocorre em mulheres, contudo, afeta pessoas de todas as idades, especialmente aquelas que se encontram entre os 30 e 50 anos. As principais manifestações clínicas são os sinais e sintomas de hipotireoidismo e hipertireoidismo. Raramente pode ocorrer alternância dos dois tipos de distúrbios. Isso se dá provavelmente pela presença intermitente de anticorpos estimuladores e bloqueadores. No entanto, como outras disfunções estas apresentam fatores de risco para portadores de distúrbios tais como: doença tireoidiana prévia, anomalias congênitas, AIDS, imunodepressão e é perigosa para portadores ou pacientes debilitados e idosos.
Portanto, várias são as manifestações causadas por uma tireoidite e a mesma se subdivide em várias disfunções e ambas abrangem sintomas e manifestações parecidas. No entanto, as manifestações e os principais tipos de tireoidites mais ocorridas serão abordados neste trabalho. Contudo, as outras citadas neste não são menos importantes, porém, apresentam menos prevalência de casos. Entre as citadas no trabalho e que serão abordadas estão: a tireoidite aguda, subaguda, tuberculinismo, onde apresenta certo grau de junção á alteração da tireoide, tireoidite esporádica indolor, tireoidite crônica, autoimune, pós-parto, silenciosa, Hashimoto e por fim, a tireoidite de Reidel e Quervain. 
· TIREOIDITE AGUDA
A tireoidite aguda caracteriza-se por uma infecção bacteriana da tireoide. Acomete toda a glândula ou uma porção dela. Seus sinais clínicos são: febre, sensibilidade local, inchaço, dor cervical anterior unilateral e massa dolorosa, disfonia, disfagia, febre, sudorese, astenia, calafrios, septicemia, sinais flogísticos local e adenomegalia cervical, hipertireoidismo e recebidos por infecção aguda do trato respiratório superior. Para o tratamento existem vários meios de controlar a doença a fim de eliminá-la, tais como: antibioticoterapia, EV, drenagem de abscesso, remoção de fístulas de seio piriforme e se constar a presença de bactérias é essencial o uso de medicamentos tais como: Oxacilina e Gentamicina ou Cefa 3ª geração onde crianças devem fazer o uso de cefalosporina de 2ª/3ª geração ou clindamicina etc. Com estes procedimentos é possível o portador apresentar um a boa resposta imunológica. No entanto, pode haver evolução para hipotireoidismo e uma mortalidade de 8% dos casos. Em laboratório é possível observar leucocitose com desvio à esquerda, VHS aumentado, abscesso ou processo supurativo, necrose etc.
· TIREOIDITE SUBAGUDA
Conhecida também de Quervain, subaguda difusa, não infecciosa, epidêmica, de células gigantes, granulomatosas, migratória, de pseudocélulas gigantes e pseudotuberculosa, o distúrbio não tem causa conhecida e resulta em um aumento doloroso da glândula e na liberação de grandes quantidades de hormônio no sangue. Portanto a tireoidite subaguda, é dividida em tireoidite de Quervain, linfocítica onde ocorre uma disfunção autoimune e Pós-parto, que é semelhante a alteração da tireoidite linfocítica. Pode ser caracterizada também pelo processo inflamatório benigno e autoimune de etiologia viral e se manifesta várias semanas após infecção das vias aéreas superiores. 
Clinicamente apresenta sinais de dor de início súbito na região do pescoço podendo irradiar para mandíbula ouvido ou dentes. Seu exame físico baseia-se na observação da glândula aumentada e dolorosa à palpação. Em sua fase inicial é comum apresentar sintomas de tireotoxicose e pode passar por fases de hipotireoidismo. Em laboratório é possível observar e dosar a captação de iodo muito baixa, elevados níveis de hormônio tireoidianos e o portador apresenta VHS aumentado. O tratamento consiste em controle da dor e das disfunções de hipertireoidismo e/ou hipotireoidismo que o portador pode apresentar com medicamentos adequados ou beta bloqueadores.
· TUBERCULINISMO
Em conjunto com uma tireoidite é possível estabelecer a presença de floculações no sangue, processo inflamatório glandular, reação de granuloma, hiperplasia das células foliculares e infiltração linfocitária. Cininas são liberadas do processo inflamatório pela defesa inespecífica do tuberculinismo onde estimulam os neurônios do hipotálamo, aumentando a produção de TRH, e ocorre o aumento da produção de TSH na tireoide. Logo, ocorre um aumento na produção de T3 e T4. O estímulo constante das cininas impede o mecanismo inibitório do T3 e T4 sobre a hipófise e hipotálamo.
· TIREOIDITE ESPORÁDICA INDOLOR
É uma manifestação de diagnóstico difícil e ainda mal caracterizada, em parte devido à sua natureza esporádica. Ocorre principalmente entre os 30 e 50 anos e seu risco é maior em pessoas apresentam deficiência de iodo. O sexo feminino é ligeiramente mais atingido. Os sintomas são leves na maior parte dos casos, contudo, é responsável por cerca de 1% dos casos de tirotoxicose. Alguns autores defendem tratar-se de uma forma subaguda de tireoidite autoimune crônica. Verifica-se o aumento da sua incidência após suspensão de glicocorticóides, após adrenalectomia em doentes com síndrome de Cushing e após radiação externa do pescoço por doença de Hodgkin56-58. Pode ocorrer em associação com hipofisite linfocítica.
 A manifestação clínica mais importante é a tirotoxicose. Os sintomas normalmente desenvolvem-se ao fim de uma a duas semanas, e prolongam-se por semanas, seguido por recuperação. A tireoide está ligeiramente aumentada em 50-60% dos doentes. Cerca de 10% dos mesmos podem ter episódios adicionais de tireoidite indolor. Contudo, até 50% dos portadores desenvolvem tireoidite autoimune crônica, com hipotireoidismo permanente, bócio ou ambos. Durante a fase tirotóxica, os doentes com tireoidite indolor apresentam níveis moderadamente elevados de T4 e T3 livres e baixos de TSH, mas alguns apresentam apenas baixas concentrações de TSH. As concentrações de T3 séricas não são desproporcionalmente elevadas como ocorre no hipertireoidismo da doença de Graves.
· TIREOIDITE PÓS-PARTO
A tireoidite pós-parto é uma doença autoimune que se caracteriza pela infiltração linfocitária da tireoide e hipertireoidismo seguida de hipotireoidismo ou por uma dessas duas situações isoladamentenos primeiros 12 meses após o parto. Durante a gravidez, o sistema imunológico fica alterado para não acontecer a rejeição ao feto. Quando o bebê nasce, os anticorpos voltar à ativa e podem investir contra a tireoide como fosse um órgão estranho, ocorrendo assim a inflamação.Com o decorrer da gravidez os níveis de anticorpos vão diminuindo, elevando-se novamente após o parto. Mulheres com diabetes mellitus tipo 1 tem e mulheres que tiveram já tiveram tireoidite pós-parto tem um risco três vezes superior ao das não diabéticas de ter a doença. A presença de anticorpos anti-peroxidase tiroideia (antiTPO) durante os primeiros meses de gravidez indica um risco de desenvolvimento de TPP entre 30 e 50%.
O hipertireoidismo se inicia entre o primeiro e o sexto mês após o parto e dura cerca de 4 a 8 semanas. Os sintomas são discretos, não específicos e podem ser confundidos com depressão pós-parto, sendo: fadiga, palpitações, perda de peso, intolerância ao calor e irritabilidade.
A fadiga que acomete 55% das mulheres na fase de hipertireoidismo também é acometida por 30% das que não sofrem de TPP. O hipotireoidismo se inicia 3 a 8 meses após o parto e a sua duração pode atingir os seis meses. Os sintomas mais frequentes associados à fase de hipotireoidismo são depressão, fadiga e dificuldades de concentração.
Na suspeita de TPP, o diagnóstico pode ser feito pelo doseamento da TSH. Se o doseamento é normal e a suspeita clínica continua, é indicado se realizar o doseamento após quatro semanas, pois o paciente pode encontrar-se na fase de normalização da TSH no período de hipertireoidismo e hipotireoidismo. Os anticorpos anti-TPO estão elevados, mas em alguns casos pode acontecer a doença sem positividade dos anticorpos.
No diagnóstico diferencial do hipertireoidismo deve descartar outras situações como o bócio nodular tóxico e a oftamolpatia de Graves. Os doseamentos dos anticorpos anti-receptores da TSH auxiliam para o diagnóstico da doença de Graves. A avaliação da captação de iodo pela tireoide pode ser eficiente no diagnóstico diferencial do hipertireoidismo, porém a fase de amamentação impõe limitações para a realização exames com substâncias radioativas. A TPP mostra uma captação baixa de iodo quando se trata de uma forma destrutiva de tireoidite. A tiroglobulina se encontra elevada em várias situações de hipertireoidismo, então não é eficiente no diagnóstico diferencial.
O hipertireoidismo na tireoidite pós-parto é transitório e na maior parte dos casos não é necessário tratamento, porém quando os sintomas são significativos, pode ser prescrito um bloqueante beta. O tratamento do hipotireoidismo com tiroxina é necessário, e quando há o retorno à normalidade é possível parar o tratamento ao final de seis meses e reavaliar a situação da paciente. Embora a maior parte das mulheres com TPP normalize a função tireóidea após a fase de hipotireoidismo, em alguns casos este é definitivo. Mesmo naquelas em que a função tireóidea se normaliza, o desenvolvimento de hipotireoidismo ao passar do tempo parece ser frequente e a incidência de hipotireoidismo definitivo varia entre 12 e 61%.
Indica-se o uso de métodos paliativos que contribuem para a qualidade de vida da mulher, como betabloqueadores, selênio, antidepressivos e quando necessário o uso de hormônio da tireoide (Levotiroxina). Há muitos casos em que a mulher não precisa de qualquer tratamento. A condição fica melhor por conta própria, e a glândula tireoide volta a funcionar normalmente. Isse processo leva de 6 meses a 1 ano.
· TIREOIDITE DE RIEDEL
É a mais rara de todas as tireoidites, também pode ser chamada de tireoidite invasiva fibrosa ou esclerosante. De fisiopatologia não conhecida, esta tireoidite se caracteriza por um longo processo fibrótico que envolve a tiroide e estruturas adjacentes. Pode ser relacionada a um processo fibrótico difuso que afeta múltiplos tecidos, incluindo uma colangite esclerosante, uma fibrose retroperitoneal ou mediastinal, um pseudotumor orbitário ou uma fibrose pulmonar, paratireóidea, esofágica, traqueal, parotídea ou muscular.
Nos dez anos após o diagnóstico da doença um terço dos pacientes com tireoidite fibrosa desenvolve fibroesclerose múltipla que ocorre a uma idade média de 48 anos, sendo que as mulheres são quatro vezes mais afetadas que os homens em 80% dos casos. O motivo de consulta é dado por um bócio de volume variável que se evolui rapidamente, indolor, endurecido e pétreo. Órgão vizinhos podem ser afetados, ocorrendo dispneia, disfagia, rouquidão, estridor ou tosse. O controle hormonal (eutireoidismo) da tireoide é preservado, com um quarto a um terço dos pacientes apresentando hipotireoidismo devido à extensa substituição da glândula por tecido cicatricial. Uma síndrome inflamatória e anticorpos antitiroideus podem estar presentes constatando um bócio. Uma biopsia aberta ou resseção são eficazes para um diagnóstico definitivo. O diagnóstico é feito, então, numa peça operatória.
Os critérios diagnósticos microscópicos são: um processo fibro-inflamatório de toda ou parte da tiroide, extensão da fibrose para as estruturas anatómicas vizinhas, e destruição completa ou parcial do parênquima tireóideo afetado, sem célula gigante granulomatosa. As filas fibrosas são vistas acompanhadas de linfócitos T e B, plasmócitos, macrófagos, poli nucleares neutrófilos e eosinófilos. A cirurgia é difícil e raramente há cura, e tem em vista o comprometimento dos fenômenos compressivos (traqueal e esofágico). Os Esteroides, metrotrexato e tamoxifeno são em algumas vezes utilizados com resultado positivo como tratamento. A resposta ao tamoxifeno pode ser intercalada ao TGF-beta, um potente inibidor do crescimento fibroblasto. Geralmente, o prognóstico é aceitável, embora as compressões de estruturas vizinhas podem causar mortes celulares. Um acompanhamento sistemático neste caso, das formas generalizadas por exame clínico e imagiologia toraco-abdominal é essencial.
 
COMO AVALIAR UM PACIENTE COM TIREOIDITE?
Para fazer um diagnóstico correto é necessário fazer uma análise detalhada ao paciente: fazer vários exames, ver o historial médico, saber quais são os sintomas físicos e psicológicos e descobrir se há casos de hipotireoidismo ou doenças autoimunes na família. Muitos médicos verificam apenas o valor do TSH e ignoram todos os sintomas, assim o paciente é levado a tomar medicação inadequada que causa efeitos colaterais que se agravam com os anos.
O exame físico da tireoide é considerado difícil para uma grande maioria de médicos e deverá fazer parte da avaliação sistemática de um paciente pois, muitas vezes, só através dele é possível fazer diagnósticos de distúrbios tireoidianos. Ele compreende a inspeção, palpação e ausculta.
Exames laboratoriais são fundamentais para o diagnóstico acurado e o monitoramento custo- efetivo das disfunções tireoidianas. Quando há alta suspeita clínica, as dosagens hormonais apenas confirmam o diagnóstico. No entanto, na maioria dos pacientes, a sintomatologia é sutil e inespecífica.
Fazer exames que avaliem o funcionamento da tireoide é necessário nos seguintes casos:
· Presença de sintomas de problemas nesta glândula;
· Presença de histórico familiar de problemas na tireoide;
· Mulheres grávidas ou que desejam engravidar;
· Depois de fazer radiação no pescoço ou cabeça para tratar o câncer;
· Mulheres com mais de 60 anos;
· Durante o tratamento com remédios como lítio, amiodarona ou citocinas.
Além disso, quando se verificam alterações no funcionamento desta glândula, o médico pode recomendar a realização de exames de sangue a cada 3 meses para avaliar a evolução da doença.
A dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) é o teste mais confiável para diagnosticar as formas primárias de hipotireoidismo e hipertireoidismo, principalmente em regime ambulatorial, porém TSH alterado não é sinônimo de doença tireoidiana, devendo ser consideradas outras condições.
Estes são os exames mais importantes a fazer:
· TSH – Valor de referência: entre 0,4 a 4,5 um/L: 
Um TSH elevado indica que a tireoideestá funcionando menos e que isso se deve a algum distúrbio afetando a tireoide (hipotireoidismo). O oposto, quando o TSH está muito baixo, geralmente indica que o indivíduo está com um funcionamento excessivo da tireoide e com uma produção muito aumentada dos hormônios da tireoide (hipertireoidismo).
· T4– Valor de referência: entre 0,7 a 1,8 ng/dl: 
O T4 se apresenta no sangue como T4 total e T4 livre, sendo que o T4 livre é a maneira efetiva do T4 e a que de fato leva aos efeitos do hormônio. Indivíduos com hipertireoidismo terão os níveis de T4 livre elevados enquanto os pacientes com hipotireoidismo terão níveis baixos de T4 livre. A combinação dos exames de T4 livre e de TSH determinam com acurácia como a tireoide está funcionando.
· T3 – Valor de referência: 1,7 a 3,7 pg/ml:
 O exame de T3 é frequentemente usado para o diagnóstico de hipertireoidismo ou para determinar a gravidade do hipertireoidismo. No hipertireoidismo o paciente apresenta o T3 em níveis elevados. 
· Anticorpos contra a Tireoide: 
Nosso sistema imunológico normalmente nos protege contra os agentes invasores externos como vírus e bactérias, destruindo esses agentes com substâncias chamadas anticorpos que são produzidos por alguns glóbulos brancos, os linfócitos. Em muitos pacientes com hipotireoidismo ou com hipertireoidismo, esses linfócitos produzem anticorpos contra a tireoide e que vão destruir ou estimular o funcionamento da glândula. Os dois anticorpos mais comuns que causam problemas na tireoide são o anticorpo Anti-Tireoperoxidase (Ac-TPO) e o anticorpo Anti-Tireoglobulina (Ac-Tg). A dosagem desses anticorpos pode ajudar no diagnóstico da causa do problema da tireoide, como por exemplo a Tireoidite de Hashimoto.
· Ultrassonografia: 
A ultrassonografia da tireoide é feita para avaliar o tamanho da glândula e a presença de alterações como cistos, tumores, bócio ou nódulos. Este exame é feito de forma rápida e sem dor, não sendo necessária nenhuma preparação especial antes da avaliação.
· Cintilografia:
A cintilografia da tireoide é feita para identificar a presença de hipertireoidismo, hipotireoidismo, câncer, tumores ou alterações na localização da glândula. Antes do exame é necessário fazer uma preparação específica, evitando alimentos como peixe e leite de soja, medicamentos como corticoides e produtos químicos como tinturas para o cabelo.
· Biópsia:
A biópsia da tireoide é feita para identificar se os nódulos presentes na glândula são malignos ou benignos. Durante o exame, uma agulha fina é colocada na garganta para sugar uma pequena amostra de células da tireoide, que serão avaliadas em laboratório.
· Autoexame:
O autoexame da tireoide pode ser utilizado para identificar a presença de cistos ou nódulos na glândula, sendo importante para prevenir complicações de doenças principalmente em mulheres com mais de 50 anos e com histórico familiar de problemas na tireoide.
Na prática clínica, a maioria dos laboratórios está usando a determinação do TSH para avaliação inicial da função tireoidiana. Quando o TSH é elevado, a determinação do T4 livre deve ser feita no sentido de determinar o grau do hipotireoidismo e, quando a dosagem do TSH está diminuída, o T4 livre deve ser solicitado para a determinação do grau de hipertireoidismo. No caso de o TSH estar diminuído e o T4 livre estar normal, a dosagem do T3 total está bem indicada.
COMO TRATAR PACIENTE COM TIREOIDITE?
 O tratamento para a tireoidite, quase todos tentam aliviar e eliminar a inflamação para que a tireoide recupere seu “ritmo de trabalho” normal.
Os remédios usados no tratamento do hipertireoidismo são responsáveis por inibir a produção dos hormônios da tireoide e alguns deles são:
 Propiltiouracil ou Propilracil : responsável por inibir a produção dos hormônios da tireoide. 
Metimazol: responsável por ajudar na regular a função da tireoide. 
Tapazol: responsável pelo controle da produção dos hormônios pela Tireoide. 
Os remédios usados no tratamento do Hipotireoidismo são responsáveis por fazer a reposição ou suplementação de hormônios da tireoide e alguns deles são: 
Puran T4, Euthyrox ou Synthroid: consiste num hormônio que é normalmente fabricado pelo organismo pela glândula tireoide, permitindo assim a sua reposição. 
Tetroid: ajuda na reposição de hormônios no corpo.
Quando a causa é uma doença autoimune – produção excessiva de anticorpos que agridem a tireoide, isso gera um processo inflamatório crônico que deixa cicatrizes permanentes na tireoide impedindo a produção normal dos hormônios. Nesta circunstância, o hipotireoidismo não terá cura e o portador da doença deverá fazer uso da medicação pela vida toda. Em outras situações, existe a possibilidade da glândula se recuperar e voltar a produzir seus hormônios normalmente depois de algum tempo de tratamento.
Possíveis efeitos colaterais do tratamento com medicamentos:
Durante o tratamento com remédios para tratar os distúrbios da tireoide, alguns dos efeitos colaterais que podem surgir incluem suores, perda de apetite, tontura, fraqueza nas pernas, mudanças bruscas de humor, náusea, vômito, perda de cabelo, coceira, sonolência, dor de cabeça, insônia, irritabilidade, febre, rápida perda de peso ou diarreia.
Há outras formas de tratar tireoidite como:
Iodo radioativo:
 	Após haver detectado que a causa do hipertireoidismo é a doença de Graves, o tratamento com iodo radioativo é o tratamento de escolha para remissão completa do hipertireoidismo. Ele consiste na ingestão de um líquido rico em iodo acoplado a moléculas radioativas que após serem absorvidos pelo organismo, se concentram na região tireoidiana levando a uma queima lenta e gradual de seu tecido, diminuindo dessa forma a produção excessiva de seus hormônios.
Cirurgia da tireoide: 
Por trazer mais riscos que o tratamento com iodo, essa modalidade de tratamento está mais indicada nos pacientes que apresentam contraindicações ao tratamento medicamentoso e/ou ao iodo radioativo, bócio muito volumoso, exoftálmica severa, nódulos tireoidianos adjacentes. 
Acupuntura:
 Nossos transtornos tireóideos podem aliviar e inclusive melhorar graças à acupuntura. Basicamente, a acupuntura trabalha reorganizada e equilibrando o sistema metabólico em geral. Isso obriga a glândula tireoide a funcionar corretamente. Quando usamos a acupuntura para descongestionar determinadas zonas do organismo e provocar um efeito relaxante, atuando sobre nosso cérebro, estimulando sua atividade e a produção hormonal. Por outro lado, podemos usar a acupuntura para tratar diretamente os sintomas de tireoidite.
 
SINAIS QUE PODEM INDICAR PROBLEMAS NA TIREOIDE 
Desconforto na garganta e no pescoço:
A glândula da tireoide encontra-se localizada no pescoço e por isso se sente constantemente dor ou se identificou algum alto ou caroço na região do pescoço, isso pode ser sinônimo de que tem a sua glândula alterada, podendo o seu funcionamento estar afetado.
Dificuldades de concentração e esquecimentos:
Sentir que está constantemente com a cabeça fora do lugar, tendo muitas vezes dificuldades de concentração ou esquecimentos constantes, pode ser um sintoma de alterações no funcionamento da tireoide, podendo a falta de concentração ser um sinal de hipertireoidismo e o esquecimento um sinal de hipotireoidismo
Queda de cabelo e pele seca:
A perda de cabelo é normal especialmente no outono e primavera, porém se esta perda de cabelo se torna muito pronunciada ou se prolonga para além destas épocas, isso pode indicar que tem alguma alteração no funcionamento da tireoide. Além disso, a pele seca com coceira também pode ser outro sinal, especialmente se não for causada pelo tempo frio e seco
 Aumento de peso:
O aumento de peso sem razão aparente, especialmente se não houve alterações na dieta ou nas atividades do dia a dia, é sempre preocupante e pode ser causado pelo hipotireoidismo, onde a glândula da tireoide está funcionando pouco e desacelera todo o organismo. No entanto, também pode ocorrer perda de peso sem razão aparente, que pode ser relacionada ao hipertireoidismo e àpresença da Doença de Graves, por exemplo.
Sonolência, Cansaço e Dores musculares:
Sonolência, cansaço constante e um aumento do número de horas que dorme por noite podem ser um sinal de hipotireoidismo, que desacelera as funções do corpo e provoca uma sensação de fadiga constante. Além disso, dores musculares ou formigamentos sem explicação também podem ser outro sinal, pois a falta de hormônio da tireoide pode danificar os nervos que enviam sinais do cérebro para o resto do seu corpo, provocando formigamentos e pontadas no corpo.
Alterações de Humor e Prisão de Ventre:
O défice ou o excesso de hormônios da tireoide no organismo pode provocar alterações de humor, podendo o hipertireoidismo provocar irritabilidade, ansiedade e agitação, enquanto que o hipotireoidismo pode causar tristeza constante ou depressão, alterando os níveis de Serotonina no cérebro.
Além disso, alterações no funcionamento da tireoide também podem causar dificuldades na digestão e prisão de ventre, que não consegue ser resolvida com a alimentação e prática de exercício físico.
Palpitações e Pressão alta:
As palpitações que fazem que fazem por vezes sentir a pulsação no pescoço e pulso, podem ser um sintoma que indica que a tiroide não está funcionando como deveria. Além disso, a pressão alta pode ser outro sintoma, especialmente se não melhora com a prática de exercício físico e dieta, podendo o hipotireoidismo também causar um aumento dos níveis de mau colesterol no corpo.
Além destes sintomas, a perda de desejo sexual e falta de libido também podem ser um indicio de que a sua tireoide está funcionando pouco, que pode ser potenciado pelo aumento de peso, pela perda de cabelo e pelas dores musculares.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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