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16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 1/115
Caderno de Questões( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1fKEh )
Português
Questão 601: CESGRANRIO - Insp SI (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2012
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos, Conjunções etc)
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e comprar pacotes turísticos para o espaço será corriqueiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regularmente com
máquinas e robôs, que também deverão tomar o lugar das pessoas em algumas funções de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros terão um sistema de direção
automatizada. Apesar disso, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos não serão comuns, assim como o uso de membros e outros órgãos cibernéticos. Na opinião
dos brasileiros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca de mil pessoas em todo o país entre setembro e
outubro do ano passado. [...]
De acordo com o levantamento, para quase metade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49% acham que será
normal comprar pacotes turísticos para o espaço. Em ambos os casos, os homens estão um pouco mais confiantes do que as mulheres, tendência que se repete quando
levadas em conta a escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da população tem acompanhado com interesse esses temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteligência Estratégica da
OThink. – E isso também é um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas vão manter esse ritmo de inovação nos próximos anos – comenta
Pereira. – Hoje, o Brasil tem quase 80 milhões de internautas e a revolução que a internet produziu no nosso modo de viver, como esse acesso maior à informação,
contribui muito para esta visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é modificar o corpo humano é natural, analisa o executivo. De acordo com o levantamento, apenas 28% dos ouvidos creem
que a evolução da tecnologia vai levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo artificiais que funcionarão melhor do que as naturais, enquanto 40% acham que
usaremos implantes eletrônicos para fins de identificação, informações sobre histórico médico e realização de pagamentos, por exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos não gostam desse tipo de inovação. Romper a barreira entre o artificial e o
natural, a tecnologia e o corpo, ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros.
O Globo, 14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
 
A palavra segundo é empregada com a mesma classe gramatical e com o mesmo sentido da que se emprega no título do texto em: 
 a) O segundo na lista das vagas é o meu irmão. 
 b) Cumprirei a tarefa segundo as suas instruções. 
 c) O segundo a falar na reunião foi o diretor da firma. 
 d) O vencedor da corrida chegou um segundo antes do concorrente. 
 e) Não gosto de prever o futuro: primeiro, porque é inútil; segundo, porque não estarei mais vivo.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/221482
Questão 602: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2012
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos, Conjunções etc)
METRÓPOLE SUSTENTÁVEL: É POSSÍVEL?
Conversamos com sociólogos, arquitetos, economistas, urbanistas e representantes de organizações internacionais sobre o assunto. Será que estamos fadados a um
colapso ou a metrópole sustentável é um conceito viável?
 
Virou hábito na mídia e, provavelmente, em conversas cotidianas o uso do adjetivo ‘sustentável’. Condomínios, materiais de construção, meios de transporte, edifícios...
Tudo pode ser sustentável.
 
Quando perguntamos a urbanistas e economistas sobre o assunto, o conceito de sustentabilidade aplicado a cidades não se configura unânime. Para alguns urbanistas,
um elemento fundamental para ser levado em conta, quando se fala de sustentabilidade urbana, é o futuro. “Uma metrópole sustentável é aquela que, na próxima
geração, tenha condições iguais ou melhores que as que temos hoje”, define o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Por ‘condições’ devemos entender os
aspectos fundamentais relacionados à vida urbana: habitação, alimentação, saúde, emprego, transporte, educação, água, etc. Além disso, a articulação entre os campos
ambiental e social é essencial para o conceito de sustentabilidade urbana.
A primeira condição fundamental para o estabelecimento de uma cidade sustentável é a democratização dos acessos a serviços e equipamentos públicos. Isso significa a
redução drástica de todas as formas de desigualdades – social, política, econômica e espacial.
Nesse cenário, para que infraestrutura(a), segurança, saúde, educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda a metrópole, a manutenção da cidade se torna
cada vez mais cara. É imperativo democratizar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole e diminuir as desigualdades. No entanto, como fazer isso quando o
dinheiro é limitado? “Conter a expansão urbana”, resume o arquiteto.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 2/115
A rede de transportes(b), por exemplo, é um dos aspectos a serem observados na constituição das cidades. Quanto maiores as distâncias a serem percorridas, também
maior e mais complexa ela será. A priorização do automóvel(c) faz com que a cidade se expanda horizontalmente, minando as possibilidades de ter áreas não ocupadas, e
contribui para a impermeabilização(d) do solo, com a pavimentação(e) contínua. A superestima do automóvel é uma das marcas do subdesenvolvimento, no qual também
o transporte coletivo é precário.
 
Se alguns dados da ONU oferecem um prognóstico positivo do futuro das metrópoles, os urbanistas nos lembram que o destino das cidades pode não ser tão brilhante,
se não houver uma mudança mais orgânica. Mudanças estruturais e na ordem do pensamento são fundamentais para que, se não garantida, a sustentabilidade seja ao
menos possível.
FRAGA, Isabela. Metrópole sustentável: é possível? Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje, vol. 46, n. 274, setembro de 2010. p. 22-29. Adaptado.
 
No 6º parágrafo do texto, a palavra ela refere-se a 
 a) infraestrutura 
 b) rede de transportes 
 c) priorização do automóvel 
 d) impermeabilização 
 e) pavimentação
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/291603
Questão 603: CESGRANRIO - Adv (EPE)/EPE/Jurídica/2012
Assunto: Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - Pronomes relativos, Conjunções etc)
O setor elétrico e as mudanças climáticas
Nosso país tem enorme potencial hidrelétrico, o que nos permite gerar energia elétrica razoavelmente ‘limpa’ e barata. Essa fonte responde, atualmente, por cerca de
70% da energia elétrica consumida no país. Entretanto, para que possamos usufruir dessa energia, precisamos transportá-la a longas distâncias(a) — muitas vezes,
milhares de quilômetros — por meio de linhas de transmissão aéreas, expostas ao tempo e a seus caprichos. E esses caprichos, segundo estudos científicos, tendem a se
tornar cada vez mais frequentes em um planeta sujeito a mudanças em um ritmo jamais visto pelos humanos.
 
A experiência brasileira mostra isso. 50% a 70% das falhas ocorridas no passado em linhas de transmissão brasileiras estavam relacionadas às condições climáticas, mais
especificamente, às chamadas tempestades severas, caracterizadas por condiçõesextremas de vento, raios ou precipitação. Com o aquecimento global, o desmatamento
e alguns fenômenos atmosféricos, esse número tende a aumentar nas próximas décadas.
Combinados ou de forma isolada, esses fenômenos são capazes de interromper o fluxo de energia ao longo das linhas e interferir, de maneira significativa, no sistema
elétrico. Se as alterações do clima podem causar problemas na transmissão de energia, na distribuição a situação não é diferente. 99% da distribuição de energia elétrica
no Brasil é aérea e concentra-se em grandes áreas urbanas(b), onde vive a maioria dos consumidores. Nessas áreas, as edificações, a substituição de vegetação por
asfalto, a poluição dos automóveis e das fábricas causam alterações atmosféricas que favorecem a ocorrência de fortes tempestades.
Os danos provocados por raios nas redes de distribuição podem se tornar ainda mais frequentes se levarmos em consideração o novo modelo(c) que começa a ser
adotado no país e no mundo, baseado no uso de equipamentos digitais para monitorar a distribuição em tempo real e na possibilidade de utilizar diferentes fontes de
energia. Essa transformação se dará tanto na disponibilização quanto no consumo de energia, levando, inclusive, à economia desse recurso(d).
No entanto, a busca de maior comodidade para os consumidores, maior controle operacional pelas empresas, maior eficiência e maior flexibilidade da rede (no sentido de
utilizar fontes alternativas de energia) tende a tornar a distribuição mais sofisticada e, ao mesmo tempo, mais vulnerável a descargas elétricas, devido à utilização de
componentes que contêm semicondutores, mais suscetíveis a danos por raios(e).
 
Finalmente, é importante salientar que as redes de energia precisarão contar com o potencial hidrelétrico ainda quase inexplorado da Amazônia no futuro. Segundo as
projeções climáticas baseadas em modelos computacionais, essa região sofrerá o maior aumento de temperatura e de tempestades. Outro aspecto relevante está na
necessidade, cada vez maior, de adequar tais redes às normas legais de proteção e conservação ambiental, o que poderá ampliar a chance de problemas decorrentes de
fatores climáticos.
PINTO JÚNIOR, Osmar. O setor elétrico e as mudanças climáticas. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: ICH. n. 280, abr. 2011, p. 68-69. Adaptado.
 
Um dos aspectos responsáveis por assegurar a coerência textual é a relação lógica que se estabelece entre as ideias do texto.
No que diz respeito ao termo ou expressão destacada, essa relação lógica está explicitada adequadamente em: 
 a) “Essa fonte responde, atualmente, por cerca de 70% da energia elétrica consumida no país. Entretanto, para que possamos usufruir dessa energia, precisamos
transportá-la a longas distâncias” – (relação de causalidade) 
 b) “99% da distribuição de energia elétrica no Brasil é aérea e concentra-se em grandes áreas urbanas” – (relação de conclusão) 
 c) “Os danos provocados por raios nas redes de distribuição podem se tornar ainda mais frequentes se levarmos em consideração o novo modelo” – (relação de
condição) 
 d) “Essa transformação se dará tanto na disponibilização quanto no consumo de energia, levando, inclusive, à economia desse recurso.” – (relação de
temporalidade) 
 e) “tende a tornar a distribuição mais sofisticada e, ao mesmo tempo, mais vulnerável a descargas elétricas, devido à utilização de componentes que contêm
semicondutores, mais suscetíveis a danos por raios.” – (relação de oposição)
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/291913
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 3/115
Questão 604: CESGRANRIO - Adm (UNIRIO)/UNIRIO/2019
Assunto: Tipos de discurso (Direto, Indireto e Indireto Livre)
Texto II
 
Estojo escolar
 
Noite dessas, ciscando num desses canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas eletrônicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook capaz de me ajudar a
fabricar um navio, uma estação espacial.
 
Minhas necessidades são mais modestas: tenho um PC mastodôntico, contemporâneo das cavernas da informática. E um laptop da mesma época que começa a me
deixar na mão. Como pretendo viajar esses dias, habilitei-me a comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do top em matéria de computador portátil.
 
No sábado, recebi um embrulho complicado que necessitava de um manual de instruções para ser aberto. Depois de mil operações sofisticadas para minhas
limitações, retirei das entranhas de isopor o novo notebook e coloquei-o em cima da mesa. De repente, como vem acontecendo nos últimos tempos, houve um corte na
memória e vi diante de mim o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o jardim de infância.
 
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um apontador,
uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm e uma borracha para apagar meus erros.
 
Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que nunca esqueci e que me tonteava de prazer. Fechei o estojo para proteger aquele cheiro, que ele ficasse ali para
sempre, prometi-me economizá-lo. Com avareza, só o cheirava em momentos especiais.
 
Na tampa que protegia estojo e cheiro havia gravado um ramo de rosas muito vermelhas que se destacavam do fundo creme. Amei aquele ramalhete – olhava aquelas
rosas e achava que nada podia ser mais bonito.
 
O notebook que agora abro é negro, não tem rosas na tampa e, em matéria de cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular, a cabine de avião, ao aparelho
de ultrassonografia onde outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho que piorei de estojo e de vida.
 
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva,
2009. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao
/fz12039806.htm>. Acesso em: 23 jul. 2019.
 
 
O trecho que tem seu sentido inviabilizado pela inversão na ordem de suas orações é
 a) Quando as velhas lembranças insistem em voltar, precisamos aceitar a realidade.
 b) À medida que envelhecemos, valorizamos mais as lembranças do passado.
 c) Para que possamos viver bem o presente, temos de valorizar o passado.
 d) Como tudo aconteceu muito rapidamente, não notei sua ausência.
 e) Embora seja sempre uma aliada, a tecnologia afasta as pessoas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/1175742
Questão 605: CESGRANRIO - Sup Pesq (IBGE)/IBGE/Tecnologia de Informação e Comunicação/2016
Assunto: Linguagem formal e informal
O Bicho
 
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
 
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
 
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
 
O bicho, meu Deus, era um homem.
 
BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
 
O Texto faz uso de linguagem coloquial, representando a realidade cotidiana que lhe serve de temática.
 
Um substantivo que exemplifica essa linguagem no texto é
 a) imundície
 b) pátio
 c) coisa
 d) voracidade
 e) Deus
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/401436
Questão 606: CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Medicina do Trabalho/2014
Assunto: Linguagem formal e informal
A caçada metódica aos dados do internauta 
revoluciona a publicidade
Um anúncio de máquina de lavar roupas invadiu todos os sites que você visita desde que fez uma pesquisa para saber o preço dos modelos existentes? Esse é um sinal
de que você está sendo rastreado por meio dos famosos cookies, arquivos criados por um site, quando você o visita, com informações sobre sua navegação. Mas, para se
adaptar a usuários resistentes que ainda apagam cookies, alguns integrantes do setor já estão no pós-cookies. Eles apostam principalmente na tecnologia de impressão
16/07/2021 TEC Concursos - Questões paraconcursos, provas, editais, simulados.
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digital, estabelecida com base nos vestígios deixados pelo navegador ou pelo próprio aparelho. É o que preocupa a Criteo, bem-sucedida companhia francesa: ela
segmenta os internautas a partir dos cookies, que, com os novos métodos de rastreamento, poderiam ser rejeitados, no futuro, pelo navegador Chrome do Google.
O Google, aliás, tornou-se um especialista de segmentação em função do contexto editorial, por meio do programa AdSense: ele envia anúncios baseando-se na temática
da página da web visitada. Ou por meio da comercialização de links patrocinados em resposta a pesquisas no programa de busca, ou ainda em função de palavras
encontradas nas contas do Gmail – por exemplo, um anúncio sobre “Férias no Marrocos”, se um e-mail em sua caixa postal menciona esse país.
A essa segmentação contextual e comportamental soma-se uma nova dimensão, fundada na interação social. Ainda menos transparente que o Google sobre o uso de
dados pessoais, o Facebook explora informações fornecidas voluntariamente por seus membros aos “amigos”. Faixa etária, cidade, interesses, profissão... A isso se
acrescentam os “amigos” geolocalizáveis dos usuários da rede social. “Nossos catálogos de endereços são totalmente varridos pelo Facebook por meio de nosso telefone
celular ou e-mail, e uma identificação biométrica padrão permite reconhecer logotipos e fotos de rostos sem que o contribuinte tenha dado permissão explícita”, diz a
associação Internet sem Fronteiras (AFP, 18/05/2012).
Em 2007, o Facebook foi obrigado a desculpar-se pelo programa Beacon, que alertava a comunidade de “amigos” sempre que um dos membros fazia uma compra on-
line. Hoje, a publicidade dá lugar à recomendação “social”. O internauta que clica em “Curti” e vira fã de uma marca compartilha automaticamente a notícia com toda a
sua rede. “A exposição a marca ‘curtida’ por um ou mais amigos quadruplica a intenção de compra dos usuários expostos a esses anúncios”, indica Matthieu de Lesseux,
presidente da DDB Paris (Challenges, 05/04/2012). O anúncio aparece no feed de notícias (linha do tempo), entre os elementos publicados pelos “amigos”. O Twitter
também insere mensagens patrocinadas nessa área reservada normalmente para as contas selecionadas pelo usuário. Um anúncio qualificado de “nativo”, já que nasce
no mesmo fluxo de informações.
A comunidade “amiga” pode saber o que o usuário está ouvindo, por meio do serviço de música on-line Deezer; o que ele lê, graças a parcerias com jornais; e o que
deseja comprar. “Pouquíssimos usuários compreendem totalmente – e muito menos controlam – a exploração dos dados utilizados para impulsionar a atividade
publicitária do Facebook”, destaca Jeff Chester, diretor do Centro para a Democracia Digital (AFP, 01/02/2012). Basta clicar no botão “Facebook Connect” para que a rede
social forneça a terceiros as informações sobre a identidade de um cliente. Os termos de uso da rede, que muda regularmente seus parâmetros de confidencialidade, são
geralmente ilegíveis. Seus data centers, aliás, os parques de servidores que armazenam esses dados, também são de propriedade da gigante californiana, escapando a
qualquer controle das autoridades estrangeiras.
Poderíamos pensar que os mastodontes da internet que vivem da publicidade não nos custam nada. Isso não é verdade, pois eles nos custam nossos dados, um valor
total estimado em 315 bilhões de euros no mundo em 2011, ou seja, 600 euros por indivíduo, de acordo com o Boston Consulting Group. Uma riqueza fornecida pelos
próprios internautas, que se tornam “quase funcionários, voluntários, das empresas”, como escrevem Nicolas Colin e Pierre Collin em um relatório sobre a tributação na
era digital. Localizados em terras de asilo europeias, subtraídas da economia real por meio de sistemas de evasão em paraísos fiscais, esses gigantes praticamente não
pagam impostos sobre as empresas, ou escapam da taxa sobre valor agregado. Para um montante de 2,5 bilhões a 3 bilhões de euros de volume de negócios na França,
as empresas Google, Apple, Facebook e Amazon pagam apenas 4 milhões de euros, “quando poderiam pagar 500 milhões de euros, se o sistema tributário lhes fosse
plenamente aplicado”, de acordo com um parecer de 14 de fevereiro de 2012 do Conselho Nacional do Digital.
Os grandes atores norte-americanos da internet desestabilizam o mercado publicitário. Enquanto suas receitas explodem, as dos meios de comunicação tradicionais não
param de cair. Entre 2007 e 2012, na França, o mercado publicitário passou de 4,8 bilhões para 3,2 bilhões de euros para a imprensa, e de 3,6 bilhões para 3,3 bilhões
de euros para a televisão. Mas as mídias tradicionais financiam a criação de obras de ficção, filmes cinematográficos, documentários, entrevistas, reportagens... Do 1,8
bilhão de euros em receitas de publicidade on-line – incluídos os links patrocinados –, só o Google captou cerca de 1,5 bilhão de euros na França.
BÉNILDE, Marie. A caçada metódica aos dados do internauta revoluciona a
publicidade. Disponível em:<http://www.diplomatique. org.br/artigo.php?id=1555)>. Acesso em: 12 mar. 2014. Adaptado.
 
A redação oficial deve caracterizar-se, dentre outros elementos, por impessoalidade e formalidade.
Um trecho do texto que poderia constar de um documento oficial por atender às duas características mencionadas é: 
 a) “arquivos criados por um site, quando você o visita, com informações sobre sua navegação.” ( l. 2-3) 
 b) “com os novos métodos de rastreamento, poderiam ser rejeitados, no futuro, pelo navegador Chrome do Google.” (l . 6) 
 c) “os parques de servidores que armazenam esses dados, também são de propriedade da gigante californiana”. ( l. 29-30) 
 d) “eles nos custam nossos dados, um valor total estimado em 315 bilhões de euros no mundo em 2011.” (l . 31-32) 
 e) “Enquanto suas receitas explodem, as dos meios de comunicação tradicionais não param de cair.” ( l. 40-41)
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/265533
Questão 607: CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2013
Assunto: Linguagem formal e informal
É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia
Trabalho no projeto Saúde e Alegria, que começou com o apoio do BNDES em 1987, e hoje retomamos uma parceria com o Banco na área de saneamento, premiada
pela Cepal, em Santiago do Chile.
O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade(a). O Brasil começaria a entender a Amazônia não como um ônus, mas como um bônus(b). Vivemos neste exato
momento duas crises. Uma econômica internacional, outra ambiental. Apesar de serem duas, a solução para a saída de ambas é uma só: pensar um novo modelo de
desenvolvimento que una a questão ambiental à econômica. Sobretudo, que traga alegria, saúde, felicidade, com base não apenas no consumo desenfreado.
A questão liga a Amazônia ao mundo não apenas pelo aspecto da regulação climática, mas também pela motivação na busca de uma solução para aquelas duas crises.
Temos uma oportunidade única — principalmente por ser o Brasil um país que agrega a maioria do território amazônico — de construir, a partir da Amazônia, um modelo
de desenvolvimento “2.0” capaz de oferecer respostas em um sentido inverso ao atual. Em lugar de importar um modelo de desenvolvimento do Sul, construído em
outras bases, deveríamos levar adiante algumas iniciativas que podem ser, até mesmo, replicadas em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo.
Esse seria o tiro ligado à mudança de mentalidade. Às vezes, pensamos na Amazônia como um problema, como o escândalo do desmatamento. Raramente chegam às
regiões Sul e Sudeste ou a Brasília notícias boas da Amazônia(c).
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 5/115
O novo modelo de desenvolvimento — se fosse reduzido a alguns pilares — incluiria, obviamente, zerar o desmatamento (já háprogramas para isso) e combater a
pobreza, entendendo-se que a solução para o meio ambiente passa, necessariamente, pela questão social.
Se analisarmos as áreas que mais desmatam hoje no mundo, constataremos que são áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano [IDH]. Portanto, há uma
necessidade premente de se criar um ambiente de negócios sustentáveis, com uma economia ligada ao meio ambiente. O investidor precisa ter segurança de investir, de
gerar emprego com o mínimo de governança, para que esses negócios se perpetuem ao longo do tempo.
Destaco outros pontos, como a política de proteção e fiscalização(d). É preciso sair da cultura do ilegalismo e entrar no legalismo. O normal lá é o ilegal. Vamos imaginar
que sou do Rio Grande do Sul, sou um cara do bem, quero investir em produção madeireira na Amazônia. Faço tudo corretamente, plano de manejo, obtenho as licenças
necessárias, pago encargos trabalhistas, etc. Vou enfrentar uma concorrência desleal, e minha empresa fechará no vermelho. Como posso concorrer com 99% dos
empreendimentos, que são ilegais? Ou volto para o Rio Grande do Sul ou mudo de lado. Essa é a prática na Amazônia. E essa prática precisa acabar.
Além da necessidade de governança, de gestão pública, há a necessidade de políticas que atendam ao fator amazônico. Às vezes, acho que o Brasil desconhece a
Amazônia. Lido com políticos municipais, principalmente nas áreas de saúde e educação. Evidentemente, não podemos trabalhar com a mesma política de municípios
como Campinas ou Santarém, equivalente ao tamanho da Bélgica. Na Amazônia, há comunidades que ficam distantes 20 horas de barco e são responsabilidade do gestor
municipal. Imaginem um secretário de Saúde tentando cumprir a Constituição, o direito do cidadão, com o orçamento limitado, numa situação amazônica, com as
distâncias amazônicas.
Outro ponto a ser levado em consideração é o ordenamento territorial(e). Também destaco os aspectos social e de infraestrutura, as cadeias produtivas, o crédito, o
fomento e a construção de uma nova economia sobre REDD (do inglês Reducing Emissions from Deforestation and Degradation, que significa reduzir emissões
provenientes de desflorestamento e degradação) e o pagamento de serviços ambientais.
Em resumo, se começarmos a pensar na Amazônia como uma oportunidade, acho que conseguiremos efetivar soluções em curto espaço de tempo.
SCANNAVINO, Caetano. É preciso mudar a mentalidade sobre a Amazônia. In: BNDES.
Amazônia em debate: oportunidades, desafios e soluções. Rio de Janeiro: BNDES, 2010, p. 147-149. Adaptado.
 
O texto cultiva um registro predominantemente formal. No entanto, se uma das frases abaixo fizesse parte de um relatório enviado ao diretor de uma empresa, seria
possível nela apontar uma inadequação de linguagem.
A frase é a seguinte: 
 a) “O tiro que eu daria seria na mudança de mentalidade.” 
 b) “O Brasil começaria a entender a Amazônia não como um ônus, mas como bônus.” 
 c) “Raramente chegam às regiões Sul e Sudeste ou a Brasília notícias boas da Amazônia.” 
 d) “Destaco outros pontos, como a política de proteção e fiscalização.” 
 e) “Outro ponto a ser levado em consideração é o ordenamento territorial.”
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/265913
Questão 608: CESGRANRIO - Aud Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2016
Assunto: Figuras de Linguagem
Texto
 
Homem no mar
 
De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar. Não há ninguém na praia, que resplende ao sol(a). O vento é nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul
das águas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem(b), como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda é verde.
 
Mas percebo um movimento em um ponto do mar; é um homem nadando. Ele nada a uma certa distância da praia, em braçadas pausadas e fortes; nada a favor das
águas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas são leves, não são feitas de nada, toda a sua
substância é água e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu coração, todo o seu corpo a transportar na água.
 
Ele usa os músculos com uma calma energia; avança. Certamente não suspeita de que um desconhecido o vê(c) e o admira porque ele está nadando na praia deserta.
Não sei de onde vem essa admiração, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidário com ele, acompanho o seu esforço solitário como se ele
estivesse cumprindo uma bela missão. Já nadou em minha presença uns trezentos metros; antes, não sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrás das
árvores, mas esperei com toda confiança que reaparecesse sua cabeça, e o movimento alternado de seus braços. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois
um telhado o esconderá. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros(d), isto me parece importante, é preciso que conserve a mesma batida de sua braçada,
que eu o veja desaparecer assim como o vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Será perfeito; a imagem desse homem me faz bem.
 
É apenas a imagem de um homem, e eu não poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traços de sua cara. Estou solitário com ele, e espero que ele esteja comigo.
(e) [...]
 
Agora não sou mais responsável por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admiro-o. Não consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele
não estava fazendo nenhum gesto a favor de alguém, nem construindo algo de útil; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril.
 
Não desço para ir esperá-lo na praia e lhe apertar a mão; mas dou meu silencioso apoio, minha atenção e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse
homem, a esse correto irmão.
 
Janeiro, 1953 BRAGA, Rubem. A cidade e a Roça. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964. p. 11.
 
No Texto, ao descrever o mar, o narrador-personagem o percebe tão vivo, que acaba por atribuir a ele características humanas.
 
A oração que exemplifica essa afirmativa é 
 a) “que resplende ao sol.” 
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 b) “que marcham alguns segundos e morrem,” 
 c) “que um desconhecido o vê” 
 d) “Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros,” 
 e) “que ele esteja comigo”
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Questão 609: CESGRANRIO - Ass (FINEP)/FINEP/Apoio Administrativo/2014
Assunto: Figuras de Linguagem
NARRAR-SE
Sou fã de psicanálise, de livros de psicanálise, de filmes sobre psicanálise e não pretendo desgrudar o olho da nova série do GNT, Sessão de Terapia, dirigida por
Selton Mello. Algum voyeurismo nisso? Total. Quem não gostaria de ter acesso ao raio-x emocional dos outros? Somos todos bem resolvidos na hora de falar sobre nós
mesmos num bar, num almoço em família, até escrevendo crônicas. Mas, em colóquio secreto e confidencial com um terapeuta, nossas fraquezas é que protagonizam a
conversa.
Por 50 minutos, despejamos nossas dúvidas, traumas, desejos, sem temer passar por egocêntricos. É a hora de abrir-se profundamente para uma pessoa que não está ali
para condenar ou absolver, e sim para estimular que você escute atentamente a si mesmo e assim consiga exorcizar seus fantasmas e viver de forma mais
desestressada. Alguns pacientes desaparecem do consultório logo após o início das sessões, pois não estão preparados para esse enfrentamento.
Outros levam anos até receber alta. E há os que nem quando recebem vão embora, tal é o prazer de se autoconhecer, um processo que não termina nunca. Desconfio
que será o meu caso. Minha psicanalista um dia terá que correr comigo e colocar um rottweiler na recepção para impedir que eu volte. Já estou bolando umas neuroses
bem cabeludas para o caso de ela tentar me dispensar.
Analisar-se é aprender a narrar a si mesmo. Parece fácil, mas muitas pessoasnão conseguem falar de si, não sabem dizer o que sentem. Para mim não é tão difícil, já
que escrever ajuda muito no exercício de expor-se. Quem escreve está sempre se delatando, seja de forma direta ou camuflada. E como temos inquietações parecidas,
os leitores se identificam: “Parece que você lê meus pensamentos”. Não raro, eles levam textos de seus autores preferidos para as consultas com o analista, a fim de que
aqueles escritos ajudem a elaborar sua própria narrativa.
 
Meus pensamentos também são provocados por diversos outros escritores, e ainda por músicos, jornalistas, cineastas. Esse intercâmbio de palavras e sentimentos ajuda
de maneira significativa na nossa própria narração interna. Escutando o outro, lendo o outro, se emocionando com o outro, vamos escrevendo vários capítulos da nossa
própria história e tornando-nos cada vez mais íntimos do personagem principal – você sabe quem. [...]
MEDEIROS, Martha. Revista O Globo. Rio de Janeiro, 07 out. 2012. Adaptado.
 
No texto, o uso da interrogativa em “Quem não gostaria de ter acesso ao raio-x emocional dos outros?” constitui um recurso 
 a) literário 
 b) introspectivo 
 c) retórico 
 d) descritivo 
 e) autoanalítico
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Questão 610: CESGRANRIO - Insp SI (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2012
Assunto: Figuras de Linguagem
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte(a), e comprar pacotes turísticos para o espaço será corriqueiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regularmente com
máquinas e robôs, que também deverão tomar o lugar das pessoas em algumas funções de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros terão um sistema de direção
automatizada. Apesar disso, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos não serão comuns, assim como o uso de membros e outros órgãos cibernéticos. Na opinião
dos brasileiros, este é o futuro que nos aguarda(b), revela pesquisa da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca de mil pessoas em todo o país entre setembro e
outubro do ano passado. [...]
De acordo com o levantamento, para quase metade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49% acham que será
normal comprar pacotes turísticos para o espaço. Em ambos os casos, os homens estão um pouco mais confiantes do que as mulheres, tendência que se repete quando
levadas em conta a escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da população tem acompanhado com interesse esses temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteligência Estratégica da
OThink. – E isso também é um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas vão manter esse ritmo de inovação nos próximos anos – comenta
Pereira. – Hoje, o Brasil tem quase 80 milhões de internautas e a revolução que a internet produziu no nosso modo de viver, como esse acesso maior à informação,
contribui muito para esta visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é modificar o corpo humano é natural, analisa o executivo. De acordo com o levantamento, apenas 28% dos ouvidos creem
que a evolução da tecnologia vai levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo artificiais que funcionarão melhor do que as naturais, enquanto 40% acham que
usaremos implantes eletrônicos para fins de identificação, informações sobre histórico médico e realização de pagamentos, por exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos brasileiros(c) – considera Pereira. – Muitos grupos não gostam desse tipo de inovação(d). Romper a barreira entre o artificial e
o natural(e), a tecnologia e o corpo, ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
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BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros.
O Globo, 14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
 
A frase em que o uso das palavras acentua a oposição de ideias que o autor quer marcar é 
 a) “Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte”. 
 b) “Na opinião dos brasileiros, este é o futuro que nos aguarda”. 
 c) “Esse preconceito não é exclusividade dos brasileiros”. 
 d) “Muitos grupos não gostam desse tipo de inovação. 
 e) “Romper a barreira entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo.
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Questão 611: CESGRANRIO - Aux Sau (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2018
Assunto: Partícula "se"
O lado sombrio da luz
 
O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, possibilitou ao ser humano exercer grande controle sobre o meio em que vivia, proporcionando imensurável
vantagem seletiva. A luz também foi fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, que nos proporcionam mais comodidade e praticidade. Mas, apesar de ser em
muitas culturas símbolo do progresso, pureza e beleza, a luz também tem seu lado sombrio.
 A poluição luminosa — toda luz desnecessária ou excessiva produzida artificialmente — é a que mais cresce no planeta e, infelizmente, os impactos do seu mau uso e
os mecanismos com os quais podemos minimizá-los têm pouquíssimo destaque se comparados aos de outros tipos de poluição.
 A revolução industrial alavancou os efeitos da poluição luminosa para níveis altíssimos nos dias de hoje. É possível ver o intenso brilho noturno dos centros urbanos até
em fotos de satélites. Mais de perto, a poluição luminosa pode ser notada quando se observa uma “aura” de luz no horizonte, olhando na direção de uma grande cidade.
Esse brilho do céu noturno é causado por luzes terrestres direcionadas ou refletidas para a atmosfera. 
 A iluminação artificial excessiva, principalmente na área rural, foi associada a uma maior probabilidade de epidemias por atrair vetores de doenças, como o barbeiro
(doença de Chagas), o mosquito-palha (leishmaniose) e o mosquito-prego (malária).
 Acredita-se também que a iluminação noturna em centros urbanos influencie fatores psicossociais, sendo mencionada como uma das causas que contribuem para o
aumento da criminalidade e depressão. Quebras no relógio biológico humano são relacionadas aos mais diversos problemas de saúde, como distúrbios cardiovasculares,
diabetes e obesidade. 
 Não só seres humanos, mas insetos e aves sofrem consequências da poluição luminosa. Na natureza intacta, as únicas fontes de luz durante a noite eram as estrelas e
a luz refletida pela Lua. Os animais, incluindo os humanos, e as plantas evoluíram nos regimes de luz natural; portanto, é fácil imaginar que sofram direta ou
indiretamente com as alterações artificiais da luz noturna.
 Vaga-lumes e outros insetos são afetados pela iluminação artificial de formas distintas. Alguns insetos utilizam a posição das estrelas e o sentido da luz para
navegação. Mariposas e besouros têm seus ciclos de vida alterados e são atraídos e desorientados pela luz, tornando-se vítimas fáceis de aves, morcegos e outros
predadores. Esses insetos desempenham diversas funções nos ecossistemas, como polinização, alimento para outros animais, controle de populações de pragas,
decomposição de material orgânico e até dispersão de sementes. Fica claro, portanto, que estamos longe de compreender a poluição luminosa, seus efeitos e
consequências no meio ambiente. 
 Como as plantas utilizam a luz solar para realizar fotossíntese e direcionar seu crescimento, mudanças na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão
em relação à estação do ano em que se encontram, resultando na produção de flores, frutos ou queda de folhas em épocas inesperadas. Tais alterações podem resultar
em graves consequências para outros seres que delas dependam, como insetos polinizadores. Nos pássaros, a luz vermelha interfere na orientação magnética; e, nas
mariposas e nos besouros, focosde luz atraem as mais diversas espécies, tornando-as mais vulneráveis a predadores.
 Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), a iluminação artificial torna-se mais eficiente energeticamente. Mas,
em vez de usarmos tal eficiência para reduzir o consumo de energia, o menor custo energético está sendo utilizado para aumentar o fluxo luminoso e,
consequentemente, a poluição luminosa.
 Medidas simples podem reduzir a emissão de luz e sua influência negativa sobre outros seres, inclusive sobre nós. Isso sem mencionar a conta de energia. Para
combater a poluição luminosa, é necessário (i) repensar o que precisa ser iluminado, usando, por exemplo, holofotes direcionados e que não irradiem luz para a
atmosfera; (ii) reduzir o tempo de iluminação com o uso de temporizadores e sensores de presença; (iii) avaliar se precisamos de luzes tão fortes e brancas para todas as
tarefas; (iv) tentar reduzir a exposição à luz artificial forte fora dos horários naturais de luz.
 Trocar as lâmpadas brancas por luzes mais amareladas nos locais em que elas não são necessárias, assim como trocar o celular ou o computador por uma boa revista
sob luz branda antes de dormir, podem proporcionar uma noite mais bem dormida.
HAGEN, O.; BARGHINI, A. Revista Ciência Hoje, n. 340. 21 set. 2016. Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/ revista/materia/id/1094/n/o_lado_sombrio_da_luz. Acesso em: 5 dez. 2017.
Adaptado.
 
 
A palavra se destacada contém a ideia de condição em:
 a) “e os mecanismos com os quais podemos minimizá-los têm pouquíssimo destaque se comparados aos de outros tipos de poluição.” 
 b) “Mais de perto, a poluição luminosa pode ser notada quando se observa uma ‘aura’ de luz no horizonte” 
 c) “Mariposas e besouros têm seus ciclos de vida alterados e são atraídos e desorientados pela luz, tornando- se vítimas fáceis de aves, morcegos e outros
predadores.” 
 d) “mudanças na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão em relação à estação do ano em que se encontram.” 
 e) “Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), a iluminação artificial torna- se mais eficiente
energeticamente.” 
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Questão 612: CESGRANRIO - Prof (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Júnior/Vendas/2018
Assunto: Partícula "se"
Verdades na ficção
 
Quem está acostumado a ler romance e conto não cai tão fácil em conto do vigário. Ou conto de político.
 
Continuo acreditando que um dos melhores antídotos para a mentira é a ficção. Explico o paradoxo: quando lemos na mídia uma versão fantasiosa ou uma deturpação
muito bem arranjadinha da realidade, somos mais suscetíveis de ser enganados se não estivermos acostumados a ler narrativas literárias, pois estaremos sujeitos ao
embuste de acreditar em mentiras sem exigir coerência no relato ou sem atentar para detalhes deixados a descoberto. E no que se refere à psicologia dos personagens, o
leitor desavisado é muito mais sujeito a aceitar qualquer versão, sem perceber discrepâncias evidentes mas disfarçadas em embalagens vistosas. Por tudo isso, quem
está acostumado a ler romance e conto não cai tão fácil em conto do vigário. Ou conto de político. É menos propenso a ser vítima.
 
Movendo-se à vontade nesse universo da narrativa literária, que transfigura a experiência do real e lhe confere sentido, o cidadão que lê literatura tende a ter mais
condições de separar o falso do verdadeiro. Liga um sinal de alerta e fica com um pé atrás, diante de mentiras embrulhadas para presente, destinadas a defender o
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indefensável, disfarçadas por papéis coloridos, adesivos brilhantes ou laçarotes de cetim. Percebe melhor quando dentro da caixa está a intenção de obstruir a Justiça,
defender privilégios, manipular números, garantir o próprio poder ou salvar a pele. O opaco da enganação se torna transparente.
 
Volto então a um jogo que tenho proposto todo início de ano. Aproveitemos o verão para ler literatura. Romances, contos e até ensaios bem escritos — para quem se
sente mais seguro se não tiver de enfrentar de cara uma realidade imaginada. Ótima leitura para eventuais férias. Utilíssima na formação de cidadãos democráticos.
Quanto mais lermos, menos nos enganarão. Vá a uma livraria ou biblioteca e escolha um livro.
 
MACHADO, Ana Maria. Verdades na ficção. O Globo, 20 jan. 2018.
Disponível em: <https://oglobo.globo.com/opiniao/verdades-nafi
ccao-22308015>. Acesso em: 18 mar. 2018. (Fragmento).
 
 
Considere a ocorrência da palavra se no trecho “O opaco da enganação se torna transparente”.
 
A frase em que a palavra destacada pertence a uma classe gramatical diferente da do trecho mencionado é:
 a) Lemos com compreensão, se conferimos sentido ao texto.
 b) Alguns se arrependem de não terem lido mais na infância.
 c) Leem-se narrativas literárias para desenvolver a criticidade.
 d) Aprende-se muito lendo textos literários de todos os gêneros.
 e) Os jovens mais cultos são os que se movem na direção dos livros.
 
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Questão 613: CESGRANRIO - Enf (PETROBRAS)/PETROBRAS/Júnior/2018
Assunto: Partícula "se"
A Benzedeira
Havia um médico na nossa rua que, quando atendia um chamado de urgência na vizinhança, o remédio para todos os males era só um: Veganin. Certa vez, Virgínia ficou
semanas de cama por conta de um herpes-zóster na perna. A ferida aumentava dia a dia e o dr. Albano, claro, receitou Veganin, que, claro, não surtiu resultado. Eis que
minha mãe, no desespero, passou por cima dos conselhos da igreja e chamou dona Anunciata, que além de costureira, cabeleireira e macumbeira também era
benzedeira. A mulher era obesa, mal passava por uma porta sem que alguém a empurrasse, usava uma peruca preta tipo lutador de sumô, porque, diziam, perdera os
cabelos num processo de alisamento com água sanitária.
Se Anunciata se mostrava péssima cabeleireira, no quesito benzedeira era indiscutível. Acompanhada de um sobrinho magrelinha (com a sofrida missão do empurra-
empurra), a mulher “estourou” no quarto onde Virgínia estava acamada e imediatamente pediu uma caneta-tinteiro vermelha — não podia ser azul — e circundou a ferida
da perna enquanto rezava Ave-Marias entremeadas de palavras africanas entre outros salamaleques. Essa cena deve ter durado não mais que uma hora, mas para mim
pareceu o dia inteiro. Pois bem, só sei dizer que depois de três dias a ferida secou completamente, talvez pelo susto de ter ficado cara a cara com Anunciata, ou porque o
Vaganin do dr. Albano finalmente fez efeito. Em agradecimento, minha mãe levou para a milagreira um bolo de fubá que, claro, foi devorado no ato em um minuto,
sendo que para o sobrinho empurra-empurra que a tudo assistia não sobrou nem um pedacinho.
LEE, Rita. Uma Autobiografi a. São Paulo: Globo, 2016, p. 36.
 
“Anunciata se mostrava péssima cabeleireira” é uma oração que contém o pronome se com o mesmo valor presente em: 
 a) A benzedeira se fartou com o bolo de fubá. 
 b) Já se sabia que o dr. Albano ia receitar Veganin. 
 c) A ferida da perna de Virgínia se foi em três dias. 
 d) Minha mãe não se queixou de nada com ninguém. 
 e) Falava-se na ferida de Virgínia como algo misterioso.
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Questão 614: CESGRANRIO - Tec (PETRO)/PETROBRAS/Administração e Controle Júnior/2018
Assunto: Partícula "se"
O termo destacado foi utilizado na posição correta, segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, em: 
 a) Embora lembrem-se da importância de uma nova utilização, como é o caso das garrafas plásticas, há pessoas que desconhecem o valor da reciclagem. 
 b) O desafio da limpeza urbana não limita-se apenas amanter limpas as ruas, mas, também, a coletar e dar destino adequado ao lixo urbano. 
 c) Quando o lixo aloja-se no meio ambiente, causa danos irreparáveis a todos os seres vivos, assim como a toda a natureza. 
 d) Sempre fazem-se necessárias políticas eficazes para ressaltar a importância do saneamento, mantendo-se as cidades mais limpas. 
 e) Todos os moradores do bairro mobilizaram-se ao perceber que os esforços dispensados para manter o funcionamento dos edifícios deram bons resultados.
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Questão 615: CESGRANRIO - Aud Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2016
Assunto: Partícula "se"
Texto
 
Homem no mar
 
De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar. Não há ninguém na praia, que resplende ao sol. O vento é nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das
águas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda é verde.
 
Mas percebo um movimento em um ponto do mar; é um homem nadando. Ele nada a uma certa distância da praia, em braçadas pausadas e fortes; nada a favor das
águas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas são leves, não são feitas de nada, toda a sua
substância é água e vento e luz, e o homem tem sua carne, seus ossos, seu coração, todo o seu corpo a transportar na água.
 
Ele usa os músculos com uma calma energia; avança. Certamente não suspeita de que um desconhecido o vê e o admira porque ele está nadando na praia deserta. Não
sei de onde vem essa admiração, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidário com ele, acompanho o seu esforço solitário como se ele estivesse
cumprindo uma bela missão. Já nadou em minha presença uns trezentos metros; antes, não sei; duas vezes o perdi de vista, quando ele passou atrás das árvores, mas
esperei com toda confiança que reaparecesse sua cabeça, e o movimento alternado de seus braços. Mais uns cinquenta metros, e o perderei de vista, pois um telhado o
esconderá. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros, isto me parece importante, é preciso que conserve a mesma batida de sua braçada, que eu o veja
desaparecer assim como o vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, forte, lento, sereno. Será perfeito; a imagem desse homem me faz bem.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 9/115
 
É apenas a imagem de um homem, e eu não poderia saber sua idade, nem sua cor, nem os traços de sua cara. Estou solitário com ele, e espero que ele esteja comigo.
[...]
 
Agora não sou mais responsável por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu. Admiro-o. Não consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele
não estava fazendo nenhum gesto a favor de alguém, nem construindo algo de útil; mas certamente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril.
 
Não desço para ir esperá-lo na praia e lhe apertar a mão; mas dou meu silencioso apoio, minha atenção e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse
homem, a esse correto irmão.
 
Janeiro, 1953 BRAGA, Rubem. A cidade e a Roça. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964. p. 11.
 
No Texto, em “De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar.”, caso o verbo em destaque fosse passado para a voz passiva pronominal, o resultado seria:
 
“De minha varanda vê-se, entre árvores e telhado, o mar.”
 
Essa transformação conferiria ao relato do narrador um tom de 
 a) mistério 
 b) crítica 
 c) impessoalidade 
 d) dúvida 
 e) resignação
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Questão 616: CESGRANRIO - Qui Pet (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2012
Assunto: Partícula "se"
De acordo com a norma-padrão, há indeterminação do sujeito em: 
 a) Olharam-se com cumplicidade. 
 b) Barbearam-se todos antes da festa. 
 c) Trata-se de resolver questões econômicas. 
 d) Vendem-se artigos de qualidade naquela loja. 
 e) Compra-se muita mercadoria em época de festas.
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Questão 617: CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014
Assunto: Vocábulo "como"
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
No trecho “reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em alguns países, veteranos de guerra”, a
palavra em destaque contribui para estabelecer a seguinte relação entre partes do texto: 
 a) reafirmação da visão de setores desfavorecidos 
 b) enumeração de componentesdo grupo citado 
 c) comparação entre os aspectos mencionados 
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 d) oposição ao ponto de vista dos prefeitos 
 e) retificação dos dados relatados no texto
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Questão 618: CESGRANRIO - Aux Sau (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2018
Assunto: Vocábulo "que"
O lado sombrio da luz
 
O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, possibilitou ao ser humano exercer grande controle sobre o meio em que vivia, proporcionando imensurável
vantagem seletiva. A luz também foi fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, que nos proporcionam mais comodidade e praticidade. Mas, apesar de ser em
muitas culturas símbolo do progresso, pureza e beleza, a luz também tem seu lado sombrio.
 A poluição luminosa — toda luz desnecessária ou excessiva produzida artificialmente — é a que mais cresce no planeta e, infelizmente, os impactos do seu mau uso e
os mecanismos com os quais podemos minimizá-los têm pouquíssimo destaque se comparados aos de outros tipos de poluição.
 A revolução industrial alavancou os efeitos da poluição luminosa para níveis altíssimos nos dias de hoje. É possível ver o intenso brilho noturno dos centros urbanos até
em fotos de satélites. Mais de perto, a poluição luminosa pode ser notada quando se observa uma “aura” de luz no horizonte, olhando na direção de uma grande cidade.
Esse brilho do céu noturno é causado por luzes terrestres direcionadas ou refletidas para a atmosfera. 
 A iluminação artificial excessiva, principalmente na área rural, foi associada a uma maior probabilidade de epidemias por atrair vetores de doenças, como o barbeiro
(doença de Chagas), o mosquito-palha (leishmaniose) e o mosquito-prego (malária).
 Acredita-se também que a iluminação noturna em centros urbanos influencie fatores psicossociais, sendo mencionada como uma das causas que contribuem para o
aumento da criminalidade e depressão. Quebras no relógio biológico humano são relacionadas aos mais diversos problemas de saúde, como distúrbios cardiovasculares,
diabetes e obesidade. 
 Não só seres humanos, mas insetos e aves sofrem consequências da poluição luminosa. Na natureza intacta, as únicas fontes de luz durante a noite eram as estrelas e
a luz refletida pela Lua. Os animais, incluindo os humanos, e as plantas evoluíram nos regimes de luz natural; portanto, é fácil imaginar que sofram direta ou
indiretamente com as alterações artificiais da luz noturna.
 Vaga-lumes e outros insetos são afetados pela iluminação artificial de formas distintas. Alguns insetos utilizam a posição das estrelas e o sentido da luz para
navegação. Mariposas e besouros têm seus ciclos de vida alterados e são atraídos e desorientados pela luz, tornando-se vítimas fáceis de aves, morcegos e outros
predadores. Esses insetos desempenham diversas funções nos ecossistemas, como polinização, alimento para outros animais, controle de populações de pragas,
decomposição de material orgânico e até dispersão de sementes. Fica claro, portanto, que estamos longe de compreender a poluição luminosa, seus efeitos e
consequências no meio ambiente. 
 Como as plantas utilizam a luz solar para realizar fotossíntese e direcionar seu crescimento, mudanças na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão
em relação à estação do ano em que se encontram, resultando na produção de flores, frutos ou queda de folhas em épocas inesperadas. Tais alterações podem resultar
em graves consequências para outros seres que delas dependam, como insetos polinizadores. Nos pássaros, a luz vermelha interfere na orientação magnética; e, nas
mariposas e nos besouros, focos de luz atraem as mais diversas espécies, tornando-as mais vulneráveis a predadores.
 Com o desenvolvimento tecnológico das lâmpadas LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz), a iluminação artificial torna-se mais eficiente energeticamente. Mas,
em vez de usarmos tal eficiência para reduzir o consumo de energia, o menor custo energético está sendo utilizado para aumentar o fluxo luminoso e,
consequentemente, a poluição luminosa.
 Medidas simples podem reduzir a emissão de luz e sua influência negativa sobre outros seres, inclusive sobre nós. Isso sem mencionar a conta de energia. Para
combater a poluição luminosa, é necessário (i) repensar o que precisa ser iluminado, usando, por exemplo, holofotes direcionados e que não irradiem luz para a
atmosfera; (ii) reduzir o tempo de iluminação com o uso de temporizadores e sensores de presença; (iii) avaliar se precisamos de luzes tão fortes e brancas para todas as
tarefas; (iv) tentar reduzir a exposição à luz artificial forte fora dos horários naturais de luz.
 Trocar as lâmpadas brancas por luzes mais amareladas nos locais em que elas não são necessárias, assim como trocar o celular ou o computador por uma boa revista
sob luz branda antes de dormir, podem proporcionar uma noite mais bem dormida.
HAGEN, O.; BARGHINI, A. Revista Ciência Hoje, n. 340. 21 set. 2016. Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/ revista/materia/id/1094/n/o_lado_sombrio_da_luz. Acesso em: 5 dez. 2017.
Adaptado.
 
 
Uma das funções do pronome que é retomar alguma palavra ou expressão anteriormente mencionada no texto. O termo a que ele se refere está corretamente indicado
entre colchetes em:
 a) “O domínio do fogo, e consequentemente da luminosidade, possibilitou ao ser humano exercer grande controle sobre o meio em que vivia, proporcionando
imensurável vantagem seletiva.” [ser humano]
 b) “A luz também foi fundamental para incontáveis avanços tecnológicos, que nos proporcionam mais comodidade e praticidade.” [luz]
 c) “Acredita-se também que a iluminação noturna em centros urbanos influencie fatores psicossociais, sendo mencionada como uma das causas que contribuem
para o aumento da criminalidade e depressão.” [fatores psicossociais]
 d) “mudanças na duração dos dias causadas por luminárias provocam confusão em relação à estação do ano em que se encontram, resultando na produção de
flores, frutos ou queda de folhas em épocas inesperadas.” [estação do ano]
 e) “Tais alterações podem resultar em graves consequências para outros seres que delas dependam, como insetos polinizadores.” [consequências] 
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Questão 619: CESGRANRIO - Admin (PETRO)/PETROBRAS/Júnior/2018
Assunto: Vocábulo "que"
A questão baseia no texto apresentado abaixo.
 
O vício da tecnologia
 
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as
inovações, estavam produtos relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta
interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.
 Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma ansiedade tão grande para consumir produtos que
prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone?
Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
 A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso
processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo,
segurança e status social.
 Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada: nósnos sentimos melhores e superiores, ainda que
momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda possui.
 Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas
quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para
os mais entusiastas.
 O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina,
responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
 O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes
sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem
sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em relação ao modelo
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou
inovadora no cotidiano.
 No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o
efeito momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a nova compra. O choque ao constatar o rombo em
seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.
 
Considere a seguinte frase: “Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem resultar em comportamentos impulsivos nos consumidores desses produtos”. A
utilização da preposição destacada a é obrigatória para atender às exigências da regência do verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. É
também obrigatório o uso de uma preposição antecedendo o pronome que destacado em:
 a) Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no mercado, passam a ter uma sensação de superioridade.
 b) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu preço elevado em relação ao modelo anterior.
 c) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para mostrar que o vício em novidades tecnológicas cresce cada vez mais.
 d) O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as pessoas a se sentirem recompensadas.
 e) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em aparelhos que elas não necessitam. 
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Questão 620: CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2018
Assunto: Vocábulo "que"
A questão baseia no texto apresentado abaixo.
 
Entenda o que é bitcoin
 
 A bitcoin é uma moeda, assim como o real ou o dólar, mas bem diferente dos exemplos citados. O primeiro motivo é que ela não existe fisicamente, é totalmente virtual.
O outro motivo é que sua emissão não é controlada pelo banco central de um país. Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos
por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar bitcoins e registrar todas as transações feitas. 
 No processo de nascimento de uma bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos.
Quem ganha recebe um bloco da moeda. O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até
21 milhões de unidades até o ano de 2140. 
 Com o aumento do número dos interessados, a tarefa de fabricar bitcoins ficou apenas com quem tinha supermáquinas. A disputa aumentou tanto, que surgiram até
computadores com hardware dedicado à tarefa.
 Com as moedas virtuais, podem-se contratar serviços ou adquirir produtos no mundo inteiro. Além da mineração, é possível comprar unidades em corretoras
específicas. Elas são guardadas em uma espécie de carteira, que é criada quando o usuário se cadastra no software. 
 O valor da bitcoin segue as regras de mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação. Historicamente, a moeda virtual apresenta alta volatilidade. Em
2014, sofreu uma forte desvalorização, mas retomou sua popularidade nos anos seguintes. No ano passado, o interesse pela bitcoin explodiu e a moeda passou a ser um
dos investimentos mais comentados do planeta. Em 2017, a moeda digital valorizou 1400% e atingiu a maior cotação da história: 19,3 mil dólares.
 Os entusiastas da moeda dizem que o movimento de alta deve continuar com o interesse de novos adeptos e com a maior aceitação. Críticos afirmam que a moeda
vive uma bolha que em algum momento deve estourar. 
AZEVEDO, Rita. Revista Exame. 13 jun. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/mercados/entenda-o-que-e-bitcoin/>. Acesso em: 1 fev. 2018. Adaptado.
 
A ideia a que o pronome destacado se refere está adequadamente explicitada entre colchetes em:
 a) “Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que ´emprestam´ a capacidade de suas máquinas para criar
bitcoins” [computadores]
 b) “No processo de nascimento de uma bitcoin, que é chamado de ´mineração´, os computadores conectados à rede competem entre si” [bitcoin]
 c) “O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até 21 milhões de unidades” [rede]
 d) “Elas são guardadas em uma espécie de carteira, que é criada quando o usuário se cadastra no software.” [espécie ]
 e) “Críticos afirmam que a moeda vive uma bolha que em algum momento deve estourar.” [bolha]
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Questão 621: CESGRANRIO - Tec (PETRO)/PETROBRAS/Segurança Júnior/2017
Assunto: Vocábulo "que"
Energia eólica na história da Humanidade
 
Energia, derivada de energeia, que em grego significa “em ação”, é a propriedade de um sistema que lhe permite existir, ou seja, realizar “trabalho” (em Física). Energia
é vida, é movimento — sem a sua presença o mundo seria inerte. Saber usar e administrar sua produção por meio de diferentes fontes de energia é fundamental.
 
Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa devem ser geradas continuamente, ou armazenadas para serem consumidas nos
momentos de necessidade. A utilização de diversas formas de energia possibilita ao homem cozinhar seu alimento, fornecer combustível aos seus sistemas de transporte,
aquecer ou refrigerar suas residências e movimentar suas indústrias.
 
Existem fontes de energia alternativas que, adequadamente utilizadas, podem substituir os combustíveis fósseis em alguns de seus usos, reservando-os para aquelas
situações em que a substituição ainda não é possível. A energia eólica é uma delas.
 
A energia eólica é a energia gerada pela força do vento, ou seja, é a força capaz de transformar a energia do vento em energia aproveitável. É captada através de
estruturas como: aerogeradores, que possibilitam a produção de eletricidade; moinhos de vento, com o objetivo de produzir energia mecânica que pode ser usada na
moagem de grãos e na fabricação de farinha; e velas, já que a força do ar em movimento é útil para impulsionar embarcações.
 
A mais antiga formade utilização da energia eólica foi o transporte marítimo. Naus e caravelas movidas pelo vento possibilitaram empreender grandes viagens, por
longas distâncias, levando a importantíssimas descobertas.
 
Atualmente, o desenvolvimento tecnológico descobriu outras formas de uso para a força eólica. A mais conhecida e explorada está voltada para a geração de força
elétrica. Isso é possível por meio de aerogeradores, geradores elétricos associados ao eixo de cata-ventos que convertem a força cinética contida no vento em energia
elétrica. A quantidade de energia produzida vai depender de alguns fatores, entre eles a velocidade do vento no local e a capacidade do sistema montado.
 
A criação de usinas para captação da energia eólica possui determinadas vantagens. O impacto negativo causado pelas grandes turbinas é mínimo quando comparado
aos causados pelas grandes indústrias, mineradoras de carvão, hidrelétricas, etc. Esse baixo impacto ocorre porque usinas eólicas não promovem queima de combustível,
nem geram dejetos que poluem o ar, o solo ou a água, além de promoverem maior geração de empregos em regiões desfavorecidas. É uma fonte de energia válida
economicamente pois é mais barata.
 
A energia eólica é uma fonte de energia que não polui e é renovável, mas que, apesar disso, causa alguns impactos no ambiente. Isso acontece devido aos parques
eólicos ocuparem grandes extensões, com imensos aerogeradores instalados. Essas interferências no ambiente são vistas, muitas vezes, como desvantagens da energia
eólica. Assim, citam-se as seguintes desvantagens: a vasta extensão de terra ocupada pelos parques eólicos; o impacto sonoro provocado pelos ruídos emitidos pelas
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 12/115
turbinas em um parque eólico; o impacto visual causado pelas imensas hélices que provocam certas sombras e reflexos desagradáveis em áreas residenciais; o impacto
sobre a fauna, provocando grande mortandade de aves que batem em suas turbinas por não conseguirem visualizar as pás em movimento; e a interferência na radiação
eletromagnética, atrapalhando o funcionamento de receptores e transmissores de ondas de rádio, TV e micro-ondas.
 
Esse tipo de energia já é uma realidade no Brasil. Nosso país já conta com diversos parques e usinas. A tendência é que essa tecnologia de geração de energia cresça
cada vez mais, com a presença de diversos parques eólicos espalhados pelo Brasil.
 
Disponível em: <http://www.fontesdeenergia.com/tipos/renovaveis/energia-eolica/>.
Acesso em: 5 ago. 2017. Adaptado.
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome que faz referência à palavra ou expressão entre colchetes em: 
 a) “Energia, derivada de energeia, que em grego significa ‘em ação’, é a propriedade de um sistema que lhe permite existir” [propriedade de um sistema] 
 b) “Existem fontes de energia alternativas que, adequadamente utilizadas, podem substituir os combustíveis fósseis” [alternativas] 
 c) “reservando-os para aquelas situações em que a substituição ainda não é possível” [combustíveis fósseis] 
 d) “...usinas eólicas não promovem queima de combustível, nem geram dejetos que poluem o ar, o solo ou a água” [usinas eólicas] 
 e) “o impacto visual causado pelas imensas hélices que provocam certas sombras e reflexos desagradáveis em áreas residenciais” [impacto visual]
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Questão 622: CESGRANRIO - Aud Jr (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/2016
Assunto: Vocábulo "que"
Texto
 
A função da arte
 
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas,
esperando.
 
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e
tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
 
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!
 
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2002. p.12.
No trecho do Texto, a palavra destacada em “E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.”, introduz uma oração com o
sentido de consequência.
 
Na seguinte frase, a palavra em destaque cumpre o mesmo papel: 
 a) Que o homem permanecesse no mar era o que tanto queria. 
 b) Tão misterioso era o mar, que o homem se inquietou. 
 c) Não desejava que o pai fosse embora dali. 
 d) O mar, que se fazia tão grandioso, admirou o menino. 
 e) O pai ensinou ao menino que o mar deve ser respeitado.
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Questão 623: CESGRANRIO - Seg Of (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/Náutica/2016
Assunto: Vocábulo "que"
O velho olhando o mar
Meu carro para numa esquina da praia de Copacabana às 9h30 e vejo um velho vestido de branco numa cadeira de rodas olhando o mar a distância. Por ele passam
pernas portentosas, reluzentes cabeleiras adolescentes e os bíceps de jovens surfistas. Mas ele permanece sentado olhando o mar a distância. [...]
O carro continua parado, o sinal fechado e o estupendo calor da vida batia de frente sobre mim. Tudo em torno era uma ávida solicitação dos sentidos. Por isso,
paradoxalmente, fixei-me por um instante naquele corpo que parecia ancorado do outro lado das coisas. E sem fazer qualquer esforço comecei a imaginá- lo quando
jovem. É um exercício estranho esse de começar a remoçar um corpo na imaginação, injetar movimento e desejo nos seus músculos, acelerando nele, de novo, a avareza
de viver cada instante.
A gente tem a leviandade de achar que os velhos nasceram velhos, que estão ali apenas para assistir ao nosso crescimento. Me lembro que, menino, ao ver um velho
parente relatar fatos de sua juventude, tinha sempre a sensação de que ele estava inventando uma estória para me convencer de alguma coisa.
No entanto, aquele velho que vejo na esquina da praia de Copacabana deve ter sido jovem algum dia, em alguma outra praia, nos braços de algum amor, bebendo e
farreando irresponsavelmente e achando que o estoque da vida era ilimitado.
Teria ele algum desejo ao olhar as coxas das banhistas que passam? Olhando alguma delas teria se posto a lembrar de outros corpos que conheceu? Os que por ele
passam poderiam supor que ele fazia maravilhas na cama ou nas pistas de dança? [...]
Ele está ali, eu no meu carro, e me dou conta de que um número crescente de amigos e conhecidos tem me pronunciado a palavra “aposentadoria” ultimamente. Isso é
uma síndrome grave. Em breve estarei cercado de aposentados e forçosamente me aposentarão. Então, imagino, vou passear de short branco e boné pelo calçadão da
praia, fingindo ser um almirante aposentado, aproveitando o sol mais ameno das 9h30 até cair sentado numa cadeira e ficar olhando o mar. [...]
Meu carro, no entanto, continua parado no sinal da praia de Copacabana. O carro apenas, porque a imaginação, entre o sinal vermelho e o verde, viajou intensamente.
Vou ter de deixar ali o velho e sua acompanhante olhando o mar por mim. Vou viver a vida por ele, me iludir de que no escritório transformo o mundo com telefonemas,
projetos e papéis. Um dia talvez esteja naquela cadeira olhando o mar a distância, a vida distante.
Mas que ao olhar para dentro eu tenha muito que rever e contemplar. Nesse caso não me importarei que o moço que estiver no seu carro parado no sinal imagine coisas
sobre mim. Estarei olhando o mar, o mar interior, e terei navegantes alegrias que nenhum passante compreenderá.
SANT’ANNA, A. R. Coleção melhores crônicas –
Affonso Romano de Sant’Anna. Seleção e prefácio: Letícia Malard. São Paulo: Global, 2003.
 
O seguinte trecho do texto é introduzido por um pronome relativo: 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

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