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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS STÉPHANY FRANÇA DE SOUSA – RA: N2942H-0 A RELEVÂNCIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL EM UMA EMPRESA DO SEGMENTO CONTÁBIL SÃO PAULO 2022 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS STÉPHANY FRANÇA DE SOUSA – RA: N2942H-0 A RELEVÂNCIA DA LIDERANÇA SITUACIONAL EM UMA EMPRESA DO SEGMENTO CONTÁBIL Estágio Curricular Supervisionada, apresentado ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista – Campus Tatuapé, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Me. Derneval Gondim SÃO PAULO 2022 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço ao meu Deus por todos os planos dele realizados em minha vida e por ter me ajudado a chegar até aqui. Não foi uma tarefa fácil, me dediquei muito para aprender, me esforcei para que não pegasse nenhuma DP em matérias e me sair bem nas provas, e graças a Ele eu pude enfrentar cada obstáculo com cabeça erguida. Agradeço também aos meus pais, Alessandro e Ivânia, por todo apoio que me deram para que eu pudesse realizar esse meu sonho. Me incentivaram o tempo todo a continuar e não desistir facilmente. Por último, agradeço a todos os meus professores do curso, pois além de profissionais excelentes, tiveram a paciência de tirar minhas dúvidas e me auxiliaram quando eu precisei. Muito obrigada! RESUMO O propósito da atividade de Estágio Supervisionado é inserir o estudante em seu futuro ambiente de trabalho, visando o aprendizado de competências próprias da atividade profissional, assimilando a teoria na prática, sendo assim uma experiência imprescindível para um bom desempenho profissional, através de vivências que contribuam para um adequado relacionamento interpessoal e participação ativa na sociedade. Deste modo o presente relatório tem por objetivos: (a) Especificar as atividades desenvolvidas pela graduanda durante o período de estágio na empresa (b) Descrever detalhadamente um problema encontrado na empresa “lócus” do estudo, expondo situações que levaram a essa identificação e, (c) Apresentar uma alternativa para solucionar ou minimizar o problema encontrado. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6 1 APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ....................................................................... 8 1.1 Razão Social ........................................................................................................... 8 1.2 Origem e evolução .................................................................................................. 8 1.3 Endereço .............................................................................................................. 11 1.4 Ramo da atividade ................................................................................................ 11 1.5 Missão e objetivos da empresa ............................................................................ 11 1.6 Principiais concorrentes ........................................................................................ 12 1.7 Principais produtos ............................................................................................... 12 1.8 Organograma geral da empresa ........................................................................... 12 2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO ............................................................... 14 2.1 Departamento ....................................................................................................... 14 2.2 Organograma do departamento ............................................................................ 14 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA EMPRESA ....................................................... 16 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 17 4.1 Identificação do problema ..................................................................................... 17 4.2 Possível solução para o problema encontrado ..................................................... 17 4.3 Contextualização teórica ....................................................................................... 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 33 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 34 6 INTRODUÇÃO A princípio, importante reiterar que, o propósito da atividade de Estágio Supervisionado é inserir o estudante em seu futuro ambiente de trabalho, visando o aprendizado de competências próprias da atividade profissional, assimilando a teoria na prática, sendo assim uma experiência imprescindível para um bom desempenho profissional, através de vivências que contribuam para um adequado relacionamento interpessoal e participação ativa na sociedade. Sublinhe-se ainda que, o Estágio Supervisionado Obrigatório, é condição para a obtenção da habilitação profissional do graduando em Ciências Contábeis, sendo que neste período os estudantes deste curso, observam e praticam as atividades desenvolvidas pelos contadores, normalmente acompanhados de seu responsável técnico. É regulamentado pela Lei Federal de n° 6.494/77, e ainda previsto pelo art. 7º, da Resolução CNE/CES 10/2004, como um Componente Curricular Obrigatório, e ainda regido pela Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 como uma forma de complementar o ensino e a aprendizagem acadêmica e, pode ser iniciado assim que o estudante ingressa no curso, tendo a duração máxima de dois anos. A condição de estagiário se encerra com a conclusão do curso. Considerando tais pressupostos, o presente relatório tem por objetivos: (a) Especificar as atividades desenvolvidas pela graduanda durante o período de estágio na empresa; (b) Descrever detalhadamente um problema encontrado na empresa “lócus” do estudo, expondo a (s) situação (s) que levaram a essa identificação; (c) Apresentar uma alternativa para solucionar ou minimizar o problema encontrado. Para uma melhor visualização e compreensão, o estudo encontra-se estruturado da seguinte forma: No Capítulo 1 apresentamos a empresa, onde são expostas sua Razão Social, 7 assim como sua origem, evolução, sendo que a tais informações são acrescidos o endereço, ramo de atividade, missão e objetivo da empresa, principais concorrentes e produtos e por fim um organograma geral da organização. No Capítulo 2 apresentamos a área da empresa na qual estagiamos, assim como um organograma específico de tal departamento e/ou setor, demonstrando as funções e/ou cargos do departamento/setor. No Capítulo 3 descrevemos detalhadamente as atividades desenvolvidas na função exercida. No Capítulo 4 temos a contextualização prática e teórica do relatório, em que inicialmente detalhamos o problema identificado na empresa no decorrer do ESO e, na sequência expomos uma alternativa real e factível para tal problema, de modo que este seja solucionado ou minimizado e, ao final, fundamentamos teoricamente a perspectiva encontrada. Ao final dissertamos acerca das considerações finais, onde definimos as nossas conclusões propiciadas pela pesquisa, a contribuição que esta trará para as práticas dos profissionais de Ciências Contábeis, e ainda, quais as perspectivas futuras de continuidade de investigações científicas acerca da mesma na temática, assim como Referências Bibliográficas empregadas para a construção da Fundamentação Teórica do Estudo, além dos apêndicese anexos. 8 1 APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 1.1 RAZÃO SOCIAL A KAED - Assessoria Contábil LTDA, tem como natureza jurídica Sociedade Empresária Limitada, tendo porte de uma Microempresa. É optante pelo Simples Nacional desde 01/07/2007 e qualificação do responsável como Sócio Administrador. 1.2 ORIGEM E EVOLUÇÃO A história da empresa se inicia no ano de 1993, quando Katia Aparecida Gomes se uniu maritalmente com Edson aos dezenove anos de idade. Um ano depois, Katia iniciou um trabalho como escriturária no setor fiscal, de uma empresa denominada Organização King, sendo esta de porte médio com mais de cem funcionários, que nos dias atuais é conhecida como King Contabilidade. Nesse meio tempo, se formou em Bacharel de Ciências Contábeis em 1999. Trabalhou por sete anos nessa empresa e saiu como sub encarregada do setor. Em seguida, começou um novo emprego numa pequena empresa que atuava no segmento de Eventos a qual contava aproximadamente com quinze funcionários, onde atuava como Gerente Administrativa, sendo que dentre as inúmeras funções que desempenhava, era a de uma espécie e contadora. Neste meio tempo, nasce sua filha, a Vitória Gomes e após o período de licença a gestante, então com 28 anos, Kátia retorna ao trabalho, todavia após alguns meses descobriu que estava novamente grávida de outra menina, que recebeu o nome de Izabel Gomes. Assim que ela nasceu, gozando de sua licença maternidade, refletiu e ponderou acerca dos pós e contras e por fim, decide não retornar a sua antiga função e, então como estava a tempos alimentando um sonho que era ter seu próprio escritório de contabilidade, comunicou a empresa sua decisão e para sua surpresa, tendo em vista suas eficiência profissional, recebeu uma proposta de continuar atendendo de forma autônoma na área contábil, e deste modo a empresa que antes a lhe empregou passou se tornou sua primeira cliente. Mas como nenhum início é algo fácil, mais um entrave surge no caminho de 9 Katia: a questão financeira, pois está não dispunha do montante necessário para se lançar no mercado então, lembrando-se de um amigo de faculdade, Inácio, o qual além da afinidade, possuía o mesmo sonho que ela, ou seja, abrir um escritório de contabilidade, resolveu lhe enviar uma proposta, a de empreenderem como sócios no segmento, sendo que recebeu um “sim” com entusiasmo. Enfim, na busca por um espaço para estabelecerem o negócio, encontraram uma sala pequena e para economizarem no sentido de investirem em ativos e outras despesas, adquiriram alguns móveis usados e assim surgiu a “ACP Contabilidade”. Na perspectiva de conquistarem novos clientes se valeram de faixas para divulgação de seus serviços com os dizeres: “Abertura de empresa: CNPJ em 15 dias!”, o que se mostrou uma ação exitosa, pois acabou gerando muitos clientes, só que a maioria para área da contabilidade geral e não para Auditoria, uma das especialidades de Inácio, o que diante da fraca demanda optou por abandonar a sociedade, passando então Katia a ser a única dona do negócio. Em razão da intensa procura, o local em que o escritório se encontrava instalado se tornou pequeno e ainda, Katia não conseguia atender aos clientes com a eficiência que era sua marca e então sem condições de contratar por enquanto novos funcionários, trouxe sua mãe e sua irmã Keila de apenas 15 anos para lhe apoiarem nas atividades a serem desenvolvidas. Apesar de ambas não terem sequer noção da área contábil, Kátia as ensinou e assim estas se mostraram um apoio de fundamental importância para o sucesso do novo empreendimento. Em vista disso, a empresária pensou em adquirir um novo espaço, mesmo ainda sem muitas condições financeiras. Então, conversou com uma prima que possuía um imóvel nos fundos de uma empresa da família, em Tatuapé e assim obteve a autorização para ocupá-lo sem custas, a título de empréstimo. Neste novo escritório, Kátia permaneceu durante quatro meses, dado que sua prima resolveu mudar a empresa de endereço para um sobrado muito pequeno na mesma região. Diante de tal fato, Katia alugou uma sala de 40m² na Vila Azevedo e como antes atendia como Pessoa Física optou agora pelo regime de Pessoa Jurídica, pois agora 10 havia contratado outros colaboradores. Sua atual situação financeira lhe permitiu contratar serviços de uma empresa especialista em painéis eletrônicos para divulgação do novo local em que se instalou, assim dos serviços de contabilidade prestados por sua empresa. Essa estratégia de marketing se mostrou próspera, pois a demanda de clientes praticamente triplicou. Um episódio que merece destaque acerca desta empresa é que, de acordo com o painel, a empresa tinha por prioridade honrar com o compromisso de entregar o CNPJ em 15 dias ou o cliente teria seu dinheiro de volta. E, nesse ínterim houve um episódio em que um cliente se irritou e questionou um atraso que ocorreu, sem ser relacionado ao escritório e sim por questões relacionadas a expedição de documentos por parte da Prefeitura local e Katia não pensou duas vezes em devolver o valor total conforme prometido, o que conquistou o cliente e até hoje, depois de tantos anos, este permanece na carta de clientes do escritório. Outro episódio que ficou marcado na trajetória da empresa, se encontra no fato de que um cliente mandou e-mail para o escritório “ACP Contabilidade”, solicitando alguns serviços para Katia, todavia a mensagem foi enviada para outra empresa de Itajaí/SC, a qual coincidentemente, além de possuir o mesmo nome, tinha em seu quadro de colaboradores uma pessoa com o mesmo nome da empresária. Fato é que o proprietário da empresa de Itajaí/SC ao receber esse e-mail, buscou mais detalhes e conseguiu o contato de Katia, e ao estabelecer contato com a mesma, a questionou sobre ter um outro escritório em São Paulo com o mesmo nome que o seu e pediu para trocar o nome da razão social, por já possuir essa marca registrada há 40 anos. E então, com muito esforço, criatividade e merecimento, originou-se a “KAED Contabilidade”, onde “KAED” sendo esta a junção de Katia e Edson, seu esposo. Mais uma vez, o espaço em que o escritório se encontrava instalado, devido a novas contratações de funcionários se mostrou insuficiente, então foi necessário procurar um imóvel com mais acomodações e assim, a KAED Contabilidade se mudou para um sobrado na Radial Leste, Tatuapé. Neste local, permaneceram por 10 anos, e então diante de todos os esforços empreendidos e de todos os obstáculos que perpassaram, Kátia e Edson construíram um espaço onde o departamento fiscal e o 11 departamento contábil, foram separados para maior conforto e organização, e desde então vem progredindo e se firmando como uma das empresas mais bem conceituadas do ramo da região. Com o passar do tempo, tiveram o privilégio de firmar parceria com a ABIARA (uma imobiliária de grande porte), o que contribuiu para o aumento do número de clientes para o escritório. Na atualidade, a KAED Contabilidade conta com aproximadamente 550 clientes. 1.3 ENDEREÇO A empresa KAED Contabilidade, “lócus” deste estudo, encontra-se localizada na Rua Santo Elias, 398 Parque São Jorge na cidade de São Paulo/SP, com o CEP 03086-050. 1.4 RAMO DA ATIVIDADE A empresa atua no ramo da contabilidade, a qual em um contexto geral, segundo estudiosos é uma ciência que se mostra de suma importância tanto quanto para as empresas quanto para a sociedade em geral. Por seu turno, Marion (2015) a considera como uma ferramenta que concede uma gama de informações pertinentes para a tomada de decisões em todo o contexto de uma empresa. Tais pressupostos levam ao entendimento de que a contabilidade não é tida como uma ciência exata, sendo classificada como uma ciência social, considerando que a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial, seja ele de pessoas físicas ou jurídicas,visando seu controle. 1.5 MISSÃO E OBJETIVOS DA EMPRESA 1.5.1. Missão Prestar serviços de contabilidade de excelente qualidade para micro, pequenas e médias empresas, oferecendo um atendimento rápido, gentil e eficaz a todos os nossos clientes, valorizando a ética, respeitando as leis e as pessoas. 12 1.5.2. Visão Ser reconhecida como uma das melhores empresas de Contabilidade do país. 1.5.3. Valores Ética e respeito às leis; rapidez no atendimento; busca contínua pelo aprimoramento técnico; preço justo e competitivo; satisfação do cliente. 1.6 PRINCIPIAIS CONCORRENTES Dentre os principais concorrentes da presa temos a Contabilizei Contabilidade; a Agilize Contabilidade; a Ozai Contabilidade e Soluzione Assessoria e Consultoria Contábil. 1.7 PRINCIPAIS PRODUTOS A empresa atende Microempresas, Empresas de Pequeno e Médio Porte, oferecendo pacotes de serviços conforme a necessidade da clientela tais como: abertura de empresas; MEI para ME; Assessoria Contábil; Contabilidade especializada em Ecommerce; Contabilidade Especializada em Indústrias e Contabilidade em Construção Civil. 1.8 ORGANOGRAMA GERAL DA EMPRESA A empresa é composta pelos seguintes departamentos: ✓ Departamento de Contabilidade Fiscal: este setor é de suma importância para o bom andamento do negócio, sendo o responsável pela escrituração de todas as movimentações, apuração dos impostos e garantia de que todas as obrigações legais estão sendo cumpridas. ✓ Departamento Contábil: setor responsável pelos pagamentos, recebimentos, gestão da folha de pagamentos, responsável também por encargos sociais, salários e impostos. Ainda neste setor são realizados relatórios financeiros, balanços e orçamentos, controle financeiro e preservação da empresa contra fraudes e erros. 13 ✓ Departamento de Recursos Humanos: este setor é responsável pela contratação de novos colaboradores, e ainda, pela integração, satisfação, produtividade e continuidade dos profissionais no ambiente organizacional, atendendo às demandas de pessoal, mediando conflitos e tornando o ambiente propício para o desenvolvimento de um trabalho eficiente. ✓ Departamento Financeiro: tem como atribuição a administração dos recursos financeiros da empresa, garantindo uma eficiente gestão do patrimônio. ✓ Departamento Administrativo: este setor encontra-se sobre a responsabilidade dos sócios proprietários, sendo considerado o coração da empresa, onde são definidas estratégias comerciais e normalmente tem sobre sua tutela a tomada de decisões de todos os processos que ocorrem no âmbito da empresa. 14 2 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO 2.1 DEPARTAMENTO O estágio ocorreu no Departamento de Contabilidade Fiscal da empresa KAED Contabilidade. 2.2 ORGANOGRAMA DO DEPARTAMENTO O Departamento de Contabilidade Fiscal é dividido nos seguintes setores: Gerência, Recepção e Setor de Análise. Conta com a presença de 5 (cinco) colaboradores sendo eles: Gerente; Analista Fiscal; Assistente Fiscal; Auxiliar e Estagiário, os quais são distribuídos conforme o organograma apresentado pela figura 1: Figura 1: Organograma do Departamento de Contabilidade Fiscal Fonte: Elaborado pela Estagiária. 2.2.1 Descrição de funções do departamento Como apresentado na figura 1, o departamento conta com a colaboração de 5 (cinco) colaboradores os quais desempenham funções específicas conforme exposto a seguir: ✓ Gerente: responsável pela gestão da equipe, organização do fluxo de tarefas e suporte no concernente a dúvidas da equipe que venham a ocorrer no decorrer dos processos; Gerência Recepção Assistente Setor de Análises Analista Auxiliar Estagiário 15 ✓ Analista: responsável pelas pesquisas tributárias, análise das empresas, configurações, atendimento ao cliente, resolução de dúvida dos assistentes, auxiliares e estagiários; ✓ Assistente: responsável pelo atendimento ao cliente, conferência, configurações, resolução de dúvidas dos auxiliares e estagiários; ✓ Auxiliar: responsável pela escrituração e fechamento final das empresas em diversos níveis de dificuldade, pré-conferência, entrega das obrigações acessórias em todos os âmbitos, auxílio no atendimento e demais serviços básicos sob tutela do seu responsável (Analista ou Assistente) e suporte aos estagiários; ✓ Estagiário: responsável pela escrituração e fechamento final das empresas dentre os níveis fácil e médio, pré-conferência, entrega das obrigações acessórias em todos os âmbitos, auxílio no atendimento sob tutela do seu supervisor (Assistente). 16 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA EMPRESA Oportuno se torna reafirmar que, o estágio é o período de aprendizado na empresa sedimentando na prática os conhecimentos adquiridos durante uma formação, sendo considerada uma oportunidade valorosa de familiarizar-se com o ambiente de trabalho, aprimorando assim seu relacionamento humano e contribuindo com sua atuação profissional. Dado o exposto, propicia a complementação do ensino e da aprendizagem, tornando-se elemento de integração, em termos de treinamento prático de aperfeiçoamento técnico, cultural e científico. Durante o período de estágio, a estudante desenvolveu as seguintes atividades: ✓ Emissão de notas fiscais eletrônicas de serviços; ✓ Lançamento de notas fiscais de entrada, saída e Nfs-e; ✓ Análise de documentos fiscais; ✓ Classificação da contabilidade e suporte ao cliente; ✓ Organização da documentação referente à contabilidade da empresa; ✓ Validação e lançamento de notas fiscais; ✓ Elaboração do controle de arquivos XML; ✓ Cálculos de impostos diversos e verificação de impostos retidos; ✓ Fechamentos fiscais e mensais com o contador; ✓ Apuração dos impostos municipais, estaduais e federais; ✓ Apuração do Simples Nacional; ✓ Elaboração de relatórios gerenciais e recebimento de pedidos. 17 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA 4.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA Durante o período de Estágio, observamos que apesar dispor de um ambiente confortável e inovador, a equipe aparenta estar desmotivada no concernente ao desempenho de suas atividades laborais. Outro fator observado, são as constantes reclamações deste público sobre não serem valorizados, afirmando estarem sobrecarregados de tarefas pois segundo os mesmos, outros setores tem lhes encaminhados documentações e serviços que não são de suas responsabilidades e atribuem tais falhas a ausência proativa por parte da Gerente Fiscal em todos os processos desenvolvidos no departamento. Convém mencionar que este problema tem causado impactos na produtividade destes colaboradores, nas relações interpessoais os quais inúmeras vezes se mostram desmotivados, o que faz perder um tempo valioso e ocorrem atrasos na entrega de obrigações acessórias, declarações ou documentos, gerando desconforto na clientela. O propósito desse estudo é identificar o profissional no ramo contábil que assumiu um cargo de liderança e que comete erros cruciais no modelo de gestão de equipe, falhando como diretor e orientador das pessoas que fazem parte da mesma e entender o que os levam a cometer tais erros. Com isso, baseando em análises de especialistas no assunto de Liderança Situacional, esse estudo trará formas para resolução ou melhoria dos comportamentos de líderes no ramo da contabilidade. 4.2 POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA ENCONTRADO Primacialmente, cabe ressaltar que no cenário competitivo do ramo empresarial, as organizações inclinam-se na busca de mecanismos que as diferenciem de seus concorrentes e as evidenciem nesse setor considerado complexo e em constante avanço. Desta feita, vislumbram a necessidade do desenvolvimento de estratégias com a intenção de projetarem suas atuações com foco no futuro. Tais aspectos desencadeiam um novo modelo de administração, o qual exige a 18 gestão emergencial de todos os aspectos daorganização, sendo que o gestor deve atuar de forma a encaminhar seus colaboradores no sentido de se procurar obter transformação sistematizada e certa estabilidade no seu gerenciamento. Baseadas nestas concepções, as organizações estão cada vez mais se preocupando com o nível de motivação e satisfação de seus colaboradores, não somente pelo bem-estar como um todo, mas pelo que isto pode retornar como benefícios para a empresa. Vale dizer que funcionários comprometidos e motivados em seu trabalho, podem obter uma maior produtividade e contribuir para o sucesso da empresa. Para o alcance destas perspectivas, as organizações buscam melhorar as condições de trabalho dos colaboradores visando a melhoria da qualidade de vida nas atividades laborais na tentativa de estabelecer uma conexão positiva e harmoniosa entre empregados e os gestores, neste caso, seus líderes, o que pode impactar significativamente a sua produtividade. No mundo contemporâneo, onde todos percorrem seus caminhos na busca de algo que os realize, o sucesso pessoal e profissional está consideravelmente conectado às formas de pensar e agir de cada indivíduo, destarte as empresas anseiam por profissionais que compreendam a importância e o significado do seu trabalho. Sendo assim, os profissionais que se empenham na realização de suas atividades com entusiasmo, é capaz de contagiar a todos a sua volta, produzindo em seus liderados à identificação dos objetivos e metas internas da organização e, por conseguinte, transformam o objetivo organizacional em um desejo coletivo a ser conquistado por todos e não imposto através de atitudes coercitivas e ameaças. Vale dizer que a função do gestor é conduzir seus liderados a trabalharem com entusiasmo, percebendo que por menor que seja a sua função, ela é de suma importância e faz parte de uma obra maior para a consecução dos objetivos e metas a serem alcançados. A liderança em uma empresa deve ter um sistema ancorado pela gestão de 19 recursos humanos da organização, pois o líder deve ter suas funções, valores, bem como seu comportamento delineado pelas premissas básicas de uma liderança considerada ideal. Para um comportamento efetivo, se faz necessário também ter sensibilidade, dedicação à equipe e intuição do coletivo. Neste contexto, torna-se imprescindível que compreender a figura o líder seja um gestor de pessoas, vinculando seu discurso com sua prática, uma vez que suas atitudes e ações servirão de modelo para seus liderados, tendo por objetivo estabelecer condições para que as pessoas se tornem cada vez mais motivadas por si mesmas. Cumpre mencionar ainda que, a postura que o líder assume no ambiente organizacional é de grande importância para sua interação com os indivíduos, para alcance dos objetivos e dos resultados. O estilo de liderança pode promover a unidade do grupo, ao ser capaz de estimular, facilitar, agilizar as atividades de forma natural, gerando um comprometimento espontâneo, decorrente da confiança mútua entre líderes e liderados. Deste modo compreendemos que a gerência do Departamento de Contabilidade Fiscal deve assumir o seu papel de líder perante sua equipe, tendo em vista que suas ações são fatores primordiais para a provocação da busca constante por mudanças, desenvolvimento de competências e promoção de estímulos para influenciar e desenvolver sua equipe, estabelecendo metas que compartilhadas, passam a ser de responsabilidade mútua entre líder e liderados obtendo, comprometimento, confiança e qualidades organizacionais, sendo que as pesquisas revelaram a importância da liderança situacional, a qual em nossa percepção se mostra a mais favorável em vista de suas especificidades. Entretanto, para uma melhor compreensão, torna-se relevante discorrer aceita dos conceitos de liderança e suas teorias para enfim descrever aspectos relacionados ao tipo proposto. 20 4.3 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 4.3.1 Contextualizando a liderança Cumpre esclarecer que existem diversos conceitos de liderança, uma vez que liderar é algo extremamente complexo, sendo de grande importância em todos os tipos de organização. O líder possui a capacidade de influenciar e ajudar a atingir as metas, tendo que estar aberto a mudanças e oportunizar que cada membro de sua equipe possa evidenciar suas melhores potencialidades. Algumas qualidades diferem os sujeitos considerados líderes dos não líderes sendo elas: ambição, desejo de liderar, honestidade, autoconfiança, inteligência e conhecimento. Para o sucesso empresarial, alicerçado por uma Gestão de Pessoas eficiente, deve se considerar diversos fatores para viabilização do mesmo. Com isso, a liderança atua como um os principais elementos que auxiliam a equipe, sendo considerada crucial para o êxito dessa iniciativa. Existem diversos conceitos que definem o termo liderança, no entanto, apontaremos alguns que se aproximam do foco desta pesquisa. Por sua vez Schein (2012) descreve a liderança como uma ferramenta que direciona as funções da equipe com fins de propiciar o desenvolvimento do colaborador, assim como o da empresa. Ressalta ainda que, o líder através de sua conduta dentre as atividades influencia seus pares para o alcance de um determinado objetivo. Os estudos baseados na liderança destacam alguns métodos, que orientam o líder na criação de suas personalidades, assim como, suas características e métodos de ensino. Ao longo dos anos os estudos sobre a liderança estão focalizados diretamente às características típicas do líder, destacando que em determinadas situações as qualidades pessoais deste influenciam ou induzem outras pessoas, as tornando futuros líderes com consideráveis potenciais (Ibidem, 2012). Chiavenato (2014) analisa que na relação entre líder e equipe o líder ampara os seus colaboradores e como resultado tem-se o cumprimento dos objetivos propostos no processo de planejamento, ou seja, satisfazendo às necessidades para se atingir a 21 meta proposta, em termos claros, a liderança atua como meio de redução sobre incertezas de sucesso dentro do processo. Importante esclarecer que a construção de um líder, se dá por meio de critérios e dos preparos, com fins de atendimento às necessidades que outorguem as características de liderança. Bergamini (2012), em suas proposições, considera um líder como, a figura que transfere seus próprios anseios em benefício da equipe, ou pelo menos parte deles, projetando delinear ou definir a realidade da sua equipe, seja por orientação ou pressão. O autor evidencia ainda que, problemas poderão ocorrer durante o relacionamento e convivências, considerando que podem ocorrer rejeição ou aceitação sobre os métodos aplicados pelo líder. Desta feita, é primordial que o líder execute o seu papel como orientador durante a execução de qualquer projeto para se atingir o objetivo final (Ibidem, 2012). Peter Drucker (1999), um dos mais renomados estudiosos acerca da importância da liderança nas organizações, defende que uma das responsabilidades do líder é o estabelecimento de uma cultura em toda a organização através de seu caráter e de seus exemplos de conduta, que servirão de modelo a serem seguidos por todas as demais pessoas de uma empresa. Para este estudioso, considerado o líder do futuro, a única definição de líder seria: (...) alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadoras, outros profetas. Os dois papéis são importantes e muitos necessários, mas, sem seguidores, não pode existir líderes (...) um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança, resultados sim (...) (Ibidem, 1996, p. 13). Este mesmo autor, vai além ao afirmar que o espírito de uma organização é criado a partir de sua liderança, sendo que uma organização grande em espírito é composta por grandes líderes, bem como uma empresadeficiente é composta por uma liderança é precária (Ibidem, 1999). Outro aspecto defendido pelo pesquisador é que seria mais fácil elevar o desempenho de um líder do que elevar o desempenho de toda uma massa de 22 profissionais (Ibidem, 1999). Com base nessa concepção, podemos concluir que, sendo a liderança o componente que define o nível de desempenho, gera resultados e define a dinâmica de toda a organização, deve ser composta apenas por pessoas capazes de exceder os resultados esperados. De acordo com Oliveira (1997), liderar é exercer alguma forma de poder. O poder é a capacidade de influenciar alguém. A liderança é o estilo de se exercitar esse poder. Uma pessoa “exerce liderança” quando influencia o comportamento de outras. Por sua vez Chiavenato (2001), complementa este conceito ao enfatizar a necessidade das empresas em tê-la em cada um de seus departamentos. O administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas para que seja um líder bem sucedido. Hunter (2004, p. 25) compreende a liderança como “a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. O autor defende que o líder seja proativo com os seus liderados, para que se obtenha o empenho máximo de todos os colaboradores. Ervilha (2008, p. 29) sublinha que “liderar é influenciar e conduzir pessoas nas situações em que é identificado um objetivo claro e definido, que busca os resultados desejados”. Deste modo, pode se dizer que para que a liderança seja aplicada de forma a garantir o bom andamento de uma organização, o líder deve demostrar o que espera e quais objetivos se quer alcançar. Para Robbins (2002), a liderança pode ser definida como a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos, sendo que a origem dessa influência pode ser formal, como a conferida por um alto cargo na organização, contudo, esta posição hierárquica não garante uma liderança eficiente. De acordo com Maximiano (2002) o termo liderança significa o processo de condução das ações ou influências do comportamento e da mentalidade de outras pessoas, sendo que para o autor, proximidade física ou temporal não são aspectos considerados importantes neste processo. . 23 A liderança não pode ser somente compreendida como uma habilidade pessoal, que torna determinada pessoa mais competente para influenciar outra, às vezes acontece o contrário daí a importância de alguém desempenhar a função de líder no grupo. 4.3.2 O Perfil de um Líder Em síntese, as características essenciais que diferenciam um líder, são baseadas em: integridade, ambição e decisão. Evidencia-se que estas características são consideradas no desenvolvimento de liderança, sendo pontuais para as habilidades de um gestor, ou seja, este sempre deve estar focado em especializações eficientes que influenciem sua conduta sobre outras pessoas. Soto (2003) classifica essas especializações em três níveis: o entendimento sobre o comportamento anterior, a previsão de comportamento futuro e por fim, orientar, transformar e controlar o comportamento futuro. Nesse contexto o líder, utilizando-se desses três elementos torna-se apto e capacitado para atendimento dos colaboradores, pelos quais é responsável. Corroborando com essa ideia, Maxwell (2007, p.109) cita uma relação de habilidades que os líderes potenciais demonstram possuir: Capacidade de adaptação: ajustam-se rapidamente às mudanças. Discernimento: compreendem quais são as questões mais importantes. Perspectiva: enxergam além do ponto em que estão. Comunicação: interagem com as pessoas de todos os níveis da organização. Segurança: confiam no que são, e não no cargo que ocupam. Disposição para servir: fazem o que for necessário. Iniciativa: encontram maneiras criativas de fazer as coisas acontecerem. Maturidade: colocam a equipe em primeiro lugar. Persistência: mantêm consistência em termos de caráter e competência a longo prazo. Confiabilidade: são dignos de confiança naquilo que é mais importante. Registre-se que qualificar tecnicamente o líder, dando-lhes somente educação superior e especializações não é satisfatório. O mundo corporativo solicita líderes distintos em relações humanas, gestão de pessoas, comunicação interna e externa. Para conseguir o sucesso, as organizações necessitam de líderes diplomados, 24 complexos, preparados a correr riscos e solicitar modificações para conduzir seus liderados e motivá-los aos objetivos da organização (CHIAVENATO, 2010). Sua tática organizacional deve envolver todos os membros da organização, de modo que todos alcancem o sentido único que os une, uma vez que, quanto maior a transformação organizacional, maior será imperativa à ação estratégica. De acordo com Santos (2009), para alcance da prerrogativa competitiva, as organizações caracterizam-se da afluência por meio do estabelecimento de prioridades e extensões concorrentes que se aludem a um anexo de habilitações que apontam a descentralização e incumbência das responsabilidades com seus liderados. O líder organizacional jamais foi tão valorizado quanto no contexto atual, em decorrências das céleres alterações que estão incidindo nas organizações e no ambiente macro que invade o mercado. Os líderes para se manterem ativos no mercado de trabalho e, para administrarem as organizações, terão que se adaptar às novas tendências como à abertura das fronteiras dos países (Ibidem, 2009). fato é que, a relevância de se ter líderes certificados está unida ao fato da acomodação de fábricas em outros países e a concorrência acirrada, assim é forçoso que as agilidades de conduzir e motivar pessoas fiquem bem adiantados. A título de esclarecimento, as lideranças, ainda sem sair de seus países de origem, podem sofrer com díspares culturas e para ser eficaz em seu trabalho se faz imperativo o entrosamento das culturas e o que motiva os funcionários (CHIAVENATO, 2009). É importante lembrar que, além de liderar pessoas de diferentes raças, etnias, sexo e idades o líder pode contrapor a superiores estrangeiros com essas diferenças. Por isso, o líder leva o peso de deliberar e tornar possíveis as estratégias de competitividade que a organização irá empregar para abonar a sustentação de seus resultados ao longo do tempo. Para Chiavenato (2004), a globalização recomenda que se tenha uma visão geral, para visualizar a posição da organização com relação à concorrência e como estão sendo analisados seus produtos ou serviços. Os desafios que necessitam ser vencidos são: liderança de pessoas, a conquista e ampliação da clientela, distinguir os 25 produtos e serviços, ter informações voltados para o ramo de atividade e outros que permanecerem unidos a ele, a melhoria da qualidade apontando melhores resultados e a importância de extrair o máximo das tecnologias. Vale ressaltar que o líder bem-sucedido oferece meios apropriados para que os contribuintes exerçam seus trabalhos da melhor forma, pois são agentes de transformação. Porém, poderão atrapalhar sempre que tentar controlá-la. De acordo com Mello (2010), líderes não modificam organizações, eles mudam pessoas, as pessoas sim mudam as organizações. Contudo, antes de mudar alguém, os líderes necessitam aprender a mudar a si próprios. Excepcionalmente, o conceito de mudar a si próprio, costuma ser confundido com tornar-se alguém diferente. A constante formação da liderança e liderados é eficaz para o desenvolvimento de habilidades e competências que promoverão a eficiência e eficácia dos planos e metas traçados, haja vista que todas as ações para mudanças são executadas por pessoas, e estas são a base de qualquer organização. Cumpre mencionar ainda, que a verdadeira liderança, capaz de superar as crises é um processo conjunto de descobertas. O administrador necessitaadaptar seu estilo de gestão e, ainda, a sua forma de liderar em função das variáveis existentes. Não existe somente um único estilo ideal para os lideres, ele deve saber avaliar o ambiente e decidir qual a maneira mais adequada de liderança no momento. Considerando a necessidade da liderança, Motta (2010) destaca que é relevante ter um líder ou gestor que administre o seu setor com fins de gerar resultados, por meio de recursos e vantagens na obtenção dessa motivação, assim, é obrigatório que conheça a sua equipe de forma a conduzi-la e motivá-la corretamente. Conforme Farreti (2013), deve se considerar as características do líder, que são essenciais para a execução da liderança eficiente, e que evidencie suas diferenças durante sua atuação. Dado o exposto, o líder pode ser considerado o gestor de uma organização, sendo aquele que define e observa padrões de qualidade, a integração e 26 coerência institucional, promove sua inserção e função social, garantindo o seu funcionamento. A ação deste dirigente volta-se para a cooperação e a promoção de clima de confiança, valorizando capacidades e aptidões de sua equipe, associando esforços para superar divisões e arestas nas relações interpessoais e estabelecendo demandas de trabalho centradas em ideias e não em pessoas com vistas a promover um ambiente de trabalho efetivamente produtivo. Em síntese, as características essenciais que diferenciam um líder, são baseadas em: integridade, ambição e decisão. Evidencia-se que estas características são consideradas no desenvolvimento de liderança, sendo pontuais para as habilidades de um gestor, ou seja, este sempre deve estar focado em especializações eficientes que influenciem sua conduta sobre outras pessoas. Soto (2010) classifica essas especializações em três níveis: o entendimento sobre o comportamento anterior, a previsão de comportamento futuro e por fim, orientar, transformar e controlar o comportamento futuro. Nesse contexto o líder, utilizando-se desses três elementos torna-se apto e capacitado para atendimento dos colaboradores, pelos quais é responsável. Com base no exposto, podemos concluir que uma boa liderança é sempre notada pelos seguidores e, se estes estão motivados e alcançam os objetivos pretendidos, é sinal que existe um bom líder orientando o grupo. Pressupõe-se que o líder poderá utilizar todos os estilos de liderança, de acordo com a necessidade, a tarefa e as pessoas. Cabe a cada bom líder saber equilibrar estas práticas e quando aplicá-las, sendo que estes estilos serão descritos na próxima sessão. 4.3.3 Estilos e Teorias de Liderança Estilos de liderança são teorias que analisam as múltiplas condutas do líder em relação aos seus subordinados, atitudes pelas quais o líder guia seu comportamento, ou seja, está associada a sua conduta para liderar. 27 Cumpre esclarecer que existem diversos estilos de liderança, tais como: a liderança afetiva, a autoritária, a democrática, a liberal, a coaching, a diretiva, a modeladora, a participativa, a visionária, entre outras (FABOSSI, 2010). Contudo, a justificação de somente um estilo significando o mais apropriado é praticamente impraticável, já que têm inúmeras circunstâncias pelas quais um grupo pode encontrar- se e que determinará uma forma ou outra de liderança. Fatores como a amadurecimento dos membros do grupo, o relacionamento grupal, as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão desempenhadas e os prazos para execução carecerão com certeza de influenciar no desempenho do líder. Segundo Chiavenato (2012) avultam-se três diferentes estilos básicos de liderança, a autocrática, a liberal e a democrática. Para Adair (2012) afora destes três estilos junta como básico, ainda, o estilo laissez-faire ou faça o que quiser que se assemelhe como modelo liberal. Na visão de Blanchard et al. (2006, p. 32) os estilos que se avultam são os da "[...] direção, do treinamento, do apoio e delegação". Entretanto, o que se abrange é que todo estilo tem seu devido valor dentro de sua área de atuação, como por exemplo, numa celeridade militar, em que as pessoas necessitam de uma liderança mais firme. Para uma melhor compreensão a tabela 1 apresenta alguns estilos de liderança: Tabela 1: Estilos de Liderança ESTILO CARACTERÍSTICAS Liderança Coercitiva Situa uma relação assimétrica entre líderes e liderados, onde os liderados ganham as ordens e devem cumpri-las, sem direito a sugerir ou opinar, neste estilo não existe deferência pelo indivíduo, suas necessidades e capacidades, reduz pessoas a coisas, sem iniciativa. Esta liderança tende a ser atroz, impessoal e distante, dando barreiras entre as partes envolvidas, pois “a coerção gera retaliação”. Liderança Controladora É uma configuração mais arguta que a liderança coercitiva, comumente emprega de manipulação emocional e material. Não existe confiança nas pessoas, mas a confiança de que os indivíduos são incapazes e não possuem vontades. Frequentemente o líder é uma pessoa centralizadora, sendo que os liderados adotam uma postura de cômodo e abnegação. Liderança Permite os relacionamentos informais, facilitando a compreensão, propiciando uma 28 Orientadora maior relação e, logo, abrandando a frequência dos procedimentos competidores das pessoas. Provoca o crescimento profissional, expande os relacionamentos, agiliza a comunicação, existindo uma valorização do ser humano. Mas uma tendência excessiva ao ‘paternalismo’ pode gerar vinculação. Liderança Integradora Neste jeito há a crença que todo indivíduo tem competência para cooperar, para o abarcamento dos objetivos constituindo extraordinária a vivência de condições que façam com que haja a assimilação e o envolvimento das pessoas, tendo a indigência ainda do conceito para que se possibilite o aumento da autoestima, propiciando a excitação dos potenciais e das novidades. Neste estilo de liderança o indivíduo tem a probabilidade perpetrar feedbacks (exercício de dar e receber), envolver-se e agregar no grupo, buscar autoconhecimento e autocontrole, se culpar e se danifica, bem como, cooperar e respeitar; situando uma relação harmônica onde não existe conexão nem independência, mas uma interdependência entre líderes e liderados. Fonte: Elaborado pela autora baseado em Krausz (2001). Existem também as denominadas Teorias de Traços de Personalidade, as quais apontam alguns traços de personalidade e posturas que poderão aumentar a probabilidade de sucesso dos líderes, mas não significa que este será bem-sucedido na sua função. Na perspectiva desta teoria, o líder apresenta características marcantes de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento das demais pessoas sendo estas: traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso; traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança; traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa; traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. Essa teoria afirma que quem apresenta tais especificidades, seria um líder nato e quem não as tem seria liderado. Esses estudos procuraram isolar os traços que diferenciassem o líder do liderado. Enfatizando a figura do líder e suas qualidades pessoais (CHIAVENATO, 2009). Por sua vez, as Teorias Comportamentais apontam que a liderança é de grande relevância para que se verifique o desenvolvimento da empresa. Ela é de certa forma, um tipo de habilidade pessoal, sendo que através dele um indivíduo consegue influenciar outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. Conforme esclarece Araújo (2006), os estilos de liderança consistem nas atitudes de um líder com seus liderados. Pensando desta forma, vários autores destacaram três estilos utilizados pelos líderes nas situações mais variadas,como apontado pela figura 2: Figura 2: Estilos de Liderança defendidos pelas Teorias Comportamentais 29 Fonte: Drucker (1996). Como apresentado pelo quadro 1, temos três tipos de liderança definidos pelas Teorias Comportamentais. Em pesquisas de campo suscitadas por Chiavenatto (2000), o líder que desempenha o estilo de liderança autocrático é duro e impositivo, o comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração, e, sobretudo, agressividade de um lado; de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem formação de grupos de amizades. Na liderança autocrática os liderados mesmo gostando do seu trabalho não demonstravam satisfação e era só o líder dar as costas que paravam suas atividades sendo agressivos e indisciplinares, ou seja, o trabalho apenas se desenvolvia com a presença física do líder, com este tipo de líder a organização tem muitas dificuldades para alcançar seus objetivos. Por seu turno, segundo o mesmo autor revelou que na liderança liberal, o líder deixa todos á vontade para a execução de suas atividades, todavia, embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção foi medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações. Neste estilo de liderança nota-se um pouco de falta de respeito em relação ao líder onde os liderados gastam muito tempo com assuntos pessoais que não estão relacionados ao trabalho, o pessoal tem total liberdade nas decisões e pouca participação do líder (Ibidem, 2002). No concernente a liderança democrática, notou-se que o líder era atuante, consultivo e orientador. Houveram formações de grupos de amizade e de 30 relacionamentos cordiais, demonstrando que neste estilo de liderança o líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas (Ibidem, 2002). Maximiano (2002) ressalta que quanto mais decisões forem tomadas em grupo, mais o líder apresenta o estilo de comportamento democrático e proporciona melhores condições de trabalho, além de um fator motivacional para a equipe. A liderança democrática apresenta boa relação do líder com os liderados, às atividades foram bem desenvolvidas até mesmo quando o líder não estava, promove a participação e confiança da equipe, e mantém uma boa comunicação do líder com os liderados. Conforme Chiavenato (2003) os líderes utilizam os três tipos de liderança de acordo com o momento, pessoas e tarefas a serem executados, tanto eles mandam os subordinados a cumprir as obrigações, como também consultam os liderados nas tomadas de decisões. Deste modo, é essencial para que os sujeitos que ocupem os cargos de liderança saibam lidar e aplicar o estilo de liderança em cada tipo de situação, considerando que em alguns momentos o líder tem que ser mais rigoroso, em outros, mais maleável. O autor reitera que um estilo adotado por um líder pode ser extremamente eficaz em determinada situação e, num outro momento, o mesmo estilo poderá ser totalmente inadequado. O estilo autocrático é um dos mais antigos, tendo sua origem pautada desde a Pré-história. Neste estilo o líder determina as ideias e o que será executado pelo grupo; implicando na obediência dos demais. Drucker (1996) não compactua com os preceitos desse estilo, pois defende que o ser humano seja qual posição este ocupe, deve ser valorizado tendo seus conhecimentos reconhecidos, cabendo assim a organização estabelecer estratégias voltadas para o aproveitamento de todos os conhecimentos de todas as pessoas que compõem a organização. Na opinião do estudioso, o líder autocrático é centralizador, define os objetivos de seus liderados, determina o que deve fazer não deixando que participem das decisões, ou seja, não escuta as opiniões dos subordinados. Vale ressaltar que o líder 31 autoritário apresenta uma influência negativa para sua equipe a comunicação entre líder e liderado não ocorre o que afeta diretamente na organização, enquanto líderes que tem um bom relacionamento com os colaboradores que os deixam participar das tomadas de decisões apresentam resultados positivos. É de grande valia identificar como os subordinados veem o comportamento do líder, para não ser tratado de maneira errada pelos seus subordinados (Ibidem, 1996). Por fim, temos a Teoria Situacional de Liderança, as quais enfatizam a importância de fatores contextuais, tais como: a autoridade e o discernimento do líder, a natureza do trabalho realizado pela unidade do líder, as atitudes dos subordinados e a natureza do ambiente externo. Essa Liderança varia de acordo com o momento, devendo os gerentes adaptar seu estilo de liderança ao nível de desenvolvimento dos colaboradores em cada tarefa específica. Segundo Lacombe (2011), um estilo de liderança adequado para um funcionário novo e inexperiente provavelmente não dará certo com uma pessoa experiente. A teoria situacional de liderança consiste que não existe apenas uma única característica de liderança. O líder é capaz de se articular com grupo de pessoas, em condições extremas, resolver conflitos e em determinadas situações exercer a capacidade de adotar uma postura que resolva os problemas. Para Lezana et al. (2011) esta teoria demonstra claramente a inter-relação entre liderança, motivação e poder. E, por conseguinte, a extensão direta dos procedimentos e costumes dos líderes ante de seus liderados, uma vez que estes primeiros são fontes de satisfação contígua ou futura para seus seguidores, isto não constitui a ausência de pressões e cobranças sobre os liderados e sobre o líder. Apesar disso, deve-se oferecer uma adequada parcela de apoio sócio emocional, adaptando uma flexibilidade na influência mútua líder e liderados. O líder situacional pode escolher entre quatro tipos de ação conforme registra Chiavenato (2010, p. 27): 32 Direção: dá instruções quando existe a entrada de novos colaboradores na empresa, ou quando algum colaborador recebe uma nova atribuição. Nesses casos, é necessário que haja muita supervisão e pouco apoio por parte do líder no desempenho das atividades dos colaboradores. Estes precisam ser dirigidos até atingir os objetivos traçados, pois necessitam de direcionamento constante para elaborarem suas tarefas até adquirirem segurança Treinamento: o líder também dirige e supervisiona a realização das tarefas, mas solicita sugestões e explica suas decisões. O líder enquanto orientador deve fazer o acompanhamento frequente dos colaboradores e, quando constatar que precisam de ajuda, seu papel é orientá-los mediante o estímulo e percepção de novas necessidades, promovendo o repasse de seus conhecimentos e incentivando a produção de novas ideias. Apoio: o Líder ajuda e apoia os esforços dos liderados para cumprirem as tarefas, dividindo com eles as decisões. A necessidade de supervisão é muito pouca. Percebe-se, então, que o papel do líder é proporcionar o estímulo à aprendizagem, apoiando as pessoas de maneira a aumentar seu grau de segurança com relação a suas habilidades e capacidades, tornando-as autoconfiantes. Delegação: o líder passa as responsabilidades de decisão aos liderados. Este estilo é mais adequado quando os colaboradores já demonstram habilidade e segurança na execução de suas atribuições, tornando-se independentes e possuindo autonomia de decisão, conforme o seu nível hierárquico. Enfim, este tipo de liderança tende a evitar que o gestor aplique a mesma técnica de liderança para todos os colaboradores, tendo em vista que cada pessoa possui sua individualidade. Deste modo, importante que o líder tenha a plena convicção de que não existe um estilo único para gerir uma equipe, mas que tudo deve ser moldado conforme a situação em questão e o nível de maturidade do colaborador. 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Estágio nos propiciou uma visão mais ampla acerca do fato de que as organizações devem ser plenamente adequadas ao contexto atual marcadopor mudanças profundas e constantes, e deste modo, para que uma organização obtenha êxito e consiga permanecer ativa nos dias atuais, ela tem que buscar conhecimento nos seus próprios funcionários, valorizando não apenas o seu cargo e suas atividades que são exercidas no âmbito interno, como também buscando reconhecer os esforços destes trabalhadores como sujeitos únicos, com suas experiências de vida, expectativas, qualidades, etc. A ideia é fazer com que o trabalhador possa contribuir de forma mais produtiva no exercício de seu cargo ou função. E para isso, a empresa deve quebrar formas rígidas de administração, flexibilizando, por exemplo, a hierarquização nas decisões. Mas esse não é um desafio simples, requer a reflexão e a criação de novas regras e rotinas, ou talvez, até uma reestruturação de todo o sistema de gestão. Deste modo, convém a Gerente do Departamento Fiscal da empresa KAED Contabilidade, adotar a liderança situacional, a qual se mostra como uma ferramenta que direciona as funções da equipe com fins de propiciar o desenvolvimento do colaborador, assim como o da empresa, pois sua mudança de postura poderá expandir por outros departamentos e ser copiada por outros gestores. 34 REFERÊNCIAS ARAÚJO, L. C. G. Gestão de Pessoas: estratégia e integração organizacional. São Paulo, Atlas, 2006. BERGAMINI. Ética e liderança na pratica. São Paulo: Melhoramentos, 2012. BLANCHARD, Kenneth; ZIGARMI, Patrícia e ZIGARMI, Drea. Liderança e gerente minuto. Rio de Janeiro: Record, 2006 CHIAVENATO, ldalberto. 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