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as diferenças entre as pedagogias liberais e as progressistas

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Quais as diferenças entre as pedagogias liberais e as progressistas?
Dentre as primeiras diferenças que podemos visualizar, segundo o texto, entre as pedagogias e suas particularidades é que no caso da liberal, esta tem em sua essência uma ideia proveniente da burguesia de como a mesma, por assim dizer, formar seus cidadãos e cidadãs. 
Na perspectiva liberal, a relação professor-aluno se dá (mesmo na visão progressivista dessa linha pedagógica) de uma forma distante onde fica implícito o papel do professor como detentor de todo conhecimento e o aluno em um papel totalmente passivo de ouvinte e assimilador. 
Todas as tendências liberais se caracterizam como acríticas justamente por não existir, em sua essência uma real preocupação com o posicionamento do aluno em relação ao conteúdo abordado pelo professor como já dito acima, por se tratar de uma ótica ligada a burguesia, seus principais pontos serão sempre o individualismo, acúmulo de verbas e informações e em suas entrelinhas, até mesmo o ideal da propriedade privada. 
Podemos citar também o ideal humanístico, ensino voltado as questões intelectuais e morais, voltadas também para a obediência e disciplina sendo o ensino totalmente transmissivo, como já dito acima. 
Dentre as maneiras de representação desta corrente filosófica da pedagogia podemos citar a tradicional, que é justamente o invólucro de todas estas características já apresentadas; a renovada progressivista que é onde o aluno sai do papel de somente ouvinte e passa a interagir com o grupo e até concebe o conhecimento com experimentos; a renovada não-diretiva que acredita no aluno como um cliente e tende a dar ênfase as questões interpessoais a fim de que seja desenvolvido mais a questão da personalidade do que as questões cognitivas.
E por fim a tendência tecnicista, onde vemos mais claramente as ideias capitalistas, movimentos de industrialização, a ideia das classes pois essa tendência divide claramente as pessoas entre as que, por exemplo, irão se inserir no mercado de trabalho e as que irão ser propriamente pensantes ou realizar trabalho complexos de gerir, por exemplo. 
É nela que podemos enxergar o dualismo de forma evidente, que fora refutado por vários autores, onde alguns indivíduos terão chances de prosseguir com seus estudo e teses, bem como toda sua complexa carreira acadêmica enquanto outros terão apenas o ‘’know how’’ ou seja o ‘’como fazer’’ sendo esse o motor introdutor do indivíduo no dito mercado de trabalho voltados a atividades que geram grandes lucros nas ditas grandes industrias 
O método progressista entende a educação do seu ponto de vista transformador, essa tendência foi uma reação ao método liberal, é um movimento que valoriza a experiência sobre os fatos de aprendizagem à custa de entender o que está sendo ensinado, nesse método os educadores devem ensinar os discentes a pensar, ao invés que utilizar o modo pedagógico de memorização. Essa vertente é dividida em pedagogia libertadora, libertaria e critico social dos conteúdos.
O método libertador foi idealizado por Paulo Freire e a essência dessa tendência está na educação não formal, isto é, a educação se dá em espaços extraescolares, o que envolve tudo aquilo que influencia em nossas vidas, portanto quando pensamos na metodologia libertadoras, atrelamos ela a relação que a escola possui com a sociedade, o professor então faz uso da realidade em que está inserido junto com os seus alunos para extrair os conteúdos que serão estudados para que dessa maneira possam compreender os aspectos que influenciam em suas vidas e por fim transforma-las. O método libertador é crítico e apresenta uma análise sobre a pedagogia liberal tradicional que entende ela enquanto uma educação bancária, ou seja, uma educação na qual as informações são depositadas nos discentes, e nada desses conteúdos instrumentaliza o aluno para transformar a realidade social na qual ele está inserido, mantendo o status quo de opressão.
O método libertário é baseado no auto gestionário, ou seja, espera que a escola atue na transformação da personalidade dos alunos de uma maneira na qual se libertem das estruturas do sistema, a escola deve se organizar de forma com que criem mecanismos institucionais de mudanças, como por exemplo: reuniões, conselhos, eleições, assembleias, etc. Essa linha de pensamento entende que trazer o aluno para esse tipo de educação, vai fazer com que o tempo esse aluno se envolva nas instituições políticas da sociedade, sendo uma forma de resistência a burocracia como instrumento de ação autoritária do Estado, que tem o controle sobre tudo e retira a autonomia da sociedade.
Por fim, O modo critico social dos conteúdos, o nome dessa tendência já é sugestivo, ela é crítica e entende que o conteúdo deva ser indissociável da realidade social, ou seja, o conteúdo deve ser algo vivo e concreto e deve ser trabalhado afim de eliminar a seletividade social e torna-la democrática. Sendo assim, essa linha de pensamento vai agir no sentido de usar a escola como ela é, mas garantindo a educação de qualidade para todos e a apropriação de conteúdos que tenham sentido para a vida do aluno.

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