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Introdução à Perícia Criminal

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Introdução à Perícia Criminal
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O que é Perícia Criminal?
Atividade técnico-científica prevista no Código de Processo Penal, indispensável paea elucidação de crimes quando houver vestígios. A atividade é realizada por meio da ciência forense, responsável por auxiliar na produção do exame pericial e na interpretação correta de vestígios. 
Forense: siginifica “respeitante ao fórum judicial”, aquele que ajuda os tribunais a cumprir sua difícil missão de fazer justiça. 
Criminalistica x Medicina Legal
Hans Gross – Austríaco – Juíz e prof de Direito, criou o termo “Criminalística”. 
1947 – Brasil – São Paulo – Congresso da Polícia Técnica Científica (origem da Associação Brasileira de Criminalística – ABC).
Criminalística: estudo dos vestígios extrínsecos do corpo, da vítima ou do criminoso (ex: balística).
Medicina legal: estudo dos vestígios intrínsecos do corpo, da vítima ou do criminoso (ex: laboratório, sala de necrópsia, papiloscopia).
Atuação do Perito Criminal
· Perito in loco: profissional que atua na cena do crime, coletando amostras, reproduzindo o ato ilícito (vestígios extrínsecos). 
· Perito laboratorial: profissional que atua na análise das amostras (vestígios extrínsecos).
· Médico legista: profissional que atua na avaliação e coleta de elementos dentro do corpo da vítima/criminoso (vestígios intrínsecos). 
Mediante a aprovação em concurso público, os peritos oficiais são:
· Médico legista: trabalham no Instituto Médico Legal (IML)
· Peritos criminais: trabalham no Instituto de Criminalística (IC)
· Médicos peritos do INSS: realizam suas perícias no próprio instituto
Perito louvado: (não oficial) requisitados pela autoridade judiciária quando se necessita de um determinado exame no qual não esta disponível via poder público. 
Conceitos importantes
Agente ativo: autor do ato ilícito (ato que viole o ordenamento jurídico ou direito e cause dano).
Agente passivo: sujeito que sofreu danos físicos ou consequências com o ato ilícito. 
Agente lesivo: instrumento ou meio utilizado para promover lesão. 
Elemento subjetivo: determina dolo ou culpa (classifica o crime em culposo ou doloso).
Crime culposo: praticado sem intenção. O agente não quer e nem assume o resultado. 
Crime doloso: praticado com intenção. O agente quer ou assume o resultado. 
Causa x concausa: causa (a pessoa causou um determinado incidente – incendiou um prédio) e concausa (quando está associado a causa – havia uma pessoa dentro do prédio e que se feriu). 
Elementos da cena do crime
Vestígio: (dado bruto) qualquer elemento encontrado na cena do crime, tendo ele relação ou não relação com o ato ilícito. 
Indício: (dado analisado) elemento da ceno do crime, tendo relação com o ato ilícito comprovadamente. Se for comprovada a relação do vestígio com o crime, o vestígio torna-se um indício. 
Evidência: qualquer material, objeto ou informação que esteja relacionado com a ocorrência do fato (vestígio que após analisado pelo perito se mostra diretamente relacionado com o caso). 
O vestígio é o material bruto que o perito constata no local do crime. Porém, somente após examiná-lo adequadamente é que se pode saber se aquele vestígio está ou não relacionado ao evento periciado. 
“A evidência, segundo definição do dicionário, significa: qualidade daquilo que é evidente, que é incontestável, que todos vêem ou podem ver e verificar”. 
“O vestígio encaminha, o indício aponta”. 
Segundo o nosso dicionário, a expressão indício significa vestígio sinal. Indicação. Sinal ou fato que deixa entrever alguma coisa, sem a descobrir completamente, mas constituindo princípio de prova. 
A expressão indício foi definida para a fase processual, ou seja, para um momento pós-pericia, o que quer dizer que a nomenclatura “indício” engloba, além dos elementos materiais de que trata a pericia, outros de natureza subjetiva, próprios da esfera da polícia judiciária. 
No contexto geral, podemos dizer que cabe aos peritos a capacidade de transformar vestígios em evidências, enquanto aos policiais reserva-se a tarefa de, agregando-se às evidências informações subjetivas, apresentar o indiciado à Justiça. Portanto, conclui-se que toda evidência é um indício, porém, nem todo indício é uma evidência. 
Tipos de provas
Prova: (dado formalizado) demonstração da verdade no processo investigativo. 
A perícia é responsável por detectar e analisar os elementos da prova, sendo posteriormente levados ao processo. 
A perícia criminal é materializada através do exame pericial, que é um ato de instrução que poderá ocorrer na persecução criminal, tanto na fase do inquérito policial, quanto na fase processual penal. 
O Processo Penal Brasileiro admite todas as provas obtidas de meio lícito, e, não somente àquelas arroladas no Código de Processo Penal Brasileiro, se destacando como exemplos, as filmagens, as interceptações telefônicas, dentre outras. 
É possível fazer a classificação das provas como:
· Testemunhal: relatos, acareações etc.
· Documental: escrituras públicas, cartas etc.
· Material: exames laboratoriais, análise da arma do crime, exame de corpo de delito etc. 
Tipos de crime
O que é considerado crime? 
O Código Penal prevê em seu artigo 1° que não há crime sem lei anterior que o defina e que não há pena sem prévia cominação legal. Ou seja, somente são considerados crimes os fatos que já estejam previamente previsto em lei. Etimologicamente, a palavra provém do latim “crimen” e significa acusação. 
Crime por ação: exemplo – a lesão corporal, prevista no artigo 129 do Código Penal, que ocorre quando o agressor ofende a integridade corporal ou a saúde de alguém. 
Vias de fato – é contravenção penal, pena mais branda, prisão simples de 15 dias a 3 meses – ex: atos agressivos que não impliquem em lesão corporal como empurrão. 
Lesão corporal leve – é crime, pena de detenção de 3 meses a 1 ano, considerado crime de baixo potencial ofensivo – ex: agressões que resultem em lesão física. 
Crime por omissão: ex – a omissão de socorro, prevista no artigo 135 do Código Penal, ocorre quando a pessoa deixa de rpestar assistência, quando é possível fazê-lo sem risco pessoal. Deixar de socorrer alguém que precise de ajuda ou de informar as autoridades para que possam fazê-lo é crime. 
Principais tipos de crime
Crime simples: básico, fundamental, que contém os elementos mínimos e determina seu conteúdo subjetivo sem qualquer circunstância que aumente ou diminua sua gravidade. Há homicídio simples (artigo 121), furto simples (artigo 155) etc. Uma única infração penal. 
Crime qualificado: aquele em que ao tipo simples, a lei acrescenta circuntâncias que agrava a sua natureza, elevando os limites de pena. Não surge aformação de um novo tipo penal. Mais de uma infração. 
Artigo 121, §2°. Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. 
II – por motivo fútil. 
Furto: é crime menos grave, pois não há violência.
Roubo: ocorre com ameaça e violência. 
Roubo e furto são crimes contra o patrimônio. 
Crime de apropriação: se apropriar do que não é seu – pena de 1 ano e multa. 
Crime de mera conduta: são crimes simplórios, como no caso de contrvenções penais, como: porte de arma branca, omissão de socorro ou até abandono intelectual. Exclusão as armas de fogo: faca, machado, martelo, serrote, punhais, etc. 
Crime vago: aquele em que o sujeito passivo é uma coletividade destituída de personalidade jurídica, como a família, amigos. Exemplos são encontrados no impedimento ou perturbação de cerimônia funerária (artigo 209), violação de sepultura (artigo 210). 
Crime hediondo: tais crimes que, pela sua natureza ou pela forma de execução, se mostram repugnantes, causando clamor público e repulsa. Latrocínio – roubo que tem por resultado a morte (artigo 157), extorsão (quando você obriga alguém a fazer alguma coisa, por meio de ameaça ou violência para obter vantagens, recompensa ou lucro) qualificada pela morte (artigo 158). 
Crime preterdoloso: se caracteriza quando o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado danosomais grave do que o pretendido, na forma culposa. 
Estudo dirigido
1. Sobre as duas grandes áreas da Perícia Criminal, sucintamente aponte a diferença entre elas quanto a responsabilidade nos casos. 
2. Diferencie vestígio de indício.
3. Em um caso criminal, o que podemos chamar de evidência? Exemplifique. 
4. Vestígios, indícios e evidências podem servir como provas? Explique. 
5. Conceitue de forma bem direta cada um dos elementos da cena do crime. 
6. Diferencie os 3 tipos de prova pericial.
7. Com suas palavras, o que é exatamente uma prova pericial?
8. Relembre o caso do massacre em Realengo/RJ!
https://canalcienciascriminais.com.br/atirador-realengo/
Após a leitura, determine neste caso: 
· Agente ativo
· Agente passivo
· Agente lesivo
· Elemnto subjetivo
· Dê exemplos de vestígio, indício e evidência.

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