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Número de referência 6 páginas © ABNT 2021 ABNT NBR 16939:2021 ABNT NBR 16939 Primeira edição 18.02.2021 Concreto reforçado com fibras — Determinação das resistências à fissuração e residuais à tração por duplo puncionamento — Método de ensaio Fiber reinforced concrete — Determination of tensile strength using double punch test (cracking and residuals strength) — Test method NORMA BRASILEIRA ICS 91.100.10 ISBN 978-65-5659-801-7 D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF ii ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados © ABNT 2021 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito da ABNT. ABNT Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF iii ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Sumário Página Prefácio ...............................................................................................................................................iv 1 Escopo ................................................................................................................................1 2 Referências normativas .....................................................................................................1 3 Aparelhagem .......................................................................................................................1 3.1 Máquina de ensaio .............................................................................................................1 3.2 Discos de carga ..................................................................................................................1 3.3 Pratos de compressão .......................................................................................................2 3.4 Medida de deslocamentos e aquisição de dados ...........................................................2 4 Execução do ensaio ...........................................................................................................2 4.1 Preparo dos corpos de prova ou testemunhos ...............................................................2 4.1.1 Moldagem de corpos de prova .........................................................................................3 4.1.2 Cura .....................................................................................................................................3 4.2 Execução do ensaio ...........................................................................................................3 4.3 Aplicação da carga .............................................................................................................4 5 Expressão dos resultados .................................................................................................4 5.1 Cálculo da resistência à tração por duplo puncionamento ...........................................4 5.2 Cálculo das resistências residuais ...................................................................................5 5.3 Cálculo da tenacidade (opcional) .....................................................................................5 5.4 Relatório de ensaio ............................................................................................................6 Figuras Figura 1 – Esquema de configuração do ensaio de duplo puncionamento ..................................2 Figura 2 – Gabaritos para o posicionamento dos discos de carga no corpo de prova ...............4 Figura 3 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical, identificando os pontos de carga para obtenção dos parâmetros .........................................................................5 Figura 4 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical e de energia versus deslocamento vertical ........................................................................................................6 D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF iv ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização. Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 16939 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Concreto Reforçado com Fibras (CE-018:300.011). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 21.12.2020 a 03.02.2021. O Escopo em inglês da ABNT NBR 16939 é o seguinte: Scope This Standard specifies the method of the double punch test for molded or core specimens of fiber reinforced concrete, to evaluate their tensile cracking strength and residuals tensile strengths. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF ABNT NBR 16939:2021NORMA BRASILEIRA 1© ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Concreto reforçado com fibras — Determinação das resistências à fissuração e residuais à tração por duplo puncionamento — Método de ensaio 1 Escopo Esta Norma especifica o método de ensaio de duplo puncionamento para os corpos de prova ou testemunhos de concreto reforçado com fibras, para determinação da resistência à fissuração e das resistências residuais à tração. 2 Referências normativas Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ABNTNBR 7680-1 Concreto – Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto – Parte 1: Resistência à compressão axial ABNT NBR NM ISO 6508-1, Materiais metálicos – Ensaio de dureza Rockwell – Parte 1: Método de ensaio ABNT NBR NM ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração e verificação do sistema de medição da força 3 Aparelhagem 3.1 Máquina de ensaio O ensaio deve ser realizado em máquina de ensaio que atenda aos valores máximos admissíveis estabelecidos na ABNT NBR NM ISO 7500-1. A máquina de ensaio deve ter capacidade de carga mínima de 300 kN e possibilitar o controle da velocidade de ensaio pelo deslocamento vertical, e não apenas por controle de carga. 3.2 Discos de carga O puncionamento é feito a partir do contato de discos de aço posicionados de forma centralizada nas faces superior e inferior do corpo de prova (ver Figura 1). O material deve apresentar dureza superior a 55 HRC, determinada de acordo com a ABNT NBR NM ISO 6508-1. As superfícies dos discos devem ser planas, paralelas entre si e retificadas. O desvio em relação à planeza superficial deve ser inferior a 0,05 mm. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF 2 ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Os discos devem apresentar diâmetro (a) igual a 1/4 do diâmetro do corpo de prova (com tolerância de ± 0,2 mm) e altura (H) igual a 1/5 da altura do corpo de prova, ou 15 mm (com tolerância de ± 0,5 mm). A Figura 1 apresenta o esquema do ensaio de duplo puncionamento. Figura 1 – Esquema de configuração do ensaio de duplo puncionamento 3.3 Pratos de compressão Os pratos da máquina de ensaio devem atender aos requisitos da ABNT NBR 5739. 3.4 Medida de deslocamentos e aquisição de dados A máquina de ensaio deve permitir a aquisição simultânea da carga aplicada e do deslocamento vertical. A frequência de aquisição dessas informações não pode ser inferior a uma leitura por segundo (1 Hz). 4 Execução do ensaio 4.1 Preparo dos corpos de prova ou testemunhos O corpo de prova ou testemunho deve ser cilíndrico, com altura (H) igual ao diâmetro (d). O corpo de prova deve ter dimensão nominal de 150 mm e deve ser obtido por moldagem de um corpo de prova com 150 mm de diâmetro por 150 mm de altura, com as condições usuais de moldes e tolerâncias indicadas na ABNT NBR 5738. A dimensão nominal do testemunho não pode ser inferior a 100 mm, mantendo a relação diâmetro (d) igual à altura (H). A extração e a conservação dos testemunhos devem ser realizadas de acordo com a ABNT NBR 7680-1. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF 3 ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 4.1.1 Moldagem de corpos de prova A moldagem deve ser realizada em camada única e o adensamento deve ser exclusivamente por vibrações externas (mesa vibratória ou vibrador de parede). No caso de concreto autoadensável com fibras, o molde deve ser totalmente preenchido e nivelado sem adensamento. O molde deve ser preenchido até aproximadamente 90 % de seu volume, avaliado pela altura da amostra de ensaio antes do adensamento. O molde deve ser completado e nivelado enquanto se realiza o adensamento. O tempo de vibração requerido é particular para cada concreto, tipo de vibrador e molde. Esse tempo depende da consistência do concreto e da eficiência do vibrador. A vibração deve ser finalizada quando a superfície do concreto apresentar um aspecto relativamente liso e praticamente não houver afloramento de bolhas de ar na superfície. A vibração demasiada pode causar segregação. Não podem ser utilizados vibradores de imersão (agulha) no concreto ou nas laterais do molde. 4.1.2 Cura Os corpos de prova devem ser curados de acordo com a ABNT NBR 5738. Nesse caso, os corpos de prova devem ser retirados da cura no período entre 24 h e 3 h antes dos ensaios, que são realizados normalmente aos 28 dias, e mantidos no ambiente do laboratório. A critério do projetista, podem ser adotadas outras alternativas para cura e/ou acondicionamento dos corpos de prova. 4.1.3 Retificação A base e o topo dos corpos de prova e testemunhos devem ser retificados e não podem apresentar irregularidades na zona de contato com os discos, perpendiculares ao eixo longitudinal, com um desvio máximo de 5°. 4.2 Execução do ensaio Antes do início do ensaio, devem ser medidos o diâmetro e a altura do corpo de prova ou testemunho. O diâmetro (d) deve ser a média de duas determinações perpendiculares, obtidas aproximadamente na metade da altura do corpo de prova ou testemunho. A altura (H) deve ser a média dos valores medidos em três geratrizes dispostas em planta, a aproximadamente 120°. A diferença medida entre as alturas máxima e mínima deve ser inferior a 2 %. 4.2.1 Posicionamento do corpo de prova ou testemunho Para assegurar a correta centralização dos discos de carga sobre o corpo de prova ou testemunho, devem ser utilizados gabaritos com diâmetro igual ao diâmetro exterior (d) do corpo de prova ou testemunho, considerando a tolerância de ± 1 mm, e um furo centralizado com diâmetro interior aproximadamente igual ao do disco de carga + 1,5 mm (ver Figura 2). D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF 4 ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados Figura 2 – Gabaritos para o posicionamento dos discos de carga no corpo de prova O conjunto formado pelo corpo de prova ou testemunho e pelos discos de carga deve ser centralizado nos pratos da máquina de ensaio. A excentricidade máxima permitida entre o eixo da máquina de ensaio e o disco de carga é de 5 mm. 4.3 Aplicação da carga O carregamento deve ser realizado com velocidade de deslocamento vertical de (0,50 ± 0,05) mm/min. O ensaio pode ser finalizado quando o deslocamento vertical medido atingir no mínimo 4 mm após a carga de fissuração (Pf). 5 Expressão dos resultados 5.1 Cálculo da resistência à tração por duplo puncionamento Para a determinação da resistência à tração por duplo puncionamento (ft), o parâmetro principal é a carga de fissuração (Pf), identificada na Figura 3. O cálculo da resistência à tração por duplo puncionamento (fissuração) deve ser realizado conforme a equação a seguir: f t 4 9 Pf a H ×= × π × × onde ft é a resistência à tração por duplo puncionamento (fissuração), expressa em megapascals (MPa); Pf é a carga que produz a fissuração, expressa em newtons (N); a é o diâmetro do disco de aplicação da carga, expresso em milímetros (mm); H é a altura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm). D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF 5 ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 5.2 Cálculo das resistências residuais O cálculo das resistências residuais ( R, pf δ ) para diferentes níveis de deslocamento vertical (δp), contados a partir da carga de fissuração (Pf), deve ser feito pela seguinte equação: p R, p 4 9 P f a H δ δ × = × π × × onde R, pf δ é a resistência residual correspondente a um deslocamento vertical δp, expressa em megapascals(MPa); pPδ é a carga residual correspondente a um deslocamento vertical δp, expressa em newtons (N); a é o diâmetro do disco de aplicação da carga, expresso em milímetros (mm); H é a altura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm). Os valores das resistências residuais devem ser determinados para os níveis de deslocamento vertical pós-fissuração (δp) indicados na Figura 3. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 0 1 2 3 4 5 6 C ar ga - P (k N ) Deslocamento vertical - δp (mm) P0,5 P1,5 P3,5 Pf P2,5 Mínimo 4 mm Figura 3 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical, identificando os pontos de carga para obtenção dos parâmetros 5.3 Cálculo da tenacidade (opcional) A tenacidade ou energia, expressa em joules (J), é calculada pela área sob a curva de carga por deslocamento vertical (δp), após a carga de fissuração (Pf). A Figura 4 apresenta o gráfico de carga por deslocamento vertical e de energia por deslocamento vertical. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF 6 ABNT NBR 16939:2021 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados 0 50 100 150 200 250 0 20 40 60 80 100 120 140 0 1 2 3 4 En er gi a (J ) Ca rg a (k N ) δp (mm) Figura 4 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical e de energia versus deslocamento vertical 5.4 Relatório de ensaio O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do corpo de prova ou testemunho; b) data de moldagem ou extração; c) local e data do ensaio; d) instituição e técnico responsável pelo ensaio; e) número de corpos de prova ou testemunhos ensaiados; f) dimensões do corpo de prova ou testemunho, determinadas com exatidão de 0,1 mm; g) defeitos detectados no corpo de prova ou testemunho; h) carga de fissuração e resistência à tração por duplo puncionamento (fissuração); i) cargas e resistências residuais para valores de deslocamento vertical iguais a 0,5 mm, 1,5 mm, 2,5 mm e 3,5 mm; j) tenacidade acumulada pós-fissuração para valor até 3,5 mm de deslocamento vertical; k) diagrama de carga versus deslocamento vertical; l) registro fotográfico do topo e da base dos corpos de prova ou testemunhos ensaiados, devidamente identificados; m) referência a esta Norma. D oc um en to im pr es so e m 2 4/ 02 /2 02 1 22 :0 6: 04 , d e us o ex cl us iv o de U N IV ER SI D AD E D E SA O P AU LO - SE F Documento impresso em 24/02/2021 22:06:04, de uso exclusivo de UNIVERSIDADE DE SAO PAULO - SEF
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