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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página 1 
Professor: Marcos Alves de Magalhães – professormarcosmagalhaes@gmail.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METEOROLOGIA AGRÍCOLA 
 
 
 
 
Prof. Dr. Marcos Alves de Magalhães 
Eng. Agrônomo (UFV) 
Especialista em Desenvolvimento e Gestão Ambiental (UESC) 
Mestre em Engenharia Agrícola na área de concentração em Tratamento de Resíduos (UFV) 
Doutor em Engenharia Agrícola na área de concentração em Recursos Hídricos (UFV) 
 
 
 
 
 
 
 
Caratinga / MG 
2020/2 
 
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1ª aula - História da Meteorologia 
Silva et al. (2009) 
O termo Meteorologia vem do filósofo grego Aristóteles, que por volta de 340 a.C. es-
creveu um livro de Filosofia Natural intitulado Meteorológica. Esse trabalho representa a soma 
do conhecimento sobre o tempo e clima da época, assim como o material astronômico, geográ-
fico e químico. 
Naquela época, tudo que caía do céu ou era visto no céu era chamado de meteoro, daí o 
termo “Meteorologia”, atualmente, diferenciam-se aqueles meteoros que vêm do espaço (me-
teoróides) dos que são partículas de água e gelo observados em nossa atmosfera (hidrometeo-
ros). No livro Meteorológica, Aristóteles explica fenômenos atmosféricos de uma maneira in-
dagativa, com pouca argumentação física. Muitas dessas indagações eram errôneas, mas foram 
aceitas por quase dois mil anos. 
O nascimento da Meteorologia como uma genuína Ciência Natural não ocorreu até o 
surgimento dos primeiros instrumentos meteorológicos: o termômetro, no final do século XVI, 
o barômetro, em meados do século XVII, e o hidrômetro, por volta do século XVIII. Com as 
observações obtidas dos instrumentos disponíveis, foi possível explicar certos fenômenos 
usando experiência científica e as leis da física que iam sendo desenvolvidas. Assim que mais 
e melhores instrumentos foram desenvolvidos nos anos 1800, a ciência da Meteorologia pro-
grediu. Ideias sobre ventos e tempestades foram surgindo, pelo menos parcialmente entendidas, 
e os primeiros mapas meteorológicos foram desenhados. 
Por volta de 1920, os conceitos de massas de ar e de frentes foram formulados na No-
ruega por Bergeron e Bjerknes, respectivamente. Nos anos 40 do século XX, observações diá-
rias de temperatura, umidade e pressão, através de balões meteorológicos, deram a visão tridi-
mensional da atmosfera e nos anos 50 a Meteorologia deu mais um passo adiante quando foram 
desenvolvidos computadores de alta velocidade para solucionar as equações que descrevem o 
comportamento da atmosfera. Os computadores favoreceram a confecção de mapas de forma 
otimizada, o que permitiu um avanço na previsão de um estado futuro da atmosfera. Em 1960, 
foi lançado o primeiro satélite meteorológico, Tiros 1, trazendo informações através de fotos 
tiradas dia e noite de nuvens e tempestades e dando a ideia visual de como circula o vapor 
d’água em volta do globo. 
 
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Ao longo dos séculos, observadores do céu e dos ventos, tais como agricultores, nave-
gantes e pastores acumularam certos conhecimentos práticos capazes de possibilitar prognósti-
cos com relativa precisão sobre mudanças do tempo. 
Baseada na Física e na Matemática, entre outras ciências, a Meteorologia deixou de ser 
fruto apenas do empirismo, da subjetividade, passando a ser uma ciência exata e precisa, através 
de modelos e métodos de previsão desenvolvidos e com auxílio de supercomputadores no pro-
cessamento de dados meteorológicos. 
Nos dias atuais, mais satélites, com maior grau de precisão e sofisticação estão sendo 
desenvolvidos para atender a computadores com cada vez mais capacidade de processamento 
de dados. Isso permite previsões de tempo meteorológico e clima com mais precisão e por pe-
ríodos mais longos, desde horas até dias (previsão de tempo) ou o comportamento de uma es-
tação do ano (previsão de clima), mostrando, dessa forma, como deve ser o comportamento 
futuro da atmosfera. 
 
Histórico 
Idade antiga (instrumentos do olho humano) 
• Até século V a.C. – fenômenos do tempo controlados pelos deuses 
• 400 a. C. – Hipócrates – Ares, água e lugares 
• 350 a.C. – Aristóteles – Meteorologia 
Idade moderna (instrumentos analógicos) 
1593 – Galileu – termômetro 
1643 – Torricelli – princípio de barômetro de mercúrio 
Idade contemporânea (instrumentos digitais) 
1832 – Telégrafo 
1873 – Organização Mundial de Meteorologia (OMM) 
1900 – 80% da superfície terrestre coberta por estações climatológicas 
1940 – Radar meteorológico 
1960 – Satélite meteorológico 
1980 – Estações climatológicas automáticas 
 
Exercício de fixação da aula – responda as questões a seguir: 
 
1. O que é Meteorologia? 
2. Pesquise em livros ou sites meteorológicos aspectos históricos da Meteorologia. 
 
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Referência Bibliográfica 
SILVA, F.M.; CHAVES, M.S.; LIMA, Z.M. Atmosfera terrestre. Disciplina Geografia Física 
II. Natal, RN: EDUFRN, 240p., 2009. ISBN 978-85-7273-564-3. 
 
 
Bibliografia Complementar 
 
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Atlas do meio ambiente do Bra-
sil. Brasília: Terra Viva, 1994. 
 
FORSDYKE, A.G. Previsão do tempo e clima. São Paulo: Melhoramentos, 1975. 
 
IBECC/FUNBEC/USP. Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura/ Fundação Brasi-
leira de Ensino de Ciências/ Universidade de São Paulo. O tempo e o clima. São Paulo: Edart, 
1980. 
 
MILLER, A.A. Climatologia. Barcelona: Omega, 1982. 
 
TAUK-TORNISIELO, S.M. Análise ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: 
UNESP/FAPESP, 1991. 
 
TAUK-TORNISIELO, S.M. et al. (org.). Análise ambiental: estratégias e ações. São Paulo: 
T.A. Queiroz, 1995. 
 
TUBELIS, A.; NASCIMENTO, F.J. Meteorologia Descritiva. São Paulo: Nobel, 1984. 
 
TUCCI, C.E.M. (org.). Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: UFRS/USP/ABRH, 
1993.

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