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AD2-2021 2-EstagioEM

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Licenciatura em Pedagogia - EAD
Disciplina: Estágio em Educação no Ensino Médio Normal
Nome: 
Matrícula: 
Polo: 
AD2 – 2021.2
A Educação em Tempos de Pandemia
 A Pandemia do Covid-19 mudou totalmente as relações e convívios no âmbito escolar e, de maneira inesperada, exigiu de pais, alunos e professores mudanças drásticas na rotina escolar. Todos tiveram que recorrer ao uso da tecnologia para manter a sua rotina de estudos, mas esse recurso não foi o suficiente para garantir 100% de aprendizagem do conteúdo programado para a maioria dos estudantes. 
Se olharmos para os alunos das escolas públicas veremos que o problema é muito maior, visto que para manter uma rotina de estudos de forma remota é necessário ter meios tecnológicos que as famílias de baixa renda não possuem, como computador, internet, local silencioso para estudo etc. Ademais, como informado pela reportagem os mais prejudicados foram os estudantes que estão na fase de alfabetização (41% delas tem entre 6 e 10 anos de idade), o período considerado mais importante na vida escolar de uma criança, pois o aprendizado desse período vai gerar reflexos no restante da sua vida acadêmica. Ainda vale ressaltar que muitas crianças tiveram aprovação automática após a realização de exercícios de apostilas que foram distribuídas pelas prefeituras ou retiradas nas escolas pelos responsáveis, sem nenhuma garantia de que o resultado foi o suficiente para garantir que o aluno está apto para avançar de série/ano.
A dificuldade no acesso ao ensino remoto também se estende aos professores, que infelizmente também não receberam das Secretarias de Educação toda a infraestrutura adequada e necessária para aplicar as aulas e sanar as dúvidas dos estudantes (computadores ou chips de acesso à Internet, por exemplo), mostrando que, assim como ocorre nas aulas presenciais, carecem de recursos e às vezes precisam custear os seus materiais de trabalho em prol dos seus alunos. 
Esses transtornos quanto ao uso de meios tecnológicos geram como consequência a evasão escolar e as altas taxas de reprovação – mesmo agora com o retorno total das aulas presenciais - e vão se refletir nas avaliações educacionais, como o ENEM, por exemplo, já que muitos alunos desistiram de realizar esse exame por não se sentirem preparados em comparação aos estudantes oriundos de cursinhos ou de escolas particulares. O UNICEF vê a situação do Brasil como alarmante e estima que, como consequência, a educação brasileira pode retroceder em até 20 anos.
Sendo assim, acredito que o maior desafio seja dar apoio e suporte necessários aos professores e motivar os alunos a voltarem para o ambiente escolar, avaliando o seu desempenho de maneira prudente e considerando as perdas educacionais que ele teve por conta da Pandemia e do ensino online. Ademais, também é necessário ter a orientação adequada de gestores escolares e das secretarias de educação na formulação de um novo currículo e uma metodologia de ensino que revise o conteúdo passado e para o aluno o novo conteúdo do ano letivo atual. 
Temos que levar em consideração que as avaliações futuras não poderão ter um caráter meramente classificatório, visto que o tempo de recuperação dos conteúdos e acompanhamento do novo conteúdo escolar não será o mesmo para todos. Uma possibilidade é aplicar regularmente avaliações diagnósticas, para ter uma visão real e de forma individual quais são as pendências de cada aluno e dar os reforços necessários para que ele consiga acompanhar os novos conteúdos, evitando assim uma frustração maior em relação à escola e uma consequente reprovação ou abandono escolar. 
REFERÊNCIAS:
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/29/numero-de-estudantes-sem-acesso-a-educacao-no-rj-cresceu-15percent-durante-a-pandemia-segundo-pesquisa-do-unicef.ghtml

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