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Existem quatro classes principais de tecido conjuntivo e muitas subclasses. As classes principais são: Tecido conjuntivo propriamente dito. Entre os exemplos mais familiares, temos o tecido adiposo e o tecido fibroso dos ligamentos. Tecido cartilagíneo. Tecido ósseo. Sangue. Os tecidos conjuntivos fazem muito mais do que apenas conectar os tecidos e órgãos do corpo: eles também formam a base do esqueleto (osso e cartilagem), armazenam e transportam nutrientes (tecido adiposo e sangue), circundam todos os vasos sanguíneos e nervos do corpo (tecido conjuntivo propriamente dito) e lideram a luta do corpo contra infecções. Mesmo diferentes, gordura, osso e sangue são tecidos conjuntivos, que compartilham do mesmo plano estrutural. Relativamente poucas células, grandes quantidades de matriz extracelular As células dos tecidos conjuntivos são separadas umas das outras por uma grande quantidade de material extracelular, conhecido como matriz extracelular. Isso é nitidamente diferente do tecido epitelial, cujas células se agrupam de modo extremamente coeso. Matriz extracelular composta de substância fundamental e fibras A matriz extracelular é produzida pelas células do tecido conjuntivo, sendo composta de algum tipo de substância fundamental com fibras de proteína incorporadas. A substância fundamental varia de acordo com cada classe de tecido conjuntivo. Em muitos tecidos, ela é uma substância macia, similar a um gel, que abriga o líquido intersticial. No osso, ela é dura — calcificada pelos sais de cálcio inorgânicos. A parte fibrosa da matriz fornece suporte para o tecido conjuntivo. Três tipos de fibras proteicas são encontrados nos tecidos conjuntivos: fibras de colágeno, fibras reticulares e fibras elásticas. Os tipos, a densidade e a distribuição das fibras são particulares de cada tipo de tecido conjuntivo, uma vez que a diferença entre as propriedades físicas e as funções de cada um se deve às diferenças na composição da matriz extracelular. Origem embrionária Outra característica comum aos tecidos conjuntivos é que todos eles se originam do tecido embrionário chamado mesênquima. Tecido conjuntivo Características especiais dos tecidos conjuntivos Os tecidos conjuntivos são compostos de células e uma quantidade significativa de matriz extracelular. Eles se diferem quanto às suas propriedades físicas por causa das diferenças nos tipos de células e de composição da matriz extracelular. No entanto, todos eles compartilham dos mesmos elementos estruturais: células, fibras e substância fundamental. Células Na maioria dos tecidos conjuntivos, o tipo de célula primário produz a matriz extracelular. No tecido conjuntivo propriamente dito, essas células são chamadas fibroblastos. Os fibroblastos produzem suas subunidades de fibras proteicas, que são secretadas na matriz extracelular e se reúnem nas fibras. Os fibroblastos também secretam as moléculas que formam a substância fundamental da matriz. No tecido cartilagíneo, as células que secretam a matriz são os condroblastos (“formadores de cartilagem”) e no osso são os osteoblastos (“formadores de osso”). Como essas células formadoras de tecido não secretam ativamente a nova matriz, elas são chamadas fibrócitos, condrócitos e osteócitos. Elas agem mantendo e reparando a matriz do tecido, preservando a saúde desse tecido. As células encontradas no sangue são uma exceção. Essas células não produzem a matriz plasmática do sangue, uma vez que os componentes celulares do sangue agem transportando os gases respiratórios (eritrócitos), combatendo infecções (leucócitos) e auxiliando a coagulação sanguínea (plaquetas). Outros tipos de células são encontrados em muitos tecidos conjuntivos: Células adiposas: armazenam energia, têm a forma de um ovo e seu citoplasma é dominado por uma única gota lipídica gigante que achata o núcleo e o citoplasma em uma extremidade da célula. As células adiposas maduras estão entre as maiores do corpo e não conseguem se dividir. Leucócitos (neutrófilos, linfócitos, eosinófilos) reagem aos agentes infecciosos e proporcionam proteção contra eles. Macrófagos são especializados em fagocitose. Eles englobam e destroem uma ampla variedade de materiais estranhos, desde uma bactéria inteira a moléculas estranhas, partículas de pó e células teciduais mortas. Mastócitos têm um papel fundamental na inflamação e promovem a cicatrização. Os mastócitos contêm muitos grânulos secretórios grandes preenchidos com várias substâncias químicas que são secretadas em resposta aos agentes infecciosos e indutores de alergia. As substâncias químicas secretadas pelos mastócitos incluem a histamina (aumenta o fluxo sanguíneo e a permeabilidade capilar no local), a heparina (interage com outras substâncias químicas do mastócito) e as proteases (enzimas degradadoras de proteína). Fibras A matriz extracelular de um tecido conjuntivo é composta de fibras e substância fundamental. São encontrados três tipos de fibras nos tecidos conjuntivos: fibras de colágeno, fibras reticulares e fibras elásticas. Em geral, as fibras atuam como suporte, embora cada tipo de fibra contribua com propriedades únicas para o tecido conjuntivo. Fibras de colágeno São os tipos de fibra mais fortes e abundantes nos tecidos conjuntivos. As fibras de colágeno resistem à tensão (forças de tração) e contribuem para a resistência de um tecido conjuntivo. Fibras reticulares São feixes de um tipo especial de fibrila de colágeno. Essas fibras curtas se agrupam em uma rede parecida com uma malha que protege e apoia as estruturas que margeiam o tecido conjuntivo. Por exemplo, os capilares são cobertos por redes difusas de fibras reticulares e essas fibras formam uma parte da membrana basal dos epitélios. Cada fibra reticular desliza livremente através das demais quando a rede é empurrada, permitindo mais flexibilidade do que as fibras de colágeno. Fibras elásticas As fibras elásticas contêm uma proteína “emborrachada”, chamada elastina, a qual permite que se comportem como elásticos. Embora seja normal pensarmos nos elásticos apenas como algo capaz de se esticar, a característica que os define é a sua capacidade de voltar à sua forma original após serem esticados. O tecido conjuntivo só consegue se esticar até o ponto em que as suas fibras de colágeno, espessas como cordas, ficam retesadas. Quando a tensão é Elementos estruturais dos tecidos conjuntivos liberada, as fibras elásticas recuam e o tecido esticado volta à sua forma original. Substância fundamental O outro componente da matriz do tecido conjuntivo é a substância fundamental. As moléculas que compõem a substância fundamental são produzidas e secretadas pelo tipo de célula primário do tecido conjuntivo (fibroblastos, condroblastos ou osteoblastos). A substância fundamental na maioria dos tecidos conjuntivos é um material similar a um gel, que consiste em grandes moléculas de açúcar e proteína de açúcar (proteoglicanos e glicosaminoglicanos). Essas moléculas absorvem líquido como uma esponja. A substância fundamental cheia de líquido serve para amortecer e proteger as estruturas do corpo (tecido conjuntivo propriamente dito), suportar forças de compressão (cartilagem) ou reter o líquido tecidual que banha todas as células no nosso corpo (tecido conjuntivo frouxo). No tecido ósseo, a substância fundamental secretada possui sais minerais calcificados incorporados, tornando a matriz dura e contribuindo para a sua função de dar suporte ao corpo. Mais uma vez, aqui o sangue é uma exceção. A substância fundamental do sangue, o plasma, não é produzida pelas células sanguíneas. O plasma sanguíneo é composto de água (cerca de 90%) e várias proteínas, nutrientes, íons,gases e outras moléculas Comparação das classes de tecidos conjuntivos dissolvidas. Essas moléculas são produzidas pelas células em outros órgãos e depois secretadas no sangue (por exemplo, proteínas plasmáticas e hormônios) ou são transportadas para o sangue a partir de uma fonte externa (água, ar e nutrientes). Tecido conjuntivo propriamente dito Dividido nas subclasses tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso, são diferenciadas, por sua vez, pela densidade de suas fibras. Além desses, existe o tecido conjuntivo especializado. Tecido conjuntivo frouxo Também conhecido como areolar, é o tipo mais disseminado de tecido conjuntivo propriamente dito. Esse tecido sustenta quase todos os epitélios do corpo e circunda quase todos os nervos e vasos sanguíneos pequenos, incluindo os capilares. A estrutura desse tecido reflete suas funções básicas: 1. Sustentar e ligar outros tecidos. 2. Reter os fluidos corporais. 3. Defender o corpo contra infecções. 4. Armazenar nutrientes em forma de gordura. As fibras do tecido conjuntivo frouxo proporcionam sustentação. Possui três tipos de fibras em sua matriz extracelular: fibras de colágeno, fibras reticulares e fibras elásticas. A substância fundamental do tecido conjuntivo frouxo retém líquido. Todas as células do corpo são banhadas em fluido tecidual ou líquido intersticial. Esse fluido é derivado do vazamento de líquido e das pequenas moléculas do sangue à medida que percorre os capilares. Os nutrientes e o oxigênio são levados às células, sendo as moléculas de resíduos retiradas das células via difusão através desse fluido. O tecido conjuntivo frouxo situa-se entre os capilares e todas as outras células e tecidos do corpo, absorvendo esse fluido tecidual de modo similar a uma esponja. Assim, ele mantém as células do corpo envolvidas em fluido e facilita a passagem de nutrientes, gases, produtos residuais e outras moléculas de e para as células. O tecido conjuntivo frouxo é a primeira linha de defesa do corpo contra os microrganismos invasores, como as bactérias, vírus, fungos e parasitas. Situando- -se logo abaixo dos tecidos epiteliais que revestem as superfícies corporais e envolvendo os capilares, é um lugar ideal para destruir os microrganismos em seu local de entrada — antes de adentrarem os capilares e utilizarem o sistema vascular para se espalharem a outros locais. O tecido conjuntivo frouxo contém uma série de células de defesa que reagem aos agentes infecciosos. As defesas celulares não são o único meio utilizado pelo tecido conjuntivo frouxo para combater infecções. A substância fundamental viscosa e as densas redes de fibras de colágeno na matriz extracelular retardam o avanço dos microrganismos invasores. No entanto, algumas bactérias secretam enzimas que decompõem rapidamente a substância fundamental ou o colágeno. Essas bactérias que degradam a matriz são altamente invasivas: elas espalham-se rapidamente pelos tecidos conjuntivos e são particularmente difíceis de controlar pelas defesas do corpo. Um exemplo dessas bactérias é a cepa de Streptococcus responsável pela faringite estreptocócica. Uma função menos importante do tecido conjuntivo frouxo é armazenar reservas de energia na forma de gordura. As células adiposas ocorrem isoladamente ou em pequenos grupos nesse tecido. Tecido conjuntivo denso O tecido conjuntivo denso, ou tecido conjuntivo fibroso, contém mais colágeno do que o tecido conjuntivo frouxo. Com suas fibras de colágeno espessas, ele consegue resistir a forças de tração extremamente fortes. Existem dois tipos de tecido conjuntivo denso: modelado e não modelado. Tecido conjuntivo denso não modelado Semelhante ao tecido conjuntivo frouxo, porém com fibras de colágeno muito mais espessas. Essas fibras seguem planos diferentes, permitindo que esse tecido resista a tensões fortes provenientes de várias direções. Esse tecido predomina na derme coriácea da pele, que normalmente é esticada, puxada e golpeada a partir de vários ângulos. Também compõe as cápsulas fibrosas que circundam certos órgãos do corpo, como os rins, linfonodos e ossos. Seus elementos celulares e da matriz são os mesmos do tecido conjuntivo frouxo. Tecido conjuntivo denso modelado Todas as fibras de colágeno no tecido conjuntivo denso modelado costumam seguir na mesma direção paralela à de tração. Existem agrupamentos de fibras de colágeno entre as fileiras de fibroblastos que fabricam continuamente as fibras e uma substância fundamental insuficiente. Quando esse tecido não está tensionado, Classificação dos tecidos conjuntivos suas fibras de colágeno são ligeiramente onduladas. Ao contrário do tecido conjuntivo frouxo, o tecido conjuntivo denso modelado é mal vascularizado e não contém células adiposas ou células de defesa. Com essa enorme resistência à tensão, o tecido conjuntivo denso modelado é o componente principal dos ligamentos, que são faixas ou lâminas que ligam os ossos entre si. Também é o tecido principal nos tendões, que são cordões que conectam os músculos aos ossos, e nas aponeuroses, que são tendões laminares. O tecido conjuntivo denso modelado também forma a fáscia, uma membrana fibrosa que envolve os músculos, grupos musculares, grandes vasos e nervos. Muitas lâminas de fáscia ocorrem por todo o corpo, ligando as estruturas como se fosse uma embalagem plástica de sanduíche. Quando a palavra fáscia é utilizada isoladamente, subentende-se fáscia profunda. A fáscia superficial, algo inteiramente diferente, é a hipoderme (ou tecido celular subcutâneo). Tecido conjuntivo especializado Formado pelos tecidos adiposo, reticular e elástico, inclui também os tecidos ósseo e cartilagíneo (que são classificados como tecido conjuntivo de suporte por alguns autores). Tecido adiposo O tecido adiposo é similar ao tecido conjuntivo frouxo em estrutura e função, mas a sua função de armazenamento de nutrientes é muito maior. Consequentemente, ele é densamente povoado por células adiposas que contribuem com 90% de sua massa. Essas células adiposas reúnem-se em grandes grupos chamados lóbulos. O tecido adiposo é ricamente vascularizado, refletindo a sua alta atividade metabólica. Ele remove lipídios da corrente sanguínea após as refeições e mais tarde os libera no sangue, conforme a necessidade. Sem os depósitos de gordura em nosso tecido adiposo não conseguiríamos sobreviver mais do que poucos dias sem comer. Grande parte do tecido adiposo do corpo ocorre na camada abaixo da pele, chamada hipoderme (ou tecido celular subcutâneo). O tecido adiposo também é abundante nos mesentérios, que são camadas de membranas serosas que mantêm o estômago e o intestino em seus lugares. A gordura nesse local chama-se visceral. Além disso, a gordura forma o amortecimento em volta dos rins e por trás dos bulbos dos olhos nas órbitas. Considerando que a gordura abundante por baixo da pele atende às necessidades gerais de nutrientes do corpo inteiro, os depósitos de gordura menores atendem às necessidades locais de nutrientes dos órgãos altamente ativos. Esses depósitos ocorrem em volta do coração e dos linfonodos (onde as células do sistema imune combatem ativamente a infecção), dentro de alguns músculos e como células adiposas individuais na medula óssea (onde são produzidas novas células sanguíneas em um ritmo frenético). Muitos desses depósitos locais oferecem lipídios especiais altamente enriquecidos. A gordura que armazena nutrientes é o tecido adiposo branco ou gordura branca. Outro tipo, chamado tecido adiposo marrom, produz calor e consome nutrientes. A gordura marrom, que antes se acreditava presente somente em bebês para ajudar na termorregulação, também tem sido identificada nos adultos. Ela está situada na hipoderme entre as duas escápulasno centro das costas, no lado da parte anterior do pescoço, e na parede anterior do abdome. Ela ainda é mais ricamente vascularizada do que a gordura branca. Cada célula de gordura marrom contém muitas gotas lipídicas e mitocôndrias, que usam o combustível lipídico para aquecer a corrente sanguínea em vez de produzir moléculas de ATP. Tecido conjuntivo reticular O tecido conjuntivo reticular lembra o tecido frouxo, mas as únicas fibras em sua matriz são as fibras reticulares. Essas fibras finas formam uma ampla rede tridimensional, como a estrutura de uma casa. Os espaços da estrutura criam um labirinto de cavernas que abriga muitas células livres. A medula óssea, o baço e os linfonodos, que contêm muitas células sanguíneas livres fora de seus capilares, consistem praticamente em tecido conjuntivo reticular. Os fibroblastos chamados células reticulares situam-se ao longo da rede reticular desse tecido. Tecido conjuntivo elástico No tecido elástico as fibras elásticas são o tipo de fibra predominante, e os feixes dessas fibras superam em quantidade os feixes das fibras de colágeno. Esse tecido está situado nas estruturas onde é importante o recuo após o alongamento: dentro das paredes das artérias, em certos ligamentos (ligamento nucal e ligamentos amarelos, que conectam as vértebras sucessivas) e em volta dos brônquios nos pulmões. Descrição: tecido conjuntivo embrionário; substância fundamental similar a um gel contendo fibras; células mesenquimatosas estreladas. Função: origina todos os outros tipos de tecido conjuntivo. Localização: basicamente no embrião. Descrição: matriz gelatinosa com todos os três tipos de fibras; células: fibroblastos, macrófagos, mastócitos e alguns leucócitos. Função: envolver e amortecer os órgãos. Seus macrófagos fagocitam as bactérias, desempenham um papel importante na inflamação e retêm e transportam líquido intersticial. Localização: amplamente distribuído sob os epitélios corporais; por exemplo, forma a lâmina própria das membranas mucosas; embala os órgãos; envolve os capilares. Descrição: matriz como a do tecido conjuntivo frouxo, porém muito esparsa; adipócitos (ou células adiposas) bem agrupadas possuem núcleo deslocado para o lado decorrente da grande gota de gordura. Função: fornece reserva de energia; isola contra a perda de calor; sustenta e protege os órgãos. Tecido conjuntivo embrionário: mesênquima Tecido conjuntivo propriamente dito: tecido conjuntivo frouxo Tecido conjuntivo especializado: tecido conjuntivo adiposo Localização: sob a pele na hipoderme; em volta dos rins e bulbos dos olhos; dentro do abdome; nas mamas. Descrição: rede de fibras reticulares em uma substância fundamental frouxa característica; células reticulares situadas na rede. Função: as fibras formam um esqueleto interno macio (estroma) que sustenta outros tipos de célula, incluindo os leucócitos, mastócitos e macrófagos. Localização: órgãos linfoides (linfonodos, medula óssea e baço). Descrição: fibras de colágeno dispostas principalmente de maneira irregular; algumas fibras elásticas; o principal tipo de células é o fibroblasto; as células de defesa e as células adiposas também estão presentes. Função: capaz de suportar a tensão exercida em muitas direções; proporciona resistência estrutural. Localização: cápsulas fibrosas dos órgãos e articulações; derme da pele; submucosa do trato digestório. Tecido conjuntivo especializado: tecido conjuntivo reticular Tecido conjuntivo propriamente dito: tecido conjuntivo denso não modelado Descrição: principalmente fibras de colágeno paralelas; algumas fibras elásticas; o principal tipo de célula é o fibroblasto. Função: conectar os músculos aos ossos ou a outros músculos; conectar os ossos com ossos; suportar um grande esforço de tração quando essa tração for aplicada em uma direção. Localização: tendões, a maior parte dos ligamentos, aponeuroses. Descrição: tecido conjuntivo denso modelado contendo uma alta proporção de fibras elásticas. Função: permite o retorno do tecido após o estiramento; mantém o fluxo pulsátil do sangue através das artérias; auxilia no retorno passivo dos pulmões após a inspiração. Localização: paredes das grandes artérias; dentro de certos ligamentos associados à coluna vertebral; dentro das paredes dos brônquios. Tecido conjuntivo propriamente dito: tecido conjuntivo modelado Tecido conjuntivo especializado: tecido conjuntivo elástico Descrição: matriz amorfa, porém firme; fibras de colágeno formam uma rede imperceptível; condroblastos produzem a matriz e, quando maduros (condrócitos), residem nas lacunas. Função: sustentação e reforço; serve como um amortecedor elástico; resiste às forças compressivas. Localização: forma a maior parte do esqueleto embrionário; reveste as extremidades dos ossos longos nas cavidades articulares; forma as cartilagens costais das costelas; cartilagens do nariz, traqueia e laringe. Cartilagem O tecido conjuntivo propriamente dito tem capacidade para resistir à tensão (tração). A cartilagem e o osso são os tecidos conjuntivos firmes que resistem à compressão (pressão) e também à tensão. Assim como todos os tecidos conjuntivos, eles consistem em células Tecido cartilagíneo: cartilagem hialina separadas por uma matriz que contém fibras, substância fundamental e líquido intersticial. No entanto, esses tecidos esqueléticos acentuam as funções de sustentação do tecido conjuntivo e não desempenham nenhum papel no armazenamento de gordura ou na defesa contra doenças. A cartilagem, um tecido firme, porém flexível, ocorre em várias partes do esqueleto. Por exemplo, ela forma os anéis de sustentação da traqueia e proporciona a forma do nariz e das orelhas. Assim como quase todos os tecidos conjuntivos, a cartilagem consiste em células separadas por uma matriz extracelular abundante. Essa matriz contém fibrilas de colágeno finas, uma substância fundamental e uma quantidade excepcional de líquido intersticial; na verdade, a cartilagem consiste em até 80% de água. A distribuição da água em sua matriz habilita a cartilagem a retornar durante a compressão. A cartilagem é mais simples do que os demais tecidos conjuntivos: ela não contém vasos sanguíneos ou nervos e possui apenas um tipo de célula, o condrócito. Cada condrócito reside em uma cavidade na matriz, chamada lacuna. Os condrócitos imaturos chamam-se condroblastos, células que secretam ativamente a matriz durante o crescimento da cartilagem. A cartilagem é encontrada em três variedades, cada uma dominada por um determinado tipo de fibra: cartilagem hialina, cartilagem elástica e fibrocartilagem ou cartilagem fibrosa. Osso Em razão de sua dureza pétrea, o tecido ósseo tem uma tremenda capacidade para sustentar e proteger as estruturas do corpo. A matriz óssea contém sais de cálcio inorgânicos que habilitam o osso a resistir à compressão e uma quantidade abundante de fibras de colágeno, as quais permitem que o osso suporte fortes tensões. As células ósseas imaturas, chamadas osteoblastos, secretam as fibras de colágeno e a substância fundamental da matriz. Depois, os sais de cálcio precipitam nas fibras de colágeno e entre elas, endurecendo a matriz. As células ósseas maduras, chamadas osteócitos, povoam as cavidades dessa matriz endurecida. O osso é um tecido vivo e dinâmico, bem abastecido por vasos sanguíneos. Descrição: similar à cartilagem hialina, mas com fibras mais elásticas na matriz. Função: mantém a forma de uma estrutura, proporcionando ao mesmo tempo grande flexibilidade. Localização: sustenta a orelha externa; epiglote. Tecido cartilagíneo: cartilagem elástica Descrição: matriz similar, mas menos firme do que na cartilagemhialina; predominam as fibras de colágeno espessas. Função: resistência à tensão com capacidade para absorver choques compressivos. Localização: discos intervertebrais; sínfise púbica; discos da articulação do joelho. Descrição: matriz dura, calcificada, contendo muitas fibras de colágeno; osteócitos nas lacunas. Muito bem vascularizado. Função: sustenta e protege (por confinamento); proporciona alavancas para a ação muscular; armazena cálcio, outros minerais e gordura; a medula dentro dos ossos é o lugar de formação das células sanguíneas (hematopoiese). Localização: ossos. Tecido cartilagíneo: fibrocartilagem Tecido ósseo Descrição: eritrócitos e leucócitos em uma matriz líquida (plasma). Função: transporte dos gases respiratórios, nutrientes, resíduos e outras substâncias. Localização: contido nos vasos sanguíneos. Sangue O sangue, que é o fluido existente nos vasos sanguíneos, é o tecido conjuntivo mais atípico. Ele não une estruturas e também não fornece suporte mecânico. O sangue é classificado como um tecido conjuntivo porque ele se desenvolve a partir do mesênquima e consiste em células sanguíneas circundadas por uma matriz inanimada, o plasma sanguíneo líquido. Suas células e sua matriz são muito diferentes das encontradas em outros tecidos conjuntivos. Ele atua como veículo de transporte para o sistema cardiovascular, transportando pelo corpo inteiro células de defesa, nutrientes, resíduos, gases respiratórios e muitas outras substâncias. Membranas de cobertura e revestimento Essas membranas, que cobrem amplas áreas dentro do corpo, consistem em uma camada epitelial e tecido conjuntivo propriamente dito subjacente. Essas membranas são de três tipos: cutânea, mucosa e serosa. A membrana cutânea, além de ser uma membrana seca, é a pele que cobre a superfície externa do corpo. Seu epitélio externo é a epiderme grossa e seu tecido conjuntivo interno é a derme densa. Uma membrana mucosa reveste o interior de cada órgão interno oco que se abre para fora do corpo. Mais especificamente, as membranas mucosas revestem os tubos dos sistemas respiratório, digestório, reprodutor e urinário. Embora as diferentes membranas mucosas variem amplamente em relação aos tipos de epitélio que contêm, todas são molhadas ou úmidas. Como seu nome indica, muitas membranas mucosas secretam muco. Porém, nem todas fazem isso. Todas as membranas mucosas consistem em uma camada epitelial acima de uma camada de tecido conjuntivo frouxo, chamada lâmina própria. Nas membranas mucosas do sistema digestório, a lâmina própria reside em uma camada de células musculares lisas. As membranas serosas são as membranas escorregadias que revestem as cavidades fechadas da pleura, do pericárdio e do peritônio. Uma membrana serosa consiste em um epitélio simples pavimentoso, chamado mesotélio, situado em uma fina camada de tecido conjuntivo frouxo. Essa membrana produz um fluido seroso escorregadio, que começa como um filtrado do sangue nos capilares do tecido conjuntivo, com o acréscimo de moléculas lubrificantes pelo mesotélio. Sangue
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