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Resumo - Apresentação cap 4

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Resumo: Capítulo 4 – Cinco abordagens qualitativas de investigação
Introdução:
- O autor inicia o capítulo propondo a análise de dois cenários. No primeiro, o pesquisador qualitativo não identifica uma abordagem específica que esteja usando em sua pesquisa qualitativa; talvez a sua explicação da metodologia adotada seja curta e simplesmente limitada à coleta de entrevistas face a face.
- Em um segundo cenário, o pesquisador adota uma abordagem específica para a sua pesquisa qualitativa, como uma abordagem de pesquisa narrativa. Agora, a sua seção de metodologia é detalhada, descrevendo o significado dessa abordagem, por que ela foi usada e como ela se relacionaria com os procedimentos do estudo.
- Qual das abordagens você consideraria mais acadêmica? A mais convidativa? A mais sofisticada?
-A segunda né, porque o pesquisador, pode se beneficiar por ter uma estrutura escrita para seguir, que oferece a ele uma forma de organizar as ideias fundamentadas na literatura acadêmica da pesquisa qualitativa.
- Nesse capítulo o autor apresenta e explica 5 abordagens qualitativas de investigação, uma por uma, e discutindo a sua origem, suas principais características definidoras, os vários modos de usá-la, os passos envolvidos na condução de um estudo, e os desafios que você provavelmente enfrentará à medida que avançar.
- Para isso propõe questões para discussão.
· Pesquisa narrativa
Definição e origem:
- Ela é enraizada em diferentes disciplinas sociológicas e humanas.
- “Narrativa” diz respeito ao fenômeno a ser estudado, como a narrativa de uma doença, por exemplo. ou pode ser o método utilizado no estudo, como os procedimentos de análise das histórias contadas. 
- Como método, ela começa com as experiências expressas em histórias vividas e contadas pelos indivíduos. Os autores oferecem formas de analisar e entender as histórias vividas e contadas.
- Os procedimentos para implantar esse tipo de pesquisa consistem em focar no estudo de um ou dois indivíduos, reunir dados por meio da coleta das suas histórias, relatar as suas experiências individuais e ordenar cronologicamente o significado dessas experiências.
Características dos estudos narrativos:
- Pesquisadores narrativos coletam histórias de indivíduos sobre as experiências vividas por eles. Essas histórias podem surgir a partir de uma informação relatada ao pesquisador, ou uma história que é construída em conjunto entre o pesquisador e o participante. Percebe-se que existe uma forte característica colaborativa na pesquisa narrativa, já que a história emerge por meio da interação e do diálogo entre o pesquisador e o(s) participante(s).
- Histórias narrativas falam de experiências individuais e podem lançar luz sobre as identidades dos indivíduos e as imagens que eles têm de si mesmos.
- Histórias narrativas são reunidas a partir de variadas formas de coleta de dados, por exemplo, por meio de entrevistas, que podem constituir a fonte de dados principal, e também por meio de observações, documentos, imagens e outras fontes de dados qualitativos.
- Histórias narrativas frequentemente são ouvidas e classificadas pelos pesquisadores dentro de uma cronologia, embora possam não ser contadas dessa forma pelo(s) participante(s). Ocorre uma alteração temporal quando indivíduos falam sobre suas experiências e suas vidas. Eles podem falar sobre o seu passado, seu presente ou seu futuro.
- Histórias narrativas são analisadas de normas variadas. A análise pode ser feita com base no que foi dito na natureza do contar da história ou em para quem a história foi direcionada. 
 	- Histórias narrativas estão inseridas em lugares ou situações específicas. O contexto se torna importante para que o pesquisador conte a história levando em conta a sua localização.
	Tipos de narrativas
Ler slide;
	Desafios
- O pesquisador precisa coletar ampla informação sobre o participante e precisa ter um entendimento claro do contexto da vida do indivíduo
· Teoria da pesquisa fundamentada
- A teoria fundamentada é um projeto de pesquisa qualitativo em que o investigador gera uma explicação geral (uma teoria) de um processo, ou de uma ação, ou uma interação moldada pelas visões de um grande número de participantes.
- A intenção de uma pesquisa fundamentada é ir além da descrição, ou seja, é gerar ou descobrir uma teoria, uma “explicação teórica unificada” para um processo ou ação.
- Para isso, é importante que todos os participantes do estudo experimentem o processo;
- A ideia é que esse desenvolvimento da teoria não vem “padronizado”, mas é gerado ou “fundamentado” em dados dos participantes que experimentaram o processo.
- Esse projeto qualitativo foi desenvolvido na sociologia em 1967 por dois pesquisadores, Barney Glaser e Anselm Strauss, que sustentam que as teorias devem ser “fundamentadas” em dados do campo, especialmente nas ações, interações e processos sociais das pessoas.
- Com diferentes interpretações, a teoria fundamentada ganhou popularidade em campos como a sociologia, enfermagem, educação e psicologia, como também em outros campos das ciências sociais.
- Creswell se baseia nos livros de Corbin e Strauss (2007), que apresentam uma abordagem estruturada da teoria fundamentada e Charmaz (2006), que oferece uma perspectiva construtivista e interpretativa sobre a teoria fundamentada.
	Características de uma teoria fundamentada
- O pesquisador focaliza um processo ou uma ação que tem passos ou fases distintas que ocorrem ao longo do tempo. Assim, um estudo de teoria fundamentada possui “movimento” ou alguma ação que o pesquisador está tentando explicar.
- Os lembretes se tornam parte do desenvolvimento da teoria quando o pesquisador anota ideias à medida que os dados são coletados e analisados. Nesses lembretes, as ideias tentam formular o processo que está sendo visto pelo pesquisador e esquematizar o fluxo deste processo.
- A forma primária de coleta de dados é em geral a entrevista em que o pesquisador está constantemente comparando dados vindo dos participantes com ideias sobre a teoria emergente
- A análise dos dados pode ser estruturada e seguir o padrão de desenvolvimento de categorias abertas, selecionando uma categoria para ser o foco da teoria e depois detalhando categorias adicionais (codificação axial) para formar um modelo teórico.
	
Tipos de estudos de teoria fundamentada
- As duas abordagens populares da teoria fundamentada são os procedimentos sistemáticos de Strauss e Corbin (1990, 1998) e a abordagem construtivista de Charmaz (2005, 2006). 
- Nos procedimentos analíticos mais sistemáticos de Strauss e Corbin (1990, 1998), o investigador procura desenvolver sistematicamente uma teoria que explique o processo, ação ou interação sobre um tópico. O pesquisador realiza de 20 a 30 entrevistas baseadas em várias visitas “ao campo” para coleta de dados para assim saturar as categorias Enquanto o pesquisador coleta dados, ele inicia a análise. A minha imagem para a coleta de dados em um estudo de teoria fundamentada é um processo em “zigue- -zague”: indo a campo para reunir informações, no escritório para analisar os dados, de volta ao campo para reunir mais informações, no escritório, etc. Os participantes entrevistados são teoricamente escolhidos para ajudar o pesquisador a formar a teoria da melhor maneira possível. 
- Charmaz defende uma perspectiva construtivista social que inclui enfatizar mundos locais diversos, múltiplas realidades e as complexidades de mundos, visões e ações particulares. Charmaz coloca maior ênfase nas visões, valores, crenças, sentimentos, suposições e ideologias dos indivíduos do que nos métodos de pesquisa. Para Charmaz um procedimento da teoria fundamentada não minimiza o papel do pesquisador no processo. O pesquisador toma decisões sobre as categorias durante o processo, suscita questões para os dados e desenvolve valores pessoais, experiências e prioridades. Quaisquer conclusões desenvolvidas pelos pesquisadores da teoria fundamentada são, de acordo com Charmaz (2005), sugestivas, incompletas e inconclusivas.
	Procedimentos para apesquisa da teoria fundamentada
- Identificar se a teoria fundamentada é a mais adequada ao estudo do seu problema de pesquisa.
- As perguntas de pesquisa que o investigador faz aos participantes focarão a compreensão de como os indivíduos experimentam o processo e a identificação dos passos no processo (Qual é o processo? Como ele se desenvolveu?).
- Essas perguntas são feitas em entrevistas, embora outras formas de dados também possam ser coletadas, como observações, documentos e materiais audiovisuais. O importante é reunir informações suficientes para desenvolver integralmente (ou saturar) o modelo. Isso pode envolver 20 a 60 entrevistas.
- A análise dos dados prossegue em estágios. O pesquisador formara categorias de informações para fazer a análise dos dados. 
- O resultado deste processo de coleta e análise de dados é uma teoria, uma teoria escrita por um pesquisador próximo a um problema específico ou população de pessoas.
	Desafios
- O pesquisador enfrenta a dificuldade de determinar quando as categorias estão saturadas ou quando a teoria está suficientemente detalhada.
· Estudo de Caso
- O autor define estudo de caso como uma metodologia: um tipo de projeto em pesquisa qualitativa que pode ser objeto de estudo, como também um produto da investigação. A pesquisa de estudo de caso é uma abordagem qualitativa na qual o investigador explora um sistema delimitado contemporâneo da vida real (um caso) ou múltiplos sistemas delimitados (casos) ao longo do tempo, por meio da coleta de dados detalhada em profundidade envolvendo múltiplas fontes de informação (p. ex., observações, entrevistas, material audiovisual e documentos e relatórios) e relata uma descrição do caso e temas do caso. A unidade de análise no estudo de caso pode ser múltiplos casos (um estudo plurilocal) ou um único caso (um estudo intralocal).
- A origem dos estudos de caso estaria relacionada a ciência social moderna por meio da antropologia e sociologia.
	Características do estudo de caso
- A pesquisa de estudo de caso começa com a identificação de um caso específico. Esse caso pode ser uma entidade concreta, como um indivíduo, um pequeno grupo, uma organização ou uma parceria, pode ser uma comunidade, um relacionamento, um processo de decisão ou um projeto específico. O importante é definir um caso que possa ser delimitado ou descrito dentro de determinados parâmetros.
- Uma característica de um bom estudo de caso qualitativo é que ele apresenta uma compreensão em profundidade do caso. Para chegar a isto, o pesquisador coleta muitas formas de dados qualitativos, variando desde entrevistas, observações e documentos até materiais audiovisuais. A utilização de somente uma fonte de dados não é suficiente para desenvolver esta compreensão em profundidade.
- A escolha de como abordar a análise dos dados em um estudo de caso poderá diferir. Alguns estudos de caso envolvem a análise de múltiplas unidades dentro do caso (p. ex., uma escola, todas as escolas de uma região), enquanto outros se referem à totalidade do caso (p. ex., todas as escolas da região). Uma chave para entender a análise também é que uma boa pesquisa de estudo de caso envolve uma descrição do caso. Além disso, o pesquisador pode identificar temas ou questões ou situações específicas para estudar em cada caso. Esses temas ou questões podem ser organizados em uma cronologia pelo pesquisador, analisados entre os casos por semelhanças e diferenças entre eles.
- Os estudos de caso geralmente terminam com conclusões formadas pelo pesquisador a respeito do significado global derivado do(s) caso(s).
Tipos de estudo de caso
- Os tipos de estudos de caso qualitativos são distinguidos pelo tamanho do caso delimitado, como, por exemplo, se ele envolve um indivíduo, vários indivíduos, um grupo, um programa inteiro ou uma atividade.
- Em um estudo de caso instrumental único (Stake, 1995) o pesquisador se concentra em uma questão ou preocupação e só depois seleciona um caso delimitado para ilustrar esta questão.
- Em um estudo de caso coletivo (ou estudo de caso múltiplo), a questão ou preocupação é mais uma vez selecionada, mas o investigador escolhe múltiplos estudos de caso para ilustrar a questão.
- Estudo de caso intrínseco em que o foco está no próprio caso porque o caso apresenta uma situação incomum ou única. (p. ex., o estudo de um aluno que tem dificuldades de aprendizagem).
	Procedimentos para a condução de um estudo de caso
- Primeiramente, os pesquisadores determinam se uma abordagem de estudo de caso é apropriada para o estudo do problema de pesquisa.
- A seguir, os pesquisadores precisam identificar seu caso ou casos. Esses casos podem envolver um indivíduo, vários indivíduos, um programa, um evento ou uma atividade. 
- A coleta de dados em uma pesquisa de estudo de caso é extensa, baseando-se em múltiplas fontes de informação como
observações, entrevistas, documentos e materiais audiovisuais. Por exemplo, Yin (2009) recomenda seis tipos de informação a ser coletada: documentos, registros de arquivo, entrevistas, observações diretas, observação participante e artefatos físicos.
- O tipo de análise destes dados pode ser uma análise holística de todo o caso ou uma análise incorporada de um aspecto específico do caso. Por meio dessa coleta de dados, surge uma descrição detalhada do caso (Stake, 1995) na qual o pesquisador detalha aspectos tais como a história, a cronologia dos eventos ou a realização rotineira das atividades do caso. Depois dessa descrição, o pesquisador pode focar em algumas questões-chave (ou análise de temas), não para fazer generalizações.
- Na fase interpretativa final, o pesquisador relata o significado do caso, se aquele significado provém do aprendizado sobre
a questão do caso (um caso instrumental) ou o aprendizado sobre uma situação incomum (um caso intrínseco). Essa fase constitui as lições aprendidas com o caso.
	Desafios
- Quanto mais casos um indivíduo estuda, menor a profundidade em cada um

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