Buscar

ENDODONTIA 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
1 
 
ENDODONTIA 
5º Período. 
 
AULA 1 
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA EM ENDODONTIA 
 
BIOSSEGURANÇA 
Conjunto de normas e procedimentos que visam a manutenção da saúde de pessoas com 
atividade de risco para aquisição de doenças, bem como de seus pacientes. 
 
BIOSSEGURANÇA EM ENDODONTIA 
➢ Proximidade com o paciente; 
➢ Complexo ecossistema microbiano na boca; 
➢ Exposição à saliva, sangue e fluidos contaminados; 
➢ Manipulação de instrumental perfuro-cortantes; 
➢ Restrito ambiente de trabalho; 
➢ Anatomia bucal dificulta intervenção e visão; 
➢ Requerem aparelhos acionados a ar comprimido. 
 
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS 
Todos os pacientes devem receber um mesmo atendimento, dotado de todos os cuidados 
especiais quanto ao controle de infecção, entendidos como agentes potencialmente 
contaminados. 
 
CONTROLE DE INFECÇÃO EM ODONTOLOGIA 
➢ Imunização; 
 
IMUNIZAÇÃO 
➢ Previne a transmissão de doenças ao bloquear a disseminação de microrganismos; 
➢ Difteria, hepatite A, hepatite B, meningite meningocócica, sarampo, caxumba, varicela, 
rubéola, tétano. 
 
PROTEÇÃO PESSOAL E DE EQUIPAMENTOS 
➢ Controle de infecção no período pré-operatório; 
➢ Barreiras protetoras; 
➢ Equipamentos de proteção individual (EPI). 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
2 
 
Controle de infecção no período pré-operatório: 
➢ Guardar itens desnecessários ao procedimento clínico; 
➢ Retirar os adornos; 
➢ Planejar previamente o material e instrumental necessário para o atendimento. 
 
Barreiras protetoras 
➢ Cadeira; 
➢ Equipo; 
➢ Mocho; 
➢ Aparelho de RX. 
 
Equipamentos de proteção individual 
➢ Jaleco; 
➢ Gorro; 
➢ Máscara; 
➢ Óculos de proteção; 
➢ Sapatilhas; 
➢ Luvas. 
 
LAVAGEM DO INSTRUMENTAL 
➢ Anterior ao processo de esterilização; 
➢ Pré-lavagem (manual ou ultrassônica): substância enzimáticas – degradação e dissolução 
da matéria orgânica nas superfícies e instrumentais contaminados; 
➢ Lavagem com escovação (água e detergente); 
➢ Secagem e acondicionamento do instrumental. 
 
ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO 
➢ Artigos críticos: penetram na mucosa, pele não íntegra, tecidos, sistema vascular – 
esterilização; 
➢ Artigos semi-críticos: entram em contato com a mucosa íntegra – esterilização, porém 
quando não suportarem – desinfecção de alto nível; 
➢ Artigos não-críticos: entram em contato com pele íntegra ou não entram em contato com 
o paciente – limpeza e desinfecção. 
 
ESTERILIZAÇÃO 
➢ Esterilização: procedimento responsável pela completa destruição de todas as formas de 
vida microbiana; 
➢ Formas de esterilização: meios físicos (calor úmido – autoclave e vapor sob pressão, calor 
seco – estufa e forno de Pasteur), vapor de gases. 
 
DESINFECÇÃO 
➢ Procedimento responsável por tentar destruir microrganismos patogênicos de forma 
vegetativa por meio de agentes químicos em superfícies inanimadas. 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
3 
 
ANTISSEPSIA 
➢ Tentativa de destruir microrganismos patogênicos em seres inanimados por meio de 
substâncias antissépticas. 
 
MONITORAMENTO DO LIXO ODONTOLÓGICO 
➢ Lixo comum; 
➢ Lixo contaminado; 
➢ Lixo para películas radiográficas; 
➢ Lixo perfuro-cortante. 
 
BIOSSEGURANÇA NA ENDODONTIA 
Antes do procedimento: 
➢ Paramentação: jaleco, gorro e máscara; 
➢ Limpeza e desinfecção do equipo, cadeira e bancada auxiliar com luvas descartáveis; 
➢ Colocação das barreiras de proteção; 
➢ Organização do material: material esterilizado separado de material não esterilizado. 
 
PREPARO DO PACIENTE 
➢ Gorro; 
➢ Óculos; 
➢ Avental; 
➢ Antissepsia intra-oral. 
 
DURANTE O ATENDIMENTO 
➢ Lavar as mãos antes de calçar as luvas; 
➢ Películas radiográficas recobertas por uma barreira; 
➢ Isolamento absoluto bem realizado; 
➢ Nunca tocar cone de papel ou cone de guta percha com as mãos (mesmo enluvadas); 
➢ Colocação de duas pinças na bandeja (operador e auxiliar); 
➢ Duas réguas – uma fora e outra dentro da bandeja; 
➢ Descontaminar cones de guta percha antes de levar ao canal: NaOCI 4-6% por 10 min e 
álcool 70o; 
➢ Nunca tocar o stop de borracha e a parte ativa das limas endodônticas ou espaçadores 
digitais; 
➢ Preparo dos cimentos endodônticos, materiais seladores provisórios, bases cavitárias e 
qualquer outro material que será utilizado antes, durante e após o tratamento 
endodôntico deve ser realizado na placa de vidro esterilizada. 
 
APÓS O ATENDIMENTO 
➢ Descarte dos resíduos contaminados em recipiente apropriado; 
➢ Descarte de perfuro cortantes em recipiente apropriado; 
➢ Remoção das barreiras plásticas com mãos enluvadas; 
➢ Desinfecção das superfícies utilizando luva descartável; 
➢ Remoção do lixo contaminado e acomodação em recipiente devidamente determinado; 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
4 
 
➢ Lavagem, secagem e embalagem do instrumental devidamente paramentado e com as 
mãos enluvadas. 
 
 
AULA 2 
MATERIAIS EM ENDODONTIA 
CLASSIFICAÇÃO 
1) Aparelhos, instrumental e material auxiliar: 
• Instrumental clínico: 
o Bandeja. 
o Espátula 24F (manipular cimento, provisório). O F é de flexível. 
o Explorador reto (específico de endo)- para explorar o canal. 
o Tesoura reta pequena e de ponta fina. 
o Sonda periodontal. 
o Carpule. 
o Hollemback – para material selador provisório. 
o Explorador duplo nº 5 – para explorar as paredes laterais do canal. 
o Cureta de pescoço longo. 
o Pinças clínicas para endodontia– de preferência com a ponta mais fina. Deve ter 
duas pinças. 
o Espelho de 1o plano (diferente do comum) – a imagem projetada nesse espelho é 
mais nítida/fiel. 
 
• Instrumental e material para diagnóstico: 
o Cabo de espelho – para teste de percussão vertical e horizontal. 
o Spray para teste de sensibilidade pulpar – térmico. 
o Bastão de guta percha aquecida (não solicitado na lista) para teste quente de 
vitalidade. 
o Filme radiográfico – para exame radiográfico . 
o Colgadura individual – para exame radiográfico. 
[Comentário do professor]: Na caixa de revelação a norma de revelação é da esquerda para direita: 
Revelador, Água, Fixador. 
o Posicionador RH para endodontia – para radiografia. Posicionador diferente. 
 
• Instrumental e material para anestesia: 
o Carpule. 
o Agulhas. 
o Agulha para colocação do Calen (medicação colocada dentro do canal): 27G 
(0,40x35mm) – isso serve para não entupir, pois o material que passará por ela é 
pastoso, e não líquido. 
o Anestésicos tópicos e injetáveis (fornecido pela faculdade). 
 
 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
5 
 
• Instrumental e material para isolamentode campo operatório. 
o Perfurador de Ainsworth. 
o Pinça de Palmer. 
o Arco de Ostby – arco fechado de plástico. Da dentística é aberto, o arco de Young. 
Pois no fechado o paciente não respira em cima do campo operatório. 
o Lençol de borracha. 
o A dupla deve ter 2 grampos 211 (um para dentística e um para endo). 
o Grampos para isolamento: KSK ou SS White Duflex ou Hygienic. 
o Duralay - para colocar em volta do isolamento, porque as vezes existe gengiva 
aparecendo, senão pode haver contaminação. Pode ser também top dam e 
superbonder. 
o Pote dappen de vidro. 
o Barreira gengival. 
 
2) INSTRUMENTAL E MATERIAL ENDODÔNTICO 
• Instrumentos e brocas especiais para abertura coronária: 
o Brocas esféricas - para abrir o dente até a câmara pulpar: 
▪ Diamantadas (corta menos). 
▪ Carbides (corta mais que a diamantada). 
o Brocas para desgaste compensatório: sem ponta ativa, apenas para 
refinamento/acabamento das paredes laterais: 
▪ Tronco cônicas diamantadas: nº 3080, 3081, 3082 (ambas tem a ponta lisa). 
Tomar cuidado ao comprar, pois a ponta inativa não deve ser grande, deve 
ser pequena, pois a chance de quebrar a ponta é menor. 
▪ Endo Z – normalmente usada em molar. 
• Instrumentos e brocas especiais para o preparo biomecânico: 
o Brocas especiais. 
o Limas endodônticas. 
o Flexobend. 
o Régua milimetrada. 
o Tamborel. 
o Kit irrigação/aspiração. 
o Seringa ML. 
o Brocas especiais para preparo biomecânico: 
▪ Broca de Gates Glidden: 
 1 2 3 4 5 6 
 0.50 0.70 0.90 1.10 1.30 1.50 
28mm x x x x 
32mm x x x x x x 
▪ Broca de Largo: 
 1 2 3 4 
 0.70 0.90 1.10 1.30 
28mm x x x x 
32mm x x x x 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
6 
 
• Instrumental e material para a obturação dos canais radiculares: 
 
Instrumentos estandardizados (Manuais) 
X 
Instrumentos não estandardizados (manuais e rotatórios) 
 
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS ESTANDARDIZADOS MANUAIS 
➢ Construídos em aço inoxidável. 
➢ Cabo plástico colorido. 
➢ Parte ativa de 16mm. 
➢ Aumento de conicidade padrão ao longo da parte ativa de cada instrumento. 
➢ Aumento de diâmetro da ponta da parte ativa de 0,05mm (n° 10 a 60), de 0,10mm (n° 60 
a 140) e de 0,02mm nos nº 06, 08, 10 (entre instrumentos). 
[Comentário do professor]: O cabo colorido indica o diâmetro/calibre da lima. A parte ativa possui comprimento 
padrão de 16mm (nas estandardizadas) e possui formato cônico. Por exemplo: a lima 10 possui a ponta com o 
diâmetro da ponta ativa (D0) de 0,10mm. Do instrumento 10 (0,10mm) até o 60 (0,60mm) aumenta de 0,05 em 
0,05mm. Ou seja: 0,10 (10) – 0,15 (15) – 0,20mm (20)... A partir do instrumento 60 (0,60mm) aumenta de 0,10 em 
0,10mm. Ou seja, 0,60 (60) – 0,70 (70)– 0,80 (80)... Antes do instrumento 10 (0,10mm) existe instrumento 0,06 e 
0,08mm, ou seja, aumenta de 0,02 em 0,02mm a numeração do instrumental. 
O comprimento da ponta ativa mede 16mm. Mas o diâmetro da lima vai aumentado do D0 até D16. Esse aumento é 
padrão de 0,02mm a cada mm. Ou seja, a cada 1mm desses 16mm o diâmetro aumenta em 0,02mm em forma de 
cone. 
➢ O instrumento é constituído por: 
• 1) Cabo: 
o De plástico colorido. 
o Possui a identificação do calibre 
da ponta da parte ativa. 
o Stop de borracha ou cursor 
[Comentário do professor]: As cores são padrão. Mas às vezes a numeração de uma marca para a outra pode 
variar a cor. Deve-se sempre olhar o número da lima. 
• 2) Intermediário: 
o Une o cabo à parte ativa. 
• 3) Parte ativa ou lâmina: 
o Sua forma determina a característica do instrumento. 
[Comentário do professor]: O desenho da parte ativa determina a característica do instrumento, se é mais rígido 
ou mais flexível. Dependendo do tipo de canal se usa um tipo ou outro. 
o Possui comprimento padrão na parte ativa: 
▪ 16mm. 
o O comprimento total (parte ativa + base do cabo) da lima pode variar: 
▪ 21mm. 
▪ 25mm. 
▪ 31mm. 
[Comentário do professor]: A parte ativa se inicia no diâmetro inicial (D0) e se estende em direção ao cabo 
16mm, terminando no ponto D16. O D16 possui um calibre maior (mais grosso) que o D0. 
1 – cabo; 2 – intermediário; 3 – parte ativa ou 
lâmina. Notar ausência do stop de borracha. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
• Numeração: 
O sistema de numeração corresponde ao diâmetro da ponta ativa dos instrumentos (D0): 
Cor Série especial (extra fina) 
Rosa 06 
Cinza 08 
Roxo 10 
[Comentário do professor]: A série especial engloba as limas de 06 a 10. 
 
Cor 1a série 2a série 3a série 
Branco 15 45 90 
Amarelo 20 50 100 
Vermelho 25 55 110 
Azul 30 60 120 
Verde 35 70 130 
Preto 40 80 140 
 
Conicidade 
Aumento da conicidade padrão de 0,2mm a cada mm da parte ativa de cada instrumento. 
[Comentário do professor]: Do D0 até D16 há um aumento de diâmetro de 0,32mm. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
8 
 
TIPOS DE INSTRUMENTOS – ESTANDARDIZADOS MANUAIS 
1) Limas tipo Kerr: 
o Espiral de passos curtos. 
o Perfuradores e raspadoras (45o). 
o Calibres e comprimentos disponíveis: 
▪ n° 06, 08, 10 (especiais). 
▪ n° 15 – 40 (1a série). 
▪ n° 45-80 (2a série). 
▪ n° 90-140 (3ª série). 
▪ Comprimento 21, 25 e 31mm. 
▪ Caixa com 6, individual ou sortida. 
o Cinemática de emprego: 
▪ Penetração. 
▪ ¼ de volta. 
▪ Tração. 
 
2) Limas tipo Hedstroen 
o Aspecto de pequenos cones sobrepostos. 
o Lâmina afiada. 
o Grande poder de corte (60o). 
o Muito utilizadas em retratamentos endodônticos. 
o Tamanhos e comprimentos disponíveis: 
▪ n° 10. 
▪ n° 15-20. 
▪ n° 45-80. 
▪ n° 90-140. 
▪ Comprimento 21, 25 e 31mm. 
▪ Caixa com 6, individual ou sortida. 
o Cinemática de emprego: 
▪ Penetração e tração. 
[Comentário do professor]: Como tem ângulo de corte muito agudo tem 
que ter cuidado. Não se faz rotação com essa lima, nem ¼ de volta, pois pode 
causar fratura. 
 
3) Limas K-Flexofile: 
o Parte ativa e cinemática semelhantes às limas tipo Kerr (K). 
o Maior número de espirais. 
o Mais flexível. 
o Calibres e comprimentos disponíveis: 
▪ n° 15-40 (1a série) 
▪ Comprimento 21, 25 e 31mm 
▪ Caixa com 6, individual ou sortido 
[Comentário do professor]: Só existem de 1a série. 
 
 
Lima tipo Kerr. 
Lima tipo 
Hedstroen. 
Limas K-Flexofile.. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
9 
 
4) Limas de Níquel-titânio: 
o 55% níquel e 45% titânio. 
o Parte ativa e cinemática semelhante às do tipo K. 
o Ultraflexíveis (memória elástica) – como não são de aço 
inoxidável, ao serem curvadas, elas voltam à posição 
normal. Então somente dentro do canal ela fica torta, e não 
fora. Possui uma resistência maior à fratura. 
 
INSTRUMENTOS NÃO ESTANDARDIZADOS AUTOMATIZADOS 
➢ Padrão diferente dos estandardizados. 
➢ Deve-se fazer curso separado para aprendizado. 
➢ Flexobend: 
• Pré-curva os instrumentos de aço inoxidável. 
➢ Régua milimetrada: para medir comprimento de lima, cone guta percha, etc. 
➢ Tamborel:Recipiente onde a lima vai ficar. 
➢ Kit de irrigação e aspiração, com seringa de silicone. O canal sempre terá solução 
irrigadora, sendo que depois se aspira. 
➢ Seringa ML – parece com carpule, mas o êmbulo é rosqueado e não de pressão. Se coloca 
tubete com a medicação e se aplica no canal. 
 
AULA 3 
Kelly Firmino Bruno 
ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA DAS CAVIDADES PULPARES 
 
CAVIDADE PULPAR 
É o espaço localizado no interior do dente, ocupado pela polpa dentária. 
 
Possui duas porções: 
➢ Uma que aloja a polpa, a câmara pulpar/coronária, que fica na coroa. 
➢ E o canal radicular, onde se trabalha com os instrumentos endodônticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lima de níquel-titânio. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
10 
 
CÂMARA PULPAR 
Na câmara pulpar/câmara coronária temos a anatomia interna: 
➢ A parede oclusal, incisal ou teto. 
➢ Corno pulpar (saliências): pode acumular sangue e 
material necrosado. 
➢ Parede cervical ou assoalho: base da câmara pulpar. Não 
se deve danificar esse assoalho. 
➢ Parede mesial, distal, vestibular e lingual. 
[Comentário do professor]: O teto sempre faz parte da abertura 
coronária para tratamento. Além do teto deve-se remover também os cornos 
pulpares para evitar coloração da coroa e acúmulo de 
microrganismos/bactérias. 
 
 
CANAL RADICULAR 
Espaço ocupado pela polpa radicular. É dividido em 3 terços 
(para melhor entendimento didático): 
➢ Terço cervical: voltado para a coroa/cervical; 
➢ Terço médio; 
➢ Terço apical: na ponta da raiz. 
[Comentário do professor]: Na radiografia esses terços são visíveis. 
 
• Divisão Histológica: 
Histologicamente, há outra divisão do canal radicular: 
Constituído por dois cones, um extenso e pouco cônico – canal 
dentinário, e outro acentuadamente cônico – canal 
cementário, que se unem no limite cemento-dentina-canal 
(CDC). 
[Comentário do professor]: Na radiografia não são visíveis essas 
divisões histológicas. 
 
• Campo de ação da endodontia: Canal dentinário. 
[Comentário do professor]: Dentro do canal cementário há um tecido 
chamado “Coto Pulpar”. 
• O canal radicular principal pode apresentar múltiplas 
ramificações. 
 
 
SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 
Os canais possuem microssistemas, ou seja, ramificações, por isso há 
muito insucesso na endodontia, pois essas ramificações tornam o 
tratamento mais complexo. 
 
 
 
Ramificações radiculares. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
11 
 
ABERTURA CORONÁRIA (CIRURGIA DE ACESSO) 
Ato operatório pelo qual se abre a câmara pulpar. 
 
PROCEDIMENTOS PRÉVIOS PARA REALIZAÇÃO DA ABERTURA CORONÁRIA 
➢ Mentalizar a cavidade pulpar do dente a ser submetido ao tratamento endodôntico. 
[Comentário do professor]: A primeira coisa para uma boa abertura é mentalizar a câmara pulpar que se está 
abrindo. Deve-se conhecer a anatomia dos diferentes grupos dentários. 
➢ Organizar adequadamente o instrumental a ser empregado. 
➢ Remover tecido cariado, restaurações de amálgama e resina, invaginações gengivais e 
pólipos. 
➢ Realizar isolamento absoluto somente do dente a ser submetido ao tratamento 
endodôntico. 
[Comentário do professor]: Se não for isolado não é viável o tratamento endodôntico. E isola-se somente o 
dente que for tratar. 
➢ Verificar fatores que podem determinar alterações morfológicas na anatomia interna. 
[Comentário do professor]: Às vezes existem variações anatômicas onde o paciente já não possui mais o canal. 
Deve-se sempre verificar a radiografia. 
➢ Realizar reconstrução coronária provisória, se necessário. 
[Comentário do professor]: Às vezes o dente está tão comprometido que não é possível isolar pois não possui 
paredes. Nesse caso, pode ser necessário uma reconstrução coronária provisória para um correto isolamento. 
➢ Deverá ser efetuada para oferecer por meio de uma linha reta um acesso direto ao canal 
radicular. 
[Comentário do professor]: Deve-se tentar evitar entrar com a lima curvada, pois pode tencioná-la e assim 
haverá maior risco de fratura da mesma. 
➢ O limite deverá incluir todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara 
pulpar. 
[Comentário do professor]: As paredes devem ser retificadas (deixando retas), caso hajam reentrâncias. 
➢ A anatomia da parede cervical ou do assoalho da câmara pulpar nunca deve ser 
alterada/danificada. 
[Comentário do professor]: Deve-se tomar cuidado com a broca para não haver perfurações desnecessárias das 
paredes. 
 
ETAPAS OPERATÓRIAS DA ABERTURA CORONÁRIA 
1a Etapa - PONTOS OU ZONAS DE ELEIÇÃO 
Fase inicial em que é feito o desgaste da superfície de esmalte até atingir a dentina. Para 
realizá-lo é necessário eleger um ponto localizado na coroa. 
[Comentário do professor]: Ponto de eleição é o local onde é iniciada a abertura coronária pela broca. Nos 
anteriores é na lingual ou palatina e nos posteriores na superfície oclusal. 
 
2a Etapa - DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO 
Fase que permite atingir o interior da câmara 
pulpar. 
[Comentário do professor]: Ponto onde se muda a direção 
da broca para atingir a câmara pulpar. Essa mudança de 
direção é necessária para evitar perfurações desnecessárias 
das paredes. 
Mudança de ângulo da broca para evitar desgastes 
desnecessários das paredes. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
12 
 
3a Etapa – FORMA DE CONTORNO 
 Fase que permite o acesso à entrada dos canais radiculares. 
 
4a Etapa - FORMA DE CONVENIÊNCIA (DESGASTE 
COMPENSATÓRIO) 
 Fase final, na qual se remove as interferências dentinárias 
que impedem o acesso direto à entrada dos canais radiculares. 
 
 
 
 
 
AULA 4 
Kelly Firmino Bruno 
ANATOMIA INTERNA E ABERTURA CORONÁRIA DE DENTES ANTERIORES 
 
PASSOS PARA SUCESSO EM EDODONTIA 
Preservação 
Obturação 
Medicação intracanal 
Preparo do canal radicular 
Abertura coronária 
Diagnóstico 
Conhecimento científico 
 
ABERTURA CORONÁRIA 
➢ Avaliar a anatomia interna; 
➢ Observar radiografia. 
 
Site a visitar: www.rootcanalanatomy.blogspot.com 
 
 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única. 
➢ Direção da raiz: 
• Raiz reta em 75% dos casos. 
[Comentário do professor]: Na visão M-D geralmente se vê um canal 
amplo, câmara volumosa, e mais volumosa a nível de terço cervical e 
conforme vai para apical há um estreitamento. Ou seja, a lima conforme 
vai entrando vai ficando mais justa perto do forame. Na visão lateral há 
maior quantidade de tecido de polpa na porção cervical. No incisivo há o 
ombro palatino, uma extensão da polpa nos incisivos centrais. 
 
 
Desgaste compensatório para 
permitir melhor acesso da lima. 
Ombro 
palatino 
http://www.rootcanalanatomy.blogspot.com/
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
13 
 
INCISIVO LATERAL SUPERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única. 
➢ Direção da raiz: 
• Curvatura distal: 80% dos casos. 
[Comentário do professor]: Dente com maior insucessopois possui 
canal radicular estreito, além de que possui uma curvatura distal e muitos 
profissionais não fazem a curvatura prévia da lima antes de introduzi-la. 
Então deve-se começar com instrumentos pré-curvados sempre. Na visão 
M-D apresenta câmara mais estreita que o central. Na visão lateral há 
uma maior quantidade de tecido de polpa na porção cervical. 
Site a visitar: www.rootcanalanatomy.blogspot.com 
 
 
CANINO SUPERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única; 
➢ Direção da raiz: 
• Reta em 67% dos casos. 
[Comentário do professor]: Dente mais robusto e maior (maior raiz 
da boca). Do ponto de vista M-D não há tanto tecido pulpar como do 
incisivo central. No terço cervical caminhando para terço médio há um 
maior volume da polpa. Como há coroa muito grande, há maior tecido 
pulpar, sendo necessário instrumentos mais calibrosos. 
 
 
 
 
INCISIVO CENTRAL INFERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única – podendo apresentar 2 condutos. 
➢ Direção da raiz: 
• Reta em 67% dos casos. 
[Comentário do professor]: Raiz muito estreita, muitas vezes ainda 
apresentando esse canal com 2 condutos muito finos dificultando muito 
o tratamento. No sentido M-D há uma constrição. Esse dente é muito 
difícil, pois a medida que vai para apical há um achatamento do canal, 
podendo haver bifurcações em qualquer um dos terços dentais, além de 
serem muito estreitos esses condutos. Na vista frontal a raiz é estreita, 
mas quando se vira lateralmente pode-se ver muitas vezes uma 
bifurcação. 
 
 
 
 
 
 
http://www.rootcanalanatomy.blogspot.com/
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
14 
 
INCISIVO LATERAL INFERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única – podendo apresentar 2 condutos. 
➢ Direção da raiz: 
• Curvatura distal em 34% dos casos. 
[Comentário do professor]: No sentido M-D há constrição. São 
canais bastante achatados e atresiados. Deve-se pré-curvar o 
instrumento devido à possível curvatura apical. Em lateralidade vê-se que 
a raiz é menos romboide que no central. No lateral inferior é menos 
frequente a bifurcação do canal do que no central. 
 
 
 
 
CANINO INFERIOR 
➢ Número e forma radicular: 
• Raiz única – pode haver bifurcação (mas com 
menor incidência). 
➢ Direção da raiz: 
• Reta em 68% dos casos. 
[Comentário do professor]: Dos anteriores inferiores é o mais fácil 
de tratar. Quando há bifurcação ela pode ocorrer em qualquer um dos 
terços dentais. No sentido M-D o canal é bastante alargado, podendo 
trazer extensão de bifurcação devido a isso. Lateralmente há um 
engrossamento do canal, ou seja, o canal é mais grosso/calibroso no 
sentido V-L do que no sentido M-D. 
 
 
ABERTURA CORONÁRIA PARA DENTES ANTERIORES 
1) PONTO DE ELEIÇÃO 
É o ponto escolhido para começar a abertura do dente. Na face palatina ou lingual situado 
à 2mm aproximadamente do cíngulo ou logo abaixo do mesmo. Via de regra, o acesso de dentes 
anteriores se inicia na face palatina ou lingual. Deve-se escolher um local para penetrar a broca 
que se aproxima da porção anatômica da porção pulpar. Um dos métodos é imaginar um jogo da 
velha e introduzir a broca no quadrado central do jogo da velha (ver imagem abaixo). Ou ainda 
pode-se iniciar a 2mm do cíngulo. Outro fator importante é a posição da broca que deve começar 
perpendicular à superfície lingual do dente (90o). A broca deve ser esférica em alta rotação 
perpendicular à superfície palatina ou lingual do dente. 
 
2) DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO 
Depois que a broca entrar em dentina deve-se angular a mesma para que ela vá em 
direção à câmara coronária para acessá-la. Caso não seja feita a angulação pode haver desgaste 
desnecessário dos dentes. Deve-se usar broca esférica em alta rotação paralela ao longo eixo do 
dente (para dentes anteriores). 
[Comentário do professor]: Deve-se achar o canal com a sonda reta e não com a broca. 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
15 
 
3) FORMA DE CONTORNO 
Pega-se a broca esférica diamantada e se realiza movimentos de dentro para fora, 
removendo todo teto, reentrâncias, cornos, etc. 
[Comentário do professor]: Às vezes alguns dentes impedem o acesso facilitado do instrumento. Por isso deve-
se realizar a forma de conveniência/desgaste compensatório. 
 
4) FORMA DE CONVENIÊNCIA 
Remoção do ombro palatino com broca posicionada no terço cervical, utilizada com 
movimento de tração de encontro à parede lingual. Isso é realizado com broca sem corte na ponta 
(ex: Endo Z ou broca tronco cônica de ponta inativa). 
O contorno final da abertura coronária de dentes anteriores será normalmente de forma 
triangular, com base voltada para incisal. 
 
A – Localização do local para penetração da broca (jogo da velha). B – Ponto de eleição. 
C – Forma de contorno. D – Forma de conveniência. E – Coroa aberta (notar base do triângulo para incisal). 
 
 
ERROS MAIS FREQUENTES EM TRATAMENTOS DE DENTES ANTERIORES 
➢ Não fazer abertura adequada e perfurar dente desnecessariamente; 
➢ Abertura insuficiente cheio de projeção que dificultem o acesso do instrumento; 
➢ Acesso em sentido que possa causar fratura da lima devido à grande curvatura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
16 
 
AULA 5 
ALGUNS OUTROS INSTRUMENTAIS E ACESSÓRIOS 
CONES DE GUTA-PERCHA 
➢ Cones principais estandardizados 1a, 2a e 3a séries. 
➢ Cones auxiliares: cones mais finos. 
[Comentário do professor]: Existem os cones principais e os 
auxiliares. O principal preenche boa parte do canal e o restante é 
preenchido com cimento e cones auxiliares. 
 
 
 
CONES DE PAPEL ABSORVENTE 
[Comentário do professor]: Devem ser esterilizados. Já 
existem cones esterilizados de algumas marcas. Deve-se comprar 
os esterilizados. 
 
 
ESPAÇADOR DIGITAL 
[Comentário do professor]: É liso, não é cortante. É uma aste 
cônica lisa. Coloca-se o cone principal e então se usa esse 
espaçador para adaptar melhor o cone principal lateralmente para 
poder entrar mais cones no canal. Na marca Dentsply se encontra 
os espaçadores por letras, por exemplo A, B, C, D, E. Outras marcas 
comerciais possuem numeração ao invés da letra. 
 
 
 
CONDENSADORES DE PAIVA E LAMPARINA 
[Comentário do professor]: Serve para cortar o cone de guta-percha. Esquenta-se o instrumento e corta-se o 
cone. Alguns profissionais cortam com cureta. 
 
Condensador de Paiva e lamparina. Corte dos cones de guta-percha. 
 
 
 
Cone de guta-percha principal (preto) e auxiliares. 
Nota-se o espaçador digital na primeira figura. 
Cones de papel absorvente esterilizados. 
Espaçador digital. Notar lisura. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
17 
 
PLACA DE PETRI 
[Comentário do professor]: Usa-se para desinfecção dos cones de guta-
percha. Álcool iodado ou hipoclorito de sódio, e depois se lava/mergulha no 
álcool 70%. *Não se usa detergente enzimático. 
 
 
 
APARELHOS,MATERIAL E INSTRUMENTAL COMPLEMENTARES 
➢ Caneta de alta rotação: 
o Micromotor; 
➢ Motores: 
➢ Material descartável; 
o Lupa; 
➢ Pote Dappen. 
 
MOTORES 
➢ Elétricos – mais precisos. 
➢ Pneumáticos – menos preciso, controlado no pé. 
 
 
MATERIAL DESCARTÁVEL 
➢ Papel filme; 
➢ Luvas, máscara e gorro; 
➢ Luvas de sobrepor; 
➢ Aspirador de saliva; 
➢ Campos; 
➢ Babadores. 
 
 
POTE DAPPEN 
Utilizado para acomodação de material. 
 
 
CONTINUAÇÃO DA ANATOMIA E ABERTURA CORONÁRIA DE PRÉ-MOLARES 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
➢ Comprimento médio do dente de 21,5mm. 
➢ Câmara pulpar: 
o De forma ovóide irregular no sentido V-L; 
o Achatada no sentido M-D; 
o Dois cornos pulpares – esses cornos também 
devem ser limpos pois podem acumular 
resto de polpa e bactérias. Então lembrar 
que esses dentes possuem duas projeções 
(cornos pulpares). 
o Assoalho pode ou não ocorrer. 
Placa de Petri. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
18 
 
➢ Canal radicular: 
o Número de raízes: 
▪ 1 raiz ou raízes fusionadas 43,0%; 
▪ 2 raízes separadas 21,9%; 
▪ 2 raízes fusionadas, com bifurcação 1/3 apical 23,0%; 
▪ Bifurcação apical 9,7%; 
▪ 3 raízes 2,4% 
[Comentário do professor]: Alguns autores afirmam que já encontraram 2 canais radiculares em 96% dos casos; 
enquanto outros autores afirmam que esse número é de 86% desses dentes. 
➢ Complicações anatômicas: 
o Sobreposição radiográfica das raízes. Deve-se analisar as radiografias para melhor 
diagnóstico. Pode-se usar a técnica de Clark para tentar observar a raiz palatina do 
dente. 
o Possibilidade de trifurcação: possibilidade de existir 3 raízes. 
 
 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
➢ Comprimento médio de 21,6mm; 
➢ Câmara pulpar: 
o Semelhante ao 1o pré-molar superior. 
➢ Raiz e canal radicular: 
o 1 raiz (95%), 2 raízes (5%); 
o 1 canal 55 a 60% dos casos; 
o Alta frequência de curvatura apical 
p/vestibular. 
 
 
 
ABERTURA CORONÁRIA DE 1OS E 2OS PRÉ-MOLARES SUPERIORES 
PONTO DE ELEIÇÃO 
Centro da face oclusal. A abertura deve ser feita no sentido V-P. Inicia–se com broca de 
alta rotação esférica diamantada. 
 
DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO 
Quando se chega na dentina muda-se um pouco o ângulo de trepanação no sentido dos 
canais radiculares de maior calibre. Quando cair na câmara pulpar deve-se tirar o teto do dente 
para fazer a abertura na forma de contorno. Se não for feito o desgaste suficiente as paredes vão 
ficar convergentes para a oclusal, e isso dificulta a introdução da lima. Ela deve ficar divergente 
para oclusal. 
 
FORMA DE CONTORNO 
Nessa etapa se trocar de broca, pega-se uma tronco-cônica de ponta inativa e fazer o 
desgaste compensatório. Se não for feito o desgaste suficiente as paredes vão ficar convergentes 
para a oclusal, e isso dificulta a introdução da lima. Ela deve ficar divergente para oclusal. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
19 
 
 
Desgaste compensatório: é a ação da broca fazendo A conveniência. Muitos autores usam 
forma de contorno e desgaste compensatório como sinônimos, mas não são. 
 
 
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
➢ Comprimento médio 21,9mm; 
➢ Câmara pulpar: 
o De forma ovóide irregular, achatada no 
sentido M-D; 
o Dois cornos pulpares, V maior; 
o Assoalho pode ou não ocorrer. 
➢ Número de raízes: 
o Raiz única com 1 canal 84,2%; 
o Raízes fusionadas com 2 canais 2,2% 
o Bifurcação no terço apical 2,8% 
o Trifurcação 10,6% 
➢ Canal radicular: 
o Único canal achatado M-D (66%); 
o Raiz reta em 47,5% dos casos. 
 
SEGUNDO PRÉ-MOLAR INFERIOR 
➢ Comprimento médio 22,3mm. 
➢ Câmara pulpar: 
o De forma ovóide irregular, achatada M-D; 
o Dois cornos pulpares; 
o Assoalho menos frequente. 
➢ Canal radicular: 
o 1 raiz em 96% dos casos; 
o Bi ou trifurcação em 1,4% dos casos; 
o Raiz reta em 38,5% dos casos; 
o 1 canal em 89% dos casos; 
o 2 canais em 11% dos casos. 
➢ Complicações anatômicas: 
o Quanto mais apical, mais difícil fica. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
20 
 
ABERTURA CORONÁRIA DE 1OS E 2OS PRÉ MOLARES INFERIORES 
 
PONTO DE ELEIÇÃO 
Centro da face oclusal paralela ao longo eixo do dente. Com broca esférica diamantada 
até encontrar a câmara pulpar. 
 
FORMA DE CONTORNO 
Desgaste compensatório. 
 
 
Sequência de cirurgia de acesso à câmara pulpar dos pré-molares inferiores. 
 
 
AULA 6 
Kely Firmino Bruno 
BIOPULPECTOMIA E NECROPULPECTOMIA 
TIPOS DE TRATAMENTO DO CANAL RADICULAR 
Existem dois tipos de tratamento de remoção de polpa: 
➢ Biopulpectomia – remoção de polpa viva. 
➢ Necropulpectomia – remoção de polpa morta. 
 
BIOPULPECTOMIA 
➢ Tratamento de dentes com vitalidade pulpar. 
[Comentário do professor]: É o tratamento em dentes vitais, sem necrose. 
 
NECROPULPECTOMIA 
➢ Tratamento de dentes com necrose pulpar. 
[Comentário do professor]: Tratamento com polpa morta/necrótica. Toda necropulpectomia remete à presença 
de microrganismos/contaminação microbiana. Tratar um dente com essa característica é mais complicado, pois além 
da eliminação da polpa deve-se eliminar a contaminação bacteriana. 
 
 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
21 
 
APÓS ABERTURA CORONÁRIA 
Preparo biomecânico do canal radicular. Etapas: 
1) Exploração do canal (com lima mais fina); 
2) Preparo dos terços cervical e médio; 
3) Odontometria; 
4) Preparo apical. 
[Comentário do professor]: O primeiro passo após abertura coronária é explorar o canal com uma lima bem 
fina. O canal deve ser inundado, não podendo estar seco. 
 
ALGUNS FATORES QUE DIFERENCIAM UM PREPARO DE POLPA VIVA E DE UMA POLPA 
NECROSADA 
• BIOPULPECTOMIA 
➢ Exploração: cateterismo - Pegar uma lima e descer todo comprimento de trabalho de uma 
vez pois não há bactéria, então não há perigo de empurrar bactérias para o ápice. 
➢ Instrumentação: até 2mm aquém do vértice radiográfico. É permitido ficar até 2mm do 
ápice pois não há contaminação. 
➢ Solução irrigadora: hipoclorito de sódio 1%. Em polpa viva não precisa haver solução 
irrigadora muito forte pois não há contaminação. 
➢ Não há necessidade de medicação intracanal. Essa medicação intracanal é uma solução à 
base de hidróxido de cálcio. Não é necessário, pois não há contaminação. 
 
• NECROPULPECTOMIA 
➢ Penetração desinfetante – não se deve explorar de uma vez o canal para não empurrar 
microrganismos para baixo, ou seja, a lima não deve ser introduzida de uma vez no canal. 
➢ 1mm aquém do vértice radiográfico; 
➢ Solução irrigadora: hipoclorito de sódio 2,5% ou 4-6%. Necessita de solução mais forte pois há 
contaminação. 
➢ Necessidade de medicação, pois há contaminação. Medicação à base de hidróxido de 
cálcio. 
[Comentário do professor]: O tratamento da polpa morta não pode ser realizado tão rapidamente, como ocorre 
na Biopulpectomia. Não se deve pular a etapa de medicação. 
 
ETAPAS DO PREPARO BIOMECÂNICO DO CR (Canal Radicular)UTILIZAÇÃO DE SOLUÇÕES IRRIGADORAS 
Possuem dois papéis: 
➢ Ação química: exerce um efeito químico dentro do canal ajudando na limpeza. 
➢ Ação física: a solução passa no canal e vai limpando por ação física. 
 
• MEIOS FÍSICOS 
o Irrigação – usa-se uma seringa. (Endo Eze da Endodent). 
o Aspiração – cânulas com diferentes diâmetros. 
o Inundação. 
[Comentário do professor]: A dinâmica então é irrigar, aspirar e inundar novamente para 
trabalhar. “Irriga, aspira, inunda”. 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
22 
 
FINALIDADES DOS MEIOS FÍSICOS 
o Limpar o canal radicular; 
o Diminuir a contaminação microbiana; 
o Facilitar a ação dos instrumentos; 
o Permitir maior contato da medicação intracanal e material obturador. 
o Técnica: 
▪ Ponta da cânula no canal e aspirar. A cânula deve estar dentro do canal 
e a solução deve ser irrigada também ao mesmo tempo. 
▪ Momento da irrigação: 
- Antes, durante e após a instrumentação. 
- Quanto maior o volume da solução 
irrigadora, maior sua ação de limpeza. 
 
 
 
• MEIOS QUÍMICOS 
o Soluções irrigadoras: 
▪ Compostos halogenados; 
▪ Quelantes; 
▪ Outras soluções. 
o Como escolher uma solução irrigadora. Características ideais: 
▪ Não irritante; 
▪ Baixa tensão superficial – pois senão não irá penetrar no canal; 
▪ Dissolvente – que dissolva tecido orgânico; 
▪ Bactericida; 
▪ Detergente. 
[Comentário do professor]: A maioria das escolas de odontologia utilizam hipoclorito de sódio. 
o Compostos halogenados (hipoclorito de sódio): 
Tipos de hipoclorito: 
▪ Líquido de Dakin (0,5%); 
▪ Solução de Milton (1,0%); 
▪ Solução de Labarraque (2,5%); 
▪ Soda clorada duplamente concentrada (4 a 6%). 
Características do hipoclorito: 
▪ Bactericida (CI/O2); 
▪ Alcalino; 
▪ Baixa tensão superficial; 
▪ Desnatura proteínas; 
▪ Saponifica gorduras. 
▪ Não é totalmente tolerável pelos tecidos. Isso é um fator negativo. Em 
relação à clorexidina a vantagem é que o hipoclorito dissolve matéria 
orgânica, enquanto a clorexidina não. 
 
 
Em A, Cânula e irrigação. Em B 
irrigação e instrumentação. 
A B 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
23 
 
USO DAS SOLUÇÕES 
Compostos halogenados (hipoclorito de sódio): 
➢ Biopulpectomia: líquido de Dakin ou solução de Milton; 
➢ Necropulpectomia: solução de Labarraque; 
➢ Necropulpectomia com lesão e/ou exsudado: soda clorada. 
 
SOLUÇÕES AUXILIARES DE SOLUÇÃO IRRIGADORA – QUELANTES 
➢ Fixação de íons mecânicos; 
➢ Especialidades. 
➢ EDTA: quela íon Ca++. 
Usado para: 
➢ Canais atresiados ou obliterados; 
➢ Toilete final (1mm) – smear layer. 
➢ Auxiliar na irrigação. 
[Comentário do professor]: O quelante desoblitera os túbulos dos canais. É obrigatório, após o preparo, o uso 
do EDTA (Acido etileno diamino tetracético). Ele ajuda a desobliterar os túbulos. 
 
OUTRAS SOLUÇÕES 
➢ Água destilada; 
➢ Soro fisiológico; 
➢ Clorexidina. 
 
ÊXITO EM ENDODONTIA 
“O êxito do tratamento endodôntico está diretamente relacionado à adequada limpeza e 
modelagem, e à obturação tridimencional do sistema de canais radiculares.” 
 
AULA 7 
PREPARO QUÍMICO-CIRÚRGICO: ODONTOMETRIA 
PREPARO DO CANAL RADICULAR 
➢ Obter acesso direto às proximidades do limite CDC (canal dentina cemento), preparando 
o canal dentinário por meio da limpeza químico-mecânica, atribuindo-lhe uma 
conformação cônica com o objetivo de facilitar a obturação. 
[Comentário do professor]: É uma etapa que têm objetivo de possibilitar um acesso reto ao terço cervical e 
médio para se ter um bom acesso ao terço apical, que é mais curvo. O canal é tratado até o limite CDC. Não há como 
estabelecer precisamente onde o CDC se encontra, mas estudos indicam que ele se encontra a 1mm do forame. 
Deve-se criar um batente apical para receber o material de obturação (cone de guta-percha). 
 
PREPARO BIOMECÂNICO 
Finalidades: 
➢ Remover a polpa ou restos necróticos; 
➢ Combater a infecção do canal; 
➢ Prevenir o escurecimento da coroa – o escurecimento pode ser evitado removendo todo 
material necrótico. 
➢ Retificar ao máximo as curvaturas do canal; 
➢ Preparar o batente apical; 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
24 
 
➢ Alargar e alisar as paredes do canal; 
➢ Preservar a vitalidade do coto pulpar quando presente. 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PREPARO DO CANAL RADICULAR (Preparo biomecânico) 
➢ Preparo com forma cônica afunilada em sentido apical. A lima não pode ficar torta na 
entrada no canal, ela deve se curvar apenas no terço apical. 
➢ Manter o preparo no interior do canal dentinário. Não se pode avançar no canal 
cementário, pois pode-se ultrapassar os limites apicais, podendo causar lesão periapical. 
➢ Preparo mantendo a forma original do canal. 
➢ Preparar mantendo a posição do forame. Se alargar o forame ele pode acabar se 
mudando de lugar/perfurando. 
 
PREPARO CERVICAL 
➢ Ápico cervical: Antigamente se tratava primeiro o ápice depois a parte cervical; 
➢ Cérvico apical: Quando se retifica o terço médio antes do apical se torna o acesso ao ápice 
menos sofrido/traumático. Segundo estudos, o preparo do terço cervical e médio antes 
do apical facilita o tratamento. A partir da década de 80 os tratamentos obedecem ao 
preceito de tratamento CÉRVICO-APICAL. 
 
VANTAGENS DO TRATAMENTO CÉRVICO APICAL 
➢ Reduzem acidentes; 
➢ Maior efetividade da solução irrigadora e medicação intracanal – pois há maior 
alargamento do acesso ao canal, facilitando a irrigação. Quando a porta de entrada e saída 
é estreita a irrigação e limpeza ficam comprometidas. Isso facilita também a medicação 
intracanal (alargando o canal). 
➢ Remoção da contaminação cervical. 
➢ Superação da influência da curvatura apical. 
 
• Limite apical de preparo: 
o Polpa vital; 
o Polpa necrosada. 
[Comentário do professor]: Para ambos o limite CDC é 1mm aquém do vértice apical radiográfico. Isso usa-se 
como referência, mas não é regra, pois pode variar. 
 
SEQUÊNCIA TÉCNICA – PREPARO DO CANAL RADICULAR 
➢ Polpa vital – biopulpectomia. Não é diagnóstico, é tratamento; 
➢ Polpa necrosada – necropulpectomia. 
[Comentário do professor]: A biopulpectomia é diferente da necropulpectomia. 
 
• Biomecânico: 
o 1) Localização da entrada dos canais radiculares; 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
25 
 
o 2) Cateterismo ou neutralização do conteúdo 
séptico tóxico; 
o 3) Preparo dos terços cervical e médio; 
o 4) Odontometria; 
o 5) Preparo do terço médio 
 
LOCALIZAÇÃO DA ENTRADA DOS CANAIS RADICULARES 
➢ Sonda endodôntica (reta); 
➢ Limas endodônticas. 
 
DIFERENÇAS BIOPULPECTOMIA E NECROPULPECTOMIA 
• Biopulpectomia: 
[Comentário do professor]: A entrada/acesso é mais difícil que na necropulpectomia, devido ao sangramento, 
o que dificulta a visualização. Não há necrose aqui. 
o Deve-se remover a polpa coronária; 
o Fazer irrigação/aspiração; 
o Visualização do canal radicular. 
[Comentário do professor]:Depois deve-se explorar o canal com explorador ou limas de menor 
calibre (08, 10, 15). 
 
• Necropulpectomia: 
[Comentário do professor]: Acesso mais fácil pois há tecido necrosado e não há sangramento. Após a remoção 
do conteúdo necrosado o acesso fica mais facilitado que na biopulpectomia. 
 
[Comentário do professor]: Agora vai-se entrar no canal radicular e para isso deve-se remover/neutralizar a 
necrose para não empurar a mesma para o ápice. Isso é neutralização. 
 
CATETERISMO (PARA BIOPUPULPECTOMIA) – 
[Comentário do professor]: Na necropulpectomia não há cateterismo, e sim neutralização. 
➢ Ao entrar no canal deve-se fazer na cavidade pulpar inundação com solução irrigadora 
(hipoclorito de sódio a 1%) – canal sempre inundado para o acessar; Deve-se entrar 
primeiramente com um instrumento fino que fique solto/folgado e com determinado 
comprimento para não ultrapassar o ápice do canal. 
➢ Para se descobrir o comprimento exato de acesso deve-se fazer observação da radiografia 
para diagnóstico (3 a 4mm aquém do vértice radiográfico) – CTP (comprimento de 
trabalho provisório). 
[Comentário do professor]: O comprimento que se mede na radiografia se chama “comprimento 
aparente do dente”, pois é baseado em uma radiografia e não no dente, então é aparente, pois pode haver 
distorção por conta do raio x. O comprimento de trabalho provisório é a margem de segurança de 3 a 4mm 
que se deve ter em relação ao comprimento aparente. No comprimento de trabalho provisório pega-se uma 
lima para medir. Quais limas? 
 
• Limas a serem introduzidas, conforme conformidade do canal: 
[Comentário do professor]: Lembrando que nesse primeiro acesso a lima deve estar com folga 
dentro do canal, servindo apenas para explorar. A lima de níquel-titânio para catetetismo não é 
recomendada, pois é flexível demais. 
Exploração do canal com lima de 
menor calibre. 1mm aquém do ápice. 
1mm 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
26 
 
o Canais amplos: 
▪ Kerr 20/25/30 
o Canais atresiados e/ou curvos: 
▪ Flexível 10/15. 
[Comentário do professor]: Introduz-se a lima conforme a medida da radiografia menos os 3 ou 4mm 
de segurança. 
 
• Deve-se ter para exploração do canal: 
o Instrumento com stop de borracha no comprimento de trabalho provisório (CTP); 
o Instrumentos previamente encurvados – em caso de canais curvos. 
o Movimentos curtos de penetração com ligeiros movimentos de ¼ de volta à direita 
e à esquerda até atingir o comprimento de trabalho provisório (CTP). 
 
NEUTRALIZAÇÃO DO CONTEÚDO TÓXICO E SÉPTICO DO CANAL RADICULAR (PENETRAÇÃO 
DESINFETANTE) (PARA NECROPULPECTOMIA)– Na Biopulpectomia não se aplica. 
[Comentário do professor]: Não se pode introduzir a lima de uma vez, e sim de terço a terço, pois, caso contrário, 
se empurra a necrose com bactérias para o ápice radicular, causando problemas apicais, como o abscesso (processo 
infeccioso). 
 
• TÉCNICA CLÁSSICA (IMEDIATA) 
o Hipoclorito de sódio a 2,5% e limas. 
Para Necropulpectomia sem reação periapical e/ou exsudato purulento. 
o Hipoclorito de sódio a 2,5% ou 4-6% e limas. 
Para Necropulpectomia com reação periapical e/ou exsudato purulento. 
[Comentário do professor]: Na maioria das vezes se faz a técnica imediata. Mas em algumas situações onde o 
paciente não pode correr risco se fará técnica em 3 etapas, mediata. 
 
Sequência da técnica clássica imediata: 
1) Determinação do CTP (Comprimento de Trabalho Provisório); 
2) Inundação da câmara pulpar e entrada do canal radicular; 
3) Remoção do conteúdo necrótico do terço CERVICAL por meio de limas de 
pequeno calibre e solução irrigadora; 
4) Remoção do conteúdo necrótico do terço MÉDIO por meio de limas de 
pequeno calibre e solução irrigadora. 
5) Remoção do conteúdo necrótico do terço MÉDIO e início do terço APICAL por 
meio de limas de pequeno calibre e solução; 
6) Preparo biomecânico terços cervical e médio; 
7) Obtenção do CRT (Comprimento Real de Trabalho) – odontometria; 
8) Neutralização em toda extensão do canal radicular (IAF) em dentes com reação 
ou exsudato. 
9) Preparo biomecânico terço apical. 
[Comentário do professor]: A lima também é pré-curvada e se realizam os mesmos 
movimentos. 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
27 
 
[Comentário do professor]: Desbridamento foraminal é 
o termo usado para limpeza total do canal. Na 
necropulpectomia,o coto pulpar está necrosado e deve ser 
removido. 
 
• TÉCNICA MEDIATA – FORMOCRESOL (antisséptico): 
Formocresol é: 
o Uma associação de formaldeído com cresol; 
o Potente germicida; 
o Não é considerado MIC, mas sim um agente para neutralização do conteúdo 
séptico/tóxico; 
o Atua por contato à distância. 
[Comentário do professor]: Na técnica mediata há uma sessão a mais de tratamento. É 
muito indicado para pacientes imunodeprimidos. 
 
Modo de usar: 
1) Pega-se uma bolinha de algodão levemente umedecida em 
formocresol; 
2) Colocá-la na entrada dos canais (câmara pulpar); 
3) Selamento provisório da cavidade; 
4) Permanecer por 48hs (ideal). 
 
Quando usar a técnica mediata? 
o Pacientes de alto risco (neutralização mediata); 
▪ Pacientes portadores de válvulas cardíacas; 
▪ Pacientes imunodeprimidos; 
▪ Pacientes com marca-passo. 
o Pacientes com necrose pulpar (com ou sem lesão periapical) 
submetidos a atendimento de urgência; 
o Pacientes com necrose pulpar (com ou sem lesão periapical) 
e exsudato purulento persistente; 
o Pacientes com necrose pulpar (com ou sem lesão periapical) 
e com os canais obliterados. Essa obliteração pode impedir 
que a mais fina lima penetre com folga. 
 
ODONTOMETRIA 
[Comentário do professor]: É uma etapa dentro do preparo biomecânico usado para estabelecer o limite apical 
de trabalho. Aqui se estabelece o comprimento REAL de trabalho, e não mais o PROVISÓRIO. Isso se determina 
radiograficamente. 
➢ Limite apical de trabalho. 
➢ Estabelecido radiograficamente. 
 
 
 
 
Coto 
pulpar 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
28 
 
TÉCNICA RADIOGRÁFICA 
➢ Recurso técnico radiográfico que tem por 
objetivo a obtenção do comprimento real 
do dente (CRD) e comprimento real de 
trabalho (CRT). 
[Comentário do professor]: Com a radiografia é 
possível se observar o comprimento real de trabalho e 
o provisório. Realiza-se primeiro uma radiografia para 
diagnosticar o comprimento (com os 3 ou 4mm de 
segurança); depois se tira outra radiografia com a lima 
para medir novamente e medir quantos milímetros 
ainda faltam para o ápice, tendo a real de trabalho. 
 
 
 
COMPRIMENTO DE TRABALHO PROVISÓRIO 
Consiste no CAD (Comprimento Aparente do Dente), 
subtraído em 3 a 4mm. 
CTP = CAD – 3 ou 4mm. 
➢ É a delimitação inicial do comprimento do instrumento a 
ser introduzido no interior do canal radicular. 
➢ Exemplo CAD = 23mm 
CTP = 20 ou 19mm. 
[Comentário do professor]: A lima para radiografia não deve ser 
a mesma que a do cateterismo e nem na neutralização. Para 
radiografia deve ser utilizada uma lima mais justa. 
 
 
 
COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO (CRT) 
➢ Comprimento obtido na radiografia de odontometria onde o instrumento fica a 1mm do 
vértice radiográfico. Ex.: na figura acima esse CRTseria de 22mm. 
[Comentário do professor]: Vão haver situações onde o CTP coincide com o CRT. E outras situações 
onde o CTP fica muito distante do CRT. Vai-se repetindo a radiografia fazendo outras medições. 
 
PONTO DE REFERÊNCIA PARA ODONTOMETRIA 
➢ Anteriores: incisal; 
➢ Posteriores: ponta de cúspide. 
 
INSTRUMENTO APICAL INICIAL (IAI) 
➢ Primeiro instrumento a se ajustar às paredes dentinárias a nível apical do canal radicular, 
no CRT. 
➢ Lima tipo K, F ou NiTi; 
➢ Inicia o batente apical. 
[Comentário do professor]: O instrumento utilizado na radiografia (justo e a 1mm do ápice) é o 
instrumento que vai iniciar o preparo apical, sendo chamado de instrumento apical inicial. 
Comprimento real de trabalho (CRT). Notar 1mm 
aquém do ápice. 
Comprimento de trabalho provisório 
(CTP). Margem de segurança de 
4mm. 
Notar 23mm CAD – 4 mm = 19 mm 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
29 
 
AULA 8 
Continuação da última aula... 
LIMITE APICAL DE INSTRUMENTAÇÃO 
➢ É o limite de preparo apical do canal radicular, onde se dará a confecção 
do batente apical. Será correspondente ao limite apical de obturação. 
[Comentário do professor]: Se instrumentar além do limite, o cone de guta-percha também 
passará do limite apical. Então deve-se observar corretamente o limite. 
 
PREPARO BIOMECÂNICO 
➢ Biopulpectomia: 1 a 2mm aquém do ápice radiográfico. 
[Comentário do professor]: Até 2mm pois aqui não há bactéria e contaminação, 
podedo ficar um pouco mais distante do ápice. 
➢ Necropulpectomia: 1mm aquém do ápice. 
[Comentário do professor]: 1mm pois aqui há bactérias e deve-se instrumentar o 
máximo possível, ou seja, até 1mm do ápice. 
 
INSTRUMENTO APICAL FORAMINAL (IAF) 
➢ Primeiro instrumento a se ajustar ao nível foraminal no CRD (Comprimento real do dente), 
proporcionando a limpeza da luz do forame apical. Ou seja, aqui não se ficará mais a 1mm 
do ápice e sim NO ÁPICE (no forame). Isso somente para necropulpectomia. 
[Comentário do professor]: IAF somente existe na necropulpectomia. Porém, na BIO e na NECRO se 
usa IAI. Ou seja, IAI se usa nas duas, porém IAF somente se usa na necro. 
➢ Esse ato é chamado de Desbridamento Foraminal ou Patência Apical. 
➢ Usado apenas em necropulpectomia com lesão ou exsudato. 
 
TÉCNICA DE PREPARO COROA ÁPICE ASSOCIANDO INSTRUMENTOS MANUAIS CONVENCIONAIS 
COM FRESAS EM BAIXA ROTAÇÃO. 
[Comentário do professor]: Existem outras técnicas, porém na universidade será abordada esta técnica. 
1) Localização da entrada dos canais radiculares; 
2) Cateterismo. (Para biopulpectomia). 
3) Neutralização do conteúdo séptico tóxico. Penetração desinfetante. (Para necropulpectomia). 
4) Preparo do terço cervical e médio. Isso antes da odontometria. 
a. Também chamado desgaste compensatório do CR (canal radicular). 
b. O preparo é realizado com fresas nos terços cervical e médio (2/3 CTP) ou até a 
porção reta de canais curvos. Usa-se brocas Gates Glidden, Largo compatíveis com 
o calibre do canal. 
5) Odontometria: 
a. Determinação do CRT e IAI; 
b. Testar limas de maior para menor calibre até encontrar uma que se ajuste no CTP 
(comprimento de trabalho provisório). 
c. Apenas para os casos de necropulpectomia com reação periapical ou exsudato: 
estabelecimento do CRD e utilização do IAF após a odontometria. Ou seja, aqui, 
após se utilizar o IAI usa-se uma lima mais fina para adentrar mais 1mm até o ápice 
do forame. Nesse caso o IAF deve ser mais fino e o canal SEMPRE inundado. Deve-
se apenas passar o IAF, e não ficar instrumentando continuamente. 
Limite apical sendo 
ultrapassado pela lima. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
30 
 
6) Preparo do terço apical: 
a. Confecção do batente apical com 2 a 3 instrumentos de diâmetro maior que o IAI, 
empregando a cinemática apropriada para cada tipo de instrumento. 
[Comentário do professor]: A cada troca de lima se aspira e inunda novamente. Deve-se 
alargar o terço apical até ficar em uma largura próxima do terço médio. Quando sabe-se que se 
deve parar? Usa-se 2 a 3 instrumentos de diâmetro maior. Se o canal for muito curvo e muito 
atresiado se consegue ir apenas até o 2º instrumento e não até o 3º. 
b. Confecção do batente apical com 2 a 3 instrumentos acima do instrumento IAI, ou 
seja, de diâmetro maior que o IAI. 
▪ Último instrumento (IF – instrumento final): intensidade da curvatura e 
diâmetro do canal. -> Cone de guta-percha principal. 
[Comentário do professor]: O instrumento que iniciou o batente inicial se chama IAF 
e o final (o último instrumento) chama-se IF (instrumento final). Tudo isso é realizado no 
Comprimento Real de Trabalho (CRT). Isso em necropulpectomia SEM lesão periapical ou 
exsudato. 
c. Apenas para os casos de necropulpectomia COM reação periapical ou exsudato: 
utilização do IAF com CRD (desbridamento foraminal/patência apical) após a 
confecção do batente apical. 
[Comentário do professor]: Então o desbridamento foraminal é feito duas vezes: uma após a 
odontometria, e a outra após a confecção do batente apical (antes da medicação intracanal), para 
necropulpectomia com lesão e/ou exsudato se limpa duas vezes pois o forame pode ter entupido 
outra vez. Na biopulpectomia isso não ocorre, pois não há tecido necrosado, então não há 
possibilidade de cair dentina no forame para entupir. 
d. Inundação do canal com EDTA, agitação por 1 minuto, com o instrumento final (IF) 
no CRT, neutralização deste com soro e secagem com cones de papel absorvente 
do mesmo calibre e comprimento do IF. 
[Comentário do professor]: Antes de introduzir o EDTA deve-se aspirar o canal para tirar a 
solução que estava lá. A agitação é para fazer com que ele penetre e limpe todos os túbulos e 
reentrâncias. Após deve-se lavar esse EDTA (fala-se neutralizar) pois o EDTA é um ácido. A lavagem 
é com soro (bastante). Outros lavam com solução irrigadora, mas pode ficar resíduo, por isso a 
lavagem final é recomendada com soro. Então se aspira esse soro e seca-se com cone de papel. 
Explicação para o uso do EDTA: pois há muito Smear Layer no final do preparo, então se deve 
desobstruir os túbulos, e o EDTA faz isso, desobstrui os túbulos. Então no caso da BIO já se pode 
obturar na mesma sessão. Na NECRO se coloca a medicação intracanal, não obturando nessa 
sessão. 
▪ Biopulpectomia – 1 sessão; 
▪ Necropulpectomia – 2 ou mais sessões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
31 
 
AULA 9 
 
CORREÇÃO DE EXERCÍCIO 
 
AULA 10 
OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
OBJETIVOS DA OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
➢ Finalidade seladora; 
➢ Finalidade biológica; 
➢ Finalidade antimicrobiana. 
 
LIMITE APICAL DE OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
➢ Biopulpectomias: 1 a 2mm aquém do ápice radiográfico; 
➢ Necropulpectomias.: 1mm aquém do ápice radiográfico. 
 
MOMENTO DA OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
➢ Biopulpectomias: mesma sessão de tratamento; 
➢ Necropulpectomias: sessão posterior ao tratamento. 
 
MOMENTO DA OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
➢ Ausência de edema; 
➢ Ausência de exsudato: canal com exsudato não está pronto para ser obturado. 
➢ Ausência de fístula: se ainda há fístula é por que ainda há infecção. 
➢ Assintomático.OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 
TÉCNICAS CONVENCIONAIS DE OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
➢ Técnica biológica controlada: para cimentos endodônticos não biocompatíveis; 
➢ Técnica clássica: para cimentos endodônticos biocompatíveis. 
 
CONDENSAÇÃO LATERAL ATIVA 
[Comentário do professor]: Onde se utiliza os cones de papel auxiliares com o espaçador para acabar de 
preencher o canal com cones de papel auxiliares. 
➢ Secagem dos canais radiculares; 
➢ Prova do cone; 
➢ Colocação do material obturador no canal radicular; 
[Comentário do professor]: O espaçador digital desce 1 a 2mm menos que o cone principal. Ele nunca deve 
descer todo comprimento real de trabalho. 
➢ Preenchimento do canal radicular com cone principal e auxiliares; 
➢ Radiografia radiográfica para verificar os cones; 
➢ Corte dos cones com condensador de Paiva aquecido; 
➢ Condensação vertical com condensador de paiva; 
➢ Limpeza da câmara pulpar com bolinha de algodão embebida em álcool. 
➢ Radiografia final. 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
32 
 
TÉCNICA BIOLÓGICA CONTROLADA (cimento não compatível) 
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA 
➢ Seleção e comprovação radiográfica do cone de guta-percha principal e seleção dos cones 
auxiliares; 
➢ Colocação do cone principal no canal radicular – cone envolto em cimento exceto no seu 
topo apical. 
➢ Condensação lateral ativa; 
➢ Comprovação radiográfica da condensação lateral; 
➢ Condensação vertical. 
[Comentário do professor]: Em negrito é a diferença para a outra técnica. Nessa técnica não se coloca cimento 
na ponta do cone. 
 
[Comentário do professor]: O que vai determinar a técnica é o tipo de cimento. 
 
TÉCNICA CLÁSSICA 
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA 
➢ Seleção e comprovação radiográfica do cone de guta-percha principal e seleção dos cones 
auxiliares; 
➢ Colocação de cimento obturador no canal radicular com instrumento de finalização do 
batente apical. 
➢ Colocação do cone principal no canal radicular – cone envolto em cimento em toda 
extensão; 
➢ Condensação lateral ativa; 
➢ Comprovação radiográfica da condensação lateral; 
➢ Condensação vertical. 
[Comentário do professor]: Em negrito é a diferença para a outra técnica. 
 
[Comentário do professor]: Nessa técnica pode-se colocar cimento na ponta do cone, pois o cimento tem 
compatibilidade tecidual. 
 
AULA 11 
MATERIAIS OBTURADORES DE CANAIS RADICULARES 
PROPRIEDADES 
➢ Biológicas: 
o Boa tolerância tecidual; 
o Ser reabsorvido no periápice; 
o Estimular a deposição de tecido mineralizado; 
o Ter ação antimicrobiana. 
 
➢ Físico-químicas 
o Não deve sofrer contrações; 
o Não deve ser permeável; 
o Bom escoamento; 
o Boa viscosidade e aderência; 
o Não deve ser solubilizado dentro do canal radicular. 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
33 
 
o Possuir pH próximo ao neutro (para não interferir no reparo); 
o Ser radiopaco (para ajudar a observar nas radiografias, pois o canal é radiolúcido, 
então o cimento deve ser radiopaco para visualizar corretamente se o espaço foi 
ocupado); 
o Não manchar as estruturas dentárias; 
o Ser passível de esterilização; 
o Ser de fácil remoção. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS 
➢ Material em estado sólido: 
o Cones de guta-percha; 
o Cones de prata; 
o Cones de resina. 
➢ Material em estado plástico: 
o Cimentos; 
o Pastas. [Comentário do professor]: Para estimular o fechamento apical. Se chama pasta pois 
depois vai ser substituído por material definitivo, ou seja, é um material provisório. Ele estimula o 
fechamento apical mas é provisório. Ele também é chamado de pasta pois não toma presa 
(diferente do cimento). Ele não toma presa pois deve ser removido depois. Usado em dentes com 
risogênese incompleta ou necropulpectomia com lesão muito grande. 
A diferença da pasta para o cimento é essa, que a pasta não toma presa e é provisória. 
 
MATERIAL EM ESTADO SÓLIDO 
➢ Cones de guta-percha: 
o Principais (estandardizados); 
o Acessórios (R7/R8 ou XF/FF). 
➢ Cones de prata. [Comentário do professor]: Não se utiliza. O defeito dele é que ele oxida dentro do 
canal e não preenche totalmente o espaço, isso acaba por criar bactérias no local. Isso acaba por levar a 
lesão periapical. 
➢ Cones de resina: 
o Resilon; 
o Real Seal. 
[Comentário do professor]: Usa-se os cones de resina e material preenchedor. Não será 
entrado em detalhes a respeito dos cones desse material. 
 
CIMENTOS OBTURADORES 
➢ À base de óxido de zinco e eugenol; 
➢ À base de resinas plásticas; 
➢ À base de hidróxido de cálcio 
➢ À base de ionômero de vidro. 
 
 
 
 
 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
34 
 
CIMENTOS À BASE DE ÓXIDO DE ZINCO EUGENOL 
➢ Cimento mais utilizado no Brasil; 
➢ Boas propriedades físicas; 
➢ Irritante aos tecidos periapicais. Não possui boa biocompatibilidade. O eugenol que leva 
à irritabilidade desse material. 
[Comentário do professor]: Para espatular o material utilizar a espátula 24, de preferência a 24F. 
Existe cimento de fosfato de zinco, sendo que esse serve para cimentar coroa provisória e não para endodontia, 
então tomar cuidado. 
➢ Algumas marcas comerciais: 
o Endofil; 
o Cimento N-Rickert; 
o Endomethasone. 
 
CIMENTOS À BASE DE RESINAS PLÁSTICAS 
➢ AH26; 
➢ AH Plus – [Comentário do professor]: Um dos cimentos mais biocompatíveis hoje no mercado. É um 
material caro. 
➢ Topseal; 
➢ Endorez; 
➢ Epiphany. 
 
AH Plus: 
➢ Cimento obturador à base de resina tipo epóxi-amina; 
➢ Excelente biocompatibilidade; 
➢ Apresentação pasta/pasta depositado em dois tubos de 4ml cada. 
 
CIMENTOS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO 
➢ Possuem excelentes propriedades biológicas; 
➢ Irritante somente nos períodos iniciais; 
➢ Algumas propriedades físicas necessitam ser melhoradas. 
 
Algumas marcas comerciais: 
➢ Sealapex – mais utilizado; 
➢ CRCS; 
➢ Apexit; 
➢ Sealer 26 – [Comentário do professor]: Apesar de ser à base de hidróxido de cálcio mas a 
biocompatibilidade não é muito boa, pois contém uma resina também em sua composição, fazendo com 
que ele seja um pouco irritante. 
 
Sealapex 
➢ Pasta/pasta 
➢ Tempo de presa e viscosidade satisfatória; 
➢ Ótimo selador apical (Alexander e Gordon, Holland et al). 
➢ Boa tolerância tecidual; 
➢ Reabsorvível quando extravasado; 
 E
N
D
O
D
O
N
TI
A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V
it
o
r 
En
ri
q
u
e 
B
in
i 
 
 
 
 
35 
 
➢ Estimula a deposição de cemento; 
 [Comentário do professor]: O problema do Sealapex é a solubilidade, pois é muito solúvel. Outro problema é a 
radiopacidade, que é pouca. 
 
MTA Fillapex 
➢ Boa radiopacidade; 
➢ Bom escoamento; 
➢ Boa solubilidade; 
➢ Biocompatibilidade. 
[Comentário do professor]: Dentre os citados, podemos utilizar na técnica clássica: AH Plus, MTA e Sealapex. 
 
PASTAS 
➢ À base de iodofórmio e antissépticos fortes; 
➢ À base de hidróxido de cálcio. 
 
Algumas marcas comerciais: 
➢ Calen; 
➢ L e C.

Outros materiais