Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo por @study.bru P á g i n a 1 | 10 Patologia Geral Resumo por @study.bru P á g i n a 2 | 10 C er n e d a p at o lo gi a Etiologia Patogenia Alterações Moleculares e Morfológicas Manifestações Clínicas ADAPTAÇÃO Também chamada de resposta adaptativa. É a capacidade da célula de se adaptar a alterações no seu meio ambiente e sobreviver em condições adversas. Podem ser divididas em: 1. Alteração no tamanho da célula: a) Hipotrofia (Atrofia) b) Hipertrofia 2. Alteração no nº de células: a) Hipoplasia b) Hiperplasia 3. Alteração no nº de células e na diferenciação celular Metaplasia 4. Alteração na disposição celular e organização celular Displasia AGENESIA Embriogênese (desencadeia defeito na formação de um órgão ou parte dele, como na hipoplasia pulmonar. Visão Geral A Patologia pode ser conceituada como a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam. Ou seja, é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos que fundamentam a doenças. A patologia pode ser estudada de forma geral ou sistêmica. O que está acontecendo dentro da célula ... ATROFIA /HIPOTROFIA CARACTERIZAÇÃO: Redução no volume celular Preservação do padrão morfofuncional Redução da capacidade funcional Condição reversível MECANISMO: Autofagia (destruição de proteínas estruturais e organelas) Diminuição das exigências metabólicas Corpúsculos residuais (lipofuscina) Resumo por @study.bru P á g i n a 3 | 10 HIPERTROFIA CARACTERIZAÇÃO: Aumento do volume celular Preservação do padrão morfofuncional Condição reversível Preservação da integridade da célula Preservação da inervação Irrigação sanguínea adequada MECANISMO: Aumento da síntese de componentes estruturais e organelas CAUSAS Em geral é o aumento da demanda funcional Fisiológicas: Aumento massa muscular esquelética no exercício físico Aumento do miométrio na gestação Patológicas: Hipertrofia do VE na hipertensão arterial Hipertrofia da camada muscular nas Obstruções de vísceras ocas LIMITE PARA HIPERTROFIA Células incapazes de divisão lesão Células capazes de divisão hiperplasia CAUSAS Desuso (atrofia muscular em membro imobilizado) Redução gradual do suprimento sanguíneo (aterosclerose) Inanição (desnutrição) Desnervação (poliomielite) Hormonal (baixa de estrógenos leva à atrofia do endométrio) Inflamação crônica (gastrite crônica) Compressão prolongada (tu de hipófise) Atrofia na senilidade é fisiológica MORFOLOGIA DA ATROFIA Diminuição de tamanho do órgão Diminuição da espessura das mucosas Depósito de lipofuscina (atrofia parda) Resumo por @study.bru P á g i n a 4 | 10 HIPERPLASIA CARACTERIZAÇÃO Aumento no nº de células Preservação do padrão morfofuncional Aumento da capacidade funcional Condição reversível Condições para haver hiperplasia Hipertrofia Capacidade de divisão da célula CAUSAS Aumento da demanda funcional estrógenos hiperplasia do endométrio Aumento da demanda funcional (hiperplasia vicariante ou compensatória e hiperplasia do tecido linfoide nas infecções) MORFOLOGIA DA HIPERPLASIA Aumento de volume do órgão difuso e nodular Aumento da espessura das mucosas METAPLASIA Alteração reversível quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular. Pode ser interpretado como uma tentativa do organismo de substituir um tipo celular exposto a um estresse a um tipo celular mais apto a suportá-lo. Envolve divisão e diferenciação celular Condição reversível TIPOS DE METAPLASIA 1. Escamosa a) Mucosa brônquica de fumantes b) Endocérvice em cervicites 2. Intestinal a) Gastrites crônicas b) Refluxo gastresofágico (Esôfago de Barrett) 3. Mesenquimal a) Óssea (depósito de cálcio) b) Cartilaginosa (cicatriz e cápsula) Resumo por @study.bru P á g i n a 5 | 10 Xantomas, xantelasmas, aterosclerose DEPÓSITOS INTRACELULARES Trata-se do acúmulo de substâncias nos órgãos Retenção de material dentro da célula Substância endógena ou exógena Normal ou anormal Lesiva ou inócua Pigmentos exógenos e endógenos: Minerais (antacrose) Melanina (formação de diidroxifenilalanina) Hemossiderina (hemocromatose /hemossiderose) Bilirrubina (icterícia) Cálcio (calcificação distrófica) Lipofuscina (polímeros lipídeos e fosfolipídios conjugados a proteínas .) Os tipos de depósitos geram degenerações específicas que são separadas pela substâncias acumuladas, sendo assim , temos que ... 1. Água e eletrólitos a) Degeneração parenquimatosa - inicial b) Degeneração hidrópica - avançada (com palidez no órgão) 2. Proteínas a) Degeneração hialina – acúmulo de filamentos intermediários b) Degeneração mucóide – aumento de secreção mucoide por inflamação ou neoplasia 3. Carboidratos Degenerações glicogênicas – decorrente de deficiência de enzimas que metabolizam glicogênio, ou pelo acúmulo excessivo de glicose (ex. diabetes mellitus) 4. Lipídios a) Esteatose – gorduras neutras acumuladas (ex. TAG) b) Lipoidose – gorduras complexas acumuladas (ex. colesterol e LPS) 5. Pigmentos a) Depósitos de Lipofuscina b) Depósitos de Melanina c) Depósitos de Hemossiderina d) Depósitos de Bilirrubina 6. Minerais a) Depósitos de Ferro b) Depósitos de Cálcio c) Depósito de Carvão DEGENERAÇÕES Hidrópica Hialina Mucóide Gordurosa Glicogênica. Agora serão explicados as degenerações e depósitos mais detalhadamente... Resumo por @study.bru P á g i n a 6 | 10 DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Acúmulo de H²0! CAUSAS Alteração na bomba de Na +/ K + Viroses Infecções bacterianas Subst. Tóxicas Isquemia Calor ou frio extremos DEGENERAÇÃO GORDUROSA Acúmulo de gordura! Normal: célula adiposa Anormal: células parenquimatosas MORFOLOGIA DA ESTEATOSE HEPÁTICA 1. MACRO: a) Aumento de volume b) Coloração amarela e homogênea c) Diminuição da consistência 2. MICRO: a) Vacúolos citoplasmáticos opticamente vazios b) b) Núcleo Rechaçado para Periferia DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA Acúmulo de glicogênio! O armazenamento de glicogênio é regulado pela glicemia CAUSAS Estados hiperglicêmicos Glicogenoses (doenças de depósito por deficiência enzimática) ACÚMULO DE COLESTEROL Aterosclerose Xantomas LIPOFUSCINA (PIGMENTO DE DESGATE) Pigmento amarelo-acastanhado citoplasmático Células musculares cardíacas (atrofia) Sem interferência na função celular MELANINA Produzida pelos melancólicos Função de proteção contra radiação marcador dos melanomas ANTRACOSE Depósito de partículas de carvão Encontra-se em pulmões Pigmento inócuo ESTEATOSE Resumo por @study.bru P á g i n a 7 | 10 ACÚMULO DE FERRO Excesso de ferro local ou sistêmico, onde há formação de Hemossiderina, pela ferritina. Hemossiderose - Hemossiderina em excesso Hemocromatose – Alteração genética que faz com que o organismo absorva quantidades maiores que a normalidade de ferro, ou que não realize sua eliminação adequada LESÃO CELULAR Quando o estímulo nocivo é mais intenso ou mais prolongado acapacidade adaptativa da célula é excedida, ocorrendo então lesão celular, que pode ser reversível ou irreversível. TUDO EM PATOLOGIA VAI DEPENDER DO QUE CHAMAMOS DE TRÍADE PATOLÓGICA: - INTENSIDADE DO INSULTO/INJÚRIA - PERSISTÊNCIA DO INSU/INSULTO/INJÚRIA - ALVO DO INSULTO/INJÚRIA PRINCIPAIS CAUSAS DE LESÃO CELULAR Privação de oxigênio Agentes físicos, químicos e infecciosos Reações imunológicas Defeitos genéticos Alterações nutricionais MECANISMOS DE LESÃO CELULAR Depleção de ATP Lesão mitocondrial Perda homeostática de íons Acúmulo de radicais livres Defeitos na permeabilidade das membranas celulares TIPOS DE LESÃO CELULAR 1. Reversível – Célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, sendo capaz de se manter viva e de se recuperar, caso o insulto cesse. Neste tipo de lesão a microscopia ótica, geralmente, mostra: tumefação celular, degeneração gordurosa, eosinofilia citoplasmática e bolhas superficiais 2. Irreversível – Célula torna-se incapaz de recupera-se mesmo após o término do insulto, caminhando para morte celular. Neste tipo de lesão a microscopia ótica, geralmente, mostra: perda dos núcleos, fragmentação celular e extravasamento de conteúdo MORTE CELULAR Há duas vias principais da morte celular, são elas: 1. Necrose - É sempre patológica. -Observa-se aumento da eosinofilia citoplasmática e alterações nucleares Alterações nucleares a) picnose - degeneração nuclear, condensação da cromatina e desaparecimento da carioteca. b) cariorrexe – fragmentação destrutiva nuclear, cromatina distribuída irregularmente pelo citoplasma c) cariólise – completa dissolução da cromatina. - Existem tipos de necrose, entre elas estão: Coagulativa / Isquêmica Liquefativa Caseosa Gordurosa Hemorrágica Gangrenosa Gomosa Fibrinóide Resumo por @study.bru P á g i n a 8 | 10 2. Apoptose - Pode ser fisiológica ou patológica! - Trata-se se uma morte celular programada, sem inflamação. - Há liberação do que chamamos de corpos apoptóticos. - Observa-se retração nuclear, condensação periférica da cromatina, formação de apoptossomos. Resumo por @study.bru P á g i n a 9 | 10 Necrose COAGULATIVA Predomínio da desnaturação das proteínas Inativação das proteases responsáveis pela proteólise das células Preservação do contorno (sombra das células) LIQUEFATIVA Predominância da proteólise infecções bacterianas e por fungos enfarte cerebral COAGULATIVA Associada a tuberculose Semelhante a caseum (queijo fresco) Massa eosinofílica, granular, com destruição total da arquitetura do tecido GORDUROSA (ESTEATONECROSE) Traumatismo do tecido adiposo Pancreatites (liberação de lipases) Lesão em pingo de vela (saponificação dos ac. graxos) GANGRENOSA Ação de fatores externos sobre o Tecido necrótico Gangrena úmida/seca /gasosa Resumo por @study.bru P á g i n a 10 | 10 HEMORRÁGICA Necrose + hemorragia Enfarte hemorrágico FIBRINÓIDE Ocorre com o depósito de imunocomplexos (antígenos + anticorpos) nas paredes arteriais. Exemplo: vasculites imunologicamente mediadas. GOMOSA É uma variação da necrose Coagulativa. As zonas atingidas são uniformes, compactas, elásticas e fluidas. Exemplo: sífilis terciária. CONCEITOS EXTRAS Plasmoptise – absorção grande de líquido na célula e rompimento. Crenação – saída excessiva de H²0, murcha a célula hemácias. Hemólise – rompimento na membrana das hemácias Plasmólise – retração do volume celular por perda de H²O
Compartilhar