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Anatomia dos Pré-molares Superiores Permanentes

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Anatomia dos Pré-molares Superiores Permanentes
INTRODUÇÃO numa cavidade oral normal de um adulto, existem oito pré-molares, sendo quatro de cada lado (superiores+inferiores). Tanto o 1º pré-molar quanto o 2º pré-molar se relacionam anteriormente aos caninos e posteriormente com os 1os molares. 
Em geral, são dentes que, quando observada sua morfologia, estão na transição entre a forma de caninos e de molares. Por isso, oferecem tanto função dilacerante quanto triturante. Ainda sobre a forma, pode-se notar, na arcada de um mesmo indivíduo, que, do 1º para o 2º pré-molar, há um decréscimo no volume da coroa, ou seja, o 14 e 24 são mais volumosos do que o 15 e 25. Por fim, é relevante citar que esses dentes são bicuspidados, isto é, apresentam duas cúspides (um lingual e outra vestibular, sendo esta última maior). 
Os pré-molares erupcionam após a queda dos molares decíduos – estes são mais longos no sentido mésio-distal do que aqueles. Logo, não existem pré-molares decíduos.
PRIMEIRO PRÉ-MOLAR SUPERIOR (14 OU 24): este dente se irrompe lá pelos 10-11 anos. Considerado um dente posterior, ele apresenta, como tais, características que o diferente dos anteriores, tais como: comprimento vestíbulo-lingual maior do que o mésio-distal, linha cervical mais horizontalizada e coroa mais curta no sentido cérvico-oclusal. Ele oclui mesialmente com o 1º PMI e distalmente com o 2º PMI.
· Vista vestibular: a coroa possui aspecto pentagonal tal qual um canino, porém mais curta no sentido cérvico-oclusal do que neste. Percebe-se que o dente tem uma cúspide vestibular bem desenvolvida. Observe-se também que a aresta distal da cúspide vestibular é mais inclinada e menor do que a aresta mesial, fazendo com que o ápice da cúspide vestibular esteja, por vezes, um pouco deslocado para distal levando em conta o longo eixo do dente a partir do ápice da raiz vestibular. 
24
14
24
D
M
Exceção: esse segmento deveria ser maior, como no canino, mas, no 1º PMS, não é!
Os pontos de contato nas faces proximais estão quase do mesmo nível, diferente dos caninos. Por fim, os acidentes anatômicos são menos acentuados do que nos caninos. 
· Vista lingual: nessa norma, a cúspide lingual é mais estreita mésiodistalmente e menor, sendo possível a visualização, por esta vista, não só das faces proximais da cúspide vestibular, mas também do ápice da outra cúspide. Acerca do ápice, ele, geralmente, encontra-se centralizado junto ao longo eixo da raiz lingual. Além disso, essa cúspide é mais arredondada. As margens são idênticas às do canino e os acidentes anatômicos não são tão nítidos. 
D
M
· Vista mesial: possui uma coroa trapezoidal (com 4 margens), com a linha cervical mais marcada. A margem oclusal das faces proximais tem um formato da letra V de ápice truncado. Além disso, existe uma depressão no terço cervical ou no terço médio tanto da coroa quanto da raiz (exclusivo de 1º PMS). 
Relevância: essa depressão na face mesial do 14 ou 24 dificulta a escovação, sendo uma área susceptível ao acúmulo de placa bacteriana e, posteriormente, zona de desenvolvimento para cárie. 
Outra característica que permite diferenciar a face mesial da distal no primeiro pré-molar superior é que na mesial, às vezes, é nítido o prolongamento do sulco mésio-distal para crista marginal da face mesial (fato esse que não acontece em pré-molares superiores). 
A: vista mesial de um 14 mostrando a raiz única e a concavidade mesial da coroa. 
B: vista mesial de um 15 mostrando a raiz única e nenhuma concavidade mesial da coroa. 
· Vista distal: as diferenças já foram citadas anteriormente. 
· Vista oclusal: a coroa por esta vista tem o formato pentagonal, sendo que a distância mésio-distal da face vestibular é maior do que a da face lingual. 
Ademais, o sulco principal geralmente se desloca para lingual e que, como já dito, ele pode se prolongar para a face mesial. 
Já os sulcos secundários (na vertente oclusal das cúspides) são pouco marcados. 
· Raiz: na maior parte das vezes, ele é um dente que pode ser birradiculado – isto é, a raiz se divide no terço médio – ou apresentar-se com bifidez – ou seja, a divisão da raiz acontece no terço apical da raiz. 
Quando comparado com o canino, os pré-molares (de maneira geral) tem um grande achatamento mésio-distal da raiz. E, por isso, a raiz, quando seccionada transversalmente, possui formato de “8”.
Ainda, pode ser que existe uma única raiz com dois canais no seu interior que podem terminar em um único forame ou em dois forames apicais distintos [veja a imagem abaixo].
SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR (15 ou 25) eles são parecidos com os primeiros pré-molares, com algumas diferenças que serão citadas abaixo. Erupciona-se entre os 10 e os 12 anos de idade. Oclui mesialmente com o 2º PMI e distalmente com o 1º MI. 
À primeira vista, esses dentes são menores do que os já citados. Assim, a ordem de volume da coroa dos pré-molares superiores é decrescente. 
· Vista vestibular: semelhante aos 14 ou 24, sendo que o ápice da cúspide vestibular, tal qual de um canino, está alinhada ao longo eixo do dente. Além disso, a cúspide vestibular não é tão alongada quanto a do primeiro pré-molar superior. 
· Vista lingual: idêntica à face lingual dos primeiros pré-molares superiores. Apesar de a cúspide lingual ainda continuar sendo menor do que a vestibular, ela é mais longa, dificultando, às vezes, a visualização da cúspide vestibular por essa norma (fato esse melhor observado numa vista proximal). 
D
Cuidado! No 2º PMS não existe exceção das margens. Logo, o segmento menor indica ser o lado distal. 
25
25
M
M
D
· Vista proximais (mesial e distal): nota-se que a crista marginal continua com o ápice truncado em ambos os lados proximais. Inexiste, na maioria das vezes, a depressão no terço cervical da coroa (presente apenas no 1º PMS). 
· Vista oclusal: não há o prolongamento do sulco principal para mesial. Nessa visão, fica evidente o tamanho semelhante das cúspides vestibular e lingual, fazendo com que o sulco principal se localiza centralmente. Ademais, o sulco principal nos segundos pré-molares é, normalmente, mais estreito do que nos primeiros pré-molares, com sulcos secundários pouco evidentes. 
V
· Raiz: normalmente, possui raiz única com um achatamento no sentido mésio-distal, podendo ter mais de um canal no seu interior.

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