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Estudo de caso 2 – Teste de COVID-19 O cenário mundial de combate a pandemia do COVID-19 tem mostrado uma abordagem em que os números de casos são duramente monitorados. Nota-se também que, o Brasil, ao contrário do resto do mundo não adota a mesma política de monitoramento de casos. O Brasil realiza 7857 testes a cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. Com essa relação o país se iguala a países subdesenvolvidos, como a Zâmbia, na porcentagem de testagem. Com baixos índices de testagens, se torna mais difícil apontar as tendências da doença no país e estabelecer medidas a serem adotadas para controlar os surtos da doença. O governo brasileiro por sua vez, não utiliza essa metodologia para guiar suas políticas públicas de combate a pandemia. Sua principal orientação é o indicador de taxa de ocupação dos leitos de UTI, que mostra um cenário extremamente grave, eliminando qualquer medida preventiva que pudesse ser tomada se fosse embasada em indicadores de casos positivos, aliados a um processo de testagem eficiente. Ainda que, há muito tempo, lutamos para que o sistema público de saúde não seja alvo de um processo de desestruturação, não podemos negar que os mecanismos gerenciais descentralizados, juntamente com os mecanismos de vigilância epidemiológica, são capazes de atender a essas necessidades. Também, a rede de laboratórios, universidades e centros de pesquisa públicos, podem auxiliar na estruturação de uma rede de serviço de diagnóstico e pesquisa de novas tecnologias para ampliação de testagem da doença. Portanto, podemos observar que, atualmente, a ampliação da testagem e a agilidade no diagnóstico da COVID-19 é um obstáculo que se impõe à população brasileira e ao Sistema Único de Saúde (SUS). Cabe ao governo brasileiro, rever suas políticas perante ao combate à COVID-19, tendo como referência para sua tomada de decisão evidências científicas locais e globais, e com isso agir nos momentos certos, para evitar ou amenizar cenários graves da doença. Plano de Ação Estruturar um programa para testagem, com o objetivo de antecipar possíveis cenários da pandemia, identificar pontos em que a campanha de vacinação deva ser mais eficiente, identificar pontos em que medidas mais rígidas deverão ser tomadas, relacionando casos confirmados, porcentagem da população da região 100% vacinada e taxa de ocupação de leitos de UTI. Estabelecer um protocolo em que pacientes assintomáticos sejam testados após terem contato com positivados. Realizar testes nos familiares do paciente positivado em que houve o contato. Estabelecer um sistema de informação único e estruturado para monitoramento de testagens. Eliminar o processo burocrático para habilitação de mais laboratórios na testagem de COVID-19, gerando um aumento da oferta de análises dos testes, com isso agilizando os resultados.
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