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Biologia Celular e Gnenética Primeiro Semestre Professor:Fernado Sumário Origem e evolução das células Organização de procariotos e eucariotos Organização molecular da célula; Núcleo interfásico; Estrutura e função de ácidos nucleicos Funcionamento gênico: replicação, transcrição e tradução Estrutura e organelas citoplasmáticas; Transporte e movimentação celular - citoesqueleto Fundamentos da hereditariedade; Variantes genéticas patogênicas e não patogênicas Citogenética clínica e bases genéticas do câncer hereditário; Aconselhamento genético Ciclo celular e meiose 1 3 14 9 20 41 58 68 79 1 Origem e evolução das células O conhecimento adquirido na disciplina de base “fornece” a capacitação para lidar com os problemas mais complexos advindos das especialidades do curso de fisioterapia; Entendimento do organismo em sua unidade e complexidade: do DNA até o organismo complexo e funcional à papel importante da Biologia Celular e Genética Biologia Celular e genética são dois conteúdos que conversam entre si. Biologia Celular, ou Citologia: Ramo da biologia que estuda as células, tanto eucariontes como procariontes, no que diz respeito às suas estruturas internas ou externas, funções, e sua importância na constituição, benéfica ou maléfica, dos seres vivos. Genética. Ramo da Biologia responsável por estudar a transmissão e a expressão dos genes no organismo e a diversidade genética observada nos indivíduos da mesma espécie e de espécies diferentes. Genética é fundamental para o entendimento de todas as áreas da Biologia, uma vez que é a base de tudo. Da molécula ao organismo completo temos um caminho a percorrer tendo como base de informação o DNA e como unidade funcional a célula, sendo que ambos os assuntos serão apresentados na disciplina. (biocenose → interação entre populações) Origem e evolução das células O Universo está em contínua expansão. O começo – Big Bang Teoria está entre as mais aceitas para explicar a origem do Universo → surgiu a partir da explosão de uma única partícula (átomo primordial) causando um cataclismo cósmico (~13,8 bilhões de anos) anos) Origem dos planetas Instante um trilhão de trilionésimo de segundo após o Big Bang → Universo quente e denso se expandiu com rapidez → expansão continuou de maneira mais lenta nos anos que se seguiram. “Origem não biológica” designa de modo geral o estudo sobre a origem da vida a partir de matéria não viva → forma espontânea. Principals defensores: Jean Baptiste Van Helmot, Willian Harvey, René Descartes, Isaac Newton e John Needhan. Teoria absurda, mas era aceita até meados do século XIX, poucos recursos tecnológicos, sem conhecimento de células, gametas, mecanismo evolutivo e genético). Abiogênese 2 À medida em que o Universo esfriou, houve a combinação entre os elementos → a matéria esfriou e os mais diversos tipos de átomos começaram a se formar e esses, eventualmente, se condensam e formam os corpos celestes do Universo atual (estrelas, planetas, satélites e dentre outros). Duas teorias Origem da vida 4,6 bilhões de ano Idade da Terra 3,8 bilhões de anos 1º célula (procarionte) Produção e o conjunto de novos organismos ou organelas vivas. Atribuída a Louis Pasteur, é resultante da observação de que seres vivos provêm apenas de outros seres vivos, através da reprodução. Ou seja, que seres vivos não se formam diretamente a partir de materiais não vivos. Principais defensores: Ernest Haeckel, Thomas Henry Huxley, Stanley Miller, Lázzaro Spallanzani, Francesco Redi e Louis Pasteur. Biogênese (admite que todos os seres vivos são originados de outros seres vivos preexistentes). Teorias de evolução Evolução química Moléculas propulsoras da vida na Terra foram ligando-se umas nas outras (no oceano) até chegarem a um estágio que deu origem ao primeiro ser vivo – VIGENTE Panspermia Descreve que as moléculas propulsoras da vida teriam vindo do espaço em meteoros, que bombardearam a superfície da Terra no passado → tem ganhado destaque Hipótese de Oparin ‘’sopa orgânica’’ Vapor d’água + materiais → aminoácidos = primeiras moléculas orgânicas → aquecimento no solo → moléculas mais complexas → célula primitiva. (comprovado pelo experimento de “Stanley Miller” em 2007, porém não comprova a origem do 1º ser vivo) Ser vivo: definição Capacidade de se reproduzir → célula única com capacidade de se dividir → provavelmente procarionte (célula sem núcleo organizado e mitocôndrias → próxima aula) → bactérias. Organização de procariotos e eucariotos 3 Cápsula: várias funções e atividades, mas principalmente a proteção da célula. Parede celular: proteção, sustentação da célula, importante pois mantém a célula mais rígida. Membrana plasmática: tem proteínas, mas diferentes do eucarionte. Plasmídeo: sequência de DNA circular, pequeno, formando o círculo. Nucleóide (DNA): não têm núcleo, mas tem o DNA que fica solto na célula. Ribossomo: síntese de proteína. Flagelo: geralmente associado com locomoção. Fimbria/Pili: geralmente associado a reprodução. Procarionte Eucarionte Membrana plasmática, núcleo e material genético dentro do núcleo: mudança muito importante para que a gente consiga fazer o maior controle da célula, da expressão da proteína e da função da célula como um todo. Citoesqueleto: para manutenção, manter a célula intacta. Mitocôndria: produção de energia. 4 Complexo de Golgi: associado a parte digestiva. Retículo endoplasmático: associado a expressão e secreção de substâncias. associado a formação de energia. Procarionte – características Unicelulares (1 célula): cada organismo, uma célula. Individual. Cada célula tem autonomia de atuar por completo. Não tem um conjunto de células para virar um organismo. Não possuem núcleo organizado. Membrana estática (tem elementos que se movem, mas ela em si é estática) que se situa externamente à membrana celular. Rígida e resistente. Organelas citoplasmáticas → apenas ribossomos. Funções: a) Manter a forma característica das células b) Barreira → previne evasão de certas enzimas e o influxo de certas substâncias químicas nocivas c) Permite a passagem de nutrientes para as possuem envoltório nuclear (carioteca, envelope nuclear ou membrana nuclear). Estruturas externas – prolongamentos da superfície da célula 1. Prolongamentos na superfície da célula a) Flagelos (maior). b) Pili (Fímbrias) (adesão). Movimentação, conjugação (união de duas células) e aderência celular (há um tecido para fazer infecção e fazer com que ocorra casos de doenças). Rede de polímeros bem organizados (polissacarídeos e polipeptídeos). Situada externamente à parede celular. Relacionada à patogenicidade da bactéria (resistência a medicamentos). Adesão. Camada protetora resistente à fagocitose (digestão da célula completa pelas próprias células de defesa do nosso corpo). Cápsula (circunda a célula) Membrana estática (tem elementos que se movem, mas ela em si é estática) que se situa externamente à membrana celular. Rígida e resistente. Parede celular Gram positivos: retém o cristal violeta → espessa camada de peptideoglicano (polímero de açúcares e aminoácidos: malha na região exterior) na parede celular → cor roxa. Gram negativos: parede de peptideoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e recebe a cor vermelha no processo de coloração final. Bactérias Funções: a) Manter a forma característica das células b) Barreira → previne evasão de certas enzimas e o influxo de certas substâncias químicas nocivas c) Permite a passagem de nutrientes para as células Peptideoglicano: está presente nas bactérias no gram positivo encontramos Ácido Teicoico e Ácido Lipoteicoico, fazendo uma projeção no meio. 5 Para saber se é gram positivo ou negativo, fazemos a coloração. A coloração tem como foco o peptideoglicano. A coloração fica mais forte na grampositiva e mais fraca no gram negativo. Coloração de Gram I. Coloração com violeta de cristal (corante solúvel em água, roxo). II. Descoloração (utilizando etanol, acetona). III. Contra coloração (corante safranina, vermelho). * Importante para distinguir o acompanhamento adequado, tratamento diferenciado Membrana plasmática: constituição lipoproteica (lipídios e proteínas) → bicamada fosfolipídica onde as proteínas se distribuem. Fosfolipídios possuem 2 regiões distintas: cabeça polar (hidrofílica – superfície aquosa) e cauda apolar (hidrofóbica – interior da dupla camada). Os fosfolipídios mantêm-se em constante movimento, mas nunca perdem o contato uns com os outros. Proteínas também se movem, conferindo um dinamismo à membrana. Membrana celular Funções: a. Regular fluxo de nutrientes dentro e fora da célula através de mecanismos de transporte (elimina o que não precisa). b. Sintetizar componentes da parede celular. c. Auxiliar na replicação do DNA, secreção de proteínas, respiração celular e captura de energia na forma de ATP (molécula energética, a célula consegue produzir energia através da queima de ATP) Mosaico fluído Proteínas dentro da bicamada lipídica → integrais. Proteínas se estendem através da camada fosfolipídica (tipo de integral) → proteínas transmembranas. Proteínas fora da membrana → periféricas. Proteínas da membrana, funções de: enzimas (molécula que acelera o processo), receptores (pega a informação e leva para dentro da célula) e transporta substâncias. Externamente à membrana: glicídios (glicídios, moléculas de açúcar) que podem estar ligados aos (às): a) Lipídios (glicolipídio) b) Proteínas (glicoproteínas) Estrutura da membrana plasmática 6 Ribossomos: expressão do gene para formar proteína. Enzimas: proteínas que aceleram. Outras proteínas: transporte, resistência, etc. Carboidratos. Lipídios. Íons inorgânicos: metabolismo, expressão e função dos componentes da célula. Funcionalidade. Estruturas internas – citoplasma Composição: i. 4/5 de Hialoplasma (líquido que preenche o interior do citoplasma). ii. 1/5 Pequenos corpos → inclusões (grânulos ou vesículas). Não são limitados por membranas. Substâncias densamente compactadas que não se dissolvem facilmente no citoplasma. Citoplasma (inclusões) 1. Glicogênio: polímero de glicose → obter energia. 2. Polifosfato: polímero de fosfato → fornece energia para processos metabólicos. Moléculas circulares duplas de DNA capazes de se reproduzir independentemente do DNA cromossômico. Usados na engenharia genética para transferir genes entre organismos diferentes. Plasmídeos Funções: a. Controlam a síntese de proteínas. b. Resistência a antibióticos (cloranfenicol e tetraciclinas). Divisão celular: fissão binária → copiar o cromossomo e dividir a célula em duas. Fissão binária: reprodução assexuada (não envolve a produção de óvulo e esperma nem a mistura do material genético de dois indivíduos). Divisão celular 7 Ausência de envoltório nuclear/núcleo desorganizado. Região onde se concentra o material genético. DNA circular não associado a proteínas histonas. Nucleóide OBS: exceto nos casos de mutações raras ou alterações na sequência de DNA, a fissão binária produz células filhas geneticamente idênticas à célula mãe. Cloroplasto: origem de uma simbiose, bactéria capaz de fazer fotossíntese. Vacúolo central: armazenamento. Parede celular: sustentação da célula. Centríolos: função da célula, faz parte do citoesqueleto. 8 Eucarionte Célula animal Célula mais complexa. Núcleo definido. Várias organelas. 9 Organização molecular da célula; Biomembranas. Célula eucarionte Biomembranas Membrana biológica + estudada = plasmática → delimita a célula. Membrana nas organelas → sistema de endomembranas. Funções: i. Definir limites entre as células e o ambiente extracelular. ii. Servir como barreira de permeabilidade seletiva. iii. Participar do transporte e/ou armazenamento de substâncias (vesículas membranosas). iv. Interagir com outras moléculas ou células → receptores ou sítios de reconhecimento. Estrutura e composição: biomembranas Espessura de 6 a 10nm → visível no microscópio eletrônico, contendo: i. Bicamada lipídica. ii. Proteínas. iii.Carboidratos. Estrutura e composição: lipídica Distribuído em 3 tipos: a. Fosfolipídios. b. Esfingolipídios. c. Colesterol. Fosfolipídios Função: a. Conferir estrutura e forma às membranas biológicas. b. Permitir transporte pela membrana de pequenas moléculas (polares e apolares). c. Impedir o transporte de moléculas grandes. Esfingolipídios Três tipos: 1. Esfingomielinas → bainha de mielina dos axônios. 2. Cerebrosídeos → camadas externas de várias membranas. 3. Gangliosídeos – células nervosas. OBS: voltadas para o sistema nervoso Colesterol Relacionado com a fluidez de membrana e permeabilidade. Conforme você aumenta colesterol você diminui a fluidez e permeabilidade da membrana, deixando-a mais rígida. Fluidez das biomembranas Capacidade de movimentação dos compenentes da bicamada lipídica. Funções: I. Realizar o transporte de moléculas grandes. II. Promover o transporte de metabólitos. III. Promover o transporte de elétrons que podem ser utilizados na produção de energia. IV. Realizar o reconhecimento celular e molecular por meio de receptores inseridos na bicamada lipídica. V. Atuar como enzimas na transdução de sinais. Carboidratos Açúcares presentes nas membranas → glicolipídios e glicoproteínas. Encontrados na face não citoplasmática das membranas → glicocálice. Função = formar: I. Microambiente hidratado na face da membrana na qual está presente, por atrair água. II. Camada que pode impedir o contato de enzimas com a membrana, protegendo-a. 1. Capacidade das proteínas a se difundirem pela bicamada e a interagirem entre si. 2. Garante que as moléculas de membrana sejam igualmente distribuídas entre as células após a divisão celular. 3. Facilitam a difusão e o transporte pela membrana. 10 CURIOSIDADE: A dieta alimentar pode interferir na fluidez. CURIOSIDADE: O colesterol diminui a fluidez da membrana e torna a membrana mais rígida e menos permeável. Proteínas 11 Glicocálice Funções: I. Proteção contra danos físicos e químicos. II. Reconhecimento e adesão celular. III. Inibição por contato: quando ocorre o contato entre o glicocálix de duas células, há a paralisação da divisão celular. IV. Troca de informações entre as células: processo de ligação dos hormônios e proteínas específicas, desencadeando processos nas células, como secreção de substâncias. Permeabilidade seletiva Tipos de transporte pela membrana plasmática e proteínas envolvidas: I. Difusão: proteínas transportadas/proteínas carreadoras. II. Osmose: aquaporinas. III. Transporte ativo: bomba sódio- potássio. IV. Transporte acoplado: séries de proteínas que favorecem que ocorra o transporte e precisa de energia para que aconteça. II. Movimentos passivos: não há gasto de energia. Materiais se movem de áreas de maior para áreas de menor concentração. a. Difusão simples: moléculas e os íons se movem até o equilíbrio ser atingido, atravessando a camada fosfolipídica. b. Difusão facilitada: substâncias são carregadas por proteínas transportadoras através das membranas, de áreas de alta para áreas de baixa concentração. I. Movimentos ativos (com gasto de energia): os materiais se movem das áreas de baixa para as áreas de alta concentração através das proteínas transportadoras, e a célula precisa gastar energia para realizar tal atividade, pois, é a forma da célula de controlar e manter o equilíbrio. Permeabilidade I. Osmose: movimento de água de áreas de alta para áreas de baixa concentração pela membrana seletivamente semipermeável, até atingir o equilíbrio. Estrutura celular, composta por uma rede de proteínas (conjunto de três tipos diferentes de filamentos proteicos): microtúbulos, filamentos intermediários e microfilamentos. Formado basicamente por duas proteínas: actina e tubulina.Presente apenas nas células eucarióticas. Citoesqueleto Composição – “esqueleto celular” Microtúbulos – tubulina. Microfilamento – actina. 12 Microtúbulos – estrutura I. Estruturas cilíndricas ocas formadas por proteínas denominadas tubulinas (alfa e beta-tubulinas). II. Mais espessos que os demais componentes do citoesqueleto. III. Produzidos em regiões denominadas centrossomos. Microtúbulos - Função: I. Formar centríolos → auxiliam no processo de divisão celular. II. Formar flagelos → locomoção (Ex: espermatozoides). III. Formar cílios → locomoção, coletar partículas de alimento (Ex: Paramecium), movimentar fluido sobre a superfície celular e limpar as vias respiratórias (Ex: células epiteliais do trato respiratório). Filamentos intermediários – estrutura I. Diâmetro entre os microfilamentos finos e os filamentos grossos dos microtúbulos. II. Ao contrário dos microtúbulos e dos microfilamentos que quando necessário aumentam ou diminuem o seu tamanho, estes filamentos não podem aumentar ou diminuir de tamanho, permanecendo imutáveis. Filamentos intermediários – função I. Mais abundante em células que sofrem estresse mecânico, proporcionando resistência física a células e tecidos. II. Estruturas relacionadas à SUSTENTAÇÃO da célula e NÃO ao movimento. Filamentos intermediários – tipos I. Lâmina Filamentos: apoia a face interna do envoltório nuclear. II. Filamentos de queratina: derivadas de células epiteliais como pele (participação na formação de cabelo, unha), nas mucosas e nas glândulas. III. Filamentos de vimentina: apresentam aspecto ondulado e são encontrados nas células embrionárias. IV. Filamentos de desmina: são encontrados em células musculares associadas aos desmossomos. V. Neurofilamentos: elementos estruturais dos neurônios. VI. Filamentos gliais: encontram-se no citosol de células de Shawnn e astrócitos. I. Colaboram na movimentação. Microfilamentos de actina Muito fino → possuem dois por filamentos de proteína actina que se entrelaçam, formando um filamento. No decorrer de todo este processo dá- se origem aos microvilos, aos estereocílios e às miofibrilas. Microfilamentos de actina – funções II. Contribuem com funções da membrana plasmática. III. Agem na contração muscular. IV. Migração de células embrionárias. V. Combate a infecções. VI. Nos processos de cicatrização da pele Proteínas motoras I. Divididas em três grupos: cinesinas, dineínas e miosinas. II. Cinesinas e dineínas diferem umas das outras apenas num ponto, a direção em que se deslocam. Apresentam a mesma forma e a mesma função que consiste em transportar estruturas dentro da célula para diferentes locais. Trabalham sempre sozinhas e sobre microtúbulos interagindo com eles e formam filamentos. 13 Miosinas → pequenos filamentos, mas dependem dos filamentos de actina para atuar. A miosina usa as proteínas dineínas e as cinesinas, como um meio de transporte para se mover, interagindo com elas Proteínas motoras - citocinese I. Durante a mitose, a actina e a miosina II acumulam-se na linha equatorial da célula em divisão, formando um anel contrátil, que circula a célula. II. 1º medida que ocorre a citocinese (divisão do citoplasma), o diâmetro do anel contrátil diminuir Depende do deslizamento direcionado por ATP de um conjunto de filamentos de actina sobre conjunto de filamentos de miosina II. Funções do citoesqueleto I. Manutenção e organização celular. II. Responsável pela movimentação das células. III. Dá forma à célula. IV. Atua no processo de transporte de substâncias. V. Permite a união das células. VI. Participa do ciclo celular. Desafio glicocálix Importância nos processos de transplante e enxertos, pois a rejeição ocorre por causa da atividade do glicocálix de linfócitos. Esses tipos de glicocálix identificam as células do órgão ou tecido transplantado como estranhas, permitindo, assim, a atuação dos linfócitos, que as invadem e destroem. Discinesia cilicar primária Micrografias eletrônicas de cílios com defeitos ultraestruturais. Em A, ausência de braços externos de dineína; em B, desarranjo dos microtúbulos; em C, ausência do par central, com a apresentação 9+0; em D, defeito de transposição 8+2. 14 Núcleo interfásico; Estrutura e função de ácidos nucleicos Célula Eucarionte - núcleo Estrutura que abriga o DNA e presente (APENAS) nas células eucariontes Rede de filamentos formada por proteínas; Confere estabilidade mecânica ao envoltório nuclear Envoltório Nuclear Lâmina nuclear: Complexo de poros → Permeabilidade nuclear → Transporte de proteínas e RNA. Separação dos processos de transcrição (núcleo) e tradução (citoplasma); Organização espacial do material genético no interior do núcleo; Determinação da forma e proteção mecânica do conteúdo nuclear. Nucleoplasma OU cariolinfa OU hialoplasma nuclear Massa incolor constituída principalmente de água, íons e aminoácidos; Contém enzimas para a síntese de ácidos nucleicos. Preenchimento ao núcleo. Componente que preenche o espaço entre os elementos do núcleo (cromatina e nucléolo). Envoltório Nuclear - Função Funções: 15 Nucléolo DNA + PROTEÍNA + RNAr Função: Síntese de RNAr, formação e organização dos ribossomos. Podem ser observados mais de 1 nucléolo por célula (ex: células musculares esqueléticas). Muito desenvolvido em células com atividade de síntese proteica → tamanho depende do estado funcional da célula. Ausência de membrana entre nucléolo e nucleoplasma. Nucléolo não é ORGANELA Complexo de DNA com proteínas → material genético; Composição química: Organização da cromatina (nucleossomo): Unidades repetitivas de cromatina, formados por aproximadamente 200 pares de bases de DNA, onde cerca de 147 pares de bases enrolam-se ao redor de um octâmero de histonas (2 H2A, 2 H2B, 2 H3, 2 H4). Cromatina 1. Filamentos de DNA; 2. Proteínas de caráter básico: histonas (H2A, H2B, H3, H4 e H1); 3. Proteínas ácidas. OBS: octâmero de histonas = 8 proteínas. CROMATINA e CROMOSSOMO representam dois aspectos morfológicos e fisiológicos da mesma estrutura. O grau de condensação depende do estado fisiológico da célula e do estado de diferenciação. Eucromatina: regiões do cromossomo que apresentam um padrão normal de condensação e distensão durante o ciclo celular → expressão gênica. Heterocromatina: regiões do cromossomo condensadas por todo o ciclo celular e são transcricionalmente inativas. Tipo de cromatina 1. Facultativa: num mesmo organismo se apresenta condensada em algumas células e descondensada em outras (cromatina sexual); 2. Constitutiva: (sequências altamente repetitivas) centrômeros e telômeros dos cromossomos Armazenar informação: Informação sob uma forma estável e que seja viável para transferir para todas as partes da célula; Estrutura e função dos ácidos nucleicos, genes e cromossomos Material genético Procariontes e/ou eucariontes. Para ser MATERIAL GENÉTICO, a molécula precisa: Sofrer variações: Capaz de sofrer mutações que causam a variabilidade genética; Ser capaz de se duplicar: A duplicação deve ser precisa e capaz de transferir a informação para outras células durante a divisão celular. Curiosamente, “apenas” DNA + RNA + Proteína são os principais responsáveis em armazenar, transmitir e expressar toda a informação necessária para a vida. 16 Citosina e Timina → Pirimidinas. Adenina e Guanina → Púricas. Ligação por ponte de hidrogênio. Nucleotídeo. Duas fitas com sentido antiparalelo; Ligação entre as bases nitrogenadas; Ponte de hidrogênio Ácido desoxirribonucleico. Uma fita; Fosfato + açúcar + base nitrogenada; Sem ponte de hidrogênio; Ácido ribonucleico. Características do DNA (molécula) Características do RNA (molécula) A G: PÚRICA. U C: PIRIMÍDICA RNA mensageiro (mRNA) Formado a partir da transcrição de uma fita de DNA. Transporte (envio) da informação genética, contida no núcleo até o citoplasma, onde ocorre a síntese proteica. Transcrição Primeira etapa na transferência da informação do gene → proteína.É produzido um filamento de RNA para completar as bases do segmento do DNA. RNA ribossômico (rRNA) Compreende a maior parte do RNA celular. Formação dos ribossomos que atuam na tradução. Tradução Unir aminoácidos de acordo com a sequência de códons do mRNA. RNA transportador (tRNA) Moléculas pequenas de RNA (73 a 93 nucleotídeos). Receptor e transportador de aminoácidos. Fundamental na síntese de proteína. Todas as moléculas de RNA são transcritas a partir do DNA. 17 A G: PÚRICA. T C: PIRIMÍDICA. As bases nitrogenadas, por sua sequência, são responsáveis em armazenar a informação genética. RNA mensageiro (coruja); RNA ribossômico (castor); RNA transportador (camelo). Tipos de RNA 18 Unidade do código genético = códon; Tem ponto inicial (5’ AUG - metionina); Não é sobreposto; É degenerado; Não é ambíguo; É universal; Tem ponto final (UAA, UAG e UGA). Propriedade do código genético Códon É uma trinca de bases nitrogenadas do mRNA, que tem sua trinca complementar (anticódon) do RNA transportador correspondente. Genes Segmento de DNA situado em uma região específica de um determinado cromossomo (loco) e que participa da manifestação fenotípica de um certo caráter. Alelos Formas alternativas de um mesmo gene que ocupam o mesmo loco em cromossomos homólogos. Genótipo Conjunto de informação genética que contempla o DNA do organismo. Fenótipo Características observáveis ou caracteres de um organismo ou população, como: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento. FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE 19 Funcionamento genético: replicação, transcrição e tradução Mecanismos Filamentos únicos → modelo (molde) ↓ Mecanismo de cópia → replicação semiconservativa. ↓ Montagem das bases complementares → dupla-hélice idêntica à original. ↓ Cada molécula-filha → cadeia de nucleotídeos parental + cadeia de nucleotídeos sintetizada. 20 Duplicação do DNA (Os dois filamentos da dupla-hélice parental se desenvolvem e cada um especifica um novo filamento-filho por meio das regras de pareamento de bases). 1. Replicação semiconservativa: dupla-hélice de cada molécula-filha de DNA → filamento da molécula de DNA original + recém- sintetizado; 2. Replicação conservativa: molécula de DNA do genitor é conservada e uma única dupla hélice-filha é produzida; 3. Replicação dispersiva: cada uma das moléculas-filhas é composta por filamentos que contêm segmentos de ambos os DNA parentais e do DNA recém-sintetizado. Elas se complementam, favorecendo o entendimento de sua constituição. DNA polimerases Como as bases são trazidas até o molde da dupla-hélice? Enzima adiciona dATP, dGTP, dCTP e dTTP → extremidade 3’ de uma cadeia de nucleotídeos em crescimento, sendo o molde o filamento único de DNA → exposto pela deselicoidização. Adição da base ao polímero em crescimento → remoção de dois dos três fosfatos na forma de pirofosfato (PP1). E. Coli (bactéria pequena) → meio com isótopo pesado de nitrogênio (15N) nitrogênio, é uma molécula necessária para a produção de DNA. Células colocadas em meio com 14N; após uma e duas divisões celulares o DNA foi isolado. Cada divisão mudava a divisão do DNA, mantinha metade e a outra metade não Experimento de Meselson - Stahl 21 Forquilha de replicação (início de replicação do material genético) Local no qual a dupla- hélice é desenrolada → dois filamentos únicos → moldes para a cópia. John Cairns → replicação do DNA em células bacterianas para incorporar a timidina tritiada ([3H]timidina). DNA polimerase I - reparo 1. Polimerase: catalisa crescimento no sentido 5’ para 3’; 2. Exonuclease 3’ para 5’: remove bases incorretamente pareadas, dá uma ré e tira; 3. Exonuclease 5’ para 3’: degrada filamentos únicos de DNA ou RNA, remoção de sequência. DNA polimerase I: muito lenta (~20 nucleotídeos) e abundante (~400 moléculas/célula) e dissocia do DNA após incorporar 20 a 50 nucleotídeos. DNA polimerase III: mais rápida, catalisa a síntese de DNA na forquilha de replicação. Filamento contínuo (sentido líder, leading): síntese de modo contínuo → direção da forquilha; Fragmentos de Okazaki, trechos curtos (1.000 a 2.000 nucleotídeos): síntese do outro filamento em segmentos curtos (polimerase sintetiza um segmento, em seguida se movimenta de volta para a extremidade 5’ do segmento) Visão geral REPLICAÇÃO DNA pol III → dupla-hélice é desenrolada à frente da enzima e atua como forquilha de replicação. Nucleotídeos adicionados na extremidade 3’ e um dos dois filamentos atua como molde na replicação. 1.primers (~8 a 12 nucleotídeos de RNA complementar), sintetizados pela primase (RNA polimerase); 2. Cadeia de RNA com primer → estendida pela DNA polimerase III; 3. DNA polimerase I → remove primers (exonuclease 5’ para 3’) e preenche lacunas (polimerase 3’ para 5’); 4. DNA ligase → une extremidade 3’ do DNA da lacuna à extremidade 5’ do fragmento de Okazaki → ligação fosfodiéster [extremidade 5’ -fosfato e grupo 3’ -OH). 22 Marco da replicação do DNA = precisão (fidelidade) → menos de um erro por 1010 nucleotídeos. Um par de bases incorretamente pareado ocorre quando polimerase insere, por exemplo: A em vez de G para parear com C. Adição de base incorreta ocorre devido tautomerização (mudança pequena). Cada base DNA → diversas formas (tautômeros) → isômeros (≠ posição dos átomos e ligações). CURIOSIDADE: Forma ceto → presente no DNA, mas em casos raros, uma base pode ser alterada para forma imino ou enol. Normalmente o erro é removido pela atividade de exonuclease 3’ para 5’. 23 Em resumo A. Replicação do DNA ocorre na forquilha de replicação, onde a dupla-hélice está desenrolando e os dois filamentos estão se separando; B. Replicação do DNA prossegue continuamente na direção da forquilha de replicação em deselicoidização no filamento contínuo; C. DNA é sintetizado em segmentos curtos, na direção para longe da forquilha de replicação, no filamento descontínuo; D. DNA polimerase necessita que um primer esteja posicionado para iniciar a síntese. Centro catalíticos: (1) filamento contínuo e (1) filamento descontínuo. Proteína acessória (grampo 𝛃) circunda o DNA e mantém a polimerase III ligada ao DNA (tem que se manter presa). Replissomo - garante VELOCIDADE com PRECISÃO Replicação do DNA → DNA polimerase é parte do replissomo (complexo “nucleoproteico”). DNA polimerase III é parte de um complexo denominado holoenzima. Polimerase III → composto por 2 centros catalíticos e proteínas acessórias. Primase Sintetiza o primer de RNA → não se liga na proteína grampo. Atua como uma enzima distributiva → adiciona apenas alguns ribonucleotídeos e se dissocia do molde. Primer precisa ser longo o suficiente para formar um ponto inicial dúplex adequado para DNA polimerase III. Deselicoidização da dupla-hélice Helicases → rompem ligações de hidrôgenio. DNA desenrolado → estabilizado pelas proteínas de ligação à filamento simples (SSB, do inglês, single-strand-binding). Topoisomerases → “relaxam” o DNA pela quebra de um único filamento de DNA ou de ambos os filamentos, o que possibilita que o DNA gire tornando-se uma molécula relaxada. REPLISSOMO realizou a síntese do DNA e incluí: 1. 2 unidades de DNA polimerase. 2. coordena proteínas acessórias que atuam: priming, deselicoidização e estabilização dos filamentos. Montagem Replissomo Processo ordenado → início em local preciso (origens). Ocorre determinadas ocasiões na vida da célula: 1º etapa: ligação da proteína DnaA a sequência de 13 pb específica (“DnaA box”). ↓ 5 x DnaA box → oriC DnaA se liga → origem é deselicoidizada. 2º etapa: início da deselicoidização → DnaA adicionais se ligam às regiões de filamentos simples. ↓ 3º etapa: duas helicases (proteína DnaB) → abertura da hélice na forquilha de replicação. ↓ 4º etapa: primase + holoenzima DNA pol III → recrutadas. ↓ 5º etapa: síntese do DNA tem ínicioReplicação em eucariontes Mecanismo semiconservativo e com síntese de filamentos contínuo e descontínuo + componentes do replissomo → semelhantes. Na medida em que os organismos aumentam, a complexidade → número de componentes do replissomo aumenta. Origens de replicação - eucariotos Maior tempo e + de um cromossomo. Origens de replicação → semelhantes à oriC em E. coli. Origens (100 a 200 pb) → sequência de DNA conservada com região rica em AT. Cromossomo eucariótico → muitas origens de replicação → replicar rapidamente um genoma maior. Replicação → ambos os sentidos a partir de múltiplos pontos de origem. 24 REPLICAÇÃO BIDIRECIONAL → POUPAR TEMPO e MAIOR CONTROLE Replicação do DNA e ciclo celular (levedura) Eucarioto: síntese do DNA → fase S (síntese). Complexo de reconhecimento da origem (ORC) se liga → sequências origens (similar DnaA em E. coli). ↓ recruta Cdc6 e Cdt1 ↓ recruta helicase (MCM) + outros componentes do replissomo. CURIOSIDADE: A replicação está ligada ao ciclo celular pela disponibilidade de Cdc6 e Cdt1 (sintetizadas durante o final da mitose e o intervalo 1 (G1) e destruídas por proteólise após início da síntese). 25 Muitas origens, DNA maior, ambos sentidos e maior complexidade. Onde e quando ocorre a replicação → controlados pelo replissomo → local preciso (origem) A.replicação prossegue em ambos os sentidos a partir de uma única origem no cromossomo procariótico circular. B. replicação prossegue em ambos os sentidos a partir de centenas de milhares de origens em cada um dos cromossomos eucarióticos lineares Origens de eucariotos superiores têm sido difíceis de isolar e estudar, tendo em vista que são longas e complexas e não contêm sequência de DNA conservada. Telômeros e telomerase Replicação → prossegue em ambos os sentidos → origens de replicação. O processo replica a maior parte do DNA → PROBLEMA → TELÔMEROS. Síntese contínua → filamento leading. Síntese filamento descontínuo → primers à frente do processo → último primer removido → faltam sequências → ponta unifilamentar em uma das moléculas-filhas de DNA. Origem de replicação em eucariotos superiores Origens de replicação → muito mais longas. Regiões cromossômicas ricas em genes (eucromatina) → replicadas inicialmente na fase S. CURIOSIDADE: A origem da replicação de levedura, assim como a origem em procariotos, contém sequência de DNA conservada Se o cromossomo-filho com molécula de DNA fosse replicado → filamento com sequências ausentes na extremidade setornaria uma molécula bifilamentar encurtada após replicação. Cada ciclo de replicação → TELÔMERO continuaria a encurtar, até que seriam perdidas informações codificantes essenciais. Solução: adição de múltiplas cópias de uma sequência não codificadora simples nas pontas do cromossomo. Telomerase: adiciona repetições curtas às extremidades 3’ do DNA 26 Pequena molécula de RNA → molde para a síntese da repetição telomérica (RNA 3’- AAUCCC-5’ atua como o molde para a unidade de repetição 5’-TTAGGG-3’) IMPORTANTE: RNA molde para DNA DNA normalmente atua como molde para a síntese de RNA no processo denominado transcrição; é por esse motivo que se diz que a polimerase da telomerase → atividade de transcriptase reversa. Telômeros: prevenir a erosão do material genético e a integridade cromossômica por meio da associação com proteínas para formar capuzes protetores. 27 Células germinativas → telomerase em abundância. Células somáticas → muito pouca ou nenhuma telomerase. Por esse motivo, os cromossomos de células somáticas se tornam progressivamente mais curtos a cada divisão celular, até que a célula interrompe todas as divisões e entra em uma fase de senescência Transcrição e expressão gênica Genes: éxons (regiões expressa) + íntrons (regiões intercalar) ↓ RNA: cópia de RNA (éxons + íntrons) ↓ SPLICEOSSOMO ↓ Remove íntrons e une éxons (recomposição ou splicing do RNA) RNA maduro → PROTEÍNAS DNA e RNA → transcrição → 2 princípios: 1. Complementaridade de bases → determinar sequência do transcrito de RNA; 2. Determinadas proteínas reconhecem sequências de bases no DNA e RNA. DNA → qual, onde e quanto produto / produtos gênicos deve ser expresso PROPRIEDADES DO RNA 1. Açúcar ribose; 2. Cadeia unifilamentar; 3. Flexível e possui variedade de formas tridimensionais; 4. Nucleotídeos do RNA (ribonucleotídeos) → adenina, guanina, citosina e uracila (lugar da timina); 5. U pareia com G no dobramento do RNA, não durante a transcrição (ligações hidrogênio entre U e G + fraca do que entre U e A) → formar estruturas extensas e complicadas; 6. RNA pode catalisar reações biólogas → ribozima. Um ponto que age “contra ele” é que ele é uma molécula simples, cadeia única. O tempo de meia vida dele pra ser degradado é muito curto, então pode ser rapidamente destruído e levar a uma redução do número dessa molécula dentro da célula. Por isso, ele é produzido e já executa sua atividade na hora. Não fica armazenado muito tempo 28 Classes de RNA RNA funcional principais: transportadores (transferência) e ribossômicos: Transportar o aminoácido (a.a.) até mRNA na tradução. Principais componentes dos ribossomos → guia a montagem da cadeia de a.a. pelo mRNA e tRNA. Outras classes de RNA funcionais: I. pequenos RNA nucleares (snRNA) → processa transcritos de RNA nas células eucarióticas → formar complexo de processamento (spliceossomo) que remove íntrons dos mRNA eucarióticos; II. microRNA (miRNA), pequenos RNA de interferência (siRNA) e RNA de interação piwi (piRNA) → suprime a expressão gênica e estabilidade do genoma; III. RNA não codificadores longos (IncRNA ou ncRNA). Síntese proteica e processamento de mRNA ocorrem durante todo o período de vida da maior parte das células, tRNA, rRNA e snRNA são sempre necessários → transcrição constitutiva. Transcrição RNA copia a sequência de nucleotídeos do DNA por complementaridade (A com T no DNA, G com C, C com G e U com A). Primeiramente → abertura local de 2 filamentos da dupla-hélice de DNA → um filamento → molde para RNA. OBS: Ambos filamentos podem ser moldes, mas, para cada gene, um filamento é utilizado (início na extremidade 3’ do gene-molde). 29 DNA transcrito em RNA → transcrito Posicionamento → RNA polimerase ↓ Desenrola dupla-hélice de DNA à sua frente e enrola novamente o DNA transcrito. ↓ RNA cresce no sentido 5’ para 3 Bases no transcrito e molde são complementares → sequência de nucleotídeos no RNA deve ser a mesma daquela no filamento não molde do DNA (T por U) Transcrição: iniciação, alongamento e término PROCARIOTOS RNA polimerase se liga a sequência de DNA específica → promotor (próximo do início da região transcrita). Primeira base transcrita → sempre mesma localização → sítio de iniciação Promotor → sítio upstream + sítio downstream de iniciação. Primeira base do DNA a ser transcrita é numerada +1. RNA polimerase bacteriana → multissubunidades → cerne da enzima (2 subunidades α, uma β, uma β’ e uma ω) + fator sigma (σ). α → montagem da enzima e interações com proteínas reguladoras; β → ativa catálise; β’ → liga ao DNA; ω → montagem da enzima e regulação da expressão gênica; σ se liga às regiões -10 e -35 → posicionar polimerase para iniciar a transcrição no sítio de início + dissociação dos filamentos de DNA. 30 CURIOSIDADE: Filamento não molde do DNA → filamento codificador. Sequência consenso → RNA polimerase se liga ao DNA e inicia síntese de molécula de RNA. Região que codifica proteína normalmente tem início na sequência ATG → sítio de iniciação, normalmente upstream da sequência, sendo parte intercalar denominada região 5’ não traduzida (5’ UTR). Na bolha, últimos 8 ou 9 nucleotídeos da cadeia de RNA formam híbrido de RNA-DNA com molde; RNA é alongada na extremidade 3’ e a 5’ é liberada da polimerase; Pares de bases complementares são quebrados no ponto de saída → libera filamento único. Término Transcrição continua além do segmento codificador de proteína → região 3’ não traduzida (3’ UTR) ↓ até que … reconhece sequênciasde nucleotídeos → intrínseco e rho- dependente. Intrínseco → sequências de terminação com ~40 pbs GC + trecho de seis ou mais A → ligações de hidrogênio complementares entre si → alça em grampo ↓ Estrutura em grampo seguida por trecho de ~8 U complementar a A no DNA Segundo tipo de término requer proteína fator rho → reconhece sequências de nucleotídeos que atuam como sinais de término. Sequência de ~40 a 60 nucleotídeos rica em C e pobre em G e inclui segmento upstream → rut (utilização de rho). Após a ligação, rho facilita a liberação do RNA da RNA polimerase. Término rho-dependente envolve: ligação de rho a rut + pausa da polimerase + dissociação mediada por rho do RNA da RNA polimerase. 31 Alongamento RNA polimerase se movimenta, desenrola e enrola o DNA. mantém a região do DNA unifilamentar → bolha de transcrição → filamento- molde é exposto. TRANSCRIÇÃO EM EUCARIOTOS Semelhante aos procariotos, mas + complexa: GENOMAS EUCARIÓTICOS MAIORES e + GENES 1. 3 RNAs polimerases diferentes transcrevem: I. genes de rRNA (excluindo o rRNA 50S); II. genes codificadores de proteínas (transcrito final = mRNA) e alguns snRNA; III. pequenos genes de RNA funcional (tRNA, snRNA e rRNA 5S). 2. Muitas proteínas em um promotor antes que a RNA polimerase II possa começar a sintetizar → fatores gerais de transcrição (GTF) 3. RNA sintetizado → exportado para citoplasma → tradução. RNA modificado antes de deixar núcleo → processamento do RNA transcrito primário ou pré-mRNA → mRNA extremidade 5’ do RNA sofre processamento enquanto a extremidade 3’ está sendo sintetizada. Iniciação da transcrição em eucariotos Eucariotos necessitam de GTF para se ligar às regiões no promotor antes da ligação do cerne da enzima. ↓ GTF não participam da síntese de RNA → atrai e posiciona RNA polimerase II. ↓ GTF designados TFIIA, TFIIB e etc (transcription factor of RNA polymerase II). ↓ Seis GTF + cerne da RNA polimerase II → complexo de pré-iniciação (PIC). Promotores eucarióticos → 5’ (upstream) do sítio de início da transcrição → sequência TATA ~30 pbs (-30 pb) → TATA boxe: ligação da proteína de ligação a TATA (TBP). TBP é parte do complexo TFIID, um dos seis GTF. Quando ligada ao TATA boxe, aTBP atrai outros GTF RNA polimerase II para o promotor → PIC. 32 Extremidades 5’ → cap (revestimento): resíduo 7-metilguanosina → protege da degradação + tradução do mRNA. Alongamento do RNA continua até → AAUAAA ou AUUAAA → extremidade 3’ → enzima reconhece e corta extremidade do RNA ~20 bases adiante → adiciona 150 a 200 nucleotídeos adenina → cauda poli(A). Recomposição do RNA (splicing) → remoção de íntrons durante a transcrição e após cap adicionado. Recomposição alternativa → um gene pode codificar para mais de uma proteína. Alongamento, término e processamento de pré-mRNA em eucariotos Processamento adicional: (1) adição de revestimento (cap) 5’; (2) recomposição (splicing) → eliminar íntrons; (3) adição de cauda de nucleotídeos adenina (poliadenilação) em 3’. Processamento: pós-transcricional ou cotranscripcional CTD da RNA polimerase II eucariótica → coordena eventos de processamento. Remoção de íntrons e recomposição de éxons Pequenos RNA nucleares (snRNA) Junções → onde ocorre recomposição → determinados nucleotídeos são idênticos entre genes e espécies. Íntron é cortado em cada extremidade (QUASE sempre: GU 5’ e AG 3’ (regra GU-AG) + outro sítio invariantes → resíduo A (o ponto de ramificação A) entre 15 e 45 nucleotídeos upstream do sítio de corte 3’. 33 snRNA → complementar sequências nas junções de recomposição. Nucleotídeos reconhecidos por 5 snRNA + 100 prot. → spliceossomo → remove íntrons e une éxons. snRNP U1 e U2 → alinhar sítios de corte. snRNP recrutam U4, U5 e U6 e formam o spliceossomo → catalisa a remoção do íntron: I. une extremidade do íntron à adenina interna conservada → alça; II. libera o laço e une éxons adjacentes. miRNA regulam e protegem o genoma eucariótico em resposta ao desenvolvimento e ambiente celular → expressão gênica. RNA + longo → estrutura em alça com haste de filamento duplo com uma base errada na haste → processado no núcleo até forma menor e exportado para citoplasma → duas etapas: I. Dicer, reconhece RNA de filamento duplo (dsRNA) e cliva ~22 nucleotídeos; II. RISC (complexo de silenciamento induzido por RNA) → se liga ao dsRNA curto e desenrola formando o miRNA de filamento único ativo. OBS: RISC → reprime tradução do mRNA em proteínas ou remove a cauda poli(A) → acelera a degradação do mRNA. 34 AUTORRECOMPOSIÇÃO DE ÍNTRONS Descoberta dos íntrons de autorremoção → revisão do papel dos snRNA no spliceossomo → remoção dos íntrons é catalisada por snRNA e não pelo componente protéico do spliceossomo siRNA → estabilidade do genoma e reprimir expressão antes da tradução ↓ siRNA silencia o gene que produz ↓ desativar elementos genéticos indesejáveis que se inserem no genoma ↓ silenciamento gênico Expressão Gênica Estrutura proteica Proteínas → determinantes da forma e função biológica. Polímero (polipeptídeo) composto por monômeros → a.a. (peptídeos) a.a. → 2 grupos funcionais (carboxila e amino) ligados ao carbono α + átomo de H + cadeia lateral (grupo R - reativo) 20 a.a. → grupos R diferentes a.a. ligações covalentes → extremidade amino (NH2 ) de um a.a. com extremidade carboxila (COOH) de outra 35 Proteínas → 4 níveis de organização: I. sequência linear a.a. → estrutura primária; II. regiões locais da cadeia de polipeptídios se dobram em formas específicas → estrutura secundária; III. estrutura terciária → dobramento da estrutura secundária; IV. estrutura quaternária: proteína com 2 ou + polipeptídeos dobrados (subunidades) e unidos por ligações fracas. Diferentes tipos de polipeptídios (heterodímero) ou idênticos (homodímero). Proteína I. compactas → globulares (enzimas e anticorpos) II. linear → fibrosas (pele, cabelos e tendões) Forma da proteína → sequência primária de a.a. e condições na célula que promovem o dobramento e ligação para formar estruturas de nível superior. OBS: enzima → sítio ativo Sequência de a.a. ou dobras nas proteínas associadas a funções → domínios. Código Genético Nucleotídeos são “letras” em um código, então uma combinação de letras pode formar “palavras” que representam diferentes a.a. Sobreposto ou não? Degeneração do código genético Crick sugeriu que o código genético é degenerado → cada uma das 64 trincas deve apresentar algum significado no código → alguns dos a.a. devem ser especificados por 2 ou + trincas. Códons de parada Alguns códons não especificam um a.a. → parada ou término (pontos finais ou vírgulas). 36 tRNA Sequência a.a. da proteína → determinada por códons do mRNA. a.a. → levado até o molde por adaptador que se encaixa no RNA (tRNA) → 20 adaptadores (um por a.a.) → ribossomo (liga a.a. a um polipeptídeo em crescimento). 37 Códons no mRNA lidos na direção 5’→ 3’ e anticódons na direção 3’ → 5’ a.a. une ao tRNA → aminoacil- tRNA sintetases (20 enzimas) → 2 sítios de ligação: aminoácido e tRNA. tRNA + aminoácido ligado = carregado. Novamente a degeneração 1. Maioria dos a.a. pode ser trazida até ribossomo por tRNA alternativos; 2. Determinadas espécies de tRNA carregados podem trazer seus a.a. específicos para “qualquer” códon → pareamento frouxo na extremidade 3’ do códon e 5’ do anticódon → oscilante. Ribossomos Síntese proteica → tRNA + mRNA + ribossomos. tRNA e ribossomo → traduzir códons de nucleotídeos do mRNA nos a.a. da proteína. Ribossomo = subunidades pequena + grande → RNA (RNA ribossômico ou rRNA) + proteínas. Cada subunidade → um a três tipos de rRNA e até 50 proteínas. Em procarioto → subunidades 30S e 50S → formar partícula 70S. Eucarioto → 40S e 60S → ribossomo completo 80S. rRNA, assistidos pelas proteínas ribossômicas, realizam a maioria das etapas importantes na síntese proteica. Reúne tRNA e mRNA → traduzir nucleotídeos do mRNA nos a.a. da proteína; Códon do mRNA interage com anticódon do tRNA; Sítio de ligação ao mRNA → dentro da subunidade menor; 3 sítios de ligação ao tRNA →tRNA ligado une subunidades 30S e 50S posicionado com sua extremidade do anticódon na primeira e sua extremidade aminoacil (que carreia o aminoácido) na última. Sítio A (aminoacil) liga um aminoacil-tRNA com anticódon que corresponde ao códon do sítio A na subunidade 30S. Na medida em que prosseguimos na direção de 5’ no mRNA, o próximo códon interage com o anticódon do tRNA no sítio P (de peptidil) da subunidade 30S. tRNA no sítio P liga-se à cadeia de peptídeos em crescimento, parte da qual se encaixa em uma estrutura semelhante a um túnel na subunidade 50S. Sítio E (de saída) contém tRNA desacilado (que deixa de carrear um a.a.) que está pronto para ser liberado do ribossomo. Características do Ribossomo 38 Duas regiões adicionais: Decodificador na subunidade 30S: assegura que apenas os tRNA que carreiam anticódons que correspondem ao códon (denominados tRNA cognatos) serão aceitos no sítio A. Centro peptidiltransferase na subunidade 50S é o sítio no qual a formação da ligação peptídica é catalisada Iniciação, alongamento e término da tradução Iniciação da tradução: posicionar 1º aminoacil-tRNA no sítio P. Procariotos (maioria) e eucariotos → 1º a.a. → metionina → códon AUG. mRNA apresenta uma região 5’ não traduzida → sítio de início da transcrição até sítio de início da tradução → sequência de nucleotídeos da 5’ UTR adjacente ao iniciador AUG é crítica para a ligação do ribossomo em procariotos, mas não em eucariotos. Iniciação em procariotos Códons de iniciação precedidos → sequências de Shine-Dalgarno → pareiam com extremidade 3’ de rRNA (rRNA 16S), na subunidade 30S. Pareamento posiciona códon iniciador no sítio P. Três proteínas - IF1, IF2 e IF3 (fator de iniciação) - necessárias para iniciação. IF3 → manter subunidade 30S dissociada da 50 S. IF1 e IF2 → assegurar que apenas o tRNA iniciador entre no sítio P. 39 Iniciação em eucariotos Transcrição e tradução → compartimentos separados. Estrutura secundária deve ser removida para expor códon AUG → fatores de iniciação eucarióticos → eIF4A, B e G. Associam à cap (extremidade 5) + subunidade 40S + tRNA iniciador → complexo de iniciação. Complexo se movimenta no mRNA no sentido 5’ para 3’ e desenrola as regiões com bases pareadas. Após o códon AUG ser alinhado com tRNA iniciador, ao complexo de iniciação se une à subunidade 60S para formar o ribossomo 80S 40 Término Códon no sítio A → UGA, UAA ou UAG. Nenhum tRNA reconhece os códons de parada → fatores de liberação. Dobramento da proteína dentro da Proteína dobrada corretamente → Proteínas nascentes → dobradas Eventos pós-tradução Maioria das proteínas recém- sintetizadas é incapaz de atuar → precisam se dobrar corretamente e a.a. precisam ser quimicamente modificados. célula → evento pós-tradução mais importante; conformação nativa; com o auxílio de chaperonas (família denominada chaperoninas GroE) Modificação pós-tradução das cadeias laterais de aminoácidos: moléculas liga-se às cadeias laterais de a.a. (+ 300 modificações de cadeias laterais de a.a. são possíveis após a tradução) → 2 mais comumente encontradas (fosforilação e ubiquitinação). Fosforilação Enzimas denominadas quinases unem grupos fosfato aos hidroxila dos a.a. serina, treonina e tirosina, enquanto enzimas denominadas fosfatases removem esses grupos fosfato. Ubiquitinação Modificação que marca proteína-alvo para ser degradada → adição de cadeias de ubiquitina aos resíduos de Ɛ-amina da lisina. Duas classes de proteínas são alvo de destruição por meio da ubiquitinação: proteínas de vida curta (reguladoras do ciclo celular) ou proteínas danificadas / mutadas. Direcionamento de proteínas - eucariotos Proteínas sintetizadas nos ribossomos → citoplasma. Entretanto, algumas proteínas acabam no núcleo, outras nas mitocôndrias e ainda outras ancoradas na membrana ou secretadas da célula → uma proteína recém sintetizada contém sequência curta que a direciona para o local ou compartimento celular correto 41 Estrutura e organelas citoplasmáticas; Transporte e movimentação celular - citoesqueleto Aspectos gerais Estrutura do citoplasma das células eucariontes e que dempenham funções especificas, essenciais à vida da célula Por serem compar Possui de 20 a 30 nm → centenas a milhares por células. Presentes nos eucariotos → livres no citoplasma OU associados à membrana do retículo endoplasmático OU à membrana externa do envoltório nuclear OU nas mitocôndrias (células animais) e cloroplastos (células vegetais) → destino da proteína. Síntese proteica Pode ocorrer por: I. Polissomos (vários ribossomos + 1 RNAm) livres; II. Associados ao retículo endoplasmático. 42 Sintase proteica I. Polissomos (vários ribossomos+ 1RNAm) livres II. Associados ao reticulo endoplasmático RNAr Alguns exemplos de proteínas presentes nos ribossomos e suas prováveis funções. Via Biosintética Secretora Composta pelo retículo endoplasmático, Complexo de Golgi e vesículas de transporte ↓ Processamento, seleção e transporte de substâncias Retículo endoplasmático rugoso (RER) Retículo endoplasmático liso (REL) II. REL ou agranular → ausência de ribossomos → síntese de hormônios esteróides (células de Leydig nos testículos), degradação de glicogênio (hepatócitos); e outras funções. Mudança de status fisiológico RER ↔ REL Alteração da associação com o RNAr I. Continuidade com o envoltório nuclear; II. Maioria das células eucariontes; III. ~10% do volume celular; IV. 50% ou mais das membranas que compõe as células; V. Quantidade e localização → depende do tipo e metabolismo da célula; VI. Membrana com ~6 nm de espessura → microscopia de alta resolução. Retículo endoplasmático Sistema de membranas interconectadas na forma de tubos ramificados que delimitam uma cavidade (luz). I. RER ou granular → ribossomos associados e estrutura em forma de cisterna → elevada síntese proteica (por ex. células acinosas do pâncreas); 43 RE: membrana 30% de lipídios 70% de proteínas ↓ Estruturais, receptores e enzimas ↓ + citocromo P450 (hidroxilação de substratos nos processos de destoxificação celular e síntese de hormônios esteróides). + citocromo b5 (dessaturação de ácidos graxos). RER ↓ ~20 proteínas diferentes que o REL ↓ Associação com os ribossomos da membrana e achatamento dos túbulos. 44 RE: composição da membrana Luz do RE Ambiente aquoso e com composição variada e correspondente ao produto de secreção da célula. Função do RE Síntese, Modificação e transporte de Proteína e Lipídios Permanecer no RE ou outras organelas ou exterior da célula (secreção). se na LUZ do RE → reações bioquímicas específicas (pontes de dissulfeto, glicosilações e outras modificações). Síntese no RE de proteínas Síntese direcionada devido a sequências hidrofóbicas (peptídeo sinal N-terminal) → síntese tem início em ribossomos livres → encaminhado para RE após reconhecimento pela partícula de reconhecimento do sinal → peptídeo sinal é clivado Após síntese Transferência de proteínas solúveis → ficarão na luz do retículo; Transferência de proteínas transmembrana → nem toda proteína ficará solúvel na luz do RE e, algumas delas, farão parte de membranas → apresentam fragmentos hidrofóbicos em alfa-hélice inseridos na membrana. Síntese de proteínas -Curiosidade Ribossomo + RE é uma interação transitória → se desliga após a tradução. No RE a transferência para a luz ocorre durante a tradução e, em outras organelas, após a tradução. Síntese no RE de lipídeos Crescimento da membrana ocorre após a diferenciação na face do citosol → ação de translocadores de fosfolipídios (flipases) → equilibrar a quantidade e tipos de lipídios entre as duas faces. Síntese de hormônios esteróides Precisa de um passo adicional que ocorre na mitocôndria ou peroxissomo ↓ Colesterol é produzido na membrana do RE → carregado por proteínas transportadoras até as mitocôndrias → sofre mudança na membrana das mitocôndrias → carregado por proteínas transportadoras até os RE → sofre outras mudanças → hormônios esteróides. Comunicação entre organelas45 Proteínas de secreção → vesículas → Complexo de Golgi. Proteínas destinadas ao lisossomo → vesículas. Lipídios → transportados por vesículas ou proteínas transportadoras (carregam lipídios individualmente e entregam de acordo com a concentração na membrana) → troca ocorre na face citosol. Modificações em proteínas e lipídios I. Adoção de conformação final de polipeptídios; II. IFormação de pontes de dissulfeto; III. Glicosilação; IV. Âncora de glicosil-fosfatidilinositol (ligação para proteínas da membrana plasmática); V. Elongação e dessaturação de ácidos graxos. Destoxificação Substâncias (por ex. herbicidas, inseticidas, aditivos e medicamentos) → acumulam no organismo → reações fazem com que ocorra a liberação destas substâncias insolúveis em água. RE pode dobrar de tamanho em dias para lidar com a situação. Reservatório de cálcio - contração muscular Proteínas ligadoras de cálcio na luz do RE. Cálcio → mensageiro citoplasmático. OBS: proteínas e cadeias transportadoras de elétrons → regular o transporte de cálcio muscular - REL recebe a denominação de retículo sarcoplasmático → 90% das proteínas do retículo são complexos enzimáticos. 46 Glicogenólise Degradação de glicogênio → acumulado em grânulos no citoplasma → ação da glicose-6-fosfatase → libera glicose. Complexo de Golgi (CG) Visão geral Parte do sistema citoplasmático de membranas → sáculos achatados e independentes → troca de informações por vesículas. Função → seleção e transporte de produtos de secreção + processamento de proteínas e lipídeos (glicosilação, sulfatação e fosforilação). CG - localização I. Geralmente região central da célula e próximo ao núcleo; II. Em células polarizadas → voltados para a face secretora; III. Em células especializadas em secreção → citoplasma preenchido por uma rede de CGs + vesículas; IV. Ausente em algumas células (hemácias e espermatozóides). NO GERAL: CG fica entre membrana plasmática e RE. Próximo ao mesmo, ausência de ribossomos, glicogênio e/ou mitocôndrias. CG - estrutura Sáculos achatados (espessura de ~10 nm) → cisternas → arranjadas em pilhas com espaços preenchidos por matriz proteica (resistente). Mamíferos → pilhas conectadas lateralmente por pontes membranosas (cinta de Golgi). Número de pilhas → varia de acordo com tipo e função da célula. CG - cisternas I. Próximas ao RE → convexas → “cis”; II. Centrais → “médias”; III. Próximas ao sítio de secreção → côncavas → “trans”; IV. Rede “cis” (chegada; entre RE e cisterna) e rede “trans” (saída; entre cisterna e região secretora) → intenso brotamento e fusão de vesículas transportadoras. 47 Transporte do RE para as cisternas OU entre cisternas OU das cisternas para a secreção/organelas → mediado por vesículas → variabilidade em número e tamanho + Transporte retrógrado (das cisternas para o RE). Composição química – Membrana Composição e espessura variável (5 a 10 nm) → valor entre o RE e a membrana plasmática; Lipídios → 35 a 40% (principalmente fosfolipídios); Proteínas → 60 a 65% → enzimas, proteínas estruturais e proteínas associadas a formação e direcionamento de vesículas. Composição química - Luz Monossacarídeos ativados por nucleotídeos + polissacarídeos + proteínas de secreção Elevada variabilidade → depende do tipo celular; Composição pode ser similar à de outros compartimentos celulares. CG - Função a. Modificações estruturais em proteínas e lipídios → podem começar no RE e são cruciais para a função das moléculas; b. Sítio de reconhecimento e encaminhamento de compostos → endossomos; membrana plasmática; RE e meio extracelular; c. Síntese de polissacarídeos; d. Formação de acrossomo; e. Formação de membranas celulares. Processamento de lipídios e proteínas I. Glicosilação: Cadeias glicídicas ligadas ao grupo lateral amina (NH2) na Asparagina ou radical OH na Serina/Treonina; Estrutura tridimensional OU sinalização OU adesão celular. 48 Síntese de oligossacarídeos O-ligados: Exclusivo do CG; Adição de N- acetilgalactosamina ao radical OH lateral de Serina/Treonina → nas cisternas “cis” → outros monossacarídeosadicionados → diversidade (por ex. antígeno do grupo ABO). IIb. Processamento dos oligossacarídeos N-ligados: Início no RE → oligossacarídeo adicionado na asparagina → processamento inicial → CG → modificações continuam Síntese de polissacarídeos Vegetais → hemicelulose e pectina; Animais → glicosaminoglicanos (polissacarídeos lineares da matriz extracelular). Transporte e endereçamento Dois tipos de direcionamento: Anterógrado: RE → CG → Outros compartimentos OU secreção OU membrana plasmática; Retrógrado: CG → RE. a) CG faz parte da Via Biosintética Secretora: RE → rede “cis” → “cis” → média → “trans” → rede “trans” → endossomo e secreção ao meio externo por exocitose. b) Mesmo caminho é percorrido por componentes da membrana plasmática; c) Proteínas lisossomais → sintetizadas no RE → passam pelo CG → ocorre reconhecimento da manose 6-fosfato por receptores presentes na vesícula; d) Proteínas residentes no RE seguem a via secretora até o compartimento de ação/atividade. CURIOSIDADE da Via Biosintética Secretora: A. Secreção constitutiva: continua e não regulada. Por ex. albumina nos hepatócitos; B B. Secreção regulada: produtos deixam rede “trans” do Golgi e ficam retidos em vesículas até que surja um sinal específico (nervoso ou hormonal). Por ex. secreção de insulina. 49 Sulfatação: Ocorre na rede “trans” do CG → sulfato presente no citosol é adicionado em proteínas e lipídios pela proteína PAPS. Fosforilação: Ocorre na rede “cis” ou cisternas “cis”. e) Transporte retrógrado: Reciclagem de substâncias e redirecionamento de proteínas residentes no CG ao RE ou a cisternas “anteriores”. Formação do acrossomo I. Ocorre no espermatozoide; II. Vesícula originada a partir do CG → contém enzimas eletrolíticas (proteases + glicosidases) originadas na luz do CG e que são liberadas por contato; III. Função: facilitar a penetração do espermatozóide no ovócito II por digerir a zona pelúcida. Formação das membranas celulares Vesículas do CG → RE + endossomo + membrana plasmática → liberação de conteúdo + FUSÃO DE MEMBRANAS (lipídios e proteínas). Recuperação da membrana do CG → endocitose da membrana plasmática → manter equilíbrio quantitativo e qualitativo. CG na mitose Cisternas fragmentam-se e as vesículas originadas se distribuem entre as células-filhas → se fundem → originam novo CG Transporte retrógrado + RE para o CG + CG para organelas (endossomo) / membrana plasmática/meio extracelular. ↓ VESÍCULAS Transporte entre cisternas ↓ VESÍCULAS (rápido) e MATURAÇÃO (migração) de cisternas (lento) Vesícula de secreção ocorre por brotamento da cisterna doadora → depende de proteínas de cobertura que ocasionam a curvatura e formação da vesícula + seleção de substâncias a serem transportadas. Tipos de cobertura: I. clatrina; II. COPI (Coat protein I); III. COPII (Coat protein II). 50 Eliminar porção envelhecida ou danificada do citoplasma (incluindo organelas e moléculas) Lisossomos Aspectos gerais Grande organela do citoplasma I. Acumula -40 enzimas hidroliticas elevado nº de substratos II. Principal função digestão celular Degradar componentes da endocitose (MP- macromoléculas (Degradar partículas e/ou células e/ou microrganismo Apresentação de antenes 51 Lisossomo - Estrutura I. Esféricos e de tamanho variável II. Delimitado por membranas Cobertura por carboidratos na face interna da membrana → evitar digestão da própria membrana por hidrolases Formação dos lisossomos e segregação de enzimas Enzimas do lisossomo Origem do material digerido AUTOFAGIA → lisossomos digerem organelas ou macromoléculas da própria célula Tipo especial = CRINOFAGIA digestão de grânulos de secreção de células secretoras após término do estímulo HETEROFAGIA → captação por endocitose de macromoléculas com auxílio de receptores OU por fagocitose de partículas sólidas e outras células digestão no Lisossomo Autofagia I. Eliminar organelas envelhecidas,danificadas ou em quantidade excessiva II. Organelas> envolvidas por membranas> autofagossomos fusão com vesículas pré-lisossomais → LISOSSOMO ATIVO 52 OBS: importante para embriogênese, metamorfose e jejum Endocitose moderada por receptores Formação devesícula especifica ↓ Especificidade depende de receptores na MP ↓ reconhecer moléculas ↓ INTERNALIZA Fagocitose Defesa contra microrganismos; elementos envelhecidos, danificados ou em processo de morte celular; remodelação na embriogênese; cicatrização Por ex neutrófilos e macrófagos Partículas do meio extracelular ↓ ligação a receptores da superfície da célula ↓ projeção da membrana e internalização Fagócitos profissionais → função da célula Fagócitos não profissionais ou eventuais → função em situação especifica Destino do material digerido (a) Uso na Via Biosintética aminoácidos, monossacarídeos e lipídios (b) Eliminação por exocitose OU clasmocitose (c) Acúmulo grânulos de lipofuscina (corpos residuais) Doenças associadas Efeito cumulativo degeneração tecidual >óbito GENÉTICA ou ADQUIRIDAS ou PARASITÁRIAS OBS: lipídios também podem ser acumulados na ausência de enzimas lipossomais Origem genética Altera a síntese dos lisossomos OU função dos lisossomos Ou ocorre a disfunção de uma enzima especifica Doenças Adquiridas Rompimento da membrana por material não digerido pela célula: SILICOSE (gota) acúmulo de cristais de Urato de Sódio INGESTÃO DE PLANTAS TÓXICAS [por ex.comigo ninguem-pode) → acumulo de Oxalate de Cálcio Doenças Parasitárias Febre reumática digestão da membrana do lisossomo pelo estreptococos Bactérias (por ex. bacilo da tuberculose) inibe a fusão do endossomo com as vesículas contendo enzimas lisossomais Vírus usam as enzimas para digerir o capsídeo 53 Peroxissomo Peroxissomo – Aspectos gerais I. Estrutura esférica com matriz granular e membrana única; II. Ocorre em quase todas as células; III. No, tamanho e forma→ depende do tipo de célula IV. -0,2 a 1 micrômero V. Pode ser alongado, interconectado ou em grupo VI. Pode sofrer fissão ou fusão entre si No ser humano (A) Abundante no fígado e rim (B) Menor número e tamanho no fibroblasto e cérebro Peroxissomo - Aspectos gerais Matriz contém enzimas com diversas funções Por ex células com elevada atividade de peroxissomo tem elevada [enzima] Animais que secretam ácido úrico terão elevada [urato oxidase] core cristaloide OBS: ser humano não possui urato oxidase Composição química e função Única membrana lipoproteica com enzimas funcionais na face interna + dispersas na matriz A função depende do tipo de célula e das condições fisiológicas Degradação do H202 54 Podem ser de 2 tipos: Especializados x Não especializados Degradação de peróxido de hidrogênio (H₂O₂) CURIOSIDADE: Catalase pode agir como peroxidase → usa H.O, para oxidar, por ex, metanol e etanol > consumo crónico ou elevado Degradação de ácido úrico Resultado do catabolismo das purinas Ácido úrico→ convertido em alantoina pelo urato oxidase (ausente no homem) → degradação → alantoato, ureia e amônia Na ausência →secretado ácido úrico ou ureia como resultado do ciclo da ureia Outras Funções I. Glioxossomos→ enzimas do ciclo de ácido glioxílico em protistas, plantas e animais inferiores II. Glicossomos→ enzimas da via glicolítica em tripanossomatídeo III. Fotorrespiração Importação de proteínas I. Proteínas dos peroxissomos codificadas pelo genoma nuclear II. Maioria sintetizada por polissomos livres e encaminhadas ao →peroxissomo endereçamento via PTS (Peroxissomal Targeting Signal Por ex. serina-lisina-leucina na extremidade C-terminal Origem Fissão ou originado de novo a partir do RE Proliferação pode ocorrer por estímulos externos (por ex drogas) → FIM do estimulo autofagia 55 Metabolismo de lipídios Em animais o peroxissomo participa de algumas vias biosintéticas → precursores de glicolípidos, colesterol e dolicol Doenças associadas aos peroxissomos (A) No minimo 17, sendo 15 neurológicas (B) Quanto a origem genética 1 (Adrenoleucodistrofia) → ligada ao cromossomo X 16 autossômica → recessiva Doenças do Grupo 1 Defeitos generalizados na biogênese dos peroxissomos menor número e estrutura anormal com proteínas não importadas e que são degradadas no citoplasma Por ex. Sindrome de Zellweger Condrodisplasia puntada rizomélica Mitocôndria - aspectos gerais Mitos→ alongado Chondrion →pequeno grânulo Geralmente alongado, mas, pode possuir outras formas Tamanho variável →0,2 a 1 µm de diâmetro e de 2 a 8 um de comprimento Quantidade→ variável demanda energética da célula Distribuição na célula ao acaso, porém, pode acumular onde existe maior demande de energia 56 Doenças do Grupo 2 Defeito em uma única enzima → acumulo de substrato e falta de produto Próximos a glóbulos de gordura aproveitar reserva energética por meio de consumo de ácidos graxos Mitocôndria - Ultraestrutura Duas membranas estrutural e funcionalmente distintas Membranas separam 2 espaços (A) Intramembranar (B) Matriz mitocondrial DNA circular, várias enzimas (metabolismo de carboidratos, ácidos graxos e compostos aminados), aumentar a área onde ocorre cadeia ribossomos de e glóbulos fosfato de cálcio Membrana interna se invagina cristas mitocondrias respiratória e é onde se situa o complexo F1F0 DNA circular corresponde a ~1% do DNA do núcleo e codifica 13 proteínas Respiração celular I. Processo em que moléculas orgânicas (carboidratos, lipídios e aminoácidos) reagem com o gás oxigênio, formando gás carbônico e água e liberando energia: C₂H0, +0,6 CO, +6 H₂O + energeia II. A energia é armazenada nas moléculas de ATP III. ATP produzido nas mitocôndrias difunde se para outras regiões da célula, fornecendo energia para os processos celulares IV. respiração pode ser feita sem o uso de O2 (anaeróbia) ou aeróbio (com O2) 57 Energia A energia nos sistemas biológicos segue 2 leis básicas da termodinamica: I. Nos processos físicos e químicos, energia pode ser ganha ou perdida, transferindo-se de um sistema para outro, mas não pode ser criada nem destruída; II. A energia inevitavelmente se dissipa, isto é, passa de uma forma utilizável para uma forma menos utilizável. ATP "MOEDA ENERGÉTICA" DO MUNDO VIVO I. A energia liberada na degradação de moléculas, não é usada diretamente; II. Antes de ser empregada nos processos celulares armazenada em moléculas de uma substância chamada Trifosfato de Adenosina (em inglês, Adenosine Triphosphate) III. Trifosfato de Adenosina desempenha o papel de captar e armazenar a energia liberada nas reações celulares; IV. nucleotideo constituído da base nitrogenada adenina unida a uma ribose, que por sua vez se une a uma cadeia de três grupos fosfatos; V. Durante a oxidação de moléculas orgânicas, parte da energia liberada pelos elétrons é utilizada para a síntese de moléculas de ATP: VI. A energia que não é transferida para o ATP, dissipa- se com o calor, VII. O estoque de ATP em uma célula é de ordem de um bilhão de moléculas que são usadas e repostas ininterruptamente; VIII. ATP é sintetizado a partir de uma molécula precursora que possui apenas dois fosfatos: o ADP, IX. A síntese do ATP ocorre pela adição de um grupo fosfato ao ADP; (ix) A reação, demanda quantidade considerável de energia e a quebra da ATP em ADP fornece quantidade equivalente de energia Ciclo celular Inclui 2 períodos denominados de a) Interfase (G1, S e G2) > período de duplicação do DNA b) Mitose (Prófase, Pró-metáfase, Anáfase, Telófase e Citocinese) > originar duas células filhas com o mesmo numero de cromossomos e quantidade de DNA 58 Ciclo celular e meiose Mitose Responsável pelo crescimento, reprodução (alguns organismos) reposição celular e reparo de tecidos danificados ou injuriados Células tem diferentes capacidades de se dividir: a) Raro: ex: hepatócitos e fibroblastos da pele b) Maior rapidez e frequência: ex: células tronco c) Perdem a capacidade após diferenciação: ex: hemácias e neurônios Interfase I. Período mais longo do ciclo celular II.Cromossomos distendidos e espalhados como filamentos no citoplasma > intensa síntese de componentes celulares III. Quando ocorre um sinal da divisão> célula dobra de tamanho/volume IV. Alguns componentes são produzidos por toda interfase e outros em momentos específicos Interfase • G1- duplicação de centrossomo (centro de organização de microtúbulos) + formação de 2 polos de fuso mitótico • S- (sintase) > cada célula possui 46 cromossomos com cromatídeos irmãs > totalizando 92 moléculas de DNA nessa fase ocorre a sintase de DNA e de proteínas histonas • G2- pontos de checagem • G- GAP (intervalo) G1 recebera a denominação de G0 se ficar nessa fase por muito tempo Prófase I. Inicio da condensação da cromatina, principalmente devido a ação da condensina II. Cada filamento de DNA possui 2 cromátides-irmãs + telômeros+ centrômeros III. Coesão entre as cromátides- irmãs ocorre por coesinas IV. Centrossomo com par de microtúbulos começa a se mover para os polos apostos e entre eles começa a ser formados fibras (microtúbulos) 59 Pró-metáfase Cromátides mais condensadas+ filamentos mais grossos + nucléolo não pode ser mais visualizado Envoltório nuclear+ organelas membranosas> fragmentação em pequenas vesículas Centrossomos continuam a migração Pró-metáfase Forma-se cinetócoro> estrutura proteica ligada a região do centrômero de cada cromátide-irmã> exercer tensão > remoção de coesinas entre os braços (mas não nos centrômeros) 60 Coesinas: reúnem-se ao longo das cromátides- irmãs Condensina: auxiliam na condensação cromossômica Metáfase I. Máximo grau de condensação II. Tensão nos microtúbulos > cromossomos assumem posição equatorial III. Complexo promotor da anáfase (APC) ligado a Cdc20 (Ativador) > ubiquitinação de securina que mantem inativa a enzima separasse que cliva a subunidade Scc1 do complexo das coesinas 61 Anáfase Começa com a separação das cromátides- irmãs > denominadas como cromossomo filho a) Movimento dos cromossomos por ação de proteínas motoras do cinetócoro> ocorre encurtamento dos microtúbulos por despolimerização na extremidade + ligada ao cinetócoro b) Distanciamento dos 2 polos do fuso> acarreta no alongamento da célula. Microtúbulos polares deslizam um sobre o e as dineínas presentes nos microtúbulos astrais tracionam os centrossomos em direção ao córtex Movimentação proporciona o distanciamento dos cromossomos Citocinese I. Divisão da célula em 2 com constituintes celulares similares e um núcleo cada com mesma constituição de DNA II. Local da citocinese é marcado por um anel de actina e miosina II > associada a membrana plasmática > anel contráctil III. Anel contral a região que sofre a ação de microtúbulos polares > divisão as células em 2 Telófase I. Ocorre a reestruturação do envoltório nuclear: nucléolo + organelas são reconstruídos II. Cromossomos se descompactam III. Microtúbulos do cinetócoro desaparecem e os polares permanecem na região equatorial > citocinese 62 Mitose requer um controle espacial e temporal para que ocorra o sucesso Meiose I. Produção de gametas > manutenção do número de cromossomos da espécie e aumento da variabilidade genética II. Ocorre a permuta (crossing-over) e segregação independente III. Meiose acontece após interfase similar a da mitose porem com fase 5 mais longa e com maior controle com G2 Meiose I ou Reducional Cada célula formada contém um conjunto de cromossomos (Haploide) Prófase I • Fase mais longa do ciclo e mais complexa • Dividida em 5 fases 1. Leptóteno 2. Zigóteno 3. Paquíteno 4. Diplóteno 5. Diacinese Leptóteno I. Cromossomos duplicados aparecem como filamentos longos com regiões + compactadas e outras pouco condensadas > aspecto granular > cromômeros II. Cromossomos se aproximam ao envoltório nuclear pelos telômeros 63 Zigóteno Cromossomos espalham-se longitudinalmente > sinapse e surge o complexo dinaptonêmico> estabilizar o emparelhamento para permitir a permuta entre cromátides homologas Homólogos pareados > tétrade ou bivalente Paquíteno Cromossomos mais condensados e totalmente emparelhados Nessa fase ocorre a permuta > cromátides homologas trocam pedaços equivalentes> combinação entre os genes dos pais 64 Diplóteno Cromossomos ainda mais condensado e cromátides se tornam visíveis Cromossomos homólogos começam a se separar e permanecem unidos em algumas regiões(quiasmas) Diacinese I. Ultima fase da prófase I II. Quiasmas se deslocam para a extremidade dos cromossomos Metáfase I I. Cromossomos com maior grau de condensação e unidos na extremidade pelos quiasmas II. Envoltório nuclear e nucléolo desaparece III. Cromossomos na região equatorial (entre polos opostos onde ficam os centrossomos) Intercinese Período curto entre meioses e sem síntese de DNA Meiose II ou Equacional O numero de cromossomos das células que se dividem mantem-se o mesmo nas células que se formam Prófase II I. Fase rápida II. Condensação do DNA se inicia e é formado 2 novos fusos para a meiose III. Envoltório é desestruturado Metáfase II Cromossomos com 2 cromátides-irmãs ligadas pelo cinetócoro ás fibras de fusos opostos que se alinham na região central da célula 65 Anáfase I I. Separação dos cromossomos homólogos > migram para os pelos apostos da célula II. Cada célula terá um cromossomo com 2 cromatídeos- irmãs Telófase I I. Cromossomo descondensa + envoltório nuclear é reconstituído + ocorre citocinese II. Células formadas serão haploides Anáfase II Ocorre migração das cromátides- irmãs para os polos apostos 66 Telófase II I. Cromossomos descondensam envoltório nuclear+ nucléolo são reconstituídos e ocorre citocinese II. Células formados são haploides Citocinese Origina 4 células haploides com metade a quantidade de DNA de uma célula diploide Espermátides Espermatozoides Consequências genéticas da meiose • Segregação cromossomos homólogos na anáfase I é independente • Recombinação genética (permuta ou crossing-over) entre cromátides homologas na Prófase I • Variabilidade genética > aumenta as chances de adaptação as mudanças ambientais 67 Meiose em células da linhagem germinativa em ambos os sexos Passos associados a meiose 68 Fundamentos da hereditariedade; Variantes patogênicas. genética patogênicas e não Introdução a genética + Padrões de herança + Aconselhamento genético Genética - aspectos gerais Ramo da biologia responsável pelo estudo da hereditariedade e de tudo o que esteja relacionado com a mesma. O conceito também faz referência àquilo que pertence ou que é relativo à génese ou origem das coisas. Analisa a forma como a hereditariedade biológica é transmitida de uma geração para a seguinte, e como é efetuado o desenvolvimento das características que controlam os respectivos processos. Leis de Mendel Experimentos pioneiros de Mendel Mendel escolheu a ervilha de jardim, Pisum sativum, como seu organismo de pesquisa 69 Lei de Mendel da segregação igual dos fatores Características de um indivíduo são determinadas por genes que se segregam, separam-se, durante a formação dos gametas, sendo que, assim, pai e mãe transmitem apenas um gene para seus descendentes 1. Fator hereditário (gene) → produz característica; 2. Cada planta → um par desse tipo de gene; 3. Gene possui 2 formas → alelos (Y: fenótipo amarelo e y fenótipo verde); 4. Planta pode ser Y/Y, y/y, ou Y/y → barra → alelos são par; 5. Planta Y/y → alelo Y domina e, assim, o fenótipo será amarelo → alelo Y dominante e alelo y recessivo; 6. Na meiose, membros de um par de genes separam-se igualmente dentro das células que se tornam ovócitos e espermatozoides, os gametas → separação igual = lei de Mendel, ou lei de segregação igual; 7. Na fertilização → gametas se fundem aleatoriamente. Planta com par de alelos idênticos = homozigota (substantivo homozigose). Planta na qual os alelos do par são diferentes = heterozigota (substantivo heterozigose). 70 Dominância e recessividade
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