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RESUMO LAILA J SANTOS VULVOVAGINITES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ● VAGINA DA RECÊM NASCIDA – estrogênio materno: PH ácido; pode ocorrer até uma descarga sanguinolenta; após esse período, perde fatores de proteção ● VAGINA NA INFÂNCIA – ausência de estrogênio: PH alcalino VULVOVAGINITES NA INFÂNCIA ESPECÍFICAS – cândida, gardnerella, trichomonas INESPECÍFICAS – maioria (70%) das vulvovaginites da INFÂNCIA ● Presença de superposição de aeróbios e anaeróbios alteração da integridade da mucosa ou desequilíbrio dos microrganismos da flora endógena ● Microrganismos normais da flora que são potencialmente patogênicos: Staphylococcus epidermidis; lactobacillus acidophylos; corynebacterium sp; E. coli Fatores predisponentes durante a infância ● Ausência de pelo ● Ausência de estrogênio – pH alcalino ● Epitélio delgado ● Vagina curta ● Falta de auto higienização ● Manipulação genital ● Traumas ● Obesidade ● Corpo estranho ● Roupas intimas justas ● Uso de ATB ● Infecções respiratórias; do TGI, TGU, pele SINAIS E SINTOMAS ● Corrimento vaginal – 90% das vulvovaginites infantis o Caráter intermitente – sugere vulvovaginite inespecíficas o Pode ser por vulvovaginite inespecífica, especifica, puberdade precoce, tumor, corpo estranho ● Mamas – pode ser uma puberdade precoce e não vaginite ● Hiperemia, ardor, prurido, disúria, edema EXAME FÍSICO “Solicito exame a fresco de secreção vaginal, gram de secreção, cultura para germes comuns, PCR para clamídia e cultura em Thayer Martin (gonorreia)” ● Exame a fresco – avalia a presença de leucócitos, hifas (candidíase), clue cells (gardnerella); trichomonas ● Teste com KOH ● Gram da secreção vaginal ● EPU, parasitológico de fezes; PCR... ● Cultura – se suspeita de infecção especifica ou não responsivo ao tto ● Vaginoscopia – NÃO deve ser rotina, apenas se sangramento, suspeita de corpo estranho e tumor TRATAMENTO DAS INESPECIFICAS ● Higiene adequada ● Sabões – liquido com ph fisiológico ● Urinar de joelhos afastados ● Secar adequadamente, uso de roupas adequadas, antissépticos tópicos VULVOVAGINITES NA ADOLESCENCIA ● Secreção vaginal fisiológica – ocorre devido estimulo estrogênico, aparece de 6 meses a 1 ano ANTES da menarca. É mucoide, transparente ou branco amarelada, sem odor ou prurido INESPECÍFICAS ● Causas: higiene precária, uso de absorventes, atv. Sexual; masturbação ● Diagnóstico: teste KOH+ critério de cheiro podre; exame a fresco, cultura, PCR, Swab anal ● Tto: Higiene adequada, sabões fisiológicos, secar adequada, roupas adequadas, antissépticos tópicos ESPECÍFICAS – maioria das vulvovaginites na ADOLESCÊNCIA. AG: Cândida (prefere ph ácido), trichomonas, vaginose bacteriana, agentes da DST VAGINOSE ● É uma vulvovaginite de ph alcalino ● Proliferação da flora anaeróbica – Gardnerella vaginalis + peptroestreptococos, mobiluncus, mycoplasmas ● 50% das infecções vaginais ● Pode apresentar fluxo vaginal escasso, branco, com odor forte de peixe podre DIAGNÓSTICO ● Clínica ● Exame a fresco com diminuição de lactobacilos e leucócitos + clue cells ● Teste de KOH ● Gram da secreção – padrão ouro – presença de cocobacilos gram variáveis pleumórficos ● Pode ocorrer em crianças e adolescentes sem vida sexual ● Critérios de amsel (3 critérios presentes) o Secreção fina, branca, homogênea o Clue cells positivo o Ph>4,5 o Odor de peixe podre antes ou depois do KOH TRATAMENTO Tratar sintomáticos ● METRONIDAZOL 500mg de 12 em 12 horas por 7 dias ou 2g dose única ● Metronidazol gel ● Clindamicina creme ● Tinidazol ● Secnidazol 2g dose única ● Tratamento rotineiro em parceiros sexuais não é recomendado, não diminui recorrência, não é uma DST VAGINOSE NA GESTAÇÃO ● Aumenta o risco de trabalho de parto prematuro, br, corioamnionite, endometriose pos parto ● Tratar sintomáticas ● Ministério da saúde não recomenda uso de METRONIDAZOL antes das 12ª semanas TRATAMENTO: metronidazol 500mg 2x dia por 7 dias ou 2g dose única ou gel por 5 noites CANDIDIASE VAGINAL ● C. albicans (85%) – fungo saprófito G+ ● Sintomas aumentam na fase pré menstrual ● Fatores pré disponentes: uso de ATB, corticoide, ACO, diabetes, gestação, imunossupressão, estresse, HIV ● Cresce em meio ÁCIDO CLÍNICA: ● Secreção branca, aderente, indolor – LEITE QUALHADO ● Prurido ● Edema eritema ● Dispareunia de penetração DIAGNÓSTICO Anamnese e exame físico ● Teste KOH – presença de hifas ● Cultura TRATAMENTO NÃO COMPLICADA - geralmente é local por 1 semana ● Antimicóticos tópicos – butoconazol, clortrimazol ● Antimicóticos sistêmicos – fluconazol VO 1 dose ● Alcalinização do meio com bicarbonato de sódio – banho de assento ● Orientações gerais – evitar tudo que prejudica a ventilação da região genital ● Apenas em mulheres sintomáticas e no parceiro se sintomático COMPLICADA ● Cândida de repetição – creme tópico ou fluconazol oral 150 mg ● Candidíase severa – edema intenso: fluconazol 150mg 1cp VO ou tópico ● Candidíase não albucans – tópico ● Na gestação – Apenas se sintomática – tópico com creme vaginal – clotrimazol, miconazol ● O TRATAMENTO DE GESTANTES E LACTANTES SEMPRE É VIA VAGINAL TRICOMONIASE – trichomonas vaginalis - DST ● Sobrevive em aguas cloradas e toalhas úmidas ● Ph >5 ● Risco de bolsa rota e trabalho prematuro na gestação ● CLÍNICA ● Secreção amarelo esverdeada e bolhosa ● Prurido, dispareunia, disuria, hiperemia, COLO EM FRAMBOESA ● DIAGNÓSTICO clínica mais exame ● Exame a fresco – presença de trichomonas (50 a 60% de sensibilidade ● GRAM com muitos leucócitos ● TRATAMENTO ● Metronidazol 2g VO ou 500mg 2x dia por 7 dias ● Tinidazol 2g dose única ● Secnidazol ● Acidificação do meio ● Tratar sempre o casal ● Na gestação – metronidazol 2g dose única ou 500 mg 2x ao dia por 7 dias ● Lactantes – interromper a amamentação no tratamento ✔ Vaginose e tricomonas – crescem em meio alcalino e são tratadas com metronidazol ✔ Candidíase cresce em meio acido ✔ Tricomonas sempre trata o parceiro ✔ Candidíase e vaginose – não precisa tratar o parceiro ✔ Vaginose é bactéria ✔ Cândida é fungo ✔ Tricomonas é protozoário ENDOMETRIOSE ● É o implante de estroma e ou epitélio glandular endometrial em LOCALIZAÇÃO EXTRAUTERINA (PREVALENTE: PELVE) ● O endotélio que está fora da cavidade uterina também fica ativo no período menstrual ● Pico de incidência dos 30 aos 40 anos ● 50% das pacientes com infertilidade e dor pélvica possuem endometriose FISIOPATOLOGIA ● Alterações imunológicas e inflamatórias no peritônio libera prostaglandinas processo aderência distorção anatômica ● É considerada uma doença alto imune ● Produção de autoanticorpos + funcionamento anormal de LB e LT + substancias inflamatórias = doença! ● Relação com a diminuição da defesa do organismo ● Há uma ocorrência de dependência estrogênica dos implantes ectópicos que são reativas as variações hormonais, toda vez que a paciente menstrua, libera prostaglandinas e componentes inflamatórios, provocando muita dor ● Há aumento da produção de fator de crescimento do endotélio vascular -> perpetuação e infiltração do implante no tecido adjacente ETIOLOGIA ● TEORIA CANICULAR – fluxo retrogrado pelas tubas extravasa fragmentos para a cavidade peritoneal; há presença de resposta imune deficitária ● TEORIA METASTÁTICA – células do endométrio migrariam por via hemática ou linfática podendo atingir qualquer órgão ● TEORIA METAPLASICA – transformação do epitélio celômico em glândulas e estromas endometriais FATORES DE RISCO: obstrução do fluxo (anomalias, DIP); exposição prolongada de estrogênio (menarca precoce, menopausa tardia); genético LOCALIZAÇÃO: ovários (mais comum); trompas; ligamento útero sacro, fundo de saco; vagina; cérvice; intestino; bexiga; pulmão EVOLUÇÃO ● Pode apresentar evolução autolimitada ● Existe uma dissociação entre achados dos exames complementares videolaparoscópicos com os clínicos INFERTILIDADE ● A endometriose pode interferir na atv. Sexual – dispaneuria ● Captação ovulo diminuída por aderência ● Transporte do ovulo interferido ● Interferência da fertilização e implantação ● CLÍNICA20% é assintomático ● Dor – tipo cólica e crônica >6 meses ● Associada com o dismenorreia – progressiva o Dispareunia cíclica o Dor pélvica o Infertilidade EXAMES Exame físico é pobre! Exame laboratorial ● Ac. IgM anticardiolipina > 10 – doença ativa ● Proteína sérica amiloide A (SAA) > 50 sugestivo de doença intestinal ● Dosagem da fração 2 do CA125 > 100 – sugestivo de doença avançada; mais usado na pratica, não é espec. Exame de imagem ● Usg transvaginal: não é o melhor exame, detecta NÓDULOS > 5MM; implantes peritoneais não são visíveis ao USG ● LAPAROSCOPIA (PADRAO OURO!!!) – visualiza aderências, faz estadiamento, cauterização dos focos (é terapêutica) o Sempre fazer biópsia da alteração encontrada TRATAMENTO Tto medicamentoso pode ser iniciado antes mesmo da laparoscopia ● Progestagenos – atrofia endometrial, paciente entra em amenorreia o Medroxiprogesterona o Implante sub dérmico o DIU mirena (levo) ● Danazol – derivado androgênico, inibe esteroidogênese, leva a uma pseudomenopausa ● Gestrinoma – hormônio androgênico, antiestrogênico, antiprogesteronico e inibe liberação e gonadotrofinas – leva a atrofia endometrial ● Analago ou agonista de GNRH – inibe produção de gonadotrofina – faz hipogonadismo hipogonadotrófico ● Dinogest – progesterona, efetivo no alivio da dor Tto cirúrgico ● Indicado para pacientes sem resposta ao tratamento clinico ou que não conseguem engravidar o Leve: cauterização dos focos o Moderadas e severa – exérese de endometrioma, cauterização, histerectomia, reconstrução da pelve ● Em casos de infertilidade – fazer tto medicamentoso e ou cirúrgico + técnicas de reprodução assistida ADENOMIOSE ● É definida como a presença de glândulas e estroma endometrial no MIOMÉTRIIO ● O endométrio infiltra no miométrio ● Maior prevalência em pacientes com endometriose ● Fisiopato ainda não é perfeitamente conhecida ● Teoria defendida é que associa o surgimento dessa doença a pequenas roturas de zona juncional, permitindo a invasão de glândulas do endométrio no seio do miométrio ● Inflamação crônica – crescimento dos implantes adenomiotico que apresentam receptores de estrogênio FATORES DE RISCO ● Endometriose ● Procedimentos uterinos prévios – cesárias, retiradas de mioma ● Abortos prévios espontâneos SINAIS E SINTOMAS ● Normalmente assintomático ● Curso benigno ● Dismenorreia ● Menometrorragia ● Hemorragia ● Dor pélvica tipo cólica ● Sintomas de aumento de volume uterino ● Infertilidade e abortos DIAGNÓSTICO ● Útero aumentado ao toque; usg com presenças de zonas heterogêneas, espessamento ● Parede POSTERIOR é geralmente mais atingida CLASSIFICAÇÃO ● Focal – comprometimento de menos de 50% da espessura miometrial ● Difusa – comprometimento de mais de 50% da espessura miometrial TRATAMENTO ● Diu com levo – MIRENA – o Diu kylenna não ESTÁ INDICADO!!!! ● Análogos de GNRH – provocam atrofia endometrial ● Dienogest ● Minipílula ● Cirúrgico - histerectomia CANCER DE COLO DE ÚTERO ● Causado pela infecção persistente de alguns tipos de papilomavirus humano – principalmente 16 e 18 ● É frequente infecção por esse vírus e não causa a doença na maioria das vezes, apenas a infecção por HPV não determina a formação de neoplasia ● É o terceiro tumor mais frequente da população feminina ● No Norte – é o primeiro mais incidente ● É raro em mulheres ate 30 anos, sua incidência aumenta progressivamente na faixa de 45 a 50 anos GÊNESE ● Ectocervix – epitélio escamoso estratificado róseo ● Endocérvix – epitélio colunar ● Junção escamocelular ● O câncer do colo útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão ● Evolução da lesão por HPV ate a neoplasia demora aproximadamente 10 anos TIPOS HISTOLÓGICOS ● Carcinoma epidermoide – MAIS INCIDENTE, acomete epitélio escamoso ● Adenocarcinoma – mais raro, acomete epitélio glandular FATORES DE RISCO ● Tabagismo, iniciação sexual precoce, multiparidade, uso de ACO, idade>30 HISTÓRIA DO CÂNCER ● Células abauladas e vacuolizadas com núcleos periféricos + halo branco perinuclear: característico de inf por HPV ● Lesões precursoras: em mosaico, pontilhados, vasos atípicos. o Se não tratadas evoluem para neoplasia ● Característica da neoplasia: áreas papilíferas, sangramento, citoplasma irregular e núcleo grande PREVENÇÃO: Preservativo, hábitos + VACINA QUADRIVALENTE (cepas 6, 11, 16, 18) DIAGNÓSTICO PRECOCE ● Papanicolau = cito oncótica = colproscopia = exame especular delimita a extensão da doença o Pode mostrar lesão exofítica, endofítica, ulcerativa ou polipoide o Se o tumor se origina do epitélio glandular no canal cervical a ectocervice pode parecer normal ● Biopsia dirigida faz confirmação do diagnóstico ● Toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que esta entre 25 a 64 anos! ● Esfregaço negativo em uma paciente sintomática nunca deve ser considerado como resultado definitivo NIC – NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL lesão não tem que passar por todas essas etapas obrigatoriamente. ● NIC 1 – lesão intraepitelial escamosa de baixo grau – desordenação em camadas mais basais: 1/3 prox. da membrana ● NIC 2 – lesão intraepitelial escamosa de alto grau – desordenação 2/3 proximais da membrana basal ● NIC 3 – lesão intraepitelial escamosa de alto grau – desarranjo em todas as camadas, SEM romper a camada basal ● Carcinoma invasor – rompimento da camada basal o Estadio I: lesão restrita ao colo. Não acomete linfonodos. o Estadio II: lesão invade a vagina e um pouco do paramétrio. SEM acometimento linfonodal. o Estadio III: lesão acomete os linfonodos próximos. o Estadio IV: invasão de órgãos adjacentes ou à distância. CLÍNICA ● Fase pré clínica – sem sintomas, lesões precursoras detectadas no Papanicolau – chance de cura 100% ● Fase clínica - Aparecimento de sintomas como sangramento, corrimento, dor, sinusiorragia CONDUTA: depende do estádio Estádio IA – profundidade da lesão menor que 3mm e extensão superficial ate 7mm ● Histerectomia total: Com prole definida ● Colonização do colo uterino (desde que as margens estejam livres): Sem prole definida ● Ooferectomia é opcional de acordo com a idade ● Braquiterapia – indicada quando há contraindicação absoluta do tto cirurgico ● Lanfadenectomia pélvica não se justifica nesse estádio Estádio IB E IIA ● Lesão menor que 4cm o Histerectomia abdominal tipo III: Com prole definida o Traquelectomia radical com lindafenectomia pélvica: sem prole definida o Histerectomia radical vaginal – emc casos celecionados o Radioterapia e braquiterapia – indicada quando há contraindicação absoluta do tto cirurgico o Radio +- quimio pos operatória quando – metástase, margens cirúrgicas comprometidas, invasão, tumor >4, adenocarcinoma. ● Lesão maior que 4 o Quimiorradioterapia concomitante – cisplatina o Radioterapia exclusiva quando contraindicado o uso de agentes quimioterápicos Estádio IIB,IIIA,IVA ● Quimiorradioterapia concomitante ● Tratamento cirurgico paliativo para estádio IVA – derivações intestinais ou urinarias Estádio IVB – incurável ● Quimio, radio, cirurgia - paliativas NEOPLASIAS BENIGNAS E MALIGNAS DOS OVARIOS LESÕES NÃO NEOPLÁSICAS CISTOS FOLICULARES ● São originados dos folículos em desenvolvimento ● Maioria assintomático, mas podem provocar distúrbios menstruais e dor ● Geralmente unilaterais e tamanho entre 5 a 6cm CONDUTA ● EXPECTANTE: maioria é conduta expectante, o ACO ajuda a regressão, O ACO diminui a incidência de cistos funcionais, quando não regride em 60 dias não é funcional ● CIRURGICO: Quando sintomáticos e persistentes; climatério, torção fazer VIDEOLAPARA WASHING PERITONEAL CISTO DE CORPO LÚTEO ● Ocorre a produção de progesterona ● Desenvolve após a rotura folicular ● Geralmente assintomático, mas podem provocar – amenorreia, sangramento da capsula, sintomas de gravidez ectópica, dor pélvica ● Unilaterais e de tamanho médio de 8cm CONDUTA ● EXPECTANTE: + USG transvaginal ● CIRURGICO: quando persistência por mais de 2 ou 3 ciclos, torção, rotura, >8cm CISTO TECAFOLICULAR ● Desenvolvem-se devido excessivaestimulação ovariana ● Desencadeiam altos níveis de BETAHCG ● Neoplasia trofoblástica gestacional ● Sintomas: dor pélvica e hiperemese ● Maioria é bilateral ● Regridem com a remoção do estimulo CONDUTA ● EXPECTANTE ● CIRURGICA – quando abdome agudo, rotura, torção ENDOMETRIOMA ● Presença de tecido endometrial fora da cavidade endometrial ● Forma – difusa: endometriose; localizada: endometrioma ● Sintomas: dismenorreia, dispareunia profunda, infertilidade CONDUTA: ● EXPECTANTE; FARMACOLOGICA COM ANALOGO DE GNRH; ACO; DIU COM LEVO ● CIRURGICO o Videolaparoscopia o Cirurgia aberta OVÁRIOS POLICÍSTICOS ● Aumento do estroma ovariano e presença de múltiplos folículos em diferentes estágios de maturação e que não foram liberados externamente ● Pode ocorre a síndrome clínica; o Amenorreia o Anovulação hiperandrogenica o Imagem do ovário policístico CLÍNICA: irregularidade menstrual, amenorreia, infertilidade, aumento do peso, manifestações androgênicas, síndrome metabólica, risco aumentado de câncer e endométrio CONDUTA: ● Medidas gerais ● Se irregularidade – desogestrel, drospirenona ● Manifestações androgênicas – ACO ABCESSO TUBO OVARIANO ● Principal causa: DIP – por gonococos e clamídia ● Sinais maiores: o Dor pélvica o Dor anexial o Dor a mobilização do colo ● Sintomas menores: o Febre o Secreção purulenta o VHS e PCR elevados o Hemograma com leucocitose o Massa pélvica ● Diagnóstico – USG, hemograma, PCR, VHS CONDUTA ● CLÍNICA: hospitalizar + ATB (genta + clindamicina) ● CIRURGIA: videolaparoscopia LESÕES BENIGNAS NEOPLÁSICAS CISTOADENOMA SEROSO ● Lesões císticas, papilares, fibroadenomatosas ● Geralmente unilaterais ● Podem sofrer transformação malignas ● Pode ser assintomático ou desencadear dor pélvica e aumento de volume CONDUTA ● AFASTAR MALIGNIFADE – USG e marcadores tumorais (CA125; CA19; CA15) ● VIDEOLAPAROSCOPIA – ooferectomia, cistectomia, anexectomia CISTOADENOMA MUCINOSO ● Produzem conteúdo de natureza mucoide ● É menos frequente ● Podem atingir grandes dimensões ● Pequeno risco de malignidade ● Ao romper derrama liquido nas alças intestinais e acumulam-se formando um pseudo mixoma ● Pode ser assintomático ou causar dor pélvica e massa pélvica CONDUTA CIRURGICA – videolaparoscopia TERATOMA MADURO CISTICO ● É a neoplasia ovariana mais comum ● 98% são benignos ● Presença de dente, cabelo, gordura TRATAMENTO ● EXPECTANTE – lesões pequenas e estáveis ● CIRURGICO – videolaparoscopia LESÕES NEOPLASICAS MALIGNAS OVARIANAS ● Principal causa de morte entre as neoplasias ginecológicas, são agressivas, o diagnóstico é tardio ● 90% são ADENOCARCINOMAS ● Predomínio entre 40 e 65 anos ● Importância da conscientização – a sobrevida é muito maior quando o diagnóstico é precoce Fatores de risco: ovulação incessante, invaginação do epitélio, idade>50, nuliparidade, obesidade, dietas saturadas, menarca precoce, menopausa tardia, familiaridade Fatores protetivos: amamentação, uso de ACO e DIU hormonal, gestação, salpingectomia CLÍNICA: ● Maioria assintomático inicialmente ● Aumento do volume do abdome, massa palpável ● Torção, rotura, eructação ● Meteorismo abdominal, ● Sensação de peso, constipação, plenitude gástrica ● Caquexia, dispneia, derrame pleural RASTREIO DE CANCER DE OVARIO NÃO EXISTE! Fazer exame pélvico anual, CA125, USG DIANGÓSTICO Critérios ultrassonográficos ● Lesões ovarianas neoplásicas BENIGNAS: Unilocular, componentes sólidos com maior diâmetro < 7mm, sombra acústica posterior, Fluxo sanguíneo ausente ao Doppler (Score 1) ● Lesões ovarianas neoplásicas MALIGNAS: Neoplasia sólida e irregular, Presença de ascite, Pelo menos 4 estruturas papilares, Tumor sólido, multilocular sólido, irregular e diâmetro > 100mm, Vascularização intensa (Score 4) Marcadores tumorais ● CA125: tumores epiteliais (seroso) ● Ca19-9: tumores mucinosos ● HCG: coriocarcinoma ● Estradiol: tumores das células glanulosa, progesterona, tecoma TUMORES DO EPITELIO CELOMICO: ● Tumor epitelial SEROSO (75%) ● Tumor epitelial MUCINOSO (20%) ● Tumor epitelial endometrioide, de células claras, de brenner, boderline TUMORES DERIVADOS DO ESTROMA OVARIANO ● Tumor da glanulosa ● Tumor da teca ● Tumor de sertoli leyding TUMORES DERIVADOS DAS CELULAS GERMINATIVAS ● Principalmente em mulheres jovens e criança ● Menos de 5% de malignidade o Disgerminoma o Tumor do seio endométrico o Teratoma imaturo CONDUTA CIRURGICA! ● CITOREDUTORA MÁXIMA – histerectomia total, salpingooforectomia bilateral, omentectomia radical gastro-cólica. Posteriormente, realiza-se a inspeção e palpação de todas as superfícies peritoneais, biópsias de quaisquer lesões suspeitas de metástases ● TUMORES INOPERAVEIS: Quimioterapia neoadjuvante + cirurgia citorredutora posterior DOENÇA HEMOLÍTICA ● DHPN: afecção generalizada acompanhada de: destruição das hemácias, anemia, hemácias imaturas (eritroblastos) ● Ocorre quando a mae forma anticorpos contra antígenos fetais devida a presença do antígeno D na sua superfície ● Mae: RH – pai: RH+ 1º Filho: RH+ ● A INCOMPATIBILIDADE ABO entre mãe e feto reduz o risco de aloimunização anti D, portanto a aloimunização anti D ocorre mais frequentemente quando a mae e feto são AB compatíveis SITUAÇÕES DE CONTATO SANGUE MATERNO FETAL ● Hemorragia retroplacentárias no 3º trimestre (mais comum) ● Aborto ● Gravidez tubária ● Amniocentese ● Cordocentese ● Durante o parto ● Trauma MECÂNISMO ● Hemorragia feto materna na primeira gestação forma anticorpos aloimunização gestação 2 anticorpos IgG atravessam a placenta se ligam a hemácia fetal hemólise CONSEQUÊNCIA ● HEMÓLISE (Leve, moderada, grave) ● Óbito fetal ● Anemia grave ● Hiponatremia + hipopreinemia ● Ascite, esplenomegalia, insuficiência cardíaca ● Insuficiência hepática ● Hipoalbuminemia ● Acumulo de BI – icterícia ● Síndrome de kernicterus (encefalopatia bilirrubinica aguda): deficiência mental, epilepsia, surdez DIAGNÓSTICO ● Mulheres Rh-negativo não sensibilizadas com parceiros Rh-positivo heterozigotos devem obrigatoriamente realizar o NIPT a partir de 9 semanas, pois apenas 50% dos fetos serão Rh positivo e somente nesses casos estará indicada a prevenção assim como o acompanhamento pré-natal o TESTE COOMBS INDIRETO: dosa indiretamente a presença de anticorpos IgG para o RhD (MAIOR QUE 1:16 pedir o DOPLLER da ACM o DOPPLER DA ACM: Consegue rastrear o grau de hemólise do feto, se hemólise maciça, pedir cordocentese o CORDOCENTESE: é a punção da veia umbilical, dosagem da hemoglobina fetal realizar o COOMBS direto para verificar quanto de anticorpo passou para o feto, esse exame deve ser feito entre 18 a 35semanas CONDUTA ● TESTE COOMBS INDIRETO <1:16 o Repetir o teste indireto mensalmente ate a 24; quinzenalmente entre a 36ª semana o Parto entre 36 e 38ª semana ● TESTE COOMBS INDIRETO >1:16 o Se maior que 1,5 MOM cordocentese entre a 18ª semana e 35ª ▪ Se cordocentese mostrar HB<10 ou hidropsia fetal realizar transferência intra útero interromper casos graves antes o Se maior que 1,5MOM parto precocemente entre 36ª e 38ª semana No parto: ● Interromper entre 36 e 38 semanas ou antes se grave; corticoterapia entre 24 e 32 semanas ● Via de parto – indicação obstétrica Pós parto: fototerapia, exsanguineotransfusão, transfusão simples OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: ● A incompatibilidade ABO represente a MAIORIA dos casos de Doença Hemolítica Perinatal. Entretanto, a aloimunização Rh possui maior gravidade, representando a maioria dos casos detectáveis. ● NÃO existe necessidade de exposição prévia a sangue A, B ou AB para o desenvolvimento de anticorpos/ incompatibilidade ABO. Os antígenos A, B e O estão presentes nos leucócitos e plaquetas, além das hemácias. Além disso, estão presentes em praticamente todos os tecidos do organismo, com exceção do cérebro. ● Lembrar que a transfusão intraútero é determinada pelos valores de Hb fetal e/ou presença de hidrópsia fetal. Dessa forma, o teste de Coombs NÃO determina a realização da TIU. ● A profilaxia com imunoglobulina deve ser feita em mulheres Rh negativoNÃO sensibilizadas, isto é, com teste de Coombs Indireto NEGATIVO, e com feto Rh positivo. ● Quando NÃO há eventos sensibilizadores, a profilaxia deve ser feita na 28ª semana e, posteriormente, em até 72 horas após o parto. ● Quando houver algum tipo de evento sensibilizador (cordocentese, aborto, gravidez ectópica, etc), a profilaxia deve ser feita em até 72 horas após o evento. ● O pico sistólico da velocidade da artéria cerebral média é a técnica não invasiva mais indicada para predição do grau de anemia fetal. ● A hemólise diminui a viscosidade do sangue e aumenta a sua velocidade. ● A escolha da artéria cerebral média é devido a facilidade de medição e detecção. AMENORREIA PRIMÁRIA ● Amenorreia primária – menina nunca menstruou aos 15 anos + caracteres sexuais secundários ou aos 13 anos sem caracteres sexuais secundários ● Amenorreia secundária – mulher já apresentou o fluxo espontâneo, está com ausência de menstruação por 3 ciclos ou 9mens/ano ● Atrasos menstruais inferiores a 3 ciclos NÃO requerem investigação ● Menarca – 3 anos após a telarca ● Telarca + pubarca + estirão = processo puberal FISIOLOGIA ● GnrH estimulador de gonadotrofinas: hipófise produz LH e FSH testosterona, estradiol, trogesterona, inibina A e B ● Aumento de estradiol inibe a produção de FSH aumenta concentração de LH ● Diminuição de estradiol estimula FSH estrogênio pico: aumento súbito de LH ovulação ● Há a formação do corpo luteo inicia a produção de progesterona, se não há fecundação, o corpo luteo regride e a progesterona e estrogênio diminuem menstruação TEORIA DAS DUAS CELULAS – OVARIO ● Células da teca produção de testosterona a partir do colesterol ● Uma parte da testosterona vai para o sangue e outra vai para a célula da glanulosa testosterona transformada em estrogênio ● Células da glanulosa estradiol e inibina B ETIOLOGIA DA AMENORREIA PRIMÁRIA SEM CARACTERES SECUNDARIOS CAUSAS HIPOTALAMICAS – hipotálamo não produz o GnRH, que não estimula a Hipófise, que não estimula as gônadas ▪ Atraso da puberdade ▪ Síndrome de kallman – anosmia e hipogonadismo ▪ Síndrome de Laurence moon ▪ Síndrome de prader wili ▪ Neoplasia do SNC ▪ Disfuncional CAUSAS HIPOFISARIAS ▪ Tumor da hipófise ▪ Sidnrome da sela vazia – aneurisma ▪ Radioterapia ▪ Infecção CAUSAS OVARIANAS ▪ Disgenesia gonadal – é CAUSA mais comum de amenorreia primária ● Síndrome de turner – monossomia do 23 – 44+X0, sexo feminino, ausência do corpúsculo de barr o Etiologia MAIS COMUM! o Disgenesia gonadal MAIS COMUM o Genitália infantil, o Ausencia de menstruação o Esterilidade o Pescoço alado o Altos índices de aborto ● Síndrome de swyer – disgenesia gonadal 46 XY – Há genitália externa, vagina, útero, trompas, as gônadas sexuais não desenvolve, dessa forma níveis de estrogênio e testosterona reduzidos – não tem caracteres sexuais desenvolvidos ● Deficiência da 17alfa hidroxilase – diminui cortisol e esteroides sexuais, geralmente óbito ● Radioterapia ou quimio o Conduta da disgenesia Gonadal – estrogênio conjugado VO 1m a 1 ano e após associar com progesterona VO COM CARACTERES SEXUNDARIOS PRSENTES + COM GENITÁLIA INTERNA ● Hímen imperfurado ● Septo transverso ● Agenesia congênita do endométrio ● Hiperprolactinemia ● Anomalidades hipofisárias ou hipotalâmicas COM CARACTERES SECUNDÁRIOS PRESENTES + GENITÁLIA INTERNA AUSENTE ● Síndrome de rokitansky (mais comum das com ausência de útero e ou vagina) o Aplasia do ducto mulleriano – ausência de útero e 2/3 superiores da vagina o Conduta: neovagina ● Síndrome de morris – instabilidade androgênica, as vezes genitália externa é ambígua ou feminina ● Hermafroditismo verdadeiro – muito raro CASO: Chega ao consultório menina de 16 anos acompanhada da mãe que está preocupada, pois ela ainda não menstruou. Nega relações sexuais. ● Exame físico: ● Mamas em M4. ● Pelos em P4 ● Estatura = 160 cm. ● Peso = 55 kg. ● Genitália externa completa e feminina. ● Hímen pérvio e anular ● Teste do cotonete: vagina curta. ● Exames complementares: Ausência de útero e anexos. ● Menina está com o desenvolvimento das mamas e dos pelos quase completa. ● Vagina em coto = não está desenvolvida adequadamente. ● Qual o provável diagnóstico? ● Síndrome de Mayer Rokitansky-Kuster-Hauser: é mais comum que a síndrome de Morris. É a malformação da genitália interna de uma menina XX, mesmo que as suas gônadas sejam bem formadas. Tem a produção de hormônios sexuais normal. Devido a isso, apresenta caracteres sexuais secundários. ● Diagnóstico diferencial com a Síndrome de Morris: cariótipo XY. Nesse caso, os receptores de testosterona estão ausentes. ● Qual possível tratamento? ● Formação de neovagina. ● Ela não necessita realizar reposição hormonal, uma vez que suas gônadas estão funcionantes. CASO 2: Paciente nulípara de 20 anos que vem a consulta com queixa de amenorreia há 6 meses e algumas mudanças físicas. No exame físico foram observadas as alterações descritas nas fotos: ● Acantose Nigricans. ● Sinais de androgenização (acne, pelos). ● Exames complementares: ● BHCG negativo. ● TSH: 1,5 um/l (normal). Qual a hipótese diagnóstica mais provável? ● SOP ● Hiperplasia adrenal tardia. Quais exames complementares devem ser solicitados: ● USG transvaginal ● Testosterona ● Glicemia e insulina ● FSH e LH. ● Prolactina Quais os sinais clínicos e os achados de exames complementares poderiam confirmar suas hipóteses? ● SOP: ● Acantose nigricans, hirsutismo ou sinais de hiperandrogenismo, acne, amenorreia. ● USG com microcistos (volume > 10mm) e pelo menos 10 em um dos ovários. ● LH/FSH > 3. ● Testosterona total aumentada. ● Prolactina aumentada. ● Hiperplasia adrenal tardia: ● Acantose nigricans, hirsutismo, sinais de hiperandrogenismo, acne, amenorreia. ● Dosagem de 17 OH progesterona aumentada. É O EXAME QUE DIFERENCIA SOP DE HIPERPLASIA ADRENAL TARDIA.**** ● Se esta paciente estivesse tentando gestar sem sucesso qual seria o tratamento adequado? ● Metformina e indução de ovulação com citrato de clomifeno e análogos do GnRH ou ainda fertilização in vitro. ● Mudanças de comportamento como dieta e atividade física. ● Se a mesma paciente não quiser gestar e estiver preocupada com sua aparência e as alterações físicas, como poderia ser tratada? ● SOP: ACO (Ciproterona ou drosperinona), anti-androgênicos como a espironolactona e até a finasterida. ● Hiperplasia adrenal tardia � corticoide oral para supressão e anti-androgênios como no SOP e ACO como nos ovários policísticos. ● E ainda mudanças de comportamento como dieta e atividade física. CASO 3:Menina de 15 anos e 2 meses vem à consulta por ainda não ter menstruado. Apresenta curva de crescimento de peso e altura dentro da normalidade e idade óssea de acordo com a idade cronológica. Tem uma irmã mais jovem que menstruou aos 12 anos. Ao exame físico, apresenta desenvolvimento mamário e pelos pubianos no estágio IV de Tanner e vulva de aspecto normal. Em relação ao caso clínico, analise as assertivas abaixo: .Trata-se de atraso puberal, devendo-se iniciar a investigação etiológica. I.O diagnóstico é de amenorreia primária, cuja etiologia provável é a síndrome de Rokitanski. II.Pode ser apenas um atraso menstrual fisiológico. Na persistência da amenorreia após os 16 anos, deve-se iniciar a investigação. CASO 4: Paciente de 27 anos está em amenorreia há 4 meses. Apresenta galactorreia espontânea bilateral. A prolactina sérica está aumentada (135 ng/dL). A ressonância magnética de sela túrcica revelou adenoma hipofisário de 7 mm. Qual o tratamento INICIAL recomendado? a. Cirurgia transfenoidal a. Uso de agonistas dopaminérgicos, aumento de dopamina, diminui prolactina. b. Radioterapia da sela túrcica c. Controle clínico e de imagem semestral d. Cirurgia transfenoidal + agonistas dopaminérgicos AMENORREIA SECUNDÁRIA ● Ausência de menstruação APÓS a menarca por um período igual ou superior há 6 meses ou 3 ciclos consecutivos CAUSAS: ● Gestação e lactação ● Imaturidade do eixo na adolescência ● Menopausa ● Causas centrais ou hipotalâmicas● Causas hipofisárias, uterinas e ovarianas CAUSAS CENTRAIS OU HIPOTALÂMICAS FUNCIONAL: estresse, emagrecimento, anorexia, atv. Física, psicogênica, neurofarmacologica ● Medicamentos bloqueadores da dopamina – anticonvulsivantes, antidepressivos, tricíclicos aumenta a prolactina ● Estresse aumenta acth – aumento do cortisol – aumenta beta endorfina – inibe GnRh e toda a cascata diminui estrogênio e progesterona INFECÇÕES E DOENÇAS CENTRAIS – encefalite, meningite, tuberculose, tumor TRAUMA OU IRRADIAÇÃO DO SNC AMENORREIA PÓS PILULA DOENÇAS CRÔNICAS DEBILITANTES – Câncer, má absorção, doença renal LABORATORIO E TRATAMENTO ● PSICOGENICA– nível de FSH e LH normal, prolactina normal o Tto: gonadotrofinas, clomifeno, terapia hormonal ● NERVOSA E DESTRUIÇÃO – níveis de FSH e LH baixos, prolactina normal o Tto: psicoterapia e acompanhamento nutricional ● POR EXERCÍCIOS FISICOS – níveis baixos de FSH, LH, ESTRADIOL; aumento de CORTISOL, ACTH, TESTOSTERONA o Tto: moderação de atividade física ● PSEUDOCIESE – sintomas de gravidez, porém não esta – aumento de PRL, estradiol, progesterona, LH e baixa de FSH o Tto: psicoterapia CAUSAS HIPOFISARIAS HIPERPROLACTINEMIA (PRINCIPAL CAUSA DE AMENORREIA 2ª) Causas: microprolactinomas, macroprolactinomas, SOP, tumores, Gestação, lactação, insuficiência adrenal; fármacos como antagonista dopaminérgicos, antipsicóticos, antidepressivos, estrogênios, opiaceos, cocaína Sintomas: galactorreia, amenorreia, cefaleia, alteração visual Diagnóstico: dosagem de prolactina pela manha, TSH, FSH, RM da hipófise* Tto: agonista dopaminérgico – cabergolina; cirurgico apneas se o clinico não funcionar TUMORES, SINDROME DE SHEEHAN, CAUSAS INFLAMATORIAS E INFILTRATIVAS CAUSAS UTERINAS SINÉQUIAS – síndrome de asherman – cicatrizes formadas no endométrio ESTENOSE CERVICAL – causada por radioterapia, cirurgias Diagnóstico: histeroscopia e histerossalpingografia Tto: histeroscopia, curetagem, uso de diu por pelo menos 3meses CAUSAS OVARIANAS FALENCIA OVARIANA PREMATURA – quadro de senescência ovariana, com manifestações clinicas amplas, antes dos 40 anos ● Causas: principal é a redução precoce do número dos folículos ovarianas por: alteração cromossômica, alteração autoimune, de receptor, defeito enzimático, tabagismo, infecções (caxumba). Iatrogênica ● Diagnóstico: níveis de FHS superiores a 30mg/dl; dosagem de prolactina, LH, anticorpos ● Tto: terapia hormonal com estrógeno e progestágeno; atv. Física, não tabagismo, dieta adequada SINDROME DO OVARIO POLICISTICO ● Um distúrbio do eixo neuroendócrino reprodutor, associado a alteração morfológica ovariana e produção androgênica elevada ● Característica mais marcante: hiperandrogenismo associado a anovulação crônica ● Evento patognomonico: hipersecreção característica de LH + secreção de FSH baixa ● Aumento do lh leva uma hiperatividade das células da teca – aumento de androgênio; os baixos níveis de FSH dificulta o crescimento do folículo que ficam estacionados em estágios intermediários ● Apresentam com mais frequencia – restistencia a insulina, hiperinsulinemia compensatória ● Diagnóstico: amenorreia, hiperandrogenismo, morfologia USG alterada com policistose o USG: OVÁRIO aumentado ou poliscistos pequenos na periferia o LAB: testosterona aumentada, lh aumentado e FSH baixo, hiperinsulinemia ● Recomenda-se esperar ate os 18 anos para fechar diagnóstico ● Tto: perda de peso, atv. Física, tabagismo, álcool, o Se objetivo de gestar – indução da ovulação com citrato de clomifeno, indução com gonadotrofinas o Se obj não gestar – aco – ciproterona e drosperinona (ACO), espironolactona HIPERPLASIA ADRENAL CONGENITA TARDIA ● Doença autossômica recessiva metabólica MAIS COMUM, resultante da deficiência da enxima 21 hidroxilase (CYP21) ● Clínica: acumulo de 17OH progesterona o Hirsutismo o Oligoamenorreia o Acne ● Diagnóstico: dosar a 17Ohprogesterona ● Tto: anti andorgenicos associados ou não ao bloqueio da supra com corticoide Importante: ● 1º passo é descartar gravidez, amamentação, menopausa ● 2º passo descartar hipotireoidismo e hiperprolactinemia ● 3º passo achar a etiologia do problema – hipotalâmico, útero, ovário ● Pensar nas causas mais comuns de amenorreia secundaria, SOP, hiperprolactinomas, hiperprolactinemias; origem hipotalâmica – atv. Física HEMORRAGIAS DO TERCEIRO TRIMESTRE DA GESTAÇÃO PLACENTA PREVIA ● É determinada a partir de 28 semanas, ocorre quando parte da placenta ou toda ela encobre o orifício cervical interno do colo do útero, portanto o dg, é só após a 28 semana ● Classificação o Tópica – no corpo – maioria é normal o Heterotópica – em local anômalo ▪ Angular ou cornual – nos ângulos da cavidade ▪ Cervical – no colo ▪ Baixa – no segmento inferior, sem recobrir o orifício interno cervical (distância mínima de 2cm) ● Fatores predisponentes: multiparidade, idade>40 anos, história pregressa de aborto seguido de curetagem, cessaria anterior, cirurgias previas, endometrite previa ● Fisiologia: local de inserção da placenta normalmente relacionado com os locais mais vascularizados do útero; em algumas condições como alteração inflamatória, atróficas do endométrio levam a vascularização anormal ● Quadro clínico: sangramento episódico, recorrente e progressivo, a partir do 3º trimestre; sem dor; sem alteração do BCF; sem historia de trauma; ● Diagnóstico: sangramento vaginal indolor + pode apresentação fetal anômala; feto alto; tônus uterino normal, BCF presente; Exame especular com sangramento pelo orifício cervical ● Usg transvaginal: diagnóstico definitivo pelo USG após 30 a 35 semanas TOQUE VAGINAL ESTA CONTRAINDICADO QUANDO SUSPEITA DE PLACENTA PREVIA!!! ● Principal dg diferencial: descolamento prematuro de placenta (DPP); Rotura uterina, lesões cervicais, vasa previa; inseção velamentosa de cordão ● Trabalho de parto e parto o Pode ocorrer discinesia; pode hever associação com acretismo placentário o Não há indicação de retirar o útero junto com a placenta o Realiza-se CESARIANA sempre que houver placenta previa ou placenta baixa com sangramento aumentado ● Conduta: expectante antes das 37 semanas se sangramento pequeno e estabilidade fetal, +- corticoide entre 28 e 34 ● Intervenção após a 37ª semana ou dependendo do sangramento materno e vitalidade do feto ● Complicações: hemorragia, choque, associação com acretismo placentário, prematuridade ACRETISMO PLACENTARIO ● Aderência anormal da placenta ao miométrio, apresentando ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento anormal da camada fibrinoide placenta se insere de maneira inadequada no miometrio ● Pode ocorrer decorrente de o Todos os cotilédones – total o Alguns cotilédones – parcial o De uma parte deles – focal ● Cesárea com altos riscos de complicações hemorrágicas e possibilidade de histerectomia durante o parto com retirada in situ da placenta ● Equipe experiente, centro adequado, hemoderivados, acessos, ● Conduta: muitas vezes é necessário retirar todo o útero (principalmente na percreta). Nos outros pode-se retirar apenas porção do útero DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA – APOPLEXIA ● É a separação intempestiva da placenta do colu uterino ANTES do nascimento do feto em gestação de 20 semanas ou mais ● Mais comum em mulheres com episodio anterior ou multíparas ou muito jovens ● ETIOLOGIA – causa mais comum: HIPERTENSÃO; outras: DPP, traumas, descompensação uterina rápida, torção do útero, hipertonia uterina, infartos placentários o Pressão venosa aumentada lesão vascular inflamação local do endotélio ateromatose das artérias espiraladas sangramento na decídua basal formação de hematoma retroplacentário ▪ Parte do sangue fica retido em forma de hematoma e parte escorre ● Infiltrado para o liquido amniótico – hemoamnio ● Infiltrado para o miométrio – apoplexia uteroplacentária (útero hipertônico = de coverlaire) ● Diagnóstico: dor abdominal, hipertonia uterina, sangramento abrupto de pequeno volume e escuro, ausenciad e batimentos fetais, palidez de pele e mucosas, choque e distúrbios coagulativos● USG: apenas quando há dúvida, revela hemorragia retroplacentária em 50% dos casos graves; somente é feito se a mae e o feto estiverem estáveis; não é um bom exame diagnóstico ● Complicações: choque hipo, necrose cortiço renal bilateral aguda materna, Distúrbios da coagulação CIVD; complicação tardia: síndrome de sheehan = necrose hipofisária ● Prognóstico: mortalidade materna é 3%; prognóstico fetal é pior (mortalidade em casos graves chega a 100%) ● Conduta: estabilização hemodinâmica, correção da coagulopatia, reserva de sangue e plaquetas, amniotomia SEMPRE o Parto cesárea - se DPP moderado ou grave o Parto normal – feto morto, ddp leve, prematuridade extrema com viabilidade para parto vaginal o Na presença de hemorragia ▪ Histerectomia subtotal (colo de útero pode permanecer) + Ligadura das artérias hipogástricas OU das artérias uterinas no útero de Couvelaire OU dificuldade hemostasia e ainda sutura B-linch. ROTURA UTERINA ● Importante causa de morbimortalidade materna, é uma URGÊNCIA obstétrica ● Associada a cirurgia uterina prévia, neoplasia trofoblástica gestacional, anomalia fetal, multiparidade, acretismo, uso inadequado de fórcipe, uso de ocitocina e misoprostrol ● Clínica: inicialmente contrações uterinas intensas a hipertonia seguida de atonia; sangramento; ausência de batimentos fetais; mudança de posição fetal, partes fetais palpáveis, hipotensão e taquicardia materna ● Sinais de iminência de rotura: contrações excessivamente dolorosa, palidez, sudorese, agitação, taqui e hipersistolia o Sinal de bandl – anel fibromuscular transversal no segmento inferior o Sinal de frommel – ligamento redondo retesado e hipercontraído ● Conduta: estabilização + cesariana + anestesia geral + histerectomia
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