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Amebíase - Parasitologia Básica

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Aula 07 – Parasitologia básica 
Amebíase 
 
• Amebas do intestino e boca 
Conhecida como ameba histolítica, 
responsável pela lise dos tecidos, sendo, 
portanto, patogênica. Sendo importante 
problema de saúde pública, possuindo 
letalidade por volta de 100 mil pessoas e por 
isso, é a segunda causa de morte por 
parasito. Além disso, 90% dos casos são 
assintomáticos, por isso, muitas pessoas não 
apresentam sintomas e por isso, se tem a 
dificuldade na identificação e enquanto isso, 
se tem a eliminação dos cistos nas fezes. 
A entamoeba dispa surgiu em 1922, contudo, 
a maioria dos pesquisadores não acreditou 
nessa espécie. Foi somente em 1980 que 
dados adquiridos provaram que a hipótese de 
fato se fazia verdadeira. Portanto, a ameba 
que não apresenta sintomas é de fato, desta 
espécie. 
No laudo, ambas as amebas devem ser 
citadas, visto que, microscopicamente, as 
duas são semelhantes, contudo, 
bioquimicamente, elas são completamente 
distintas; 
• Classificação: 
Reino Protozoa 
Filo Sarcomastigophora – 
parasito que ou 
possuem flagelos ou 
possuem 
pseudópodes. 
Classe Lobosea 
Ordem Amoebida 
Família Entamoebida ou 
dientamoebida 
Gênero Entamoebida, 
ioboentamoebida, 
endolimax e dientamoeba 
 
As amebas são protozoários eucariontes, ou 
seja, existe um envoltório em volta do 
material genético. 
 
- Gênero Entamoeba: dividido em 4 grupos 
1) Grupo da coli: cisto com até 8 núcleos, 
sendo a E. coli (presente no organismo 
humano), E. muris (em ratos) e E. gallinarum 
(galinha). 
2) Grupo da histolytica: cisto com até 4 
núcleos, sendo E. histolytica, E. hartmanni, E. 
díspar (as 3 são humanas) e E. ronarum (rã). 
3) Grupo da polecki: cisto possui apenas 1 
núcleo, sendo encontrada no porco, macaco 
e raro em humanos, E. suis (porco); 
4) Grupo dos sem cisto: E. gingivalis. 
• Morfologia das amebas 
Entamoeba coli: Trofozoíto (ou vegetativa), 
pré-cisto, cisto ou resistência (forma de 
infecção, sendo mais resistente) e metacisto 
(forma multinucleada e dá origem aos 
trofozoítos. 
Entamoeba gingivalis: trofozoíto 
Iodamoba butschill: trofozoíto e cisto 
Endolimax mana: trofozoíto e cisto 
Dientamoeba fragilis: trofozoíto. 
Apenas a E. gingivalis e a Dientamoeba 
fragilis não possuem a forma de cisto. 
• Classificação pelo núcleo 
Se for gênero entamoeba, todos possuem 
grânulos de cromatina por volta da parede 
nuclear (como se fosse forrando). 
 
As figuras A correspondem a histolytica, isto 
porque no caso destas, os grânulos de 
cromatina são distribuídos de maneira 
uniforme e regular, possuindo tamanhos 
semelhantes. O cariossoma é central, 
mesmo mediante alterações na cromatina, o 
cariossoma permanece no centro. 
Na figura B, se tem a díspar ou hartmanni, 
que possuem cromatina na membrana 
nuclear de maneira uniforme e o cariossoma 
central, mudando apenas os grânulos de 
cromatina na membrana nuclear. 
Na figura C, se percebe os mesmos grânulos 
mais grosseiros de cromatina por volta da 
membrana nuclear (estes podem variar de 
forma e tamanho), com cariossoma 
excêntrico, caracterizando a Entamoeba E. 
coli. 
Se não forem do gênero Entamoeba, estes 
não possuem grânulos de cromatina 
circundantes e forrando a membrana nuclear, 
como os dispostos abaixo. 
 
 
Na figura D, se percebe a Endolimax nana, 
com membrana nuclear fina e cariossoma 
gigante, às vezes sendo a única estrutura 
visível no microscópio. Esta é a menor ameba 
encontrada no ser humano. 
Na figura E, tem-se a Iodamoeba butschill, 
com parede nuclear espessa e sem grânulos, 
com cariossoma enorme/gigante. 
Na letra G se tem a Dientamoeba fragilis, que 
possui membrana nuclear delicada, com 
cariossoma segmentado. 
 
A Entamoeba histolytica possui sua forma 
trofozoíta medindo cerca de 15 a 40 µm, 
enquanto seu cisto possui tamanho por volta 
de 15 a 20 µm. 
 
A morfologia das amebas é evidenciada na 
figura abaixo, mais especificamente a forma 
de cistos. A figura da esquerda com núcleo 
e cariossoma na porção central e corpos 
cromatoides e vacúolos de glicogênio 
(inclusões), que aparecem com frequência 
em cistos imaturo (que possui 1 ou 2 núcleos 
no máximo). A parede nuclear é bem 
espessa devido a presença de cromatina. 
Já na porção da direita, se tem o cisto com 2 
núcleos, um pontinho que corresponde ao 
cariossoma e a estrutura com forma de 
bastão ou charuto, que são os corpos 
cromatoides. 
 
A coloração da figura acima é a fresco, sendo 
utilizado o Lugol. 
 
Já nos cistos com coloração mais arroxeada 
ou azulada, se tem o uso de corantes 
vitalícios, em que se tem um cisto com núcleo 
e corpos cromatoides em formas de bastão e 
do lado direito, um cisto com dois núcleos. 
Já na forma de trofozoíto, se percebe um 
maior tamanho, sendo por volta de 20 a 60 
µm em que não se percebe a diferença entre 
o endo e o ectoplasma, porque eles só se 
diferenciam quando vão se movimentar e 
emitem os pseudoópodes. 
 
Se tem a certeza de que se trata de uma E. 
histolytica porque se percebe a presença de 
hemácias, e se sabe que a Entamoeba que é 
invasiva é a histolytica. O núcleo da célula à 
esquerda contém cariossoma central e os 
grânulos de cromatina podem variar. Já na 
célula localizada no centro, se percebe sua 
coloração mais clara, possibilitando a visão 
do ectoplasma (parte mais clara) e o 
endoplasma onde se encontra o núcleo. Na 
célula à direita, se percebe o núcleo, se 
diferenciando do cisto por conta da presença 
de hemácias. 
Em todas as formas de trofozoíto, se tem 
apenas um núcleo, com exceção da 
Dientamoeba fragilis.

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