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2- Princípios Administrativos super princípios e princípios expressos na CF

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
–
- Supremacia do interesse público sobre o privado: 
fundamenta a existência de prerrogativas e privilégios 
(decorrem da necessidade de satisfação dos interesses 
coletivos) 
- Indisponibilidade do interesse público: fundamenta as 
restrições impostas à administração (servem para 
proteger os direitos individuais frente ao Estado 
- Princípios expressos na CF: LIMPE (Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência) 
- Diversos outros princípios implícitos na CF, como o 
princípio da segurança jurídica, da indisponibilidade do 
interesse público, da razoabilidade e da motivação 
- Aplicação: a toda a Administração Pública, direta e 
indireta (abrange os atos das autarquias, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, fundações 
públicas), em todos os níveis da federação (U/E/DF/M) 
- Observância obrigatória 
- Não são absolutos (certo grau de relativização) 
- Aplicação imediata (sem necessidade de lei para 
regulamentar a aplicação dos princípios 
administrativos) 
- Quando em um ato faltar um princípio, gera anulação, 
independente dos outros princípios estarem presentes 
- NÃO há hierarquia entre os princípios 
- CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: dois princípios 
formam a base do regime jurídico administrativo: 
princípio da supremacia e princípio da 
indisponibilidade do interesse público 
MARIA SÍLVIA DI PIETRO: dois princípios formam a base 
do regime jurídico administrativo: princípio da 
supremacia do interesse público e princípio da 
legalidade 
LEGALIDADE 
- O agente público só faz o que a lei autoriza. O cidadão 
pode fazer tudo o que a lei não proíbe 
- Princípio plurivalente (não é monovalente) - pertence 
a vários ramos do direito 
- São EXCEÇÕES ao princípio da legalidade: 
• Medida Provisória (não é lei, mas é um 
ato que tem força de lei, só pode ser 
adotada em casos de relevância e 
urgência) 
• Estado de Defesa (presidente tem 
autonomia plena para decretar, para 
resolver problemas internos) 
• Estado de Sítio (presidente tem 
autonomia limitada, dependendo do 
Congresso Nacional para sua 
decretação, usado para resolver 
problemas de ordem externa) 
No Estado de Defesa e Estado de Sítio podem ser 
editados decretos pelo Presidente criando obrigações 
para o administrador 
- Princípio decorrente da legalidade 
- Determinados assuntos devem ser tratados por lei em 
sentido formal/estrito (lei feita pelo Legislativo) – não 
basta um simples decreto nem nenhum ato que esteja 
abaixo da lei 
- É a evolução do princípio da legalidade 
- Vai além da lei em sentido – não é somente agir de 
acordo com a lei, mas agir de acordo com todo o 
ordenamento jurídico, com todo o conjunto de normas 
gerais, princípios da administração pública e tratados 
internacionais 
IMPESSOALIDADE 
- Imparcialidade 
- Atos motivados por pessoalidade e interesse 
particular possuem desvio de finalidade e geram 
ilegalidade 
- Vedação à promoção pessoal com a publicidade 
governamental 
- Atos que atendem a impessoalidade: concurso 
público, licitação 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
MORALIDADE 
- Ética, boa-fé, honestidade 
- Um ato que é legal porém imoral é ILEGÍTIMO e gera 
sua anulação 
- A moral comum e a moral administrativa são 
diferentes – é a própria administração pública que 
define o que é moral ou imoral em seu âmbito, 
havendo leis definindo padrões comportamentais, 
como o Código de Ética (padrões de moralidade e 
conduta de servidores federais) 
- Ações para combater a falta de moralidade/combate 
ao ato que viole a moralidade 
- AÇÃO POPULAR: fundamento no art. 5º, LXXIII da CF; 
quem possui legitimidade para propor é o cidadão; visa 
anular o ato 
- AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: 
fundamento no art. 37, parág. 4º da CF; quem possui 
legitimidade para propor é o MP ou a pessoa jurídica 
lesada; visa responsabilizar o agente 
PUBLICIDADE 
- Com a publicação/divulgação dos atos, eles podem 
passar a produzir seus efeitos – a publicação é condição 
de eficácia 
- É necessária a publicação dos atos quando for um ato 
administrativo de efeito externo ou quando a lei exigir 
- Condutas que demonstrem transparência da 
administração pública – por exemplo portal da 
transparência, propagandas na TV mostrando o que a 
administração tem feito, divulgação de atos da Voz do 
Brasil 
OBS: A divulgação de atos na Voz do Brasil é uma forma 
de publicidade, mas não é suficiente para 
atender/esgotar a publicidade 
Art.5º, XXXIII CF: todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
- É possível restringir a publicidade nos casos de sigilo 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
atos que violem intimidade ou privacidade 
- Lei de Acesso à Informação (LAI) regulamenta as 
situações em que é possível restringir a publicidade 
 
EFICIÊNCIA 
- Atos prestados/executados com 
presteza/perfeição/rendimento/melhor custo-
benefício (economicidade) 
- Até 1998, a eficiência era um princípio implícito. Foi a 
Emenda Constitucional 19/1998 que acrescentou o 
princípio da eficiência expressamente à CF/88. 
Portanto, o princípio da eficiência não foi previsto 
expressamente pelo poder constituinte originário, e 
sim pelo poder constituinte derivado 
- A Emenda Constitucional 45/2004 trouxe 
aplicabilidade do princípio da eficiência ao processo 
judicial e administrativo (art. 5º, VXXVIII CF) – duração 
razoável do processo/celeridade na tramitação 
 
OBSERVAÇÃO: SUMULA 13 STF 
Súmula vinculante n.13 STF: “A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou 
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta 
em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o 
ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal.” 
- A SV 13 do STF está relacionada com os princípios da 
MORALIDADE, IMPESSOALIDADE, EFICIÊNCIA. O 
nepotismo viola a CF. Não viola apenas um princípio. 
- Função de confiança = função gratificada 
- Parentesco de primeiro grau não se desfaz 
(sogra/sogro) 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
- Não pode ser parente nem da autoridade nomeante 
nem de servidor que estiver em cargo em 
comissão/direção/chefia/assessoramento 
- VEDAÇÃO ao cargo de comissão e à função de 
confiança/gratificada 
- A SV compreende também o nepotismo cruzado 
(“ajuste mediante designações recíprocas”) – por 
exemplo autoridade A nomeia filho da autoridade B e 
autoridade B nomeia filho da autoridade A 
- ENTENDIMENTOS DO STF: 
• Em regra, a SV não se aplica para cargos ou 
agentes políticos (por exemplo, secretário de 
estado, secretário municipal). Entretanto, a 
caracterização do nepotismo não está afastada 
em todo e qualquer caso de nomeação para 
cargo político, sendo necessário examinar cada 
situação. 
• Ademais, o STF tem impedido a nomeação de 
parentes para cargos políticos em casos 
inequívocos de falta de razoabilidade, caso a 
pessoa nomeada não tenha qualificação para o 
cargo ou quando não possua idoneidade 
moral. Por isso, por exemplo, em regra, um 
governador pode nomear seu pai para 
secretário de saúde, seu cônjuge para 
secretário de esportes, desde que eles sejam 
qualificados e possuam idoneidade moral 
• Conselheiro do Tribunal de Contas é cargo 
técnico, e não político, portanto, aplica-se a SV 
(governador não pode nomear conselheiro do 
Tribunal de Contas do estado)

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