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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA DEX ANDY LUCIEN – RA: F121771 KAREN MAÍSA DA SILVA – RA: D628AG8 GABRIEL SILVA DE SOUZA – RA: D907018 GIULIA GABRIELE CORADI – RA: D97JCB8 LEONARDO BRAGANTINI NASCIMBENE – RA: D937ED0 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LOMBALGIA/HÉRNIA DE DISCO ATRAVÉS DO TRABALHO COM A MUSCULATURA DO CORE, MÉTODO PILATES E MÉTODO WILLIAMS JUNDIAÍ / SP 2021 2 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA DEX ANDY LUCIEN – RA: F121771 KAREN MAÍSA DA SILVA – RA: D628AG8 GABRIEL SILVA DE SOUZA – RA: D907018 GIULIA GABRIELE CORADI – RA: D97JCB8 LEONARDO BRAGANTINI NASCIMBENE – RA: D937ED0 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA LOMBALGIA/HÉRNIA DE DISCO ATRAVÉS DO TRABALHO COM A MUSCULATURA DO CORE, MÉTODO PILATES E MÉTODO WILLIAMS Atividades Práticas Supervisionadas da disciplina de fisioterapia apresentado à UNIP (Universidade Paulista), como requisito de aprovação. Orientador: Prof. Sidnei Correia JUNDIAÍ / SP 2021 3 RESUMO A lombalgia é uma patologia que afeta grande parte da população atualmente, ela se demonstra como um distúrbio incapacitante que causa grande sofrimento aos indivíduos. É difícil definir uma causa única para sua origem, mas alguns fatores que influenciam diretamente no processo podem ser restaurados, como posturas inadequadas prolongadas, fraqueza muscular, desequilíbrios entre as estruturas, entre outros. Seja pelo estilo atual trabalho da sociedade (Home-office), ou pelo sedentarismo presente, o fato é que a lombalgia limita diariamente a vida das pessoas. E levando isso em consideração, abordamos neste trabalho métodos de prevenção e reabilitação que auxiliam de forma considerável os pacientes. Com a aplicação dos exercícios propostos é possível trabalhar a disfunção, em indivíduos suscetíveis, antes mesmo que ela ocorra, ou mesmo, prevenir possíveis complicações ou agravamentos. Palavras-chave: Lombalgia, Hérnia de disco, Pilates, CORE, Método Williams. 4 ABSTRACT Low back pain is a pathology that affects a large part of the population today, it is shown as a disabling disorder that causes great suffering to individuals. It is difficult to define a single cause for its origin, but some factors that directly influence the process can be restored, such as improper prolonged postures, muscle weakness, imbalances between structures, between other. Whether due to the current work style of society, or the present sedentary lifestyle, the fact is that low back pain limits people's lives on a daily basis. And taking this into account, in this work we approach prevention and rehabilitation methods that help patients physically. With the application of the proposed exercises it is possible to work on the dysfunction, in susceptible individuals, even before it occurs, or even, to prevent possible complications or aggravations. Key-words: Back Pain, Intervertebral Disc Displacement, Pilates Training, CORE, Williams's exercises. 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Flexão lateral da pelve .............................................................................. 10 Figura 2 - Ponte em nível 1 ....................................................................................... 10 Figura 3 - Abdominal ................................................................................................. 10 Figura 4 - Abdominal ................................................................................................. 10 Figura 5 - Super-Homem ........................................................................................... 11 Figura 6 - Ponte nível 2 ............................................................................................. 11 Figura 7 - flexão lateral nível 2 .................................................................................. 12 Figura 8 - Abdominal nível 3...................................................................................... 12 Figura 9 - Ponte nível 3 ............................................................................................. 13 Figura 10 - Exercícios Vela ....................................................................................... 13 Figura 11 - Ponte nível 5 ........................................................................................... 14 Figura 12 - Super-Homem 4 ...................................................................................... 14 Figura 13 - Exercícios pliométricos ........................................................................... 14 Figura 14 - Leg pull front support .............................................................................. 15 Figura 15 - Swimming ............................................................................................... 16 Figura 16 - Single leg kick ......................................................................................... 16 Figura 17 - Double leg kick ........................................................................................ 17 Figura 18 - Spine Strech ........................................................................................... 17 Figura 19 - Hamstring Stretch ................................................................................... 18 Figura 20 - Teaser 1 .................................................................................................. 18 Figura 21 - Short Box ................................................................................................ 19 Figura 22 - Hundred .................................................................................................. 19 Figura 23 – exercício 2 .............................................................................................. 20 Figura 28 – exercício 4 .............................................................................................. 20 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508172 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508173 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508174 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508175 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508176 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508177 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508178 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508179 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508180 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508181 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508182 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508183 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508184 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508189 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508194 file:///C:/Users/karen/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/UNIP%20APS.docx%23_Toc72508199 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 07 2 RECURSOS DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO 09 2.1 Musculatura do CORE - importância na estabilização da coluna 09 2.2 Pilates - prevenção e tratamentode disfunções da coluna 15 2.3 Método de Williams 20 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21 4 REFERÊNCIAS 22 7 1- INTRODUÇÃO A coluna vertebral é um elemento importante do esqueleto axial que promove sustentação, é constituída por 24 vertebras pré-sacrais sendo elas: 7 cervicais, 12 torácicas e 5 lombares. também apresenta diversos elementos responsáveis tanto pela sua movimentação e de seus segmentos adjacentes, como pela estabilização da região denominada como centro de gravidade corporal (Evagelista & Macedo, 2001; SUELLEN P. F. GONÇALVES, 2016). A região de lordose lombar, curva fisiológica da coluna vertebral, funciona como força axial que mantém a posição de bipedestação e postura ereta. Devido à grande importância deste segmento, uma série de estruturas estão relacionadas com a estabilidade da área, como a ativação dos músculos do CORE (complexo lombo- pélvico) e o equilíbrio da musculatura extensora e flexora (Kolyniak et al., 2004; 2016). Atualmente a queixa sobre disfunções ligadas aos elementos da coluna tem sido uma das principais causas de dor que levam a procura por tratamento fisioterapêutico. A lombalgia (dor na região lombar), é uma disfunção caracterizada por um quadro de desconforto, fadiga ou rigidez muscular localizada na região das vertebras lombares. Sua incidência está em torno de 50% a 90% em indivíduos adultos, ocupando a 5° causa mais frequente de consultas medicas em países industrializados. É também, uma das principais causas da incapacidade física de pessoas com menos de 45 anos, gerando na maior parte dos casos uma incapacidade funcional nas atividades de vida diária (AVD’s) (Bairros et al., 2015; Reinehr et al., 2008). Essa algia se delimita entre a parte inferior da última costela e a prega glútea, é referida como dor mecânica na altura da cintura pélvica. Os mecanismos de causa são diversos, podendo citar posturas inadequadas prolongadas, sedentarismo, contraturas musculares, processo de envelhecimento, problemas psicoafetivos, entre outros (Bairros et al., 2015; 2016). A lombalgia atinge grandes proporções, afetando 80% da população mundial, onde em cerca de um terço desse percentual é causada por deslocamento do disco intervertebral, causando compressão de nervos medulares. Há hérnia de disco é uma patologia regular da coluna que afeta a estrutura articular, intervindo no funcionamento biomecânico de toda região e de estruturas próximas, especificamente em níveis de L4-L5 e L5-S1. Pode ser classificada como protrusão (disco contido pelo anel fibroso), extrusão (materiais do disco migraram para fora através do anel fibroso, mas contidos pelo ligamento longitudinal posterior) e sequestro (materiais do disco liberados no canal vertebral). Assim como outras disfunções relacionadas ao segmento, é sempre indicado o uso de métodos conservadores antes do tratamento cirúrgico, exceto em casos graves onde não mais possível que o paciente execute os exercícios, ou por altos níveis de dor (Pires, 2008; Shokri et al., 2018; Ucd & Col, 2017). A quantidade de dados indica que as condições que envolvem a lombalgia e a hérnia de disco são fatores preocupantes na sociedade atual, que necessitam de atenção, já que a probabilidade de qualquer indivíduo sofrer por esses distúrbios em algum momento da vida é grande. 8 Para a prevenção e tratamento das diversas alterações que podem influenciar no aparecimento das referidas lombalgias, o campo de tratamento fisioterapêutico apresenta diversos mecanismos de intervenção que podem ser utilizados na busca da redução significativa das dores, reabilitação de estruturas associadas e principalmente, prevenção contra o surgimento ou progressões mais de severas das patologias. Como método de prevenção e tratamento podemos citar o trabalho da musculatura do CORE, exercícios da série de Williams e exercícios do método Pilates. 9 2- DESENVOLVIMENTO 2.1 – Musculatura do CORE - importância na estabilização da coluna. O CORE, também conhecido como complexo lombo-pélvico, consiste em um grupo de 31 músculos, dentre eles, encontramos músculos abdominais no plano anterior, músculos paravertebrais e glúteos em região posterior, o músculo diafragma delimitando parte superior e musculatura de assoalho pélvico e articulação coxofemoral (quadril) na região inferior. Os músculos que compõem especificamente esse complexo são: Oblíquo interno e externo, Transverso do abdome, Reto abdominal, Psoas maior, Multífido, iliocostal, quadrado lombar, Grande dorsal, Quadrado femoral, Reto femoral, Eretor da espinha, Tensor da fáscia lata, Adutor curto, Adutor magno, Adutor longo, Pectíneo, Glúteo máximo, Glúteo médio, Glúteo mínimo, Semitendíneo, Semimembranoso, Bíceps femoral, Gêmeo superior, Gêmeo inferior, Serrátil anterior, Obturador interno, Obturador externo, Sartório, Trapézio e Diafragma (SUELLEN P. F. GONÇALVES, 2016). O CORE atua como uma unidade funcional integrada onde cada elemento trabalha de forma eficiente, distribuindo peso, absorvendo forças e manipulando a força de reação do solo, tudo para que as estruturas trabalhem em perfeita harmonia durante a produção de movimento. Também é a região onde se localiza o centro de gravidade, servindo como partida para iniciação de vários movimentos (Reinehr et al., 2008). Esse grupo muscular é subdivido em dois tipos. Os locais: Transverso abdominal e Paravertebrais (multífidos), que se contraem gerando estabilidade antes do movimento acontecer. E os globais: Eretores da coluna, Quadrado lombar, Oblíquo interno, Obliquo externo e Reto abdominal, acionados posteriormente aos locais dando continuidade ao movimento. Em indivíduos com lombalgia pode ocorrer atraso na ativação do grupo de músculos locais, gerando a execução do movimento sem uma a estabilidade adequada, o que favorece o surgimento de lesões na coluna lombar (Evagelista & Macedo, 2001). Além da ativação tardia de alguns músculos do complexo lombo-pélvico, a fraqueza muscular de algumas estruturas e o desequilíbrio entre musculatura de região anterior e posterior também podem ocasionar lesões. Como fator causador dessas alterações nessa região podemos encontrar a má postura durante grandes períodos de tempo (em sedestação ou ortostatismo), ou atividades que necessitam grande trabalho de um dos componentes do CORE sem o devido preparo dos demais elementos, gerando fadiga muscular e posteriormente um processo lesivo (Cunha et al., 2017). Visto que fatores como o desequilíbrio, a fadiga e a insuficiência de força dos componentes dessa “cinta muscular”, tem grande influência nos processos lesivos como a lombalgia e a hérnia de disco, o trabalho com a musculatura do CORE vem se apresentando como boa opção no tratamento e prevenção deste distúrbio (2016). 10 O fortalecimento dessa musculatura desenvolve o controle necessário para manter a estabilidade funcional e diminuir a incidência de lesões e desconfortos na região lombar. Na aplicação clínica, a estabilidade central com relação ao complexo lombo-pélvico é definida como a habilidade de controlar os movimentos da coluna e pelve a partir de uma posição neutra. O treinamento focado em estabilização central é mais difundido na terapia esportiva, porém, estudos mostram que sua aplicabilidade como meio de tratamento e prevenção, nas afecções relacionadas a lombar, tem se mostradoeficiente (Reinehr et al., 2008). alguns exercícios (descritos em ordem crescente de acordo nível ou evolução do paciente), podem ser citados como exemplo de trabalho especifico nessa região: • Num estágio inicial, podem ser utilizados exercícios que trabalham a musculatura abdominal (transversos e oblíquos), glúteos e posteriores de coxa, realizando controle da pelve (evitando movimentos de anteroversão e retroversão durante o movimento). É possível utilizar treinamentos de flexibilidade, abdominais com foco nos transversos e oblíquos, abdominal parcial (abdominais com recrutamento de glúteos e posteriores de coxa), ponte em nível 1 (decúbito dorsal, joelhos flexionados e pés apoiados ao solo, individuo realiza a ativação dos músculos abdominais, glúteos e posteriores de coxa, para elevação da pelve), e flexão lateral da pelve (paciente em decúbito lateral com pés e cotovelo apoiados ao solo, realizando elevação lateral da pelve). Figura 1 - Flexão lateral da pelve Figura 2 - Ponte em nível 1 Figura 4 - Abdominal Figura 3 - Abdominal Fonte: Google imagens 11 • 2° Estágio: podem ser usados exercícios para correção do desequilíbrio de força e aumento da resistência muscular como, ponte nível 2 (mesmo exercício, porém com maior elevação da pelve e dos membros inferiores), flexão lateral nível 2 (igual a flexão lateral nível 1, porém com apoio do joelho flexionado a 90°c), e super-homem (em decúbito ventral, individuo realiza a contração da musculatura posterior de coxa, glúteos e eretores da coluna, para elevação de membros superiores e inferiores). Figura 5 - Super-Homem Figura 6 - Ponte nível 2 Fonte Google imagens Fonte Google imagens 12 • 3° Estágio: nesse estágio podem ser trabalhados a reeducação dos músculos estabilizadores com exercício de abdominal nível 3 (utilização de bola suíça para criar instabilidade e mãos na região cervical), inclinações laterais com simultânea elevação dos membros inferiores, ponte nível 3 (realizada sobre a bola suíça), exercícios de estabilização da escapula em cadeia cinética aberta 3 (individuo em pé, equilibrado com um pé à frente do outro, realizando rotação e extensão do tronco, mantendo contração abdominal e mantendo a extensão de uma faixa elástica fixada a frente). Figura 7 - flexão lateral nível 2 Figura 8 - Abdominal nível 3 Fonte Google imagens Fonte Google imagens 13 • 4° Estágio: exercícios avançados de estabilização estática como, Flexão lateral nível 3 (similar as anteriores, no entanto, somente com apoio nos pés e no cotovelo), e super-homem nível 3 (realizado em solo instável). • 5° Estágio: a última fase é composta por exercícios avançados de estabilização dinâmica. Exercício vela (realizando contração do cinturão abdominal dinâmico, glúteos, posteriores da coxa, fazendo um movimento controlado do tronco para trás, como se estivesse deitando), ponte nível 5 (exercícios em decúbito dorsal, com os pés apoiados na bola, quadril a 0° de extensão, exercendo um movimento de elevação dos MMII separadamente), exercícios pliométricos (realizados com movimentos rápidos e vigorosos de alongamento- encurtamento dos membros inferiores em uma pequena cama elástica, mantendo a contração isométrica da musculatura abdominal), super-homem 4 (em decúbito dorsal o indivíduo realiza a sustentação do corpo sobre a bola, exercendo contração do cinturão abdominal e da musculatura dos membros inferiores). Figura 9 - Ponte nível 3 Fonte: Google imagens Figura 10 - Exercícios Vela Fonte Google imagens Fonte Google imagens 14 Figura 13 - Exercícios pliométricos Fonte Google imagens Também podem ser usados outros tipos de exercícios ou variação destes, é importante ressaltar a adaptação das atividades de acordo com a necessidade de cada indivíduo. A indicação da série é de três sessões semanais de 45 minutos cada com supervisão direta de um profissional qualificado, analisando e auxiliando o paciente para que não haja possíveis compensações ou sobrecarga de outras estruturas. O nível de dificuldade deve ser aumentado de forma gradualmente de acordo com a evolução do paciente. Os efeitos podem ser notados a partir de 20 sessões (Evagelista & Macedo, 2001; Reinehr et al., 2008). Como resultados do treinamento central lombo-pélvico, é possível observar o fortalecimento de toda musculatura, melhora do condicionamento físico, redução da fadiga muscular, melhora da postura corporal, aumento de estabilidade e equilíbrio que envolvem toda região. É um treinamento completo, de baixo custo e alta efetividade com relação a redução da dor lombar (em pacientes com lombalgia), e prevenção de hérnias de disco e outras afecções relacionadas (em indivíduos não portadores da patologia, mas que trabalham em condições que favorecem o surgimento da mesma). Também se mostra como uma opção mais atrativa e interessante, pela semelhante com atividade física e melhora da estética corporal (Reinehr et al., 2008). Figura 11 - Ponte nível 5 Figura 12 - Super-Homem 4 Fonte Google imagens Fonte Google imagens 15 2.2 – Pilates - prevenção e tratamento de disfunções da coluna. O método Pilates desenvolvido por Joseph Pilates no início da década de 1920 tem como base um conceito denominado de contrologia, onde o controle consciente do corpo, a concentração e respiração, são de extrema importância para execução dos movimentos. São utilizados equipamentos específicos com mecanismos de molas e elásticos, que criam resistência ou facilitam a execução do movimento, simulando situações cotidianas de atividade física. Os graus de dificuldade são variáveis de acordo com a evolução do paciente, sendo que o objetivo é sempre a posição de máximo esforço e eficiência possíveis(Sacco et al., 2005). Os exercícios são, em sua maioria, realizados em posição deitada diminuição os impactos articulares na região de sustentação do corpo, o que permite o trabalho de recuperação de estruturas musculares, periarticulares e ligamentares da região sacrolombar. Também priorizam a preservação das curvas fisiológicas do segmento vertebral, utilizando o abdome como centro de força. Alguns de seus objetivos são: o fortalecimento de musculatura abdominal e paravertebral, a flexibilidade da coluna, melhora do condicionamento físico, melhora da amplitude muscular, alinhamento postural e exercícios que trabalham o corpo como um todo(Kolyniak et al., 2004). Um dos fatores causadores da lombalgia é a fadiga da musculatura extensora, principalmente do músculo multífido, cerca de 80% dos indivíduos com lombalgia crônica apresentam degeneração ou disfunção dessa estrutura, comprovada por ressonância magnética. Diante desses dados é possível relacionar diversos exercícios presentes no Pilates ao fortalecimento das estruturas que mais sofrem sobrecarga: • Exercício Leg pull front support Posição inicial: paciente em decúbito ventral com o corpo elevado e braços estendidos, pernas estendidas e aduzidas, peso apoiado na ponta dos pés e nas palmas das mãos, mantendo pelve e coluna neutras. O exercício consiste na extensão máxima do corpo para trás, elevando um membro inferior por vez. Figura 14 - Leg pull front support Fonte Google imagens 16 • Exercício Swimming Posição inicial: paciente em decúbito ventral com braços estendidos acompanhando as orelhas e membros inferiores aduzidos. O movimento consiste em elevar os membros (inferiores e superiores), sustentando a posição com extensão de todo corpo. Durante o exercício, realizar a máxima extensão dos membros contralaterais e ir alternando, semelhante ao movimentode nado. Figura 15 - Swimming • Exercício Single leg kick Posição inicial: paciente em decúbito ventral, tronco em extensão com o apoio dos antebraços, quadril estendido com espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS) suspensas, mas com o púbis apoiado ao solo. O movimento acontece com a flexão do joelho de um dos lados (juntamente com flexão plantar num primeiro momento, e dorsiflexão posteriormente), enquanto o lado contralateral realiza flexão plantar com o joelho estendido. Durante todo exercício, a contração da musculatura abdominal, glúteos e isquiotibiais, deve ser mantida. Figura 16 - Single leg kick Fonte Google imagens Fonte: Google imagens 17 • Exercício Double leg kick Posição inicial: individuo deitado em decúbito ventral com os braços aduzidos posteriormente (mãos em contato), e pernas estendidas. O primeiro movimento é o de flexão dos joelhos onde a parte anterior da pelve estará sendo forçada para baixo, promovendo assim a máxima extensão da região anterior das pernas. No segundo movimento haverá a contração de toda musculatura no sentido de repelir o solo, elevando a região de tronco, joelhos e tornozelos. Figura 17 - Double leg kick Outro fator contribuinte para os distúrbios da coluna vertebral, como hérnia de disco e lombalgias, está vinculado ao desequilíbrio entre a musculatura flexora (abdominal) e extensora (tronco). Essa desproporção também pode ser prevenida e tratada com o método Pilates, visto que alguns exercícios do nível básico fortalecem musculatura abdominal, musculatura paravertebral e ainda trabalham a flexibilidade de todo segmento. Já no nível intermediário, exercícios de extensão de tronco são introduzidos gradualmente em conjunto com trabalho muscular de todo o corpo, diminuindo o desequilíbrio entre pontos(Kolyniak et al., 2004). • Exercícios como Hamstring Stretch (aparelho Chair) e Spine Strech (aparelho Cadillac), são utilizados para trabalhar alongamento de cadeia posterior, já que realizam flexão de tronco. Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Figura 18 - Spine Strech 18 Figura 19 - Hamstring Stretch • Já exercícios como Teaser 1 (realizados no MAT) e Short Box (feitos na Reformer), procuram trabalhar de forma intensa a musculatura abdominal. Eles proporcionam posições em que o torque de resistência vai ao máximo, exigindo da musculatura a maior força possível para se igualar a resistência, ou vence-la. Figura 20 - Teaser 1 Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 19 Figura 21 - Short Box Nos movimentos que induzem o alongamento de cadeia posterior, ocorre a redução de tensões musculares, melhora de coordenação, aumento da mobilidade articular, melhora da capacidade mecânica e diminuição de encurtamentos musculares. Já nos exercícios de fortalecimento abdominal ocorre flexão de tronco com ação concêntrica dos músculos oblíquo interno, obliquo externo e reto abdominal, além de movimentos de retroversão da pelve que favorecem a diminuição da lordose lombar (Dorado et al., 2012). Todos os exercícios descritos no método pilates devem ser usados como forma de prevenção ou numa fase avançado do tratamento, pois eles podem causar sobrecarga de algumas regiões, o que não é indicado para pacientes em quadro agudo de hérnia de disco ou lombalgias (Sacco et al., 2005). O Pilates também possui exercícios que podem ser usados para melhora das dores lombares, como o Hundred, uma variação mais leve do Teaser 1. Esse exercício trabalha o fortalecimento dos músculos abdominais, glúteo máximo e reto femoral, onde a contração isométrica desses músculos produz uma retroversão da pelve, sem sobrecarga na região do sacro. O movimento como um todo ocasiona a diminuição das queixas por lombalgia, auxilia no tratamento da hiperlordose e hérnia de disco (Sacco et al., 2005). Figura 22 - Hundred Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 20 2.3 Método de Williams Desenvolvido por Paul Willians, o método conta com uma série de exercícios simples que buscam a estabilização e alongamento da coluna vertebral. Seu objetivo é trabalhar o fortalecimento da musculatura abdominal, glúteos e estabilização de cadeia posterior, diminuindo a sobrecarga da região e consequentemente atuando em distúrbios como lombalgia, hérnia de disco e lombociatalgia (Silva et al., 2013). • Exercício 1: individuo em decúbito dorsal, joelhos flexionados, realizando contração isométrica de abdome e glúteos durante aproximadamente 20 segundos; • Exercício 2: paciente em decúbito dorsal, um joelho em flexão e o outro suspenso em direção ao tórax, levantando cabeça e ombros do solo. Manter a contração muscular durante aproximadamente 20 segundos. • Exercícios 3: individuo deitado em decúbito dorsal, elevando um dos joelhos alternadamente em direção ao tórax e elevando cabeça e ombros do solo. Manter a posição por alguns segundos. • Exercício 4: paciente em decúbito dorsal, elevando os dois joelhos em direção ao tórax juntamente com os ombros. Manter o alongamento por 20 segundos. Figura 23 – exercício 2 Figura 24 – exercício 2 Figura 25 – exercício 2 Figura 26 – exercício 2 Figura 27 – exercício 4 Figura 28 – exercício 4 Figura 29 – exercício 4 Figura 30 – exercício 4 Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os altos níveis de acometimentos e limitação funcional das disfunções associadas a coluna lombar, concluímos que se faz necessário um programa com foco na prevenção para lombalgia. Para tal, realizamos um levantamento de métodos que tem se mostrado eficientes e podem ser utilizados na prevenção das patologias mais ocorrentes na região lombar. Elucidamos neste trabalho a relevância do fortalecimento do grupo muscular responsável pela estabilização da coluna, o CORE, através de exercícios simples que não necessitam de diversas aparelhagens. Também foi descrito a utilização do método Pilates com foco principal na prevenção, feita em indivíduos propensos a desenvolver distúrbios como lombalgia e hérnia de disco. Esse treinamento se torna ideal para o fortalecimento e equilíbrio de região anterior e posterior, seus exercícios podem ser realizados em solo ou utilizando a aparelhagem especifica do Pilates. Nesse método a musculatura é trabalhada de forma intensa e dinâmica. E por fim, abordamos o método de Williams que promove diminuição da sobrecarga das estruturas locais através da estabilização posterior e fortalecimento da parte abdominal. Os alongamentos presentes nos exercícios promovem um alívio da dor, além de serem exercícios simples sem necessidade de aparelhagem. A junção desses métodos ou mesmo a utilização deles separadamente, é uma opção atrativa para o tratamento de hérnias e casos de lombalgias. Porém, quando usados de forma preventiva a essas disfunções, os benefícios vão além da redução da dor e limitação, é possível adquirir resistência física, fortalecimento de todo corpo, melhora da qualidade de vida e estética corporal. Ressaltamos também, que todos os exercícios devem ser feitos com acompanhamento de um profissional fisioterapeuta qualificado, e que o programa deve ser adaptado particularmente a cada indivíduo de acordo com suas necessidades. 22 REFERENCIAS Bairros, C. O. de, Brunelli, J. P. F., Sussela, A. O., Deitos, J. O. J., & Ziegler, M. (2015). Lombociatalgia, um desafio na prática clínica. Acta Méd. (Porto Alegre). 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