Gabarito_Geografia_Módulo9_7ano

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O trabalho escravo ainda é uma realidade no campo brasileiro, mesmo sendo um crime previsto 
na Constituição. Embora muitos proprietários utilizem trabalho escravo em suas terras, poucos são 
punidos de acordo com a lei.
Com base no conteúdo do módulo, pense de que forma a estrutura agrária e a força política 
de grandes proprietários contribuem para a ocorrência desse crime que fere os direitos humanos. 
Depois, conte sua conclusão para a turma e ouça a opinião dos colegas.
 O MST declara que a reforma agrária é necessária no Brasil e critica a estrutura agrária concen-
trada e o predomínio de áreas monocultoras no país, com cultivos voltados para a exportação. 
Como vimos, o Incra é o órgão brasileiro responsável pela maior parte das políticas de redistri-
buição de terras no Brasil. Com base nessas informações, pesquise os itens indicados a seguir:
a) Consulte o link <www.incra.gov.br/assentamento> (acesso em: 1º abr. 2017) e descubra como 
funciona um assentamento rural estabelecido pelo Incra. 
b) Consulte o link <www.incra.gov.br/acesso-terra> (acesso em: 1º abr. 2017) e descubra quais 
são as condições necessárias para que alguém possa reivindicar ao Incra o acesso à terra para 
assentar a família em um lote de terra no Brasil. 
Registre as informações que mais chamaram a sua atenção e compartilhe suas conclusões com 
os colegas. 
Para saber mais 
sobre o trabalho 
escravo no Brasil, 
leia uma reportagem 
especial do portal 
G1 sobre o assunto, 
disponível em: 
<http://g1.globo.com/
economia/trabalho­
escravo­2014/platb>, 
acesso em: 10 mar. 
2017.
ATIVIDADE PRÁTICA
PARA CONCLUIR
Neste módulo, você estudou como as terras brasileiras estão concentradas na mão de poucos 
proprietários e como o acesso à terra é difícil para a maior parte da população. Compreendeu o que 
representa a estrutura agrária de um país e que a terra, mesmo quando se trata de uma propriedade 
privada, deve beneficiar todo o conjunto da sociedade.
Você analisou, ainda, que a concentração de terras no Brasil é fruto de um longo processo his-
tórico que iniciou no século XVI e cujas marcas são percebidas até hoje. Além disso, viu que a terra 
gera renda, emprego e riquezas, por isso existe a preocupação de que ela cumpra sua função social 
e de que sua distribuição seja mais justa.
PRATICANDO O APRENDIZADO
1 O que podemos entender como estrutura agrária?
A estrutura agrária representa a forma como as terras estão divididas, 
como as propriedades rurais estão organizadas, quem trabalha nelas,
quais são suas dimensões e como estão distribuídas.
2 Podemos dizer que a estrutura agrária brasileira é in-
justa e extremamente concentrada? Por quê?
Sim, pois no Brasil a maior parte das terras está nas mãos de poucos 
proprietários. Isso fica evidente quando analisamos os dados, que 
mostram que as grandes propriedades não representam nem 1% 
do número total de propriedades, embora utilizem 45% das terras 
ocupadas do território.
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3 Cite uma medida tomada ao longo da história do Brasil 
que esteja relacionada à estrutura fundiária atual.
A criação das capitanias hereditárias, as sesmarias ou a Lei de Terras, 
de 1850.
4 Por que podemos dizer que a Lei de Terras transformou 
a terra em uma mercadoria?
Com a criação da Lei de Terras, o único acesso à terra passou a ser a 
compra. Somente quem tivesse dinheiro suficiente poderia adquirir 
um pedaço de terra.
5 Como a terra pode gerar renda e riqueza?
A terra é fonte de renda e riqueza quando a produção é mantida 
ou quando especulamos com seu valor para vendê-la por um preço 
melhor.
6 O que é a bancada ruralista?
A bancada ruralista é um grupo formado por políticos ligados a 
grandes proprietários rurais e também por políticos que são grandes 
proprietários de terras.
1 Como a reforma agrária está relacionada à ideia de 
justiça social?
O objetivo da reforma agrária é fazer a distribuição de terras 
improdutivas para famílias sem-terra. Dessa forma, as terras que 
favorecem poucos, que não produzem, passariam a beneficiar 
aqueles que desejam produzir e toda a sociedade brasileira.
2 De que modo a Frente Parlamentar da Agropecuária 
(FPA) age em favor dos interesses dos grandes produ-
tores rurais brasileiros no sistema legislativo?
A FPA é composta de deputados e senadores que propõem 
projetos de lei e ações políticas que favoreçam os interesses dos 
grandes produtores rurais, buscando fortalecer o agronegócio 
e priorizando incentivos fiscais e políticas de implantação de 
infraestrutura e de acordos comerciais lucrativos para esse setor.
3 O modelo de reforma agrária aplicado no Brasil estimula 
o mercado interno ou o externo? Por quê?
Estimula o mercado interno, porque as famílias sem-terra não 
assentadas não têm como competir com os grandes 
agroexportadores. Além disso, esse modelo de reforma agrária 
também visa reduzir a fome da população.
APLICANDO O CONHECIMENTO
4 Por que a viabilidade econômica deve ser uma preocu-
pação no projeto da reforma agrária?
Não basta assentar as famílias sem-terra, é necessário que elas 
tenham condições de produzir e se inserir no mercado; caso 
contrário, correm o risco de perder as terras conquistadas.
5 Considerando o conteúdo estudado no Módulo 8, res-
ponda: De que modo a produção familiar está alinhada 
com a sustentabilidade ambiental?
A produção familiar ocupa áreas menores e gera impacto ambiental 
menor; além disso, as técnicas aplicadas são menos agressivas do 
que as utilizadas nas grandes propriedades monocultoras.
6 Que benefícios a reforma agrária proporciona às áreas 
onde é instituída?
A reforma agrária brasileira visa tornar a terra cumpridora de sua 
função social, gerando renda e emprego, além de aumentar a 
quantidade de alimentos disponíveis no mercado interno. Assim, 
áreas que passam pela reforma agrária podem experimentar mais 
desenvolvimento.
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco.
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1 Observe a charge a seguir. de terra. Ainda de acordo com a CPT (Comissão Pastoral da 
Terra), vários fatores explicam a violência no campo, inclusi-
ve a instabilidade política no país. A impunidade é apontada 
como uma das principais causas das ações violentas. 
Um dos crimes mais emblemáticos no Maranhão ocor-
reu em 31 de março, quando o quilombola conhecido como 
Zé Sapo foi assassinado. Segundo a Pastoral, o assassinato foi 
decorrência de um conflito de terra que já dura sete anos. Ele 
pertencia à comunidade Cruzeiro/Triângulo, que luta pelo 
reconhecimento de seu território.
G1. Maranhão é o 2º estado com mais casos de violência no campo, diz CPT. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/12/maranhao-e-o-2-
estado-com-mais-casos-de-violencia-no-campo-diz-cpt.html>. Acesso em: 10 mar. 2017.
2 Casos de violência no campo ocorrem em todas as re-
giões do país. Assinale a alternativa que apresenta a 
justificativa correta dessa violência que ocorre no meio 
rural brasileiro.
a) A intensificação do processo de reforma agrária.
b) A ampliação da mecanização do campo.
c) O crescimento da agricultura familiar.
d) A concentração de terras.
3 De acordo com a notícia, a região do país onde ocorre 
o maior número de mortes no campo é a:
a) Norte.
b) Nordeste.
c) Centro-Oeste.
d) Sul.
4 A notícia afirma que um dos fatores para tamanha vio-
lência no campo é a impunidade. No Brasil, grandes 
proprietários já foram acusados de ordenar assassina-
tos, no entanto, poucos foram presos, e os que foram 
não cumpriram a pena completa. Assinale a alternativa 
que justifica parte dessa impunidade.
a) São crimes comuns no campo e por isso sem grande 
gravidade.
b) Grandes proprietários, além de poder econômico, 
costumam ter forteinfluência política.
c) A justiça não se preocupa com esse tipo de crime, 
já que no campo a violência é generalizada.
d) Os grandes proprietários gozam de privilégios concedi-
dos pela Lei de Terras, assim suas penas são reduzidas.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Agora, assinale a alternativa que explica o conteúdo 
da charge.
a) É uma crítica ao processo de reforma agrária, que 
visa destinar as terras para uma mesma família.
b) Apresenta o risco de confronto entre produtores 
sem-terra e seguranças armados de fazendas.
c) Mostra como a estrutura fundiária brasileira concede 
a muitos o acesso à terra.
d) Retrata a violência dos movimentos que lutam por 
uma efetiva reforma agrária.
Com base na notícia a seguir, responda às questões 2 a 4. 
Maranhão é o 2º estado com mais casos de 
violência no campo, diz CPT
Em apenas 11 meses foram registrados 12 assassinatos no 
Maranhão. Rondônia registrou 17 mortes de janeiro a novem-
bro e foi o mais violento 
[…]
De acordo com o levantamento, o Maranhão só fica atrás 
do estado de Rondônia, que registrou 17 mortes em 11 meses 
de 2016. A Pastoral da Terra também registrou assassinatos 
na Bahia (4), em Tocantins (3), em Alagoas (2), no Amazonas 
(2), no Paraná (2), em Mato Grosso (1), em Mato Grosso do 
Sul (1), na Paraíba (1), em Pernambuco (1), no Rio de Janeiro 
(1) e no Rio Grande do Sul (1).
A maioria das mortes foi motivada por conflitos por água 
ou terra. As vítimas são, principalmente, camponeses, possei-
ros, líderes quilombolas, indígenas e pequenos proprietários 
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