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Administração Pública e seus Poderes

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A administração pública se define como o poder de gestão do Estado, no qual 
inclui o poder de legislar e tributar, fiscalizar e regulamentar, através de seus órgãos 
e outras instituições; visando sempre um serviço público efetivo. Ou seja, a 
Administração pública, “pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e 
imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos interesses coletivos e 
subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei 
atribui o exercício da função administrativa do Estado. 
A Administração Pública tem como objetivo trabalhar em favor do interesse 
público e dos direitos e interesses dos cidadãos que administra. Ou seja, nela estão 
duas atividades distintas como a superior de planejar e a inferior de executar. 
“Administrar significa não só prestar serviço executá-lo como, igualmente, dirigir, 
governar, exercer à vontade com o objetivo de obter um resultado útil e que até, em 
sentido vulgar, administrar quer dizer traçar programa de ação e executá-lo” (DI 
PIETRO, 2010, p. 44). 
Hely Lopes Meirelles compara Governo e Administração da seguinte forma: 
Comparativamente, podemos dizer que Governo é atividade política 
e discricionária; a Administração é atividade neutra, normalmente 
vinculada à lei ou à norma técnica. Governo é conduta independente; 
Administração é conduta hierarquizada. O Governo comanda com 
responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade 
profissional pela execução; a Administração executa sem 
responsabilidade constitucional ou política, mas com 
responsabilidade técnica e legal pela execução. A Administração é o 
instrumental de que dispõe o Estado para pôr em prática as opções 
políticas do Governo. Isto não quer dizer que a Administração não 
tenha poder de decisão. Tem. Mas o tem somente na área de suas 
atribuições e nos limites legais de sua competência executiva, só 
podendo opinar e decidir sobre assuntos jurídicos, técnicos, 
financeiros ou de conveniência e oportunidade administrativas, sem 
qualquer faculdade de opção política sobre a matéria. (MEIRELLES, 
2010, p. 66). 
 Governo, elemento condutor do Estado, trabalha pelo poder do povo. O 
Estado, então, cumpre as vontades do povo. O Estado por sua vez tem sua vontade 
alicerçada através dos Poderes do Estado: Legislativo, Executivo e o Judiciário. Os 
poderes independentes e harmônicos entre si com funções indelegáveis, conforme 
a Constituição Federal de 1988 (CF/1988), “Art. 2º - São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. 
O Poder Executivo é um conjunto de órgãos, organizados hierarquicamente 
entre si, em que o posto mais elevado cabe ao Chefe do Executivo (Presidente, 
Governador e Prefeito). Sua estrutura fundamental está prevista na Constituição 
Federal, sua implementação deve se fazer por lei, mas sua atuação concreta não se 
subordina a determinações externas, provindas da vontade dos ocupantes de outros 
poderes. Como função do Poder Executivo está à administrativa, a conversão da Lei 
em ato individual e concreto, ou seja, a vontade decorre da Lei que diz o fim a ser 
seguido pelo administrador. 
Ao Poder Legislativo cabe a elaboração da Lei. Ao Poder Judiciário cabe a 
aplicação coativa da Lei aos litigantes. 
A República Federativa do Brasil, simplesmente denominada Brasil, uma 
Federação (desde a Constituição de 1891), é formado pela União indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se em Estado Democrático 
de Direito (CF/1988, art. 1º), em que se assegura autonomia político-administrativa 
aos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios (art. 18, 25 e 29), sua 
administração há de corresponder, estruturalmente, a esses postulados 
constitucionais, cabendo, em cada um deles, o comando da administração ao 
respectivo Chefe do Executivo - Presidente da República, Governador e Prefeito. 
Diversos autores definem como função da Administração Pública a garantia 
do bem-estar social; ou defesa dos interesses da comunidade; ou zelar pelo bem 
comum da coletividade. A afirmativa comum é de que a atividade do administrador 
deve ser orientada para esse objetivo. Ou seja, a defesa do interesse público 
corresponde à finalidade da Administração Pública. A função administrativa 
compreende desde o fornecimento de utilidades materiais de interesse comum até 
a atuação jurídica e imaterial e, ainda, a compreensão de litígios. 
A função administrativa é instituída e definida por meio do direito, num 
conjunto de competências a ela atribuídas. Deve ser entendida a partir dos fins a 
serem atendidos, assim sua identificação é feita com base na realidade do mundo 
real. Somente com a existência de organizações estatais e permanentes é possível 
a existência da função administrativa, que serve para atender os interesses exigidos 
de tais organizações. 
A atividade administrativa, devido à diferenciação entre legislação e 
administração, é impedida de produzir leis. A atividade administrativa é subordinada 
ao controle do legislativo, que a fiscaliza, função que também desempenha o 
Tribunal de Contas. 
Não há uma legislação que limite a atuação do Legislativo em temas 
administrativos. A Administração também é subordinada ao Judiciário, uma vez que 
este pode rever atos administrativos. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
35. Ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
 
DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito administrativo. 23 ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36. Ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2010.

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