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Sergio Torres Teixeira sergiotteixeira@uol.com.br Inst@ sergio.t.teixeira.5 (81) 99148-1890 Teoria Geral do Processo VI – Princípios Orientadores do Direito Processual mailto:sergiotteixeira@uol.com.br VI – Princípios Orientadores do Direito Processual VI – Princípios Orientadores do Direito Processual ◼ Sumário ◼ 1. Principiologia ◼ 2. Princípios Informativos ◼ 3. Relações de Princípios na Doutrina ◼ 4. Princípios Constitucionais do Processo ◼ 5. Princípios Gerais do Direito Processual ◼ 6. Princípios do Procedimento Oral 1. Principiologia ◼1.1 Conceito ◼1.2 Funções ◼1.3 Classificações 1. Principiologia 1.1 Conceito ◼ princípios são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da praxis (Miguel Reale) 1.2 Funções ◼ Função Criadora (ou Informativa) ◼ Função Integradora ◼ Função Interpretativa ◼ Função Normativa Função Criadora (ou Informativa) Função Integradora Lei de Introdução às Normas Jurídicas Brasileiras (Decreto 4.657 de 1942) ◼Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Função Interpretativa CPC de 2015 ◼Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. CPC de 2015 ◼ Artigo 322 ◼ § 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. ◼ Artigo 489 ◼ § 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. Função Normativa Zanzobini 1.3 Classificações ◼ Quanto ao Âmbito de Incidência ◼ Quanto à Finalidade Quanto ao Âmbito de Incidência ◼ Princípio Onivalente ◼ Princípio Plurivalente ◼ Princípio Monovalente ◼ Princípio Setorial Quanto à Finalidade ◼ Princípio Informativo ◼ Princípio Geral 2. Princípios Informativos do Direito Processual ◼ 2.1 Princípio Lógico ◼ 2.2 Princípio Jurídico ◼ 2.3 Princípio Político ◼ 2.4 Princípio Econômico ◼ 2.5 Princípio Instrumental Princípio Lógico Princípio Lógico ◼ Estabelece meta de desenvolvimento de um modelo processual coerente, com prevalência da racionalidade na formação de suas normas ◼ Indica a forma de seleção dos meios mais eficazes e rápidos de procurar e descobrir a verdade e de evitar o erro ◼ Devem ser utilizadas fórmulas que assegurem uma apuração mais fiel da realidade empírica Princípio Jurídico Princípio Jurídico ◼ Estabelece meta de desenvolver um sistema processual equilibrado, com tratamento isonômico e com paridade de armas para os litigantes ◼ Impõe a igualdade no processo, assegurando o tratamento isonômico entre as partes quanto às oportunidades ◼ Exige justiça na decisão oriunda de um processo equilibrado Princípio Político Princípio Político ◼ Estabelece como meta desenvolver o sistema processual de modo a permitir o máximo de garantia social, com o mínimo de sacrifício individual de liberdade ◼ Deve ser evitado o uso excessivo de medidas de constrição à liberdade das pessoas, aplicando-se apenas aquelas indispensáveis à consecução do fim do processo Princípio Econômico Princípio Econômico ◼ Estabelece meta de desenvolver um sistema processual efetivo, alcançando eficácia de forma eficiência ◼ Processo acessível a todos, com vistas aos seus custos e à sua duração ◼ O processo deve ser instituído com o menor dispêndio possível de dinheiro e de tempo Princípio Instrumental Princípio Instrumental ◼ Estabelece meta de explorar todo o potencial instrumental do sistema processual, enquanto ferramenta destinada a servir a fins maiores ◼ Processo jurisdicional se destina a servir aos interesses da coletividade ◼ Envolve a procura pela concretização dos escopos do processo - escopo jurídico - escopo político - escopo social - escopo magno 3. Relações de Princípios na Doutrina J.E. Carreira Alvim José de Albuquerque Rocha Bento Herculano Duarte José Cretella Neto Nelson Nery Júnior Humberto Theodoro Júnior Ovídio Baptista da Silva Luiz Fux Fredie Didier Júnior Cássio Scarpinella Bueno Misael Montenegro 3. Relações de Princípios na Doutrina ◼ Princípio da Iniciativa da Parte ◼ Princípio do Impulso Oficial ◼ Princípio do Inquisitório ◼ Princípio do Dispositivo ◼ Princípio da Lealdade Processual ◼ Princípio da Publicidade ◼ Princípio da Preclusão J.E. Carreira Alvim (“Princípios Sistemáticos do Processo” - Teoria Geral do Processo) Princípio da Independência Princípio da Imparcialidade Princípio do Juiz Natural Princípio da Exclusividade da Jurisdição pelo Judiciário Princípio da Inércia Princípio do Acesso á Justiça Princípio do Devido Processo Legal Princípio da Igualdade Princípio da Contraditório Princípio da Ampla Defesa Princípio da Liberdade da Prova Princípio da Tempestividade da Prestação Jurisdicional ◦ Princípio da Oralidade ◦ Princípio da Instrumentalidade Processual ◦ Principio da Economia Processual Princípio da Publicidade Princípio dos Recursos Princípio da Motivação Princípio da Coisa Julgada Princípio da Justiça Gratuita Princípio da Presunção de Inocência José de Albuquerque Rocha (“Princípios Constitucionais do Processo” – Teoria Geral do Processo Princípio do Devido Processo Legal Princípio da Segurança Jurídica Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição (Acesso à Justiça) Princípio do Juiz Natural Princípio da Independência do Poder Judiciário Princípio da Igualdade Processual ◦ Isonomia ◦ Imparcialidade Princípio do Contraditório Princípio da Ampla Defesa Princípio da Proteção à Coisa Julgada Princípio da Proibição da Prova Ilícita Princípio da Publicidade dos Atos Processuais Princípio da Motivação das Decisões Judiciais Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Princípio da Aceleração Processual Princípio da Demanda Princípio Dispositivo Princípio da Instrumentalidade Princípio da Oralidade Princípio da Adequação do Procedimento Princípio da Adaptabilidade do Procedimento Princípio da Verossimilhança Princípio da Lealdade Processual (Probidade) Princípio da Cooperação Princípio da Preclusão Bento Herculano Duarte (Princípios do Processo Civil) ◼ Princípios Constitucionais do Processo Civil – Princípio da Igualdade Processual – Princípio da Ampla Defesa – Princípio do Contraditório – Princípio do Duplo Grau de Jurisdição – Princípio da Publicidade do Processo e dos Atos Processuais – Princípio da Motivação das Decisões Judiciais – Princípio da Imparcialidade do Juiz – Princípio do Juiz Natural e do Promotor Natural José Cretella Neto (Fundamentos Principiológicos do Processo Civil) Princípios Não-Constitucionais do Processo Civil ◦ Princípio da Ação ◦ Princípio da Adequação ◦ Princípio da Adstrição do Juiz ao Pedido da Parte ◦ Princípio da Alternatividade ◦ Princípio do Aproveitamento dos Atos Processuais ◦ Princípio da Aquisição Processual ◦ Princípio da Causalidade ◦ Princípio da Concentração da Causa ◦ Princípio da Disponibilidade Processual ◦ Princípio Dispositivo ◦ Princípio Inquisitivo ◦ Princípio da Economia Processual ◦ Princípio da Eventualidade ◦ Princípio da Fungibilidade dos Recursos ◦ Princípio da Identidade Física do Juiz ◦ Princípio do Impulso Oficial e do Processo Inquisitivo ◦ Princípio da Incomunicabilidade das Nulidades Processuais ◦ Princípio da Instrumentalidade das Formas (ou do Processo) ◦ Princípio da Lealdade Processual e da Boa-Fé ◦ Princípio da Livre Investigação e da Livre Apreciação das Provas ◦ Princípio doConvencimento Racional do Juiz ◦ Princípio do Ônus da Prova ◦ Princípio da Oralidade ◦ Princípio da Preclusão ◦ Princípio da Proibição da Reformatio In Peius ◦ Princípio da Proibição ao Reexame do Mérito da Sentença Estrangeira ◦ Princípio da Sucumbência ◦ Princípio da Unirecorribilidade ◦ Princípio da Verdade Real ◦ Princípio da Probição da Prova Ilícita José Cretella Neto (Fundamentos Principiológicos do Processo Civil) Princípio do Devido Processo Legal Princípio da Isonomia Princípio do Juiz e do Promotor Natural Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional (Princípio do Direito de Ação) Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa Princípio da Proibição da Prova Ilícita Princípio da Publicidade dos Atos Processuais Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Princípio da Motivação da Decisão Judicial Princípio da Presunção de Não-Culpabilidade Princípio da Celeridade e da Duração Razoável do Processo Nelson Nery Júnior (Princípios do Processo na Constituição Federal) ◼ Princípio de Devido Processo Legal ◼ Princípio Inquisitivo ◼ Princípio Dispositivo ◼ Princípio do Contraditório ◼ Princípio da Recorribilidade (Dualidade de Instâncias ou Duplo Grau de Jurisdição) ◼ Princípio da Boa Fé ◼ Princípio da Lealdade Processual ◼ Princípio da Verdade Real Humberto Theodoro Júnior (“Princípios Informativos do Processo” - Curso de Direito Processual Civil) Princípio Dispositivo Princípio de Demanda Princípio da Oralidade Princípio da Imediatidade Princípio da Identidade Física do Juiz Princípio da Concentração Princípio da Irrecorribilidade das Interlocutórias Princípio do Livre Convencimento do Juiz Princípio da Bilateralidade da Audiência Princípio da Verossimilhança Ovídio Baptista da Silva (“Princípios Fundamentais do Processo Civil “ - Teoria Geral do Processo Civil) ◼ Princípio da Efetividade ◼ Princípio da Economicidade ◼ Princípio da Economia Processual ◼ Princípio da Preclusão Secundum Eventum Litis ◼ Princípio do Contraditório ◼ Princípio Dispositivo ◼ Princípio do Devido Processo Legal Luiz Fux (“Princípios Fundamentais do Processo” – Curso de Direito Processo Civil) Princípios Constitucionais Processuais Explícitos ◦ Princípio do Devido Processo Legal ◦ Princípio do Contraditório ◦ Princípio da Ampla Defesa ◦ Princípio da Publicidade ◦ Princípio da Duração Razoável do Processo ◦ Princípio da Igualdade Processual (Paridade de Armas) Princípios Constitucionais Processuais Implícitos ◦ Princípio da Boa-Fé Processual ◦ Princípio da Efetividade ◦ Princípio da Adequação (Legal e Jurisdicional) do Processo Princípio do Juiz Natural Princípio da Inafastabilidade Princípio da Busca pela verdade Real Princípio da Proibição de Provas Ilícitas Princípio da Lealdade Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Princípio da Motivação Princípio da Adequação do Procedimento Princípio da Adaptabilidade do Procedimento Princípio da Preclusão Princípio da Economia Processual Princípio a Celeridade Processual Princípio Dispositivo Princípio Inquisitivo Princípio da Instrumentalidade Princípio da Cooperação Fredie Didier Jr. (“Princípios Processuais” – Curso de Direito Processual Civil) Princípio do Acesso à Justiça (Inafastabilidade da Jurisdição, Ubiquidade da Jurisdição ou Inafastabilidade do Controle Jurisdicional) Princípio do Devido Processo Legal Princípio do Contraditório Princípio da Ampla Defesa Princípio do Juiz Natural Princípio do Duplo Grau de Jurisdição Princípio da Isonomia Princípio da Publicidade Princípio da Motivação Princípio da Vedação a Provas Ilícitas (Vedação a Provas Obtidas por Meios Ilícitos) Princípio da Assistência Jurídica Integral e Gratuita Princípio da Economia Processual Princípio da Eficiência Processual Princípio da Efetividade do Processo Cássio Scarpinella Bueno (“Princípios Constitucionais do Processo” - Curso Sistematizado de Direito Processual Civil) ◼ Princípio do Juiz Natural ◼ Princípio do Devido Processo legal ◼ Princípio da Isonomia ◼ Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa ◼ Princípio da Motivação das Decisões Judiciais ◼ Princípio da Publicidade do Processo e dos Atos Processuais ◼ Princípio da Razoável Duração do Processo Misael Montenegro (Curso de Direito Processual Civil) 4. Princípios Processuais Constitucionais: Devido Processo Legal e as Garantias Constitucionais do Processo 4.1 Devido Processo Legal 4.2 Inafastabilidade da Jurisdição 4.3 Juiz Natural 4.4 Igualdade Processual 4.5 Contraditório e Ampla Defesa 4.6 Licitude das Provas 4.7 Presunção de Inocência 4.8 Publicidade dos Atos Processuais 4.9 Motivação das Decisões 4.10 Respeito à Coisa Julgada 4.11 Gratuidade da Justiça e Assistência Judiciária 4.12 Tutela Efetiva 4. Princípios Processuais Constitucionais: Devido Processo Legal e as Garantias Constitucionais do Processo CPC de 2015 ◼Art. 1o - O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. 4.1 Devido Processo Legal Devido Processo Legal ◼Fundamento Constitucional: ◼ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal (artigo 5o, inciso LIV, da CF/88). 4.1 Devido Processo Legal Licurgo e as Leis de Esparta Magna Carta of 1215 Magna Carta of 1215 ◼ JOHN, by the grace of God King of England, Lord of Ireland, Duke of Normandy and Aquitaine, and Count of Anjou, to his archbishops, bishops, abbots, earls, barons, justices, foresters, sheriffs, stewards, servants, and to all his officials and loyal subjects, Greeting. ◼ KNOW THAT BEFORE GOD, for the health of our soul and those of our ancestors and heirs, to the honour of God, the exaltation of the holy Church, and the better ordering of our kingdom, at the advice of our reverend fathers Stephen, archbishop of Canterbury, primate of all England, and cardinal of the holy Roman Church, Henry archbishop of Dublin, William bishop of London, Peter bishop of Winchester, Jocelin bishop of Bath and Glastonbury, Hugh bishop of Lincoln, Walter bishop of Worcester, William bishop of Coventry, Benedict bishop of Rochester, Master Pandulf subdeacon and member of the papal household, Brother Aymeric master of the knighthood of the Temple in England, William Marshal earl of Pembroke, William earl of Salisbury, William earl of Warren, William earl of Arundel, Alan of Galloway constable of Scotland, Warin fitz Gerald, Peter fitz Herbert, Hubert de Burgh seneschal of Poitou, Hugh de Neville, Matthew fitz Herbert, Thomas Basset, Alan Basset, Philip Daubeny, Robert de Roppeley, John Marshal, John fitz Hugh, and other loyal subjects: Magna Carta of 1215 ◼ 01. FIRST, THAT WE HAVE GRANTED TO GOD, and by this present charter have confirmed for us and our heirs in perpetuity, that the English Church shall be free, and shall have its rights undiminished, and its liberties unimpaired. That we wish this so to be observed, appears from the fact that of our own free will, before the outbreak of the present dispute between us and our barons, we granted and confirmed by charter the freedom of the Church's elections - a right reckoned to be of the greatest necessity and importance to it - and caused this to be confirmed by Pope Innocent III. This freedom we shall observe ourselves, and desire to be observed in good faith by our heirs in perpetuity. ◼ TO ALL FREE MEN OF OUR KINGDOM we have also granted, for us and our heirs for ever, all the liberties written out below, to have and to keep for them and their heirs, of us and our heirs: Magna Carta of 1215 ◼39. No free man shall be seized or imprisoned, or stripped of his rights or possessions, or outlawed or exiled, nor will we proceed with force against him, except by the lawful judgement ofhis equals or by the law of the land. Constitution of the United States Constitution of the United States ◼ Article VI, Section 2 ◼ This Constitution, and the Laws of the United States which shall be made in Pursuance thereof; and all Treaties made, or which shall be made, under the Authority of the United States, shall be the supreme Law of the Land; and the Judges in every State shall be bound thereby, any Thing in the Constitution or Laws of any State to the Contrary notwithstanding. Fifth Amendment Bill of Rights Fifth Amendment ◼ No person shall be held to answer for a capital, or otherwise infamous crime, unless on a presentment or indictment of a grand jury, except in cases arising in the land or naval forces, or in the militia, when in actual service in time of war or public danger; nor shall any person be subject for the same offense to be twice put in jeopardy of life or limb; nor shall be compelled in any criminal case to be a witness against himself, nor be deprived of life, liberty, or property, without due process of law; nor shall private property be taken for public use, without just compensation. Fourteenth Amendment ◼ Section 1. ◼ All persons born or naturalized in the United States, and subject to the jurisdiction thereof, are citizens of the United States and of the state wherein they reside. No state shall make or enforce any law which shall abridge the privileges or immunities of citizens of the United States; nor shall any state deprive any person of life, liberty, or property, without due process of law; nor deny to any person within its jurisdiction the equal protection of the laws. ◼ Section 2. ◼ Representatives shall be apportioned among the several states according to their respective numbers, counting the whole number of persons in each state, excluding Indians not taxed. But when the right to vote at any election for the choice of electors for President and Vice President of the United States, Representatives in Congress, the executive and judicial officers of a state, or the members of the legislature thereof, is denied to any of the male inhabitants of such state, being twenty- one years of age, and citizens of the United States, or in any way abridged, except for participation in rebellion, or other crime, the basis of representation therein shall be reduced in the proportion which the number of such male citizens shall bear to the whole number of male citizens twenty-one years of age in such state. ◼ Section 3. ◼ No person shall be a Senator or Representative in Congress, or elector of President and Vice President, or hold any office, civil or military, under the United States, or under any state, who, having previously taken an oath, as a member of Congress, or as an officer of the United States, or as a member of any state legislature, or as an executive or judicial officer of any state, to support the Constitution of the United States, shall have engaged in insurrection or rebellion against the same, or given aid or comfort to the enemies thereof. But Congress may by a vote of two-thirds of each House, remove such disability. ◼ Section 4. ◼ The validity of the public debt of the United States, authorized by law, including debts incurred for payment of pensions and bounties for services in suppressing insurrection or rebellion, shall not be questioned. But neither the United States nor any state shall assume or pay any debt or obligation incurred in aid of insurrection or rebellion against the United States, or any claim for the loss or emancipation of any slave; but all such debts, obligations and claims shall be held illegal and void. ◼ Section 5. ◼ The Congress shall have power to enforce, by appropriate legislation, the provisions of this article. https://www.law.cornell.edu/constitution/amendmentxix https://www.law.cornell.edu/constitution/amendmentxxvi Distinções ◼Law of the Land ◼Rule of Law ◼Due Process of Law Constituição da República de 1988 ◼ Artigo 5o, LIV ◼ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal Legal Processo Devido Due Process of Law Devido Exigido/ Obrigado Apropriado/ Acertado Adequado/ Conforme Processo Forma de Proceder Modo de Agir Método a Seguir Legal Previsto em Lei Tipificado pelo Legislador Devido Processo Legal Fórmula de Agir Prevista em Lei como a Exigida para Chegar a um Determinado Fim Modo de Proceder Tipificado pelo Legislador como o Apropriado para Produzir um Resultado Válido Submissão à Lei; Imposição da Legalidade; Força Nomativa Rule of Law Dimensions of Due Process of Law Procedural Due Process of Law Substantive Due Processo of Law Dimensões do Devido Processo Legal Devido Processo Legal Formal Devido Processo Legal Substancial Due Process of Law Responsability Accountability Devido Processo Legal Substancial (Substantivo ou Material) ◼ Devido Processo Legal impõe não apenas exigências formais mas também resultados razoáveis ◼ Devido é um Processo que Gera Resultados Substancialmente Devidos ◼ Autolimitação ao Poder Estatal para Evitar Atuação Arbitrária e Ofensa a Direitos Materiais do Cidadão ◼ Decorrência da Aplicação dos Princípios da Proporcionalidade e da Razoabilidade Devido Processo Legal Formal (Processual ou Procedimental) ◼ Complexo de Garantias com Finalidade de Assegurar Respeito às Regras do “Jogo” Processual ◼ Conjunto de Garantias Assecuratórias do Livre Exercício dos Direitos e Faculdades Processuais do Cidadão ◼ Série de Direitos Fundamentais Processuais Assegurados Pela Constituição aos Jurisdicionados ◼ Condição Legitimante do Exercício da Jurisdição José Rogério Cruz e Tucci (Garantias Constitucionais do Processo Civil. São Paulo: RT, 1999, p. 5) ◼ “Configura-se o decantado princípio do due process of law no direito ao processo e ainda no processo, durante o desenrolar de todas as suas várias etapas, de sorte que ninguém sofra qualquer privação, material ou física, a não ser que seja observado o conjunto das formalidades e exigências em lei previstas” Pelegrini, Dinamarco e Cintra (Teoria Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 2014) ◼ “Entende-se, com essa fórmula, o conjunto de garantias constitucionais que, de um lado, asseguram às partes o exercício de suas faculdades e poderes processuais e, do outro, são indispensáveis ao correto exercício da jurisdição. Garantias que não servem apenas aos interesses das partes, como direitos públicos subjetivos (ou poderes e faculdades processuais) destas, mas que configuram, antes de mais nada, a salvaguarda do próprio processo, objetivamente considerado, como fator legitimante do exercício da jurisdição” Devido Processo Legal Processual ◼ Imposição ao Estado e a todos os Sujeitos do Processo da Observância de Garantias Processuais que, concomitantemente: – Asseguram aos Litigantes o Exercício de Direitos, Poderes e Faculdades Processuais, Tutelando sua Atuação em Juízo – Controla o Exercício da Jurisdição pelo Estado Juiz, Evitando o Arbítrio Tutela dos Direitos Processuais do Cidadão Controle da Atuação do Estado-Juiz Devido Processo Legal Processual Constituição da República de 1988 ◼ Artigo 5o, LIV ◼ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal 4.2 Inafastabilidade da Jurisdição (Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, Livre Acesso ao Judiciário, Ubiquidade) 4.2 Inafastabilidade da Jurisdição (Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, Livre Acesso ao Judiciário, Ubiquidade) ◼ Fundamento Constitucional ◼a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (artigo 5o, XXXV, da CR/88) Magna Carta of 1215 Carta Magna of 1215 ◼40. To no one will we sell, to no one deny or delay right or justice. Carta Magna of 1215 ◼18. We ourselves, or in our absence abroad our chief justice, will send two justicesto each county four times a year, and these justices, with four knights of the county elected by the county itself, shall hold the assizes in the county court, on the day and in the place where the court meets. Carta Magna of 1215 ◼19. If any assizes cannot be taken on the day of the county court, as many knights and freeholders shall afterwards remain behind, of those who have attended the court, as will suffice for the administration of justice, having regard to the volume of business to be done. Constitution of the United States Constitution of the United States 1787 ◼ Article III, Section 2 ◼The judicial Power shall extend to all Cases, in Law and Equity, arising under this Constitution, the Laws of the United States, and Treaties made, or which shall be made, under their Authority Declaração Universal dos Direitos Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼ Artigo 8 – Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. ◼ Artigo 10 – Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 8º - Garantias Judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) E nas Constituições Brasileiras? Sem Previsão Expressa ◼Constituição de 1824 ◼Constituição de 1891 ◼Constituição de 1934 ◼Constituição de 1937 Constituição de 1824 ◼Art. 161. Sem se fazer constar, que se tem intentado o meio da reconciliação, não se começará Processo algum. Constituição de 1946 ◼Artigo 141 ◼§ 4º - A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. Constituição de 1967 ◼Artigo 150 ◼§ 4º - A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. Constituição de 1967 (Emenda nº 1 de 17.10.1969) ◼Artigo 153 ◼§ 4º - A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. Constituição de 1967 (Emenda nº 7 de 1977) ◼ Artigo 153 ◼ 4º. A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. O ingresso em juízo poderá ser condicionado a que se exauram previamente as vias administrativas, desde que não exigida garantia de instância, nem ultrapassado o prazo de cento e oitenta dias para a decisão sobre o pedido. Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Comparativo Constituição de 1967 ◼ Artigo 153 ◼ 4º. A lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão de direito individual. O ingresso em juízo poderá ser condicionado a que se exauram previamente as vias administrativas, desde que não exigida garantia de instância, nem ultrapassado o prazo de cento e oitenta dias para a decisão sobre o pedido. Constituição de 1988 ◼ Artigo 5º ◼ XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Amplo Acesso, Mas Com Uma Certa Mitigação ... Constituição de 1988 ◼ Artigo 217 ◼ § 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. ◼ § 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. Amplo Acesso ao Judiciário na Ótica do STF ◼ Julgamento das ADIns 2139 e 2160 ◼REx 824.712 MA ◼Súmula 667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. Inafastabilidade da Jurisdição em um Modelo Multiportas ◼ Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. ◼ § 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. ◼ § 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. ◼ § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. CPC de 2015 ◼Art. 3o - Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. CPC de 2015 Comparativo Art. 5º, XXXV, da CR/88 ◼a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Artigo 3º do CPC/2015 ◼Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. CPC de 2015 ◼ Artigo 3º ◼§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. CPC de 2015 ◼ Artigo 3º ◼§ 2o - O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. CPC de 2015 ◼ Artigo 3º ◼§ 3o - A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 4.3 Juiz Natural (e Promotor Natural) 4.3 Juiz Natural (e Promotor Natural) ◼ Fundamentos Constitucionais ◼não haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5o, XXXVII, da CR/88) ◼ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente (art. 5o, LIII, da CR/88) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 10 – Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 8º - Garantias Judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) E nas Constituições do Brasil? Constituição de 1824 ◼ Artigo 179 ◼ VIII. Ninguem poderá ser preso sem culpa formada, excepto nos casos declarados na Lei; e nestes dentro de vinte e quatro horas contadas da entrada na prisão, sendo em Cidades, Villas, ou outras Povoações proximas aos logares da residencia do Juiz; e nos logares remotos dentro de um prazo razoavel, que a Lei marcará, attenta a extensão do territorio, o Juiz por uma Nota, por elle assignada, fará constar ao Réo o motivo da prisão, os nomes do seu accusador, e os das testermunhas, havendo-as. ◼ X. A' excepção de flagrante delicto, a prisão não póde ser executada, senão por ordem escripta da Autoridade legitima. Se esta fôr arbitraria, o Juiz, que a deu, e quem a tiver requerido serão punidos com as penas, que a Lei determinar. ◼ XI. Ninguem será sentenciado, senão pela Autoridade competente, por virtude de Lei anterior, e na fórma por ella prescripta. ◼ XII. Será mantida a independencia do Poder Judicial. Nenhuma Autoridade poderáavocar as Causas pendentes, sustal-as, ou fazer reviver os Processos findos. Constituição de 1891 ◼ Artigo 72 ◼ § 13 - A exceção do flagrante delito, a prisão não poderá executar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei, e mediante ordem escrita da autoridade competente. ◼ § 15 - Ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente, em virtude de lei anterior e na forma por ela regulada. ◼ § 23 - À exceção das causas que, por sua natureza, pertencem a Juízos especiais, não haverá foro privilegiado. Constituição de 1934 ◼ Artigo 113 ◼ 25) Não haverá foro privilegiado nem Tribunais de exceção; admitem-se, porém, Juízos especiais em razão da natureza das causas. ◼ 26) Ninguém será processado, nem sentenciado senão pela autoridade competente, em virtude de lei anterior ao fato, e na forma por ela prescrita. Constituição de 1937 ◼ Artigo 122 ◼ 11) à exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei e mediante ordem escrita da autoridade competente. Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, senão pela autoridade competente, em virtude de lei e na forma por ela regulada; a instrução criminal será contraditória, asseguradas antes e depois da formação da culpa as necessárias garantias de defesa; Constituição de 1946 ◼ Artigo 141 ◼§ 26 - Não haverá foro privilegiado nem Juízes e Tribunais de exceção. ◼§ 27 - Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente e na forma de lei anterior. Constituição de 1967 ◼ Artigo 150 ◼ § 12 - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente. A lei disporá sobre a prestação de fiança. A prisão ou detenção de qualquer pessoa será Imediatamente comunicada ao Juiz competente, que a relaxará, se não for legal. ◼ § 15 - A lei assegurará aos acusados ampla defesa, com os recursos a ela Inerentes. Não haverá foro privilegiado nem Tribunais de exceção. Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; Vehmgericht (Liga da Corte Sagrada, de Vestfália/Alemanha) Agir no Limites da Lei 4.4 Igualdade Processual 4.4 Igualdade Processual ◼ Fundamento Constitucional ◼Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (art. 5o, caput, da CR/88) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼ Artigo 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. ◼ Artigo 2º - 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. ◼ . Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼ Artigo 8º – Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. ◼ Artigo 10 – Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 1º Os Estados-Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 8º - Garantias Judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: ◼ a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal; ◼ b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; ◼ c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa; ◼ d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor ◼ de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; ◼ e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; ◼ f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; ◼ g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e ◼ h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. Constituições do Brasil Constituição de 1824 ◼ Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela maneira seguinte. ◼ XIII. A Lei será igual para todos, quer proteja, quer castigue, o recompensará em proporção dos merecimentos de cada um. Constituição de 1891 ◼ Art 72 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: ◼ § 2º - Todos são iguais perante a lei. ◼ A República não admite privilégios de nascimento, desconhece foros de nobreza e extingue as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os títulos nobiliárquicos e de conselho. Constituição de 1934 ◼ Art 113 - A Constituição assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à subsistência, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: ◼ 1) Todos são iguais perante a lei. Não haverá privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissões próprias ou dos pais, classe social, riqueza, crenças religiosas ou idéias políticas. Constituição de 1937 ◼Art 122 - A Constituição assegura aos brasileiros e estrangeiros residentes no País o direito à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: ◼1º)todos são iguais perante a lei; Constituição de 1946 ◼ Art 141 - A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade dos direitos concernentes à vida, à liberdade, a segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: ◼§ 1º Todos são iguais perante a lei. Constituição de 1967 ◼ Art 150 - A Constituição assegura aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade dos direitos concernentes à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ◼ § 1º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção, de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas. O preconceito de raça será punido pela lei. Constituição de 1988 ◼ Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ◼ I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; Lei nº 13.105 de 2015 Código de Processo Civil de 2015 Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 7o - É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: ◼I - assegurar às partes igualdade de tratamento; Tratamento Diferenciado Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 180. - O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. ◼ Art. 183. - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. ◼ Art. 186. - A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: ◼ I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; ◼ II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. Lei 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso) ◼ Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. Decreto-Lei nº 779 de 1969 ◼ Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: ◼ I - a presunção relativa de validade dos recibos de quitação ou pedidos de demissão de seus empregados ainda que não homologados nem submetidos à assistência mencionada nos parágrafos 1º, 2º e 3º do artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho; ◼ II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do Trabalho; ◼ III - o prazo em dôbro para recurso; ◼ IV - a dispensa de depósito para interposição de recurso; ◼ V - o recurso ordinário "ex officio" das decisões que lhe sejam total ou parcialmente contrárias; ◼ VI - o pagamento de custas a final salva quanto à União Federal, que não as pagará. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm#art477%C2%A71.. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm#art477%C2%A72 CLT ◼ Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: ◼ I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; ◼ II – o Ministério Público do Trabalho. CLT ◼ Artigo 899 ◼ § 9o - O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. ◼ § 10. - São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. Igualdade Proporcional Igualdade Proporcional Igualdade Material Igualdade Processual Exógena Igualdade Espiritual Igualdade Processual Endógena 4.5 Contraditório e Ampla Defesa 4.5 Contraditório e Ampla Defesa ◼ Fundamento Constitucional ◼ aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5o, LV, da CR/88) Contraditório Contraditório Quatro Etapas do Contraditório Ciência Reflexão Decisão Reação Ciência Reflexão Decisão Reação Contraditório Ciência Reflexão Decisão Reação Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 10 – Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼Art. 7º - Direito à Liberdade Pessoal 4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da detenção e notificada, sem demora, da acusação ou das acusações formuladas contra ela. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 8º - Garantias Judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Artigo 8º - Garantias Judiciais ◼ 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: ◼ a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal; ◼ b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; ◼ c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa; ◼ d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor ◼ de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; ◼ e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; ◼ f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; ◼ g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e ◼ h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. O Contraditórionas Constituições Brasileiras Sem Previsão ◼Constituição de 1824 ◼Constituição de 1891 ◼Constituição de 1934 Constituição de 1937 ◼ Artigo 122 ◼ 11) à exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei e mediante ordem escrita da autoridade competente. Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, senão pela autoridade competente, em virtude de lei e na forma por ela regulada; a instrução criminal será contraditória, asseguradas antes e depois da formação da culpa as necessárias garantias de defesa; Constituição de 1946 ◼ Artigo 141 ◼ § 25 - É assegurada aos acusados plena defesa, com todos os meios e recursos essenciais a ela, desde a nota de culpa, que, assinada pela autoridade competente, com os nomes do acusador e das testemunhas, será entregue ao preso dentro em vinte e quatro horas. A instrução criminal será contraditória. Constituição de 1967 ◼Artigo 150 ◼§ 16 - A instrução criminal será contraditória, observada a lei anterior quanto ao crime e à pena, salvo quando agravar a situação do réu. Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; CPC DE 2015 Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 7o - É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 9º - Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. ◼ Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: ◼ I - à tutela provisória de urgência; ◼ II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; ◼ III - à decisão prevista no art. 701. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 10. - O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. Código de Processo Civil de 2015 ◼ Artigo 98 ◼ § 1o A gratuidade da justiça compreende: ◼VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: ◼ I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; ◼ II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 329. O autor poderá: ◼ II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo- lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 317. - Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 1.007. ◼§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 1.007. ◼§ 4o - O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689 de 1941) Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689 de 1941) ◼Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. AMPLA DEFESA Ampla Defesa Acesso a Armas Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 11 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Art. 8º - Garantias Judiciais 1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Artigo 8º - Garantias Judiciais ◼ 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: ◼ a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal; ◼ b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; ◼ c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa; ◼ d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor ◼ de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; ◼ e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; ◼ f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; ◼ g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e ◼ h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. A Ampla Defesa nas Constituições Brasileiras Sem Previsão na Constituição de 1824 Constituição de 1891 ◼ Artigo 72 ◼§ 16 - Aos acusados se assegurará na lei a mais plena defesa, com todos os recursos e meios essenciais a ela, desde a nota de culpa, entregue em 24 horas ao preso e assinada pela autoridade competente com os nomes do acusador e das testemunhas. Constituição de 1934 ◼Artigo 113 ◼24) A lei assegurará aos acusados ampla defesa, com os meios e recursos essenciais a esta. Constituição de 1937 ◼ Artigo 122 ◼ 11) à exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei e mediante ordem escrita da autoridade competente. Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, senão pela autoridade competente, em virtude de lei e na forma por ela regulada; a instrução criminal será contraditória, asseguradas antes e depois da formação da culpa as necessáriasgarantias de defesa; Constituição de 1946 ◼ Artigo 141 ◼ § 25 - É assegurada aos acusados plena defesa, com todos os meios e recursos essenciais a ela, desde a nota de culpa, que, assinada pela autoridade competente, com os nomes do acusador e das testemunhas, será entregue ao preso dentro em vinte e quatro horas. A instrução criminal será contraditória. Constituição de 1946 ◼ Artigo 141 ◼ § 28 - É mantida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, contanto que seja sempre ímpar o número dos seus membros e garantido o sigilo das votações, a plenitude da defesa do réu e a soberania dos veredictos. Será obrigatoriamente da sua competência o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Constituição de 1967 ◼Artigo 150 ◼§ 15 - A lei assegurará aos acusados ampla defesa, com os recursos a ela inerentes. Não haverá foro privilegiado nem Tribunais de exceção. Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼ XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: ◼ a) a plenitude de defesa; ◼ b) o sigilo das votações; ◼ c) a soberania dos veredictos; ◼ d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; CPC de 2015 Código de Processo Civil de 2015 ◼ Artigo 98 ◼ § 1o A gratuidade da justiça compreende: ◼VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Código de Processo Civil de 2015 ◼ Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. ◼Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Contraditório e Ampla Defesa Contraditório e Ampla Defesa Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 4.6 Licitude das Provas (Liceidade das Provas ou Inadmissibilidade de Provas Ilícitas) 4.6 Licitude das Provas (Liceidade das Provas ou Inadmissibilidade de Provas Ilícitas) ◼ Fundamentos Constitucionais ◼são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos (art. 5o, LVI, da CR/88) Fundamentos Constitucionais ◼ Artigo 5º ◼X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; ◼XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; ◼ XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Distinções Prova Ilícita Prova Ilegítima Provas Legais Ilegais Ilícitas Ilegítimas (Viola Direito Material no (Viola Direito Processual no Momento da sua Produção) Momento de sua Admissão no Processo) Imposição de Licitude na Produção de Provas Preservação da Intimidade/Privacidade Preservação da Intimidade/Privacidade Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 12 ◼Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Artigo 8º - Garantias Judiciais ◼ 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: ◼ a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal; ◼ b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada; ◼ c) concessão ao acusado do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa; ◼ d) direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor ◼ de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor; ◼ e) direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; ◼ f) direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no Tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; ◼ g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada; e ◼ h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. Liceidade das Provas nas Constituições Brasileiras Sem Previsão na Constituição de 1824 Constituição de 1891 ◼Artigo 72 ◼§ 18 - É inviolável o sigilo da correspondência. Constituição de 1934 ◼Artigo 113 ◼8) É inviolável o sigilo da correspondência. Constituição de 1937 ◼Artigo 122 ◼6º) a inviolabilidade do domicílio e de correspondência, salvas as exceções expressas em lei; Constituição de 1946 ◼ Artigo 141 ◼ § 6º - É inviolável o sigilo da correspondência. ◼ § 15 - A casa é o asilo inviolável do indivíduo. Ninguém, poderá nela penetrar à noite, sem consentimento do morador, a não ser para acudir a vitimas de crime ou desastre, nem durante o dia, fora dos casos e pela forma que a lei estabelecer. Constituição de 1967 ◼ Artigo 150 ◼ § 9º - São invioláveis a correspondência e o sigilo das comunicações telegráficas e telefônicas. ◼ § 10 - A casa é o asilo inviolável do indivíduo. Ninguém pode penetrar nela, à noite, sem consentimento do morador, a não ser em caso de crime ou desastre, nem durante o dia, fora dos casos e na forma que a lei estabelecer. Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Constituição de 1988 ◼ Artigo 5º ◼ XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; Lei nº 13.105 de 2015 Código de Processo Civil de 2015 Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais,bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689 de 1941) Código de Processo Penal ◼Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Código de Processo Penal ◼Artigo 157 ◼§ 1o - São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Código de Processo Penal ◼ Artigo 157 ◼§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Código de Processo Penal ◼ Artigo 157 ◼ § 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) ◼ § 4o (VETADO) ◼ § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-350-08.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 Lei nº 9.296 de 1996 Lei nº 9.296 de 1996 ◼ Art. 1º - A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. ◼ Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica- se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática. Lei nº 9.296 de 1996 ◼ Art. 2° - Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: ◼ I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal; ◼ II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; ◼ III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. ◼ Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada. Lei nº 9.296 de 1996 ◼ Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei: (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019) ◼ Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019) ◼ Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de conduta prevista no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) ◼ Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ◼ Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) ◼ § 1º - Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13869.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13869.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13869.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art7 ◼ "Habeas corpus". Utilização de gravação de conversa telefônica feita por terceiro com a autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro quando há, para essa utilização, excludente da antijuridicidade. - Afastada a ilicitude de tal conduta - a de, por legítima defesa, fazer gravar e divulgar conversa telefônica ainda que não haja o conhecimento do terceiro que está praticando crime -, é ela, por via de conseqüência, lícita e, também conseqüentemente, essa gravação não pode ser tida como prova ilícita, para invocar-se o artigo 5º, LVI, da Constituição com fundamento em que houve violação da intimidade (art. 5º, X, da Carta Magna). (HC 74678 / SP - SÃO PAULO. Relator: Ministro MOREIRA ALVES) Decisão do STF Filmagem de Ambiente de Trabalho Filmagem ... Em Ambiente de Trabalho!!! Com Limites de Razoabilidade!! Informações em Mídias Sociais Mensagens em Mídias Sociais Imagens em Mídias Sociais Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 4.7 Presunção de Inocência 4.7 Presunção de Inocência (Presunção de Não Culpabilidade ou Estado de Inocência) ◼ Fundamento Constitucional ◼ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (artigo 5º, LVII, da CR/88) Tratado Internacional de Direitos Humanos Tratado Internacional de Direitos Humanos ◼ Artigo 11 ◼ 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼ Artigo 8º - Garantias Judiciais ◼ 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: A Presunção de Inocência nas Constituições Brasileiras Constituição de 1824 ◼ Artigo 179 ◼ VIII. Ninguem poderá ser preso sem culpa formada, excepto nos casos declarados na Lei; e nestes dentro de vinte e quatro horas contadas da entrada na prisão, sendo em Cidades, Villas, ou outras Povoações proximas aos logares da residencia do Juiz; e nos logares remotos dentro de um prazo razoavel, que a Lei marcará, attenta a extensão do territorio, o Juiz por uma Nota, por elle assignada, fará constar ao Réo o motivo da prisão, os nomes do seu accusador, e os das testermunhas, havendo-as. ◼ IX. Ainda com culpa formada, ninguem será conduzido á prisão, ou nella conservado estando já preso, se prestar fiança idonea, nos casos, que a Lei a admitte: e em geral nos crimes, que não tiverem maior pena, do que a de seis mezes de prisão, ou desterro para fóra da Comarca, poderá o Réo livrar-se solto. ◼ X. A' excepção de flagrante delicto, a prisão não póde ser executada, senão por ordem escripta da Autoridade legitima. Se esta fôr arbitraria, o Juiz, que a deu, e quem a tiver requerido serão punidos com as penas, que a Lei determinar. ◼ O que fica disposto acerca da prisão antes de culpa formada, não comprehende as Ordenanças Militares, estabelecidas como necessarias á disciplina, e recrutamento do Exercito; nem os casos,que não são puramente criminaes, e em que a Lei determina todavia a prisão de alguma pessoa, por desobedecer aos mandados da justiça, ou não cumprir alguma obrigação dentro do determinado prazo. Constituição de 1891 ◼ Artigo 72 ◼ § 14 - Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, salvas as exceções especificadas em lei, nem levado à prisão ou nela detido, se prestar fiança idônea nos casos em que a lei a admitir. Omissão na Constituição de 1934 Constituição de 1937 ◼ Artigo 122 ◼ 11) à exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei e mediante ordem escrita da autoridade competente. Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, senão pela autoridade competente, em virtude de lei e na forma por ela regulada; a instrução criminal será contraditória, asseguradas antes e depois da formação da culpa as necessárias garantias de defesa; Constituição de 1946 ◼ Artigo 45 ◼ § 1º - No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de quarenta e oito horas, à Câmara respectiva, para que resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação da culpa. Omissão na Constituição de 1967 Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória Desdobramentos Regra de Tratamento: O Acusado Deve Ser Tratado Como Inocente Durante o Decorrer do Processo, Até o Trânsito em Julgado da Decisão Final Regra Probatória: O Encargo de Provar as Acusações Recai sobre o Acusador 4.8 Publicidade dos Atos Processuais ◼ Fundamentos Constitucionais ◼ a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (art. 5o, LX, da CR/88) ◼ todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação (art. 93, IX, da CR/88) 4.8 Publicidade dos Atos Processuais Transparência Processual Transparência Processual Transparência no Público Direito do Cidadão Dever do Estado Publicidade dos Atos Processuais Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 10 ◼Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) ◼Artigo 11 ◼1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) Pacto de San José da Costa Rica (1969, ratificado pelo Brasil em 1992) ◼Artigo 8º - Garantias Judiciais ◼5. O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. Bill of Rights Sixth Amendment of the U.S. Constitution (1791) ◼ In all criminal prosecutions, the accused shall enjoy the right to a speedy and public trial, by an impartial jury of the State and district wherein the crime shall have been committed, which district shall have been previously ascertained by law, and to be informed of the nature and cause of the accusation; to be confronted with the witnesses against him; to have compulsory process for obtaining witnesses in his favor, and to have the Assistance of Counsel for his defence. E nas Constituições Brasileiras? Sem Previsão Expressa ◼Constituição de 1824 ◼Constituição de 1891 ◼Constituição de 1934 ◼Constituição de 1937 ◼Constituição de 1946 ◼Constituição de 1967 Constituição de 1988 Constituição de 1988 ◼Artigo 37 ◼A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Constituição de 1988 ◼Artigo 5º ◼LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; Constituição de 1988 Texto Original ◼ Artigo 93 ◼ IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes; Constituição de 1988 (Texto após EC 45/2004) ◼ Artigo 93 ◼ IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Comparativo Constituição de 1988 Texto Original ◼ Artigo 93 ◼ IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes; Constituição de 1988 Texto após EC 45/2004 ◼ Artigo 93 ◼ IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Eventual Colisão Direito à Intimidade Interesse Público na Informação Constituição de 1988 ◼Artigo 93 ◼X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; Constituição de 1988 Artigo 5º, inciso LX ◼ a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; Artigo 93, inciso IX ◼ todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; Código de Processo Civil de 2015 Código de Processo Civil de 2015 Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 8o - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. Código de Processo Civil de 2015 ◼Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Segredo de Justiça como Exceção ◼ Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: ◼ I - em que o exija o interesse público ou social; ◼ II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e
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