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Ácido úrico e gota

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Ácido úrico sérico e hiperuricemia
· Quantifica o ácido úrico no soro sendo geralmente feito quando há suspeita de hiperuricemia (aumento do ácido úrico no plasma). O paciente com hiperuricemia tem maior probabilidade de ter gota, mas não obrigatoriamente vai ter. 
· O ácido úrico é produto de degradação das bases púricas (e não das proteínas pois o metabólito da proteína é a ureia). A excreção dessa substância é feita pela urina. 
Correlações clínica patológicas na hiperuricemia
· Causas da hiperuricemia: 
1. Produção aumentada – lise de tumor, ingestão de drogas (etanol e drogas citotóxicas), consumo excessivo de alimentos ricos em purinas (alimentos à base de carne como miúdos, frutos do mar, grão de bico, tomate, etc), obesidade, hipertrigliceridemia. 
2. Excreção renal diminuída – hipertensão, insuficiência renal crônica, cetoacidose, acidose lática, uso de diuréticos (tiazidas e furosemida – competem com o transportador tubular usado pela ácido úrico de forma a retê-lo). 
· Quando a hiperuricemia ocorre devido a alguma patologia, ela é dita secundária. 
· Valor de referência:
1. Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL
2. Mulheres: 2,7 a 6,0 mg/dL 
· Amostra utilizada: soro (sangue no tubo de ensaio sem anticoagulante. Após a coagulação, retira-se o soro).
· Método de análise: espectrofotométrico – enzimático (bioquímica clínica)
1. Esse método enzimático utiliza um reagente que possui uma enzima específica para a substância, no caso o ácido úrico. Ao haver a reação enzima-substrato, gera-se um produto que geralmente é colorido. 
2. Dessa forma, a quantidade de cor é proporcional a quantidade do substrato inicial (ácido úrico). 
3. Existe um equipamento, chamado de espectrofotômetro, que analisa a absorbância (o quanto de luz branca é absorvida ou transmitida pelo líquido colorido) do líquido. Assim, chega-se a análise quantitativa. 
4. Esse mesmo método de análise é amplamente utilizado em todos os laboratórios e pode ser usado para glicose, ureia, ácido úrico e várias outras moléculas que são abundantes no soro. Contudo, não é recomendado para quantificação de substâncias presentes em concentrações pequenas, como hormônios, pois o método é incapaz de quantificar. 
5. A uricase é a enzima que reconhece o ácido úrico, permitindo o acontecimento da reação na temperatura e pH adequado. Ao final da reação se tem um produto final chamado antipirilquinomina que é colorido ou absorve luz UV. 
6. O líquido colorido é colocado em uma cubeta de quartzo (transparente) para ser introduzido no espectrofotômetro. A máquina faz com que uma lâmpada incida seu feixe de luz sob o líquido colorido. Assim, um detector analisa o quanto de luz foi absorvida e o quanto foi transmitido. Tal fenômeno é baseado na lei de Lambert-Beer que diz a absorbância é diretamente proporcional a concentração da solução de uma amostra. 
Camostra X Apadrão = Cpadrão X Aamostra
Gota
· Doença que pode ocorrer nas pessoas com hiperuricemia, sendo mais comum em homens de meia idade.
· A gota possui fases:
1. Hiperuricemia assintomática 
2. Crises de artrite inflamatória (dores nas articulações) – artrite gotosa aguda (se for tratada de forma adequada nessa fase, não desenvolve para as outras fases)
3. Depósito de cristais de urato monossódico – gota intersticial 
4. Nefrolitíase – gota tofácea aguda 
· Existe a gota aguda e gota crônica. 
· Diagnóstico da gota é clínico. Normalmente a pessoa chega com relato de crises recorrentes com uso de antiinflamatório. A articulação chega vermelha, inchada e geralmente unilateral. Deve-se pedir o exame de ácido úrico sérico (exame barato e amplamente disponível) para confirmar, apesar do diagnostico poder ser feito 100% de forma clínica. 
· Pode-se observar cristais de urato de sódio aspirados no líquido sinovial no microscópio com luz polarizada. Isso é considerado como diagnóstico definitivo, mas não é usado na prática. 
· Outras causas de hiperuricemia:
1. Síndrome de Lesch-Nyhan – deficiência da enzima HGPRT (erro inato do metabolismo de purinas)
2. Fármacos e outras substâncias químicas – inibição competitiva com a reabsorção e secreção tubular de urato 
I. Furosemida e diuréticos tiazida 
II. Acetoacetato e lactato 
III. Ácido ascórbico, cafeína e teofilina 
IV. AINEs (AAS)
V. Etanol – um dos que mais causam 
3. Neoplasias e leucemias 
· Causas de hipouricemia: 
1. Defeito na reabsorção tubular renal (ácido úrico é mais excretado): síndrome de Fanconi e doença de Wilson 
2. Tratamento com alopurinol a longo prazo - necessidade de diminuir a dose ou suspender a medicação 
3. Deficiência congênita da Xantina Oxidase
4. Hepatopatias muito graves

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