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UNESP – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho ENGENHARIA AMBIENTAL IVAN SOUZA ISAEL DE BARROS JHENIFER NERY MACIEL JOÃO PEDRO CRUZEIRO OLIVEIRA JONAS HENRIQUE MARCUSSO MICHELIN JOYCE SILVA VIEIRA DE AGUIAR LAYANA STEFANY GUIMARÃES VALIM LEDIANE APARECIDA NERY MACIEL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Presidente Prudente 2021 IVAN SOUZA ISAEL DE BARROS JHENIFER NERY MACIEL JOÃO PEDRO CRUZEIRO OLIVEIRA JONAS HENRIQUE MARCUSSO MICHELIN JOYCE SILVA VIEIRA DE AGUIAR LAYANA STEFANY GUIMARÃES VALIM LEDIANE APARECIDA NERY MACIEL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Trabalho apresentado à Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, orientado pela Profa. Dra. Renata Ribeiro de Araújo. Presidente Prudente 2021 2 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3 2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 4 2.1 Contexto geral ..................................................................................................................... 4 2.2 A crise ambiental e o conceito de desenvolvimento sustentável ........................................ 5 2.3 O surgimento da crise ambiental no final do século XX..................................................... 6 2.4 Estocolmo e o vínculo entre desenvolvimento e meio ambiente ........................................ 7 2.5 Relatório de Brundtland ...................................................................................................... 8 2.6 A Eco-92 e o conceito de desenvolvimento sustentável ..................................................... 8 2.7 A institucionalização da questão ambiental pela Eco-92 .................................................... 9 2.8 Declaração do rio: O liberalismo ...................................................................................... 11 2.9 A modernização ecológica e o desenvolvimento sustentável ........................................... 13 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 15 3.1 Cronologia dos eventos da ONU em prol do desenvolvimento sustentável ..................... 15 3.2 Desenvolvimento sustentável: Uma análise do cenário atual baseado nas políticas discutidas na ONU .................................................................................................................... 16 3.3 Políticas ambientais aplicadas após o surgimento do termo “desenvolvimento sustentável” nas conferências da ONU ..................................................................................... 18 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21 3 1. INTRODUÇÃO Na era contemporânea, o capitalismo, como principal sistema econômico, adaptou conceitos para se manter favorável ao sistema político, dentre eles, o conceito de desenvolvimento sustentável - CDS. A partir do século XX, a denominada “crise ambiental” que refere-se a mudanças no clima, destruição de florestas tropicais, diminuição da biodiversidade, ganhou reconhecimento mundial e passou a ser, paulatinamente, objeto de negociações internacionais, destacada no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Nessa referência bibliográfica, serão citadas as mais importantes negociações internacionais relacionadas ao desenvolvimento sustentável como a Conferência de Estocolmo, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – CNUDS (Rio de Janeiro, 2012), identificada como Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, também conhecida como Eco-92, Relatório Brundtland e o Protocolo de Kyoto que tiveram demasiada importância para que houvessem regulamentações políticas associadas às questões de preservação ambiental. Dessa forma, vale ressaltar o quão importante o liberalismo, uma doutrina político- econômica, influencia as políticas aplicadas. A declaração do Rio e a Agenda 21 justificam uma governança ambiental baseada em um “ambientalismo liberal”, os acordos estabelecidos no documento assinado apoiam o livre mercado, a privatização de bens públicos e o uso de mecanismos capitalistas aliados à proteção ambiental. A partir disso, os Resultados e Discussões consistem na cronológica dos eventos realizados pela ONU, baseado na revisão bibliográfica deste trabalho, o qual se justifica pela necessidade de compreender como o termo se desenvolveu ao longo dos anos e como ele foi debatido nas conferências da ONU e suas principais contribuições aos países. Ademais, os objetivos são expor a trajetória político-social do conceito de desenvolvimento sustentável e as importâncias das conferências realizadas pela ONU. 4 2. METODOLOGIA 2.1 Contexto geral As primeiras ações do ser humano acerca dos recursos naturais, aconteceram a partir da transição em que os humanos passaram de nômades, caçadores ou coletores para agricultores com residência fixa. As interferências ambientais de maneira mais agressiva foram impulsionadas no decorrer dos Séculos. No século XX começam a surgir ideias de "sustentabilidade" e preservação ecológica, quando o homem começa a perceber que os recursos naturais são limitados. Neste sentido, iniciou-se reuniões e encontros para tratar sobre a questão dos recursos naturais disponíveis no planeta (FRIDICH et al, 2014). As conferências que abordam as questões ambientais, possuem características de cooperação internacional, em que há uma ampla discussão acerca do tema e, mesmo com interesses divergentes, trabalham juntas para melhorias em comum. Apesar da questão ambiental ser extremamente importante, os acordos feitos nas Conferências ainda necessitam ser colocados em prática e coercitivamente, ocasionar efeito na questão ambiental (BARRETO, 2017). Segundo o Relatório de Brundtland, criado pela Assembleia Geral da ONU, o conceito de desenvolvimento sustentável surge como: “[...] o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades” (CMMAD, 1991). Em um cenário de aprofundamento da questão ambiental, o reconhecimento do conceito de desenvolvimento sustentável, surge com rápido prestígio na sociedade contemporânea, tomando assim, um grande alcance ao longo da transição entre os séculos XX e XXI (BARRETO, 2017). De acordo com Togerson (1995), divergências relacionadas à coerência do significado de sustentabilidade surgem a partir da contextualização dos meios de implantação do mesmo. Uma variedade de opiniões se vislumbra e em cada uma delas há uma resposta para a problemática da questão ambiental. Duas vertentes se destacam no espectro de opiniões: a ecológica radical, que exige uma reforma da sociedade como um todo; e a ecologia econômica, que acredita na capacidade de instrumentos de mercado de se responsabilizar pelo equilíbrio ambiental (MUNCK e SOUZA, 2010). 5 2.2 A crise ambiental e o conceito de desenvolvimento sustentável O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu a partir de estudos das Nações Unidas durante a Comissão de Brundtland, no início dos anos 1980, onde o relatório Our Common Future foi escrito. O conceito surgiu em resposta às preocupações humanas, no contexto da crise de problemas ambientais e sociais que ocorreram em todo o mundodesde a segunda metade do século passado, tentando conciliar as necessidades de desenvolvimento econômico da sociedade com desenvolvimento social e respeito ao meio ambiente (GONÇALVES, 2005). O relatório Our Common Future teve como objetivo o Meio Ambiente e Desenvolvimento, os presidentes deste comitê foram Gro. Harlem Brundtland e Mansour Khalid, o documento se inicia com uma visão complexa das causas dos problemas socioeconômicos e ecológicos na sociedade global. Ele enfatiza a interconexão entre economia, tecnologia, sociedade e política, ao mesmo tempo em que chama a atenção para uma nova posição ética, caracterizada pela responsabilidade intergeracional dos membros contemporâneos da sociedade. O relatório apresenta a relação das ações a serem realizadas em todo o Estado Nacional. Entre elas estão: O crescimento populacional, garantia da alimentação a longo prazo, preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias, aumento da produção industrial nos países não industrializados, controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores, todas as necessidades básicas devem ser satisfeitas. O relatório Brundtland também identifica metas a serem alcançadas em nível internacional, com várias organizações internacionais atuando como agentes. Acentuando as seguintes questões: As organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia do desenvolvimento sustentável; A comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais como a Antártica, os oceanos, o espaço; Guerras devem ser banidas; A ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável (SILVA, 2010). Enfrentamos muitos problemas ambientais e sociais como mudanças climáticas, desmatamento, perda de biodiversidade, crise na produção de alimentos, poluição, chuva ácida e os perigos da radiação relacionada ao uso de energia nuclear. Tudo isso, pode ser entendido como uma crise sistêmica, não só de meio ambiente, pois o modelo econômico é baseado no consumo e na concentração de bens e capital (GUEDES, 2013). 6 2.3 O surgimento da crise ambiental no final do século XX A crise que caracteriza o final do século XX e o início do novo milênio, inclui não apenas seus aspectos econômicos, sociais e políticos mais evidentes. Pela primeira vez na história, o nível de integração humana atingiu um nível de causalidade sem precedentes nas culturas humanas. Neste contexto, o ano destaca o surgimento de problemas ambientais à escala local e global, devido aos crescentes impactos ambientais causados pelo modo de produção capitalista dominante baseado no uso ilimitado dos recursos naturais (QUINTANA e HACON, 2011). Assim, a ideia de ambiente que caracteriza o pensamento moderno compreende a natureza como um recurso sujeito à compreensão e intervenção humana, a partir da ideia de que o homem a tem sob seu controle. A partir do final do século XX, essa ideia começou a ser desfeita a partir do início de uma crise ambiental, sinalizando que poderia ficar sem recursos naturais. Autores como Hobsbawm (2000) e Gonçalves (2006) lembram que a preocupação com o meio ambiente começou com as explosões nucleares de Hiroshima e Nagasaki, no final da Segunda Guerra Mundial. Após aquele evento, o poder do homem destruir para si e para o planeta terrestre foi claramente demonstrado (BARRETO, 2017). A crise ambiental surge assim como uma crise capaz de lembrar à humanidade ou pelo menos àqueles que insistem na reprodução ilimitada do capital, que há limites físicos, orgânicos e químicos para sua extensão. Para alguns autores, como James O'Connor (2002), o sistema capitalista, supondo que proporcione condições ilimitadas de produção, incluindo trabalho e natureza, arriscava a reprodução do capital, criando o que ele chamou de segundas contradições do capitalismo. De acordo com os proponentes desta tese, violações direcionadas à força de trabalho ao mesmo tempo que a exploração em larga escala da natureza levarão a um aumento no custo do processo de produção, já que a maioria dos capitalistas necessariamente incorporam tais externalidades negativas, isso seria resultar em um lucro comprimido (QUINTANA e HACON, 2011). A chamada crise ambiental afeta desigualmente diferentes grupos sociais porque reflete as contradições clássicas inerentes ao modo de produção capitalista. A globalização do capital. Os novos contornos que a economia adquiriu na contemporaneidade evidenciam ainda mais essas contradições em nível local e global que caracterizam o cenário de crise. A atual lógica de acumulação de capital sob o imperialismo, marcada pela formação de grandes monopólios e por um surpreendente grau de concentração de capital, parece encontrar na crise ambiental o 7 resultado de sua dinâmica errônea, marcada pelo avanço sobre “a própria vida humana e social como espaços para a sua expansão lucrativa” (FONTES, 2010, p.147). Para muitos, a composição desse cenário de crise indica o fracasso em um sistema amparado na mercantilização das mais diversas áreas da vida (QUINTANA e HACON, 2011). 2.4 Estocolmo e o vínculo entre desenvolvimento e meio ambiente A Confederação das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano (CNUMAH) ocorreu entre os dias 5 e 16 de junho de 1972, sediada pela capital da Suécia, Estocolmo, onde foi convocada para investigar as ações nos níveis nacionais e internacionais no qual reuniu cerca de 113 países para, na medida do possível, eliminar as contrariedades ao meio ambiente. A conferência de Estocolmo foi um marco ambiental histórico pelo fato de se tratar do primeiro grande encontro internacional com representantes de diversas nações para discutir os problemas ambientais (CETESB). Fazendo um breve histórico sobre a evolução da preocupação com o meio ambiente, a partir do final do século XIX, já era possível notar que países da América, Europa e Oceania, implementaram leis que visassem proteger espécies de animais e plantas endêmicas, por terem percebido que a ação do homem causava risco de extinção dos mesmos. Entretanto, foi no entre guerras, já no século seguinte, que os países se movimentaram de forma mais unida para a preservação. Após o final da segunda guerra mundial, houve uma grande disseminação pela mídia de eventos catastróficos como por exemplo os grandes derramamentos de petróleo o que fez o tema da natureza cair na opinião pública (GONZAGA et al., 2012). Decorrente da evolução científica e do aumento da preocupação, em 1972 a ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou a CNUMAH, onde os quatro motivos para a realização dessa conferência segundo Le Prestre (2005, p.174-175) foram: a) O aumento da cooperação científica na década de 60, no qual decorreram preocupações. Exemplos: Mudanças climáticas e problemas da quantidade e qualidade das águas. b) O aumento da publicidade dos problemas no meio ambiente, causado pela ocorrência de catástrofes ambientais. Exemplos: Marés negras, desaparecimento de territórios selvagens e a modificação de paisagens. c) O crescimento econômico acelerado, que gera uma profunda transformação das sociedades e de seus modos de vida principalmente pelo êxodo rural, e de regulamentações criadas e introduzidas sem se preocupar com as consequências de longo prazo. 8 d) Vários outros problemas já identificados no fim da década de 60 por cientistas e pelo governo sueco, onde não podiam ser resolvidos de outra forma a não ser uma cooperação internacional. Exemplos: Chuvas ácidas, poluição do mar Báltico, acumulação de metais pesados e de agrotóxicos que penetravam nos animais como peixes e aves. A conferência de Estocolmo teve como o reconhecimento do problema ambiental e a necessidade de agir, é tido como o ano em que o direito ambiental passou a ser reconhecido como ramo jurídico.A CNUMAH teve como o grande mérito de haver alertado o mundo para os malefícios que a deterioração do ecossistema poderia causar à humanidade como um todo (JONES; LACERDA; SILVA, 2005 p.103). 2.5 Relatório de Brundtland O relatório Brundtland é o resultado do trabalho da ONU sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, os presidentes desta comissão eram Harlen Brundtland e Mansour Khalis, daí o nome do relatório final. O relatório parte de uma visão complexa das causas dos problemas socioeconômicos e ecológicos da sociedade global, onde há uma interligação entre sociedade, política, economia e tecnologia (CAVALCANTI, 1994). O relatório busca uma nova postura ética, caracterizada pela responsabilidade tanto das próximas gerações quanto dos contemporâneos da sociedade atual (Bruske apud Sobrinho, 2008, p.89). De acordo com Barreto (2017, p.54) as três principais partes do relatório estruturados foram: a) Preocupações comuns - identificar as causas e as consequências da degradação ambiental e apresentar, se possível, estratégias para a solução. b) Desafios comuns - debater diretrizes públicas para temas como a conservação da biodiversidade, segurança alimentar, crescimento populacional e produção e consumo de energia. c) Esforços comuns - tratar de relações internacionais como mudanças institucionais para o aperfeiçoamento da cooperação global, gerenciamento de áreas comuns, entre outros. 2.6 A Eco-92 e o conceito de desenvolvimento sustentável Na última grande conferência em 92 foi proclamada uma concepção de desenvolvimento sustentável um tanto enigmática e frágil. Sua definição alude a abjuração das necessidades do agora e do futuro da humanidade, na busca da construção desse ideário mais próximo do desenvolvimento e meio ambiente (OLIVEIRA, 2011, p. 45). 9 No entanto, havia necessidade da ocupação deste termo de forma a ser aceitável e isso se mostrou disputado, principalmente após o Relatório de Brundtland. Desse modo, a Eco -92 é um momento decisivo, pois aponta “os termos em que a institucionalização deveria ocorrer” da temática ambiental (NOBRE, 2002, p. 51). Termos esses que dizem respeito à supremacia do pensamento econômico liberal e à certeza de um progresso tecnológico (BARRETO, 2017, p. 58). 2.7 A institucionalização da questão ambiental pela Eco-92 Em junho de 1992, foi organizada pela ONU a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento que ficou conhecida como Eco -92. A conferência foi convocada por meio da Resolução 44/228 de 1989 da Assembleia Geral das Nações Unidas. De acordo com a convocação, o intuito seria estabelecer estratégias e medidas acerca de reverter os efeitos da degradação ambiental para a promoção de um desenvolvimento sustentável e ambientalmente adequado (ONU, 1989 apud BARRETO, 2017, p. 58). Na conferência, o objetivo foi criar a aparência de um debate amplo e democrático, entre os mais diversos participantes de todas as nações, acerca das possíveis resoluções para os grandes problemas ambientais. Porém, ao contrário dessa aparência dialógica, a Eco -92 foi na verdade o palco escolhido para proclamar um Desenvolvimento Sustentável enquanto mecanismos de mudança das problemáticas ambientais na capital (OLIVEIRA, 2011, p. 48). A Rio-92 foi construída sobre um acúmulo de décadas, sendo o ponto mais alto de gestão cooperativa dos recursos ambientais. Isto pois a Conferência não só gerou cinco instrumentos normativos importantes, mas porque foi rodeada por um clima de otimismo (VIOLA, 2012, p. 476). No encontro foram criados um número significativo de acordos ambientais, que por sua vez passaram a nortear princípios e ferramentas institucionais para os debates ao redor da questão ambiental a partir do final do século XX. São eles: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a Declaração de Princípios sobre Florestas e a Agenda 21 (BARRETO, 2017, p. 59). Com grandes debates em torno das questões ambientais, com as dialéticas entre os países ricos e pobres, países desenvolvidos e países subdesenvolvidos, a Conferência do Rio e 10 janeiro se tornou um evento bipartido: no Riocentro ocorreu a Cúpula da Terra e a Reunião das “Delegações”, onde as complexas decisões diplomáticas e os acordos internacionais foram constituídos, enquanto no Aterro do Flamengo aconteceu o Fórum Global envolvendo as ONGs e movimentos sociais. Claramente, a Cúpula da Terra se sobrepôs ao Fórum, criando a falsa impressão de um diálogo ativo entre os mesmos e ao redor do Desenvolvimento Sustentável, porém apenas a primeira possui caráter deliberativo (OLIVEIRA, 2011, p. 53). A conferência representou uma oportunidade para ir além e consolidar mudanças na ordem global (Bernstein, 2001, p. 89). O objetivo proposto para a Conferência foi essencial para formar as bases na nova ordem político-econômica mundial e a resolução das problemáticas ambientais. Com isso, as questões ambientais tinham de ser pontuadas nos termos do desenvolvimento desigual do Norte e do Sul, terreno que já havia sido preparado com cautela pelo Relatório Brundtland (NOBRE, 2002, p. 52-56). E assim “relação entre desenvolvidos e não-desenvolvidos, apresentada por Estocolmo e consolidada por Brundtland, foi superado pelo “triunfo” do pensamento econômico liberal (BARRETO, 2017, p. 62). O marco da concepção do Desenvolvimento Sustentável na ECO-92, se dá na assinatura da Agenda 21 que foi o ato simbólico, crucial da efetivação da nova ordem geopolítica. A agenda 21 tornou-se um receituário comum para países periféricos e centrais. Assim os empasses de Estocolmo se tornaram encontros de diversos “mundos” no Rio de Janeiro. No entanto, tais encontros não foram capazes de suprimir as mazelas enfrentadas, a existência de uma multifacetada crise por causa da consolidação de um modelo industrial exportador, e, assim, exige uma “ecologização” de medidas econômicas (OLIVEIRA, 2011, p. 53). Nas proposições da Agenda 21, a erradicação da pobreza e a superação do subdesenvolvimento são pontuadas como proporcionalmente decorrentes do crescimento econômico, que por sua vez está vinculado a uma reformulação do mercado que visa a competitividade. Nesse sentido, é visível o posicionamento do Relatório de Brundtland e o da Agenda 21 com relação às dívidas financeiras dos países periféricos. Conforme o que foi acordado na Eco-92, a questão ambiental deve ser tratada de acordo com uma estrutura de valores que não coloque o sistema econômico capitalista como causa primária da depravação ambiental. A conferência não somente reafirmou tal sistema, como também incitou que o crescimento econômico é fundamental para a conservação do meio ambiente, além de estimular as nações a aderir ao livre comércio (BARRETO, 2017, p. 63). Quando a Conferência ocorreu no ano de 1992, “não somente a compatibilidade entre crescimento e proteção ambiental estava cimentada no discurso internacional, como também 11 estava a percepção de que instrumentos econômicos e soluções baseadas no mercado eram mais capazes de alcançar essa síntese” (BERNSTEIN, 2001, p. 73). Assim fica evidente que a compreensão que a Rio-92 consolidou uma ordem ambiental a favor da economia liberal ou neoclássica quando faz-se a observação da fragmentação do debate ambiental ocorrida na Conferência. Um debate estabelece princípios para o desenvolvimento sustentável, o outro estipula um plano de ação composto de quarenta capítulos para a sua promoção em âmbito nacional (BARRETO, 2017, p. 63-64). 2.8 Declaração do rio: O liberalismo A Agenda 21 é um documento que foi assinado em 12 de junho de 1992, no Rio de Janeiro,por 179 países, resultante da Conferência Das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – Rio 92, definida como um planejamento participativo visando o desenvolvimento sustentável. Ou seja, para a Agenda 21 é necessário que todos os países colaborem expondo sua realidade local com a implementação de um Plano Local de Desenvolvimento sustentável, propondo metas para solucionar algumas problemáticas (SEDEST, 2018). Entretanto, a declaração do Rio e a Agenda 21 justificam uma governança ambiental baseada em um “ambientalismo liberal”. No modo geral, os acordos estabelecidos no documento assinado apoiam o livre mercado, a privatização de bens públicos e o uso de mecanismos capitalistas aliados à proteção ambiental. A leitura da declaração deixa claro que as políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável são orientadas por uma economia voltada para o crescimento econômico, que não limita o comércio por meio de imposições ambientais (BERNSTEIN, 2001 apud BARRETO, 2017). O mundo pós-moderno e liberal apresenta um modelo de agir para toda uma sociedade. Por mais que se tenha compreendido que o mundo não suporta mais o modelo produtivo e econômico, sempre há a criação de novas tecnologias, modos de consumo, maior crescimento e acúmulo de capital por grandes organizações (ENGEMA, 2014). A Declaração do Rio 1992 é composta por vinte e sete princípios, nem todos trata-se apenas do liberalismo, alguns referem-se à promoção da paz, radicalização da pobreza e desenvolvimento sustentável unido ao liberalismo econômico. Com ênfase no princípio 12, de acordo com a ONU “Os Estados deveriam cooperar para promover um sistema econômico internacional favorável e aberto, o qual levará ao crescimento econômico e ao desenvolvimento 12 sustentável de todos os países, a fim de abordar adequadamente as questões da degradação ambiental” (CETESB, 1992). Faz-se necessário citar o segundo princípio que estabelece uma soberania para exploração dos recursos naturais em acordo com políticas ambientais e de desenvolvimento. A prioridade do viés econômico liberal é também observada na ECO-92 no modo que se definiu o financiamento da Agenda 21, sendo criado um “fundo verde” e o “Global Environmental Facility” – GEF, ficando estabelecido alguns “países doadores” que ficaram responsáveis por distribuir recursos para implantar alguns programas ambientais (BARRETO, 2017). Com a publicação do Relatório Brundtland, o Banco Mundial (coordenador dos programas de desenvolvimento sustentável das conferências realizadas pela ONU) passou por diversas reformas internas no intuito de transformar e integrar suas iniciativas para o desenvolvimento econômico com o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Relatório, essas políticas ambientais deveriam ser “amigáveis ao mercado”, começando pela remoção de subsídios econômicos que encorajam o uso da água na irrigação, utilização de pesticidas, uso excessivo de combustíveis fósseis e a excessiva exploração das florestas (BERNSTEIN, 2001, p.76, apud BARRETO, 2017). Em 2002, dez anos após a Rio-92, as Nações Unidas realizaram a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento sustentável, nomeada de Rio+10, na cidade de Johanesburgo localizada na África do Sul, com a finalidade de debater assuntos da Rio-92 e da Conferência de Estocolmo que ocorreu em 1972 na Suécia, onde reuniu 113 países para discutir problemas ambientais. A Rio+10 buscava analisar e chegar a um acordo a respeito do grau de interferência humana no meio ambiente (DINIZ, 2003). Em 2012, dez anos após a Rio+10, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), nomeada de Rio+20, novamente sediada no Rio de Janeiro no Brasil, com o propósito de definir uma agenda do desenvolvimento sustentável nas próximas décadas, com os dois principais temas: “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza” e “A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável” (SILVA, 2012). Ao longo de todos esses anos, tanto a Rio+10 quanto a Rio+20 e a Rio-92, promoveram um conceito de Desenvolvimento Sustentável como instrumento para lidar com a problemática ambiental. Com o fomento da crise ambiental do século XX, houve todo um processo de ressignificação do termo conceito de desenvolvimento sustentável por meio de uma transformação na relação entre natureza e indivíduo. As transformações não param e tendem a seguir um ritmo em direção a um modelo que promove uma sustentabilidade maior, porém 13 como se trata de uma avaliação recente, ainda é difícil obter conhecimento de o quão maléfico pode ser a união do liberalismo e do conceito de desenvolvimento sustentável (BARRETO, 2017). 2.9 A modernização ecológica e o desenvolvimento sustentável No cenário contemporâneo, em que o sistema capitalista é dominante, o surgimento de conceitos que se adequam à estrutura política e social é comum, como é exemplo o desenvolvimento sustentável. Este surge a partir da necessidade da sustentabilidade para a manutenção do sistema capitalista e da ideia de conciliação entre a mesma e a questão ecológica (VIZEU; MENEGHETTI; SEIFERT, 2012). Segundo Munck e Souza (2010), as consequências ambientais advindas da industrialização exacerbada com o capitalismo são incontestavelmente negativas, logo, o conceito de desenvolvimento sustentável vem a ser tema central de discussões na estruturação de políticas ambientais, sociais e econômicas em todas as escalas de poderes governamentais e organizacionais. O conceito de modernização ecológica foi primeiramente empregado em 1980, por pesquisadores do Berlin Business Center e utilizado por um grupo de cientistas sociais alemães, também chamados de escola alemã de política ambiental, a fim de fornecer uma alternativa de resolução entre a questão ecológica e econômica (JÄNICKE, 2007). Segundo Buttel (2000), a ascensão da denominação modernização ecológica, surge como uma possível teoria a ser discutida dentro da sustentabilidade, a qual deve relacionar e dialogar com conhecimentos antigos e importantes junto a sociologia ambiental abordando temas relacionados às tradições de produção do sistema capitalista. Tendo em vista a relação do contexto e dos conceitos, surgem questionamentos e dissertações abordando o tema (apud MUNCK e SOUZA, 2010). A modernização ecológica com visão liberal baseia-se na ideia de que a industrialização, o desenvolvimento tecnológico e o crescimento econômico são compatíveis com a proteção ambiental e que também apoiam a proteção ambiental. O aprofundamento sobre o conceito e o desenvolvimento do assunto é feito a partir da realização da Conferência Rio-92, onde por meio dos significados semânticos de desenvolvimento sustentável, surge a abordagem de instrumentos baseados na crença de livre mercado, ou seja, no viés econômico liberal como solução aos problemas ambientais (BARRETO, 2017). Segundo as histórias literárias de Mol (2000) e Buttel (2000), o embasamento em uma democracia liberal capitalista possui uma capacidade institucional de diminuir e corrigir impactos no meio ambiente e de que os estudos acerca da mesma auxiliam na identificação de 14 processos sociopolíticos que incentivam resultados ecológicos mais benefícios (apud MUNCK e SOUZA, 2010). Ao enfatizar o liberalismo econômico na Conferência Eco-92, percebe-se o que Koselleck (2006, p.115) define como “a estratificação dos significados de um mesmo conceito em épocas diferentes”. A mesma se torna ainda mais evidente com a criação do termo “economia verde” que, em tese, está relacionada à adaptação do sistema produtivo e de consumo às demandas ambientais. O desenvolvimento sustentável e a modernização ecológica abordam condições particulares que entram em contradição com o sistema capitalista, dado que, com o surgimento da ideia de sustentabilidade,transparece os efeitos negativos que o avanço desse sistema trouxe ao meio ambiente. Portanto, acentua-se como conceito orientador de esforços coletivos os Estados, as entidades governamentais, organismos não governamentais e empresas preocupadas com a questão ambiental. Na Conferência das Nações Unidas: Rio +20, a necessidade de desenvolvimento sustentável foi um dos principais desafios abordados (VIZEU; MENEGHETTI; SEIFERT, 2012). A economia neoclássica ou liberal baseia-se numa ideia utilitarista-individualista, que não corresponde com a ética do conceito de desenvolvimento sustentável, pois além de serem antagônicas, também há variáveis ambientais que vão além do valor econômico que não pode ser comparado a utilização de valores e preferências do consumidor (AMAZONAS, 2002). Portanto, os desafios a serem enfrentados sobre os danos, degradações, perdas, extinções e a falta de discussão sobre como o desenvolvimento sustentável em tese atua sobre o ser humano e a natureza nos levam a crer que estamos a frente de uma crise estrutural em que a lógica de mercado e a desigualdade produzida e reproduzida pela colonialidade (FREITAS; NÉLSIS; NUNES, 2012). A teoria da modernização ecológica participa de críticas, assim como todas as teorias que abordam a questão ecológica, em que a mais relevante é a de ecologia radical, onde não há a constatação de um real desenvolvimento sustentável dentro do sistema capitalista. A realização de estudos acerca da sociologia ambiental e do levantamento de políticas públicas e privadas mais relevantes é a organização que pode prezar pelo desenvolvimento sustentável (MUNCK e SOUZA, 2010). 15 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Esta seção está distribuída em uma linha do tempo constando todos os eventos da ONU, compreendendo sua importância na análise histórica do conceito de sustentabilidade, com o resgate da origem e a evolução do termo. Ademais, para que o conceito seja de fato respeitado é necessário abrir uma discussão com as problemáticas que dificultam o desenvolvimento sustentável. 3.1 Cronologia dos eventos da ONU em prol do desenvolvimento sustentável Para o análise dos resultados obtidos na metodologia elaborada a partir de uma pesquisa bibliográfica, organizou-se os fatos em uma linha do tempo, como mostra na figura abaixo: Figura 1 - Linha do tempo com os eventos que marcaram o surgimento e a discussão do conceito de desenvolvimento. Fonte: Autores, 2021. 1972 – Realização da Conferência das Nações Unidas para o ambiente humano, ocorreu entre os dias 5 a 16 de julho, realizada na Suécia, na cidade de Estocolmo. Considerado um grande marco histórico que reuniu diversos países para discutir problemáticas ambientais (CETESB). 1987 – O Relatório Brundtland surgiu da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland e Mansour Khalid. O relatório definiu o papel de desenvolvimento sustentável como um ato que “satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. A partir desse relatório que o termo “desenvolvimento sustentável”, foi difundido dentre os eventos da ONU (INSTITUTO ECOBRASIL). 16 1992 – A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Rio-92 e Eco-92, ocorreu no Brasil na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era garantir a conscientização ambiental e ecológica nos cinco continentes (BARRETO, 2009). 1997 – O Protocolo de Kyoto foi realizado na cidade de Kyoto no Japão, foi um acordo ambiental realizado durante a 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Sendo o primeiro tratado internacional a discutir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e estimulava a criação de meios para garantir o desenvolvimento sustentável (AGÊNCIA SENADO). 2002 – A Cúpula de Joanesburgo foi sediada na cidade de Joanesburgo, África do Sul, entre 2 e 4 de setembro de 2002. O objetivo era reafirmar o compromisso de desenvolvimento sustentável, econômico, social e proteção ambiental no âmbito global (CETESB, 2013). 2005 – No dia 20 de dezembro de 2002 a ONU estabeleceu a Década das Nações Unidas da educação para o Desenvolvimento Sustentável (DNUEDS) que iniciou-se em 2005 e encerrou-se em 2014. A iniciativa partiu do projeto “Educação para um futuro sustentável”, criado em 1994 com o objetivo de realizar recomendações para garantir uma educação sustentável, contribuindo para a construção de um futuro sustentável (ONU BRASIL, 2020). 2012 – A Conferência Rio +20 ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de junho, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. O principal comprometimento político foi avaliar o progresso feito nos principais encontros com temática sobre o desenvolvimento sustentável, como a Rio+10 (CETESB, 2020). 2015 – A Cúpula de Desenvolvimento Sustentável foi realizada na sede da ONU, em Nova York, em setembro de 2015. Nesse encontro os países pertencentes à ONU definiram novos objetivos que visam o desenvolvimento sustentável, com prazo até 2030. Essa agenda foi nomeada como “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”. (ONU BRASIL, 2020). 3.2 Desenvolvimento sustentável: Uma análise do cenário atual baseado nas políticas discutidas na ONU A ausência de políticas ambientais para organizações econômicas e a forma como as cidades foram construídas contribuíram para o surgimento de um modelo de desenvolvimento 17 fundamentado no conhecimento científico e tecnológico, gerando riquezas, mas também um grande débito ambiental (SIQUEIRA, 2001). O discurso incluso nos documentos e nos eventos e a realidade socioambiental das cidades em todo mundo, possui uma diferença notável, que resulta na incapacidade de criar políticas públicas que leve em conta as formas de produção do espaço urbano e não somente a degradação ambiental, urbana e social (SILVA e TRAVASSOS, 2008). Entre as problemáticas mais preocupantes da atualidade estão a alta emissão de gases e o desmatamento das florestas. A imagem 1, é um exemplo de políticas ambientais má planejadas, com um cenário histórico real e uma estimativa para os próximos 179 anos da emissão e absorção de gases na atmosfera terrestre (SIQUEIRA, 2001). Figura 2 - Cenário histórico e estimativa de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre. Fonte: EDNHUB, 2020. Além da emissão de gases na atmosfera terrestre, outra problemática é o desmatamento que afeta diretamente a população mundial. De acordo com a plataforma de jornalistas EDN HUB (2020), o mundo perdeu quase 100 milhões de hectares em duas décadas, essa perda atinge particularmente os países em desenvolvimento, um retrato de desenvolvimento sustentável focado em práticas neoliberais, como mostrado no tópico 2.8 da metodologia. A imagem 2 mostra a cobertura florestal global desmatada desde o ano de 2001: 18 Figura 3 - Perda de florestas em hectares com o passar dos anos. Fonte: Siqueira, 2001. 3.3 Políticas ambientais aplicadas após o surgimento do termo “desenvolvimento sustentável” nas conferências da ONU As conferências da ONU foram de grande importância para uma consciência global sobre o uso dos recursos naturais e o meio ambiente. Desde 1972 em Estocolmo já houve questões essenciais debatidas sobre as problemáticas ambientais. (BERCHIN, CARVALHO, 2015). As principais declarações foram sobre a preservação dos recursos naturais para gerações presentes e futuras e a responsabilidade ambiental (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO). Com o passar dos anos, a Conferência de Estocolmo que já havia deixado princípios e declarações a serem seguidas, passou a influenciar em políticas ambientais e em decisões tomadas pelos países. Um ano após a Conferência de Estocolmo ocorreu a primeira reunião do conselho do PNUMA, ondehouve um acordo entre Estados membros das Nações Unidas para monitorar, regular ou proibir o comércio de espécies em risco. (UNEP) Também inspirado pela Conferência de Estocolmo, o relatório Brundtland que populariza o termo “desenvolvimento sustentável”, publicado em 1987, mostrou os avanços e os retrocessos globais no aspecto humano, econômico e social. O relatório aponta que danos ambientais causados pelo desenvolvimento têm crescido constantemente, ocasionando vários impactos. (ONU, 2014 apud Berchin, Carvalho, 2015). Após alguns anos um dos maiores financiadores de projetos ambientais no mundo foi criado, o GEF. Ele foi consolidado em 1991 como um programa para apoiar a proteção do meio ambiente global e promover o desenvolvimento sustentável (FUNBIO). 19 Em 1992 aconteceu a Rio-92, onde houve vários acordos ambientais importantes, incluindo a Agenda 21. Dentre os principais resultados da Rio-92, podemos destacar a adoção de duas convenções multilaterais: Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre a Diversidade Biológica. Também se evidencia a subscrição de documentos adotados pelos governos, como a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente, Agenda 21 e Declaração de Princípios sobre Florestas (SILVA, 2011). Após cinco anos, ocorreu o Protocolo de Kyoto no Japão, que discutiu sobre os gases de efeito estufa, e formas de obter um desenvolvimento sustentável (AGÊNCIA SENADO). A Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo em 2002, foi convocada pela ONU com a finalidade de promover uma revisão dos progressos alcançados na implementação dos resultados da Rio-92. Seus principais resultados foram a reafirmação de metas para a erradicação da pobreza, água e saneamento, saúde, pesca e biodiversidade e energias renováveis (SILVA, 2011). A Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, iniciou-se em 2005 e durou dez anos. Ela buscava uma visão de educação global para o desenvolvimento sustentável, aprendendo sobre valores, comportamentos e estilos de vida necessários para uma transformação social positiva. (DÉCADA DAS NAÇÕES UNIDAS DA EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, 2005). Dentre os resultados obtidos, destaca-se a incrementação de 34% na adoção da educação para o desenvolvimento sustentável, entre 2008 e 2012. Também houve um aumento no número de estudantes de 52 países envolvidos em programas de escolas ecológicas (DINIZ, 2016). A Rio +20, que ocorreu em 2012, no Brasil reforçou os compromissos com o desenvolvimento sustentável e com o planeta (BERCHIN, CARVALHO, 2015). A Conferência teve como resultado o lançamento de processos como o Plano Decenal de Programas sobre Consumo e Produção Sustentáveis, que foi negociado por 193 países e define as futuras agendas (LAGO, 2013). Por fim, a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável que ocorreu na sede da ONU em Nova York em setembro de 2015, definiu os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que devem concluir o trabalho dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. E teve como resultado a criação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com prazo para 2030 (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2020). 20 CONCLUSÃO Destarte, diante de tais fatos apresentados ao decorrer desta referência bibliográfica, nota-se que o conceito Desenvolvimento Sustentável sofreu modificações e se adaptou ao sistema econômico, e que o liberalismo moldou as ações ambientais, visando primeiramente a manutenção do capital. A ONU, através de seus eventos em colaboração com os países, teve importante participação para a ampliação do termo e para a melhor compreensão da crise ambiental e atitudes para combatê-la. Deste modo, embora muito importantes, as políticas adotadas de desenvolvimento sustentável não tiveram de fato, como seu objetivo maior, a conservação ambiental, mas sim a manutenção do liberalismo, para que não houvesse uma crise que viesse a sucumbi- lo. 21 REFERÊNCIAS AGÊNCIA SENADO (Distrito Federal). Protocolo de Kyoto. Senado Notícias, Senado Federal, p. 1. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o- assunto/protocolo-de-kyoto. Acesso em: 19 set. 2021. AMAZONAS, Maurício de C. Economia Ambiental Neoclássica e Desenvolvimento Sustentável. Instituto de Economia - UNICAMP, 2002. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/6569956/amazonas-mauricio-de-carvalho-economia- ambiental-neoclassica-e-desenvolvimento-s. Acesso em: 20 set. 2021. BARRETO, Pedro. História - Rio-92. Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada, IPEA, p. 1, 10 dez. 2009. Disponível em : https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2303:cat id=28&Itemid=23. 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