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UFCD 6583 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS, TIPOLOGIA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS DAS UNIDADES E SERVIÇOS DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS DE SAÚDE 1 Índice Introdução .................................................................................................................. 4 Âmbito do manual ..................................................................................................... 4 Objetivos ................................................................................................................. 4 Conteúdos programáticos .......................................................................................... 5 Carga horária ........................................................................................................... 7 1.Tipologia de unidades/serviços de saúde na Rede Nacional de Cuidados de saúde .......... 8 1.1.As consultas ....................................................................................................... 9 1.1.1.Características e exigências de funcionamento ................................................. 9 1.1.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 10 1.1.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 11 1.2.Serviço de Patologia Clínica ................................................................................ 13 1.2.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 13 1.2.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 14 1.2.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 16 1.3.Serviço de Estomatologia ................................................................................... 18 1.3.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 18 1.3.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 19 1.3.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 20 1.4.Serviço de Oftalmologia ..................................................................................... 22 .......................................................................................................................... 22 1.4.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 22 1.4.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 23 1.4.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 25 1.5.Serviço de Otorrinolaringologia ........................................................................... 27 1.5.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 27 2 1.5.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 28 1.5.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 28 1.6.Serviço de Imagiologia – diagnóstico e terapêutica............................................... 30 1.6.1.Noções básicas sobre os diferentes meios complementares de diagnóstico: tipologia, funções, procedimentos associados e precauções de segurança ................ 30 1.6.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 33 1.6.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 34 1.7.Serviço de Cardiologia ....................................................................................... 39 1.7.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 39 1.7.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 40 1.7.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 41 1.8.Serviço de Pediatria ........................................................................................... 44 1.8.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 44 1.8.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 46 1.8.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 48 1.9.Serviço de Ginecologia/Obstetrícia ...................................................................... 50 1.9.1.Características e exigências de funcionamento ............................................... 50 1.9.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................... 51 1.9.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 53 1.10.Serviço de Fisioterapia e de Reabilitação ........................................................... 56 1.10.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 56 1.10.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 57 1.10.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 58 1.11.Serviço de Urgência ......................................................................................... 63 1.11.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 63 1.11.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 65 3 1.11.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 66 1.12.Serviço de Neurofisiologia e Electroconvulsivoterapia .......................................... 69 1.12.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 69 1.12.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 70 1.12.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 71 1.13.Serviço de Ortopedia e Traumatologia ............................................................... 73 1.13.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 73 1.13.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 74 1.13.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 76 1.14.Serviçode Medicina Nuclear ............................................................................. 78 1.14.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 78 1.14.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 79 1.14.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 82 1.15.Farmácia......................................................................................................... 86 1.15.1.Características e exigências de funcionamento ............................................. 86 1.15.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação .................. 87 1.15.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências ............................................................................................. 88 2.Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde ..................................................................................... 92 2.1.Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta ................................................................................................. 93 2.2.Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a .............................................................................................. 94 Bibliografia ................................................................................................................ 95 Sites consultados e documentos eletrónicos ................................................................. 96 4 Introdução Âmbito do manual O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração nº 6583 - Organização dos espaços, tipologia de materiais e equipamentos específicos das unidades e serviços da Rede Nacional de Cuidados de Saúde, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. Objetivos • Caracterizar as diferentes unidades e serviços tendo em conta a natureza da prestação de cuidados na rede nacional de cuidados de saúde. • Identificar a tipologia de Equipamento por serviço: características, função e conservação. • Identificar a tipologia de materiais por serviço: características, função, correta utilização, conservação e controlo de existências. • Explicar que as tarefas que se integram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde terão de ser sempre executadas com orientação e supervisão de um profissional de saúde. • Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde e aquelas que podem ser executadas sozinho. • Explicar a importância de se atualizar e adaptar a novos produtos, materiais, equipamentos e tecnologias no âmbito das suas atividades. • Explicar o dever de agir em função das orientações do Profissional de saúde. • Explicar a importância da sua atividade para o trabalho de equipa multidisciplinar. • Explicar a importância de assumir uma atitude pró-ativa na melhoria contínua da qualidade, no âmbito da sua ação profissional. • Explicar a importância de cumprir as normas de segurança, higiene e saúde no trabalho assim como preservar a sua apresentação pessoal. 5 • Explicar a importância de agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos no âmbito das suas atividades. • Explicar a importância de prever e antecipar riscos. • Explicar a importância de desenvolver uma capacidade de alerta que permita sinalizar situações ou contextos que exijam intervenção Conteúdos programáticos • Tipologia de unidades/serviços de saúde na Rede Nacional de Cuidados de saúde • As consultas o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Patologia Clínica o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Estomatologia o - Características e exigências de funcionamento o - Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o - Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Oftalmologia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Otorrinolaringologia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação 6 Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Imagiologia – diagnóstico e terapêutica o Noções básicas sobre os diferentes meios complementares de diagnóstico: tipologia, funções, procedimentos associados e precauções de segurança o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Cardiologia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Pediatria o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Ginecologia/Obstetrícia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Fisioterapia e de Reabilitação o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Urgência o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências 7 • Serviço de Neurofisiologia e Electroconvulsivoterapia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Ortopedia e Traumatologia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Serviço de Medicina Nuclear o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservação o Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Farmácia o Características e exigências de funcionamento o Tipologia de Equipamento: características, função e conservaçãoo Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências • Tarefas que em relação a esta temática se encontram no âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde o Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão direta o Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a Carga horária • 50 horas 8 1.Tipologia de unidades/serviços de saúde na Rede Nacional de Cuidados de saúde 9 1.1.As consultas 1.1.1.Características e exigências de funcionamento A área de Consulta Externa destina-se especialmente à realização de consultas médicas a doentes ambulatórios. Assim, a área de Consultas Externas enquadrar-se-á nas áreas destinadas a atender os doentes externos de carácter ambulatório e estará próxima da área dos Gabinetes de Exames Especiais. Os gabinetes de consulta externa terão características que permitam o uso polivalente pelas especialidades, exceto no que respeita às especialidades em que a dotação ou equipamentos específicos os diferencia das restantes. Para algumas especialidades estão previstos, na própria área de consulta, meios necessários para realizar as técnicas de diagnóstico e terapêuticas básicas da especialidade. Especialidades: • Angiologia e Cirurgia Vascular • Cardiologia • Dermatologia • Endocrinologia • Estomatologia 10 • Gastrenterologia • Ginecologia • Hematologia Clínica • Medicina Física e de Reabilitação • Medicina Interna • Nefrologia • Neurologia • Obstetrícia • Ortopedia • Otorrinolaringologia • Pediatria • Urologia 1.1.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Os espaços de consultas externas que se incluem nesta área são: • Espaço de doente/utente com sala de espera para utentes ampla e instalações sanitárias acessíveis desde o corredor de acesso do utente; • Espaço técnico: (i) com gabinetes de consulta polivalentes, que se podem fechar, (ii) salas de apoio aos vários clusters que permitem, entre outros, a realização de tratamentos, sessões de ensino e de prevenção de comportamentos para algumas patologias crónicas, e exames que não sejam realizados nos gabinetes de exames especiais; • Outros espaços: administrativos, de supervisão, sala de reuniões, arrecadações, instalações sanitárias para o pessoal, depósitos de sujos, zona de lavagem de material, postos de trabalho de enfermagem, salas de descanso do pessoal. Relações de proximidade A área de Consulta Externa deverá ter uma comunicação: • Em continuidade horizontal ou vertical com os seguintes serviços: 11 o Gabinetes de Exames Especiais o Entradas e Portarias • Próxima, mas não necessariamente em continuidade com: o Radiologia; o Hospital de Dia Médico; o Oncologia; o Central de Colheitas o Arquivo Clínico • Comunicação fácil com: o Gabinetes Médicos; o Radioterapia; o Medicina Nuclear; o Admissão. 1.1.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Áreas de observação clínica • Duas cadeiras e marquesa • Secretária • Local para lavagem de mãos • Tomada de oxigénio e vácuo • Informática (PC, impressora e ligação em rede) • Telecomunicações • Monitorização de sinais vitais (com oximetria de pulso) • Visualização de exames de imagiologia (não digitalizados) • Relógio de parede e local de afixação de avisos • Separação física entre espaços dos gabinetes, com isolamento acústico e visual. Fácil abertura para o exterior. Preferencialmente dotados de luz natural. 12 Sala de tratamentos e colheitas • Bancada com ponto de água • Marquesas • Armários • Cadeiras • Secretária Área administrativa • Área de secretariado • Apoios informáticos • Área de receção • Com acesso ao sistema interno de comunicações, incluindo meios móveis adstritos ao chefe de serviços, enfermeiro responsável de turno e especialidades médicas. Área administrativa • Área de secretariado • Apoios informáticos • Área de receção • Com acesso ao sistema interno de comunicações, incluindo meios móveis adstritos ao chefe de serviços, enfermeiro responsável de turno e especialidades médicas. Sala de espera • Espaço com cadeiras e mesas de apoio • Acesso a telefone público • Contígua ao espaço administrativo de receção • Espaço que permita vigilância 13 1.2.Serviço de Patologia Clínica 1.2.1.Características e exigências de funcionamento A Anatomia Patológica, na sua vertente assistencial, tem por objetivo central o diagnóstico baseado no exame morfológico de órgãos, tecidos e células. Inter-relaciona-se com quase todas as outras especialidades médicas e cirúrgicas no estabelecimento do diagnóstico e na identificação dos fatores de prognóstico das doenças e, também, na sua prevenção. Tem, ainda, uma intervenção relevante na avaliação da qualidade dos cuidados médicos prestados e do funcionamento hospitalar. A atividade de diagnóstico anatomopatológico integra, essencialmente, as seguintes áreas: 1. Macroscopia e histopatologia (biópsias e peças cirúrgicas). 2. Citopatologia (esfoliativa e aspirativa, execução de punção biópsia). 3. Exames peroperatórios (exames extemporâneos). 4. Análises morfométricas, imunomorfológicas e moleculares, auxiliares do diagnóstico. 5. Autópsia clínica. 14 1.2.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Área laboratorial • Área para receção das peças/ /produtos. • Sala para exame macroscópico das peças com ventilação e extração adequada de vapores, com área aproximada de 20 m2. • Sala para histopatologia: processamento, corte, montagem e coloração de rotina, com ventilação e extração adequada de vapores, com área aproximada de 40 m2 Sala para colorações especiais, com área aproximada de 15 m2. • Sala para imunocitoquímica, com a área aproximada de 15 m2. • Sala para citopatologia, com, aproximadamente, 20 m2. • Sala para biópsias aspirativas por agulha fina, se a colheita for efetuada no Serviço, com aproximadamente 15 m2. • Sala de iconografia. Área de trabalho • Gabinete para o Diretor de Serviço. • Gabinetes para os médicos, preferencialmente individuais. • Gabinete para o Técnico(a) Coordenador( a). Área Administrativa • Sala com dimensões adequadas, não sendo a área inferior a 20 m2. Áreas de Apoio • Sala de lavagem de material. • Sala de sujos. • Sala para armazenar peças, com extração adequada de vapores. • Sala de arquivo de blocos de parafina e de lâminas. 15 • Sala para arquivo de relatórios e outros documentos • Sala para armazém de produtos químicos. • Sala de reuniões, com área mínima de 20 m2 e que poderá ser também utilizada como biblioteca. • Sala de formação, com cerca de 70m2, quando o Serviço exerça formação pré- graduada. • Vestiários para funcionários. • Área com funções de copa. Área de autópsias • Sala destinada exclusivamente à realização de autópsias. – Área ampla, adequada ao número e tipo de mesas de autópsia e incluindo zona para “visitantes” – Água corrente. – Boa ventilação e sistema extrator com filtros. – Boa iluminação. – Mesas de autópsia, com água corrente e mesas adicionais de dissecção. – Revestimentos das paredes e do chão com superfícies lisas, facilmente laváveis e impermeáveis. – Chão com escoamento de água. – Janelas com redes anti-insecto. • Vestiário(s) com lavatório(s) e duche(s). • Espaço para trabalho de secretaria, elaboração de relatórios e arquivo de documentos. • Espaço para conservação de peças, blocos e lâminas. • Casa mortuária, com frigoríficos para conservação de corpos (a capacidade deve, também, ter em conta fins-de-semana prolongados, eventuais avarias e outras situações excecionais). 16 1.2.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Zona de histologia • Equipamento para montagem e coloração de lâminas • Unidade de inclusão em parafina • Micrótomo rotativo • Material para medição precisa de volumes • Material diverso de vidro e outros Zona de observação de lâminas • Microscópio para anatomopatologia Zona de macroscopia • Mesa de observação macroscópica • Régua para peças cirúrgicas • Balança para peças cirúrgicas • Recipientes para fixação e conservação de fragmentos/órgãos • Placa de frio • Banho-maria • Micrótomo de congelação • Sistema de exaustão frontal na área de observação macroscópica das peças cirúrgicas, preferencialmente integrado num sistema modular de bancada. • Processador automático de tecidos, preferencialmente com sistema de vácuo. • Centro de inclusão em parafina. • Placas/Tinas de extensão. • Equipamento de coloração automática. • Estufas de incubação e secagem. • Sistemas fotográficos macro e microscópico. 17 • Sistema informático. Zona de citologia • Citocentrífuga • Centrifuga • Equipamento para citologia em camada fina Zona de autópsias • Maca(s) para cadáveres. • Instrumentos de dissecção. • Serra elétrica (com extrator de poeiras). • Balança para pesagem de órgãos. • Recipientes para colheitas de líquidos biológicos, órgãos, tecidos e produtos para estudo microbiológico, toxicológico e bioquímico. • Tabuleiros para transporte de produtos. • Equipamento para radiografia (autópsias de fetos e perinatais). • Equipamento de proteção pessoal (batas, aventais, barretes, luvas, máscaras, óculos, botas). • Equipamento de limpeza. Arquivo • Arquivadores de blocos e lâminas Sala de lavagem • Máquina para lavagem de vidros de laboratório 18 1.3.Serviço de Estomatologia 1.3.1.Características e exigências de funcionamento Estomatologia, palavra derivada do grego “estoma” (que significa “boca”). A Estomatologia é uma especialidade da Odontologia que tem como finalidade prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade da boca e no complexo maxilo-mandibular. Também é atribuição do estomatologista estar atento para o diagnóstico, e o devido encaminhamento médico, de doenças que possam apresentar manifestação na boca ou que possam exercer alguma influência ou interação negativa com o tratamento odontológico. A atividade médica é distribuída por: • Consulta externa e interna; • Internamento; • Cirurgia convencional e ambulatória. A atividade do Serviço está interligada com outros Serviços hospitalares, nomeadamente o de Cirurgia Plástica e Maxilo-Facial, Imagiologia e Otorrinolaringologia. 19 Serviços prestados: • Dentisteria (restaurações dentárias); • Exodontia (extrações dentárias); • Endodontia (tratamento de canais); • Prostodoncia (prótese fixa, próteses); • Ortodontia (correções dentárias); • Implantologia; • Higiene oral; • Odontopediatria (tratamentos dentários em crianças). 1.3.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação O Serviço de Estomatologia deve ser constituído pelos seguintes espaços: • Salas para consultas externas • Sala para Estomatologia Pediátrica • Sala para doentes com patologia infectocontagiosa • Sala de Serviço de Urgência • Sala de imagiologia • Sala de próteses dentárias • Sala de esterilização/ desinfeção • Bloco Operatório • Farmácia do Serviço de Estomatologia • Sala de Médicos • Receção/ Gabinete Administrativo • Gabinete do Diretor de Serviço • Gabinete de Chefia da Enfermagem • Dois WC’s para funcionários do serviço • Sala de espera 20 Especificações Receção/ área administrativa • Secretaria com zona de atendimento ao público • Sala de espera, localizada junto à receção e adaptada a pessoas com mobilidade condicionada Gabinetes/ salas de consulta • Possibilidade de organização em boxes desde que garanta a circulação, operacionalidade e privacidade visual Sala de apoio • Facultativa, exceto para serviços organizados em boxes. Considerar um acréscimo de 1 m2 por box para unidades com mais de três boxes. Sala de desinfeção • Zona de descontaminação, para lavagem e desinfeção de material de uso clínico. • Zona de esterilização, com esterilizador de tipo adequado. 1.3.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Equipamento geral • Mesas • Armários completos • Outros Armários • Balcão da receção 21 • Equipamento Básico • Cadeiras e equipamento básico • Cadeira de estomatologista • Banco de trabalho • Aparelho para destartarização • Vibrador de produtos de obturação • Aspirador de vácuo • Equipamento adequado a sedação consciente • Equipamento de ventilagção manual • Aparelho de raio-X intraoral • Protetores de raio-X adequados • Compressores • Reveladora • Seladora • Autoclave • Cuba ultrassons • Fotopolimerizador • Negatoscópio • Equipamento Informático (1 pc e impressora) Material dentário • Obturação • Endodontia • Impressão • Cirurgia • Destartarização • Ao e profilaxia • Desinfeção • Ortodontia 22 1.4.Serviço de Oftalmologia 1.4.1.Características e exigências de funcionamento Oftalmologia é a especialidade médica que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças dos olhos. A atividade do Serviço de Oftalmologia está organizada em diversas áreas que se complementam, no sentido da prestação dos seguintes cuidados: • Internamento; • Consulta Externa; • Bloco Operatório; • Exames Complementares de Diagnóstico; • Urgência Consulta externa • A consulta geral funciona gabinetes onde são observados doentes referenciados pelos centros de saúde da área de influência ou de outras especialidades (doentes internados ou de consulta) do Hospital. • As consultas de subespecialidade funcionam em diferentes gabinetes. Os doentes observados são provenientes da consulta geral, após diagnóstico de patologias oftalmológicas específicas. Inclui os seguintes gabinetes: 23 • Glaucoma; • Implanto-Refrativa; • Inflamação Ocular; • Retina Cirúrgica; • Retina Médica; • Superfície Ocular Externa e Contactologia; • Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo Ambulatório • O bloco de ambulatório tem uma sala equipada com microscópio operatório, onde se realizam cirurgias de catarata, injeções intra-vitreas, outras cirurgias de ambulatório e de urgência. Bloco Operatório • O bloco operatório central dispõe de uma sala também equipada com microscópio cirúrgico, onde se realizam, três dias por semana, cirurgias de catarata, vítreo- retinianas, estrabismos, transplantes de córnea, glaucoma, oculoplástica, e por vezes também cirurgia de urgência. Urgência • Recebe doentes referenciados do exterior, da Urgência Geral e dos Serviços de Internamento. 1.4.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Consulta externa • Consultas de Oftalmologia e atividades de rastreio: o Catarata, o Glaucoma, o Diabetes,24 o Oftalmologia Pediátrica/Estrabismo o Contactologia. • 6 a 8 postos completos de consulta Exames e Técnicas • Campimetria/Perimetria, • Retinografia, • Angiografia Fluoresceínica, • Ecografia/Biometria, • Testes de Visão Cromática, • Ortóptica e Laser de Argon e de Yag. • Angiografia com Indocianina, • Electrofisiologia, • Microscopia Especular, • OCT • Topografia do Nervo Óptico e da Córnea. Internamento • Entre 10 a 20 camas • 1 posto de consulta completo. Bloco Operatório • No mínimo acesso diário a o 1 sala para anestesia geral o 1 para cirurgia de ambulatório, • Equipadas de forma a permitir as cirurgias específicas das suas áreas de intervenção 25 1.4.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Posto de consulta • Autorefratómetro • Biomicroscópio com Tonómetro de aplanação • Tonómetro de não contacto • Oftalmómetro • Frontofocómetro • Projetor de optotipos • Caixa de lentes de ensaio • Armação de prova • Oftalmoscópio • Retinoscópio • Lentes de 3 espelhos e de 90 D • Conjunto para rastreio oftalmológico. Exames • Perímetro computorizado, • Retinógrafo/Angiógrafo, • Ecógrafo/Paquímetro, • Teste de Farnsworth, • Sinoptóforo, • Estereoprojector, • Ecran de Hess, • Laser de Argon e de Yag • Unidade de Adaptação e Ensaio de Contactologia • Gabinetes equipados com Perímetro de Goldmann + PEC • Sistema de Macrofotografia, • Angiógrafo para Indocianina, • Equipamento para Electrofisiologia Ocular, • Microscopia Especular, • OCT 26 • Topografia do Nervo Ótico e da Córnea • Equipamento para Sub-Visão. Bloco operatório • Microscópio operatório de oftalmologia, • facoemulsificador com vitrectomo anterior • Lasers Cirúrgicos, • Diatermia Crioterapia, • Vitrectomo Automático, Electroíman. • Outro material cirúrgico • Equipamento necessário para a Anestesia. 27 1.5.Serviço de Otorrinolaringologia 1.5.1.Características e exigências de funcionamento A Otorrinolaringologia (ORL) é uma especialidade médico-cirúrgica cujo âmbito inclui o diagnóstico e tratamento de funções e doenças, traumas, malformações e outras alterações do ouvido, osso temporal e base lateral do crânio, nariz, seios perinasais e base anterior do crânio, cavidade oral, faringe, laringe, traqueia, esófago, cabeça, pescoço, tiróide, glândulas salivares e vias lacrimais e estruturas adjacentes, em crianças e adultos. Inclui ainda a investigação e tratamento de condições que afetam os sentidos auditivo, vestibular, olfativo, gustativo e alterações de nervos cranianos; bem como a comunicação humana no que diz respeito a alterações da fala, linguagem e voz. O Serviço de Otorrinolaringologia pode prestar os seguintes serviços: • Internamento; • Consulta Externa; • Bloco Operatório; • Exames Complementares de Diagnóstico; • Urgência. Algumas das condições diagnosticadas por ORL, quando localizadas em áreas adjacentes poderão ser tratadas também em colaboração estreita com as respetivas especialidades destacando-se os casos da Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Cirurgia Maxilofacial, Estomatologia, Oftalmologia, Neurocirurgia, Pneumologia e Imunoalergologia. 28 1.5.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Instalações: • Área das consultas • Área de consulta com 2 gabinetes de consulta (cada 16 m2) com partilha de uma sala de tratamentos e de uma sala de exames para adultos + gabinetes de consulta para crianças = • Total de 4 gabinetes. • 2 Gabinetes para audiometrias com 16 m2 cada (inclui provas em campo livre) • 1 Gabinete para PEATC e OEA (potenciais evocados e otoemissões acústicas) • 1 Gabinete para vestibulogia com 20 m2 • 1 Gabinete para microscopia e endoscopia com 20 m2 • As camas de internamento integrarão um dos departamentos do hospital, preferencialmente o da cirurgia ou da patologia da cabeça e pescoço. No serviço de urgência devem estar previstos gabinetes de especialidades para apoio à urgência que devem estar equipados com fibroendoscópios e endoscópios rígidos com fonte de luz fria, de preferência com canal de trabalho, microscópio de observação, aspirador e espelho frontal. 1.5.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Sala de endoscopias • CONJUNTO DE DIAPASÕES • OTOSCOPIO HALOGENO • IMPEDANCIOMETRO • RINOSCOPIO 29 • MICROSCÓPIO PARA ORAL • LUZ FRONTAL • ASPIRADOR DE OUVIDO ELÉCTRICO • ESFIGMOMANÓMETRO DIGITAL • TERMÓMETRO DIGITAL MURAL • ESTETOSCÓPIO MÉDICO • ESFIGMOMANÓMETRO COM SUPORTE, ADAPTÁVEL A VARÃO • MARTELO DE REFLEXOS • BALANÇA DE PÉ COM CRAVEIRA • LANTERNA DE DIAGNÓSTICO COM CANETA • CONJUNTO DE OTOSCOPIO E OFTALMOSCOPIO • LUPA DE PÉ COM LUZ Gabinetes de audiometria • IMPEDANCIOMETRO • AUDIOMETRO • CÂMARA DE AUDIOMETRIA Gabinetes de Eletronista- gmografia, Microscopia ORL e Endoscopia ORL • MICROSCÓPIO PARA ORL • ENDOSCOPIO OTOLÓGICO • RINOLARINGOFIBROSCÓPIO • ELECTRONISTAGMÓGRAFO • RINOMANÓMETRO • RINOLARINGOFIBROSCÓPIO • FONTE DE LUZ FRIA PARA ENDOSCOPIA • CONJUNTO DE DIAPASÕES • MARTELO DE REFLEXOS • BALANÇA DE PÉ COM CRAVEIRA • LANTERNA DE DIAGNÓSTICO COM CANETA • CONJUNTO DE OTOSCOPIO E OFTALMOSCOPIO • ESFIGNOMANÓMETRO COM SUPORTE, ADAPTÁVEL A VARÃO 30 1.6.Serviço de Imagiologia – diagnóstico e terapêutica 1.6.1.Noções básicas sobre os diferentes meios complementares de diagnóstico: tipologia, funções, procedimentos associados e precauções de segurança A Imagiologia é a especialidade médica que permite a obtenção de imagens de diversos órgãos e sistemas, utilizando diferentes metodologias, como as radiações, ultrassons ou ondas de radiofrequência, para fins de diagnóstico e terapêutica. As unidades de imagiologia requerem especiais características arquitetónicas porque têm de responder simultaneamente às necessidades dos equipamentos, dos recursos humanos que os operam, e dos doentes que servem. Uma unidade adequadamente desenhada proporciona um ambiente confortável e um acesso conveniente, facilita os fluxos, quer do trabalho do seu pessoal, quer dos doentes em estudo, promovendo uma fácil interação operacional. O desenho das unidades influenciará, de modo cada vez mais determinante, não só a qualidade dos serviços prestados, como sobretudo a sua eficácia e, consequentemente, viabilidade. 31 Os espaços de Radiologia estarão estruturados em duas áreas próximas, contudo diferenciadas pelo tipo de utentes: • Radiologia Urgente; • Radiologia Programada. Este espaço físico compreende áreas que requerem a utilização de espaços com carácter polivalente e espaços de carácter mais específico. As técnicas de diagnóstico são as seguintes: • Radiologia geral • Mamografia • Ecografia; • TAC; • Ressonância Magnética. • Angiografia e Intervenção Vascular • Osteodensitometria Radiologia digital Uma ampola gera um feixe de raios-X que são transmitidos através da área do paciente a estudar, indo impressionar uma placa radiográfica, a qual é depois revelada e transmitida para uma central computorizada de trabalho (workstation) para ser processada e trabalhada. As imagens são depois interpretadas por médico especialista em Radiologia, utilizando monitores de alta definição. Posteriormente as imagens poderão ser imprimidas em papel- película de alta resolução ou gravadas em CD. Mamografia A mamografia é umexame de diagnóstico dirigido especificamente às mamas, que utiliza baixas doses de radiação dirigida, pelo que normalmente não existe qualquer tipo de problemas secundários associados. 32 Ecografia A Ecografia ou Ultra-sonografia (US) é um meio de diagnóstico que utiliza ultra-sons produzidos por uma sonda de alta frequência que se encosta à pele do paciente, obtendo-se assim imagens dinâmicas do interior do corpo humano em tempo real, possibilitando inclusive o estudo do movimento das estruturas corporais. TAC A Tomografia Computorizada (TC) é um meio auxiliar de diagnóstico que usa um equipamento específico de raios-X para obter imagens de diferentes planos do corpo, usando processamento computorizado para mostrar cortes seccionais de determinados tecidos e órgãos. Ressonância magnética A Ressonância Magnética (RM) é uma forma de obter imagens muito detalhadas de órgãos e tecidos de todo o corpo, permitindo assim um diagnóstico mais preciso, sem necessidade de recorrer a raio-X ou radiação ionizante. Em vez disso, usa ondas de radiofrequência, um potente campo magnético e um computador para criar as imagens. Angiografia e Intervenção Vascular O cateterismo cardíaco, coronariografia ou angiografia coronária é um exame em que são obtidas imagens de raio-X das artérias coronárias (vasos sanguíneos que são responsáveis por levar sangue com oxigénio ao coração). Na mesma intervenção é possível realizar alguns tratamentos de angioplastia, nomeadamente a dilatação de vasos com um cateter-balão ou com pequenas malhas metálicas designadas stents. 33 Osteodensitometria A Densitometria Óssea (DO) é um exame indolor, simples, seguro e não invasivo, que usa uma tecnologia avançada de Raio-X conhecida como absormetria radiológica de dupla energia ou DEXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry) para medir a densidade dos ossos a fim de diagnosticar a osteoporose e avaliar o risco de fratura. 1.6.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação As salas técnicas vão distribuir-se em dois módulos diferentes, de ambos lados do serviço, para os utentes em ambulatório. Estes acederão ao interior da sala de exame através da cabine. Entre os dois módulos acima referidos localizar-se-á um módulo central, que conterá todas as áreas administrativas e de suporte, assim como as salas de espera de utentes acamados e a área de cuidados urgentes. Neste módulo central, todos os espaços terão duas portas, cada uma delas com acesso a um corredor técnico diferente. O serviço de radiologia, quando necessário, encarregar-se-á também de satisfazer a procura de exames através de RX portátil, geradas no Internamento e nas Urgências. Os serviços de Cuidados Intensivos e o Bloco Central terão alguns equipamentos dedicados. A Unidade disporá de salas de espera agrupadas em função do tipo de exame a realizar e do tipo de utentes (ambulatórios, pediátricos e acamados). A circulação de utentes acamados deve estar perfeitamente separada da circulação dos utentes ambulatórios. A receção da Unidade atuará como elemento regulador do fluxo de pessoas, dado que se trata de uma área restrita. Esta zona tem as funções de indicar aos utentes a sua sala de espera específica e indicar a ordem dos exames, tanto de utentes provenientes de consulta externa como de outras áreas do hospital. 34 Todas as salas de diagnóstico, exceto as salas de Ecografia, que incluem instalações sanitárias, disporão de duas cabines. As cabines disporão de todos os elementos de segurança requeridos em instalações com proteção contra radiação. As salas técnicas onde se realizam procedimentos invasivos disporão de uma área de preparação para os utentes. A recuperação dos utentes submetidos a este tipo de procedimentos decorrerá fora do serviço de Radiologia, nomeadamente no Hospital de Dia Cirúrgico. A Radiologia conta apenas com um espaço para tratamento de situações urgentes, integrado na área de espera de utentes acamados, de forma a partilhar a zona de vigilância e de cuidados de enfermagem. Ocasionalmente pode requerer-se qualquer destes equipamentos para uma situação de urgência. 1.6.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Radiologia geral • Geradores - Deverão ser de multifrequência ou de alta- frequência, consentido exposimetria automática. Excetuam-se destas exigências os aparelhos portáteis e os destinados às técnicas dentárias intraorais e de telerradiografia cefalométrica. • Ampolas - Deverão possuir ânodo rotativo (com exceção das ampolas de ortopantomografia que poderão ter ânodo fixo) com um foco (pelo menos o mais pequeno no caso das ampolas multifocais) que não deve ser superior a 0.6mm. 35 A ampola deverá possuir sistema de filtração do feixe primário suficiente para se obter um efeito semi-redutor superior a 3mm de Al a 100 Kvp. • Grelhas anti-difusoras - Deverão existir grelhas anti- difusoras sempre que se pratiquem exames radiológicos do adulto devendo ser móveis, no mínimo com uma relação de 10:1e frequência de 80 linhas/polegada. As grelhas fixas deverão possuir no mínimo 103 linhas/polegada. É admitida a técnica anti-difusora por interposição de almofada de ar. Mamografia • Gerador de raios x de alta tensão, de potencial constante na gama de 25 a 35 kV, com corrente de pelo menos 100 mA • Ampola dedicada dispondo de dois focos com valores nominais iguais ou inferiores a 0,4 e 0,15 mm. • Exposímetro automático • Distância foco-filme no mínimo de 55cm • Diafragmas e localizadores adequados • Grelha anti-difusora móvel • Sistema de compressão, de preferência automático com regulador e indicador de pressão • Dispositivo de ampliação de imagem, pelo menos com fator 1,5 a 2,0 • Chassis de dois formatos, écrans de reforço e filmes dedicados • Máquina de revelar dedicada ou, no caso de radiologia digital, impressão laser de alta resolução • Negatoscópio de mamografia • Deve possuir luminância elevada, igual ou superior a 6.000 lux • Deve ainda a unidade dispor de um foco luminoso com uma luminância superior a 20.000 lux 36 Ecografia • Os aparelhos deverão estar equipados com sondas que permitam frequências de insonação situadas entre 2,5 e 15 MHz • Os exames endocavitários deverão ser realizados com sonda apropriada, permitindo, no mínimo, frequências de insonação de 5 MHz. • De preferência deverá existir capacidade de focalização dinâmica em profundidade • É desejável a existência de algoritmos de reconstrução de imagem em tempo real adaptados à exploração ecográfica a efetuar. • Os aparelhos deverão permitir aquisições de imagem (“frame-rate”) a uma velocidade mínima de 25 imagens/segundo. Tomografia Axial Computorizada • Gerador - Com retificação de alta-frequência, mínimo de 18 KW de potência de saída, capaz de debitar pelo menos até 150 mA • Ampola de Rx - A ampola de Rx deverá possuir características térmicas e de potência compatíveis com as capacidades do Gerador. • Sistema de Detetores - São admissíveis detetores de estado gasoso ou sólido, em número não inferior a 600 • Mesa de exame - Deve permitir posicionamentos exatos; Deve permitir uma carga até 120 kg; Deve permitir movimentos de deslocação vertical e longitudinal Ressonância magnética • O campo magnético pode ser permanente ou induzido por corrente elétrica (electroímans) 37 • A ação do campo magnético não deve ultrapassar a sala do magnete, até uma intensidade do mesmo de 5 Gauss, através de sistema de blindagem ativa. • No caso dos eletroímanessupercondutores deverão as instalações possuir mecanismos de deteção da libertação atmosférica de gases (hélio, azoto líquido), ou sensor do mínimo de O2, acoplado a alarme visual e sonoro. • Junto à consola do operador deverá existir uma válvula de anulação rápida do campo magnético estático Angiografia e Intervenção Vascular • É fortemente recomendada a realização dos exames angiográficos pela técnica digital • Os aparelhos deverão possuir sistema de intensificação de imagem e cadeia de televisão de alta resolução. • Deverá existir sistema que permita obter imagens angiográficas em diferentes planos (arco em C) • Deverá existir injetor angiográfico automático capaz de fazer variar os volumes e débitos de contraste, possuindo mecanismos de segurança que previnam acidentes por hiper-pressão de injeção. • Deverá existir todo o equipamento de reanimação e de monitorização fisiológica do doente, capaz de responder de forma adequada, e em particular, a situações de colapso cardio-circulatório. Osteodensitometria • Os equipamentos devem realizar a densitometria óssea por absorciometria com radiação X de dupla energia e devem permitir estudos densitométricos vertebrais (coluna lombar), da extremidade proximal do fémur e da distal dos ossos do antebraço. 38 • A quantificação do mineral ósseo deverá ser expressa em g.cm2 de superfície corporal permitindo a comparação com valores obtidos em populações padrão • A informação respeitante ao risco de fratura deve estar sempre disponível em todos os segmentos esqueléticos estudados. 39 1.7.Serviço de Cardiologia 1.7.1.Características e exigências de funcionamento A Cardiologia é o ramo da medicina que estuda o aparelho cardiovascular dos pontos de vista morfológico, funcional e patológico, tendo como finalidade o diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os outros componentes do sistema circulatório. As doenças mais comuns tratadas nesta valência incluem a aterosclerose, a cardiopatia hipertensiva e as doenças das coronárias, que podem causar diversos problemas de saúde graves, tais como o acidente vascular cerebral ou o enfarte do miocárdio. Unidade de cardiologia • A unidade de cardiologia deve existir nos hospitais que apoiem uma população entre 100 000 e 150 000 habitantes. • Deve fazer toda a cardiologia diagnóstica não invasiva e apoiar o tratamento dos doentes, enviados pelos médicos assistentes, que necessitem dos seus cuidados, assim como funcionar como consultoria para os hospitais mais pequenos da sua área de influência e que não tenham nenhum cardiologista. • Deve ter consulta externa e internamento. • A unidade deve ter acesso local a Eletrocardiografia, Ecocardiografia, prova de esforço, Holter e implantes de pacemakers provisórios. • Deve ter a possibilidade de realização de trombólise. 40 • Esta unidade poderá existir autonomamente ou, preferencialmente, integrada num serviço de medicina Serviço de Cardiologia • Um serviço de cardiologia deve existir nos hospitais que dêm cobertura a uma população igual ou superior a 300 000 habitantes. • Pode existir autonomamente ou integrado num departamento ou noutra forma organizativa mais abrangente. • Apoia a consulta externa, o internamento, o serviço de urgência e a unidade coronária. • Deve ter à sua disposição todos os meios diagnósticos das unidades e acesso no mesmo hospital a laboratórios de hemodinâmica e angiocardiografia. 1.7.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação O Serviço de Cardiologia é composto pelos seguintes setores e unidades funcionais: Unidade de Cuidados Coronários Unidade de Eletrocardiologia e Monitorização Ambulatória • Nesta unidade estão incluídos os eletrocardiogramas, a eletrocardiografia ambulatória (Holter) e os registos ambulatórios de pressão arterial. Laboratório de Ergometria • Inclui provas de esforço convencionais em tapete rolante. • Efetua cintigrafias com recurso a sobrecarga farmacológica, em parceria com o Serviço de Medicina Nuclear. Unidade de Ecocardiografia • Ecocardiografia convencional, 41 • Ecocardiografia Transesofágica, • Ecocardiografia de Sobrecarga • Ecocardiografia de Esforço. Unidade de Hipertensão Pulmonar • Consultas, • Testes de Marcha e • Testes Hemodinâmicos. Unidade de Eletrofisiologia e Pacing • Estudos Eletrofisiológicos diagnósticos e terapêuticos, • Implantação de pacemakers permanentes e provisórios, • Colocação de cardioversores-desfibrilhadores implantáveis e de sistemas de ressincronização ventricular • Colocação de sistemas de Holter implantável. Unidade de Cardiologia de Intervenção • Diagnósticos (cateterismos direitos) • Angioplastias coronárias. 1.7.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Laboratório de ecocardiografia • Ecocardiógrafos • Esfigmomanómetro automático, • Eletrocardiógrafo, vários registadores de Holter, pressumetros, • Marcador de eventos, e computadores equipados com respetivos softwares para posterior análise. 42 • Duas sondas transesofágicas, equipamento de provas de esforço assim como de material adequado e de emergência. • Medicação para ecocardiogramas de sobrecarga e ETE, • Três marquesas fixas, • Área de trabalho ligada em rede aos ecocardiógrafos, • Sistema informático, • Carro de reanimação, • Armários de arrumação de material, • Balança, • Batas de proteção, máscaras, luvas, • Gel condutor desinfetante. Laboratório de cateterismo • O equipamento de angiografia digital deve possuir 2.5 pares de linhas por milímetro num intensificador de imagem de 5 polegadas, • O processamento de imagem deve existir no local durante a recuperação e deve incluir alterações na melhoria da seleção automática de filtros, ampliação da imagem sem aumentar a dose de radiação e apresentação inversa • Devem existir estações de visionamento, operacionais por ligação direta ao equipamento de angiografia digital da sala de cateterismo ou através dos meios de armazenamento, para permitir a visão estática ou dinâmica das angiografias • Deve ser possível a análise quantitativa da função ventricular (volumes e fração de ejeção) e das 43 dimensões, incluindo das lesões coronárias, durante o procedimento. • Material básico de angioplastia, tal como balões, fios guia, catéteres guia e stents, assim como catéteres para pacing temporário, pericardiocentese e recolha de material estranho intravascular. • Existência de balão intra-aórtico. • Todo o material para desfibrilhação, cardioversão e respiração artificial deve estar presente no Laboratório (onde é indispensável a existência de rampa de gases) ou disponível em menos de um minuto. 44 1.8.Serviço de Pediatria 1.8.1.Características e exigências de funcionamento Pediatria é a especialidade médica que se dedica à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos aspetos, sejam eles preventivos ou curativos. Objetivos de um Serviço de Pediatria: • Prestar cuidados hospitalares eficientes, seguros e apropriados à criança e adolescente e à família, por profissionais qualificados com conhecimentos e desempenho em pediatria/saúde infantil. • Privilegiar sempre o atendimento em ambulatório. • Ser um espaço amigo da criança e do adolescente. Subespecialidades aprovadas pela Ordem dos Médicos • Cuidados Intensivos Pediátricos • Gastrenterologia Pediátrica • Nefrologia Pediátrica •Neonatologia • Neuropediatria • Oncologia Pediátrica Outras áreas de diferenciação pediátrica aceites pela Sociedade Portuguesa de Pediatria: 45 • Alergologia Pediátrica • Desenvolvimento • Doenças metabólicas • Endocrinologia Pediátrica • Hematologia Pediátrica • Infeciologia Pediátrica • Medicina da Adolescência • Pneumologia Pediátrica Orientações gerais para um Serviço de Pediatria Hospitalar • Atendimento até aos 18 anos de idade. • Urgência Pediátrica integrada no Serviço ou Departamento de Pediatria. o Prestação de todos os cuidados, médicos ou cirúrgicos, em ambiente pediátrico o Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD) junto à urgência, de modo a evitar que a criança ou o adolescente seja penalizado com internamentos prolongados. • Consulta externa destinada a crianças e adolescentes, em espaço próprio e ambiente pediátrico. • Internamento de todas as crianças e adolescentes até aos 18 anos num serviço de pediatria seja a patologia, médica ou cirúrgica. Dos 15 aos 18 anos, o adolescente poderá optar por um serviço de adultos. o Condições de internamento adequadas às crianças e adolescentes, com espaços próprios, zonas de brincar para as crianças e salas de estar para os adolescentes. o Condições para a permanência de um acompanhante durante 24h. o Refeições com menus agradáveis e adequados aos diferentes grupos etários. o Educador de infância/animador permanente, envolvido também na informação às crianças e acompanhantes no âmbito do trabalho de equipa multidisciplinar o Professor do ensino básico em tempo parcial. 46 o Relatório na alta que deve ser discutido e entregue aos pais e adolescente e enviado a todos os profissionais continuadores dos cuidados de saúde. • Hospital de Dia Pediátrico (HDP) o Deve ser previsto HDP Médico e/ou Médico-Cirúrgico o Auditoria interna periódica das condições de segurança das instalações e equipamentos. o Formação especializada e contínua de todos os profissionais que trabalham com crianças e adolescentes. o Avaliação periódica do grau de satisfação dos pais e adolescentes. 1.8.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Urgência Pediátrica • Uma sala de espera exterior, com casas de banho para os dois sexos e para deficientes de ambos os sexos; • Uma sala de triagem com privacidade e a possibilidade de ser dotada de 2 postos de trabalho; uma sala de reanimação equipada com todos os componentes necessários a uma reanimação cardiorrespiratória; • Dois a três gabinetes médicos; • Uma sala de tratamentos com fonte de O2; • Uma sala de aerossóis (no mínimo com três fontes de O2); • Uma sala de pequena cirurgia/ortopedia; • Uma sala de observações; uma UICD; • Uma sala destinada a reuniões e/ou entrevista aos pais em situações particulares; • Um gabinete para as chefias, • Vestiários para profissionais de ambos os sexos; Consulta Externa • 4 gabinetes de consulta; 47 • 1 sala de tratamentos; • 1 sala de enfermagem; • 1 sala de estar para as crianças/adolescentes e acompanhantes; • 1 sala polivalente – reuniões/consulta de grupo/ensino Internamento pediátrico • Todas as camas da Unidade de Pediatria, com exceção das de isolamento, devem estar em quartos duplos de uso individual, • A funcionalidade de cada uma das Unidades seja independente das demais, ainda que, de forma opcional, possa ser criado um núcleo central que partilhe os compartimentos de familiares e visitas e o apoio administrativo das unidades; • Todos os quartos tenham capacidade para a localização de um cadeirão/cama para os acompanhantes; • Existam instalações sanitárias próprias para os familiares que permaneçam de forma continuada junto das crianças internadas; • Os quartos incluam pontos de desinfeção dos profissionais; • Os quartos de isolamento, incluam, na adufa da entrada, um dispositivo (arquitetónico ou mobiliário) que permita o armazenamento de utensílios de limpeza específicos para quarto, para evitar a contaminação cruzada; • Existam espaços específicos para estas unidades de internamento, como sejam, sala de biberões/ cozinha de leites, salas de jogar e estar, refeitório, escola, sala de atividades para adolescentes. Unidade de Cuidados Intensivos Pediátrica Como critério geral, o desenho da unidade de cuidados intensivos pediátrica, deve optar por: • Promover elevados níveis de habitabilidade e conforto para todos os utilizadores do hospital. É desejável que os postos tenham iluminação natural; • Ainda que numa primeira fase se prevejam postos em sala aberta, com exceção das boxes de isolamento, o projeto deverá ser desenvolvido de forma a considerar a possibilidade de estes serem convertidos em boxes individuais; 48 • As boxes de isolamento devem incluir na adufa da entrada um dispositivo (arquitetónico ou mobiliário) que permita o armazenamento de utensílios de limpeza específicos para a box, de forma a evitar a contaminação cruzada; • Existirá uma sala de reuniões e uma sala de trabalho médico e ensino; • A Receção/Secretaria localizar-se-á na entrada da Unidade, pelo que permitirá o controlo de fluxo dos visitantes, dado que se trata de uma zona de acesso restrito. 1.8.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Urgência pediátrica Sala de emergência • Espaço para macas • Sistema de cortinas, ou outro, para garantir privacidade • Monitorização invasiva e não invasiva • Ventilação mecânica de doentes • Máquina de gasimetria arterial no local • Imagiologia • Informática e telecomunicações • Botão de alarme • Área de lavagem de mãos/ lavagem para processos invasivos • Cadeiras • Secretária Sala de observação • Monitor de sinais vitais com oximetria de pulso • Tomada de oxigénio e vácuo • Local para lavagem de mãos • Informática e telecomunicações 49 • Cadeiras e secretárias • Marquesa Sala de tratamentos • Espaço para lavagem de mãos • Bancada com ponto de água • Marquesa • Armários • Com quadro resumo dos doentes • Informatizado em ligação com o sistema de informação clínica Sala de inaloterapia • Com capacidade para vários doentes • Máquina de gasimetria arterial • Máquina com filtro hepa • Com posto de enfermagem Cuidados intensivos pediátricos Técnicas • Alimentação parentérica total, • Broncofibroscopia diagnóstica e terapêutica, • Cateterismo arterial e venoso central, • Diálise peritoneal aguda e Hemofiltração, • Doppler transcraniano ou PIC ou SjO2, • Doseamento medicamentos e tóxicos, • Ecodoppler incluindo transfontanelar, • Electrocardiografia, • Electroencefalografia, • Ventilação mecânica convencional, • Ventilação não convencional, • Endoscopia digestiva, • Monitorização invasiva de: TA, PVC ou SVO2 e Capnografia. 50 1.9.Serviço de Ginecologia/Obstetrícia 1.9.1.Características e exigências de funcionamento A Ginecologia significa literalmente "o estudo da mulher". A Ginecologia é o ramo da medicina particularmente preocupado com a saúde do sistema reprodutor feminino, com o diagnóstico e o tratamento das suas doenças. A Obstetrícia por sua vez cuida da mulher durante a gravidez, parto e durante o período de recuperação após o parto. São dois ramos da mesma árvore: a mulher. A Ginecologia/Obstetrícia estuda os seus órgãos reprodutores mas não esquece as suas circunstâncias pessoais (físicas e psíquicas) nem as raízes familiares e sociais que a rodeiam. Cuidados de saúde prestados e as áreas de atividade da Ginecologia-Obstetrícia • Internamento de Ginecologia(plano cirúrgico e serviço de urgência); • Internamento de medicina materno-fetal; • Internamento de puerpério; • Consulta Externa; • Urgência Ginecológica-Obstétrica; • Bloco de Partos. • Bloco Operatório. 51 • Exames Área de intervenção em ginecologia As consultas de ginecologia encontram-se individualizadas em áreas específicas: • Ginecologia geral • Planeamento familiar • Patologia cervical e colposcopia • Uroginecoligia e pavimento pélvico • Pré-concepção/maus antecedentes obstétricos • Infertlidade • Ginecologia concológica • Ginecologia endocrinológica • Menopausa Áreas de intervenção em Obstetrícia A Consulta de Obstetrícia de risco encontra-se individualizada em áreas específicas: • Patologia Nefro-Urológica • Endocrinopatias • Patologias Infecciosas • Risco de Parto- Pretermo • Gravidez gemelar • Adolescentes e idade materna avançada • Patologia fetal • Aconselhamento genético 1.9.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Internamento 52 Na Unidade de Obstetrícia 100% dos quartos serão individuais. Como critério geral, no desenho desta unidade, deve considerar-se que: • Os recém-nascidos devem permanecer no quarto da mãe. Contudo deve prever-se a proximidade com a Unidade de Cuidados Especiais de Neonatologia, onde se realizará a observação, higiene dos recém-nascidos e o controlo nas primeiras horas de vida e tratamentos de fototerapia; • Deve existir uma sala de apoio para berços, não para ser utilizada como um berçário tradicional, mas para permitir o descanso das mães, sempre que necessário (deve localizar-se próximo do posto de vigilância); • Todos os quartos terão capacidade para a localização de um cadeirão/cama para os acompanhantes; • Os quartos devem incluir pontos de desinfeção dos profissionais; • Os quartos de isolamento, devem incluir, na adufa da entrada, um dispositivo (arquitetónico ou mobiliário) que permita o armazenamento de utensílios de limpeza específicos para quarto, para evitar a contaminação cruzada; • A Unidade disporá de instalações sanitárias próprias para os familiares que permaneçam de forma continuada junto das utentes internadas; • Devem existir espaços específicos para estas unidades de internamento, como sejam, sala de biberões/ cozinha de leites e sala de ensino para mães; • Todos os espaços comuns às Unidades Gerais devem ter as mesmas características descritas anteriormente para o internamento geral. Urgência obstétrica A assistência prestar-se-á em espaços individuais, separados lateralmente por elementos fixos (boxes), com possibilidade de incrementar a privacidade através de cortinas frontais ou outros elementos de fácil mobilização. A Unidade contará com módulos diferenciados, consoante a atividade, destacando-se pela sua especificidade as seguintes áreas: • Área assistencial (de diagnóstico) situada na zona de urgências • Box de triagem; 53 o o Boxes de primeiros cuidados; • Área de meios complementares de diagnóstico da especialidade: o o Sala de Ecografia; o o Sala de Cardiotocografia/ Monitorização fetal • Área de tratamento (no bloco de partos). o o Salas de dilatação o o Quartos de partos o o Sala de operações urgentes (cesarianas) A subunidade de bloco de partos disporá de um posto de vigilância centralizada e registo. Como critério general, o desenho da unidade de Urgência Obstétrica, deve optar por: • Promover elevados níveis de habitabilidade e conforto para todos os utilizadores do hospital; • Esta zona está idealizada para permitir o acompanhamento permanente da utente, pelo menos, por uma pessoa, pelo que tal deve ser tido em consideração no desenho das áreas de assistência e salas de espera; • As zonas de uso exclusivo para o pessoal serão compartidas com as existentes no Bloco de Partos. 1.9.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Área de consultas externas/ exames • Meios complementares de diagnóstico na área da Medicina Materno-Fetal: • Cardiotocografias (CTG) • Ecografias (primeiro trimestre, morfológicas, de desenvolvimento fetal e para perfil biofísico fetal) 54 • Técnicas invasivas (amniocentese, biopsia das vilosidades coriais) • Colposcopia • Urodinâmica • Histeroscopia Área de urgência • Material imprescindível para atender as urgências ginecológicas e/ou obstétricas hospitalares, • Computadores conectados à rede local do hospital • Dois ecógrafos de alta resolução Área de observação • Uma sala de observação obstétrica, com: • Quatro camas, • Seis cardiotocógrafos para o controle fetal • Um dispositivo de Tensão Arterial automática, • Uma sala de observação ginecológica Área de sala de partos • Dez unidades individuais, com: • Camas de dilatação-expulsivo, • Cardiotocógrafos para monitorização materno-fetal intraparto • Ressuscitador neonatal. Bloco operatório • Uma cama, sendo a manutenção da responsabilidade do serviço do bloco operatório; Área de puerpério imediato • Espaço habilitado para seis puérperas Área de transição • Espaço com duas camas e quatro incubadoras, 55 • Uma incubadora de transporte • Uma incubadora radiante, habilitado para oito RN Internamento de puerpério • Oitenta camas distribuídas por dois serviços • Duas salas para a atender aos RN, uma em cada serviço. Outros recursos materiais • Dois desfibriladores, • Dois monitores de eletrocardiograma, • Três monitores de tensão arterial, • Dois carros de reanimação cardiopulmonar, • Dois gasómetros, • Dois ecógrafos, • Duas cadeiras de balanço, • Duas cadeiras de parto, • Oito birthing balls, • Aromoterapia e • Kit de musicoterapia. 56 1.10.Serviço de Fisioterapia e de Reabilitação 1.10.1.Características e exigências de funcionamento A Medicina Física e Reabilitação é um ramo da medicina que se ocupa de tratamento de incapacidades potencialmente geradoras de deficiência, com a finalidade de minimizar essas deficiências. Como se processo a reabilitação? • Diagnóstico e definição das diferentes patologias, deficiências e incapacidades existentes; • Definição do prognóstico e avaliação do potencial de reabilitação; • Planeamento e prescrição do tratamento; • Coadjuvação e apoio das diferentes ações médico-cirúrgicas; • Prevenção do descondicionamento físico e psicológico, bem como todas as sequelas decorrentes do imobilismo e isolamento dos doentes internados; • Facilitação e estímulo dos processos de recuperação e regeneração natural; • Estímulo, maximização e compensação das capacidades residuais; • Promoção da integração socioprofissional. A localização dos espaços neste serviço deve ter em conta as especificidades próprias dos utentes (principalmente a locomoção), seguindo também o regulamento vigente relativamente aos cuidados a pessoas com limitações motoras. 57 1.10.2.Tipologia de Equipamento: características, função e conservação Organização dos espaços • Zona de entrada: Terá acesso direto do exterior e constitui o espaço onde se localizam os postos administrativos de receção e admissão, assim como as salas de espera para os utentes e as instalações sanitárias e vestiários com duche; • Zona de consulta: onde se localizam os gabinetes de consulta dos médicos da especialidade; • Zona de tratamentos: corresponde à área central de todo o serviço, onde se desenvolvem todas as técnicas de diagnóstico e terapêuticas relacionadas com os tratamentosda valência da medicina física e reabilitação • Zona de pessoal: onde se concentram as estruturas administrativas destinadas à direcção do serviço e ao trabalho do pessoal; • Zona de apoio comum: destinada a reunir as estruturas de apoio, como as arrecadações de material de consumo, limpeza, roupa, assim como os próprios vestiários do pessoal do serviço. Os espaços da Medicina Física e Reabilitação deverão ter as seguintes características: • Desenho dos espaços acessíveis a pessoas com problemas de locomoção, pelo que em todas as áreas deverá existir a possibilidade de movimento com cadeiras de rodas, devendo ser prestada atenção aos espaços de aproximação às portas, assim como ao tipo de maçanetas e mecanismos de abertura; • Espaços próprios para utentes pediátrico, nomeadamente, ginásio aberto de fisioterapia e área de cinesioterapia respiratória; • 1 sala de terapia ocupacional e 1 sala de terapia da fala preparadas com ambiente pediátrico; • Ginásio aberto de fisioterapia de adultos; • Zona de Hidroterapia (sem piscina); 58 • Zona de 10 boxes polivalentes para poder realizar tratamentos individualizados de vibroterapia ultrasónica, fototerapia, termoterapia, massoterapia, pressoterapia, mecanoterapia e ventiloterapia • Zona de eletroterapia e tratamentos com separações laterais, preferencialmente fixas e com possibilidade de isolar-se de forma móvel o acesso à unidade. O objetivo é preservar ao máximo a intimidade do utente; • O serviço deve ter acesso direto e fácil desde o exterior ou estar perto de uma entrada. • Disporá de um acesso próprio para os utentes em ambulatório e o acesso será possível também pela área de circulação dos utentes internados, mediante núcleos de comunicação vertical. 1.10.3.Tipologia de material: características, função, correta utilização, conservação e controlo existências Eletrologia/ Eletroterapia • Aparelhos de baixa e média frequência • Aparelho com disponibilidade de estudo das curvas I/T- • (cronaxia e reobase) • Aparelhos de alta frequência - tipo ondas curtas ou micro ondas contínuas e pulsáteis • Aparelhos de estimulação elétrica funcional e de reeducação neuro-motora de tipo Biofeedback • Aparelhos de magnetoterapia Vibroterapia ultrassónica e fototerapia • Aparelhos de ultrasonoterapia contínuos e pulsáteis (de 1 e 3 MHz de frequência) • Aparelho de Ultra violetas: UV-A e UV-B • Aparelho de Infravermelhos • Aparelho de LASER 59 Termoterapia por condução (superficial) • Aparelho de calor húmido/hot-packs • Aparelho/tina de parafinoterapia • Aparelho/tina de parafangoterapia ou similar • Aparelho de crioterapia/ cold packs Masso e pressoterapia • Aparelhos de vibromassagem (massagem mecânica) • Mesas de massagem em cabine (boxe) individualizada • Aparelhos de pressões intermitentes podendo ser sequenciais com mangas para membro superior e inferior com variado número de camaras Cinesioterapia • Tapetes de reeducação • Marquesas e plataformas de tratamento/colchão elevado de reeducação • Plano inclinado e/ou mesa de verticalização • Conjunto de auxiliares de transferência e de marcha • Barras paralelas • Cintos, Talas, Ortóteses/Próteses de Treino • Espelho quadriculado • Espaldar • Mangas pneumáticas para M. Superior e Inferior • Conjunto de almofadas em espuma de diferentes formas e volumes • Bolas de tipo Bobath • Bolas medicinais de vários tamanhos • Conjunto de tábuas para reeducação propriocetiva • Tábuas/plataformas para treino de equilíbrio • Escadas e rampas • Conjunto de pesos de diversos tipos (halteres, sacos de areia) Mecanoterapia • Gaiola de Rocher com acessórios • Aparelho de tracção vertebral 60 • Bicicletas ergométricas • Pedaleira • Aparelhos de mobilização articular para membro superior e inferior • Aparelhos de fortalecimento muscular para membro superior, inferior e tronco • Tapete rolante • Aparelho de fortalecimento muscular isocinético • * Aparelho de marcha em suspensoterapia Hidroterapia • Tina de hidromassagem para membro superior e inferior • Tanque de Hubbard • Manilúvios e pedilúvios para banhos de contraste • Tanque de marcha e/ou piscina terapêutica Ventiloterapia • Aerossoloterapia e inaloterapia com componentes adequados: máscaras, sondas e respetivo material de consumo (descartáveis) • Nebulizadores ultrassónicos • Mesas de tratamento para drenagem brônquica / manipulação torácica e reeducação respiratória • Espelhos para reeducação • Espirómetria e espirómetria incentivada • Aspirador de secreções • IPPB e/ou Ventiloterpia propriamente dita, com ventilação não invasiva. • Pulso oxímetro para controlo da execução dos tratamentos. Terapia ocupacional • Equipamento e testes de integração social 61 • Equipamento de treino sensitivo e sensorial • Equipamento de fortalecimento e reeducação motora do membro superior/mão • Equipamento e material de treino e estimulação neuro- cognitiva • Material específico para treino de destreza manual, podendo incluir atividades artesanais e materiais para treino da escrita e outras atividades que impliquem mudança de lateralidade. • Equipamento e material, incluindo dispositivos de compensação, para atividades de vida diária • Software para avaliação e treino funcional da mão Terapia da fala • Secretária com altura adaptada a cadeira de rodas • Mesa de trabalho e cadeiras para intervenção com crianças • Espelho (móvel) • Marquesa • Colchão para trabalhar no chão • Armário • Dependente das áreas de intervenção: • Crianças: Jogos, cartões com imagens de objetos, animais, atividades...). Objetos reais e miniaturas de animais, frutos, etc. Palhinhas, botões, espátulas, instrumentos de sopro e percussão, marcadores, lápis de cor, material de pintura, tesouras, cola.... • Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação: PIC, SPC, outros de tecnologia mais avançada • Outras tecnologias da comunicação. • Adultos: Cartões com imagens (específicos para adultos), espátulas, luvas de borracha, objetos reais de uso comum • Gravador com boa qualidade e cassetes áudio 62 • Cronómetro • Computador com impressora e software específico para intervir com adultos afásicos • Sistemas Aumentativos e Alternativos da Comunicação Outras técnicas diagnósticas e/ ou terapêuticas • Exame de marcha com registo gráfico • Exame muscular com registo gráfico • Raquimetria • Eletrodiagnóstico de estimulação • Eletromiografia • Ecotomografia das partes moles • Estudos urodinâmicos • Equipamento de estimulação e biofeeback para reeducação do pavimento pélvico • Provas funcionais respiratórias • Testes de psicomotricidade • Testes de avaliação do desenvolvimento • Testes de avaliação da linguagem • Matrizes de RAVEN • Pressões transcutâneas de oxigénio 63 1.11.Serviço de Urgência 1.11.1.Características e exigências de funcionamento Os Serviços de Urgência Médico-Cirúrgica são o primeiro nível de acolhimento das situações de urgência/ emergência integrado na Rede Hospitalar Urgência/Emergência. São unidades diferenciadas que devem estar instaladas em hospitais gerais de nível não inferior a hospital distrital (embora não envolva todos os hospitais distritais gerais). Os hospitais com Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica devem dispor de: • Medicina Interna • Cirurgia Geral • Ortopedia • Anestesiologia • Cardiologia • Neurologia • Oftalmologia • ORL • Urologia • Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente • Bloco Operatório • Imuno-hemoterapia
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