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Margem de Contribuição e Lucro Operacional na Indústria

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Prévia do material em texto

Custos Industriais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Dra. Sílvia Albert
Margem de Contribuição e Lucro Operacional
• Introdução
• Ponto de Equilíbrio
• Ponto de Equilíbrio para Múltiplos Produtos
• Limitações do Ponto de Equilíbrio
 · Fornecer conceitos básicos sobre margem de contribuição e lucro 
operacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Margem de Contribuição 
e Lucro Operacional
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Introdução
Segundo Cruz et al. (2012), podemos perceber que o método de apropriação 
de custo mais adequado para a formação de preço de venda é o método direto ou 
custeio variável, pois ele não utiliza bases de rateio na distribuição e no controle de 
custos indiretos aos seus produtos ou serviços.
Por meio da destinação dos gastos variáveis aos produtos ou serviços, o custeio 
direto ou variável permite a identificação da margem de contribuição de cada tipo 
de produto ou de linhas de produtos ou serviços, o que gera uma estrutura para o 
processo de precificação.
A fim de entender como se dá o processo pelo método direto, observe a Figura 
1, proposta por Cruz et al. (2012) em relação aos gastos:
Custos InvestimentosDespesas
Figura 1 – Tipos de gastos
Fonte: Adaptado de Cruz, 2012
Observando a Figura 1, verificamos que os tipos de gastos no custeio direto são 
Custos, Despesas e Investimentos, de que trataremos a seguir:
• Custo: gasto relativo a um bem ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços, trata-se, portanto, do consumo de bens para produzir outros 
bens. Os custos podem ser diretos ou indiretos, dependendo da facilidade 
com que são apurados contabilmente, ou então fixos ou variáveis:
 » Custo direto: são os custos capazes de serem associados diretamente a um 
produto ou serviço e que possam, também, ser medidos de alguma maneira 
utilizando uma unidade de medida que pode ser quilos, litros, quantidade de 
peças, horas trabalhadas, etc.;
 » Custo indireto: os custos indiretos não podem ser associados diretamente a 
um produto ou serviço. Um exemplo é o custo de energia elétrica, que não 
pode ser associado diretamente a um produto ou serviço porque não se sabe 
ao certo quanto que cada máquina ou lâmpada utilizou de energia elétrica a 
não ser que fossem colocados medidores em cada um dos componentes que 
utilizam energia elétrica. Outro exemplo seria o custo do setor de controle 
da qualidade, pois essa é uma atividade geral da produção e não específica a 
uma determinada mercadoria ou serviço;
8
9
 » Custo fixo: os custos fixos não se alteram quando dentro de uma faixa 
de atividades, não variando nem em função de mudanças no volume de 
produção nem tampouco em função do nível de atividade.
Para efeito dos cálculos da margem de contribuição, vamos considerar os custos 
fixos e os custos variáveis.
• Despesa: bem ou serviços consumido direta ou indiretamente para obter 
receitas ou a ser aplicado em uma atividade que irá gerar renda ou que poderá 
gerar uma renda teórica. As despesas são itens que reduzem o patrimônio 
e apresentam características que representam sacrifícios para a obtenção de 
receitas, ou seja, as empresas possuem despesas para a geração de receitas e 
não para a geração de bens ou serviços, o custo é que tem essa finalidade. As 
despesas podem ser fixas ou variáveis.
• Investimento: gasto que uma organização ou empreendimento faz visando 
benefícios futuros. Todos os sacrifícios realizados para a aquisição de bens ou 
serviços (gastos) que são estocados no Ativo da empresa para baixa ou amor-
tização quando de sua venda, consumo, desaparecimento ou desvalorização 
são chamados de investimentos. Por exemplo: a matéria prima é um gasto 
contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um 
gasto que se torna investimento permanente etc.;
Vale ressaltar que os gastos variáveis (Custos e Despesas variáveis), em geral, 
estão associados aos produtos ou serviços enquanto que os gastos fixos (Custos 
e despesas fixas) estão associados à estrutura da empresa. A Figura 2, a seguir, 
apresenta a estrutura lógica do método direto:
Gastos
Variáveis
Custos
Variáveis
Produtos
ou Serviços
Custos
Variáveis
Gastos
Fixos
Custos
Fixos
Estrutura
da Empresa
Custos
Fixos
Figura 2: Esquema do método direto
Fonte: Adaptado de Cruz, 2012
9
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Outro fator importante quando tratamos do assunto margem de contribuição é o 
preço de venda que será formado de acordo com as estratégias da empresa e suas 
variáveis econômicas, de custo, mercadológica, tributárias etc.
O que seria margem de contribuição?
Ex
pl
or
A margem de contribuição se resume na diferença entre o preço de venda (fatu-
ramento ou receita) e a soma dos custos e despesas variáveis.
Mc = PV – (CV + DV)
Onde:
Mc = Margem de Contribuição
PV = Preço de Venda (Receita ou Faturamento)
CV = Custos Variáveis
DV = Despesas Variáveis
A margem de contribuição é uma ferramenta que permite verificar quais os 
produtos que estão sendo vendidos acima dos custos e despesas que provocam. A 
empresa começa a gerar lucro quando a margem de contribuição for maior que os 
custos e despesas fixas.
Vejamos, a seguir, um exemplo prático:
Uma empresa de embalagem fabrica três tipos de produtos: Embalagem plástica, 
Embalagem de papel e Embalagem de papelão. No final do mês passado esses 
produtos foram produzidos e vendidos de acordo com a Tabela 1:
Tabela 1 – Resumo dos produtos produzidos e vendidos
Produtos Quantidade Preço de venda unitário ($) Custo variável unitário ($)
Embalagem plástica 20.000 5,00 2,00
Embalagem de papel 15.000 10,00 8,00
Embalagem de papelão 30.000 8,00 6,00
As despesas variáveis de vendas correspondem a 3% do preço de venda e os 
custos fixos totalizam $50.000,00 no mês.
O cálculo da margem de contribuição unitária para cada produto seria:
Embalagem plástica
• A Despesa Variável (DV) corresponde a 3% do valor de venda = $5,00 x 0,03 ∴ 
o valor da despesa variável da embalagem plástica é de $0,15
10
11
• Margem de contribuição unitária
Mc = PV – (CV + DV)
Mc = 5 – (2 + 0,15) ∴
Mc= $2,85/embalagem
• Margem de contribuição total
$2,85/embalagem x 20.000 embalagens = $57.000,00
Embalagem de papel 
• A Despesa Variável (DV) corresponde a 3% do valor de venda = $10,00 x 
0,03 ∴ o valor da despesa variável da embalagem plástica é de $0,30
Margem de contribuição unitária
• Mc = PV – (CV + DV)
Mc = 10 – (8 + 0,30) ∴
Mc = $1,70/embalagem
• Margem de contribuição total
$1,70/embalagem x 15.000 embalagens = $25.500,00
Embalagem de papelão
• A Despesa Variável (DV) corresponde a 3% do valor de venda = $8,00 x 0,03 
∴ o valor da despesa variável da embalagem plástica é de $0,24
• Margem de contribuição unitária
Mc = PV – (CV + DV)
Mc = 8 – (6 + 0,24) ∴
Mc = $1,76/embalagem
• Margem de contribuição total
$1,76/embalagem x 30.000 embalagens = $52.800,00
• Margem de contribuição total 
(+) Embalagem plástica 57.000,00
(+) Embalagem de papel 25.500,00
(+) Embalagem de papelão 52.800,00
(=) Total 135.300,00
11
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
• Lucro operacional
(+) Margem de contribuição total 135.300,00
(–) Custos e Despesas Fixas 50.000,00
(=) Lucro operacional ou lucro bruto 85.300,00
A Tabela 2 a seguir resume os resultados obtidos:
Tabela 2: Resumo dos dados
Produtos
Preço unitário
($)
a
Custo variável
($)
b
Despesa variável
($)
c = (a x 0,03)
MC unitária
($)
d = a – (b +c)
Qde
e
MC total ($)
f = d x e
Embalagem plástica 5,00 2,00 0,15 2,85 20.000 57.000
Embalagem de papel 10,00 8,00 0,30 1,70 15.000 25.500
Embalagem de papelão 8,00 6,00 0,24 1,76 30.000 52.800
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL 135.300
(–) Custos e Despesas Fixas 50.000
(=) Lucro operacional ou lucro bruto 85.300
Importante!
No exemplo apresentado anteriormente, todos os produtos contribuem de forma 
positiva, ou seja, os produtos contribuem de forma favorável ao negócio. Caso algum 
produto apresentasse margem negativa, ele não seria favorável ao negócio; se a margem 
fosse nula, o produto seria indiferente ao negócio (ponto de equilíbrio).
Trocando ideias...
Ponto de Equilíbrio
Quando falamos do ponto de equilíbrio estamos mencionando que a soma das 
margens de contribuição dos produtos vendidos tem o mesmo valor da soma dos 
custos e despesas fixas.
Para exemplificar, suponha que uma empresa produziu e vendeu 10.000 
unidades mensais do produto X; seu preço de venda unitário é de $20,00/unidade 
e a soma de seus custos e despesas variáveis unitário é de $15/unidade; seus custos 
e despesas fixas mensais correspondem a $10.000,00. Veja o resumo a seguir:
(+) Preço de venda unitário $20,00 x 10.000 = $200.000,00
(-) Custos e despesas variáveis $15,00 x 10.000 = $150.000,00
(=) Margem de contribuição total $50.000,00
(-) Custos e despesas fixas $10.000.00
(=) Lucro operacional $40.000,00
12
13
Para descobrir a margem de contribuição unitária utilizamos a fórmula:
Mc = PV – (CV + DV)
Mc = 20 – (15)
Mc = $5/unidade
Para descobrir a quantidade necessária do ponto de equilíbrio basta fazer a 
divisão do valor dos custos e despesas fixas pela margem de contribuição unitária 
como segue:
$10.000,00 ÷ $5/unidade = 2.000 unidades
No exemplo apresentado anteriormente, o que signifi cam essas 2.000 unidades? Quantas 
unidades correspondem ao lucro operacional?Ex
pl
or
Nesse exemplo, as 2.000 unidades correspondem à quantidade da soma das 
margens de contribuição dos produtos vendidos, que se igualam ao valor dos custos 
e despesas fixas mensais.
Para determinar a quantidade correspondente ao lucro operacional, faremos de 
maneira similar ao ponto de equilíbrio, só que, desta vez, utilizaremos o valor do 
lucro operacional dividido pela margem de contribuição unitária, como segue:
$40.000,00 ÷ $5/unidade = 8.000 unidades
As fórmulas para determinar o ponto de equilíbrio tanto em quantidade quanto 
em valor são:
P q
CDF
MCUeq
( ) =
Peq (q) = Ponto de equilíbrio (quantidade)
CDF = Custos e Despesas Fixas
MCU = Margem de Contribuição Unitária
Observação: MCU = Preço de Venda unitário-Custos e Despesas variáveis unitário
Peq (v) = Peq (q) x Preço de Venda Unitário
Peq (v) = Ponto de equilíbrio (valor)
Retornando ao nosso exemplo temos como quantidade as 2.000 unidades para 
a obtenção do ponto de equilíbrio como segue:
P q
CDF
MCUeq
( ) =
13
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
P qeq ( ) =
$ .
$ ,
10 000
5 00
Peq (q) = 2.000 unidades
Em termos de valores esta quantidade corresponde a:
Peq (v) = Peq (q) x Preço de Venda Unitário
Peq (v) = 2.000 x $20,00
Peq (v) = $ 40.000,00
Graficamente, temos esses dados demonstrados na Figura 3:
2.000
10.000
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
200.000
($)
4.000
Ponto de equilíbrio
Custos e despesas �xas
Lucro operacional
Receita Total
6.000 8.000 10.000 Quantidade
Despesas Totais
Figura 3 – Resumo dos dados do exemplo
14
15
Na figura 3, podemos notar que mesmo a empresa não produzindo nenhuma 
peça seus custos e despesas fixas permanecem em $10.000,00/mês. Nesse 
exemplo, conforme demonstrado em cálculos, o ponto de equilíbrio em termos de 
quantidade é de 2.000 e em termos de valores $40.000,00.
Para o cálculo do ponto de equilíbrio foi levado em consideração o valor dos 
custos e despesas fixas ($10.000,00) dividido pelo valor da margem de contribuição 
($5,00) que conforme visto é a subtração do preço de venda ($20,00) dos custos 
e despesas variáveis ($15,00).
Analisando a Figura 3, as receitas do ponto de equilíbrio correspondem a 
multiplicação do preço de venda ($20,00) pela quantidade do ponto de equilíbrio 
(2.000) que corresponde ao valor de $40.000,00. O valor dos custos totais no 
ponto de equilíbrio corresponde à soma dos custos e despesas fixas mensais 
($10.000,00) com os totais dos custos e despesas variáveis ($15,00 x 2.000 = 
$30.000,00), perfazendo um total de $40.000,00. Em outras palavras o lucro 
operacional, no ponto de equilíbrio, é igual a zero, pois o lucro corresponde a 
diferença entre as receitas totais e os custos totais. A partir da quantidade de 2.000 
unidades a empresa passará a ter lucros, para quantidades inferiores a 2.000 
unidades a empresa terá prejuízos.
Com as quantidades totais do exemplo (10.000) a empresa teve um lucro opera-
cional de $40.000,00, conforme exemplificado no resumo dos dados e na Figura 3.
Ponto de Equilíbrio para Múltiplos Produtos
O ponto de equilíbrio é de fácil visualização quando tratamos de um único 
produto ou de uma única linha de fabricação, em que se pode estabelecer o ponto 
de equilíbrio por unidade de produção.
No entanto, quando há vários produtos com diferentes margens de contribui-
ção, torna-se mais difícil determinar o mix de vendas e de produção para o ponto 
de equilíbrio.
A seguir, para efeito de exemplificação, tomaremos um caso com dois produtos 
diferentes, porém com margem de contribuição igual. Observe:
Uma empresa possui dois produtos diferentes X e Y e seus preços de vendas 
unitários, a soma de seus custos e despesas variáveis e a margem de contribuição 
unitária estão descritas na Tabela 3. Os custos e despesas fixas mensais são de 
$60.000,00.
15
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Tabela 3 – Margens de contribuições dos produtos X e Y
Produto Preço de venda (unitário) Custos e despesas variáveis (unitário) Margem de contribuição (unitária)
X $500,00 $200,00 $300,00
Y $1.000,00 $700,00 $300,00
Dessa forma, utilizaremos a fórmula do ponto de equilíbrio de maneira similar a 
de um único produto:
P q
CDF
MCUeq
( ) =
P qeq ( ) =
$ .
$ ,
60 000
300 00
Peq (q) = 200 unidades
Importante!
Nesses casos, em que as margens de contribuição são iguais, quaisquer que sejam as 
quantidades de produtos X e Y, desde que a soma seja de 200 unidades, o ponto de 
equilíbrio será atingido.
Trocando ideias...
No entanto, se os produtos tiverem margens de contribuições diferentes, como podemos 
determinar a quantidade do ponto de equilíbrio? Vejamos, a seguir, outro exemplo:Ex
pl
or
Uma empresa possui trêsprodutos diferentes X, Y e Z e seus preços de vendas 
unitários, a soma de seus custos e despesas variáveis estão descritos na Tabela 3 e 
os custos e despesas fixas mensais são de $100.224,00.
Tabela 4 – Margens de contribuições dos produtos X, Y e Z
Produto Qtde.
Preço de venda 
(unitário)
Custos e despesas variáveis 
(unitário)
Margem de contribuição 
(unitária)
X 100 $400,00 $200,00 $200,00
Y 60 $500,00 $150,00 $350,00
Z 40 $600,00 $320,00 $280,00
Uma das maneiras de resolução para a determinação do ponto de equilíbrio 
de produtos que possuem margens de contribuições diferentes é por meio da 
participação das vendas em cada produto. Esse cálculo é obtido por meio da 
multiplicação da porcentagem de vendas de cada produto e sua respectiva margem 
de contribuição, conforme sequência a seguir:
16
17
• Participação nas vendas em cada produto
Produto Quantidade Vendas (%)
X 100 50%
Y 60 30%
Z 40 20%
TOTAL 200 100%
O resumo dos dados acima analisou a porcentagem de vendas de cada produto. 
Nesse caso, o produto X representa 50%, o produto Y representa 30% e o 
produto Z representa 20%. A partir desses dados, determinaremos a margem de 
contribuição média unitária ponderada.
• Margem de contribuição média unitária ponderada
Produto MCU Vendas (%) MCU ponderada
X $200 X 50% = $100,00
Y $350 X 30% = $105,00
Z $280 X 20% = $56,00 
TOTAL $261,00
Por meio da MCU ponderada total ($261,00) podemos calcular o ponto de equilíbrio.
• Cálculo do ponto de equilíbrio
P q
CDF
MCUeq
( ) =
P qeq( )
$ . ,
=
100 224 00
261
P q unidadeseq( ) = 384
Para essa condição de vendas, o ponto de equilíbrio se dá com 384 unidades 
(somando-se os produtos X, Y e Z). A determinação das quantidades mínimas de 
cada produto ou o mix de produtos veremos no item “d”, a seguir:
• Mix de produtos
Produto Ponto de equilíbrio Vendas (%) Total
X 384 X 50 192
Y 384 X 30 115,2
Z 384 X 20 76,8
17
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Atualmente, há planilhas eletrônicas e softwares de simulação que acabam pro-
porcionando o ponto de equilíbrio. Contudo, como foi apresentado em nosso 
exemplo, se as vendas dessa empresa se comportar sempre de maneira similar, a 
empresa poderá programar e planejar antecipadamente os recursos que deverão ser 
direcionados para cada produto facilitando, assim, o planejamento como um todo.
Limitações do Ponto de Equilíbrio
Será que o comportamento dos custos e das receitas se mantém constante dentro das 
limitações de produção e de vendas? A empresa pode alterar seu preço de vendas em 
razão de uma oportunidade? A empresa pode aumentar sua produtividade por meio de 
reduções de custos?
Ex
pl
or
Como você pode perceber, nem sempre o comportamento das receitas e dos cus-
tos se mantém estáveis e algumas situações podem contribuir para que isto ocorra:
• Comportamento do preço de venda: várias vezes a empresa é obrigada 
a rever sua política de preços a fim de obter uma maior participação do 
mercado; algumas vezes a empresa é forçada a efetuar reduções nos preços, 
para atingir um aumento de vendas e, em determinadas ocasiões, a empresa 
consegue aumentar seu preço ou devido à inflação ou devido a uma estratégia 
de reposicionamento de seus produtos ou linhas de produtos. Outro ponto 
a ser considerado é que todo produto possui um ciclo de vida que engloba 
desde a sua introdução até o seu encerramento, conforme podemos atestar na 
Figura 4, a seguir:
Vendas e
lucros ($)
Vendas
Lucros
Tempo0
Perdas/
investimentos ($)
Desenvol-
vimento do 
produto Introdução Maturidade Declínio
Cresci-
mento
Figura 4 – Ciclo de vida do produto
18
19
Como você pôde perceber, o comportamento de vendas sofre mudanças ao 
longo do ciclo de vida do produto. Neste momento, esta será nossa única análise, 
pois outras disciplinas tratarão sobre o tema ciclo de vida do produto de maneira 
mais aprofundada;
• Comportamento dos Custos e Despesas Fixas: as contas podem ser consi-
deradas fixas até certo limite de produção e de vendas. Se a empresa desejar 
aumentar a quantidade de peças produzidas e de vendas, por exemplo, pode 
haver a necessidade de contratação de mão de obra indireta, aquisição de no-
vas máquinas e equipamentos ou, até mesmo, investimentos na ampliação ou 
aluguel de um galpão. Todos esses fatores podem gerar custos adicionai;
• Comportamento dos custos e despesas variáveis: quando consideramos 
os custos variáveis, os custos unitários são sempre iguais, pois, conforme 
aumentam os volumes de vendas, os custos aumentam proporcionalmente. 
Por um lado, esse fato não leva em consideração que a empresa possa estar 
operando com capacidade ociosa sendo possível, por exemplo, contratar mão 
de obra ou optar por horas extras para ocupar parte ou toda essa capacidade, 
o que aumentará os custos unitários; por outro lado, se a empresa conseguir 
meios de aumento de produtividade os custos unitários diminuirão.
Finalizamos assim mais uma unidade com importantes tópicos sobre os Custos 
Industriais. Desejo a você sucesso em sua vida pessoal, espiritual, profissional e 
financeira. Até mais!!!
19
UNIDADE Margem de Contribuição e Lucro Operacional
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Análise de Balanços, Estruturação e Avaliação das Demonstrações Financeiras Contábeis
BLATT, A. Análise de balanços, estruturação e avaliação das demonstrações 
financeiras contábeis. São Paulo: Pearson: 2000. (e-book).
Gestão de Custos Perspectivas e Funcionalidades
CRUZ, A.W. Gestão de custos perspectivas e funcionalidades. Curitiba: IBPEX, 
2012. (e-book).
Formação de Preços: Mercado e Estrutura de Custos
CRUZ, J.A.W; DOS REIS, J.A.F; MIGUEL, J.I; PROHMANN, J.I.P. Formação de 
preços: mercado e estrutura de custos. Curitiba: Intersaberes, 2012. (e-book).
Contabilidade Gerencial Novas Práticas Contábeis para Gestão de Negócios
HONG, Y.C. Contabilidade gerencial novas práticas contábeis para gestão de 
negócios. São Paulo: Pearson: 2005. (e-book).
Princípios de Marketing
KOTLER, P; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall: 2007. (e-book).
Custos
MEGLIORINI, E. Custos. São Paulo: Makron books, 2001. (e-book).
20
21
Referências
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: Livro de Exercícios. 9ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de Custos: O Uso da Contabilidade de Custos como 
Instrumento Gerencial. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos Fácil; 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
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