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remedios constitucionais - mandado de injuncao e acao popular

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Remédios constitucionais
(arts. 97; 102, incs. I, “a” e “p”, e III, e §§ 1º, 2º e 3º; 103; 
125, § 2º; e 129, inc. IV)
Prof. Marcelo Caminha Filho
(a) Habeas corpus;
(b) Mandado de segurança;
(c) Mandado de segurança coletivo;
(d) Mandado de injunção;
(e) Habeas data;
(f) Ação popular.
Remédios constitucionais
Mandado de injunção
CRFB: “Art. 5º. (...) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”
Regulamentado pela Lei nº 13.300, de 2016. Aplica, 
subsidiariamente, as normas do mandado de segurança.
Mandado de injunção
Impetrante: as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam 
titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas 
constitucionais.
Impetrado: o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para 
editar a norma regulamentadora. 
Mandado de injunção
Impetrante: as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam 
titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas 
constitucionais.
Impetrado: o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para 
editar a norma regulamentadora. 
Mandado de injunção
Quais serão os efeitos da decisão? São 3 posições.
(1) Não-concretista;
(2) Concretista;
(2.1.) Concretista intermediária;
(2.2.) Concretista direta.
Mandado de injunção
Não-concretista
Por maioria de votos, o Tribunal deferiu o pedido de mandado de injunção, nos termos do voto 
do relator, para reconhecer a mora do congresso nacional em regulamentar o art. 37, VII, da 
Constituição Federal e comunicar-lhe a decisão, a fim de que tome as providências necessárias à 
edição de lei complementar indispensável ao exercício do direito de greve pelos servidores 
públicos civis, vencidos, em parte, o Min. Carlos Velloso, que também reconhecia a mora do 
Congresso Nacional e, desde logo, fixava as condições necessárias ao exercício desse direito, e 
os Mins. Sepúlveda Pertence e Marco Aurélio, que não conheciam do pedido. (...) Plenário, 
19.5.94. (MI 20, Relator(a): CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 19/05/1994, DJ 22-
11-1996 PP-45690 EMENT VOL-01851-01 PP-00001)
Mandado de injunção
Concretista intermediária
Mandado de injunção. - Legitimidade ativa da requerente para impetrar mandado de injunção 
por falta de regulamentação do disposto no par. 7. do artigo 195 da Constituição Federal. -
Ocorrência, no caso, em face do disposto no artigo 59 do ADCT, de mora, por parte do 
Congresso, na regulamentação daquele preceito constitucional. Mandado de injunção conhecido, 
em parte, e, nessa parte, deferido para declarar-se o estado de mora em que se encontra o 
Congresso Nacional, a fim de que, no prazo de seis meses, adote ele as providências legislativas 
que se impõem para o cumprimento da obrigação de legislar decorrente do artigo 195, par. 7., da 
Constituição, sob pena de, vencido esse prazo sem que essa obrigação se cumpra, passar o 
requerente a gozar da imunidade requerida. (MI 232, Relator(a): MOREIRA ALVES, Tribunal 
Pleno, julgado em 02/08/1991, DJ 27-03-1992 PP-03800 EMENT VOL-01655-01 PP-00018 
RTJ VOL-00137-03 PP-00965)
Mandado de injunção
Lei nº 12.063, de 2009 (ADO):
“Art. 12-H. Declarada a 
inconstitucionalidade por omissão, 
com observância do disposto no art. 
22, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das 
providências necessárias.”
Mandado de injunção
Lei nº 13.300, de 2016 (MI): “Art. 8º Reconhecido 
o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover 
ação própria visando a exercê-los, caso não seja 
suprida a mora legislativa no prazo determinado.”
Lei nº 12.063, de 2009 (ADO):
“Art. 12-H. Declarada a 
inconstitucionalidade por omissão, 
com observância do disposto no art. 
22, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das 
providências necessárias.”
Mandado de injunção
Lei nº 13.300, de 2016 (MI): “Art. 8º Reconhecido 
o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover 
ação própria visando a exercê-los, caso não seja 
suprida a mora legislativa no prazo determinado.”
Não-concretista
Lei nº 12.063, de 2009 (ADO):
“Art. 12-H. Declarada a 
inconstitucionalidade por omissão, 
com observância do disposto no art. 
22, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das 
providências necessárias.”
Mandado de injunção
Lei nº 13.300, de 2016 (MI): “Art. 8º Reconhecido 
o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o 
impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das 
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover 
ação própria visando a exercê-los, caso não seja 
suprida a mora legislativa no prazo determinado.”
Não-concretista
Concretista intermediária
Reconhecida a mora legislativa, será deferida a injunção para:
● determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da 
norma regulamentadora; 
● estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das 
liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições 
em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, 
caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.
Mandado de injunção
● A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até 
o advento da norma regulamentadora. 
● Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando 
isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, da liberdade ou 
da prerrogativa objeto da impetração. 
● Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos 
casos análogos por decisão monocrática do relator.
Mandado de injunção
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB A Lei nº 13.300/16, que disciplina o processo e o julgamento dos mandados 
de injunção individual e coletivo, surgiu para combater o mal da síndrome da inefetividade das normas 
constitucionais. Nesse sentido, o seu Art. 8º, inciso II, inovou a ordem jurídica positivada ao estabelecer que, 
reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados, ou, se for o caso, as condições em que o 
interessado poderá promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado. Considerando o conteúdo normativo do Art. 8º, inciso II, da Lei nº 13.300/16 e a teoria acerca da 
efetividade das normas constitucionais, assinale a afirmativa correta.
(A) Foi adotada a posição neoconstitucionalista, na qual cabe ao Poder Judiciário apenas declarar formalmente a 
mora legislativa, atuando como legislador negativo e garantindo a observância do princípio da separação dos 
poderes, sem invadir a esfera discricionária do legislador democrático.
(B) Foi consolidada a teoria concretista, em prol da efetividade das normas constitucionais, estabelecendo as 
condições para o ativismo judicial, revestindo-o de legitimidade democrática, sem ferir a separação de Poderes e, 
ao mesmo tempo, garantindo a força normativa da Constituição.
(C) Foi promovida a posição não concretista dentro do escopo de umEstado Democrático de Direito, na qual cabe 
ao Poder Judiciário criar direito para sanar omissão legiferante dos Poderes constituídos, geradores da chamada 
“síndrome da inefetividade das normas constitucionais”, em típico processo objetivo de controle de 
constitucionalidade.
(D) Foi retomada a posição positivista normativista, concedendo poderes normativos momentâneos aos juízes e 
tribunais, de modo a igualar os efeitos da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (modalidade do 
controle abstrato) e do mandado de injunção (remédio constitucional).
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB A Lei nº 13.300/16, que disciplina o processo e o julgamento dos mandados 
de injunção individual e coletivo, surgiu para combater o mal da síndrome da inefetividade das normas 
constitucionais. Nesse sentido, o seu Art. 8º, inciso II, inovou a ordem jurídica positivada ao estabelecer que, 
reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para estabelecer as condições em que se dará o 
exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados, ou, se for o caso, as condições em que o 
interessado poderá promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado. Considerando o conteúdo normativo do Art. 8º, inciso II, da Lei nº 13.300/16 e a teoria acerca da 
efetividade das normas constitucionais, assinale a afirmativa correta.
(A) Foi adotada a posição neoconstitucionalista, na qual cabe ao Poder Judiciário apenas declarar formalmente a 
mora legislativa, atuando como legislador negativo e garantindo a observância do princípio da separação dos 
poderes, sem invadir a esfera discricionária do legislador democrático.
(B) Foi consolidada a teoria concretista, em prol da efetividade das normas constitucionais, estabelecendo as 
condições para o ativismo judicial, revestindo-o de legitimidade democrática, sem ferir a separação de Poderes e, 
ao mesmo tempo, garantindo a força normativa da Constituição.
(C) Foi promovida a posição não concretista dentro do escopo de um Estado Democrático de Direito, na qual cabe 
ao Poder Judiciário criar direito para sanar omissão legiferante dos Poderes constituídos, geradores da chamada 
“síndrome da inefetividade das normas constitucionais”, em típico processo objetivo de controle de 
constitucionalidade.
(D) Foi retomada a posição positivista normativista, concedendo poderes normativos momentâneos aos juízes e 
tribunais, de modo a igualar os efeitos da ação direta de inconstitucionalidade por omissão (modalidade do 
controle abstrato) e do mandado de injunção (remédio constitucional).
Mandado de injunção coletivo:
● Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses 
sociais ou individuais indisponíveis; 
● Partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar 
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou 
relacionados com a finalidade partidária;
Mandado de injunção
Mandado de injunção coletivo:
● Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar 
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade 
ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e 
desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, 
autorização especial; 
● Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante 
para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e 
coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da 
Constituição Federal .
Mandado de injunção
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB O Supremo Tribunal Federal reconheceu a periculosidade 
inerente ao ofício desempenhado pelos agentes penitenciários, por tratar-se de atividade de 
risco. Contudo, ante a ausência de norma que regulamente a concessão da aposentadoria 
especial no Estado Alfa, os agentes penitenciários dessa unidade federativa encontram-se 
privados da concessão do referido direito constitucional. Diante disso, assinale a opção que 
apresenta a medida judicial adequada a ser adotada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários 
do Estado Alfa, organização sindical legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 
(um) ano, em defesa da respectiva categoria profissional. 
(A) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo para sanar a falta da norma 
regulamentadora, dispensada autorização especial dos seus membros. 
(B) Ele não possui legitimidade ativa para ingressar com mandado de injunção coletivo, mas 
pode pleitear aplicação do direito constitucional via ação civil pública. 
(C) Ele tem legitimidade para ingressar com mandado de injunção coletivo, cuja decisão pode 
vir a ter eficácia ultra partes, desde que apresente autorização especial dos seus membros. 
(D) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo, mas, uma vez reconhecida a mora 
legislativa, a decisão não pode estabelecer as condições em que se dará o exercício do direito 
à aposentadoria especial, sob pena de ofensa à separação dos Poderes.
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB O Supremo Tribunal Federal reconheceu a periculosidade 
inerente ao ofício desempenhado pelos agentes penitenciários, por tratar-se de atividade de 
risco. Contudo, ante a ausência de norma que regulamente a concessão da aposentadoria 
especial no Estado Alfa, os agentes penitenciários dessa unidade federativa encontram-se 
privados da concessão do referido direito constitucional. Diante disso, assinale a opção que 
apresenta a medida judicial adequada a ser adotada pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários 
do Estado Alfa, organização sindical legalmente constituída e em funcionamento há mais de 1 
(um) ano, em defesa da respectiva categoria profissional. 
(A) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo para sanar a falta da norma 
regulamentadora, dispensada autorização especial dos seus membros. 
(B) Ele não possui legitimidade ativa para ingressar com mandado de injunção coletivo, mas 
pode pleitear aplicação do direito constitucional via ação civil pública. 
(C) Ele tem legitimidade para ingressar com mandado de injunção coletivo, cuja decisão pode 
vir a ter eficácia ultra partes, desde que apresente autorização especial dos seus membros. 
(D) Ele pode ingressar com mandado de injunção coletivo, mas, uma vez reconhecida a mora 
legislativa, a decisão não pode estabelecer as condições em que se dará o exercício do direito 
à aposentadoria especial, sob pena de ofensa à separação dos Poderes.
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Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
CRFB: “Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; “
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular atolesivo (1) ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo (1) ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, (2) à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo (1) ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, (2) à moralidade administrativa, (3) ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Instrumento de democracia direta e participação popular.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo (1) ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, (2) à moralidade administrativa, (3) ao meio 
ambiente e (4) ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Regulamentada pela Lei nº 4.717, de 1965.
Ação popular
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Ação popular Cidadão: prova da cidadania é feita com título eleitor. 
Eleitor, mesmo alistado voluntariamente entre 16 e 18 
anos. Menor de 18 possui capacidade processual 
plena (dispensa assistência).
Não há, no entanto, capacidade postulatória plena.
É necessária a representação por advogado.
Art. 5º. (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Ação popular
Incluídos os bens e direitos de valor econômico, 
artístico, estético, histórico ou turístico.
Todos os atos?
Ação popular
Todos os atos? Não, apenas os nulos ou anuláveis. 
Ação popular
São nulos:
a) incompetência: a incompetência fica caracterizada quando o 
ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o 
praticou;
b) vício de forma: o vício de forma consiste na omissão ou na 
observância incompleta ou irregular de formalidades 
indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) ilegalidade do objeto: a ilegalidade do objeto ocorre quando o 
resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou 
outro ato normativo;
Ação popular
d) inexistência dos motivos: a inexistência dos motivos se 
verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se 
fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou 
juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) desvio de finalidade: o desvio de finalidade se verifica quando 
o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, 
explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Ação popular
Competência: em regra, juízo de primeiro grau. Justiça Federal ou Estadual a 
depender do ente federado que praticou o ato.
Excepcionalmente, pode ser competente o Supremo Tribunal Federal, nas 
hipóteses do art. 102, inc. I, “f” e “n”.
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe: 
I - processar e julgar, originariamente:
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e 
outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; 
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e 
aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta 
ou indiretamente interessados;”
Ação popular
Liminar: pode ser concedida. Ação popular pode ser, então, 
preventiva ou repressiva.
Custas: isento, salvo comprovada má-fé.
Ação popular
Eficácia: a sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga 
omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente 
por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá 
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova 
prova.
Ação popular
Polo ativo: cidadão e quaisquer outros cidadãos que queiram 
entrar em litisconsórcio.
Polo passivo: o agente que praticou o ato, a entidade lesada e os 
beneficiários do ato ou contrato lesivo ao patrimônio público.
Fiscal da ordem jurídica: Ministério Público.
Ação popular
Desistência: se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da 
instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no 
art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao 
representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) 
dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.
Ação popular
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Giuseppe, italiano, veio ainda criança para o Brasil, juntamente com seus pais. Desde 
então, nunca sofreu qualquer tipo de condenação penal, constituiu família, sendo pai de um casal de filhos nascidos no país, 
possui título de eleitor e nunca deixou de participar dos pleitos eleitorais. Embora tenha se naturalizado brasileiro na 
década de 1990, não se sente brasileiro. Nesse sentido, Giuseppe afirma que é muito grato ao Brasil, mas que, apesar do 
longo tempo aqui vivido, não partilha dos mesmos valores espirituais e culturais dos brasileiros. Giuseppe mora em 
Vitória/ES e descobriu o envolvimento do Ministro de Estado Alfa em fraude em uma licitação cujo resultado beneficiou, 
indevidamente, a empresa de propriedade de seus irmãos. Indignado com tal atitude, Giuseppe resolveu, em nome da 
intangibilidade do patrimônio público e do princípio da moralidade administrativa, propor ação popular contra o Ministro de 
Estado Alfa, ingressando no juízo de primeira instância da justiça comum, não no Supremo Tribunal Federal. Sobre o caso, 
com base no Direito Constitucional e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.
(A) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para processá-la e julgá-la é do Supremo Tribunal Federal, e 
falta legitimidade ativa para o autor da ação, porque não possui a nacionalidade brasileira, não sendo, portanto, classificado 
como cidadão brasileiro. 
(B) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela é do juiz de primeira instância da 
justiça comum, e o autor da ação tem legitimidade ativa porque é cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos, muito 
embora não faça parte da nação brasileira. 
(C) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para julgar a mencionada ação popular é do Supremo Tribunal 
Federal, muito embora não falte legitimidade ad causam para o autor da ação, que é cidadão brasileiro, detentor da 
nacionalidade brasileira e no pleno gozo dos seus direitos políticos. 
(D) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela tanto pode ser do juiz de primeira 
instância da justiça comum quanto do Supremo Tribunal Federal,e não falta legitimidade ad causam para o autor da ação, já 
que integra o povo brasileiro.
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Giuseppe, italiano, veio ainda criança para o Brasil, juntamente com seus pais. Desde 
então, nunca sofreu qualquer tipo de condenação penal, constituiu família, sendo pai de um casal de filhos nascidos no país, 
possui título de eleitor e nunca deixou de participar dos pleitos eleitorais. Embora tenha se naturalizado brasileiro na 
década de 1990, não se sente brasileiro. Nesse sentido, Giuseppe afirma que é muito grato ao Brasil, mas que, apesar do 
longo tempo aqui vivido, não partilha dos mesmos valores espirituais e culturais dos brasileiros. Giuseppe mora em 
Vitória/ES e descobriu o envolvimento do Ministro de Estado Alfa em fraude em uma licitação cujo resultado beneficiou, 
indevidamente, a empresa de propriedade de seus irmãos. Indignado com tal atitude, Giuseppe resolveu, em nome da 
intangibilidade do patrimônio público e do princípio da moralidade administrativa, propor ação popular contra o Ministro de 
Estado Alfa, ingressando no juízo de primeira instância da justiça comum, não no Supremo Tribunal Federal. Sobre o caso, 
com base no Direito Constitucional e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.
(A) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para processá-la e julgá-la é do Supremo Tribunal Federal, e 
falta legitimidade ativa para o autor da ação, porque não possui a nacionalidade brasileira, não sendo, portanto, classificado 
como cidadão brasileiro. 
(B) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela é do juiz de primeira instância da 
justiça comum, e o autor da ação tem legitimidade ativa porque é cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos, muito 
embora não faça parte da nação brasileira. 
(C) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para julgar a mencionada ação popular é do Supremo Tribunal 
Federal, muito embora não falte legitimidade ad causam para o autor da ação, que é cidadão brasileiro, detentor da 
nacionalidade brasileira e no pleno gozo dos seus direitos políticos. 
(D) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a ação popular em tela tanto pode ser do juiz de primeira 
instância da justiça comum quanto do Supremo Tribunal Federal, e não falta legitimidade ad causam para o autor da ação, já 
que integra o povo brasileiro.
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB O Município X, visando à interligação de duas importantes 
zonas da cidade, após o regular procedimento licitatório, efetua a contratação de uma 
concessionária que ficaria responsável pela construção e administração da via. Ocorre que, em 
análise do projeto básico do empreendimento, constatou-se que a rodovia passaria em área de 
preservação ambiental e ensejaria graves danos ao ecossistema local. Com isso, antes mesmo 
de se iniciarem as obras, Arnaldo, cidadão brasileiro e vereador no exercício do mandato no 
Município X, constitui advogado e ingressa com Ação Popular postulando a anulação da 
concessão. Com base na legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
(A) A Ação Popular proposta por Arnaldo não se revela adequada ao fim de impedir a obra 
potencialmente lesiva ao meio ambiente. 
(B) A atuação de Arnaldo, na qualidade de cidadão, é subsidiária, sendo necessária a 
demonstração de inércia por parte do Ministério Público. 
(C) A ação popular, ao lado dos demais instrumentos de tutela coletiva, é adequada à anulação 
de atos lesivos ao meio ambiente, mas Arnaldo não precisaria constituir advogado para ajuizá-
la.
(D) Caso Arnaldo desista da Ação Popular, o Ministério Público ou qualquer cidadão que esteja 
no gozo de seus direitos políticos poderá prosseguir com a demanda.
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Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB O Município X, visando à interligação de duas importantes 
zonas da cidade, após o regular procedimento licitatório, efetua a contratação de uma 
concessionária que ficaria responsável pela construção e administração da via. Ocorre que, em 
análise do projeto básico do empreendimento, constatou-se que a rodovia passaria em área de 
preservação ambiental e ensejaria graves danos ao ecossistema local. Com isso, antes mesmo 
de se iniciarem as obras, Arnaldo, cidadão brasileiro e vereador no exercício do mandato no 
Município X, constitui advogado e ingressa com Ação Popular postulando a anulação da 
concessão. Com base na legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
(A) A Ação Popular proposta por Arnaldo não se revela adequada ao fim de impedir a obra 
potencialmente lesiva ao meio ambiente. 
(B) A atuação de Arnaldo, na qualidade de cidadão, é subsidiária, sendo necessária a 
demonstração de inércia por parte do Ministério Público. 
(C) A ação popular, ao lado dos demais instrumentos de tutela coletiva, é adequada à anulação 
de atos lesivos ao meio ambiente, mas Arnaldo não precisaria constituir advogado para ajuizá-
la.
(D) Caso Arnaldo desista da Ação Popular, o Ministério Público ou qualquer cidadão que 
esteja no gozo de seus direitos políticos poderá prosseguir com a demanda.
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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB José, brasileiro de dezesseis anos de 
idade, possuidor de título de eleitor e no pleno gozo dos seus direitos políticos, 
identifica, com provas irrefutáveis, ato lesivo do Presidente da República que 
atenta contra a moralidade administrativa. Com base no fragmento acima, 
assinale a opção que se coaduna com o instituto jurídico da Ação Popular.
(A) José, desde que tenha assistência, é parte legítima para propor Ação 
Popular em face do Presidente da República perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
(B) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular 
em face do Presidente da República perante o juiz natural de primeira 
instância. 
(C) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular 
em face do Presidente da República perante o Supremo Tribunal Federal. 
(D) José não é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente 
da República, porque ainda não é considerado cidadão. 
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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB José, brasileiro de dezesseis anos de 
idade, possuidor de título de eleitor e no pleno gozo dos seus direitos políticos, 
identifica, com provas irrefutáveis, ato lesivo do Presidente da República que 
atenta contra a moralidade administrativa. Com base no fragmento acima, 
assinale a opção que se coaduna com o instituto jurídico da Ação Popular.
(A) José, desde que tenha assistência, é parte legítima para propor Ação 
Popular em face do Presidente da República perante o Supremo Tribunal 
Federal. 
(B) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular 
em face do Presidente da República perante o juiz natural de primeira 
instância. 
(C) José, ainda que sem assistência, é parte legítima para propor Ação Popular 
em face do Presidente da República perante o Supremo Tribunal Federal. 
(D) José não é parte legítima para propor Ação Popular em face do Presidente 
da República, porque ainda não é considerado cidadão. 
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Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Em relação aos 
remédios constitucionais, assinale a afirmativa correta. 
(A) O habeas data pode ser impetrado ainda que não haja 
negativa administrativa em relação ao acesso a informações 
pessoais.
(B) A ação popular pode ser impetrada porpessoa jurídica.
(C) O particular pode figurar no polo passivo da ação de 
habeas corpus.
(D) O mandado de segurança somente pode ser impetrado 
quando as questões jurídicas forem incontroversas.
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Em relação aos 
remédios constitucionais, assinale a afirmativa correta. 
(A) O habeas data pode ser impetrado ainda que não haja 
negativa administrativa em relação ao acesso a informações 
pessoais.
(B) A ação popular pode ser impetrada por pessoa jurídica.
(C) O particular pode figurar no polo passivo da ação de 
habeas corpus.
(D) O mandado de segurança somente pode ser impetrado 
quando as questões jurídicas forem incontroversas.

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