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SISTEMA DE MEDIÇÃO_Texto orientativo para o trabalho

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SISTEMA DE MEDIÇÃO 
Introdução 
 Medidor de energia elétrica é um dispositivo ou equipamento eletromecânico e/ou 
eletrônico capaz de mensurar o consumo de energia elétrica. A unidade é kWh. Está presente 
na maioria de casas e habitações no mundo moderno. Pode ser ligado diretamente entre a 
rede elétrica e a carga (casa) ou através de transformadores de acoplamento de tensão e/ou 
corrente (TP e/ou TC). 
 Este tipo de ligação é comumente utilizado em indústrias e consumidores de média 
(13,8 kV a 34,5 kV) e alta tensão (69 kV a 230 kV). Seus erros podem variar de menos de 
0,02% a até 2,00% em condições controladas (25ºC +/- 5ºC), tensão nominal e corrente 
nominal) e dependem da aplicação desejada. Nas residências são comumente utilizados 
medidores de classe 2 (erro relativo percentual de +/- 2,00 %). 
 Este dispositivo objetiva informar o gasto relativo parcial e/ou total da energia 
elétrica consumida pelo consumidor tendo assim um controle maior sobre os seus gastos e 
sua conta relativa à mesma. Além disso, a aferição da concessionária responsável se torna 
mais simples, fácil, mais segura, com menor margem de erro de leitura, informa, através de 
histórico guardado na memória do medidor, possíveis irregularidades e problemas no 
fornecimento de energia elétrica. 
 A principal motivação para a realização do estudo dos sistemas de medição é a 
necessidade de modernização no setor de medição e serviços relacionados ao fornecimento 
de energia elétrica. 
 
Desenvolvimento 
 
1. Medidores de energia elétrica 
 
1.1 Evoluções dos Medidores 
 
 O primeiro medidor destinado à quantificação do consumo de energia elétrica 
conhecido foi desenvolvido e patenteado por Samuel Gardiner , em 1872. Tratava-se de 
um medidor de lâmpada-hora para aplicação em corrente contínua, que indicava o período 
que uma lâmpada permanecia acesa. Por ser uma carga conhecida, com corrente 
praticamente constante, o cálculo do consumo resumia -se o produto do tempo ligado pela 
potência nominal da carga. Em 1878, J.B. Fuller desenvolveu um medidor de lâmpada -hora 
para operação em corrente alternada, composto por um relógio cujo mecanismo de escape 
era acionado por um par de bobinas que vibravam à frequência de alimentação, produzindo 
assim o avanço da contagem. 
 O uso de medidores de lâmpada -hora mostrava-se eficiente apenas quando 
usados com cargas conhecidas que na maioria eram lâmpadas, deixando a desejar quando 
as cargas apresentavam variações de potência ao longo do período d e operação. Entre 
1878 e 1880, Edison desenvolveu o primeiro medidor de quantidade de eletricidade, em 
vez de quanto tempo o circuito ficou energizado. Tratava-se de um medidor químico. Em 
meados dadécada de 1880, Elihu Thomsom, com o auxílio de Thomas Duncan, 
desenvolveu um wattímetro-registrador destinado à medição de consumo de energia, 
capaz de operar em corrente alternada ou contínua. Foi usado intensivamente em 1889, 
e permaneceu como o principal meio de medição de consumo até 1892, quando foi 
substituído por medidores de watt-hora. 
 Os primeiros medidores de watt-hora com precisão e confiabilidade suficientes para 
a aplicação em medição de consumo de energia foram desenvolvidos em 1892, por Thomas 
Duncan. Inicialmente construídos para a medição em circuitos monofásicos, foram logo 
adaptados à medição polifásica de energia. Modelos capazes de operar em sistemas de 
corrente contínua e alternada também foram desenvolvidos, permitindo a aplicação do 
instrumento a todos os sistemas de distribuição existentes. 
 
1.2 Medidores de quilowatt-hora atuais 
 
A energia elétrica disponibilizada pelas concessionárias para o consumidor final é 
quantificada através de um equipamento denominado “Medidor”. Este equipamento é 
caracterizado por padrões técnicos dos órgãos oficiais de metrologia e apropriado às suas 
normas. O medidor mais utilizado pelas concessionárias em aplicação residencial de grupo 
B1, na sua maioria, é o medidor eletromecânico, devido ao fato de seu baixo custo e 
disponibilidade, visto que sua utilização como meio de medida do consumo é antiga, e foi 
aperfeiçoado ao logo do tempo. 
O medidor eletromecânico de potência ativa possui uma bobina de corrente que conduz a 
corrente de linha, e a bobina de potencial mede a tensão submetida através da linha. Ambos 
os enrolamentos são feitos sob uma estrutura metálica de forma a criar dois circuitos 
eletromagnéticos. Um disco leve de alumínio é suspenso na região do campo magnético 
criado pela bobina de corrente. Neste disco são induzidas correntes parasitas ou correntes 
de Foucault de modo a fazer com que o disco gire no seu próprio eixo. O número de 
rotações do disco é proporcional à energia consumida pela carga em certo intervalo de 
tempo, e a medida é feita em quilowatt-hora (kWh). 
 
1.3 Mecanismos do medidor eletromecânico 
 
A indicação é feita através de mecanismos semelhante a ponteiros de relojoaria, portanto 
assim é conhecido popularmente por relógio. O medidor com disco central de alumínio um 
dos equipamentos medidores mais conhecido atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Medidor da Westinghouse Electric Corporation 
 
2.1 Precisões do medidor eletromecânico 
 
Os medidores eletromecânicos de indução, utilizados com a finalidade de faturamento do 
consumo de energia de uma instalação, são normalmente da classe 2.0, ou seja, possuem 
erro máximo de ±2% do valor indicado para sua faixa nominal de operação, dentro do tempo 
de vida previsto para seu funcionamento. Embora seja um valor relativamente alto, 
considerando as perdas que podem onerar tanto o fornecedor quanto o consumidor de 
energia elétrica, torna-se aceitável quando se considera o acréscimo de custos que 
representaria a utilização massiva de instrumentos com uma faixa de precisão mais elevada. 
 
2.2 Limitações dos medidores eletromecânicos 
 
O medidor eletromecânico de indução apresenta, devido às suas características operacionais 
de construção, como o uso de componentes indutivos tais como as bobinas, algumas 
limitações e restrições para que sua operação seja confiável. Alguns fatores podem ser 
citados, como: 
 
a) Interferência na operação devido presença de corrente contínua: Por se tratar de um 
instrumento concebido para a utilização com correntes alternadas, a presença de 
componentes de corrente contínua afeta a precisão do medidor, por produzirem 
deformações nos fluxos magnéticos produzidos, podendo inclusive levar à saturação os 
núcleos ferromagnéticos das bobinas do medidor; 
 
b) Precisão variável conforme for a condição de operação: Os medidores eletromecânicos 
de indução possuem uma faixa bem definida de operação na qual apresentam a precisão 
nominal. Para valores muito baixos de potência a precisão diminui, pois o atrito do conjunto 
mecânico é alto em relação ao torque eletromagnético produzido pelo disco; 
 
c) Sensibilidade mecânica: Os mecanismos destes instrumentos são sensíveis às vibrações 
e choques produzidos por elementos externos, dificultando sua aplicação em ambientes 
mecanicamente instáveis ou em aplicações embarcadas. 
 
 
2.3 Precisões de medidores eletrônicos 
 
Medidores eletrônicos de energia são construídos normalmente na classe 0,8, porém a 
maioria dos medidores encontrados no mercado possui classe de precisão de 1%. A 
facilidade em se obter instrumentos de precisão mais elevada decorre principalmente do 
fato de inexistir limitações mecânicas nos elementos envolvidos no processo de medição e 
registro, e da possibilidade de se empregar sensores de maior precisão. A figura representa 
um medidor monofásico para aplicação residencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Medidor eletrônico monofásico de aplicação residencial 
 
3.1 Limitações dos medidores eletrônicos 
 
Pelo fato do emprego de circuitos e dispositivosbaseados em semicondutores, o medidor 
eletrônico pode se mostrar um equipamento sensível a surtos de tensão eventualmente 
presentes no sistema de distribuição. O projeto do dispositivo envolve necessariamente 
cuidados para que estes tipos de eventos não comprometam o funcionamento dos 
componentes sensíveis, preservando a confiabilidade e precisão do equipamento de 
medida. 
 
4. Princípio de funcionamento 
Princípio de funcionamento: as interações entre os campos gerados por uma Bobina de 
Potencial e por uma Bobina de Corrente proporcionam a rotação de um disco de alumínio 
magneticamente suspenso. 
 
O medidor eletromecânico de potência ativa possui uma bobina de corrente que conduz a 
corrente de linha, e a bobina de potencial mede a tensão submetida através da linha. 
Ambos os enrolamentos são feitos sob uma estrutura metálica de forma a criar dois 
circuitos eletromagnéticos. Um disco leve de alumínio é suspenso na região do campo 
magnético criado pela bobina de corrente. Neste disco são induzidas correntes parasitas 
ou correntes de Foucault de modo a fazer com que o disco gire no seu próprio eixo. 
O número de rotações do disco é proporcional à energia consumida pela carga em certo 
intervalo de tempo, e a medida é feita em quilowatt -hora (kWh). 
 
 
QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA 
Medição de qualidade de energia elétrica, medição de energia ou medição de 
qualidade de energia: 
Qualidade de energia pode ser compreendida, basicamente, como a aptidão de energia 
elétrica em alimentar equipamentos ou quaisquer dispositivos que consumem energia 
elétrica. Sobretudo nos quesitos de sincronismo de frequência e nível de tensão que 
permitem que o s sistemas elétricos operem da maneira pretendida, sem perda 
significativa de desempenho ou vida útil. O termo qualidade de energia é usado para 
normalmente para d escrever a energia eléctrica que alimenta determinada carga, bem 
como a capacidade da carga para funcionar corretamente. Sem a alimentação 
adequada, um aparelho elétrico (ou carga) pode funcionar mal, falhar prematuramente 
ou simplesmente não funcionar. Há muitos aspectos em que energia elétrica pode ser 
de má qualidade e muitas são as causas de tal má qualidade de energia. 
A qualidade de energia tem se tornado um termo muito utilizado nos dias atuais, embora 
não exista ainda um consenso quanto ao seu emprego, podendo ter significados 
diferentes dependendo do referencial e ponto de vista. As concessionárias de energia 
elétricas têm definido atualmente a qualidade de energia com base a indicadores 
estatísticos e dos limites de variação d e tensão estabelecidos pelas portarias da ANEEL – 
Agência Nacional de Energia Elétrica. 
Para o consumidor final a qualidade de energia é dispor do produto de forma contínua 
e eficiente. De um modo geral a qualidade de energia tem sido empregada para 
englobar uma grande variedade de distúrbios nos sistemas elétricos, o s quais sempre 
foram objetos de preocupação das concessionárias e indústrias. 
Os fabricantes de equipamentos podem definir a qualidade de energia como sendo as 
características de fornecimento de energia capazes de suprir as necessidades do 
equipamento, sendo que isto pode variar de fabricante para fabricante. 
Com relação à conformidade dos níveis de tensão de energia elétrica em regime 
permanente, esta medição utiliza a Resolução Nº 505, d e 26 de novembro de 2001, 
que define limites do valor eficaz da tensão no ponto de entrega ou conexão. Os 
valores podem ser classificados em adequada , precária e crítica, sendo que para uma 
análise preliminar, e em acordo ao Artigo 5º desta resolução, utilizamos que a tensão 
medida (leitura) deva situar-se entre 95% (noventa e cinco por cento) e 105% (cento 
e cinco por cento) da tensão nominal de operação do sistema no ponto de entrega ou de 
conexão. 
Nos dias de hoje a medição da qualidade de energia elétrica é determinada pela 
sensibilidade e desempenho dos equipamentos do consumidor. Assim, por este 
enfoque, a qualidade satisfatória é aquela que venha a garantir o funcionamento contínuo, 
seguro e adequado dos equipamentos elétricos e processos associados. Para uma 
avaliação mais adequada de um equipamento é sempre necessário verificar os limites 
de operação deste referido equipamento e comparar com os valores obtidos pelo 
monitoramento da energia elétrica. 
Principais Distúrbios Associados à Qualidade de Energia. 
 
 
Em qualquer ponto de um sistema elétrico trifásico ideal, as tensões deveriam se r, 
de forma permanente, perfeitamente senoidais, equilibradas com amplitude e frequência 
constantes. Qualquer desvio na característica desses parâmetros é considerado um 
problema de qualidade de energia (distúrbios). 
 
 Logo, existindo problemas o que ocorre de fato é um desvio na forma de onda na 
tensão de alimentação, ou seja, qualidade de energia é igual à qualidade de tensão. 
Com este princípio, de que há normas para tensão, a medição de sua qualidade torna-se 
uma tarefa menos complicada. 
 
 O limite para a distorção harmônica total de tensão é obtido com referência a IEEE 
Std 519/1992 – HARMONIC CONTROL IN ELECTRIC POWER SYSTEMS. Onde, de um 
modo geral, possui um valor d e 5% para tensão igual e inferior a 69 kV, entre 69 kV e 161 
kV seu valor é de 2,5% e de 1,5% para tensão igual e superior a 161 kV. 
 
 Com relação à distorção harmônica total de corrente é utilizado o valor de referência 
de 15%, sendo que este é um valor empírico em que a vida útil de transformadores começa 
a ser reduzida, bem como se sinaliza a tendência de eventuais problemas na instalação. 
Quando o valor medido chega próximo à referência e existem capacitores instalados 
no consumidor é recomendada à medição nos capacitores para verificar se a distorção 
não está afetando a vida útil destes equipamentos também. 
 
Limites práticos utilizados em medições de qualidade de energia 
• Distorção harmônica total 5% (recomendação inferiro a 5% segundo IEEE Std 519-1992). 
 
• Distorção harmônica total de corrente 15 % (Recomendação inferior a 15%, segundo 
fabricantes de transformadores). 
 
• Desequilíbrio de tensão 2 % (Recomendação ONS, Submódulo 2.2 com de Fator K 
menor ou igual 2%, www.ons.org.br). 
 
• Desequilíbrio de corrente 10 % (Recomendação inferior a 10%, segundo fabricantes 
de transformadores). 
 
http://www.ons.org.br/
Deve-se ressaltar que os limites apresentados acima podem variar de acordo com as 
necessidade e características de cada instalação. 
Outros distúrbios também devem ser avaliados em uma medição de qualidade de energia: 
 
• Transitórios, dos tipos impulsivos ou oscilatórios. 
 
• Variações de tensão de curta duração, que podem ser instantâneas, momentâneas 
ou temporárias. 
 
• Variações de tensão de longa duração, que podem se r de três tipos: interrupções, 
subtensões ou sobretensões sustentadas. 
 
• Desequilíbrios d e tensão, causados por má distribuição de cargas monofásicas, e que 
fazem surgir no circuito tensões de sequência negativa. 
 
• Distorções da forma de onda, que podem se r classificadas em cinco tipos: nível cc, 
harmônicos, Inter harmônicos, “notching” e ruídos. 
 
• Oscilações de tensão, que são variações sistemáticas dos valores eficazes da tensão de 
suprimento (dentro da faixa compreendida entre0,95 e 1,05 pu), e que podem ser 
aleatórias, repetitivas ou esporádicas. 
 
• Variações da frequência do sistema , que são definidas como sendo desvios no valor 
da frequência fundamental deste sistema (50 ou 60hz). 
 
• Variações de tensão de longa duração, que podem se r de três tipos: interrupções, 
subtensões ou sobretensões sustentadas. 
 
• Desequilíbrios d e tensão, causados por má distribuição de cargas monofásicas, e que 
fazem surgir no circuito tensões de sequência negativa. 
 
• Distorções da forma de onda, que podem se r classificadas em cinco tipos: nível cc, 
harmônicos, Inter harmônicos, “notching” e ruídos. 
 
• Oscilações de tensão, que são variações sistemáticas dos valores eficazes da tensão de 
suprimento (dentro da faixa compreendida entre 0,95 e 1,05 pu), e que podem ser 
aleatórias, repetitivas ou esporádicas. 
 
• Variações da frequência do sistema , que são definidas como sendo desvios no valor 
da frequência fundamental deste sistema (50 ou 60hz). 
 
 
Transitórios: 
 
Fenômenos eletromagnéticos oriundos de alterações súbitas na condições operacionais de 
um sistema de energia elétrica. Geralmente, a duração de um transitório é muito 
pequena, mas d e grande importância, uma vez que submetem equipamentos a grandes 
solicitações d e tensão e/ou corrente. Existem dois tipos de transitórios: os impulsivos, 
causados por descargas atmosféricas, e os oscilatórios, causados por chaveamentos. 
 
Um transitório impulsivo (normalmente causado por descargas atmosféricas) pode ser 
definido como uma alteração repentina nas condições de regime permanente da 
tensão, corrente ou ambas, caracterizando -se por apresentar impulsos unidirecionais 
em polaridade (positivo ou negativo) e com frequência bastante diferente daquela da 
rede elétrica. 
 
Em sistemas de distribuição o caminho mais provável para as descargas atmosféricas 
é através de uma condutora fase, no primário ou no secundário, causando altas 
sobretensões no sistema. Um a descarga diretamente na fase pode gerar também 
subtensões de curta duração (“sag”) e interrupções. 
 
Altas sobretensões transitórias podem também ser geradas por descargas que fluem 
ao longo do condutor terra, causando os seguintes problemas: 
 
• Elevação do potencial do terra local, em relação a outros terras, em vários kV. 
Equipamentos eletrônicos conectados entre duas referências de terra tais como 
computadores conectados a modem, podem se r danificados quando submetidos a 
altos níveis de tensão. 
• Indução de altas tensões nos condutores fase, quando as correntes passam p elos cabos 
a caminho do terra. 
Um transitório oscilatório é caracterizado por uma alteração repentina nas condições 
de regime permanente da tensão e/ou corrente possuindo valores de polaridade 
positiva e negativa. Estes transitórios normalmente são decorrentes de energização de 
linhas, corte de corrente indutiva, eliminação de faltas, chaveamento d e bancos de 
capacitores e transformadores, etc. 
 Os transitórios oscilatórios de média-frequência podem ser causados por: energização 
de capacitor “back -to-back” (resultando em correntes transitórias de dezenas de kHz), 
chaveamento de disjuntores para eliminação de f altas e também como resposta do 
sistema a um transitório impulsivo. 
 
 
Interrupções e SAGS 
 
As variações de tensão de curta duração podem ser caracterizadas por alterações 
instantâneas, momentâneas ou temporárias. Tais variações de tensão são, geralmente, 
causadas pela energização de grande s cargas que requerem altas corrente s de partida, 
ou por intermitentes falhas nas conexões dos cabos de sistema. Dependendo do local 
da falha e das condições do sistema, o resultado p ode ser uma queda de tensão 
temporária (“sag”), uma elevação de tensão (“swell”), ou mesmo uma interrupção 
completa do sistema elétrico. 
 
Chama-se interrupção de curta duração quando a tensão d e suprimento cai para um 
valor menor que 0,1 pu por um período de tempo não superior a 1 minuto, o que 
geralmente ocorre por f altas n o sistema de energia, falhas de equipamentos e mal 
funcionamento de sistemas de controle. Algumas interrupções podem ser prece didas 
por um “ sag” quando estas são de vidas a faltas n o sistema supridor. O “sag” ocorre 
no período de tempo entre o início d e uma falta e a operação do dispositivo de 
proteção do sistema. 
 
Por exemplo, o caso de um curto -circuito no sistema supridor da concessionária. 
Logo que o dispositivo de proteção detecta a corrente de cu rto -circuito, ele 
comanda a desenergização da linha com vistas a eliminar a corrente de falta. Somente 
após um curto intervalo de tempo, o religamento automático do disjuntor ou religado 
é efetuado. 
Entretanto, pode ocorrer que, após o religamento, o curto persista e um a sequência 
de religamentos pode ser efetuada com o intuito de e liminar a f alta. Sendo a falta de 
caráter temporário, o equipamento de proteção não completará a sequência de operações 
programadas e o fornecimento de energia não é interrompido. 
Assim, a maior parte d os consumidores (principalmente os residenciais) não sentirá 
os efeitos da interrupção. Porém, algumas cargas mais sensíveis (ex: computadores e outras 
cargas eletrônicas) estarão sujeitas a tais efeitos, a menos que a instalação seja dotada 
de unidades UPS (no -breaks), que evitarão maiores consequências na operação destes 
equipamentos. 
Alguns dados estatísticos revelam que 75% das f altas em redes aéreas são de natureza 
temporária. No passado, este percentual não era considerado preocupante. Entretanto, 
com o crescente emprego de cargas eletrônicas, com o inversores, computadores, etc., 
este número passou a ser relevante no s estudos de otimização do sistema, pois é, agora, 
tido como responsável pela saída de operação de diversos equipamentos, 
interrompendo o processo produtivo, e causando enormes prejuízo s às indústrias. 
Uma queda de tensão de curta duração, também chamada de “sag”, é caracterizada 
por uma redução no valor eficaz da tensão, entre 0 ,1 e 0,9 pu, na frequência 
fundamental, com duração entre 0,5 ciclo e 1 minuto. A figura ao lado ilustra [FIGURA 
NÃO MOSTRADA] uma subtensão de curta duração típica, causada por uma falta fase-
terra. Observa-se um decréscimo de 80% na tensão por um período de 
aproximadamente 3 ciclos, até que o equipamento de proteção da subestação opere e 
elimine a corrente de falta. 
 
 
Sobretensões 
 
Uma sobretensão de curta duração ou “swell” é definida como um aumento entre 1,1 
e 1,8 pu na tensão eficaz, na frequência da rede, com duração entre 0,5 ciclo a 1 
minuto. 
Os “swells” estão geralmente associados com condições de falta no sistema. A figura 
ao lado [FIGURA NÃO MOSTRADA] ilustra um “swell” causado por uma falta fase -
terra. Este fenômeno pode também estar associado à saída de grandes blocos de 
cargas ou à energização de grandes bancos de capacitores, porém, com uma incidência 
pequena se comparada com as sobretensões provenientes de faltas fase -terra nas redes 
de transmissão e distribuição. 
As sobretensões de curta duração são caracterizadas pelas suas magnitudes (valores 
eficazes) e suas durações. A severidade de um “swell” durante uma condiçãode falta 
é função do local da falta, da impedância do sistema e do aterramento. Sua duração 
está intimamente ligada aos ajustes dos dispositivos de proteção, à natureza da falta 
(permanente ou temporária) e à sua localização na rede elétrica. 
Como consequência d as sobretensões de curta duração em equipamentos, pode -se 
citar falhas dos componentes, dependendo da frequência de ocorrência do distúrbio. 
Dispositivos eletrônicos incluindo ASD’s, computadores e controladores eletrônicos, 
podem apresentar falhas imediatas durante estas condições. Transformadores, cabos, 
barramentos, dispositivos de chaveamento, TPs, TCs e máquinas rotativas podem ter 
a vida útil reduzida. Um aumento d e curta duração n a tensão em alguns relés pode 
resultar em má operação, enquanto outro s podem não ser afetados. Um “swell” em 
um banco de capacitores pode, frequentemente, causar danos no equipamento. 
 
Dentro do exposto, a preocupação principal recai sobre os equipamentos eletrônicos, 
uma vez que estas sobretensões podem vir danificar os componentes internos destes 
equipamentos, conduzindo-os à má operação, ou em casos extremos, à completa 
inutilização. Vale ressaltar mais uma vez que, a suportabilidade de um equipamento 
não depende apenas da magnitude da sobretensão, m as também do seu período de 
duração, conforme ilustra a figura ao lado [FIGURA NÃO MOSTRADA] , que mostra as 
tolerâncias típicas de microcomputadores às variações de tensão (curva CBEMA). 
 
Diante de tais problemas causados por sobretensões de curta duração, este item de 
qualidade sugere que seja mantida uma atenção por parte de consumidores, fabricantes e 
concessionárias, no intuito de eliminar ou reduzir as consequências oriundas deste 
fenômeno. 
 
 
Desequilíbrios de tensão 
 
Os desequilíbrios podem ser definidos como o desvio máximo da média das correntes 
ou tensões trifásicas, dividido pela média das correntes ou tensões trifásicas, 
expressado em percentual. As origens destes desequilíbrios estão geralmente nos 
sistemas de distribuição, os quais possuem cargas monofásicas distribuídas 
inadequadamente, fazendo surgir no circuito tensões de sequência negativa. Este 
problema se agrava quando consumidores alimentados de forma trifásica possuem uma 
má distribuição de carga e m seus circuitos internos, impondo correntes desequilibradas 
no circuito da concessionária. 
 
Tais fatores fazem com que a qualidade no fornecimento de energia seja prejudicada, 
e alguns consumidores tenham em suas alimentações um desequilíbrio de tensão. Estes 
desequilíbrios de tensão podem apresentar problemas indesejáveis na operação de 
equipamentos, dentre os quais destacam-se: 
 
• Motores de Indução: Para as análises dos efeitos de tensões desequilibradas aplicadas 
a um motor d e indução, consideram-se somente os efeitos produzidos pelas tensões 
de sequência negativa, que somados aos resultados da tensão de sequência positiva, 
resultam num conjugado pulsante no eixo da máquina (vide figura) [FIGURA NÃO 
MOSTRADA], e no sobreaquecimento da máquina. Como consequência direta desta 
elevação de temperatura tem -se a redução da expectativa de vida útil dos motores, 
visto que o material isolante sofre uma deterioração mais acentuada na presença de 
elevadas temperaturas nos enrolamentos. 
 
• Máquinas síncronas: Como no caso anterior, a corrente d e sequência negativa 
fluindo através do estator de uma máquina síncrona, cria um campo magnético girante 
com velocidade igual à do rotor, porém, no sentido contrário ao de rotação definido 
pela sequência positiva. Consequentemente, as tensões e correntes induzidas nos 
enrolamentos de campo, de amortecimento e na superfície do ferro do rotor, terão 
uma frequência igual a duas vezes à da rede, aumentando significativamente as perdas 
no rotor. 
 
• Retificadores: Uma ponte retificadora CA/CC, controlada o u não, injeta na rede CA, 
quando esta opera sob condições nominais, correntes harmônicas características (de 
ordem 5, 7, 11, 13, etc). Entretanto, quando o sistema supridor encontra -se 
desequilibrado, os retificadores passam a gerar, além das correntes harmônicas 
características, o terceiro harmônico e seus múltiplos. A presença do terceiro harmônico 
e seus múltiplos no sistema elétrico é extremamente indesejável, pois possibilita 
manifestação de ressonâncias não previstas, causando danos a uma série de 
equipamentos. 
 
 
Distorção na forma de onda 
 
A distorção da forma de onda é definida como u m desvio, em regime permanente, 
da forma de onda puramente senoidal, na frequência fundamental, e é caracterizada 
principalmente pelo seu conteúdo espectral. Existem cinco tipos principais de 
distorções da forma de onda: 
 
• Harmônicos: tensões o u correntes senoidais de frequências múltiplas inteiras da 
frequência fundamental (50 ou 60 H z) na qual opera o sistema de energia elétrica. 
Estes harmônicos distorcem as formas de onda d a tensão e corrente e são oriundos 
de equipamentos e cargas com características não -lineares instalados no sistema de 
energia. 
 
• Inter harmônicos: componentes de frequência, em tensão ou corrente, que não são 
múltiplos inteiros da frequência fundamental do sistema supridor (50 ou 60Hz). Elas 
podem aparecer como frequências discretas ou como uma larga faixa espectral. Os 
Inter harmônicos podem ser encontrados em redes de diferentes classes de tensão. As 
suas principais fontes são conversores estáticos de potência, ciclo conversores, motores 
de indução e equipamentos a arco. Sinais “carrier” em linhas de potência também podem 
ser considerados como Inter harmônicos. Os efeitos deste fenômeno não são bem 
conhecidos, mas admite-se que os mesmos podem afetar a transmissão de sinais 
“carrier” e induzir “flicker” visual no display de equipamentos como tubos de raios 
catódicos. 
 
• Nível CC: a presença de tensão ou corrente CC em um sistema elétrico CA é 
denominado “DC off set”. Este fenômeno pode ocorrer como o resultado da operação ideal 
de retificadores de meia-onda. O nível CC e m redes de corrente alternada pode levar 
à saturação de transformadores, resultando em perdas adicionais e redução da vida útil. 
 
• “Notching”: distúrbio de tensão causado pela operação normal de equipamentos de 
eletrônica de potência quando a corrente é comutada de uma fase para outra. Este 
fenômeno pode ser detectado através do conteúdo harmônico da tensão afetada. As 
componentes de frequência associadas com os “no tchings” são de alto valor e, desta 
forma, não podem ser medidas pelos equipamentos normalmente utilizados para análise 
harmônica. 
 
• Ruídos: é definido como um sinal elétrico indesejado, contendo uma larga faixa espectral 
com frequências menores que 200 KHz, as quais são superpostas às tensões ou 
correntes de fase, ou encontradas em condutores de neutro. Os ruídos em sistemas 
de potência podem ser causados por equipamentos eletrônicos de potência, circuitos 
de controle, equipamentos a arco, retificadores a estado sólido e fontes chaveadas e, 
normalmente estão relacionados com aterramentos impróprios. 
 
 
Medição de harmônicas (ou harmônicos) ou distorções harmônicas (ou harmônicos) 
 
Tecnicamente, uma harmônicaé a componente de uma onda periódica cuja frequência 
é um múltiplo inteiro da frequência fundamental (no caso da energia elétrica, de 60 
Hz). A melhor maneira de explicar, isto é , com a ilustração ao lado [FIGURA NÃO 
MOSTRADA]. Nesta figura, vemos duas curvas: uma onda senoidal normal, 
representando uma corrente de energia “limpa”, e outra onda menor, representando 
uma harmônica. Esta segunda onda menor representa a harmônica de quinta ordem, 
o que significa que sua frequência é de 5 x 60 Hz, ou 300 Hz. 
Na segunda ilustração, vemos como ficaria a soma das duas curvas. Esta curva 
resultante m ostra bem a distorção harmônica da curva de tensão, na presença de 
harmônicas. 
As distorções harmônicas vêm contra os objetivos da qualidade do suprimento 
promovido por uma concessionária de energia elétrica, a qual deve fornecer aos seus 
consumidores uma tensão puramente senoidal, com amplitude e frequência constantes. 
Entretanto, os fornecimentos de energia a determinados consumidores que causam 
deformações no sistema supridor prejudicam não apenas o consumidor responsável 
pelo distúrbio, mas também outros conectados à mesma rede elétrica. 
No passado não havia maiores preocupações com harmônicos. Cargas com 
características não lineares eram pouco utilizadas e os equipamentos eram mais 
resistentes aos efeitos provocados por harmônicas. Entretanto, n os últimos anos, com 
o rápido desenvolvimento da eletrônica de potência, e a utilização de métodos que 
buscam o uso mais racional da energia elétrica, o conteúdo harmônico presente n os 
sistemas tem - se elevado, causando uma série de efeitos indesejáveis em diversos 
equipamentos, comprometendo a qualidade e o próprio uso racional da energia elétrica. 
Assim, é de grande importância citar aqui os vários tipos d e cargas elétricas com 
características não lineares, que têm sido implantadas em grande quantidade no 
sistema elétrico brasileiro: 
 
• Circuitos de iluminação com lâmpadas de descarga; 
• Fornos a arco; 
• Compensadores estáticos tipo reator saturado, etc. 
• Motores de corrente contínua controlados por retificado res; 
• Motores de indução controlados por inversores com comutação forçada; 
• Processos de eletrólise através de retificadores não-controlados; 
• Motores síncronos controlados por ciclo conversores; 
• Fornos de indução de alta frequência, etc. 
• Fornos de indução controlados por reatores saturados; 
• Cargas de aquecimento controladas por tiristores; 
• Velocidade dos motores CA controlados por tensão de estator; 
• Reguladores de tensão a núcleo saturado; 
• Computadores; 
• Eletrodomésticos com fontes chaveadas, etc. 
Como já foi dito, as distorções harmônicas causam muitos prejuízos às plantas industriais. 
De maior importância, é a perda de produtividade, e de vendas devido a paradas 
de 
produção causadas por inesperadas falhas em moto es, acionamentos, fontes ou 
simplesmente “repicar” de disjuntores. 
Segue relação mais detalhada destes prejuízos: 
• Capacitores: queima de fusíveis, e redução da vida útil. 
• Motores: redução da vida útil, e impossibilidade de atingir potência máxima. 
• Fusíveis/Disjuntores: operação falsa/errônea, e componentes danificados. 
• Transformadores: aumento de perdas, causando redução de capacidade e 
diminuição da vida útil. 
• Medidores: possibilidade de medições errôneas e de maiores contas. 
• Telefones: interferências. 
• Máquinas Síncronas: sobreaquecimento das sapatas polares, causado pela 
circulação 
de correntes harmônicas nos enrolamentos amortecedores. 
• Acionamentos/Fontes: operações errôneas devido a múltiplas passagens por zero, e 
falha na comutação de circuitos. 
• Carregamento exagerado do circuito de neutro, principalmente em instalações que 
agregam muitos aparelhos eletrônicos e possuem malhas de terra mal projetadas. 
 
Os principais problemas causados por harmônicos, no entanto, se dão junto a bancos 
de capacitores, que podem originar condições de ressonância, caracterizando uma 
sobretensão nos terminais das unidades capacitivas. 
Em decorrência desta sobretensão, tem -se uma degradação do isolamento das 
unidades capacitivas, e em casos extremos, uma completa danificação dos capacitores. 
Além disso, consumidores conectados no mesmo ponto ficam submetidos a tensões 
perigosas, mesmo não sendo portadores de cargas poluidoras em sua instalação. 
Mesmo sem uma condição d e ressonância, um capacitor é sempre um caminho de 
baixa impedância para as correntes harmônicas, e sempre estará sempre sujeito a 
sobrecarga e sobreaquecimento excessivo. 
 
 
Flutuações ou oscilações de tensão 
 
As flutuações de tensão correspondem a variações sistemáticas dos valores eficazes 
da tensão de suprimento dentro da faixa compreendida entre 0,95 e 1,05 pu. Tais 
flutuações são geralmente causadas por cargas industriais e manifestam -se de 
diferentes formas, a destacar: 
• Flutuações Aleatórias: causadas por fornos a arco, onde as amplitudes das 
oscilações dependem do estado de fusão do material e do nível de curto -circuito da 
instalação. 
• Flutuações Repetitivas: causadas por máquinas d e solda, laminadores, elevadores 
de minas e ferrovias. 
• Flutuações Esporádicas: causadas pela partida direta de grandes motores. 
Os principais efeitos nos sistemas elétricos, resultados das oscilações causadas p elos 
equipamentos mencionados anteriormente são oscilações de potência e torque das 
máquinas elétricas, queda de rendimento dos equipamentos elétricos, interferência 
nos sistemas de proteção, e efeito “flicker” ou cintilação luminosa. 
 
 
Variações na frequência do sistema elétrico 
 
Variações na frequência de um sistema elétrico são definidas como sendo desvios no 
valor da frequência fundamental deste sistema (50 ou 60Hz). A frequência do sistema 
de potência está diretamente associada à velocidade de rotação dos geradores que 
suprem o sistema. Pequenas variações de frequência podem ser observadas como 
resultado do balanço dinâmico entre carga e geração no caso de alguma alteração 
(variações na faixa de 60 ± 0 ,5Hz). Variações de frequência que ultrapassam os limites para 
operação normal em regime permanente podem ser causadas por faltas em sistemas 
de transmissão, saída de um grande bloco de carga o u pela saída de operação de 
uma grande fonte de geração. 
 Em sistemas isolados, entretanto, como é o caso da geração própria nas indústrias, 
na eventualidade de um distúrbio, a magnitude e o tempo de permanência das 
máquinas operando fora da velocidade, resultam em desvios da frequência em 
proporções mais significativas. 
 
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