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Tipos de Necrose

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16 EMESCAM – RICARDO BASTOS 
Necrose 
A aparência morfológica de necrose é o 
resultado da desnaturação de proteínas 
intracelulares e digestão enzimática da célula; 
Morte de grupos de células, muitas vezes 
acompanhada por um infiltrado inflamatório; 
As células necróticas são incapazes de manter a 
integridade da membrana e seus conteúdos 
sempre são liberados no meio externo, um 
processo que provoca a inflamação no tecido 
circundante; 
As enzimas que digerem a célula necrótica são 
derivadas dos lisossomos das próprias células que 
estão morrendo ou dos lisossomos dos 
leucócitos que são recrutados como parte da 
reação inflamatória; 
Quando muitas células morrem num tecido ou 
órgão, dizemos que está necrótico, assim, um 
infarto do miocárdio é a necrose de uma porção 
do coração causada pela morte de muitas células 
miocárdicas; 
NECROSE DE COAGULAÇÃO 
É a forma de necrose tecidual na qual a 
arquitetura básica dos tecidos mortos é 
preservada por um intervalo de alguns dias. Os 
tecidos afetados exibem uma consistência firme; 
As células necróticas são removidas por 
fagocitose dos restos celulares por leucócitos 
infiltrados e pela digestão das células mortas 
através da ação das enzimas lisossômicas dos 
leucócitos; 
A isquemia causada por obstrução de um vaso 
provoca necrose de coagulação dos tecidos em 
todos os órgãos, exceto no cérebro; 
Uma área localizada de necrose de coagulação é 
chamada de INFARTO. 
 
 Preservação do contorno estrutural das 
células mortas; 
 Mecanismo: 
Desnaturação de enzimas e proteínas 
estruturais: 
Acumulação intracelular de metais pesados ou 
de lactato (por exemplo, chumbo, mercúrio); 
Exposição de células e radiação ionizante. 
Inativação de enzimas intracelular impede a 
dissolução (autólise) da célula. 
 Características microscópicas: 
Contornos indistintos das células dentro do tecido 
morto; 
Núcleos ausentes ou cariólise (desbotamento da 
cromatina nuclear) 
 Infarto 
Manifestação grosseira de necrose de 
coagulação secundária à oclusão súbita de um 
vaso; 
Geralmente em forma de cunha. Os vasos 
ramificados (por exemplo a artéria pulmonar) são 
ocluídos; 
Tipo pálido (isquêmico): aumento da densidade 
de tecido (por exemplo, o coração, rim, baço) 
impede que os glóbulos vermelhos se difundem 
através do tecido necrótico. 
 
17 EMESCAM – RICARDO BASTOS 
 
Tipo hemorrágico (vermelho): tecidos 
destexturizados (por exemplo, pulmão, intestino 
delgado) permite que os glóbulos vermelhos se 
difundam através do tecido necrótico. 
 
 
 
Gangrena seca dos dedos dos pés em indivíduos 
com diabetes mellitus é uma forma de enfarto 
que resulta de isquemia. Necrose de coagulação 
é o principal tipo de necrose presente no tecido 
morto. 
NECROSE LIQUEFATIVA 
É caracterizada pela digestão das células mortas, 
resultando na transformação do tecido em uma 
massa viscosa líquida; 
É observada em infecções bacterianas focais ou, 
ocasionalmente, nas infecções fúngicas, porque 
os micróbios estimulam o acúmulo de leucócitos 
e a liberação de suas enzimas; 
O material necrótico é frequentemente amarelo-
cremoso devido à presença de leucócitos 
mortos e é chamado de PUS; 
Por motivos desconhecidos, a morte por hipoxia 
de células dentro do sistema nervoso central 
com frequência se manifesta como necrose 
liquefativa. 
 Degradação necrótica do tecido que 
amolece e torna-se liquefeito; 
 Mecanismo 
Enzimas lipossomais liberada pelas células 
necróticas ou neutrófilos causam liquefação do 
tecido; 
 Exemplo: 
Infarto do sistema nervoso central; 
Efeito auto catalítico de enzimas hidrolíticas 
gerado pelas células neurogliais produz uma 
cavidade cística. 
NECROSE GANGRENOSA 
Não é um padrão específico de morte celular, 
mas o termo é usado comumente na prática 
clínica; 
Geralmente é aplicado a um membro como na 
perna que tenha perdido seu suprimento 
sanguíneo e que tenha sofrido necrose 
(tipicamente necrose de coagulação), 
envolvendo seus diversos planos teciduais. 
Quando uma infecção bacteriana se superpõe, 
ocorre ainda necrose liquefativa devido á ação 
de enzimas degradativas das bactérias e dos 
leucócitos atraídos (originando a chamada 
gangrena úmida) 
Infarto do sistema nervoso central: 
 
18 EMESCAM – RICARDO BASTOS 
 
Abscesso em uma infecção bacteriana: enzimas 
hidrolíticas gradas por neutrófilos liquefazem o 
tecido morto 
 
Gangrena úmida dos dedos dos pés de indivíduos 
com diabetes mellitus é uma infecção do tecido 
morto imposta por microrganismos anaeróbicos 
(por exemplo, Clostridium perfringens). A 
necrose liquefativa é o principal tipo de necrose. 
NECROSE CASEOSA 
É encontrada mais frequentemente em focos de 
infecção tuberculosa; 
Ao exame microscópico, a área necrótica exibe 
uma coleção de células rompidas ou 
fragmentadas e restos granulares amorfos 
delimitados por uma borda inflamatória distinta; 
essa aparência é característica de um foco de 
inflamação conhecido como granuloma. 
 Variante de necrose de coagulação 
associada com material acelular com 
aparência de queijo (caseosa) 
 Mecanismo: material caseoso é formado 
pela liberação de lipídios das paredes das 
células de Mycobacterium tuberculosis e 
fungos sistêmicos (por exemplo, 
histoplasma) após a destruição por 
macrófagos 
 
 Características microscópicas: o material 
acelular no centro de um granuloma 
contém macrófagos ativados, células Th 
CD4+, e células gigantes multinucleadas. 
NECROSE GORDUROSA ENZIMÁTICA 
Se refere a áreas focais de destruição adiposa, 
tipicamente resultantes da liberação de lipases 
pancreáticas ativadas na intimidade do pâncreas 
e na cavidade peritoneal; 
Isto ocorre na emergência abdominal calamitosa, 
conhecida como pancreatite aguda; 
Nesse distúrbio, as enzimas pancreáticas 
escapam das células acinares e liquefazem as 
membranas dos adipócitos do peritônio. As 
enzimas liberadas quebram os triacilgliceróis 
contidos dentro dessas células. Os ácidos graxos 
liberados combinam-se com o cálcio, produzindo 
áreas calcárias brancas macroscopicamente 
visíveis (saponificação da gordura), que permitem 
ao cirurgião e ao patologista identificarem as 
lesões. 
 
 
19 EMESCAM – RICARDO BASTOS 
 Característico do tecido adiposo localizado 
em torno do pâncreas agudamente 
inflamado; 
 Mecanismo: ativação da lipase 
pancreática (por exemplo, exemplo, 
excesso de álcool), causando a hidrólise 
de triglicerídeos em células de gordura; 
 Conversão de ácidos graxos em sabão 
(saponificação) combinação de ácidos e 
de cálcio. 
 Aparência macroscópica: depósitos 
amarelados localizados principalmente no 
tecido peripancreático e tecido adiposo 
omental. 
 
 Aparência microscópica: contornos 
pálidos de células de gordura com áreas 
calcificadas de coloração basofílica. 
 
 Necrose gordurosa traumática: ocorre no 
tecido adiposo (por exemplo, o tecido da 
mama do sexo feminino) como resultado 
de um trauma; não mediada por enzima. 
 
 
NECROSE FIBRINÓIDE 
É uma forma especial de necrose geralmente 
É uma forma especial de necrose geralmente 
observada nas reações imunes que envolvem os 
vasos sanguíneos; 
Esse padrão de necrose ocorre tipicamente 
quando complexos de antígenos e anticorpos 
são depositados nas paredes das artérias; 
 Limitadas a pequenas artérias musculares, 
arteríolas, vênulas e capilares 
glomerulares; 
 Mecanismos: deposição de material 
proteico róseo nas paredes dos vasos 
devido a danificação às membranas 
basais; 
 Condições associadas: vasculite imune 
(por exemplo, púrpura de Henoch 
Schonlein), hipertensão maligna.

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