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4 sociedade e globalização

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Estado, Sociedade e 
Movimentos Sociais 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima 
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Sociedade e Globalização/Mundialização 
Sociedade e Globalização/Mundialização 
 
 
• Abordar o tema Sociedade e Globalização/Mundialização, será dada ênfase aos seguintes 
fatores: expansão do comércio, revolução tecnológica, blocos econômicos, explosão dos 
investimentos, modelo produtivo e desigualdades sociais;
• Proporcionar uma reflexão abrangente dos pressupostos que envolvem a Globalização/
Mundialização, bem como os impactos que essa causa na sociedade brasileira e mundial. 
A temática sobre as desigualdades sociais causadas por essa também será abordada, além 
dos aspectos ligados ao desemprego e às perspectivas do trabalho nas próximas décadas do 
século XXI;
• Abordar o processo de Globalização/Mundialização, o qual resultou em um intenso intercâmbio 
entre os países, está cada vez mais integrando o cenário econômico-financeiro internacional. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Características da Globalização/Mundialização;
• Conceitos e Efeitos da Globalização/Mundialização;
• Globalização/Mundialização e Trabalho;
• Mercado Global e Blocos Econômicos;
• Desigualdades Sociais na Globalização/Mundialização.
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
Introdução
O que explica a Globalização/Mundialização é a reação em cadeia devido à 
crescente interdependência dos países, decorrente desse atual fenômeno, e que pro-
voca uma ação interplanetária em rede. 
Os primeiros passos significativos rumo a uma economia global remontam aos 
séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina europeia. O processo se acentua 
nos séculos XVIII e XIX, com a Revolução Industrial. No entanto, a interdependên-
cia econômica dos países só é de fato percebida em 1929, quando ocorre a quebra 
da Bolsa de Nova York. A depressão econômica norte-americana se propaga pelo 
mundo, gerando queda nos negócios e desemprego em escala planetária.
A partir da década de 1990, o atual fenômeno da Globalização/Mundialização 
torna única a economia global e as demais ações políticas, sociais, tecnológicas fi-
nanceiras etc., no âmbito da humanidade.
Globalização: vem do inglês The Globe.
Mundialização: vem do francês Le Monde.
Características da Globalização/Mundialização
Tendo como pano de fundo o novo cenário montado após a II Guerra Mundial 
(1939-1945), em 1947 é assinado o Acordo Geral de Tarifas de Comércio (GATT), 
dois anos após a reunião do Tratado de Bretton Woods, quando são criados o Banco 
Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O Gatt previa a liberalização do 
comércio mundial, a partir da redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias. No en-
tanto, faltavam mecanismos para coibir as práticas protecionistas. Então, em 1995, é 
criada a Organização Mundial do Comércio (OMC), que visava promover e regular o 
comércio entre as nações. Os países membros se comprometeram a derrubar tarifas 
alfandegárias, no mais importante passo para a abertura dos mercados.
O Quadro 1, a seguir, apresenta as definições dos três organismos internacionais 
derivados do Tratado de Bretton Woods, o qual representa os ditames da economia 
mundial desde a década de 1940.
Quadro 1 – Organismos Derivados do Tratado de Bretton Woods
Organismo Definição
Banco Mundial
O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), mais 
conhecido como Banco Mundial, concede empréstimos tanto para governos 
como para empresas. Tem sua ação direcionada para países em desenvolvimento 
e auxilia o Fundo Monetário Internacional (FMI) na ampliação de programas de 
ajuste econômico nesses países.
8
9
Organismo Definição
Fundo Monetário Internacional (FMI)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem entre seus principais objetivos 
promover a cooperação monetária internacional e favorecer a expansão e o 
crescimento equilibrado do comércio. Também oferece ajuda financeira aos 
países-membros, emprestando recursos com prazo limitado.
Organização Mundial do Comércio (OMC)
A Organização Mundial do Comércio (OMC) visa promover e regular o comércio 
entre as nações. É criada em 1995, em substituição ao Acordo Geral de Tarifas 
e Comércio (GATT). Suas atividades mais importantes são supervisionar acordos 
comerciais multilaterais, resolver disputas entre países e promover a cooperação 
com o FMI e o Banco Mundial.
O processo de integração se acentua a partir da década de 1990, que constituiu a 
etapa da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. As trocas 
de informações (dados, voz e imagens) se tornam quase instantâneas, encurtando 
distâncias e agilizando negócios.
Entre 1950 e 2015, o volume total das transações comerciais saltou de 61 bilhões 
de dólares para 16,4 trilhões de dólares. O fim abrupto da antiga União das Repúbli-
cas Socialistas Soviéticas (URSS) e do chamado bloco socialista, no início da década 
de 1990, acentua o processo de Globalização/Mundialização, agregando subi-
tamente a economia desses países à esfera capitalista. Menos traumática, porém, 
tão ou mais impactante, é a abertura gradual e organizada do gigantesco mercado 
chinês, promovida desde o fim da década de 1970 pelas reformas econômicas então 
comandadas por Deng Xiaoping. Essa estratégia culmina em 2001 com o ingresso 
da China na Organização Mundial de Comércio (OMC).
Um capítulo importante da Globalização/Mundialização é a criação dos blocos 
econômicos regionais, em especial a União Europeia (EU), que, a partir de 1992, 
elimina barreiras à circulação de mercadorias, capitais e mão de obra entre os países 
membros. E, no dia 1º de janeiro de 2002, coloca em circulação a sua moeda única: o 
Euro, integrando monetariamente 12 nações do continente. Paralelamente, são cria-
dos, a partir dos anos 1990, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte 
(NAFTA) – composto dos Estados Unidos da América (EUA), Canadá e México –, a 
Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o Mercado Comum do Sul 
(Mercosul) e a União Africana (UA).
Os blocos econômicos funcionam como uma tentativa das nações de exercerem 
maior controle e capacidade de barganha sobre a Globalização/Mundialização. Se-
gundo dados da OMC na década de 2010, 84% dos fluxos comerciais estão concentra-
dos no NAFTA, com exceção do México, na UE e na Ásia. O restante do comércio é 
distribuído entre a América Latina, a África, o Oriente Médio e a Europa Oriental. 
Para aumentar a participação nos fluxos de comércio mundiais, os países desses 
continentes possuem duas saídas: 
1. Formar os próprios blocos, a partir dos quais negociam acesso ao mer-
cado das demais nações;
2. Ingressar nos blocos liderados pelos países desenvolvidos.
9
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
 Com a expansão do comércio ocorre uma notável intensificação do fluxo de ca-
pitais entre os países. Os grandes grupos empresariais ampliam suas operações, 
estabelecendo filiais em quase todos os continentes. Para custear essa expansão, 
buscam recursos no mercado financeiro, que se torna uma instância onipresente no 
novo cenário global. 
Sob o impacto da ideologia neoliberal e sua teoria do Estado Mínimo – que 
defende a redução da participação do Estado na economia –, preconizadas por or-
ganismos globais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), dezenas de pa-
íses privatizam empresas estatais, desobrigando-se de atividades como a geração 
de energia, a distribuição de água e o tratamento de esgoto, a coleta de lixo e as 
telecomunicações. Reduzem, assim, especialmente no caso das nações em desenvol-
vimento, subsídios e gastos sociais.
A Globalização/Mundialização modifica profundamente o funcionamento das 
empresas. Por causa das fusões, das aquisições e das redefinições do processo pro-
dutivo e, em alguns setores que exigem maior emprego de mão de obra, em virtude 
da migração das unidades fabris para os países em desenvolvimento, grandes con-
glomerados reduzem substancialmenteo quadro de funcionários. Ao mesmo tempo, 
a informatização e a automação das companhias, o emprego intensivo das telecomu-
nicações, a agilização dos transportes, a descentralização e a terceirização de várias 
atividades levam a produtividade humana às alturas. Entretanto, o crescimento das 
empresas globais não provoca o desenvolvimento das várias economias nacionais.
A Globalização/Mundialização é uma tendência intrínseca do capitalismo. 
As principais críticas que lhe são feitas se referem ao fato de ela privilegiar uma mi-
noria em detrimento da imensa maioria. 
Segundo os críticos, a Globalização/Mundialização, tal como vem ocorrendo, 
acentua as desigualdades entre ricos e pobres no interior dos países e entre na-
ções ricas e pobres em escala global.
Na década de 2000, a renda média dos 20% mais ricos do mundo é 60 vezes 
maior do que a dos 20% mais pobres. Na década de 2010, ela passa a ser 74 vezes 
maior. Outro indicador: os 10% mais ricos dos EUA recebem, sozinhos, o equivalen-
te aos 47% mais pobres do planeta. 
Segundo dados recentes do Banco Mundial, de uma população global estimada 
em 7,7 bilhões de indivíduos em 2018, 3,8 bilhões, classificados como pobres, vivem 
com menos de US$ 2 dólares por dia. Desses, 2,2 bilhões, considerados miseráveis, 
vivem com menos de US$ 1 dólar por dia.
O início no processo de Globalização/Mundialização é marcado simbolicamente pela que-
da do Muro de Berlim (Alemanha), em 1989, e pela derrocada dos regimes comunistas na 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e no Leste Europeu, cujos países (Polônia, 
Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Bulgária, Iugoslávia etc.) foram, nos anos seguintes, 
integrando-se ao mercado global.
A Revolução Tecnológica da década de 1990, especialmente nas telecomunicações e infor-
mática, potencializou as possibilidades de integração econômica a distância.
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Conceitos e Efeitos da 
Globalização/Mundialização
Conceitos e Definições
A Globalização/Mundialização consiste em um fenômeno contemporâneo no 
qual os bens, serviços, as pessoas, habilidades e ideias se movimentam através das 
fronteiras geográficas. Em outras palavras, a Globalização/Mundialização consiste 
na interdependência entre os atores econômicos globais – governos, empresas e 
movimentos sociais (Organizações Não Governamentais, as ONGs, e as demais en-
tidades filantrópicas etc.).
Desigualdades Pontuais
A crescente desigualdade entre países, regiões e indivíduos e a intensa compe-
tição econômica internacional – resultantes da Globalização/Mundialização – são 
apontadas por estudiosos como fatores que aumentam as tensões em muitas socie-
dades, agravando o risco de conflitos violentos. 
Situações de grande insegurança, marcadas por desemprego agudo e a estagna-
ção econômica, podem levar grupos a reforçar seus laços tradicionais de solidarieda-
de em torno da língua, religião e identidade étnica. Se, por um lado, esses laços aju-
dam os indivíduos a enfrentarem a sensação de desamparo no ambiente competitivo, 
por outro, a ênfase nos vínculos étnicos pode estimular o preconceito, a intolerância 
e a hostilidade contra aqueles que não fazem parte do grupo.
Há situações em que a presença de um poder central forte, como havia na extinta 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mantém esses movimentos aba-
fados. Como em uma panela de pressão defeituosa, a tensão acumulada por suces-
sivas gerações, diante de mudanças profundas no cenário geopolítico, pode explodir 
com fatos de pouca importância. 
Há estudos recentes que associam a disseminação dos conflitos étnicos a partir 
da década de 1990 ao fracasso da democratização política em países da Ásia, África 
e América Latina, além da desagregação da União Soviética (URSS). Em muitas 
nações, o colapso de regimes autoritários deu origem a governos fracos, que não 
conseguiram resolver os problemas sociais e econômicos herdados do passado.
Efeitos
Nesse cenário de Globalização/Mundialização, passou a haver uma circulação 
mais veloz de capital por todo o globo, facilitando os investimentos diretos, mas tam-
bém os movimentos especulativos.
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UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
As Cadeias Produtivas (Organizações Multinacionais e Transnacionais) se 
espalharam mundialmente, com empresas sendo transferidas (relocalizadas) para re-
giões ou países com menores custos de produção (salários, impostos etc.).
O pensamento econômico dominante em escala mundial é chamado de Neoli-
beralismo, também conhecido como Consenso de Washington. Seus principais 
preceitos são a desregulamentação da economia, a livre circulação de capitais, as 
privatizações e a redução da participação do Estado na vida econômica.
Os efeitos diretos e transformadores da Globalização/Mundialização sobre a so-
ciedade contemporânea são os seguintes:
• Rápida disseminação das informações;
• Aumento do nível de conhecimento das pessoas;
• Comparação de valores, crenças e costumes;
• Adaptação e assimilação de culturas;
• Surgimento de novas necessidades como, por exemplos, internet, redes sociais, 
telefonia móvel etc.;
• Aumento da consciência de direitos;
• Abertura de mercados;
• Maior variedade de ofertas;
• Necessidade de preservação das individualidades pessoais e nacionais.
Você Sabia?
A Internet (www) se revelou a mais inovadora tecnologia de comunicação e comparti-
lhamento de dados a distância.
Globalização/Mundialização e Trabalho
Em uma primeira aproximação, o trabalho consiste na atividade humana apli-
cada à produção, à criação e ao entretenimento, podendo ser executado de forma 
manual e/ou intelectual.
O trabalho consiste na aplicação da força física ou na utilização do intelecto, visando 
ao exercício de uma atividade que possibilite a produção de um valor de uso ou valor de 
troca. A partir do século XVIII, com a publicação no ano de 1776 da obra Uma Análise 
Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações, de Adam Smith, foi incluso o 
conceito de divisão do trabalho, que consiste por sua vez na distribuição de tarefas entre 
indivíduos ou agrupamentos sociais tendo em vista a elevação da produtividade. 
12
13
Os conceitos relativos ao trabalho foram elaborados por Adam Smith e desenvolvi-
dos por David Ricardo e Karl Marx. O trabalho é uma condição inerente à existência 
da espécie humana e, desde suas formas mais rudimentares, está relacionado com o 
desenvolvimento de técnicas específicas e caracterizado pela divisão do trabalho. 
Assumiu configurações sociológicas diferentes, conforme as relações e o modo 
de produção. Era exercido de maneira coletivista e solidária nas sociedades tribais. 
Depois, com as peculiaridades próprias às diversas sociedades e épocas históricas, 
assumiu as formas de escravidão, servidão e trabalho assalariado.
Nos sistemas escravagista e feudal, o trabalho sofria uma coerção extraeconô-
mica, sancionada por lei. Enquanto no capitalismo o trabalhador sofre uma coerção 
puramente econômica, pois é juridicamente livre para contratar a venda de sua força 
de trabalho por um prazo determinado. Com a Revolução Industrial, surgiu o moder-
no proletariado, que criou os sindicatos e impôs limitações crescentes ao liberalismo 
no âmbito das relações trabalhistas. Surgiram também os movimentos políticos ins-
pirados pelo comunismo e pelo marxismo, ligados aos trabalhadores (CRUZ, 1995).
Nas sociedades tribais, a divisão do trabalho obedecia a critérios biológicos, dis-
tribuindo-se as tarefas conforme o sexo, a idade e a força física. Os critérios propria-
mente sociais prevaleceram mais tarde, assinalando a separação entre a agricultura e 
a indústria. Na era moderna, a divisão do trabalho assumiu características internacio-
nais, com o surgimento do mercado mundial, também chamado de globalização ou 
mundialização da economia, e do desenvolvimento do capitalismo. Na manufatura e 
na fábrica, acentuou-se em ritmo crescente, motivo pelo qual Adam Smith conside-
rou a divisão do trabalho fundamental para o progresso econômico(ARON, 1997). 
Com a Revolução Industrial, surgiu o moderno proletariado, que criou os sindi-
catos e impôs limitações crescentes ao liberalismo no âmbito das relações trabalhis-
tas. Surgiram também os movimentos políticos inspirados pelo comunismo e pelo 
marxismo, ligados aos trabalhadores. 
Do ponto de vista da tecnologia, o trabalho evoluiu do artesanato para a manu-
fatura e para a fábrica, distinguindo-se pela elevação constante da produtividade 
mediante o emprego de processos cada vez mais complexos e sofisticados de meca-
nização e de automação. 
A Sociologia do Trabalho, assim denominada, surgiu no século XX, mas seus 
primórdios remontam ao século XIX, com o surgimento dessa disciplina científica, 
especialmente com três pensadores que forneceram à sociologia do trabalho seus 
modelos: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim. 
No final do século XIX, Émile Durkheim estudou detalhadamente os aspectos socio-
lógicos envolvendo a divisão do trabalho, que era então considerada fundamental para 
o progresso econômico. A Figura 1, a seguir, apresenta o retrato de Émile Durkheim.
13
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
Figura 1 – Émile Durkheim
Fonte: Wikimedia Commons
David Émile Durkheim (1858-1917), sociólogo, antropólogo, cientista político, 
psicólogo social e filósofo francês, juntamente com Karl Marx e Max Weber, tornou a 
Sociologia uma ciência de extrema relevância acadêmico- pedagógica e é considerado 
o “Pai da Sociologia Moderna”.
Émile Durkheim concatenou os fatos morais aos fatos sociais, que considerava
independentes das consciências individuais. Ele foi um dos fundadores da escola 
sociológica francesa e herdeiro do Positivismo, partindo da afirmação de que os 
fatos sociais devem ser tratados como “coisas”, forneceu uma definição do normal 
e do patológico aplicável a cada sociedade. O normal é aquilo que é ao mesmo 
tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade 
e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de ter uma existência 
tangível (ARON, 1997).
O Positivismo consiste em um Sistema Filosófico, fundado por Auguste Comte, e que 
pretende que nada se pode conhecer com exatidão senão as verdades verificadas pela 
observação ou pela experiência. 
Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização 
desse, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso 
nessa sociedade, deve-se favorecer o desenvolvimento de uma solidariedade entre os 
seus membros, uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade 
da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, 
em uma sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que 
participam do trabalho coletivo a partir do normal; Durkheim analisa o patológico. 
14
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As sociedades modernas são doentes, segundo Durkheim, porque sofrem de ano-
mia e estão submetidas a mudanças tão brutais que o conhecimento coletivo não tem 
tempo para estabelecer um corpo de regulamentação adequado. Perante a imensa 
massa de homens que uma nação moderna representa, o indivíduo só pode sentir-se 
solitário: o suicídio procede de causas sociais, não individuais.
Em 1867, Karl Marx publicou o primeiro volume da sua consagrada obra O Capi-
tal e, mais adiante, suas teorias a respeito da mais-valia com base na teoria do valor-
-trabalho. Assim como Adam Smith e David Ricardo, Marx considerava que o valor 
da troca de toda a mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente 
necessário para produzi-Ia. Como a força de trabalho é uma mercadoria cujo valor 
é determinado pelos meios de vida necessários à subsistência do trabalhador (como 
alimentos, roupas, moradia, transporte etc.), se ele trabalhar além de um determinado 
número de horas, estará produzindo não apenas o valor correspondente ao de sua 
força de trabalho (que lhe é pago na forma de salário pelo capitalista), mas também 
um valor a mais, isto é, um valor excedente sem contrapartida, denominado mais-valia 
(MARX, 1973).
É dessa fonte (o trabalho não-pago) que são tirados os possíveis lucros dos capi-
talistas (sejam eles industriais, comerciantes, agricultores, banqueiros etc.), além da 
terra, dos juros etc. Assim, enquanto a taxa de lucro – que é a relação entre a mais-
-valia e o capital total necessário para produzi-Ia – define a rentabilidade do capital, 
a taxa de mais-valia – que é a relação entre a mais-valia e o capital variável (salários) 
– define o grau de exploração sobre o trabalhador. Mantendo-se inalterados os sa-
lários, a taxa de mais-valia tende a elevar-se quando a jornada e/ou intensidade do 
trabalho aumenta. 
O socialismo e o sindicalismo passam a ser os agentes essenciais da nova so-
ciedade, obrigando o capitalismo do início do século XX a enveredar pelo caminho 
do máximo aperfeiçoamento possível de todos os fatores de produção envolvidos e 
à adequada remuneração. 
Assim sendo, quanto maior é a pressão exercida pelas exigências proletárias, me-
nos graves se tornam as injustiças e mais acelerado e intenso se configura o processo 
de desenvolvimento da tecnologia. 
Dentro dessas novas perspectivas, surgem os primeiros esforços realizados nas 
empresas capitalistas para a implantação de métodos e processos de racionalização 
do trabalho. 
O trabalho, no âmbito da racionalidade moderna, exerce influência de forma inci-
siva no repensar dos seguintes aspectos:
• O fim das classes sociais;
• O trabalho assalariado; e
• A missão civilizadora da sociedade (CRUZ, 1995).
15
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
Os aspectos relacionados à Sociologia do Trabalho surgiram no século XX, mas 
seus primórdios remontam ao século XIX, especialmente com a pesquisa do sociólogo 
Villermé, consagrada no Relatório Sobre o Estado Físico e Moral dos Operários 
(1840), e com os três pensadores que forneceram à Sociologia do Trabalho seus mo-
delos, os já citados: Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim (ARON, 1997). 
A Figura 2, a seguir, apresenta o retrato de Louis René Villermé.
Figura 2 – Louis René Villermé
Fonte: Wikimedia Commons
Villermé (Louis René), médico e sociólogo francês (1782-1863), seu Quadro do 
Estado Físico e Moral dos Trabalhadores nas Fábricas de Algodão, Lã e Seda, publi-
cado em 1840, constituiu-se em uma das monografias sociológicas mais importantes 
da história.
Com a evolução da Ética Capitalista, três tendências principais nasceram a partir 
do século XX:
• A Escola da Organização Científica do Trabalho (OCT), representada nas 
décadas de 1910 e 1920 por Frederick Winslow Taylor, Henry Ford, Frank 
Gilbreth e Henri Fayol;
• A Escola das Relações Humanas, representada na década de 1930 por Elton 
Mayo, Kurt Lewin, Fritz. J. Roethlisberger e William Dickson;
• A Sociologia das Organizações, representada nas décadas de 1940 e 1950 por 
Robert K. Merton, Talcott Parsons e Philip Selznick (HAMPTON, 1983).
Mercado Global e Blocos Econômicos
Mercado Global
As empresas de grande porte, espalhadas por diversos países, conhecidas 
como multinacionais ou transnacionais começaram a moldar os novos padrões 
16
17
de competição e alianças. O seu desenvolvimento maior, a partir da década de 
1950, marca o início de uma nova fase do capitalismo mundial.
Os países com grandes mercados internos, caso típico do Brasil, possuem muitas 
empresas de grande porte que operam apenas em território nacional. Seu desem-
penho, no entanto, é frequentemente influenciado pelas empresas multinacionais. 
A partir da Segunda Guerra Mundial iniciou na economia mundial o movi-
mento de internacionalização do capital, o qual configurou o que se chamou de 
Globalização da Economia. 
Junto com a Globalização/Mundialização, instalou-se um forte ambiente 
concorrencial, que abrangeu empresas e países. Considerando alguns dos países 
economicamente mais desenvolvidos, como Estados Unidos da América (EUA), 
Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá(que pertencem ao 
G7 e à OCDE). Pode-se dizer, a partir daí, que a maior parte dos produtos que um 
deles fabrica, outro país, em qualquer parte do mundo, têm também a possibilidade 
de fabricar. 
A competência produtiva, por si só, não é mais o fator distintivo por excelên-
cia como acontecia, por exemplo, com os Estados Unidos da América (EUA) ao 
final da Segunda Guerra Mundial. O ambiente concorrencial levou a uma série de 
consequências, uma das quais é o aparecimento de medidas protecionistas por 
parte das autoridades governamentais, pressionadas pelos fabricantes locais. 
Essas medidas costumam aumentar de intensidade quando as empresas estrangei-
ras começam a conquistar fatias significativas do mercado doméstico, quando a ba-
lança comercial mostra deterioração ou, ainda, quando o alto nível de desemprego 
local começa a preocupar as autoridades. 
O nível de desemprego tem, aliás, se mantido em patamares inquietantes em 
alguns países desenvolvidos e no Brasil, desde que se manifestou a recessão mundial 
nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000.
Mesmo os Estados Unidos da América (EUA), país tradicionalmente defensor do 
livre comércio, não escapou da onda protecionista. Em parte, o auxílio americano 
à reconstrução da Europa Ocidental e do Japão no final da Segunda Guerra 
Mundial visava justamente a assegurar uma economia mundial de livre comércio. 
O crescimento econômico dessas regiões, aliado à supervalorização do dólar nor-
te-americano no início da década de 1980 (prejudicando sobremaneira as exportações 
americanas), fez com que contínuos déficits aparecessem na balança comercial americana 
de manufaturados. De um pequeno superávit médio durante toda a década de 1970, esse 
déficit se aumentou, a partir da década de 1980 até o presente momento. 
Provavelmente o governo desempenhará um papel muito diferente na emergente 
era Hightech (Alta Tecnologia), ou seja, um papel menos vinculado aos interesses da 
economia e mais alinhado com os interesses da economia social. Moldar uma nova 
parceria entre o governo e o terceiro setor para reconstruir a economia social pode-
ria ajudar a restaurar a vida cívica em cada nação. Alimentar os poderes, fortalecer 
17
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
serviços básicos de assistência à saúde, educar os jovens da nação, construir moradias 
a preços acessíveis e preservar o meio ambiente encabeçam a lista das prioridades 
urgentes nos próximos anos.
No caso do Brasil, a partir da década de 2000, a economia apontou para um cres-
cimento da ordem de 2%, levemente superior ao desempenho na década de 1990. 
O começo da década de 2010 aumenta a confiança de consumidores e empresários 
nos rumos da economia. Para ganhar a credibilidade da comunidade financeira in-
ternacional e dos investidores e para evitar qualquer possibilidade de descontrole 
inflacionário, o novo governo decide elevar a taxa de juros para 11,75% anuais. 
No entanto, a pandemia do COVID-19 mudou toda a política financeira e monetária. 
A taxa de juros, atualmente no Brasil, julho de 2020, está em patamares próximos 
dos 2% a. a. Isso se deve à necessidade de o governo promover o aquecimento da 
economia brasileira frente ao momento difícil desencadeado pelo COVID-19.
O término da Segunda Guerra Mundial mostrou claramente a necessidade da re-
construção, não só física, mas também política e econômica dos países que foram 
atingidos indiretamente pelo conflito, os que hoje são chamados de “Terceiro Mundo” 
ou países pobres.
A integração dos países e das economias passou a ser o alvo da modernidade, ou 
seja, o “Norte” das nações, envolvendo a eliminação das rivalidades e o desejo de 
união. Enfim, um reinício com novas propostas.
As negociações globais representam um percentual cada vez maior das atividades 
mercadológicas no mundo empresarial e das atividades dos indivíduos, dos colabora-
dores, dos executivos espalhados pelos países afora. Os negócios internacionais têm 
importância crescente na atividade econômica de grande parte das nações. Esses 
negócios assumiram, no final do Século XX, destaque muito maior do que se imagi-
nava, principalmente com a globalização da economia.
A atuação das empresas em um nível internacional vem sofrendo grandes al-
terações, em função de uma série de aspectos que caracterizam o novo mercado 
globalizado. Assim, entre os diversos tipos de empresas internacionalizadas, pode-se 
apresentar um modelo de transição nas atividades das companhias caracterizado por 
alguns aspectos básicos, tais como:
• Redes internacionais de contatos;
• Criação de uma mentalidade claramente internacionalizada;
• Busca de novos conhecimentos;
• Envio de executivos a outros países para obtenção de maior conhecimento 
e cultura.
A importância da Globalização/Mundialização é tão grande e se faz presente de 
maneira tão intensa no dia a dia das pessoas e das empresas que não chega a causar 
espanto, pela facilidade de penetração dos produtos nas economias do mundo.
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A intensificação da Globalização/Mundialização pode ser verificada, de maneira 
muito clara, no crescimento explosivo do número de empresas nacionais e multinacio-
nais voltadas para o mercado internacional.
O pioneirismo bem-aceito da União Europeia (UE) foi seguido, anos depois, pelo surgimento 
de outros blocos econômicos. Na América, à ALALC e ao Grupo Andino, que foram as primei-
ras “associações de países”, seguiram-se Aladi, Mercosul, Nafta, Mercado Centro-Americano 
e Caricom. Na África, o Mercado Meridional. Na Ásia, a ASEAN. No Pacífico, a APEC.
Mercado Brasil
A abertura do Brasil para o comércio internacional, a partir da década de 1990, 
mostrou claramente que os resultados têm sido de grande valia para processo de 
estabilização da economia brasileira e que, na atual conjuntura, o que se almeja é 
exportar ainda mais.
Há muito que fazer nesse sentido, conforme demonstrado a seguir:
• Análise fria da necessidade de financiamento aos clientes do exterior;
• Criação real de uma política de país exportador, com apoio comercial à altura 
das necessidades;
• Mapeamento dos focos produtivos, incentivando também ao pequeno e ao mé-
dio fabricante, os quais estão distantes dos grandes centros;
• Reversão rápida dos resultados das privatizações dos portos e aeroportos do 
país para os custos dos produtos exportados;
• Melhora na prestação de serviços complementares às exportações;
• Mudança da cultura das empresas com relação ao comércio internacional;
• Cobrança de maior agilidade nas decisões por parte dos órgãos intervenientes, 
de modo a eliminar burocracias que somente prejudicam o progresso do comér-
cio exterior brasileiro e outras mais que ainda estão incrustadas.
O êxito da atividade exportadora se pauta pelo atendimento a uma série de re-
quisitos e, em alguns casos, requer treinamento específico e apoio de profissionais 
especializados para as empresas.
Blocos Econômicos
Os Blocos Econômicos são associações de países cujo objetivo é estabelecer 
relações comerciais privilegiadas entre si. Esse processo é iniciado com a abolição de 
tarifas comerciais e pode chegar, no limite, ao fim de fronteiras. 
Os Blocos Econômicos são classificados da seguinte forma:
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UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
• Mercado Comum;
• União Aduaneira;
• União Econômica e Monetário.
• Zona de Livre Comércio;
O Quadro 2, a seguir, apresenta o detalhamento da classificação dos Blocos Eco-
nômicos na atualidade.
Quadro 2 – Blocos Econômicos
Tipo De Bloco Econômico Descrição
Mercado Comum Nesse tipo de bloco há a permissão da livre circulação de capitais, serviços e pessoas no interior do bloco.
União Aduaneira Nesse tipo de bloco, além da abertura dos mercados internos, há a regulamen-tação do comércio do bloco com as nações de fora.
União Econômica e Monetária
Esse tipo representa uma evolução do mercado comum. Os países adotam a 
mesma política de desenvolvimento e uma moeda única. É o atual estágio da 
União Europeia (EU).
Zona de LivreComércio Nesse tipo de bloco há a redução total ou eliminação das tarifas alfandegárias entre os seus países membros.
O Quadro 3 a seguir, apresenta a descrição dos principais Blocos Econômicos 
existentes na atualidade.
Quadro 3 – Principais Blocos Econômicos
Nome do Bloco
Ano de 
Criação
Objetivo do Bloco Países/Territórios Membros
UE (União Europeia) ou 
EU (European Union) 1992
União Econômica 
e Monetária
Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, 
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, 
Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, 
Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido (saiu 
em janeiro/2020), República Tcheca, Romênia e Suécia.
MCCA (Mercado Comum 
Centro Americano) 1960
União Econômica 
e Monetária Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua.
ASEAN (Associação 
de Nações do Sudeste 
Asiático)
1967 Mercado Comum Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
CAN (Comunidade 
Andina ou Pacto Andino 
ou Grupo Andino)
1969 Mercado Comum Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
CARICON (Mercado 
Comum e Comunidade 
do Caribe)
1973 Mercado Comum e União Econômica
Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, 
Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, 
São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname 
e Trinidad e Tobago.
ALADI (Associação 
Latino-americana de 
Integração)
1980 Mercado Comum Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
NAFTA (Acordo de Livre 
Comércio da América do 
Norte ou “North American 
Free Trade Agreement”)
1994 Área de Livre Comércio Canadá, Estados Unidos e México.
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Nome do Bloco
Ano de 
Criação
Objetivo do Bloco Países/Territórios Membros
SADC (Comunidade da 
África Meridional para 
o Desenvolvimento ou 
“South African Develop-
ment Community”)
1992 Mercado Comum
África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagáscar, 
Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República 
Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, 
Zâmbia e Zimbábue.
APEC (Cooperação 
Econômica da Ásia e do 
Pacífico ou “Asia Pacific 
Economic Cooperation”)
1989 Área de Livre Comércio
Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coreia 
do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, 
Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, 
Peru, Rússia, Tailândia, Taiwan (Formosa) e Vietnã.
MERCOSUL (Mercado 
Comum do Sul) 1991 Mercado Comum
Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (em pro-
cesso de adesão).
ECOWAS (Comunidade 
Econômica dos Estados 
da África Ocidental ou 
“Economic Community 
of West African States”)
1975 Integração Econômica
Benin, Burkina Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim, 
Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, 
Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
CEI (Comunidade de 
Estados Independentes) 1991
Organiza-se em 
uma confederação 
de Estados, que pre-
serva a soberania de 
cada um.
A Comunidade pre-
vê a centralização 
das forças armadas 
e o uso de uma 
moeda comum: 
o rublo.
A Comunidade de Estados Independentes é uma organiza-
ção criada em 1991 que reúne 12 das 15 repúblicas que for-
mavam a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 
(URSS). Ficam de fora apenas os três países bálticos: Estônia, 
Letônia e Lituânia.
Membros: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, 
Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, 
Uzbequistão (1991); Geórgia, Azerbaijão (1993).
ALCA (Área de Livre 
Comércio das Américas) 1994
Eliminar as barreiras 
alfandegárias entre 
os 34 países america-
nos, exceto Cuba.
Nunca foi implementado.
BRICS 2009
Grupo dos Países 
Emergentes (Brasil, 
Rússia, Índia, China 
e África do Sul.
É um grupo formado em 2009 por países emergentes, tais 
como: Brasil, Rússia, Índia e China para uma cooperação 
econômica e política no cenário global. Em 2011, o grupo 
incorporou a África do Sul.
O termo BRIC para designar os quatro países gigantes 
emergentes foi cunhado pelo economista britânico Jim 
O´Neill em 2001.
Desigualdades Sociais na 
Globalização/Mundialização
A análise do Sistema Capitalista e as perspectivas Neoliberais se fazem necessá-
rias para o entendimento da relação capital – trabalho dentro do atual panorama 
onde, de um lado, está a exclusão de milhões de trabalhadores e, de outro, o fenô-
meno da Globalização/Mundialização. 
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UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
Com a Globalização/Mundialização, a abertura do mercado aos produtos estran-
geiros, as mudanças nos parâmetros do consumidor tradicional, a privatização de 
empresas estatais em diversos segmentos e o processo sucessório eminente nas em-
presas familiares, evidencia-se nas empresas brasileiras e estrangeiras a necessidade 
de rever os seus planos estratégicos de negócios e, consequentemente, as estruturas 
organizacionais e os processos de trabalho.
Nesse contexto, a mudança sistemática dos processos produtivos surge como o 
maior fator da geração de investimentos maciços em tecnologia, por parte das orga-
nizações produtivas, tendo ainda o respaldo de novas formas de gerenciamento que 
sempre culminam na revisão dos negócios. No entanto, a utilização da automação 
em alguns casos apresentou resultados reversos ao desejado. Em outros casos, ob-
tiveram-se resultados satisfatórios e a possibilidade da busca contínua das melhorias 
dos processos administrativos e produtivos. 
Por sua vez, o mercado empresarial era, até a década de 1990, caracterizado 
por ser extremamente fechado por protecionismos de caráter político, porém, esse 
modelo sofreu forte concorrência com a chegada dos produtos e serviços importa-
dos. Isso ocorreu, principalmente, por causa da eliminação das barreiras alfande-
gárias patrocinada pelas autoridades da área econômica do Governo no início da 
década de 1990. 
No Brasil, a política governamental almeja conduzir o país a uma economia moderna 
baseada na livre concorrência e facilitar a entrada dos investimentos de capital externo. 
A nova situação de mercado exigiu que as empresas brasileiras e estrangeiras, 
independentemente do porte, aumentassem em um curto espaço de tempo os in-
vestimentos em Tecnologia da Informação (TI), bem como no processo produtivo. 
Além disso, buscou-se o aprimoramento dos seus recursos humanos e da qualidade 
dos seus produtos e serviços oferecidos e a preços naturalmente competitivos. 
O problema central das desigualdades sociais está atrelado às mudanças sociais 
ocorridas no Brasil e no mundo frente às modernas tecnologias das suas organiza-
ções produtivas. Portanto, há a necessidade do entendimento dos três fatores descri-
tos a seguir:
1. A automação dos processos administrativos e operacionais praticada pe-
las organizações;
2. O emprego está sendo eliminado, fazendo com que a população mundial 
tenha de se deslocar para outras localidades em busca de trabalho;
3. A desativação de empresas e a desaceleração do crescimento econômico 
brasileiro e mundial, em particular, estariam promovendo uma alta taxa de 
desemprego, com consequente redução substancial de postos de trabalho.
A exclusão social aliada à diminuição do processo produtivo (recessão) leva a 
sociedade contemporânea a atingir um quadro de desemprego preocupante, trans-
formando os seus hábitos como, por exemplo, o fim das classes sociais, o fim do 
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trabalho assalariado e os questionamentos sobre a missão civilizadora da sociedade 
frente aos graves problemas sociais. 
O sociólogo britânico Anthony Giddens (2000) define a igualdade como inclusão 
e a desigualdade como exclusão. Para ele, inclusão se refere, em seu sentido mais 
amplo, à cidadania, a direitos e obrigações civis e políticas que todos os membros de 
uma sociedade deveriam ter, não apenas formalmente, mas como uma realidade em 
suas vidas. O autor aponta para a sociedade em que o trabalho permanece essencialpara a autoestima e o padrão de vida das pessoas. Em relação ao acesso ao trabalho, 
esse é um contexto principal de oportunidade. A educação, contudo, é outro, e o 
seria ainda que não fosse tão importante para as possibilidades de emprego.
Em Síntese
Nesta Unidade, foi abordado o tema envolvendo a Globalização/Mundialização, que é 
um fenômeno explicado pela reação em cadeia e a crescente interdependência dos pa-
íses, decorrente do atual processo de internacionalização do capital, da produção, da 
informação, do conhecimento e dos cuidados com o meio ambiente. 
O Mercado Global também foi discorrido, onde as empresas de grande porte, espalha-
das por diversos países, conhecidas como multinacionais ou transnacionais, começaram 
a moldar os novos padrões de competição e alianças. O seu desenvolvimento maior, a 
partir da década de 1950, marca o início de uma nova fase do capitalismo mundial.
Por fim, a Globalização/Mundialização da Economia é uma tendência intrínseca do Capita-
lismo. As principais críticas que lhe são feitas se referem ao fato de ela privilegiar uma mi-
noria em detrimento da imensa maioria. Segundo alguns dos seus críticos, a Globalização/
Mundialização, tal como vem ocorrendo, acentua as desigualdades entre ricos e pobres no 
interior dos países e entre nações ricas e pobres em escala global. 
23
UNIDADE Sociedade e Globalização/Mundialização 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Portal Sebrae
https://bit.ly/2OZHR5h
Banco Mundial (World Bank)
https://bit.ly/332euYi
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
https://bit.ly/2EgX67M
Banco Central do Brasil (BCB)
https://bit.ly/2X3hm3v
 Leitura
Brasil: Uma cooperação mutualmente benéfica
https://bit.ly/32YiSYk
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Referências
ARON, R. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BALESTRIN, A.; VERSCHORE, J. Redes de Cooperação Empresarial. Porto 
Alegre: Bookman, 2008.
BLANCHARD, O. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2011. (e-book)
CRUZ, M. B. Teorias Sociológicas: Os Fundadores e os Clássicos (Antologia de 
Textos). 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995.
GIDDENS, A. A Terceira Via. Rio de Janeiro: Record, 2000.
HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea. 2. ed. São Paulo: McGraw – 
Hill do Brasil, 1983.
KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Abril 
Cultural, 1996. (Os Economistas)
MOCHÓN, F. Princípios de Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. (e-book)
SMITH, A. A Riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Econo-
mistas, 2)
SOUZA, J. M. (Org.). Economia Brasileira. São Paulo: Pearson, 2012.
WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Livraria 
Pioneira Editora, 1967.
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