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Aula -Mola - Compressão-Tração-Torção

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Prof. Me. Pier Alfredo Scheffel
ELEMENTOS DE MÁQUINAS I
MOLAS HELICOIDAIS(COMPRESSÃO/TRAÇÃO)
UNIVERSIDADE FEEVALE
2
Introdução/Molas
As molas são utilizadas para exercer forças, proporcionar flexibilidade ou, ainda, para armazenar ou absorver energia. Em geral, as molas podem ser classificadas como molas de fio ou molas planas, embora haja algumas variações dentro desta divisão. As molas de fio incluem as molas helicoidais, feitas de fios de secção circular, quadrada ou especial e são feitas para resistir a cargas de tração, compressão ou torção. Dentre as molas planas, estão incluídos os feixes de molas de suspensão, as molas lâminas e elípticas, as molas espirais para acionamentos de relógios e brinquedos e as molas cônicas, geralmente chamadas molas Belleville.
3
Introdução/Molas
Molas são elementos mecânicos fundamentais que formam a base de muitos sistemas mecânicos. Uma mola pode ser definida como sendo um elemento elástico que exerce uma força resistente quando sua forma é modificada.
As molas são usadas, principalmente, nos casos de:
• armazenamento de energia como nos mecanismos de relógios, de brinquedos;
• amortecimento de choques como as molas da suspensão dos automóveis;
• distribuição de cargas como por exemplo o colchão de molas;
• preservação de junções ou contatos. como na figura, mantém o contato do rolete sobre a superfície do came.
4
Tipos de molas:
As molas podem ser classificadas em:
∗ Quanto a forma do material:
Arame:
	 redondo;
	 quadrado;
	 especial.
Plana:
	 lâmina;
	 disco cônico(Belleville);
∗ Quanto a forma da mola:
	 Helicoidais;
	 Helicoidais cônicas;
	 Espirais;
	 Em balanço;
	 Feixe de molas;
	 Formas especiais.
∗ Quanto ao esforço:
	 Molas de tração;
	 Molas de compressão;
	 Molas de torção;
	 Molas de flexão.
5
Exemplos:
6
Exemplos:
7
Exemplos:
8
Exemplos:
9
Exemplos:
10
Exemplos:
11
Exemplos:
12
Molas
Entende-se por mola uma peça que possui flexibilidade elástica relativamente alta, isto é, que apresenta grandes deformações quando solicitada. A rigor, todas as peças possuem alguma flexibilidade, já que não existe o corpo totalmente rígido. A mola opõe-se ao deslocamento da massa que ela está ligada e armazena energia potencial elástica.
Toda mola, independentemente da configuração, possui uma constante de mola k:
13
Molas Helicoidais de Compressão
Índice de mola: O índice de mola C é a razão entre diâmetro de espira D e o diâmetro do fio d.
 
O intervalo preferido para C está entre 4 e 12. Quando C<4, a mola é de difícil fabricação e quando C>12 tem propensão a flambagem e também se entrelaça facilmente quando manipulada em quantidades.
Deflexão da mola (): A figura apresenta uma porção de uma mola espiral helicoidal com cargas de compressão aplicadas. Observa-se que ainda que a carga sobre a mola seja de compressão, o fio da mola está sob torção, uma vez que a carga em qualquer espira tende a torcer o fio em relação ao seu eixo. Uma mola helicoidal de compressão é, de fato, uma barra de torção enrolada em uma forma de hélice, que a empacota melhor. A deflexão de uma mola helicoidal de compressão com fio redondo é:
 
Onde F é a força axial aplicada na mola, D o diâmetro médio das espiras , d o diâmetro do fio, N o número de espiras ativas e G o módulo de elasticidade do material.
14
Molas Helicoidais de Compressão
Constante de mola: A equação para cálculo da constante de mola torcional (k) é encontrada a partir da equação da deflexão: 
k 
15
Extremidades de Molas
Notas:
1)Extremidades em ponta devem ser evitadas.
2)Extremidades em esquadro, em geral, são satisfatórias.
3)Extremidades em ponta, esmerilhadas, não oferecem muitas vantagens, comparando-se com as “em ponta”, simplesmente.
4)Extremidades em esquadro, esmerilhadas, são indicadas quando se deseja precisão no trabalho da mola ou quando a mola é esbelta e tende a flambar.
16
Tensões em Espiras de Molas
A relação entre os diâmetros da mola (médio) e do fio é chamada de Índice de Mola C. Esse valor indica quanto o fio deve ser curvado para formar o diâmetro médio Dm. Fios com menores índices de mola têm maiores curvaturas. A curvatura em uma mola é responsável pelo aumento das tensões originais. Os fios têm maior rigidez no lado interno do que no lado externo, já que o comprimento a ser torcido é menor internamente. O aumento da rigidez causa um aumento na tensão. A composição do aumento da rigidez com o fato de que as tensões devidas aos esforços se somam no lado interno dos fios é levada em conta através do fator de Wahl, nomeado a partir do pesquisador A. M. Wahl, da Whestinghouse Corporation. O fator de Wahl (Kw) é utilizado para solicitação variável. Para solicitação estática, o fator Ks deve ser usado.
17
Tensões em Espiras de Molas
Equação da tensão na espira da mola para carregamento estático:
 
Se o fio fosse reto e submetido à combinação de força cortante direta F e torque T mostrados na figura, a equação seria uma solução exata. Contudo, esse fio é curvado na forma de uma espira. Wahl determinou o fator de concentração de tensões para esta aplicação e definiu o fator Kw , que inclui tanto efeito das tensões diretas de cisalhamento quanto a concentração de tensões devido a curvatura.
Equação da tensão na espira da mola para carregamento dinâmico:
 
Uma vez que o fator de Wahl inclui ambos os efeitos, pode-se separá-los em um fator de curvatura Kf e em um fator de tensão de cisalhamento direta Ks usando:
 
18
Tensões em Espiras de Molas
Nota-se que o fator KS é o fator KW com o primeiro termo igual a um. Isso se dá porque o primeiro termo se refere à curvatura, ou seja, é um fator de concentração de tensões. Para carga estática, a concentração de tensões não é considerada.
O fator KS de Wahl leva em conta um coeficiente de segurança embutido de cerca de 23% sobre a carga estática, por este motivo a equação original, abaixo o termo 0,615 é substituído por 0,5.
 então 
Tensões residuais: Quando um fio é dobrado na forma de uma hélice, tensões residuais de tração são desenvolvidas na superfície interior enquanto tensões residuais de compressão ocorrem na superfície externa. Nenhuma dessas tensões residuais são benéficas. Elas podem ser removidas por tratamentos de remoções de tensões (recozimento) aplicados a mola. 
19
Resistência de Molas Helicoidais
A resistência dos fios de molas helicoidais depende do diâmetro do fio, devido ao processo de fabricação. Fios menores têm uma maior parte de sua secção transversal afetada pelo processo de estiramento, tornando-se mais resistentes.
Para evitar que a mola “assente”, ou seja, diminua de tamanho em serviço devido a deformação plástica por carregamento excessivo, as molas são projetadas para que não haja escoamento significativo. Para tanto, estudos mostram que a tensão limite em materiais ferrosos para que não haja uma deformação maior que 2% é de 0,45.Su onde Su é o limite à resistência a tração do material . Para outros materiais não ferrosos, o limite é de 0,35.Su. Essa tensão limite deve ser utilizada para comparar com a tensão que leva ao comprimento sólido (𝜏S), que é o comprimento da mola com todas as espiras encostadas uma nas outras. 
Quando a mola sofre um pré-assentamento durante a sua fabricação, o efeito é uma tensão residual no sentido inverso da aplicação da carga. Essa tensão é benéfica para aplicação de solicitações posteriores no mesmo sentido. Para levar o pré-assentamento em conta, convencionou-se aumentar a tensão limite. Dessa forma, a tensão limite em materiais ferrosos é de 0,65.Su. Para outros materiais não ferrosos, o valor limite é de 0,55.Su.
20
Resistência de Molas Helicoidais
A fim de não permitir que as espiras se fechem totalmente sob carregamento em serviço, é recomendável deixar uma folga de cerca de 10% da deflexão máxima, que é a deflexão sob carga máxima. Assim, molas geralmente trabalham sem que as espiras encostem uma nas outras. Essa recomendação vem do fato de que, quando a mola se aproxima do comprimento sólido, algumasespiras vão se fechar primeiro. Alterando o valor da constante de mola e modificando o comportamento da mola como um todo. 
21
Número de Espiras Efetivas e Comprimento Sólido
O número total de espiras Nt (ig) é dado pela simples contagem do número de espiras. Como as espiras que estão em contato com os anteparos não colaboram na deformação da mola, o número efetivo de espiras (N ou if) é obtido pela subtração dessas duas espiras do número total, assim:
 ou ig = if + 2
O cálculo do comprimento sólido (Ls ) deve considerar a forma das extremidades da mola. Molas com extremidades retificadas em esquadro permitem o cálculo direto como o produto do número de espiras pelo diâmetro do fio. Para outras configurações, o comprimento sólido varia.
 
22
Número de Espiras Efetivas e Comprimento Sólido
As figuras abaixo mostram os principais formatos para as extremidades e o correspondente cálculo para o comprimento sólido.
23
Flambagem de Molas Solicitadas a Compressão
Dependendo da relação entre o comprimento e o diâmetro médio, molas a compressão podem falhar por flambagem.
Molas helicoidais longas, que possuem comprimento livre superior a quatro vezes o diâmetro médio, podem falhar por flambagem, este efeito pode ser corrigido através de montagem da mola envolvendo uma barra circular ou então dentro de um tubo, “adaptar guias para as molas”.
24
Molas de Tração
As molas de tração devem, necessariamente, ter meios de transferir a carga do suporte para seu corpo. Embora isso possa ser feito com uma peça rosqueada ou um gancho, estas soluções aumentam o custo do produto acabado; assim, geralmente, se emprega um dos métodos mostrados abaixo. Ao se projetar uma mola com extremidade em gancho deve-se considerar o efeito da concentração de tensões.
25
Molas de Tração
A figura (a) abaixo mostra um método muito usado em projetos de extremidades de molas. A concentração de tensões devidas à curvatura acentuada torna impossível o projeto do gancho com a mesma resistência do corpo da mola. Testes experimentais mostram que o fator de concentração de tensões é dado por:
 
Resultado válido para tensões devidas à curvatura, quando o gancho está fora do centro, e para tensões devidas à torção. A figura (b) abaixo mostra um processo melhorado pela utilização de uma espira de diâmetro menor, não evitando, porém, a concentração de tensões. A espira de diâmetro menor conduz a um grau de tensão menor, devido ao braço de alavanca mais curto.
26
Molas de Tração/Tração Inicial
As molas compactas (tração) com pré-carga são fabricadas de forma que uma força deve ser aplicada, afim de separar as espiras umas das outras. A força de separação é chamada tração inicial. Os fabricantes de molas preferem usar a tração inicial nas molas compactas com pré-carga, a fim de manter uma precisão maior para o valor do comprimento livre. 
27
Frequência Natural em Molas Helicoidais
Molas com carregamento variável devem trabalhar longe de sua frequência natural. Quando uma mola é solicitada, a carga é inicialmente transferida para a primeira espira e esta começa a se deformar. Logo em seguida, a segunda espira começa a se deformar e assim sucessivamente. Esse movimento não uniforme de movimento das espiras faz com que surjam outras frequências de vibração diferentes da frequência de solicitação. “Estudos mostram que molas de válvulas podem ter frequência de até 13 vezes a frequência de solicitação agindo na mola”. Assim, para evitar o aumento descontrolado da amplitude do movimento, que aparece na frequência natural da mola, deve-se garantir que esta seja pelo menos 13 vezes a frequência de solicitação.
A frequência natural da mola (fn) em Hz pode ser calculada pela equação onde d e D estão em milímetros.
 
28
Materiais para Molas
As molas são fabricadas, tanto por processos de trabalho a quente, como de trabalho a frio, dependendo das dimensões, do índice de curvatura da mola e das propriedades desejadas.
Em geral, o fio tratado termicamente não deve ser usado, se D/d<4 ou se d>6 mm. Ao enrolarem-se as espiras, induzem-se a tensões residuais com a flexão. Muito frequentemente, no processo de fabricação, estas tensões são aliviadas, após o enrolamento das espiras, através de um tratamento térmico (normalização).
Variações no diâmetro do arame e no diâmetro da espira da mola têm efeito sobre a tensão de trabalho, bem como a deflexão. Grandes tolerâncias podem resultar em molas mais econômicas; assim, a definição das tolerâncias é uma fase importante do projeto. Geralmente, a tolerância comercial para o diâmetro do fio não é maior do que mais ou menos 1,5 % do diâmetro. A tolerância para os diâmetros das espiras varia de aproximadamente 5%, para molas com índice D/d=4, até mais de 25%, para valores de D/d superiores a 16.
29
30
Fadiga
As molas, quase sempre, são sujeitas à fadiga por solicitação dinâmica. Em muitos casos, a vida da mola pode ser um pequeno número de ciclos; por exemplo, alguns milhares para uma mola de cadeado ou para uma mola de interruptor elétrico. Porém, as molas para válvulas de motores de automóveis devem suportar milhões de ciclos sem apresentar falhas, devendo, então, ser projetadas para vida infinita.
As molas helicoidais nunca são usadas, ao mesmo tempo como molas de tração e molas de compressão, além disso elas são geralmente montadas com um pré-carregamento de forma que a carga de trabalho seja adicional. Os diagramas tensão-tempo expressam as condições normais de solicitação para uma mola helicoidal. A pior situação ocorre quando não há pré-carga, ou seja, Ƭmin = 0.
Ao analisar as molas helicoidais com a intenção de encontrar a causa de uma falha por fadiga, ou ao se projetarem molas para resistir à fadiga, é aconselhável aplicar-se o fator de concentração de tensões cisalhantes, Ks , tanto para as tensões médias Ƭm , como para as alternadas Ƭa . A razão para esse procedimento é que Ks não é somente um fator de concentração de tensões; na verdade, é um meio conveniente de calcular o valor da tensão cisalhante nas bordas interiores da espira.
31
Fadiga
Define-se, então:
 
e
 
Então os componentes da tensão, são:
 
 
Uma falha por torção ocorre sempre que:
 (limite de resistência à fadiga )
Ou sempre que
 (limite de resistência ao escoamento por cisalhamento) 
Consequentemente, estas duas equações serão a base para qualquer projeto ou dimensionamento, no tocante a resistência à falha por fadiga.
32
Fadiga
Define-se a utilização dos seguintes valores:
 
 
Estes valores são válidos para os seguintes materiais: corda de piano, aço carbono para válvulas, aço cromo vanádio para válvulas e liga de cromo silício para válvulas.
Quando se deseja projetar uma mola para vida finita, utiliza-se o valor de módulo de ruptura Sr:
 
33
Cores das Molas
As molas fabricadas de acordo com as normas ISO 10243, utilizam aço cromo silício, para que possam suportar altas cargas e que garantam grande durabilidade.
Para maior facilidade de identificação, as molas são produzidas em cores diferentes de acordo com suas respectivas capacidades de carga, isto é, cargas leve (verde), média (azul), pesada (vermelha) e extra-pesada (amarela).
34
Exemplo
No próximo slide será apresentado um exemplo de cálculo de frequência e vida finita de uma mola, para efeito de conhecimento.
Nos exercícios que posteriormente serão feitos, o foco principal será no projeto do dimensional de molas. 
35
Exemplo de cálculo de frequência e vida finita
Uma mola de compressão de aço corda de piano com 2,31 mm de diâmetro do fio e diâmetro externo de 14,29 mm, com comprimento livre de 79,38 mm, 21 espiras ativas e extremidade em esquadro retificadas. A mola deve ser montada com uma pré-carga de 45 N e operar a uma carga máxima de 222 N durante a sua utilização. Determinar o fator de segurança contra uma falha por fadiga, com base numa vida de 50.000 ciclos e confiabilidade de 99%.
Solução:
O diâmetro médio é D= 14,29 – 2,31 = 11,98 mm
O índice de mola C= D/d = 11,98/2,31 = 5,19 mm
A solicitação = 1,096
 
 
 
 
 
36
Exemplo
O limitede resistência à fadiga é Ssn = 310 Mpa, mas este valor deve ser corrigido para a confiabilidade e a concentração de tensões, e, em seguida, para vida finita.
 
 
 
 
 
 
 
 
37
Exemplo
Por tabela determina-se A = 2170 MPa e m = 0,146 aplicando a fórmula:
 
 
 
 
 
Finalmente, o fator de segurança contra uma falha por fadiga para uma vida de 50.000 ciclos é
 
 
 
38
Projetos de Mola Helicoidal de Compressão
Para criar uma mola de compressão deve-se definir alguns parâmetros:
Da = Ø Externo
Dm = Ø médio
Di = Ø interno
d = Ø do fio ou arame
L0 = comprimento livre da mola 
L1 = comprimento de trabalho inicial
L2 = comprimento de trabalho final
Lbl = altura sólida da mola (L).
k = constante de mola
G = módulo de elasticidade (tabela)
F1 = Força da mola em L1
F2 = Força da mola em L2
if = espiras uteis (N)
ig = espiras totais (Nt )
p = passo
C = índice da mola (ideal C>4 e C<12)
Lt = comprimento total de arame
39
Projetos de Mola Helicoidal de Compressão
Para calcular a altura sólida utilizar:
 
Para calcular a força F1 utilizar:
 
Para calcular a força F2 utilizar:
 
Para calcular o comprimento utilizado de arame:
 
 
40
Exemplo -2 (projetar uma mola de compressão)
Dimensionar uma mola helicoidal de compressão, para suportar a seguinte situação: uma base com 04 molas, 01 em cada extremidade , deve suportar uma carga de 380 kg. A frequência do ciclo de trabalho é de 06 acionamentos por minuto. O coeficiente extra (segurança) utilizado na carga é de 1,3, a mola deve ter um comprimento livre (L0), de 360 mm, com altura de trabalho (L1) em 300 mm e o curso máximo (L2) é de 140 mm. O arame que deve ser utilizado para a fabricação da mola é Ø 6 mm, com resistência a tração de 155 kgf/mm2 e o material é aço Conforme DIN 17223 (SAE 1080).
 
41
Molas de Tração
Para dimensionar uma mola de tração o procedimento é semelhante a mola de compressão. Os parâmetros básicos são:
Da = Ø Externo
Dm = Ø médio
Di = Ø interno
d = Ø do fio ou arame
L0 = comprimento livre da mola 
L1 = comprimento de trabalho inicial
L2 = comprimento de trabalho final
Lmax = flecha máxima de abertura
Lk = comprimento do corpo
Lh = altura do gancho
G = módulo de cisalhamento (tabela)
F0 = Força da mola em L0 (pré-carga)
F1 = Força da mola em L1
F2 = Força da mola em L2
if = espiras uteis (N) = ig espiras totais (Nt )
Pmax = Carga máxima admissível
E = folga do gancho 
42
Molas de Tração
Os parâmetros iniciais , para projeto, são:
Da = Ø Externo
d = Ø do fio ou arame
L0 = comprimento livre da mola 
L1 = comprimento de trabalho inicial
L2 = comprimento de trabalho final
G = módulo de cisalhamento (tabela)
 
 
 
A resistência a tração do material (Su ) é dada por tabela e depende do material, a resistência a tração é utilizada para calcular:
 
Calcular o fator de correção do fator de trabalho (α)
 
Calcular a flecha máxima ( Fmáx):
 
43
Molas de Tração
Carga máxima admissível
 
Calcular a altura máxima da mola Lmáx :
 
Calcular a constante Ƭ que permitirá calcular as forças:
 
Calcular a força da mola em L0:
 
Calcular a força da mola em L1
 
Calcular a força da mola em L2
 
Calcular a força em Lmáx 
 
44
Exemplo -3 (mola de tração)
Uma mola de tração com Ø de fio de 5 mm e Ø externo de 40 mm trabalhando em um vão de 184 mm com um curso de 66 mm e a flecha máxima (Fmáx) de 113,32 mm. A resistência a tração do aço DIN 17223C é de 163 kgf/mm2. Sabendo-se que na posição L1 a mola deve possuir uma F1 de 30,4 kg, responder?
Qual o tamanho desta mola (L0)?
Quantas espiras deve ter a mola?
Qual a F0?
Qual a F2?
Qual a força em Lmáx?
45
Molas Helicoidais de Torção
As molas helicoidais de torção, são usadas em dobradiças de portas e em motores de partida de automóveis e, na verdade, em qualquer aplicação onde haja necessidade de se aplicar torque; são enroladas da mesma maneira que as molas de tração ou compressão, porém tem extremidades adequadas para transmitir torque.
Uma mola de torção é sujeita à ação de um momento fletor M=Fr, que produz um a tensão normal no arame. Note-se o contraste existente em relação às molas helicoidais de tração e compressão, onde a força aplicada produz uma tensão cisalhante no material. Isso significa que a tensão residual provocada durante o enrolamento está na mesma direção que as tensões de trabalho, que ocorrem durante a utilização. Estas tensões residuais são uteis para aumentar a resistência da mola, contanto que a carga seja sempre aplicada de maneira a enrolar a mola. Por causa da oposição das tensões de trabalho, as molas de torção podem ser projetadas para operar em níveis de tensão que são iguais ou mesmo superiores à resistência ao escoamento do material da mola.
46
Molas Helicoidais de Torção
Para obter a tensão devido ao momento fletor para uma mola de torção de secção circular, utiliza-se:
 
Onde o k é um fator de concentração de tensões que, neste caso, é tratado como tal, ao invés de ser considerado um fator de redução de resistência, o Fr é o momento fletor e o d é a espessura do arame.
A constante de mola pode ser obtida pela equação:
 
47
Capacidade de Armazenar Energia (Molas)
Frequentemente, na escolha e no projeto de molas, a capacidade de armazenar energia é fundamental. Às vezes, o projetista está interessado em absorção de choques ou cargas dinâmicas; outras vezes, está interessado apenas em armazenar o máximo de energia no mínimo de espaço. As equações para energia de deformação, podem ser úteis na escolha de um determinado tipo de mola. Essas equações podem ser assim escritas:
 
 
Onde μ é a energia de deformação por unidade de volume. Naturalmente, a escolha da equação é baseada na tensão sofrida pela mola, isto é, axial (compressão) ou transversal (cisalhamento).
48
Capacidade de Armazenar Energia (Molas)
Maier (Karl W. Maier) prefere dividir as molas em duas classes, a que ele chama E e G, dependendo da fórmula que é aplicada. Como, geralmente, a tensão não é uniforme, o coeficiente de forma CF é definido por:
 
 
Onde CF=1, valor máximo, é usado, se a tensão for uniformemente distribuída, significando que o material será usado com máxima eficiência. Para a maioria das molas, a tensão não se distribui uniformemente, o que significa que CF será menor que a unidade. Assim, o valor do coeficiente de forma é uma medida da capacidade da mola armazenar energia.
A tabela ao lado apresenta uma lista de coeficientes de forma elaborada por Maier, que poderá ser útil na escolha de molas com a finalidade de armazenar energia.
49
Capacidade de Armazenar Energia (Molas)
Para calcular o coeficiente de forma em uma mola helicoidal de compressão ou de tração, escreve-se:
 
Onde:
F= força
y = deflexão
v = volume do material ativo
Como 
Chega-se na equação:
 
Assim CF = 1/2K2. em molas de compressão/tração K=1,20 então o CF = 0,35
Que é valor que consta na tabela do slide anterior.
50
Molas Planas
A figura apresenta três arranjos para vigas apoiadas na forma de molas planas. Para cada um desses arranjos, são mostrados o valor de tensão máxima e da deflexão quando a mola é solicitada por uma carga F. Nota-se que, não importa qual arranjo adotado, a tensão vai ter sempre o mesmo valor e que a deflexão vai aumentar quando as molas forem montadas em série.
51
Molas Planas
Molas planas são baseadas em vigas de seção retangular e largura variável. A figura apresenta uma viga de formato aleatório. A tensão em cada seção pode ser calculada, a equação para isso é mostrada abaixo.
52
Molas Planas
Para manter a tensão constante ao longo de toda a viga, a relação entre w e x tem que ser constante. A figura apresenta uma solução para tensão constante.
53
Molas Planas
A figura abaixo apresenta que, se cortarmos a viga em pedaços, o efeito mola permanecerá o mesmo, desde que consigamos distribuir o carregamento proporcionalmente a rigidez de cada pedaço. Isso pode ser feito apoiando um pedaço no outro. Esse é o arranjo básico de molas planas que, a menos da questão do atrito entre as faces das tiras, tem a mesma rigidez da viga original e a tensão constanteao longo de cada uma das partes.
54
Molas Planas
A constante de mola de vigas planas pode ser calculada pela equação abaixo:
55
Conclusão
Para que seja possível projetar molas com exatidão é necessário levar em consideração o amortecimento causado pela fricção em molas planas, a minimização das tensões no gancho das molas de tração e outros fatores.
A abordagem é direcionada ao aluno de Elementos de Máquinas com o intuito de dar uma visão geral sobre o tema.

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