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Unidade VI - Deontologia Biomedica

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Ética e Deontologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Fernanda Teixeira Borges
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Deontologia Biomédica
• Introdução
• O Papel do Biomédico na Área da Saúde
• A História da Biomedicina
• Áreas de Atuação do Profissional Biomédico
• Órgãos Ligados à Biomedicina
• Legislação que Rege a Biomedicina
• Código de Ética da Profissão de Biomédico
• Regulamentações e Legislações que Normatizam a 
Conduta do Biomédico
 · Conhecer a profissão biomédica, abordando as leis e resoluções que 
regem a profissão, bem como o código de ética e outras normas e 
resoluções que incidem sobre a atuação do biomédico.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Deontologia Biomédica
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Deontologia Biomédica
Introdução
A deontologia biomédica define as regras para a atuação profissional, os deveres 
do profissional biomédico, bem como as penalidades a que ele está sujeito, quando 
não age em conformidade com as regras da profissão.
O Papel do Biomédico na Área da Saúde
De acordo com o Conselho Regional de Biomedicina, o biomédico é o profissional 
de nível superior da saúde com capacidade técnica e gerencial para:
• desempenhar atividades que dão suporte ao diagnóstico;
• gerenciar, coordenar, avaliar e controlar a execução dessas atividades;
• atuar em pesquisas como membro ou líder de projeto; e
• lecionar no ensino Superior e Profissionalizante.
CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA 1ª REGIÃO. Manual do Biomédico. São Paulo, 48p.
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Figura 1. Símbolo da Biomedicina
A História da Biomedicina
Um Breve Histórico da Profissão Biomédica
A biomedicina é uma área relativamente nova da saúde. O primeiro curso de 
biomedicina surgiu em 1966 na Universidade Federal de São Paulo, na época 
chamada de Escola Paulista de Medicina.
8
9
Figura 2. Foto da criação do curso de Ciências Biomédicas modalidade médica, mostrando 
os alunos da primeira turma com a presença dos idealizadores do curso professores Leal 
Prado (segundo à frente, da esquerda para a direita) e Ribeiro do Valle (décimo)
Fonte: unifesp.br
Logo depois, o curso teve início em outras instituições de ensino superior públicas 
como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (1967), Faculdade de Medicina 
de Ribeirão Preto (1967), Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu 
(1967) e Universidade Federal de Pernambuco (1968) e privadas como o Centro 
Universitário Barão de Mauá (1970), Organização Santamarense de Educação e 
Cultura - OSEC, hoje Universidade de Santo Amaro - UNISA/SP, Universidade 
Mogi das Cruzes, entre outras.
O exercício da profissão biomédica foi regulamentado juntamente com o da 
profissão de biólogo pela Lei Federal nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 
que criou os Conselhos Regionais e Federais de Biologia e Biomedicina. A Lei nº 
7.017, de 30 de agosto de 1982 desmembrou os Conselhos federais de Biologia 
e Biomedicina.
O Decreto Federal nº 88.439, de 28 de junho de 1983 regulamenta a 
composição e as atribuições do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais 
de Biomedicina.
Lei Federal nº 6.684: https://goo.gl/NkIHYB
Lei nº 7.017: https://goo.gl/TBbhuO
Decreto Federal nº 88.439: https://goo.gl/K1ymGm
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Os conselhos de classe, a saber o Conselho Federal (CFBM) e os Conselhos 
Regionais de Biomedicina (CRBM) têm por função orientar, fiscalizar e disciplinar 
o exercício da função biomédica. Os Conselhos Regionais estão subordinados ao 
Conselho Federal.
9
UNIDADE Deontologia Biomédica
A regulamentação da profissão biomédica surgiu a partir de um parecer (Parecer 
no 107/70) do extinto Conselho Federal de Educação que via a necessidade de for-
mação de professores para atuar nas disciplinas básicas dos cursos da área de saúde.
A regulamentação de uma profissão objetiva impedir que profissionais não habilita-
dos possam exercer uma determinada profissão, bem como visa a reserva do merca-
do de trabalho para profissionais capacitados, o que é de interesse para a população.
Em 1998, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da RESOLUÇÃO Nº 
287 de 8 DE OUTUBRO DE 1998, reconheceu o biomédico como profissional de 
nível superior da área de saúde.
Saiba mais em : https://goo.gl/cZ0waE
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Esta resolução reconhece a imprescindível ação do biomédico na concepção de 
saúde e na integralidade da atenção à saúde.
Em 2002, a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, 
por meio do Parecer 0104/2002, determina as Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCN) do Curso de Graduação em Biomedicina.
Saiba mais em : https://goo.gl/EEXIzy
Ex
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Este documento objetiva determinar o perfil do profissional biomédico formado 
pelas instituições de ensino superior, bem como elenca os conteúdos essenciais ao 
curso de graduação em Biomedicina.
De acordo com as DCN do CNE do Ministério da Educação, o profissional 
biomédico formado nos cursos de graduação de biomedicina deve ter:
“formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos 
os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Ca-
pacitado ao exercício de atividades referentes às análises clínicas, citologia 
oncótica, análises hematológicas, análises moleculares, produção e análise 
de bioderivados, análises bromatológicas, análises ambientais, bioenge-
nharia e análise por imagem, pautado em princípios éticos e na compre-
ensão da realidade social, cultural e econômica do seu meio, dirigindo sua 
atuação para a transformação da realidade em benefício da sociedade”.
Em 2008, a profissão biomédica é incluída na Classificação Brasileira de 
ocupações (CBO). A inclusão na CBO reconhece a existência da ocupação no 
mercado de trabalho brasileiro e codifica a profissão para fins de estatísticas de 
registros administrativos, censos populacionais, entre outros. O código da profissão 
biomédica é CBO 2215-05.
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Saiba mais em : https://goo.gl/angd
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Importante!
Diferença entre lei, decreto e resolução.
Lei: norma jurídica criada por ato normativo e estabelecida por autoridades competentes.
Decreto: é um ato da competência dos chefes dos poderes executivos (ex. presidente). 
Geralmente, usado para regulamentarleis (como para lhes dar cumprimento efetivo, 
por exemplo).
Resolução: ato legislativo, no caso do CFBM, de conteúdo concreto e de efeitos internos, 
ou seja, que atinge a todos os biomédicos.
Você Sabia?
Áreas de Atuação do Profi ssional Biomédico
Até 2016, são reconhecidas 35 habilitações do profissional biomédico, regula-
mentadas por resoluções do CFBM ou CFBm. As habilitações e as resoluções que 
regulamentam as habilitações são listadas abaixo.
Acupuntura: Resolução nº 2, de março de 1995, 
Resolução CFBm nº 185, de 26 de agosto de 2010, 
Normativa CFBm nº 1, de 10 de abril de 2012
A acupuntura é uma atividade complementar da área de 
saúde. O biomédico habilitado nesta área aplica os princípios 
e as técnicas da acupuntura. A acupuntura trata distúrbios 
energéticos que podem causar doenças.
Análise ambiental: Resolução nº 175, 
de 14 de junho de 2009
O biomédico habilitado nesta área pode realizar análises 
físico-químicas e microbiológicas para o saneamento do 
meio ambiente.
Análises bromatológicas: Resolução nº 78, 
de 29 de abril de 2002
O biomédico com habilitação nesta área analisa a composição 
química dos alimentos
Auditoria: Resolução nº 184, de 26 de agosto de 2010
O biomédico habilitado nesta área está apto a realizar 
procedimentos de auditoria. A auditoria é um processo 
de avaliação da conformidade de um serviço em face da 
legislação nacional ou internacional específica
Banco de sangue: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002, 
Resolução nº 227, de 7 de maio de 2013, RDC Anvisa nº 57, 
de 16 de dezembro de 2010. Atua sob supervisão de um 
médico especialista na área
O biomédico que atua nesta área realiza a coleta de sangue, 
testes pré-tranfusão e doação, mas não está habilitado a 
realizar a transfusão (hemoterapia)
Biofísica: Resolução nº 234, de 05 de Dezembro de 2013
Bioquímica: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Biologia molecular: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
O biomédico nesta área realiza exames de PCR (reação 
em cadeia da polimerase), faz coleta de amostras, analisa, 
firma laudos. Biomédico habilitado nesta área também 
pode atuar na área de reprodução assistida
Biomedicina Estética: Resolução nº 197, de 21 de 
fevereiro de 2011, Resolução nº 200, de 1º de julho de 2011, 
Resolução nº 214, de 10 de abril de 2012, Normativa nº 01, 
de 10 de abril de 2012
O biomédico que atua na área de estética trata as 
disfunções da derme e seus anexos, age no tratamento 
dos tecidos dos organismos
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UNIDADE Deontologia Biomédica
Citologia oncótica: Resolução nº 78 de 29 de abril de 2002
Citologia oncótica é a análise microscópica de características 
celulares. É empregada em exames como o de Papanicolau ou 
exame preventivo do colo do útero. O biomédico pode realizar 
a coleta, o processamento do material coletado, a leitura da 
lâmina e a emissão do laudo
Embriologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Farmacologia: Resolução nº 83 de 29 de abril de 2002
Fisiologia, Fisiologia geral e Fisiologia humana: 
Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Genética: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Hematologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Histologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Histotecnologia clínica/ anatomia patológica: 
Resolução nº 239, de 29 de maio de 2014
A Resolução no 145 de 2007 regulamentava a atuação do 
biomédico na anatomia patológica. Entretanto, esta resolução 
perdeu a sua eficácia em 2009, por ação do Conselho Federal 
de Medicina. Foi determinado que a anatomia patológica é 
uma área de atuação privativa do médico. O CFBM publicou a 
Resolução 239 de 2014, que regulamenta a área de atuação 
histotecnologia clínica
Imagenologia: Resolução nº 234, de 05 de 
Dezembro de 2013. Exceto a interpretação
Na imagenologia, o biomédico pode operar aparelhos de 
radiologia geral e especializada, ultrassonografia, tomografia 
computadorizada, ressonância magnética, densitometria 
óssea, medicina nuclear (PET), além de atuar na radioterapia
Imunologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Informática em saúde: Resolução nº 83 
de 29 de abril de 2002
Microbiologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Microbiologia de alimentos: Resolução nº 78, 
de 29 de abril de 2002
Parasitologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
Patologia: Resolução nº 145, de 30 de Agosto de 2007
Patologia clínica (análises clínicas): Lei nº 7.135, 
de 26 de outubro de 1983, Lei nº 6.686, de 11 de setembro 
de 1979, Representação nº 1.256-5/DF, Resolução nº 86, 
de 24 de junho de 1986
O biomédico habilitado nesta área pode realizar 
análises, assinar os respectivos laudos e assumir a 
responsabilidade técnica
Perfusão extracorpórea: Resolução nº 135, 
de 3 de abril de 2007
A circulação extracorpórea ou perfusão é realizada por meio 
de um aparelho que faz o papel do coração e dos pulmões 
temporariamente durante procedimentos cirúrgicos. O 
aparelho mantém a perfusão do sangue nos órgãos e tecidos, 
mantendo a homeostasia e facilitando o trabalho do cirurgião. 
O biomédico perfusionista se habilita no manuseio e na 
manutenção do aparelho de perfusão
Psicobiologia: Resolução nº 83 de 29 de abril de 2002
Reprodução Humana: Resolução nº 78, 
de 29 de abril de 2002
O biomédico na reprodução humana realiza a identificação das 
células germinativas femininas (oócitos) em diferentes fases, 
manipulação de gametas, espermograma, criopreservação 
embrionária. Etc
Radiologia: Resolução nº 234, de 05 de Dezembro de 2013
Sanitarista: Resolução nº 140, de 4 de abril de 2007 O sanitarista trabalha em instituições públicas ou privadas na educação, promoção e vigilância da saúde
Saúde pública: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
O biomédico que trabalha nesta área atua principalmente na 
pesquisa para fornecer dados sobre diagnóstico, prevenção e 
cura de doenças
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Toxicologia: Resolução nº 135, de 3 de abril de 2007, 
RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de 2004
A toxicologia analisa os efeitos adversos de substâncias 
químicas nos organismos. Nesta área, o biomédico 
faz diagnóstico de intoxicação (dosagem de metais 
pesados e drogas de abuso), analisa efeitos adversos 
de substâncias tóxicas
Virologia: Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002
PET: é a sigla em inglês para Tomografi a por emissão de pósitrons ou PET/SCan. As denomi-
nações PET-Scan ou PET-CT tem o mesmo signifi cado. O PET-RM alia a tecnologia do PET-
Scan com a Ressonância magnética na mesma plataforma
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O Artigo 1º da Resolução Nº 0001/86 determina as competências do biomédico:
• A: Análises Clínicas (realizar análises, assumir a responsabilidade técnica e fir-
mar os respectivos laudos);
• B: Banco de Sangue (realizar todas as tarefas, com exclusão, apenas, de trans-
fusão);
• C: Análise ambiental (realizar análises físico-químico e microbiológica para o 
saneamento do meio ambiente);
• D: Indústrias (indústrias químicas e biológicas (soros, vacinas, reagentes, etc.);
• E: Comércio (assumir a responsabilidade técnica para as empresas que comer-
cializem produtos, excluídos os farmacêuticos, para laboratórios de análises 
clínicas, tais como: produtos de diagnóstico, químicos, reagentes, bacteriológi-
cos, instrumentos científicos, etc.);
• F: Citologia oncótica (citologia esfoliativa);
• G: Análises bromatológicas (realizar análises para aferição de qualidade dos 
alimentos).
O Biomédico poderá assumir a responsabilidade técnica, quer de Laboratórios, 
quer de indústrias, quer de comércio, firmando os respectivos laudos ou pareceres.
Outras atribuições do biomédico, regulamentadas pelo CFBM incluem:
• Serviços de Diálise: Resolução nº 190, de 10 de dezembro de 2010.
A diálise é uma técnica que substitui a função dos rins na depuração do sangue. Existem 
dois tipos de diálise: a hemodiálise (realizada por meio de uma membrana de diálise em um 
aparelho de hemodiálise) e a diálise peritoneal (realizada na cavidade abdominal, através 
da membrana peritoneal). Em ambos os tipos, a membrana peritonealfunciona como um 
fi ltro do sangue.
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• Controle de vetores e pragas urbanas: Resolução nº 189, de 10 de dezembro 
de 2010.
• Segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social: 
Resolução nº 188, de 10 de dezembro de 2010.
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UNIDADE Deontologia Biomédica
• Análises Clínicas Veterinárias: Resolução nº 154, de 04 de Abril de 2008.
• Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde: Resolução nº 124, de 
16 de Junho de 2006.
Extraído de: https://goo.gl/jQ5Fml
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Para atuar em uma área específica, o biomédico pode adquirir uma ou mais 
habilitações durante ou após a graduação. É importante ressaltar que o CFBM não 
limita o número de habilitações que um biomédico pode obter. Entretanto, o bio-
médico só pode assumir responsabilidade técnica em dois estabelecimentos.
A habilitação pode ser adquirida durante a graduação por meio de um estágio 
supervisionado de no mínimo 500h, realizado em instituição reconhecida pelo 
Ministério da Educação (MEC) ou em laboratórios conveniados a uma instituição 
reconhecida. Após a graduação, o biomédico pode obter a habilitação por meio 
de cursos de especialização, mestrado ou doutorado em instituição reconhecida 
por órgão competente do ministério da educação, por meio da aprovação no 
exame de título de especialista da Associação Brasileira de Biomedicina, certificado 
de aprimoramento profissional ou de residência multiprofissional em instituições 
reconhecidas pelo MEC.
Órgãos Ligados à Biomedicina
A atuação profissional do biomédico está sujeita à fiscalização por parte dos 
conselhos regionais de biomedicina. Os conselhos regionais não apenas fiscalizam, 
mas também orientam e regularizam a atuação profissional. Até o ano de 2016, 
havia seis conselhos regionais de biomedicina, cada um cobrindo uma determinada 
região do território nacional.
• CRBM 1ª região: São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
• CRBM 2ª região: Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, 
Ceará, Piauí, Paraíba e Maranhão.
• CRBM 3ª região: Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais.
• CRBM 4ª região: Pará, Amazonas, Amapá, Roraima, Acre e Rondônia.
• CRBM 5ª região: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
• CRBM 6ª região: Resolução nº 270 de 18 de novembro de 2016 criou o 
6º Conselho Regional de Biomedicina que compreende o estado do Paraná.
Sites e delegacias. Conselho Federal de Biomedicina: https://goo.gl/WehYKs
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Figura 3. Jurisdições dos Conselhos Regionais de Biomedicina. Este mapa não inclui o CRBm 6ª Região
 Fonte: crbm1.gov.br
Os conselhos regionais estão hierarquicamente subordinados ao Conselho Fede-
ral (CFBM). Cabe ao conselho federal gerar resoluções e transmiti-las aos conselhos 
regionais. Também cabe ao CFBM julgar, em última instância, os procedimentos 
éticos e administrativos.
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais devem disciplinar os profissionais 
biomédicos, para que atuem de maneira ética, além de zelar pelas suas condições 
de trabalho.
Além dos conselhos, o biomédico pode participar de associações e do sindicato. 
As associações têm por objetivo promover a reciclagem dos conhecimentos 
técnico-científicos, enquanto os sindicatos têm por objetivo melhorar as condições 
de trabalho, a remuneração dos profissionais e a relação entre empregados e 
empregadores garantidos pela CLT.
Legislação que Rege a Biomedicina
A atuação profissional do Biomédico é regulamentada pelas seguintes leis 
e decretos:
Lei nº. 6.684, de 03/09/79
Lei que regulamenta as profissões de Biólogo e de Biomédico, cria o 
Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina.
Lei nº. 7.017 de 30/08/82
Lei que desmembrou os Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e 
de Biologia.
15
UNIDADE Deontologia Biomédica
Decreto nº. 88.439, de 28 de junho de 1983
Regulamenta o exercício da profissão de Biomédico de acordo com a Lei nº 
6.684, de 03/09/1979 e em conformidade com a alteração estabelecida 
pela Lei nº 7.017, de 30/08/82. Assim sendo, uma vez desmembrados 
os conselhos, o decreto posterior regulamenta a profissão de Biomédico.
Código de Ética da Profissão de Biomédico
A versão mais atual do código de ética da profissão de biomédico foi regulamen-
tada na Resolução Nº 198, de 21 de fevereiro de 2011.
O código é dividido nos seguintes capítulos:
Capítulo I – Princípios Gerais
Capítulo II – Deveres do profissional Biomédico
Capítulo III – Deveres durante o exercício profissional
Capítulo IV – Direitos do Biomédico
Capítulo V – Limites da divulgação e Propaganda da atividade Biomédica
Capítulo VI – Relações com os colegas
Capítulo VII – Relações com a Coletividade
Capítulo VIII – Relações com o Conselho Federal e Regionais de Biomedicina
Capítulo IX – Infrações Disciplinares
 Capítulo X – Competência do Presidente do Conselho Federal e Regionais e 
membros de Comissões
Capítulo XI – Sanções Éticas e Disciplinares
Capítulo XII – Disposições Gerais
Os capítulos destacados em negrito serão abordados de maneira mais detalhada 
nesta unidade.
No início do código, destacamos, no preâmbulo, os seguintes trechos:
O preâmbulo pode ser definido como o relatório que antecede lei ou decreto, a 
parte preliminar em que se anuncia a promulgação de uma lei ou decreto.
“I - O presente Código contém as normas éticas que devem ser seguidas 
pelos profissionais Biomédicos no exercício da profissão, independente-
mente da função ou cargo que ocupem.”
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“III - Para o exercício da Biomedicina, é obrigatória a inscrição no 
Conselho Regional;”
“V - A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste Códi-
go é atribuição das Comissões de Ética, dos Conselhos Federal e Regio-
nais de Biomedicina, das autoridades da área de saúde e dos Biomédicos 
em geral.”
Todo profissional biomédico graduado em instituição de nível superior deve estar 
inscrito no Conselho Regional de Biomedicina e seguir as normas regulatórias do 
código de ética, para exercer a profissão.
Este código foi elaborado por profissionais biomédicos e contém as leis que 
regulamentam a profissão. O não cumprimento das normas contidas no código 
está sujeito a penalidades também descritas no código.
A quem cabe fiscalizar o cumprimento das normas contidas no código de ética? 
A fiscalização cabe aos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina, mais 
especificamente as Comissões de Ética, mas também a todo profissional biomédico. 
Assim sendo, se um biomédico verificar uma irregularidade no exercício de sua 
profissão, deve reportá-la ao seu conselho.
No Capítulo II, o código descreve os deveres do profissional no exercício da 
profissão. Podemos destacar, neste capítulo, os seguintes trechos:
“Capítulo II. Deveres do profissional biomédico
Art. 4º - Obriga-se o Biomédico a:
III - Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão;
IV - Guardar sigilo profissional;
VI - Zelar pela própria reputação, mesmo fora do exercício profissional;
IX - Observar os ditames da ciência e da técnica, bem como as boas 
práticas no exercício da profissão;”
Todo profissional biomédico deve ter conhecimento das normas que regem sua 
profissão e atendê-las durante o exercício da mesma.
Um ponto importante diz respeito ao sigilo inerente da profissão biomédica, 
pois o biomédico trabalha diretamente ou indiretamente com o público, o que o 
obriga a respeitar a individualidade do paciente, não podendo revelar a terceiros 
informações sobre um cliente, paciente ou revelar resultado de exames a terceiros.
No ambiente de trabalho, mas também fora dele, o biomédico deve se compor-
tar de maneira adequada, para não comprometer a sua reputação ou de outros 
profissionais biomédicos.
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UNIDADE Deontologia Biomédica
Durante a execução de seu trabalho, o profissional bio-
médico deve seguir procedimentos operacionais padrão 
(POPs) durante a execução de um exame, na realização de 
um experimento, na coleta de uma amostra, durante a exe-
cuçãode um procedimento estético, etc. A execução desses 
procedimentos deve estar de acordo com as normas técni-
cas e de boas práticas profissionais.
O POP detalha to-
das as operações 
necessárias para 
a realização de 
um determinado 
procedimento.
XII - Comunicar às autoridades sanitárias e profissionais, com discrição e 
fundamento, fatos que caracterizem infração a este Código e às normas 
que regulam o exercício das atividades biomédicas;
XIII - Comunicar ao Conselho Regional de Biomedicina e às autoridades 
sanitárias a recusa ou a demissão de cargo, função ou emprego, motivada 
pela necessidade de preservar os legítimos interesses da profissão, da 
sociedade ou da saúde pública;
XV - Prenunciar por escrito ao CRBM todos os vínculos profissionais, com 
dados completos da empresa (razão social, nome dos sócios, CNPJ, ende-
reço, horário de funcionamento e, se possuir, informar a responsabilidade 
técnica), manter atualizado o endereço residencial, telefones e e-mail;
Quando o biomédico, no exercício de sua profissão, se depara com irregularidades 
previstas no código de ética, deve comunicá-las ao conselho, desde que seja com 
base em provas. Retaliações em resposta a estas comunicações ou retaliações 
sofridas em resposta da manutenção dos interesses da sociedade ou da saúde 
pública também devem ser comunicadas ao conselho. Por exemplo, o biomédico 
deve notificar ao conselho se sofreu alguma retaliação em resposta a observações 
de não conformidade técnica ou de boas práticas no exercício da profissão.
O biomédico deve informar por escrito ao CRBM sobre os vínculos profissionais 
e as responsabilidades técnicas que ele exerce. Não existe número de habilitações 
que profissional pode possuir; entretanto, ele só pode ser responsável técnico em 
apenas dois estabelecimentos.
Capítulo III
Do Exercício Profissional
Art. 5º - No exercício de sua atividade, o Biomédico também deverá:
XII - no exercício da profissão, o biomédico não poderá praticar procedi-
mentos que não sejam reconhecidos pelo Conselho Federal de Biomedicina;
Todos os procedimentos executados pelo biomédico devem ser reconhecidos 
polo CFBM. Assim sendo, os procedimentos não reconhecidos pelo CFBM, princi-
palmente competências de outros profissionais da saúde, não devem ser praticados 
por biomédicos.
XIII - não praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psico-
lógico ao usuário do serviço que possa ser caracterizado como imperícia, 
negligência ou imprudência;
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O biomédico não deve agir com imperícia (falta de habilidade ou experiência para 
realizar uma atividade e que pode causar dano ao usuário do serviço), negligência 
(falta de cuidado na realização de ato profissional) ou imprudência (comportamento 
precipitado, com falta de cuidado) durante a realização dos procedimentos 
profissionais, podendo causar dano ao usuário do serviço.
XIV - não deixar de prestar assistência técnica efetiva ao estabelecimento 
com o qual mantém vínculo profissional, ou permitir a utilização do 
seu nome por qualquer estabelecimento ou instituição onde não exerça 
pessoal e efetivamente sua função;
XVII - não exercer a profissão em estabelecimento que não esteja devi-
damente registrado nos órgãos de fiscalização sanitária e do exercício 
profissional;
XIX - Não manter vínculo com entidade, empresas ou outro designo que 
os caracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quando as 
mesmas se encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea.
O biomédico não pode se responsabilizar por procedimentos técnicos que não 
tenha efetivamente realizado e não pode se negar a realizar procedimentos técnicos 
que estejam em conformidade com padrões e estejam sob sua responsabilidade.
O estabelecimento onde exerce a profissão deve estar registrado nos órgãos 
de fiscalização sanitária (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de exercício 
profissional (CFBM). A não conformidade desta regra deve ser comunicada a estes 
órgãos e fica negado o exercício profissional em locais irregulares, ou seja, o bio-
médico não pode prestar serviço em estabelecimento ou instituição que não esteja 
inscrita no conselho ou em órgãos de fiscalização sanitária. Em estabelecimentos 
devidamente registrados, os biomédicos não podem se negar a realizar procedi-
mentos que estão sob sua responsabilidade. Entretanto, em estabelecimentos irre-
gulares, o biomédico pode se negar a trabalhar.
Capítulo IV
Direitos do Biomédico
O código destaca no capítulo IV os direitos do biomédico. Muitos direitos estão 
diretamente relacionados e dão respaldo aos deveres do profissional, principalmente 
no que relaciona o sigilo profissional, a denúncia de irregularidades previstas no 
código, recusar-se a realizar atividades quando não possui condições de trabalho ou 
quando não recebe remuneração condizente com ele.
Art. 6º - São direitos do Biomédico:
II- Indicar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que 
trabalhe, quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais 
à coletividade, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, 
obrigatoriamente ao Conselho Regional de Biomedicina de sua jurisdição.
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UNIDADE Deontologia Biomédica
III - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada 
onde as condições de trabalho sejam indignas ou possam prejudicar pes-
soas e mesmo a coletividade.
IV - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a ins-
tituição pública ou privada para qual labore deixar de oferecer condições 
mínimas para o exercício da profissão ou não o remunerar condignamen-
te, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar 
incontinente sua decisão ao Conselho Regional de Biomedicina ao qual 
seja inscrito.
O biomédico deve comunicar aos órgãos competentes e ao conselho irregula-
ridades ocorridas durante o exercício da profissão em um estabelecimento público 
ou privado. Estas irregularidades podem ser em desacordo com o código, falta de 
inscrição em órgão competente, falta de condições dignas de trabalho ou remune-
ração de acordo com a responsabilidade da profissão. Por exemplo, o biomédico 
pode se recusar a realizar procedimentos que não são de sua competência ou em 
ambiente sem as condições mínimas de trabalho ou que causem dano para si ou 
para o paciente ou cliente.
V - Resguardar o segredo profissional;
Da mesma maneira que é obrigação do biomédico manter o sigilo 
profissional, é o seu direito fazê-lo. Isso implica que o profissional não 
pode ser pressionado a revelar informações sobre clientes ou pacientes.
Capítulo V
Durante o exercício da profissão, pode ser solicitado ao biomédico a divulgação 
do resultado de uma pesquisa, de seus conhecimentos científicos por meio de uma 
palestra, etc. Assim, o código de ética estabelece as normas para a divulgação do 
trabalho biomédico.
Dos Limites para Divulgação e Propaganda da Atividade Biomédica.
Art. 7º - O Biomédico pode utilizar-se dos meios de comunicação para 
conceder entrevistas ou palestras sobre assuntos da Biomedicina, com 
finalidade educativa científica e de interesse social.
Parágrafo único - Os assuntos divulgados pelos Biomédicos, neste artigo, 
serão de sua inteira responsabilidade.
O biomédico pode conceder entrevistas, realizar palestras para divulgar assuntos 
relacionados à profissão ou informações científicas de interesse da sociedade; 
entretanto, o profissional é responsável por tais informações.
Art. 10 - É vedado ao Biomédico:
b) divulgar nome, endereço, laudos ou qualquer outro elemento que iden-
tifique o paciente;
c) publicar fotografia de pacientes, salvo em veículo de divulgação estrita-
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mente científica e com prévia e expressa autorização do paciente ou de 
seu representante legal;
Como parte do sigilo profissional, o biomédico não pode divulgar informações 
que identifiquem os pacientes, nem tão pouco divulgar fotos para outro propósito 
que não divulgação científica com autorização prévia.
f) anunciartítulos científicos que não possa comprovar ou habilitação e/
ou especialidade para a qual não esteja qualificado;
g) publicar em seu nome trabalho científico do qual não tenha participado;
h) atribuir como de sua autoria exclusiva trabalho realizado por seus 
subordinados ou outros profissionais, mesmo quando executados sob sua 
orientação e supervisão;
i) utilizar-se, sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, 
de informações, dados ou opiniões ainda não publicados ou divulgadas 
em veículo oficial;
j) apresentar e divulgar como originais quaisquer ideias descobertas ou 
ilustrações que na realidade não o sejam.
Biomédicos que atuam na área de pesquisa estão sujeitos a algumas leis previstas 
no código de ética, tais como:
• Fazer uso de títulos ou habilitações que não possua ou que não tenha 
como comprovar por meio de documentação (diploma, certificado).
• Ter seu nome publicado em trabalho científico que não participou ou 
atribuir a autoria apenas a si de trabalhos feitos por outros profissionais 
a ele subordinados ou não.
• Fazer uso de informações científicas sem pedir permissão ao autor ou 
sem referenciar o trabalho.
• Apresentar e divulgar como originais, descobertas, ideias que não o sejam.
Capítulo VI
No capítulo VI, o código descreve as normas em relação ao trabalho do biomédico 
e seu relacionamento com outros profissionais biomédicos.
Das Relações com os Colegas
Art. 11 - Nas relações com os colegas, o Biomédico deve manter sempre 
respeito, urbanidade e solidariedade, sendo vedado:
b) aceitar remuneração inferior à reivindicada por colega sem o seu prévio 
consentimento ou autorização do órgão de fiscalização profissional; 
aceitar remuneração abaixo do estabelecido como piso salarial, mediante 
acordos ou dissídios da categoria;
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UNIDADE Deontologia Biomédica
O Piso salarial de uma categoria diz respeito ao menor valor salarial que uma 
categoria pode receber pela jornada de trabalho. Ele é determinado pelo sindicato 
nas convenções coletivas de uma determinada categoria profissional. Quando o 
sindicato entra em desacordo com o empregador (hospital, laboratório clínico, etc.) 
quanto à porcentagem de reajuste salarial, ocorre o dissídio salarial que é resolvido 
pela justiça do trabalho.
O capítulo VII fala das normas da relação do biomédico com as comunidades 
durante o exercício da profissão.
Capítulo VII
Das Relações com a Coletividade
Art. 12 - Nas relações com a coletividade, o Biomédico não poderá:
I - Praticar ou permitir a prática de atos que, por ação ou omissão, 
prejudiquem, direta ou indiretamente, a pessoa humana e a saúde pública;
II - recusar, a não ser por motivo relevante, assistência profissional a quem 
dela necessitar;
III - ser conivente de qualquer forma com o exercício ilegal da profissão ou 
acumpliciar-se, direta ou indiretamente, com quem o praticar;
IV - prestar serviço profissional ou colaboração a entidade ou empresa 
onde sejam desrespeitados princípios éticos ou inexistam condições que 
assegurem adequada assistência;
O biomédico não poderá deixar de dar assistência profissional a uma pessoa 
que esteja necessitando; praticar atos que prejudiquem outras pessoas ou à saúde 
pública. Ser conivente com ou cúmplice no exercício ilegal da profissão.
Conivente: quem sabendo de ação negativa praticada por outra pessoa, não faz nada para 
impedi-la. Cúmplice: quem contribui para a realização de ato ilegal, no caso, o exercício 
ilegal da profissão.
Ex
pl
or
V - revelar fatos sigilosos de que tenham conhecimento, no exercício de 
sua atividade profissional, a não ser por imperativo de ordem judicial;
É vetado ao biomédico revelar dados sigilosos durante o exercício da atividade 
biomédica, como resultados de exames, dados do paciente, etc.
VIII - valer-se de mandato eletivo ou administrativo em proveito próprio, 
ou para obtenção de vantagens ilícitas;
XIV - utilizar da profissão para corromper os bons costumes, favorecer ou 
praticar delito.
XV - falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação científica.
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Qua ndo o biomédico exerce atividade administrativa, não deve usar a profissão 
para obtenção de vantagens ou para praticar delitos. Durante o trabalho na área 
de pesquisa, é vetada a apresentação ou divulgação de dados estatísticos falsos, ou 
divulgar interpretação errônea de resultados de pesquisa.
Capítulo IX
Das Infrações Disciplinares
Art. 15 - Constituem infrações disciplinares:
I - transgredir preceito do Código de Ética Profissional;
II - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por 
qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;
XI - exercer a profissão biomédica quando estiver sob sanção disciplinar 
de suspensão;
XII - delegar a outros profissionais atos ou atribuições da profissão biomédica;
De acordo com o código, são consideradas infrações passíveis de corre-
ção disciplinar ultrapassar os limites deste código. Não exercer a profissão 
quando estiver sob sanção (pena que corresponde à violação de uma lei) dis-
ciplinar. Delegar a outros profissionais atribuições próprias dos biomédicos.
Capítulo X
Competência do Presidente do Conselho Federal, Regionais e membros 
de Comissões.
Art. 17 - Compete ao Presidente do Conselho Federal e Regionais de 
Biomedicina, bem como aos Conselheiros e membros de Comissões:
I - instaurar, de ofício, o processo competente sobre ato ou matéria que 
considere passível de configurar, em tese, infração ao princípio ou norma 
de ética profissional;
No caso da ocorrência de uma infração profissional, cabe ao Presidente 
do Conselhos Federal ou Regional abrir o processo competente.
Capítulo XI
Sanções Éticas e Disciplinares
No direito, a sansão é a consequência da não observância ou o não cumprimento de uma 
norma ética.Ex
pl
or
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UNIDADE Deontologia Biomédica
Art. 27º - Em conformidade com o disposto na Lei Federal 6.684/79, re-
gulamentada pelo Decreto Federal 88.439/83, as infrações, sem prejuízo 
das sanções de natureza civil ou penal, cabíveis, serão punidas, alternativa 
ou cumulativamente, com penalidade de:
I - advertência;
II - repreensão;
III - multa equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da anuidade devida a 
este Conselho;
IV - suspensão do exercício profissional pelo prazo de até 3 (três) anos;
V - cancelamento do registro profissional, e da inscrição na sociedade, se 
for o caso;
§ 1º - Salvo os casos de gravidade manifesta ou reincidência, a imposição 
das penalidades obedecerá a graduação deste artigo, observadas as 
normas estabelecidas por este Conselho para disciplina no processo de 
julgamento das infrações;
§ 2º - A pena de Advertência será aplicada, de forma escrita, por ofício do 
Presidente do CRBM, fazendo constar dos assentamentos do profissional;
§ 3º - A pena de repreensão será aplicada de forma escrita, com o emprego 
da palavra “censura” por ofício do Presidente do CRBM, fazendo constar 
dos assentamentos do profissional;
§ 4º - A pena de multa consiste no recolhimento de importância em 
espécie, equivalente a até 10 (dez) vezes o valor da anuidade segundo 
a gravidade da infração, aplicada com publicidade, fazendo constar dos 
assentamentos do profissional;
§ 5º - A pena de suspensão do exercício profissional pelo prazo de até 
03 (três) anos consiste no impedimento de qualquer atividade profissional 
biomédica, sendo a pena variável segundo a gravidade da infração, 
aplicável pelo CRBM com publicidade, fazendo constar dos assentamentos 
do profissional.
§ - 6º - A pena de cancelamento do registro profissional será aplicada 
por falta gravíssima, com a devida publicidade, fazendo-se constar dos 
assentamentos do profissional. Dever-se-á comunicar o fato ao Serviço 
de Fiscalização do Exercício Profissional dos Estados Membros, ao órgão 
sanitário competente, ao empregador, publicado no D.O.U.
As sanções impostas pelo conselho em resposta a infrações no exercício da pro-
fissão não suspendem sansões civis ou penais, caso estas sejamcabíveis. No caso 
de aplicação da pena, seja ela advertência, repreensão, multa, suspensão, o pro-
fissional deve ser notificado e a pena deve constar no documento do profissional.
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Regulamentações e Legislações que 
Normatizam a Conduta do Biomédico
Lei nº 10.205, de 21 de Março de 2001
Determina que a área de hemoterapia é exclusiva da área médica. Assim, 
a atuação do biomédico nesta área depende de supervisão médica.
Regulamenta o § 4º do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, 
processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus com-
ponentes e derivados, estabelece o ordenamento institucional indispensá-
vel à execução adequada dessas atividades, e dá outras providências.
Art. 7º As atividades hemoterápicas devem estar sob responsabilidade de 
um médico hemoterapeuta ou hematologista, admitindo-se, entretan-
to, nos locais onde não haja esses especialistas, sua substituição por outro 
médico devidamente treinado para bem desempenhar suas responsabili-
dades, em hemocentros ou outros estabelecimentos devidamente creden-
ciados pelo Ministério da Saúde.
Art. 24. O processamento do sangue, componentes e hemoderivados, 
bem como o controle sorológico e imunoematológico, poderá ser da 
responsabilidade de profissional farmacêutico, médico hemoterapeuta, 
biomédico ou de profissional da área de saúde com nível universitário, 
com habilitação em processos produtivos e de garantia e certificação de 
qualidade em saúde.
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 38, DE 4 DE 
JUNHO DE 2008.
A Resolução do CFBM (Resolução nº 234, de 05 de Dezembro de 2013) 
que dispõe sobre as atribuições do biomédico habilitado na área de 
imagenologia, radiologia, biofísica, instrumentação médica que compõe o 
diagnóstico por imagem e terapia, está sob regulamentação da Resolução 
da diretoria colegiada nº 38 de 4 de junho de 2008, que dispõe sobre a 
instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina Nuclear “in vivo”.
4.2.3 O Serviço de Medicina Nuclear deve ter como Responsável 
Técnico 1 (um) médico nuclear conforme definido no item 3.12 desta 
RDC, que responda pelo Serviço de Medicina Nuclear junto à Vigilância 
Sanitária local.
Fonte: https://goo.gl/hTzguU
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UNIDADE Deontologia Biomédica
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Site do Conselho Federal de Biomedicina com as resoluções do Conselho
https://goo.gl/pKPfJ4
Site do Conselho Regional de Biomedicina 1ª Região com as resoluções do Conselho
http://crbm1.gov.br/resolucoes/
 Leitura
Lei Federal no 6.684, de 3 de setembro de 1979
https://goo.gl/NkIHYB
Decreto Federal no 88.439, de 28 de junho de 1983
https://goo.gl/K1ymGm
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Biomedicina
https://goo.gl/EEXIzy
26
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Referências
CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA 1ª REGIÃO. Manual do Biomédico. 
São Paulo, 48p, 2012. Disponível em: http://www.crbm1.gov.br/MANUAL_
BIOMEDICO.pdf
CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA 3ª REGIÃO. Código de Ética da 
Profissão de Biomédicos, Goiás, 10p, 2011. Disponível em: http://www.crbm3.
org.br/arquivos/codigo_de_etica/codigo_de_etica_2011.pdf
CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA 1ª REGIÃO. Código de Ética da 
Profissão de Biomédicos, São Paulo, 128p, 1984. Disponível em: http://crbm1.
gov.br/site/wp-content/uploads/2013/12/ REGULAMENTAÇÃO-E-CÓDIGO-
DE-ÉTICA-DA-PROFISSÃO-DE-BIOMÉDICO-2.pdf
CONSELHOS REGIONAIS E FEDERAIS DE BIOMEDICINA. BIOMEDICINA: 
Um painel sobre o profissional e a profissão. [S.L.]: [s.n.], 76p. 2009. Disponível 
em: http://www.crbm1.gov.br/livrocrbm_040509.pdf
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